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UNIVERSIDADE PAULISTA SANEAMENTO BASICO Sistema de tratamento de agua e esgoto CAMPINAS 2019 SANEAMENTO BASICO Sistema de tratamento de agua e esgoto Trabalho de APS do curso de Engenharia Civil apresentado à Universidade Paulista- UNIP. Orientadora: Prof.ª CAMPINAS 2019 RESUMO A necessidade de se compreender o crescimento populacional de determinada região ajuda na prevenção de futuros problemas de logística urbana. Dentre os principais problemas que afetam o mundo está á má qualidade de saneamento básico. Este trabalho tem com assuntos principais a visita técnica realizada na ETE (estação de tratamento de esgoto) e ETA (estação de tratamento de agua) ambas localizadas no município de Indaiatuba, estudo de caso no qual foi utilizados métodos de crescimento populacional, dimensionamento de reservatórios, dimensionamento de bomba de sucção e recalque e também a ramificação fictícia de um bairro, outro assunto tratado nesta APS é o panorama de saneamento básico no Brasil comparado com outras potencias. Com a conclusão deste trabalho temos dados para dimensionar uma população de 317.000 habitantes, prevista para o ano de 2040 na cidade Indaiatuba, porem devido ao uso de apenas uma ETA como base (ETA I – localizada na vila Avaí), os resultados não se refere à realidade. Palavras-chave: Saneamento básico. Dimensionamento. ETA. LISTA DE TABELAS TABELA 1 – População de Indaiatuba 24 TABELA 2 – previsão da população 26 TABELA 3 – Dada da cidade 29 TABELA 4 – Resultados de vazão e diâmetro: 32 TABELA 5 – dados de consumo dos reservatórios 34 TABELA 6 – Dados dos reservatórios 34 TABELA 7 – volume dos reservatórios 36 TABELA 8 – curva característica 38 TABELA 9 – Cota dos nós 42 TABELA 10 – diâmetro em função da vazão 43 TABELA 11 – Rede ramificada 45 LISTA DE IMAGENS IMAGEM 1 – esquema de tratamento de agua 10 IMAGEM 2 – esquema de tratamento de esgoto 11 IMAGEM 3 – vista aerea de ETE 15 IMAGEM 4 – Tanque de gradeamento 15 IMAGEM 5 – esteira de gradeiamento 16 IMAGEM 6 – Caçamba com resisduos retirados da agua 17 IMAGEM 7 – Estação elevatória 17 IMAGEM 8 – Caçamba com residuos de areia 18 IMAGEM 9 – lagoa de tratamento 19 IMAGEM 10 – tanque de lodo 20 IMAGEM 11 – agua bruta 21 IMAGEM 12 – dosagens de produtos 21 IMAGEM 13 – calha parshall 21 IMAGEM 14 – floculadores 22 IMAGEM 15 – lagoa de decantação 22 IMAGEM 16 – esquema de filtro 23 IMAGEM 17 – painel de controle 23 IMAGEM 18 – Divisão da cidade 27 IMAGEM 19 – Distribuição e divisão de rede de abastecimento 28 IMAGEM 20 – trechos da rede de distribuição 28 IMAGEM 21 – família da bomba 37 IMAGEM 22 – ramificação do Jd. Europa 41 LISTA DE GRAFICOS GRAFICO 1 – Nº da população / ano 27 GRAFICO 2 – Curva da demanda 33 GRÁFICO 3 – altura manométrica em função da vazão 38 GRAFICO 4 – quantidades de bombas 39 GRAFICO 5 – características da família da bomba 40 SUMÁRIO INTRODUÇÃO 8 Objetivos gerais 8 Objetivos específicos 8 Metodologia 9 Justificativa 9 DEFINIÇÃO DE SANEAMENTO BASICO 9 Definição de stação de tratamento de água 9 Definição de estação de tratamento de esgoto 11 IMPORTANCIA NO TRATAMENTO DA AGUA 12 COMPARAÇÃO DO PANORAMA DO SANEAMENTO BÁSICO 13 VISITA TECNICA 14 Estação de tratamento de esgoto 14 Estação de tratamento de água 20 ESTUDO DE CASO 24 Dimensionamento da cidade 24 Dimensionamento das bombas da estação elevatória 36 Ramificação da rede 41 CONCLUSÃO 46 BIBLIOGRAFIA 47 ANEXO I – MEMORIAL DE CÁLCULO 49 1. INTRODUÇÃO Saneamento básico é a união de vários fatores que visão proporcionar aos moradores de determinada região a higiene e saúde, evitando esgotos ao céu aberto, agua contaminada, proliferação de bactérias. Os principais itens de do saneamento basco são: reciclagem de materiais, limpezas de ruas (evitando o entupimento de bocas de lobos), tratamento e distribuição de agua de qualidade, coleta e tratamento de esgoto e coleta de lixo. Dentre os resultados obtidos com um bom saneamento pode-se citar a baixa proliferação de doenças, taxa de mortalidade baixa, volume de pessoas que utilizam o sistema publico de saúde é menor (gerando um custo menor aos cofres públicos), outro fator importante é o descarte correto de certas substancia, fazendo com que a natureza siga seu ciclo corretamente. Dada à importância do tratamento de agua e esgoto, cada vez mais os governos federais, estaduais e os municípios vêm tentando atingir as metas do PLANSAB (plano de saneamento básico), onde a meta é de que para alguns anos específicos, é atingir a porcentagem estabelecida para residência com agua encanada e rede coletora de esgoto, houve uma grande melhoria com o decorrer das décadas, porém as metas estabelecidas estão longe de serem atingidas. As taxas de crescimento são importantes meios de calcular a população futura, para que assim se possa planejar uma infraestrutura adequada, para os anos com uma demanda maior na população. Outro importante fator para planejamento urbano é a comparação com países mais desenvolvidos. Objetivos gerais Esse trabalho tem com objetivo geral a compreensão de como é o processo de tratamento de agua e esgoto, como são feitos os planejamentos urbanos e discutir as diferenças entre países. Objetivos específicos Sabendo que a formação de engenheiro civil abrange todas as áreas da sociedade, faz-se necessário o conhecimento do planejamento urbano, neste trabalho mostra-se o processo detalhado da purificação da agua para consumo e do esgoto para descarte em rios, faz uma comparação rigorosas com países que tem tecnologias eficientes e por fim um estudo de caso, mostrando resumidamente como a distribuição de agua encanada para uma determinada população. Metodologia Este trabalho foi realizado com as orientações da professora do curso de eng. Civil da UNIVERSIDADE PAULISTA do campus swift, tendo em mãos os formulários aplicados em sala de aula Justificativa A necessidade de proporcionar qualidade de vida a população, se tratando de infraestrutura urbana, saneamento e até edificações publicas fazem dos engenheiros alguns dos principais protagonistas da sociedade. 