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AVALIAÇÃO FACIAL E DISFUNÇÕES 
ESTÉTICAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Avaliação Facial 
 
 
 
 
 
SOBRE A FACULDADE 
 
Propósito 
 Mudar a vida das pessoas para melhor. 
 
Missão 
 Educar profissionais da saúde e negócios para fazer diferença no mercado e 
na vida. 
 
Visão 
 Proporcionar educação de qualidade segmentos da Saúde, Estética, Bem-
Estar e Negócios, tornando-se referência nos mercados regio- nal, nacional e 
internacional. 
 
Valores 
 Liderança: porque devemos liderar pessoas, atraindo seguidores e 
influenciando mentalidades e comportamentos de formas positiva e vencedora. 
 Inovação: porque devemos ter a capacidade de agregar valor aos produtos da 
empresa, diferenciando nossos beneficiários no merca- do competitivo. 
 Ética: porque devemos tratar as coisas com seriedade e em acordo com as 
regulamentações e legislações vigentes. 
 Comprometimento: porque devemos construir e manter a confiança e os 
bons relacionamentos. 
 Transparência: porque devemos sempre ser verdadeiros, sinceros e ca- 
pazes de justificar as nossas ações e decisões. 
Avaliação Facial 
 
 
Caro aluno, 
 
É importante que você siga as orientações da aula online, faça os exercícios e 
as tarefas propostas para que possa ter um melhor aproveitamento. 
 
 
Avaliação Facial 
 
 
SUMARIO 
 
INTRODUÇÃO.............................................................................................................7 
FISIOLOGIA E ANATOMIA DA PELE ....................................................................... 9 
Avaliação Estética Facial .......................................................................................... 9 
Anatomia Da Pele ....................................................................................................... 9 
Funções Da Pele ......................................................................................................... 9 
Características Da Pele ............................................................................................. 10 
AS CAMADAS QUE COMPÕEM A PELE................................................................ 11 
1. Epiderme .............................................................................................................. 11 
Células Da Epiderme: ............................................................................................... 13 
2. Derme ................................................................................................................... 14 
Substância Fundamental ........................................................................................... 14 
Elementos Fibrosos ................................................................................................... 15 
Células Da Derme: .................................................................................................... 15 
Elementos Glandulares Da Derme ............................................................................ 15 
Anexos Cutâneos ...................................................................................................... 16 
3. Hipoderme ............................................................................................................ 18 
Noções Básicas Da Fisiologia Da Pele ..................................................................... 18 
Queratinização .......................................................................................................... 19 
Permeabilidade Cutânea .......................................................................................... 19 
Penetração x Absorção ............................................................................................. 20 
Vias De Penetração E Reabsorção Percutânea........................................................ 20 
AVALIAÇÃO ............................................................................................................. 21 
Avaliação E Classificação Da Pele ........................................................................ 21 
Biotipos Cutâneos Por Helena Rubstein ............................................................... 21 
Pele Eudérmica Ou ¨Normal¨ .................................................................................... 21 
Pele Seborréica Ou ¨Oleosa¨ .................................................................................... 22 
Pele Alípica Ou ¨Seca¨ .............................................................................................. 22 
Pele Mista.................................................................................................................. 23 
Pele Sensível ............................................................................................................ 23 
Dezesseis Tipos Cutâneos Por Leslie Balmman .................................................. 24 
Pele Desidratada ..................................................................................................... 25 
Anamnese ................................................................................................................ 26 
Meios Para A Definição Do Biotipo Cutâneo ........................................................ 26 
Avaliação Facial 
 
 
Características Que Permitem A Classificação Da Pele ...................................... 27 
Lubrificação ............................................................................................................. 27 
Hidratação ................................................................................................................ 27 
Grau De Envelhecimento ........................................................................................ 28 
Escala De Glogaw ................................................................................................... 28 
MARK RUBIN ........................................................................................................... 29 
Nível 1 ....................................................................................................................... 29 
Nível 2 ....................................................................................................................... 29 
Nível 3 ....................................................................................................................... 29 
PIGMENTAÇÃO ....................................................................................................... 30 
Análise Dos Fototipos Cutâneos ........................................................................... 31 
Fototipos (Fitzpatrick) ................................................................................................ 31 
Lesões Elementares Da Pele .................................................................................. 32 
Lesões Primárias Por Alterações De Cor .............................................................. 32 
Manchas Vásculo-Sanguíneas ............................................................................... 33 
Lesões Sólidas ........................................................................................................ 33 
Lesões Líquidas ...................................................................................................... 34 
Lesões Cancerígenas ............................................................................................. 35 
Distúrbios Da Glândula Sebácea ........................................................................... 36 
Seborréia ................................................................................................................... 36 
Características Da Pele ............................................................................................. 36 
Localização ............................................................................................................... 37Etiologia .................................................................................................................... 37 
Evolução.................................................................................................................... 37 
Acne Vulgar ............................................................................................................. 38 
Características .......................................................................................................... 38 
Patogenia .................................................................................................................. 38 
Os Quatro Fatores Envolvente ............................................................................... 39 
Hipercornificação Ductal ........................................................................................... 39 
Aumento Da Secreção De Sebo ............................................................................... 39 
Microorganismos (Bactérias) ..................................................................................... 39 
Inflamação ................................................................................................................. 40 
Classificação Dos Graus De Acne ......................................................................... 40 
Localização ............................................................................................................... 41 
Rosácea.................................................................................................................... 42 
Avaliação Facial 
 
 
Como Se Desenvolve ................................................................................................ 42 
Clínica Da Rosácea ................................................................................................... 42 
Tratamento ................................................................................................................ 43 
Millium ...................................................................................................................... 44 
Quadros Clínicos Semelhantes Aos De Acne ........................................................... 44 
Acne Por Agentes Endógenos .................................................................................. 44 
Acne Por Agentes Exógenos ..................................................................................... 44 
REFERENCIAS ......................................................................................................... 45 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Avaliação Facial 
 
 
7 
 
INTRODUÇÃO 
 
A beleza muda sempre, e muda dentro de cada indivíduo. Sendo assim, 
quando se está bem emocionalmente a beleza se exterioriza naturalmente. Quando o 
estado emocional está abalado, há que se fazer um esforço e encontrar motivação 
para buscá-la. 
Durante séculos a constante preocupação com a aparência, padrões de beleza 
impostos pela mídia, associada com o desejo da eterna juventude, vem fazendo com 
que o mercado da estética aumente cada dia a sua demanda de produtos cosméticos 
e tratamentos. Gerações de homens e mulheres procurando por tecnologias, 
tratamentos e produtos avançados que possam lhe oferecer a aparência perfeita. 
A palavra estética nas línguas ocidentais é originada do grego, que significava 
sensação, percepção. Teve sua origem no século XVIII, com Aesthetica, obra em dois 
volumes do filosofo alemão Baumgarten (1714-1762) e nessa época, significava 
apenas teoria da sensibilidade, de acordo com a etimologia da palavra grega: 
aisthesis. Baumgarten foi um dos principais representantes do Iluminismo, o primeiro 
a usar o termo estética. Tradicionalmente a estética é entendida como o ramo da 
filosofia que estuda o belo e as bases da arte (CALDAS FILHO, 2008). 
Na Idade Média, a estética passou a ser estudada separadamente dos ramos 
filosóficos, sendo amplamente estudada por Kant e por Hegel (1999), em “Cursos de 
Estética” elaborados por eles. 
Hegel acreditava que a beleza muda visualmente e de aspecto, através dos 
tempos e essa mudança depende da cultura e da visão do mundo em determinada 
época (CHIES, 2008). 
Segundo Façanha (2003), o aparecimento ou acentuação dos sulcos, 
principalmente em colo e pescoço, queixo duplo, perda da definição da linha 
mandibular, queda das sobrancelhas, rugas frontais e glabelares, excesso de pele nas 
pálpebras superiores e inferiores com acentuação das bolsas de gordura se da 
através da queda das estruturas da face. Este processo pode variar em maior ou 
menor intensidade, assim como as manchas senis, melasmas, sardas e outras 
disfunções pigmentares da pele. 
Nesta apostila iremos abordar a avaliação estética, um recurso importante para 
qualquer início de tratamento. Além de individualizar e criar um tratamento específico 
para cada caso, pode também evitar problemas relacionados ao tratamento, 
Avaliação Facial 
 
