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Projeto de Ensino - O Estágio Curricular Obrigatório e suas Competências Profissionais

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7
O ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO E SUAS COMPETÊNCIAS PROFISSIONAIS
Marcelle Carmona de Figueiredo Gomes¹
Talita Nascimento²
RESUMO
O presente trabalho tem por objetivo dissertar a experiência de estar em sala de aula, através da matéria de Estágio Curricular Obrigatório, que serve de base, para que futuros professores consigam entender na prática o que é ser um profissional da área da Educação. E para tal aprofundamento deste método, utilizou-se a área de concentração voltada para as Dinâmicas do Ensino de História, pois é através destas, que houveram as possibilidades de conhecer o processo de ensino aprendizagem, as novas tecnologias e as temáticas que envolvem a História da Educação. Tendo como premissa os referenciais teóricos, aos quais, houve respaldo para compreender as metodologias de ensino aprendizagem, percebeu-se que o ensino de história ainda sofre bastante para desmistificar a ideia de que é somente memorização de datas e eventos isolados e que, ainda há um caminho longo a ser percorrido. Porém, a prática trouxe um novo olhar, que mostra que existe uma diferença espantosa entre teoria e prática, pois lidar com seres humanos, cada qual com sua experiência de vida, traz novos desafios em como desenvolver o ensino-metodológico. É visto que, estamos em processo de desenvolvimento na forma de ensinar a disciplina de História. 
Palavras-chave: História. Educação. Estágio. 
1. INTRODUÇÃO
O estágio possui um papel fundamental na construção do conhecimento do acadêmico, pois o mesmo, é o primeiro contato real do aluno com o mercado de trabalho. E, este é parte importante da formação do aluno, uma vez que, determinados cursos universitários se utilizam deste processo como parte avaliativo do mesmo, visto que, possibilita uma melhor compreensão e reflexão sobre a profissão/ser profissional, também desenvolve o ponto de vista que determina e oportuniza a estruturação de novos saberes. Do mesmo modo, que essa nova etapa ocasiona uma sequência de transformações pessoais, possibilitando um olhar mais autêntico a respeito do estágio.
E, através deste, que foi desenvolvido nos períodos anteriores do curso de história, no Colégio Estadual Rodolpho Zaninelli, situado na Rua Antonia Molina Bella, 610, Vila Verde na CIC, na cidade de Curitiba/PR. Considerado uma estrutura de porte médio, possui 120 funcionários, sendo que, participaram da orientação de estágio, o diretor geral Joaquim Gabriel Faustinoni, a vice Vania Bruns Jardim, a vice Raquel Barnes e a professora regente Camila de Bruno Fabri, tendo assinado o estágio final a professora Raquel Barnes como diretora geral devido a saída do professor Joaquim do cargo. Este colégio fica em uma região periférica, considerada perigosa e de poucos recursos, porém rodeada de empresas e industrias que podem ajudar a proporcionar uma vida melhor não só ofertando emprego como cursos profissionalizantes. Contudo, é um espaço escolar que se bem aproveitado pode gerar pontos positivos para todos os envolvidos. Com isso, o objetivo ficou a cargo de querer fazer algo que pudesse agregar mais valor aos jovens que lá frequentam e que precisam de estímulo, não possuindo tantos recursos para a realização de seus projetos, outro ponto, é que para poder ser uma professora com qualidade e capacidade, houve a necessidade de começar por um lugar desafiador e que enfrenta muitos obstáculos no seu dia a dia.
A experiência de estar em sala de aula através do Estágio, proporcionou um grande processo de aprendizagens, embora tenha existido algumas tentativas frustradas de ministrar aulas inovadoras, ao mesmo tempo, serve para uma reflexão sobre novas formas de planejamento e métodos mais atrativos de abordagem dos temas em sala de aula. E, esta preocupação, só se deu devido aos erros cometidos, imprevistos e insucesso com alguns alunos. Através disso, ficou claro que a docência não é um método exato e sim, aprendizados dentro de muitas variáveis sobre as quais, algumas, o professor não pode prever, sendo esta vivência em sala de aula a única forma de enfrentar os desafios que a profissão de docente oferece. 
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1. O Ensino de História
De acordo com Ferreira e Lima (2016), o estudo da disciplina de história tem fundamental importância na construção do conhecimento de cada aluno, pois mostra a cada um, como ser um indivíduo questionador e crítico, passando de espectador a participante atuante dos fatos acontecidos marcantes e por qual motivo, não dizer de sua própria história. Porém, para isso, há a necessidade de uma pessoa para conduzir toda essa linha de pensamentos, ideias, fatos, o(a) professor(a) de história. E, este tem o comprometimento de passar o significado do que é história e sua real importância em ter seus estudos mais aprofundados e eximir, de vez, a ideia vaga que serve somente para estudar ruínas, antiquários, e tendo isso como premissa, existe a necessidade de romper com esse estereótipo seja no ambiente de trabalho, nas salas de aula ou com a família. Segundo os autores, a história nos propicia entendimento a respeito da nossa própria trajetória, fazendo-nos despertar a consciência histórica ressaltando a importância que cada ser humano possui perante a sociedade independente da classe social, gênero, escolaridade, etc. Também complementam que, mesmo não estando explicito a história é interdisciplinar, pois está implícita em tudo quanto é lugar. E, é através dela que se pode conhecer a história da humanidade, tendo assim, a oportunidade de compreender melhor as transformações que acontecem ao nosso redor, não importando o tempo ou o lugar.