2. DEFINIÇÃO DE SANEAMENTO BASICO As definições de saneamento variam conforme o entendimento de cada pessoa ou órgão, para a OMS (Organização Mundial de saúde), é o controle dos fatores físicos que podem exercer efeitos nocivos ao homem, prejudicando seu bem-estar físico, mental e social, para o governo brasileiro a lei 11.445 de 2007 descreve como saneamento básico como um conjunto de serviços, infraestruturas e instalações de abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos e drenagem de águas pluviais urbanas. Dentro dessa lei foi criado o PLANSAB (Plano Nacional de Saneamento Básico), onde foram fixadas metas em certos períodos de tempo para obter um numero maior de habitantes com acesso ao saneamento básico. O plano fixava que até o ano de 2.033, 99% da população urbana e rural teriam abastecimento de agua (seja por rede de distribuição, poço, ou nascente com canalização) e 92% teriam rede coletora de esgoto, fossa séptica ou esgotos sanitários e desse total 93% seria tratado para devolver à natureza. Para que essa meta seja atingida o ministério da saúde e o governo federal terá que investir aproximadamente R$122 bilhões em abastecimento de agua e R$182 bilhões em coleta e tratamento de esgoto. Porem em uma analise feita pelo IBGE o país não conseguira atender ao objetivo estabelecido no ano de 2.023, isso fica claro quando se nota que em 2010, 60,9 milhões de pessoa em áreas urbanas não tem acesso a rede de esgoto. Os principais objetivos do saneamento básico são: abastecimento de agua com qualidade para a população, coleta e disposições de aguas residuais (como esgoto, agua da chuva, etc.), coleta e descarte adequado de lixo, controle de pragas e doenças oriundas de animais, vírus e poluição. Definição de estação detratamento de agua O principal indicio de que exista vida extraterrestre no universo é a presença da agua, pois ela é a base para todo sistema de vida (vegetal e animal), portanto com os seres humanos não seria diferente: representa 60% no corpo de adulto e 70% em uma criança. Responsável principal pela formação das células, reguladora da temperatura corporal (suor), o meio no qual elimina os nutrientes que o organismo não absorve, esta presente nos ossos (aproximadamente 20%), na formação do plasma, além de ser uma transportadora essencial de vitaminas e minerais no sangue. Sendo essencial para a raça humana, existe um cuidado e uma preocupação com a qualidade da agua, sendo papel das estações de tratamento, limpar, filtrar, dar qualidade e distribuir para a população. As estações de tratamento normalmente recebem agua (agua bruta), que é captada em rios ou represa próxima às cidades, geralmente a altitude de captação esta abaixo da cota da cidade, sendo necessárias as chamadas estações elevatórias. Já na estação a agua passa por alguns processos para estar própria para consumo. A coagulação e floculação são os primeiros passos, onde as partículas começam a se unir, para então formar flocos de sujeiras, os responsáveis por essa etapa são alguns reagentes coagulantes como: sulfato de alumínio e o cloreto de férreo (dependendo do Ph da agua é necessária a utilização de alguns alcalinizantes). Com os flocos formados tem-se então a decantação, onde a agua fica em taques por um tempo, para que a gravidade exerça seu papel mandando os flocos de sujeira para baixo. Após o processo anterior pode ser que ainda exista partículas na agua, sendo necessária a filtração, geralmente os filtros são formados por algumas camadas de areia. Com a agua limpa de sujeiras visíveis, começa a desinfecção, nessa etapa são utilizados os agentes desinfetantes: íons de prata, luz ultravioleta, ozona e cloro (a função da etapa de desinfecção é destruir microrganismos que possam fazer algum mal a população). Por fim a fluoretação deixando a agua pronta para o consumo. IMAGEM 1 – esquema de tratamento de agua Fonte: site aguas de Massaranduba Existem vários órgãos responsáveis pela limpeza de agua das cidades: SANASA, SAAE, SABESP, CAESB, etc. eles são responsáveis pela captação, tratamento, distribuição, manutenção, e ate adaptações nas redes das cidades para que não haja falta para a população. Definição de estação de tratamento de esgoto Existe um ciclo na agua que é obedecido mesmo sem perceber, por mais que seja captada e armazenada pelo homem, uma hora ou outra ela vai voltar a natureza, direta (descarte no solo) ou indiretamente (evaporação). Após captação, tratamento, distribuição e consumo a agua é descartada pelos ralos, encanamento e tubulações de esgotos. Porem após essa “contaminação” a agua não pode ser devolvida sem tratamento adequado à natureza, sendo então a função das ETES (estações de tratamento de esgoto) de tratar a agua para depois devolve-las aos rios adjacentes a cidades. O processo de limpeza de esgoto é um pouco mais longo que o de limpeza para