 
8 
 
procedimento. Primeiramente é feita uma entrevista, em que o profissional irá abordar 
uma ficha de anamnese junto ao paciente/cliente questionado se há algum problema 
de saúde, alguma patologia, cirurgias, medicações controladas, hábitos diários, etc. 
Abordaremos também o melhor e mais seguro método de avaliação das 
disfunções estéticas faciais. Essa avaliação norteará os futuros tratamentos que serão 
aprendidos ao longo da especialização. 
Uma avaliação estética bem feita garante sucesso nos resultados, além de 
reduzir e inviabilizar as possíveis intercorrências no seu tratamento. 
Avaliação Facial 
 
 
9 
 
FISIOLOGIA E ANATOMIA DA PELE 
 
Avaliação Estética Facial 
 
Anatomia Da Pele 
 
 A pele é um dos maiores órgãos do corpo humano, atingindo 16% do peso 
corporal. Recobre a superfície do corpo e apresenta-se constituída por uma porção 
epitelial de origem ectodérmica, a epiderme, e uma porção conjuntiva de origem 
mesodérmica, a derme. 
Abaixo da derme está a hipoderme, que, embora tenha a mesma origem da 
derme, não faz parte da pele, apenas lhe serve de suporte e união com os órgãos 
subjacentes. 
 
Funções Da Pele 
 
A pele reveste a epiderme, protege o organismo contra a perda de água por 
evaporação (dessecação) e contra o atrito. 
Cumpre funções vitais no organismo, e a sua falta parcial ou total pode ser 
incompatível com a vida, como o demonstram os grandes queimados. Além disso, 
através das suas terminações nervosas, está em comunicação constante com o 
ambiente e por meio dos seus vasos, glândulas e tecido adiposo, colabora no termo 
regulação do corpo. A figura abaixo mostra um corte histológico da pele com a 
sobreposição celular. 
 
Avaliação Facial 
 
 
10 
 
Características Da Pele 
 
 Suas glândulas sudoríparas participam da excreção de várias substâncias. 
 Um pigmento que é produzido e acumulado na epiderme, a melanina, tem 
função protetora contra os raios ultravioleta. 
 Na pele se forma vitamina D3 pela ação da radiação ultravioleta do sol, a partir 
de precursores originados na epiderme. 
 Possuindo linfócitos na derme e células apresentadoras de antígenos na 
epiderme, a pele tem importante papel nas respostas imunitárias do 
organismo aos alérgenos que entram em contato com ela. 
 O limite entre a epiderme e a derme não é regular, mas caracteriza-se pela 
presença de saliências e reentrâncias das duas camadas que imbricam e se 
ajustam entre si. (Imbricar = diz-se do órgão ou parte do mesmo que estando 
muito próximo dos vizinhos, é parcialmente coberto pelo anterior e cobre o 
subseqüente. Como as telhas do telhado ou as escamas do peixe). 
 As projeções da derme recebem o nome de papilas dérmicas. 
 Na pele observam-se várias estruturas anexas, que são os pêlos, unhas e 
glândulas sudoríparas e sebáceas. 
Na sua macroestrutura podemos constatar: 
 - é porosa, ou seja, apresenta orifíciosdenominados folículo piloso ou óstio. 
 - sua cor pode variar, dependendo da quantidade de melanina. 
 - sua espessura depende da região anatômica, idade e sexo. 
 - recoberta por pêlos, menos na palma das mãos, sola dos pés e parte dos genitais. 
 - mede em um adulto, mais ou menos 1,50m e pesa 16% do peso corporal. 
 
Avaliação Facial 
 
 
11 
 
AS CAMADAS QUE COMPÕEM A PELE: 
 
1. Epiderme 
 
É constituída por um epitélio estratificado pavimentoso queratinizado. Além 
desse epitélio, que constitui sua maior parte, a epiderme apresenta ainda três tipos de 
células: os melanócitos e as células de Langherans e de Merkel. 
A espessura e estrutura da epiderme variam com o local, sendo mais espessa 
e complexa na palma da mão e planta do pé. Apresenta as seguintes camadas: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 a) Camada basal - constituída por células prismáticas ou cubóides 
repousando sobre nítida membrana basal que separa a epiderme da derme. Os 
queratinócitos e os melanócitos (na proporção de 10 para 1) são as células dessa 
camada que repousam em fileira única. Essa camada é também chamada de 
germinativa. 
 Apresenta intensas atividades mitóticas, sendo responsável pela constante 
renovação da epiderme. 
 Calcula-se que a epiderme humana se renova cada 20 a 30 dias. 
 b) Camada espinhosa - constituída por quatro a oito fileiras de células 
poligonais cubóides ou ligeiramente achatadas, de núcleo central com pequenas 
expansões citoplasmáticas que contêm tonofibrilas partindo de cada uma das células 
adjacentes. 
Epiderme 
Epitélio 
Estratificado 
 Estrato córneo 
Camada Papilar 
da Derme 
Avaliação Facial 
 
 
12 
 
Essas expansões citoplasmáticas se aproximam e se mantêm unidas através 
dos desmossomas, o que dá à célula um aspecto espinhoso. 
As tonofibrilas e desmossomas têm importante função na manutenção da 
coesão das células da epiderme e, conseqüentemente, na sua resistência ao atrito. 
 De fato, observa-se que, quanto maior a ação de pressões e fricções sobre a 
epiderme, maior é a sua camada espinhosa. 
 Possui o corpo de Malpighi, que é responsável pela produção de anticorpos. 
 Os queratinócitos reproduzem-se rapidamente e ganham os andares 
superiores, originando assim a terceira camada. 
c) Camada granulosa - é caracterizada pela presença de células poligonais 
com núcleo central, nitidamente achatadas, em cujo citoplasma são observados 
grânulos grosseiros e basófilos. 
São os grânulos de querato-hialina, que não são envolvidos por membrana e 
vão contribuir para a constituição do material interfilamento da camada córnea. 
Além desses grânulos, esta célula secreta outros, envolvidos por membrana, 
de substância fosfolipídica associada a glicosaminoglicanas. Estes grânulos são 
expulsos das células e formam uma camada de substância intercelular que age 
vedando esta camada de células, impedindo a passagem de compostos, inclusive a 
água, entre elas. 
As células da camada granulosa e também as da parte mais alta da camada 
espinhosa apresentam uma camada protéica, elétron-densa, com 10nm de 
espessura, presa à superfície interna da membrana celular. Este material protéico 
confere grande resistência à membrana celular. 
d) Camada lúcida - constituída por uma delgada camada de células 
achatadas, hialinas, cujos núcleos e organelas desaparecem. 
O citoplasma consiste em numerosos filamentos compactados e envolvidos por 
material elétron-denso. 
 Ainda se pode ver desmossomas entre as células. 
 Mostra-se translúcida daí o nome de camada lúcida. 
 e) Camada córnea - tem espessura muito variável e é constituída por células 
achatadas, mortas e sem núcleo. O citoplasma dessas células apresenta-se cheio de 
substância córnea eprotéica, a queratina. 
 Essa proteína é constituída por cadeias protéicas ricas em ligações dissulfeto. 
Avaliação Facial 
 
 
13 
 
 As células dessa camada estão unidas pela graxa epicutânea, que já vinha 
sendo produzida pelos queratinócitos desde a camada espinhosa. 
 Esta camada é composta pelas camadas córnea compacta e córnea 
disjunta. 
 
