Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE DO PARANÁ- UNICENTRO AMANDA THAYS RAMALHO VESSELOVCZ CINTHYA MARIA ARAGÃO MASSENE LUIZ GUSTAVO BARANKIEVICZ MARTINS EXPERIMENTO 3: VELOCIDADES DE REAÇÃO EM MEIO HOMOGÊNEO – DESPROPORCIONAMENTO DO TIOSSULFATO DE SÓDIO Guarapuava, 2019. INTRODUÇÃO A cinética é um ramo da Química exclusivo ao estudo das velocidades das reações, tratando dos fatores que a influenciam e dos equilíbrios de um sistema a partir das velocidades das reações diretas e inversas. Dentre os fatores que alteram a velocidade de uma reação, a concentração das espécies do meio reacional se caracteriza como um deles. A concentração molar de um reagente está intrinsecamente ligada ao seu número de mols, que diz respeito à quantidade de matéria presente. Deste modo, ao aumentar a concentração de um reagente, aumenta-se a quantidade de moléculas no meio reacional. O modo pelo qual a concentração atua sobre a velocidade é explicado por meio da teoria das colisões que analisa os efeitos a nível molecular. A base desta teoria é que em uma reação genérica, por exemplo: aA + bB → cC + dD devem ocorrer choques efetivos entre as moléculas para que proceda a reação, ou seja, as moléculas devem colidir-se umas com as outras. Logo, quanto maior for a frequência das colisões a cada segundo, mais rápido os reagentes A e B se transformarão nos produtos C e D, portanto, maior será a velocidade da reação. Sendo assim, quando se aumenta a concentração de reagentes, implica dizer que mais moléculas estão presentes no meio e maior será a probabilidade dos choques efetivos ocorrerem e então a velocidade da reação aumentará. Além da concentração, outro fator capaz de variar a taxa de velocidade é o estado físico de reagentes, pois, para a reação ocorrer, como dito antes, A e B devem entrar em contato, quanto mais fácil isso acontecer, mais veloz será a reação. Com isso, em soluções homogêneas, onde os dois reagentes são miscíveis e estão dissolvidos na mesma fase, a velocidade de reação tende a ser maior. Por último, outro conceito importante envolvendo este experimento é a respeito de reagente limitante e reagente em excesso. O reagente limitante é definido como o reagente que determina quanto de produto será formado; o reagente em excesso é aquele que está presente em grandes quantidades, por isso, após a reação acontecer ele estará em excesso no meio reacional, parte dele não reagirá, já que para isso ocorrer, a dependência com o reagente limitante é direta. A estequiometria de uma reação contendo estes dois reagentes não é proporcional, já que um estará sempre em maior quantidade que o outro. 1. OBJETIVOS • Analisar a cinética da reação de tiossulfato de sódio e ácido clorídrico em meio homogêneo; • Compreender a influência da concentração sobre a velocidade da reação em meio homogêneo. 2. MATERIAIS E MÉTODOS 2.1. MATERIAIS E REAGENTES PARA EXPERIMENTO 3 e 4 - 10 béqueres de 50 mL; - 10 tubos de ensaio; - Pipetas graduadas de 5, 10 e 25 mL; - 2 provetas de 10 mL; - 2 peras; - Solução de Na2S2O3 (0,3 mol L-1); - Solução de HCl (2,0 mol L-1); - Pisceta e água destilada; - Papel branco com um desenho (X) ; 2.2. MÉTODOS EXPERIMENTO 3 A Fluxograma dos procedimentos para o experimento 3 – velocidade do Na2S2O3 EXPERIMENTO 3 B Fluxograma dos procedimentos para o experimento 4 – velocidade do HCl 2.3. PROPRIEDADES FÍSICO QUÍMICAS DOS REAGENTES UTILIZADOS Os reagentes utilizados para ambos os experimentos foram HCl e Na2S2O3. Suas principais propriedades físico-químicas estão dispostas no quadro 1. 3.RESULTADOS E DISCUSSÕES EXPERIMENTO 3 A Este experimento teve como intuito encontrar a velocidade da reação em relação a concentração de Na2S2O3, que foi o reagente limitante e por isso, foi consumido totalmente na reação. A estequiometria da reação é dada por: Na2S2O3 (aq) + 2 HCl(aq) → 2 NaCl(aq) + 5 SO2 (g) + S(s) + H2O(l) O fim da reação é marcado pelo cheiro característico de enxofre (por conta da formação de SO2) e a solução final obteve cor amarela, que se intensificava nos béqueres onde continha tiossulfato de sódio pouco diluído. Os tempos de reação observados até o desaparecimento do desenho ao fundo do béquer mostraram que, quanto menor era a concentração do sal, mais lentamente a reação ocorria, como