consumo, algumas das etapas (resumidas) são: o gradeamento é a parte em que o esgoto passa por grades, para as sujeiras que tem um volume maior fiquem retidas. A caixa de areia serve para separar a areia da agua (para que não haja entupimento), nos decantadores primários ocorre à sedimentação das partículas mais pesadas. No tanque de aeração a matéria serve de alimento para micro-organismos através de um processo químico que converte resíduos orgânicos em gás carbônico. No decantador secundário surge o lodo e 90% da agua já esta limpa para ser devolvida aos rios e com um pouco de tratamento serve também para reuso como: lavagem de ruas, lavagens de praças, regagem de jardins. O lodo por sua vez é limpo e descartado corretamente. IMAGEM 2 – esquema de tratamento de esgoto Fonte: Site INSIDE 3. IMPORTANCIA NO TRATAMENTO DA AGUA Devida a sua importância já mencionada e o fato de ser empregada em tudo no mundo, a agua sem os cuidados necessários pode ser a causadora de inúmeras doenças, por isso os tratamentos são os principais meios de controles de doenças. Se levarmos em conta que a agua é captada dos rios, tratadas, consumidas e devolvidas nas altitudes mais baixas do mesmo rio, a próxima cidade então, terá que tratar uma agua que anteriormente era esgoto. Segundo Carolina Gonçalves com base nos dados da UNICEF, “a cada 15 segundos morre uma criança no mundo por falta de agua potável, saneamento ou condições de higiene” e cerca de “3,5 milhões de pessoas morrem no mundo por problemas relacionados ao fornecimento inadequado de agua”. (Gonsalves, Carolina, 2013). Já no Brasil segundo o site G1 afirma que 28 mil pessoas morrem por ano, por causa de agua contaminada e falta de higiene, dessas mortes 15 mil é causada pela diarreia. Outras doenças causadas pela falta de tratamento na agua ou esgoto são: hepatite A (causada por vírus encontrado em agua contaminada e causa inflamação no fígado), Giardíase (causada quando ingerida agua contaminada por fezes), amebíase (o protozoário se instala no intestino, o que impede a absorção dos nutrientes), leptospirose (causado quando a agua contaminada pela urina do rato entra em contato com a pele humana). Também segundo o G1 se os governos mundiais gastassem o dobro do que gastam hoje com tratamento de agua, seriam economizados cerca de US$ 7 bilhões por ano e em relação aos gastos com saúde o mundo ganharia US$ 84 bilhões por ano. (G1, 2008). A falta de saneamento também afeta a economia da população, pois se vir a contrair alguma das doenças citadas acima, logo será afastado para tratar a doença ou demitido por conta do longo prazo para retorno ao trabalho para quem é funcionário, para quem trabalha por conta própria o cenário é mais agravante, o cidadão fica impossibilitado de sair para trabalhar e garantir a renda para sua família, esse caso é mais agravante por conta da pessoa trabalhar por conta e não ter os benefícios em um eventual afastamento que tem um funcionário que trabalha registrado. Sem contar a chance de morte, segundo estudos feitos pela OMS (Organização Mundial de Saúde), no Brasil ocorrem aproximadamente 28.000 mortes por ano, tendo como o fator principal as doenças provocadas por águas contaminadas. Ao se pensar no porquê do baixo investimento em infraestrutura de saneamento básico, um dos pontos mais curiosos é de que muitos políticos quando eleitos ou na sua própria campanha para eleição, não dão a atenção devida a essa parte da infraestrutura das cidades, por conta de ser um tipo de obra “invisível” para os eleitores, então eles buscam executar obras que sejam de grande visibilidades e de grande porte como por exemplo: estradas, pontes, viadutos e por ai vai. Ainda no assunto sobre a influência do saneamento na saúde da população, além de falar sobre os problemas gerados na economia da população, podemos também dissertar sobre os impactos na economia do Brasil, pois a cada R$ 1,00 investido em saneamento economizamos R$ 4,00 investidos na saúde. Com o saneamento básico em ordem e funcionando bem, o turismo das cidades tende a crescer, ocorrendo também uma valorização dos imóveis na cidade e um possível crescimento populacional e industrial a curto prazo. Segundo pesquisas dentro do período de 8 anos, o Brasil teve o crescimento de 80,9% no ano de 2007 para 83,3% em 2015. Contudo não é apenas a falta de tratamento na agua que pode vir ocasionar uma “calamidade publica” relacionado a saúde da população, uma vez que a dosagem de produtos na agua é controlada por humanos, existe a probabilidade de erros, e se uma grama de produto for adicionado a cada litro de agua, uma cidade inteira poderá sofrer com algum tipo de infecção. Podemos citar a cidade de Indaiatuba em 2017 tratava 150 l/s de água para consumo, em 1 minuto 9 m³ de agua estariam contaminadas e em 1 hora 540 m³ de agua com excesso de produto. 