Células Da Epiderme: 
 
Melanócitos: são células que se originam da crista neural do embrião e 
invadem a pele entre a 12ª e a 14ª semana de vida intra-uterina. 
 Célula da pele produtora de melanina 
 Localizada na epiderme, sobre a membrana basal 
 Mantém contato com os queratinócitos 
 Seu número é igual em todas as raças ao nascimento 
 Produz dois tipos de melanina: eumelanina e feomelanina 
 As radiações U.V aumentam a produção de melanina 
Células de Langherans: encontram-se localizadas em toda a epiderme e entre 
as células epiteliais, porém são mais freqüentes na camada espinhosa. 
As células de Langherans fazem parte do sistema imunitário, podendo 
processar e acumular na sua superfície os antígenos cutâneos, apresentando-os aos 
linfócitos. 
 Origina-se de células precursoras trazidas da medula óssea, pelo sangue. 
Células de Merkel: estas células existem em maior quantidade na pele 
espessa da palma das mãos e planta dos pés. Na base das células de Merkel notam-
se terminações nervosas, algumas em forma de disco. 
Sugere-se que estas terminações são de natureza sensorial, recebendo 
impulsos das células de Merkel, tidas como mecanorreceptores. 
 Esta interpretação, porém, não é universalmente aceita. 
 Alguns pesquisadores admitem que as células de Merkel sejam secretoras de 
hormônio. 
 
 
 
 
Avaliação Facial 
 
 
14 
 
2. Derme 
 
A derme é constituída por tecido conjuntivo denso (derme reticular) e por 
tecido conjuntivo frouxo (derme adventicial: derme papilar, derme perianexial e ao 
redor de vasos e nervos). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Derme papilar: é a porção superior que acompanha as depressões da 
epiderme; é delgada; superficial; possui fibrilas especiais de colágeno que 
teriam a função de prender a derme à epiderme; 
 Derme reticular: é a camada mais abaixo, que vai até a hipoderme; é espessa; 
mais profunda. Essas duas camadas (papilar e reticular) têm limites pouco 
distintos. 
Ambas as camadas contêm muitas fibras elásticas responsáveis, em parte, 
pelas características de elasticidade da pele. 
 A derme é constituída pela substância fundamental e por elementos 
fibrosos, principalmente fibras colágenas e fibras do sistema elástico. 
 
Substância Fundamental 
 
Na substância fundamental encontram-se principalmente o ácido hialurônico, e 
os sulfatos de condroitina, heparan e de dermatan, todas substâncias altamente 
hidrófilas. *(Hidrófilo= ávido de água; que a absorve bem.). 
 
Avaliação Facial 
 
 
15 
 
Elementos Fibrosos 
 
Grande parte do colágeno encontrado na derme é do tipo I (derme reticular) e 
do tipo III (derme adventicial, correspondendo às fibras de reticulina). 
O colágeno do tipo IV é visto fazendo parte das membranas basais da 
epiderme, dos anexos e dos vasos. 
O colágeno confere resistência à pele; as fibras elásticas, elasticidade, e a 
substância fundamental, resistência à compressão. 
 
Células Da Derme: 
 
A principal célula responsável pela produção da grande maioria dos elementos 
fibrilares e não-fibrilares da derme é o fibroblasto. 
Outras células que podem ser encontradas em pequeno número na derme, em 
condições normais, são histiócitos/macrófagos, linfócitos e mastócitos. 
 A epiderme não é vascularizada, de modo que os nutrientes a ela chegam por 
difusão, provenientes de vasos da derme papilar. 
 Além dos vasos sanguíneos e linfáticos e nervos, também são encontradas na 
derme as seguintes estruturas derivadas da epiderme: pêlos, glândulas 
sebáceas e sudoríparas e unhas. 
 
Elementos glandulares da derme 
 
Glândulas sudoríparas - São encontradas em toda a pele, excetuando-se 
certas regiões, como a glande. Participam ativamente da regulação térmica do corpo, 
auxiliam a flexibilidade da pele e também na excreção renal.Estas glândulas podem 
ser de dois tipos: 
 
Avaliação Facial 
 
 
16 
 
a) glândulas sudoríparas écrinas - encontram-se dispersas por toda a pele, 
mas existindo em maior quantidade na palma das mãos e na planta dos pés. Secretam 
diretamente na epiderme. 
b) glândulas sudoríparas apócrinas - são glândulas volumosas e se 
encontram nas axilas, em torno dos mamilos e nas regiões pubiana e anal. 
Desembocam, em geral, nos folículos pilosebáceos e não diretamente na superfície 
epidérmica como a glândula écrina. 
 Glândulas sebáceas - Localizam-se por todo o corpo, exceto nas regiões 
palmares e plantares. Seus ductos geralmente desembocam na porção terminal dos 
folículos pilosos, com ou sem pêlo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Seu tamanho é inversamente proporcional ao tamanho do pelo presente no 
folículo correspondente. Assim as maiores glândulas se localizam na fronte e 
no nariz. 
A secreção sebácea é uma mistura complexa de lipídios que contêm 
triglicérides, ácidos graxos livres, colesterol e seus ésteres. 
 A atividade dessas glândulas é nitidamente influenciada por hormônios 
sexuais; sendo assim, na puberdade, aumenta sua atividade em cinco vezes. 
Após a puberdade, elas voltam à atividade normal e só vão decair depois dos 
70 anos nos homens e depois da menopausa nas mulheres. 
 
Anexos Cutâneos 
 
Os anexos cutâneos da pele compreendem os folículos pilossebáceos, as 
glândulas sudoríparas écrinas e apócrinas (já descritas) e o aparato ungueal. 
 
 
Avaliação Facial 
 
 
17 
 
Folículo pilosebáceo 
 
Apresenta uma porção responsável pela produção do pêlo (folículo piloso), 
ao qual se conectam, mais superiormente o duto da glândula sudorípara apócrina 
(presente somente em algumas regiões do corpo), logo abaixo desta, a glândula 
sebácea, e mais inferiormente, o músculo eretor do pêlo. 
O folículo piloso é dividido em três segmentos: 
1. Inundíbulo (porção superior, tendo como limite inferior à glândula sebácea); 
2. Istmo (cujo limite superior é a glândula sebácea); 
3. Segmento inferior (abarcando toda porção inferior ao músculo pilo-eretor; 
compreendendo o bulbo piloso, porção dilatada onde se encontram as células 
matrizes do pêlo e os melanócitos; apresenta área invaginada em que se 
encaixa a papila do pêlo). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.folículo piloso 2. bulba pilosa 3. raíz del pelo 4. bulba 5. papila 6. glándula sebácea 7. músculo erector 
| Corte transversal: 1. capa de huxley 2. capa de Henle 3. médula 4. corteza/cortex 5. cutícula 
 
Avaliação Facial 
 
 
18 
 
3. Hipoderme 
 
A derme adventicial tem continuidade com septos fibrosos (feixes conjuntivos) 
que dividem a hipoderme ou tecido gorduroso subcutâneo em lóbulos gordurosos 
(“lojas”, nas quais contêm células adiposas.). 
Pode-se encontrar na hipoderme parte dos folículos pilosos e glândulas 
sudoríparas. É um tecido rico em gordura e vasos sanguíneos. 
A hipoderme é a camada responsável pelo deslizamento da pele sobre as 
estruturas na qual se apóia. Dependendo da região em estudo e do grau de nutrição 
do organismo, a hipoderme poderá ter uma camada variável de tecido adiposo que, 
quando desenvolvida, constitui o panículo adiposo. 
Como o gordura é bom isolante térmico, o panículo adiposo proporciona 
proteção contra o frio. 
 