estão apresentados (quadro 2) a seguir: Quadro 2 – Tempo de reação para cada solução. Béquer Tempo de reação 1 17 s e 75 2 21 s e 05 3 27 s e 42 4 52 s e 68 5 2 min e 9 s Com a obtenção dos tempos e das concentrações para cada solução, foi possível calcular a velocidade a parir da equação: v=Δ nº demols Δt onde: v = velocidades Δ nº de mols = número de mols final – número de mols inicial Δ t = tempo final – tempo inicial Tendo a velocidade para cada solução, foi possível traçar um gráfico velocidade x [Na2S2O3], como mostra o gráfico 1 a seguir: Gráfico 1 - velocidade x [Na2S2O3] Como a solução de tiossulfato foi diluída (exceto no béquer 1), tornou-se necessário o uso de cálculos para se obter a nova concentração das soluções. Utilizando a equação: [Na2S2O3]i * Vi = [Na2S2O3]f * Vf Onde: [Na2S2O3]i = concentração molar inicial de Na2S2O3 Vi = volume inicial da solução [Na2S2O3]f = concentração molar final de Na2S2O3 Vf = volume final da solução. No béquer 1, onde a concentração de tiossulfato era maior (pois não houve diluição), pôde-se encontrar o número de mols que reagiu com o ácido, a partir da estequiometria da reação que é 1:2, fazendo uma regra de três, obteve-se: 1 mol de Na2S2O3 --------------- 2 mol de HCl x ------------------------------------- (0,005* 2) x = 0,005 mols de Na2S2O3 A partir das concentrações obtidas de cada solução, foi possível encontrar o respectivo número de mols do Na2S2O3 e quanto dele reagiu com HCl, como apresentado no quadro 3. Quadro 3 – Valores obtidos para o Na2S2O3. EXPERIMENTO 4 Para este experimento a velocidade de interesse a ser encontrada está relacionada a concentração de HCl. Neste caso ele se tornou o reagente limitante, pois, por sofrer diluição, sua concentração acabou sendo menor que a do Na2S2O3. O sal se tornou o reagente em excesso, já que sua concentração permaneceu inalterada (0,3 mol L-1). A reação e sua estequiometria são as mesmas do experimento 3 B. Os tempos de reação encontrados, estão apresentados no quadro 4 a seguir: Quadro 4 – Tempos de reação para cada solução. Béquer Tempo de reação 1 23 s 2 25 s 3 28 s 4 30 s 5 31 s A partir da obtenção do número de mols HCl que reagiu e de suas centrações em cada solução, bem como seus respectivos tempos, foi possível traçar um gráfico velocidade x [HCl], como mostra o gráfico 2 a seguir. Gráfico 2 - velocidade x [HCl] As concentrações foram obtidas seguindo mesma equação utilizada no experimento 3 B, mas agora em termos de [HCl]: [HCl]i * Vi = [HCl]f * Vf No béquer 1, onde a concentração do ácido era a maior, comparado com a solução dos demais béqueres, a reação entre o sal e a base ocorreu sem a falta do ácido, pois, não havendo diluição, para este momento ele não era o agente limitante. Com isto, pôde-se encontrar o número de mols do HCl que reagiu com o sal, considerando a estequiometria 1:2 da reação e a concentração do Na2S2O3, a qual não sofreu alteração. Seguindo uma regra de três, obteve-se que: 1 mol de Na2S2O3 --------------- 2 mol de HCl (0,3 * 0,015) --------------------- x x =0,009 de HCl Os dados encontrados por meio dos cálculos foram agrupados no quadro 5: Quadro 5 – Valores obtidos para o HCl. 4. CONCLUSÃO Nos experimentos 3 A e 3 B, tornou-se possível ter uma melhor compreensão a respeito da interferência da concentração dos reagentes sobre a velocidade da reação, bem como seus estados físicos e a fase das soluções onde a reação ocorre.De modo mais claro, pôde-se entender como um reagente limitante se comporta no meio reacional e o modo com o qual a reação acontece em sua dependência. Ambos os experimentos promoveram uma assimilação maior a respeito da teoria aprendida em sala de aula, fortalecendo o conhecimento a respeito da cinética das reações e seus conceitos que até aqui foram abordadas. Conclui-se que os objetivos propostos foram atingidos e que os resultados obtidos por meio dos cálculos a partir da experimentação se mostraram coerentes e portanto, válidos. REFERÊNCIAS ATKINS, Peter; JONES, Loretta; LAVERMAN, Leroy. Princípios de Química-: Questionando a Vida Moderna e o Meio Ambiente. Bookman Editora, 2018. https://pt.khanacademy.org https://pt.khanacademy.org/ 2. MATERIAIS E MÉTODOS 2.1. MATERIAIS E REAGENTES PARA EXPERIMENTO 3 e 4 2.2. MÉTODOS 4. CONCLUSÃO
Compartilhar