4. COMPARAÇÃO DO PANORAMA DO SANEAMENTO BÁSICO O governo tem traçado algumas metaspara melhorar o panorama do Plano Nacional de Saneamento Básico, visando obter tratamento do esgoto em quase 90% do país e distribuir água potável em todo o território brasileiro até o ano de 2033, mas que, pelos números baixos de pessoas com acesso ao saneamento básico atualmente no Brasil, este prazo tem grandes chances de não ser cumprido no tempo previsto podendo se prolongar por mais 10 ou 15 anos, tudo depende dos esforços, do planejamento e também depende do investimento feito pelo governo, que no momento não aparentam dar a devida importância a esse problema. Segundo estudo feito para classificar as cidades de melhores a piores no quesito saneamento, das capitais brasileiras apenas duas foram classificadas entre as melhores cidades, são elas: Belo Horizonte com incríveis 100% do esgoto sendo coletado, seguida por Curitiba com seus 98,5% que estão situadas em regiões mais centrais do Brasil. E dentre as cidades da parte debaixo dessa classificação, as regiões Norte e Nordeste são as que mais têm municípios com problemas a tratar em relação à saúde pública, estas localidades muitas vezes são onde o povo define o saneamento básico como um “privilégio” para poucos. Uma breve comparação pode ser feita entre Brasil e Itália, a cidade de Veneza, que tem sofrido com alguns problemas de saneamento, o fato de ser uma cidade antiga faz com que o saneamento básico não atenda a população atual, com a insuficiência de coleta e tratamento de esgoto, as aguas acabam sendo jogado nos mananciais (sabendo que as ruas de Veneza são tomadas por agua, o esgoto certamente irá para as portas das residências). Os responsáveis pela área de água e esgoto de Veneza estão analisando algumas opções de como melhorar e acabar com esse problema, que tem feito com que turistas deixem de visitar a cidade por conta do mau cheiro. A solução encontrada foi de construir barragens em pelo menos 3 canais da cidade que ligam o lago de Veneza até o mar, utilizando comportas nas barragens para controlar o nível da água quando chover. Um dos aspectos que amenizam o problema da falta de saneamento básico no Brasil é de que, não temos uma cidade com as mesmas características de Veneza, que tem os seus recursos pluviais percorrendo a céu aberto por todas as ruas, e quando há enchentes o esgoto junto com seu mal cheiro invadem a cidade, deixando o problema escancarado para a população e aos turistas que estão de passagem pela cidade. Para a resolução desse problema de saneamento o Brasil leva uma certa vantagem em relação com Veneza, pois o planejamento feito nessa cidade não tem a possibilidade de alteração além de ser a marca registrada da cidade e o motivo de ter tanta visita de turistas do mundo todo para conhecer e passear pelos canais que cruzam a cidade. Um dos pontos de saneamento é a coleta de lixo, no Brasil existem os garis e o coletores que passam com os caminhões pelo menos 2 vezes por semanas nos bairros das cidades. Em Indaiatuba são gerados aproximadamente 201,89 toneladas por dia de lixo, como Veneza é uma cidade turística, alguns sensos mostram que podem chegar a 100 turistas para cada habitante da cidade, chegando a um gasto de US$ 335 milhões por tonelada, esse valor alto se da por conta de que o processo de coleta é mais complexo devido aos canais, o lixo é recolhido por trabalhadores em carrinhos, é transferido por barcas. Porem a cidade italiana vem investindo em novas ideias para diminuir a geração de resíduos, para combater o consumo excessivo de aguas engarrafadas em garrafas plásticas, a ideia é distribuir garrafas de vidro para os turistas, e sempre que a agua acabar repô-la com agua da torneira, uma vez que a cidade de Veneza tem um dos melhores tratamentos de agua da Europa, a agua tratada percorre uma rede de 3.600 km é 60% vem de mananciais subterrâneos. 5. VISITA TECNICA A visita técnica ocorreu na Eta e Ete de Indaiatuba, no dia 05/10/2019. Estação de tratamento de esgoto Com a ajuda da gravidade todo esgoto coletado é direcionado para estação de tratamento de esgoto Mário Araldo Candello, localizada na Rua Ema Gazzi Magnussin, no distrito industrial Vitória Martini. IMAGEM 3 – vista aerea de ETE Fonte: Google Earth, 2019. Segundo o site do SAAE, até 2017 a estação tratava ate 1000 l/s, com as novas obras de ampliação a sua capacidade máxima de tratamento passou para 1320 l/s. essa nova ampliação contou com um novo tanque de gradeamento, duas novas represas, três tanques de aeração. O processo começa no tanque de gradeamento, onde todo esgoto coletado passa por uma esteira vertical, responsável por retirar todo material maior do que 30 mm, evitando entupimento e falhas durante o resto do processo, a sujeira é descartada em uma caçamba. IMAGEM 4 – Tanque de gradeamento Fonte: Autor Próprio, 2019. IMAGEM 5 – esteira de gradeiamento Fonte: Autor Próprio, 2019. IMAGEM 6 – Caçamba com resisduos retirados da agua Fonte: Autor Próprio, 2019. Agua é enviada por bomba até a estação elevatória, onde será feita a retirada de materiais maiores do que 6 mm. IMAGEM 7 – Estação elevatória Fonte: Autor Próprio, 2019. Após a estação elevatória a agua vai para os desaneradores, onde é feito a retirada de areia e residuos sedimentares. Esse é a ultima parte do processo de limpeza fisica. IMAGEM 8 – Caçamba com residuos de areia Fonte: Autor Próprio, 2019. Nas lagoas começam os processos químicos, onde a agua recebem o oxigênio, fazendo com que as bactérias encontradas na agua se reproduzam alimentando-se de matéria orgânica (processo chamado de metabólico). Vale ressaltar que nessa parte do processo o odor já não é tão forte. IMAGEM 9 – lagoa de tratamento Fonte: Autor Próprio, 2019. Antes de a agua ser devolvida ao rio, ela passa pelos decantadores e recebem o produto fazendo com que haja a separação do restante da sujeira e fique no Ph correto para devolução aos rios. O lodo é armazenado em taques que podem ser limpos mecanicamente. IMAGEM 10 – tanque de lodo Fonte: Autor Próprio, 2019. Estação de tratamento de água A ETA visitada