Noções Básicas Da Fisiologia Da Pele 
 
As propriedades físico-químicas da pele são de grande importância para o 
profissional de estética desenvolver seu trabalho. 
Não podemos visualizar a pele como uma unidade anatômica e histológica 
simplesmente, mas sim compreender que ela está em constante e ininterrupta 
renovação celular. 
Para entendermos melhor o mecanismo do trabalho epidérmico, precisamos 
definir e explicar alguns conceitos: 
 
Camada Epicutânea 
 
Através da renovação celular (queratinização), a pele descama-se 
naturalmente. 
Normalmente ela não se apresenta branca ou esfarelada, nem áspera ao tato, 
pois as escamas que se soltam são englobadas pela secreção sudoral e sebácea, 
secreção esta que constitui o “cosmético natural” ou a também chamada camada 
fisiológica. 
A camada fisiológica é denominada camada epicutânea. 
A camada epicutânea é invisível a olho nu. 
Avaliação Facial 
 
 
19 
 
Esta camada situa-se sobre a epiderme e é formada por água, suor e sebo. 
A camada epicutânea subdivide-se em: 
 
Camada gasosa - ou manto aéreo, que é constituída de três elementos: 
a) vapor de suor - o suor é expelido pela glândula sudorípara écrina, 
diretamente na epiderme e pela glândula sudorípara apócrina através do folículo. Na 
superfície, ele (o suor) se evapora. 
b) água - no processo de queratinização das células epidérmicas, ocorre à 
evaporação gradativa de água, proveniente da desidratação do citoplasma dessas 
células; (perda transepidérmica de água). 
c) anidro carbônico - procedente do metabolismo celular cutâneo, que é 
eliminado parcialmente na superfície. 
 
Camada emulsionada - ou manto hidrolipídico, composta de duas camadas: 
a) camada lipídica - constituída pelo sebo (ácidos graxos). 
b) camada líquida - constituída de suor (eletrólitos), através da perspiração 
insensível. 
Para que haja essa emulsificação, ou seja, esse cosmético natural, é preciso a 
ação das três substâncias tensoativas fundamentais- a água, o suor e o sebo. 
 
Queratinização 
 
É o processo pelo qual se produz a queratina. 
Podemos dizer que a queratinização (ou ceratinização ou corneificação) é o 
processo pelo qual os queratinócitos (células epiteliais) se transformam em células 
córneas, isto é, células que sofreram uma progressiva desidratação do seu 
citoplasma, com decomposição gradual do mesmo e do núcleo, num período 
aproximado de 26 a 30 dias. 
 
Permeabilidade Cutânea 
 
Um dos desafios dos cosméticos é romper uma das principais funções da pele: 
a barreira epidérmica. 
Permeabilidade cutânea é a capacidade que a pele possui de absorver e 
agregar ativos, ou seja, quaisquer substâncias. A barreira epidérmica é formada por 
Avaliação Facial 
 
 
20 
 
três tipos de estruturas tem como finalidade proteger o organismo da penetração de 
agentes químicos, físico e bacteriológicos. 
 Manto lipídico: mais superficial, situado sobre a capa córnea. 
 A própria capa córnea que é muito importante, por conter muito lipídio e 
queratina, possuindo uma permeabilidade seletiva. 
 Extrato lúcido: é a parte mais profunda e compacta da capa córnea, onde 
encontraremos a verdadeira barreira epidérmica. 
 
Pela própria permeabilidade natural da pele, em relação aos tratamentos, 
utilizamos procedimentos auxiliares conhecidos do esteticista como: massagens, 
aquecimento, iontoforese, etc, para penetração de um cosmético ou de algum de seus 
componentes. 
Uma via de penetração importante é o folículo pilo-sebáceo, pois as 
substâncias entram pelo folículo, alcançam a glândula sebácea e, através dela, 
chegam à derme. 
Podemos dizer que temos em nossa cabine condições de fazer um bom 
trabalho de penetração de produtos, permitindo melhor permeação cutânea. 
 
Penetração X Absorção 
 
Penetração: processo de aquisição e armazenagem entre as camadas da 
epiderme de substâncias aplicadas externamente, que provocam efeitos locais. 
Absorção: processo de passagem transcutânea de substâncias aplicadas 
externamente, atingindo a derme e admissão de parte destes produtos pelos vasos 
sanguíneos ou pelos vasos linfáticos, provocando conseqüentemente efeitos 
sistêmicos (sobre o organismo em geral ou em órgãos distantes). 
 
Vias De Penetração E Reabsorção Percutânea: 
 
a) TRANSFOLICULAR: através dos folículos sebáceos e pilo-sebáceos 
b) INTERCELULAR: o caminho intercelular (entre as células) 
c) TRANSCELULAR: passagem através das células 
d) TRANSANEXIAL: através dos orifícios dos canais sudoríparos e/ou folículo 
piloso. As glândulas sebáceas são consideradas as vias de maior penetração 
cutânea.Avaliação Facial 
 
 
21 
 
AVALIAÇÃO 
 
Avaliação E Classificação Da Pele 
 
Os tratamentos faciais dependerão de um fator primordial: a adequada e 
correta avaliação do tipo de pele (biótipo cutâneo). 
Saber avaliar corretamente os tipos de pele e suas subclassificações é ter 
certeza de que 50% do resultado positivo já está garantido; para isso a observação 
deve ser feita por meio de lupa, lâmpada de Wood, apalpação, levantamento histórico 
do indivíduo, bem como sua saúde; os outros 50% ficam divididos entre a realização 
do procedimento e a manutenção que o cliente deve fazer no seu dia a dia. Portanto, 
a avaliação deve ser o mais completa possível. 
 
Biotipos Cutâneos Por Helena Rubstein 
 
Pele Eudérmica Ou ¨Normal¨ 
 
Possui uma textura lisa e suave, flexível. Os orifícios pilossebáceos são pouco 
visíveis, e as secreções sebáceas e sudoríparas estão em equilíbrio. 
Caracteristicamente, assemelha-se à pele infantil. 
 
 
 
 
 
Cuidados: não estimular as secreções, manter a hidratação e a normalidade 
da pele. 
Orientações: proteção diária contra agentes externos: sol, frio e poluição. 
Influências: idade, saúde e hábitos. 
 
Avaliação Facial 
 
 
22 
 
 Pele Seborréica Ou ¨Oleosa¨ 
 
A pele seborréica é untuosa e brilhante devido ao aumento das secreções 
sebácea e sudorípara, geneticamente determinadas. Sua espessura está aumentada 
e a textura é granulosa. Os orifícios pilossebáceos estão aumentados e há tendência 
ao tamponamento folicular (formação de comedões). 
 
 
 
 
 
Cuidados: controlar as quantidades sebáceas, controlar os orifícios e eliminar 
o aspecto oleoso. 
Orientações: controlar o fluxo de oleosidade e higiene adequada. 
Influências: desequilíbrio endócrino, perturbações hepáticas, puberdade, 
menopausa. 
 
Pele Alípica Ou ¨Seca¨ 
 
A pele alípica é muito fina e seca à custa de produção sebácea insuficiente. O 
conteúdo aquoso pode estar normal. Em geral apresenta telangiectasias e tendência 
à rosácea (rosaceiformes). 
 
 
 
 
 
 
Cuidados: devolver maciez e elasticidade com medidas preventivas e 
protetoras 
Orientações: reforçar o fator de hidratante natural 
Influências: sol, vento e frio; loções alcoólicas, higienização inadequada e 
distúrbios hepáticos e glandulares. 
 
Avaliação Facial 
 
 
23 
 
 Pele Mista 
 
Este tipo de pele é uma variação da pele oleosa. Caracteriza-se pela 
associação de áreas seborréicas com áreas de pele seca ou normal. Na zona T da 
face (nariz, queixo, e testa), predominam as áreas seborréicas, enquanto o restante 
da face normalmente apresenta pele seca ou normal. 
 
 
 
 
 
 
Cuidados: diferenciação no tratamento cosmético. 
Orientações: controlar a oleosidade na região central e proteção contra os 
agentes externos. 
Influências: tratamento cutâneo inadequado, problemas glandulares, 
digestivos e nutritivos. 
 
Pele Sensível 
 
Além dos aspectos da pele lipídica, soma-se a tendência ao eritema ativo ou 
passivo por agressões climáticas, cosméticos ou agentes naturais como por exemplo 
a água. 
 