é localizada na vila Avaí (eta 1) e o responsável que nos acompanho na visita foi o Sérgio. A ETA 1 é a maior de Indaiatuba e é responsável pelo maior volume de tratamento para consumo da cidade, a agua aduzida vem do rio mirim, porem na cidade existem mais 3 estações em funcionamento: eta 4,3 e 5, que tem outras fontes de captação como: córrego barnabé e rio Capivari-Mirim. No dia da visita a estação estava quase no limite de tratamento cerca de 1700 m³/h, algo normal nos dias de maior consumo. Após a captação a agua bruta chega na ETA com o Ph muito alto, então é necessário retirar certas substancias como o ferro e o manganês, esse processo acontece na calha Parshall , onde é dosado os produtos poli sulfato de alumínio(PAC), hipoclorito de cálcio, coagulante, hipoclorito de sódio e hidróxido de cálcio. IMAGEM 11 – agua bruta Fonte: autor próprio, 2019. IMAGEM 12 – dosagens de produtos Fonte: autor próprio, 2019. IMAGEM 13 – calha parshall l Fonte: autor próprio, 2019. Após a agua sair canaleta, ela segue para as comportas, onde é direcionada para o floculadores, que tem a função de terminar de misturar os produtos na agua, gerando floculo de sujeira (para acelerar o processo é adicionado um tipo de polímero). Na imagem a seguir só é possível ver a agua suja, porem esta dentro do floculador. IMAGEM 14 – floculadores Fonte: autor próprio, 2019. Nas lagoas de decantação é onde a sujeira começa a decantar (parte marrom da imagem) e a agua começa a ficar fisicamente limpa (agua mais limpa). IMAGEM 15 – lagoa de decantação Fonte: autor próprio, 2019. Com a agua limpa a agua passa pelos filtros, usando a gravidade ao seu favor. O filtro é composto por quatro camadas, sendo elas: carvão ativado (para tirar o cheiro e o sabor dos produtos utilizados), areia fina, areia grossa e pedregulho, os filtros mandam a agua para tanques subterrâneos, que não tem contato com o lado de fora. Lá é ajustado o Ph, a quantidade de cloro e flúor. IMAGEM16 – esquema de filtro Fonte: autor próprio, 2019. A eta com alguma tecnologias muito importantes para ajudar na correão de dos níveis de produtos a serem dosados, o consumo diário é controlado pela central, onde é mostrado no painel todos os reservatórios da cidade e a vazão consumida em tempo real. IMAGEM 17 – painel de controle Fonte: autor próprio, 2019. 6. ESTUDO DE CASO Dimensionamento da cidade A cidade escolhida para estudo de caso é Indaiatuba, pois a sua população em 2010 segundo o IBGE e de 201.600 habitantes. No primeiro momento foi feito os estudos das taxas logística e decrescente para os anos de 2020, 2030 e 2040. Ao final foi usada a média de 2040 para efetuar os cálculos. Foram usados dados a partir do ano de 1990, devido a falta de informação dos anos anteriores. TABELA 1 – População de Indaiatuba Ano População 1990 100.000 2000 147.000 2010 201.600 Fonte: ibge2018 Taxa de crescimento logístico – Na taxa de crescimento logístico, cada vez que o numero de habitantes da população se aproxima do seu máximo o crescimento populacional anual diminui. Ponto de saturação é o valor máximo estimado que a cidade poderá atingir, expressa pela formula Ps e os coeficientes K1 e C: O ponto de Inflexão é o ano em que o valor real em que o crescimento populacional começa a diminuir depois de atingir seu máximo e é apresentado pela seguinte fórmula: Taxa decrescente de crescimento – A principio este tipo de crescimento torna-se menor a medida que a cidade cresce, ate atingir o seu máximo Ps: O resultado final com a população de cada ano são expressas por Pt: Taxa decrescente de crescimento Taxa de crescimento logístico O inicio dos cálculos se da encontrando o ponto de saturação (Ps), ele será usado para as duas taxas de crescimento. Nesta demonstração dos cálculos, obteremos a população do ano de 2020 para os dois tipos de crescimento, o restante encontra - se no anexo MEMORIAL DE CALCULO. Ponto de saturação da população = 407339 hab. Coeficientes K1, C e Kd = - 0,055 = 3,07 Ponto de inflexão Ou seja, a partir do ano de 2010, o crescimento populacional anual começa a diminuir. Crescimento logístico ano de 2020 = 256254 hab. Taxa decrescente de crescimento ano de 2020 Podemos então montar a seguinte tabela e ajustar os ados no gráfico: TABELA 2 – previsão da população Ano Logística Decrescente Media 1990 100000 100000 100000 2000 147000 147000 147000 2010 201600 201600 201600 2020 256254 238668 247461 2030 303947 269243 286595 2040 340510 294275 317393 Fonte: Autor próprio, 2019. 1 GRAFICO 1 – Nº da população / ano Fonte: Autor próprio, 2019. Indaiatuba tem 4 estações de tratamento, porem no nosso estudo adotaremos apena a ETA da vila Avaí, no norte da cidade, os bairros foram divididos em regiões maiores como mostra a imagem: IMAGEM 18 – Divisão da cidade Fonte: Google maps, 2019. IMAGEM 19 – Distribuição e divisão de rede de abastecimento Fonte: Google maps, 2019 IMAGEM 20 – trechos da rede de distribuição Fonte: autor próprio, 2019. A população de cada zona foi estimada no tamanho de cada região e o volume diário consumido de agua por pessoa foi baseado pela classe do bairro. Já o consumo diário das industrias foi baseado no ramo das industrias da cidade, que contem aproximadamente 870 industrias dos mais variados ramos como: empresa alimentícia, bebidas, metalúrgicas, ferramentarias, têxtis, montadoras etc., sendo assim temos os seguintes dados: TABELA 3 – Dada da cidade Setor Cota (M) Consumo População Jd. Europa 640 350 l/hab. 15% Esplanada 613 270 l/hab. 4% Portal do sol 607 200 l/hab. 4% Jd. Morada do sol 598 200 l/hab. 18% Centro 631 250 l/hab. 25% Costa silva 625 220 l/hab. 3% Cidade nova 637 250 l/hab. 16% Alto da colina 618 330 l/hab. 12% Jd. Oliveira 585 170 l/hab. 3% Ind. 1 590 90000 M³/dia Ind. 2 601 75000 M³/dia Para o calculo dos diâmetros e vazões têm-se as seguintes formulas: Para o diâmetro: Para vazão de rede: Para vazão de reservatório: Onde: · D: diâmetro da tubulação; · Q: Vazão; · V: Velocidade da rede: · : Hora de maior consumo; · : Dia de maior consumo; · q: consumo diário por habitante; · P: população da região estudada; Para demonstração dos cálculos, este trabalho apresenta como exemplo o trecho do R1 da distribuição da rede para o ano de 2010 e 2040, os demais cálculos são apresentados no anexo 1: O K1 é adotado 1,25; o K2 1,50; a velocidade do sistema 4 m/s; a população e o consumo diária de agua por habitante por dia é exposta na tabela, portanto temos para 2010: trecho 1: 8064 habitantes com consumo de 200l/hab., trecho 2: 8064 habitantes e consumo de 270 l/hab., trecho 3: 30240 habitantes e consumo de 350 l/hab. E para 2040: trecho 1: 12696 habitantes, trecho 2: 12696 habitantes, trecho 3: 47609 habitantes. Trecho 1 - 2010 Trecho 1 – 2040 Devido aos meios de produção, existem diâmetro pré estabelecidos para as tubulações, isso quer dizer para todos os valores de diâmetro que não exista tubulações especificas, será dotado o maior, no trecho 1 - 2010 por exemplo, o diâmetro encontrado foi 105 mm, adotaremos 150 mm e para 2040 132mm usar 150 mm. Trecho 2 - 2010 = 162 mm Adotar 200 mm; Trecho 2 - 2040 Adotar 250 mm. Trecho 3 - 2010 Adotar 300 mm; Trecho 3 - 2040 Adotar 400 mm. Trecho 4 – 2010 Adotar 300 mm; Trecho 4 – 2010 Adotar 400 mm. Com os dados obtidos conseguimos montar a seguinte tabela: TABELA 4 – Resultados de vazão e diâmetro: Trecho 2010 2040 Vazão (M³/s) Ø (mm) encontrado Ø (mm) adotado Vazão (M³/s) Ø (mm) encontrado Ø (mm) adotado 1 0,04 105 150 0,06 132 150 2 0,08 162 200 0,13 201 300 3 0,23 270 300 362 340 400 4 0,21 260 300 0,36 341 400 5 0,75 490 500 1,04 580 600 6 0,91 540 600 1,29 640 700 7 0,86 520 600 1,20 620 700 8 0,58 430 500 0,87 530 600 9 0,61 440 500 0,92 540 600 10 0,27 290 300 0,43 370 400 11 0,78 500 500 1,19 620 700 12 0,02 84 100 0,04 110 150 13 0,19 250 250 0,31 314 400 14 0,37 340 400 0,58 431 500 15 0,25 280 300 0,39 352 400 16 2,18 830 900 3,27 1020 1100 Fonte: Autor próprio, 2019. Para o dimensionamento dos reservatórios, será usada a curva de demanda utilizada em sala de aula, o recalque será continuo. Nas resoluções esta apresentada o reservatório R1 para 2010, os demais cálculos encontram-se no memorial de cálculo. O reservatório R1 atende à 23% da população, ou seja em 2010 atendia á 46368 habitantes com vazão de 0,21 m³/s, em 2040 atenderá 73001 habitantes e vazão de 0,36 m³/s e a média de consumo diário por habitante é 273 l/hab. (é necessária a media, pois, o trecho 4 recebe de outros 3 trechos e cada trecho tem um consumo diferente). A curva da demanda é determinada através das horas do dia e seus respectivos consumos, na hora de menor consumo a linha da curva esta abaixo da linha principal e na hora de maior consumo esta para cima como mostra o nosso estudo. GRAFICO 2 – Curva da demanda Fonte: Exercício de sala de aula, 2019. A taxa de adução (T.A.) é determinada pela somatória da sobra e do déficit, os resultados das duas somas devem ser o mesmo. No nosso ocorre uma dizima periódica ocasionando uma diferença de 4 centésimo entre as duas incógnitas, por conta disso o equilíbrio ficou T.A.= 21%. O consumo da adução é a vazão de adução (Q.A.) dividida pela quantidade de horas do dia (24), multiplicado pela porcentagem utilizada em cada hora de consumo do reservatório. A tabela mostra o consumo diário dos nossos quatro reservatórios hipotéticos, uma vez que a cidade Indaiatuba tem 57 reservatório. Portanto a dimensão final dos reservatórios serão maiores que o comum. Vazão da adução adução TABELA 5 – dados de consumo dos reservatórios Período (h) % consumo Adução Sobra Déficit 0 – 2 2,0 8,336,33 2 – 4 3,0 8,33 5,33 4 – 6 4,0 8,33 4,33 6 -8 7,0 8,33 1,33 8 – 10 10,0 8,33 -1,67 10 – 12 13,0 8,33 -4,67 12 – 14 11,0 8,33 -2,67 14 -16 8,0 8,33 0,33 16 – 18 11,0 8,33 -2,67 18 – 20 15,0 8,33 -6,67 20 -22 11,0 8,33 -2,67 22 – 24 5,0 8,33 3,33 ∑ 20,99 21,03 Fonte: Exercício de sala de aula, 2019. TABELA 6 – Dados dos reservatórios: Reservatórios Reservatório Bairro Cota (M) Vazão 2010 Vazão 2040 Pop. Atendida Estilo R1 Jd. Europa 643 0,21 0,36 23% Superficial R2 Jd. Morada 610 0,86 1,20 18% Superficial R3 Vila Avaí 655 0,78 1,19 28% Semienterrado R4 Cidade nova 642 0,25 0,39 31% Elevado ETA Vila Avaí 658 2,18 3,27 100% Fonte: Autor próprio, 2019. Através dos dados demonstrados nas tabelas, pode-se fazer uso das seguintes formulas: Vazão do reservatório Volume aduzido Reserva de equilíbrio Reserva de emergência Volume do reservatório As demonstrações de calculo a seguir são referentes ao dimensionamento do reservatório R1 para o ano de 2010 e 2040, os demais cálculos são apresentados no memorial de calculo. Foi considerado 2.500 M³ para reserva de incêndio. Reservatório R1 - 2010 Reservatório R1 – 2040 TABELA 7 – volume dos reservatórios Reservatório 2010 (m³) 2040 (m³) 1 7764 10308 2 24073 32533 3 21979 31629 4 8801 11942 Fonte: Autor próprio, 2019. Dimensionamento das bombas da estação elevatória Devido ao fato de que as cotas dos rios sempre estão abaixo