Cuidados: controlar a quantidade sebácea identificando os agentes 
agressores e procurando evitá-los. Desenvolver a resistência da pele. 
Orientações: controlar o fluxo de oleosidade, higiene adequada e 
preocupações constantes com os agentes agressores, 
Influências: desequilíbrio endócrino, perturbações hepáticas, puberdade, 
menopausa, limpeza forçada e o emocional. 
Avaliação Facial 
 
 
24 
 
Dezesseis Tipos Cutâneos Por Leslie Balmman 
 
1- Oleosa, sensível, não-pigmentada e propensa a rugas. 
 São peles difíceis de bronzear, avermelhadas e poros abertos. As rugas 
costumam ser precoces. 
2- Oleosa, sensível, não-pigmentada e firme. 
 É a pele que ruboriza facilmente há presença de telangectasias. Nota-se 
manchas vermelhas que descascam, sobre tudo em torno do nariz. Neste tipo de pele 
as rugas costumam aparecer após os 40anos. 
3- Oleosa, sensível, pigmentada e propensa a rugas. 
 É a pele que bronzeia fácil, mas costuma apresentar muita acne e dermatite. 
As primeiras rugas aparecem por volta dos 20anos. 
4- Oleosa, sensível, pigmentada e firme. 
Este tipo de pele apresenta alta incidência de acne, geralmente acompanhada de 
inflamações. É propensa a alergias e, nas pessoas claras, a sardas e manchas de sol. 
5- Oleosa, resistente, pigmentada e propensa a rugas. 
Tem aparência lustrosa, com poros largos. .A acne é incomum. 
6- Oleosa, Resistente, Pigmentada e Firme. 
Mais comum em negros, é a pele que brilha, principalmente em fotografias. Nas peles 
claras nota-se maior incidência de sardas e manchas. 
7- Oleosa, resistente, não-pigmentada e propensa a rugas. 
Brilho moderado na face, pouca acne, mas as rugas são precoces. 
8- Oleosa, resistente, não-pigmentada e firme. 
Dificilmente apresenta manchas, vermelhidão ou ressecamento. O bronzeamento 
também é difícil devido à falta de pigmentação. 
9- Seca, sensível, pigmentada e propensa a rugas. 
Muito fina e seca, apresenta irritações e vermelhidão com muita frequência. 
10- Seca, sensível, pigmentada e firme. 
Pele mais sujeita a eczemas, dermatites e descamações. Muitas vezes pode 
apresentar manchas ásperas e grossas no rosto e no pescoço. 
11- Seca, sensível, não-pigmentada e propensa a rugas. 
Ressecada, avermelhada, áspera e sem brilho. A acne é moderada, os vasos são 
aparentes na face e as rugas são geralmente precoces. 
12- Seca, sensível, não-pigmentada e firme. 
Avaliação Facial 
 
 
25 
 
Pele seca, com descamações, vermelhidão e coceiras. Sujeita a alergias e ao 
aparecimento de espinhas ocasionais. 
13- Seca, resistente, pigmentada e propensa a rugas. 
Sem acne, alergias, irritações ou rugas até os 40anos. É um tipo de pele que bronzeia 
facilmente. 
14- Seca, resistente, pigmentada e firme. 
Seca, com descamações no rosto e no pescoço. Pode apresentar sarda ou manchas 
de sol. 
15- Seca, resistente, não-pigmentada e propensa a rugas. 
Pele muito clara, típica do norte da Europa. Delicada, não costuma apresentar sarda 
ou manchas. 
16- Seca, resistente, não-pigmentada e firme. 
É a pele típica de loiros ou morenos claros. O bronzeamento é raro em virtude da 
ausência de pigmentação. 
 
Pele Desidratada 
 
A pele desidratada se deve a um grau de embebição inferior ao normal, 
condição muitas vezes mediada pelo clima, como os ventos e o frio, além da umidade 
atmosférica baixa. A pele é uma interface onde as trocas com o meio ambiente são 
uma constante. O estrato córneo, produto da diferenciação epidêmica, forma uma 
eficiente barreira entre o meio externo e os tecidos internos. A quantidade de perda 
de água transepidérmica é uma boa medida desta função de barreira. Quando esta 
perda é muito elevada, observamos peles desidratadas,xeroses, ictioses, pruridos, 
xeroderma e eczema. 
Em ambientes úmidos e quentes a pele, em geral, é mais lubrificada e 
“embebida¨, as vezes com aspecto ¨pegajoso¨. Já em ambientes secos e/ou frios, a 
pele perde água, em troca com o ambiente, ficando assim desidratada. Apresenta-se 
ressecada, com descamação fina e, muitas vezes, de aspecto ¨apergaminhada¨ 
mimetizando rugas finas (falsas rugas, pois não há alterações dérmicas). Uma pele 
desidratada mostra-se ¨quebradiça¨e opaca. A pele hidratada se mostra túrgida, lisa, 
viçosa, e de consistência elástica, agradável ao toque. 
 
 
Avaliação Facial 
 
 
26 
 
Anamnese 
 
A anamnese é clássica, com ênfase aos hábitos de exposição solar ao longo 
da vida, no histórico endocrinológico, que pode requerer exames complementares e, 
no histórico familiar, especialmente em relação aos cânceres de pele. 
 
Meios Para A Definição Do Biotipo Cutâneo 
 
 Visualização ótica sem aparelho 
 Palpação mediante o tato 
 Lupa 
 Lâmpada de Wood 
 Medidor de hidratação da pele 
 Palpação: fornecerá dados quanto aotônus da musculatura, ao grau de 
hidratação e à superfície (espessura/textura). Lupa: de grande auxílio para a ampliação e melhor percepção dos detalhes, 
no exame físico. 
 Lâmpada de Wood (luz negra, irradiação ultravioleta através de vidro de óxido 
de níquel); é um instrumento rotineiramente usado na investigação diagnóstica da pele 
e dos cabelos. Quando as ondas de luz ultravioleta são emitidas, ocorre uma 
fluorescência visível através da lâmpada de Wood e o pigmento epidérmico se destaca 
enquanto o mesmo não acontece com o pigmento dérmico. 
 Dermatoscópio: conhecido como ¨microscópio de superfície¨, o 
dermatoscópio é arma importante no arsenal diagnóstico do dermatologista. Nos 
diagnósticos das lesões pigmentares é peça fundamental, na diferenciação de 
tumores benignos, lesões pré-malignas e de lesões malignas – incluindo o melanoma. 
 Fotografia: o dermatologista trabalha com vários órgãos sensoriais, onde se 
destacam a visão e o tato. A fotografia é recurso fundamental, pois ¨capta¨ o que os 
olhos vêem e registram aquele momento da pele. As vantagens são inúmeras, tanto 
para o paciente, quanto para o médico (autocrítica dos resultados) e como valor 
científico em demonstrações casuísticas didáticas e publicações. 
Atualmente, as máquinas fotográficas digitais tornam os trabalhos de 
documentação e arquivamento mais fáceis, por permitirem gravação em CDs. 
Avaliação Facial 
 
 
27 
 
Nota: do ponto de vista legal, cabe lembrar que, nos casos de documentação de 
defesa ou acusação, em processos judiciais, somente se aceitam como provas as 
fotografias obtidas com equipamento tradicional. 
 
Características Que Permitem A Classificação Da Pele 
 
1. Produção sebácea - lubrificação 
2. Grau de hidratação 
3. Espessura/Textura 
4. Grau de Envelhecimento 
5. Tônus dos músculos 
6. Lesões Elementares - pigmentações 
 
Lubrificação 
 
A lubrificação é aferida pelo óleo ou sebo produzido pelas glândulas sebáceas 
e também pela emulsão resultante deste sebo com sudorese, o que é definido como 
NMF (Normal Moisturizing Factor) ou FNH (Fator Normal de Hidratação), o cosmético 
natural que promove hidratação ao reter água na camada córnea. 
O grau de oleosidade da pele varia com as alterações climáticas e com as 
emoções. Em tempo quente e úmido quando a pele transpira mais, ela parecerá mais 
oleosa do que em clima seco e frio. 
O grau de untuosidade varia também nas diferentes regiões da face. Há uma 
concentração muito maior de glândulas sebáceas na região frontal, dorsonasal e 
mento do que nas outras regiões. 
 
Hidratação 
 
A hidratação é dada pela capacidade do estrato córneo de reter a água que se 
ingere. É também determinada pelas trocas de camada córnea com o meio ambiente. 
Um ambiente úmido faz com que a camada córnea se embeba, absorvendo água da 
atmosfera, em quanto em um ambiente de clima seco há perda de água pela camada 
córnea, desidratando a pele. Aí a explicação das diferenças nas características de 
uma mesma pele em climas diferentes. A camada córnea normalmente contém 10% 
a 30% de água. Sempre que o conteúdo hídrico da camada córnea for menor que 
Avaliação Facial 
 
 
28 
 
10%, a pele, clinicamente, será desidratada. A diminuição da hidratação cutânea é o 
resultado da evaporação da água do estrato córneo para o meio ambiente, exterior, 
quando as condições de umidade ambiental baixam.Para manter a epiderme 
superficial em condições de hidratação normal, tal evaporação deverá ser 
compensada por um aporte de água apartir das camadas mais profundas da epiderme 
e da derme. 
 
Grau De Envelhecimento 
 
A avaliação do grau de dano solar busca as alterações pigmentares, o número 
de ceratoses solares ou epiteliomas ou mesmo outros tipos de câncer, o grau de 
rítides induzidas pelo sol e a presença ou ausência de poiquilodermia. 
Deve-se distinguir as rugas associadas com exposição solar das dinâmicas, 
associadas ao movimento e a expressão, como pregas, sulcos gravitacionais e ̈ vincos 
de dormir¨ (sleep lines). 
De acordo com a evolução das rugas temos: 
a) Rugas Dinâmicas: São visíveis apenas quando realizamos mímica facial; 
b) Rugas estáticas: São visíveis mesmo que não haja expressão facial; 
c) Rugas Gravitacionais: Caracterizam-se por presença de flacidez de pele. 
Para a classificação de envelhecimento utilizamos a escala de Glogaw e Mark Rubin. 
 
Escala de Glogaw: 
 
Tipo I - Sem rugas 
 Idade entre 20 e 30 anos 
 Discretas alterações na pigmentação 
 Sem ceratoses 
 Rugas ausentes ou mínimas 
 
Tipo II: Rugas ao movimento (Dinâmicas) 
 Idade entre 30 e 40 anos; 
 Lentigos senis precoces visíveis; 
 Ceratoses palpáveis, mas não-visíveis; 
 Linha paralela ao sorriso começando a aparecer; 
 
Avaliação Facial 
 
 
29 
 
Tipo III: Rugas em Repouso (Estáticas) 
 50 anos ou mais/Discromia evidente 
 Ceratoses visíveis/•Telangiectasia 
 Rugas presentes, mesmo sem movimentos 
 Aspecto abatido, sempre cansado 
 
Tipo IV: Apenas Rugas (Gravitacionais) 
 Idade entre 60 ou 70 
 Pele amarelo-acinzentada 
 Telangiectasia 
 Ceratoses visíveis 
 Discromias 
 Lesões malignas cutâneas anteriores 
 
MARK RUBIN 
 
Nível 1 
 
Os sinais clínicos de envelhecimento se dão somente pelas alterações da 
epiderme. As anormalidades mais evidentes decorrem de alterações da pigmentação 
e textura, como efélides, lentigos e superfície rugosa com camada córnea mais 
espessa. 
 
Nível 2 
 
Alterações da epiderme e derme papilar, e normalmente estão relacionados a 
problemas de pigmentação. Pacientes possuem os mesmos sinais clínicos do nível 
anterior, porém com alterações de textura e pigmentação mais marcantes, com 
queratoses actínicas e seborreicas, lentigos senis e aumento das rugas, notadamente 
na região Peri orbital e lateral ao sulco naso labial, onde se mostra atrófica. 
 
Nível 3 
 
Os sinais clínicos são decorrentes de alterações da epiderme, derme papilar e 
derme reticular. Forma mais avançada de lesão por foto exposição e está associada 
as alterações dos níveis anteriores. O paciente tem rugas mais visíveis. 
Avaliação Facial 
 
 
30 
 
PIGMENTAÇÃO 
 
Na coloração da pele intervêm fundamentalmente duas cores: 1) a 
proporcionada pela melanina e 2) a dos pigmentos sangüíneos – hemosiderina. 
A pigmentação melânica da pele é geneticamente determinada, e é determinante da 
maior ou menor tolerância de um indivíduo à exposição solar, que é cumulativa e tanto 
maior quanto maior a concentração melânica da pele. 
Sua classificação é comumente feita em fototipos de acordo com Fitzpatrick 
(tabela abaixo). No Brasil a classificação de Fitzpatrick se torna aparentemente 
inadequada pela imensa miscigenação racial que nos dá a oportunidade de observar 
peles visivelmente muito claras com alta capacidade de bronzeamento, assim como 
peles escuras com leucodermia gutata e até queimaduras solares em peles 
melanodérmicas (fototipo VI). 
A quantidade de radiação ultravioleta B, altamente carcinogênica, incidente 
sobre a Terra, é regida por diversos fatores, sendo os mais importantes o ângulo em 
relação ao sol, latitude, ozônio atmosférico, aerossóis e a cobertura de nuvens. Peles 
escuras, com maiores concentrações de melanina, têm maiores condições de 
sobrevivência em ambientes com altas concentrações de radiação ultravioleta do que 
as peles claras. Também, exulcerações devidas a danos agudos pela radiação 
ultravioleta em indivíduos de pele clara predispõem a um índice aumentado de 
infecções, o que dá vantagem seletiva aos indivíduos de pele escura. 
No indivíduo jovem, a pigmentação se mostra, ao exame, uniforme. Nas áreas 
cronicamente expostas à radiação ultravioleta nos indivíduos de fototipos I a IV, 
encontramos, entre as diversas alterações, as melanoses actínicas e a leucodermia 
gutata. O rubor excessivo, determinado pela hemosiderina, é mais freqüente nas peles 
de fototipos I e II, e é chamado de coupe rose pelos franceses, muito comum nas 
peles dos indivíduosde ascendência anglo-saxônica, o que denuncia 
hipersensibilidade ou hiperexcitabilidade vascular e determina, cuidados específicos, 
ás peles rosaceiformes. 
Apesar de não terem sido demonstradas diferenças quantitativas entre os 
melanócitos dos diferentes grupos éntico-raciais, os melanócitos de indivíduos de 
peles mais escuras produzem maior quantidade de melanina e seus melanócitos 
freqüetemente demonstram respostas exageradas e lábeis às agressões cutâneas. 
 
Avaliação Facial 
 
 
31 
 
ANÁLISE DOS FOTOTIPOS CUTÂNEOS 
 
Fototipos (Fitzpatrick) 
 
I - Sempre queima, nunca bronzeia 
II - Sempre queima, bronzeia pouco 
III - Bronzeia muito, queima pouco 
IV - Bronzeia sempre, nunca queima 
V - Altamente pigmentada 
VI - Negro. 
 
 
 
Avaliação Facial 
 
 
32 
 
Lesões Elementares Da Pele 
 
No desempenho de suas atribuições, o profissional de saúde depara-se com 
lesões e reações que ocorrem na superfície da pele. Ao observar lesões específicas, 
como nos casos das neoplasias cutâneas, o profissional de estética deverá adotar a 
atitude ética de não proceder a diagnósticos e sim, encaminhar o cliente a um 
especialista da área. Por isso, é necessário ampliar seus conhecimentos para realizar 
seu trabalho com segurança. 
De acordo com a literatura, as lesões elementares da pele consistem em 
modificações que alteram a estrutura e a aparência da pele, decorrentes de processos 
metabólicos, inflamatórios, circulatórios, embrionários ou degenerativos. Essas lesões 
podem ser divididas em primárias secundárias. 
 