da cota da cidade, faz-se necessário o uso de bombas de recalque para mandar a agua bruta coletada até as estações de tratamento. O dimensionamento irá adotar o ano de 2040, devido ao crescimento esperado na cidade. A vazão total estimada para a cidade é 3,27 m³/s, adotaremos a fim de calculo m³/h, logo a vazão é Q=11770 m³/h. A cota do rio fica 570m de altitude, a da eta em 658 m e a estação elevatória 575 m. A distancia eta/bomba: 4100m, bomba/rio: 20m, diâmetro de sucção: 1000mm e diâmetro de recalque 1100mm. Com os dados citados, temos a altura manométrica que é a cota da eta subtraindo a cota da bomba: Com altura manométrica podemos substituir na equação da curva característica do sistema (c.c.s.), que também leva em consideração ∆hr e ∆hs. Onde ∆hr é para recalque e ∆hs para sucção. Então fica: Para melhor compreensão é demonstrado por partes, a formula de ∆h: Substituindo fica A equação ficara em função de Q, que por sua vez devera ser dividido por 3600 segundos, pois para se montar o gráfico, as vazões pré-estabelecidas estão em m³/h. temos então: A próxima etapa encontrar a família que pertence a bomba a ser usada, com a nossa altura manométrica vale 88 m, a família que se enquadra melhor é a “500-1000” ROTOR A 896 rpm, podendo chegar a vazão de 4.600 m³/h. IMAGEM 21 – família da bomba Fonte: catalogo IMBIL, 2019. Com a família da bomba, podemos verificara altura manométrica para cada vazão e substituir o Q na formula do ccs: GRÁFICO 3 – altura manométrica em função da vazão Fonte: catalogo IMBIL, 2019. TABELA 8 – curva característica Q (m³/h) H man. CCS 0 144 88 1000 143 88.31979 2000 140 89.15285 3000 130 90.44085 4000 115 92.15602 5000 86 94.28002 5500 68 95.49096 Fonte: autor próprio, 2019. Como a nossa vazão requerida para 2040 é de 11.770 m³/h e o máximo que uma bomba dessa família consegue trabalhar é 4.750 m³/h. Teremos que usar bombas a mais, no nosso caso quatro. GRAFICO 4 – quantidades de bombas Fonte: autor próprio, 2019. A norma determina que devemos ter sempre uma bomba de reserva, então na nossa estação elevatória necessitara de cinco bombas da família 500-1000 rotor A 986 rpm. Para saber se a bomba irá cavitar temos que ter em mãos o NPSH requerido e o NPSH real, onde o NPSH requerido > NPSH real. O NPSH real é dado pela seguinte formula: · Ho é pressão atmosférica, no caso a altitude é 570m, sabendo-se que a pressão atm em 500 m é de 9,72 mca e à 600m é de 961 mca, com a interpolação sabemos que a pressão a 570 m de altitude é de 9,64 mca. · Hv é pressão de vapor, nesse estudo foi adotado 22º, pois é um dado fornecido em sala de aula, o valor fica então 0,2778 mca. · Hs é a altura que estar o encanamento de sucção, a norma permite ate 6 m de altura, no nosso caso serão adotados 3m. · ∆hs é a variação da altura de sucção, sendo Q a vazão da bomba unitária adotada, no nosso caso 4750 m³/h. Portanto o NPHS real fica: O NPHS requerido é obtido através da família da bomba: GRAFICO 5 – características da família da bomba Fonte: catalogo IMBIL, 2019. A linha amarela mostra ate que altura essa bomba consegue atender, a linha verde mostra o NPHS requerido. O NPHS requerido é aproximadamente 7,5 m. Condição para não cavitar: Portanto a bomba não cavitará. Ramificação da rede A população do trecho para 2040 é de 47.609 habitantes; C=130 (usado o mesmo exemplo de sala de aula); K=1,25(hora de maior consumo); K2=1,5 (hora de maior consumo); q= 350 l/dia é o consumo diário do trecho é Q=360 L/s. Todos os dados são obtidos no calculo de dimensionamento de reservatório. O caminho que a agua percorre, existem 2 termos a serem entendidos: JUSANTE, quanto o ponto esta a frente do trecho estudado e MONTANTE, quando esta atrás. IMAGEM 22 – ramificação do Jd. Europa Fonte: Autor Próprio, 2019 Cota (m) Nó Cota Nó Cota A 629 M 632 B 629 N 634 C 630 O 634 D 631 P 636 E 629 Q 633 F 633 R 636 G 629 S 634 H 632 T 637 I 630 U 638 J 635 V 639 K 629 R1 643 L 631 TABELA 9 – Cota dos nós Fonte: Autor Próprio, 2019. A somatória dos trechos, como mostra a tabela de rede ramificada é de 3.354m e o comprimento do trecho da marcha é de 200m. O primeiro passo para esse estudo é achar a vazão em marcha, que implica 2 formulas, a primeira mostra qual a vazão por metro. A segunda parte mostra a vazão em marcha e deve ser calculada para todos os trechos, nesse trabalho esta apenas o trecho 1, os demais cálculos se encontram no anexo (representam a coluna 4 da tabela). As colunas 3 e 5 são analisadas com base no esquema de ramificação acima e nas cotas de cada nó, já vazão fictícia deve ser feita a seguinte comparação: Jusante = 0; Jusante ≠ 0; O trecho 1 a jusante é igual a 0, então será feito o uso da 1ª formula: Com a 6ª coluna preenchida, é feita a comparação com a tabela a seguir, para saber qual o diâmetro, necessário no trecho (coluna 7): TABELA 10 – diâmetro em função da vazão Fonte: Site DOCPLAYER, 2019. Portanto para o trecho 1 o diâmetro necessário será de 150 mm A coluna 8, é completada em consequência da formula a seguir: As colunas 9 e 10, estão relacionadas com a altitude de cada nó, sempre considerando a jusante e montante, para a cota piezométrica (coluna 11 e 12) o valor obtido deve ser a soma da cota do nó e todos os ∆h até chegar no reservatório. Como exemplo do nó A tem cota de 629, que para chegar ao R1 temos os trechos 1, 3, 4, 9, 10 e 22 com o ∆h respectivamente o,7711; 0,9069; 0,1469; 0,1703; 0,2202; 1,0871. Para a conclusão dos dados soma 15 (valor estipulado por