Lesões Primárias Por Alterações De Cor 
 
MANCHAS 
Alterações da 
coloração da 
pele, mais ou 
menos 
limitadas, sem 
relevo ou 
depressão 
DISCRÔMICAS 
Ausência ou do 
excesso de 
melanina ou de 
outros pigmentos 
na pele. 
LEUCODERMIA 
ACROMIA 
(ausência 
de 
pigmento) 
Albinismo 
HIPOCROM
IA (déficit de 
Pigmento) 
Ptiríase (pano 
branco) 
HIPERCROMIA 
Melanodérm
ica (excesso 
de 
melanina) 
Efélides (sardas) 
Não-
Melanodérm
ica (outros 
pigmentos) 
Tatuagens 
VÁSCULO 
SANGUÍNEAS 
Alteração da cor da 
pele decorrente da 
circulação 
Eritema 
Exantema 
Telangiectasias 
Purpúricas 
Avaliação Facial 
 
 
33 
 
Manchas Vásculo-Sanguíneas 
 
ERITEMA 
Dilatação dos vasos sangüíneos, 
decorrentes inflamatórios ou por 
telangiectasias. 
 
EXANTEMA 
Manchas com evolução rápida, 
terminando por descamação. 
 
TELANGIECTASIAS 
Dilatação dos vasos sanguíneos sob a 
pele, que apresentam um aspecto 
tortuoso 
 
PURPÚRICAS 
Pequenas e grandes hemorragias dos 
capilares dérmicos 
 
 
Lesões Sólidas 
 
PÁPULAS 
Elevação sólida com menos de 1,5 cm 
de diâmetro (sem pus) 
 
NÓDULOS 
Formação sólida, de 0,5 cm a 1 cm de 
diâmetro, que pode ser saliente 
 
TUBÉRCULOS 
Pápulas ou nódulos que evoluíram, 
causando uma cicatriz 
 
Avaliação Facial 
 
 
34 
 
VEGETAÇÃO 
Lesão em forma de couve-flor, de 
consistência sólida, mas à palpação é 
mole 
 
VERRUCOSIDADE 
Lesão em forma de couve-flor de 
consistência dura. 
 
 
Lesões Líquidas 
 
VESÍCULAS 
Elevações da pele cheio de líquido 
com um diâmetro inferior a 0,5 cm 
 
BOLHAS Elevações da pele maior que 1cm 
 
PÚSTULA 
Elevação da pele de até 1cm de 
diâmetro, contendo pus 
 
ABSCESSO 
Elevação maior que 1 cm de diâmetro 
contendo pus 
 
 
HEMATOMA Coleção de sangue na pele 
 
 
Avaliação Facial 
 
 
35 
 
Lesões Cancerígenas 
 
Em suas atividades, profissionais de saúde deparam-se com diversas lesões 
cutâneas que precisam ser identificadas para que possam ser tomadas as devidas 
providências. 
Caso suspeite de alguma lesão, o profissional deve ter o bom senso de não 
alarmar seu cliente e encaminhá-lo ao dermatologista, tendo o cuidado de explicar-lhe 
que apenas o médico poderá avaliar aquela lesão. Essa atitude é extremamente 
importante, pois muitas vezes a intervenção precoce facilita o processo de controle e 
até mesmo a cura. 
Avaliação Facial 
 
 
36 
 
Distúrbios Da Glândula Sebácea 
 
As glândulas sebáceas, as quais secretam sebo sobre a pele, estão localizadas 
na derme, camada da pele situada imediatamente abaixo da camada superficial 
(epiderme). Os distúrbios das glândulas sebáceas incluem a acne, a acne rosácea, a 
dermatite perioral e os cistos sebáceos. 
 
 Seborréia 
 
Seborréia é uma doença do funcionamento da glândula sebácea marcada por 
um aumento na quantidade, e muitas vezes uma alteração da qualidade das 
secreções das glândulas sebáceas. Com seborréia, a glândula sebácea produz 
excesso de sebo, no qual se acumula 
 
Características da pele 
 
 Oleosa 
 Bilhante 
 Levemente eritematosa e espessada 
 Óstios dilatados 
 
Quando muito intenso, o sebo chega a escorrer, em mistura com o suor. Do 
folículo pilo-sebáceo extrai-se, pela compressão, o chamado filamento seborréico, 
esbranquiçado, vermiculado, constituído de gorduras, células córneas e detritos. 
Quando mais espesso e consistente, denomina-se comedão. 
Avaliação Facial 
 
 
37 
 
Localização 
 
Em áreas onde há maior número de glândulas sebáceas: sulco nasogeniano, 
asas do nariz, região esternal, espaço interescapulovertebral, couro cabeludo e 
pavilhão auricular e retroauricular. 
 
Etiologia 
 
Surge na puberdade e está estritamente ligada à exacerbação na produção de 
andrógenos. 
Fatores determinantes: constitucional e hereditário. 
Fatores agravantes: alimentos – carboidratos e gorduras – distúrbios psíquicos. 
 
Evolução 
 
Não existe uma causa específica para a seborréia. Às vezes ela ocorre quando 
o corpo sofre alterações hormonais. Na puberdade há um aumento dos andrógenos 
testiculares, ovarianos e da supra-renal. Sua maior ocorrência é por volta dos 18 anos; 
após essa idade, há uma melhora gradual. Idoso – no idoso pode haver picos 
androgênicos, com posterior aparecimento de quadro seborréico. 
Algumas pessoas com seborréia não têm uma quantidade suficiente de certos 
componentes do complexo B na sua dieta 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Avaliação Facial 
 
 
38 
 
 Acne Vulgar 
 
Acne vulgar ou juvenil, é uma das doenças da pele (dermatoses) mais 
freqüentes, afetando cerca de 80% dos adolescentes. É uma afecção que atinge o 
conjunto pilossebáceo (pêlo e glândula sebácea). 
 
 
 
 
 
 
 
As lesões surgem na puberdade e acometem ambos os sexos, tendo um maior 
pico de incidência dos 14 aos 17 anos nas mulheres, e dos 16 aos 19 anos nos 
homens. 
 
Características 
 
Caracteriza-se por comedões (cravos), pápulas, pústulas e nas formas mais 
graves, por abscessos, cistos e cicatrizes em graus variáveis. 
Em alguns casos, as lesões são mínimas, quase imperceptíveis e assim 
permanecem por toda adolescência. Em outros, as lesões tornam-se mais evidentes, 
perturbando a qualidade de vida e desencadeando ou agravando problemas 
emocionais. 
Existem também casos em que as lesões podem ser tão extensas, que 
precisam obrigatoriamente de cuidados médicos, pela sua gravidade. 
 
Patogenia 
 
As lesões da acne são decorrentes da obstrução dos folículos pilossebáceos, 
em decorrência de: 
 Aumento da produção e secreção sebácea; 
 Hiperqueratinização com obstrução do folículo pilossebáceo e proliferação e ação 
das bactérias; 
 Reação inflamatória local. 
 
Avaliação Facial 
 
 
39 
 
Os Quatro Fatores Envolvente: 
 
Hipercornificação Ductal 
 
O aumento da camada córnea da pele (a parte mais superficial e lisa) composta 
pelos queratinócitos pode ser estimulado pelos hormônios masculinos (andrógenos) 
e pelo efeito de irritação causado pelos lipídeos ("gorduras"). 
O efeito de irritação dos lipídeos ocorre quando estes se movem através do ducto, e 
o acúmulo dos lipídeos leva à formação de comedões abertos (cravo preto) ou 
fechados (cravo branco). 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aumento Da Secreção De Sebo 
 
A atividade seborreica é dependentedos hormônios sexuais masculinos. 
O aumento de produção do sebo além de estar relacionado com o aumento de 
produção do hormônio, depende também da quantidade de receptores existentes nas 
células dos órgãos (chave e fechadura!). Se você quiser entender melhor, participe 
posteriormente do módulo sobre hormônios e receptores. 
 
Microorganismos (Bactérias) 
 
Propionybacterium acnes (P. acnes) 
Propionibacterium granulosum 
Propionibacterium avidum 
Staphylococcus epidermides 
Malassezia furfur (Pityrosporum) 
 
1. Folículo piloso 
 
2. Comedão fechado 
 
3. Comedão aberto 
 
4. Pápulas 
 
5. Pústulas 
Avaliação Facial 
 
 
40 
 
Inflamação 
 
Resulta de substâncias (mediadores biologicamente ativos) produzidas pelo P. 
acnes, que se difundem no folículo. Exemplo das substâncias: 
Enzimas que incluem três proteases, interleucinas e citocinas; 
Lipases; 
Fatores quimiotáticos. 
 
Classificação Dos Graus De Acne 
 
Grau I 
Comedão 
aberto 
Aumento da secreção sebácea com produção 
de cilindros comedogênicos, acompanhados da 
formação de tampões córneos de queratina que 
ocluem transitoriamente o poro que permance 
aberto e visível, sendo de fácil extração 
 
Comedão 
fechado 
Maior acúmulo de sebo que vai distendendo o 
folículo piloso. O poro, que é pouco visível, está 
obstruido por um duro tampão de queratina de 
difícil extração. Pode inflamar-se ou infectar-se 
 
Grau II 
Pápula 
inflamatória 
Relevo na pele esbranquiçado se não há 
inflamação e avermelhado quando houve 
ruptura da parede do folículo piloso com 
passagem do material retido para a derme 
levando à inflamação 
 
Até aqui todas as manifestações da acne são totalmente reversíveis e podem ceder 
com tratamentos de higienização adequada diária e profissional, sem deixar 
sequelas. 
 
Avaliação Facial 
 
 
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Grau II Pústulas 
Ocorre a infecção por Pytirosporum 
acne ou por streptococo. Há severa 
alteração da pele e é provável que 
deixe seqüelas 
 
Grau III 
Formação 
de crostas 
Caso severo de acne com pústulas 
confluentes, altamente infecciosas. Ha 
grande padecimento cutâneo com 
formação de crostas e às vezes 
pequenas escaras. Geralmente deixa 
seqüelas 
 
Grau IV 
Nódulos ou 
cistos 
Existe grande retenção sebácea e 
infecção na parte profunda da pele, 
originando assim, por acúmulo de sebo 
e pus, cistos dolorosos de 2, 3 ou mais 
centímetros. Há necessidade de 
tratamento com antibióticos. 
 
Grau V Fulminante 
Neste grau predominam manifestações 
sistêmica como febre e poliartralgia. 
Intervenção médica. 
 
 
Localização 
 
Compromete, principalmente, face, região anterior e posterior do tórax, pois são 
áreas ricas em glândulas sebáceas. 
 
 
 
 
 
Avaliação Facial 
 
 
42 
 
Rosácea 
 
É uma doença vascular inflamatória crônica, caracteriza-se por eritema, 
telangiectasias (vasos finos avermelhados), edema e pápulas, que podem ser 
acompanhados por pústulas e nódulos. Ocorre principalmente em adultos entre 30 e 
50 anos de idade. É mais freqüente em mulheres e, em geral, o quadro é mais extenso 
e moderado. Formas mais localizadas e graves são encontradas mais comumente nos 
homens. Raramente é observado o diagnóstico em negros. 
 
Como Se Desenvolve? 
 
A origem da rosácea ainda não é conhecida. Vários fatores têm sido apontados, 
tais como: 
 
 
 
Clínica Da Rosácea 
 
A rosácea desenvolve-se em zonas seborréicas, na porção media da face e, 
em algumas formas intensas, chega a tomar toda a face. Seu desenvolvimento é lento 
e insidioso e o quadro leva anos para se instalar. 
Os pacientes com rosácea apresentam uma predisposição para a ruborização 
e vermelhidão. Conhecem-se diversos factores desencadeantes, como o calor, o frio, 
a radiação ultravioleta, as emoções, o álcool, as especiarias ou as bebidas quentes. 
A ruborização após a ingestão de água, café ou chá quentes deve-se ao aquecimento 
faríngico do sangue que passa para o hipotálamo através da troca térmica contra-
corrente, envolvendo a jugular e as artérias carótidas. A hipertermia em doentes com 
rosácea provoca uma diminuição do fluxo de sangue do rosto para o cérebro. A 
disfunção parece ser um problema microcirculatório das veias angulares faciais (Vena 
facialis sive angularis), que estão envolvidas no sistema de arrefecimento sanguíneo 
 
 
 
Predisposição constitucional 
 Doença gastrointestinal 
 Hipertensão 
 Fatores psicogênicos 
 Seborréia 
 A presença de agentes infecciosos 
Avaliação Facial 
 
 
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do cérebro. Isto pode provocar congestão venosa e problemas de termo-regulação. 
As veias angulares faciais drenam as zonas do rosto mais afectadas pela rosácea, 
incluindo a conjuntiva. Isto pode explicar o envolvimento frequente dos olhos. Uma 
disfunção vascular pode ainda estar na origem do aumento de enxaquecas em 
doentes com rosácea. 
 
 
 
] 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A pele com rosácea reage normalmente a diversos químicos vasoativos, como 
a cafeína, ou a quimiomediadores como a epinefrina, a acetilcolina ou a histamina. 
 
Tratamento 
 
Não há tratamento curativo para a rosácea. O programa terapêutico empregado 
varia com o estágio e a gravidade da doença. Todos os agravantes ou 
desencadeantes devem ser afastados, como bebidas alcoólicas, exposição solar, 
vento, frio e ingestão de alimentos quentes. 
A pele do paciente com rosácea é extremamente sensível a produtos químicos 
e físicos como sabões, higienizadores alcoólicos, adstringentes, abrasivos e peelings. 
Os agentes antimicrobianos apresentam-se efetivos no tratamento. 
Como a radiação ultravioleta é um desencadeante importante, é fundamental 
enfatizar o uso de filtros solares cotidianamente no rosto, escolhendo o produto mais 
adequado para cada tipo de pele. 
Avaliação Facial 
 
 
44 
 
Millium 
 
Os cistos epidérmicos são os mais frequentes e resultam da proliferação de 
células da epiderme dentro da derme, o que pode ser devido a uma tendência 
genética. O milium é um micro cisto epidérmico, de localização mais superficial, de 1 
a 2 milímetros de diâmetro. 
Em seu interior há formação de pequena massa queratinosa. Localizam-se nos 
2/3 superiores da face, particularmente na região periorbitária, e também na genitália. 
 
Quadros Clínicos Semelhantes Aos De Acne 
 
As erupções acneiformes consistem em quadros clínicos semelhantes aos de 
acne, provocadas pela ingestão ou contato com agentes desencadeadores de acne. 
Esses agentes podem ser endógenos ou exógenos. 
 
Acne por agentes endógenos 
 
 
Acne por agentes exógenos 
 
 
Acne infantil 
Presença de comedões e pápulas nas faces de lactentes 
e crianças jovens. 
Acne escoriada 
Traumatismo do rosto devido a estados psicóticos ou 
neuróticos 
Acne medicamentosa Hormônios, halogênios, 
Acne solar 
Após exposição aos raios solares ou uso de cremes 
antiactínicos. 
Acne cosmético 
Devido ao uso de cosméticos que ocluem o óstio 
folicular. 
Acne dos corticóides 
Quando aplicados na pele por quaisquer motivos 
(colírios, cremes, etc.). 
Acne dos 
hidrocarbonetos 
Contato de óleos lubrificantes insolúveis com a pele 
http://www.dermatologia.net/neo/base/pelenormal.htm
http://www.dermatologia.net/neo/base/pelenormal.htm
Avaliação Facial 
 
 
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