norma) à carga mais critica da carga piezométrica, no nosso caso 640,08 m; logo 655,08 m. então são subtraídos os valores de montante e jusante (referentes a cargas piezométricas), para a obtenção da carga de pressão. A tabela de rede ramificada esta na pagina seguinte, nela contem todos os resultados obtidos da ramificação. TABELA 11 – Rede ramificada Fonte: Autor Próprio, 2019. CONCLUSÃO Com esse trabalho é possível observar o processos de tratamento da agua e do esgoto, com as visitas técnicas realizadas em Indaiatuba, as pesquisas relacionadas ao saneamento básico brasileiro comparado a uma das cidades mais importantes da Itália, faz nos entender o quanto temos que melhorar no país, isso implica ainda mais nós, osfuturos engenheiros civis, que seremos responsáveis por criar, elaborar e executar obras. O estudo de caso, por mais que seja elaborados por estudantes, é um estudo com teorias reais, ou seja, o dimensionamento de vazão e diâmetro, o dimensionamento das bombas de recalque e a ramificação de um trecho da cidade são baseados em todo conteúdo aprendido em sala de aula. Esta APS nos capacita e incentiva a conhecer mais sobre a área de saneamento. BIBLIOGRAFIA PREFEITURA (Indaiatuba). PLANO MUNICIPAL DE CONSERVAÇÃO E RECUPERAÇÃO DA MATA ATLÂNTICA . [S. l.], 16 abr. 2018. Disponível em: http://www.agenciapcj.org.br/docs/legislacoes/indaiatuba-pmcrma-2018.pdf. Acesso em: 27 set. 2019 FARIA, Caroline. Saneamento básico. Info escola navegando e aprendendo, 14 abr. 2017. Disponível em: https://www.infoescola.com/saude/saneamento-basico/. Acesso em: 27 set. 2019. GOVERNO FEDERAL (Brasil). Ministério. Plano nacional de saneamento básico. Ministério do meio ambiente, 10 mar. 2019. Disponível em: https://www.mma.gov.br/informma/item/485-plano-nacional-de-saneamento-básic. Acesso em: 27 set. 2019. 28/09/19 PINSKY, Luciana. Quais são as funções da água no corpo?. Superinteressante, 4 jul. 2018. Disponível em: https://super.abril.com.br/mundo-estranho/quais-sao-as-funcoes-da-agua-no-corpo-human. Acesso em: 28 set. 2019. CAESB (Distrito federal). Como a água é tratada?. Companhia de saneamento ambienta do distrito federal, 1 jan. 2019. Disponível em: https://www.caesb.df.gov.br/como-a-agua-e-tratada.html. Acesso em: 28 set. 2019. PREFEITURA (Massaranduba). 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Acesso em: 9 nov. 2019. ANEXO I – MEMORIAL DE CÁLCULO logistica 1990 2000 2010 2020 2030 2040 100000 147000 201600 256254 303947 340510 decrescente 1990 2000 2010 2020 2030 2040 100000 147000 201600 238668 269243 294275 media 1990 2000 2010 2020 2030 2040 100000 147000 201600 247461 286595 317393 7 40,21 0,365 4 Dmm p × == × 1 (523225002577)10308m³ R =++= 100% 4,16% 24 a Q h == 24,16%28,33% a AduçãoQh =×=×= 1 86400 KqP Q ×× = 86400 a VQ =× eqaa RVT =× 1 () 3 emeqinc RRR =+ () totaleqincem RRRR =++ 1,2527346368 183/ 86400 QLs ×× == 1838640015.230.08015.230³ a VLm =×== 158230,213323³ eq Rm =×= 1 (33232500)1941m³ 3 em R =+= 1 (332325001941)7764m³ R =++= 1,2527373001 288/ 86400 QLs ×× == 2888640024.911.59124.911³ a VLm =×== 249110,215232³ eq Rm =×= 1 (52322500)2577m³ 3 em R =+= 1 (523225002577)10308m³ R =++= 65857088 man Hm =-= manhshr ccsH =+D+D 1,85 1,854,83 10,643 130 h QL D ×× D= × 1,851,85 1,854,831,854,83 10,64310,643 88 130130 sr QLQL ccs DD æöæö ×××× =++ ç÷ç÷ ×× èøèø 1,851,85 1,854,831,854,83 10,6432010,6434100 88 1301,001301,1 sr QQ ccs æöæö ×××× =++ ç÷ç÷ ×× èøèø 1,85 883,41() 3600 Q ccs =+× realovss NPSHHHH =---D 1,85 4750 0,04 3600 hs æö D=× ç÷ èø 0,07 hs D= 7,56,3 > 9,640,277830,07 real NPSH =--- 6,3 real NPSH = REQREAL NPHSNPHS > 7,56,3 > trechosmarcha Q qm L = S- 362 0,1148/ 3354200 qmLs == - mtrecho Qqml =× 0,114819021,81/ m QLs =×= tan 3 monte f Q Q = 2 monjus f QQ Q + = 21,66 12,50 3 f Q == 1.85 1.854,87 10,643() 1000 130 fictrecho h Q L D ×× D= × 1 1.85 1.854,87 12,50 10,643()190 1000 0,77 1300,15 h ×× D== × 6290,77110,90690,14690,17030.22021,08716 32,3 pie Cm =++++++= 655,08632,5322,55 jus pres Cmca =-= 655,08632,322,78 mont pres Cmca =-= 655,08632,5322,55 jus pres Cmca =-= 2 012102 2 021 2() s PPPPPP P PPP ×××-×+ = ×- 01 1 2110 () 1 ln () s s PPP K TTPPP éù ×- =× êú -×- ëû 0 0 () s PP C P - = inf0 1 ln() c PT K =× 2 012102 2 021 2() s PPPPPP P PPP ×××-×+ = ×- 2 0 20 ln s s d PP PP K TT éù - êú - ëû = - 0 () 00 ()1 kdTT ts PPPPe -×- éù =+-×- ëû (0) 1 s t ktt P P Ce ×- = +× 2 2 2100000147000201600147000(100000201600) 100000201600147000 S P ×××-×+ = ×- 1 1100000(407339147000) ln 20102000147000(407339100000) K éù ×- =× êú -×- ëû (407339100000) 100000 C - = 407339201600 ln 407339100000 0,020 20101990 d K - éù êú - ëû ==- - inf ln(3,07) 19902010 0,055 P =×= - 2020 0,055(20201990) 407339 13,07 P e -×- = +× (0,020)(20201990) 2020 100000(407339100000)1238668. Pehab --×- éù =+-×-= ëû Æ 4 Q D V p × = × 12 86400 KKqP Q ××× = 1 86400 KqP Q ×× = 1 K 2 K 1 1,251,502008964 0,035³/ 86400 QMs ××× == 40,035 105 4 Dmm p × == × 1 1,251,5020012696 0,055³/ 86400 QMs ××× == 40,055 132 4 Dmm p × == × 21 1,251,502708064 0,047³/ 86400 0,0350,0470,082³/ esplanada esplanada Qms QQQms ××× == =+=+= 40,082 4 D p × = × 21 1,251,5027012696 0,074³/ 86400 0,0550,0740,13³/ esplanada esplanada Qms QQQms ××× == =+=+= 40,13 201 4 Dmm p × == × 3 1,251,5035030240 0,23³/ 86400 Qms ××× == 40,23 270 4 Dmm p × == × 3 1,251,5035047609 0,362³/ 86400 Qms ××× == 40,362 340 4 Dmm p × == × 4 0,0350,0470,23 0,21³/ 1,51,51,5 Qms =++= 40,21 260 4 Dmm p × == ×
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