Segundo os Anais Eletrônicos (2014), historicamente, a disciplina de história foi omitida em vários momentos do período militar, sendo trocada pela matéria de Estudos Sociais e isso, acarretou em deixar os conteúdos mais superficiais alterando seu objetivo, e, em consequência disso, a atual forma como é administrada por alguns professores ainda carrega o peso desse descaso. Também abordam que,
Essa área do conhecimento tem muito a contribuir para a formação dos indivíduos, pois ela nos permite compreender as transformações socioeconômicas, políticas e culturais que estamos vivenciando, desenvolver valores e construir identidades. Vivemos em uma época de individualismo, consumismo, intolerância e conflitos diversos e os conhecimentos da História nos instigam ao questionamento e à reflexão sobre a realidade, reavaliando ações e projetando o futuro, e principalmente, nos propiciam o conhecimento de si e do outro, o que contribui para a construção de identidades, o respeito e a convivência mais solidária entre as pessoas (Anais Eletrônicos XXII Encontro Estadual de História da ANPUH-SP, 2014).
Moreira, seguindo nessa mesma linha, aponta 
aprender a ser sujeito da história, adquirir a consciência do mundo como o ser-estar do-homem-no-mundo e saber praticar esta consciência em prol da construção de um mundo cada vez mais humano, de modo que por meio de seus atos o homem o construa como um mundo cada vez mais para si mesmo, isso dá certo sobretudo quando se começa desde pequeno. (In: GUIMARÃES; FALLEIROS, 2005, p. 4) 
Os principais mecanismos da história ajudam a nortear o sujeito a aprender a ser sujeito e adquirir consciência de si e do mundo dentro da história, e é a partir desses princípios que, deve-se orientar o ensino aprendizagem desde a educação infantil até o ensino superior, focando principalmente, na formação de professores, pelo fato de a fundamentação da identidade pessoal e profissional estarem ligadas aos conhecimentos históricos e geográficos e que para alguns, é inseparável. O que possibilita ao docente a compreensão da realidade através da contribuição do desenvolvimento de valores e atitudes tais como o respeito as diferenças e isto é um requisito indispensável ao se tornar docente. Tendo como premissa a preparação do docente, é visto que o domínio dos principais conceitos, ter a compreensão dos fundamentos teóricos-metodológicos de seu ensino, ter o desenvolvimento das habilidadesreferentes a essas áreas de conhecimento, sempre buscando a fundamentação de uma ação pedagógica transformadora e reflexiva são aspectos que um professor precisa ter o domínio.
2.1.2. Reflexões Sucintas Sobre a Prática do Ensino de História: Fundamentos e Métodos
Para Ferreira e Lima (2016), em seu campo de conhecimento, a história como disciplina escolar, vem passando por mudanças, pois onde antes focava-se na criação de grandes heróis, crenças e elites, culturas, atualmente, foca-se em um “conhecimento objetivo fundamentado na teoria e métodos didáticos reflexivos” (FERREIRA; LIMA. 2016, p. 41).
Esses novos métodos se deve as transformações econômicas, políticas e culturais que influenciaram intrinsecamente na construção do conhecimento da História. Tendo como aliados outras áreas de conhecimento, como a Filosofia, Teologia e a História que obteve novas possibilidades na sua metodologia. Com esse relacionamento usou a partir daí novas reflexões sobre a investigação e a crítica histórica, criando eixos atuantes fundamentando-se no positivismo marxismo. (FERREIRA; LIMA. Fundamentos Metodológicos do Ensino de História, 2016, p. 41)
Para o ensino de História existem propostas curriculares que ajudam a abrangerem as experiencias vividas e as visões de mundo 
 (...) o mundo atual caracteriza-se por uma utilização da visualidade em quantidades inigualáveis na história, criando um universo de exposição múltipla para os seres humanos, o que gera a necessidade de uma educação para saber, perceber e distinguir sentimentos, sensações, ideias e qualidades. Por isso o estudo das visualidades pode ser integrado nos projetos educacionais. Tal aprendizagem pode favorecer compreensões mais amplas para que o aluno desenvolva sua sensibilidade, afetividade e seus conceitos e se posicione criticamente (PCN, 1997, vol. 6, p.61).
Os professores deverão estar dispostos a novas possibilidades de trabalho pedagógico, para colocar em prática as propostas curriculares, que propõem o desenvolvimento da percepção do aluno como sujeito ativo e criativo da sua própria história e do seu meio. E para tal mudança dentro da sala de aula referente ao ensino-aprendizagem, ou seja, na ação educadora entre professor e aluno, se construirá um saber próprio
No processo de ensino-aprendizagem, o professor é o principal responsável pela criação das situações de trocas, de estímulo na construção de relações entre o estudado e o vivido, de integração com outras áreas de conhecimento, de possibilidade de acesso dos alunos a novas informações, de confrontos de opiniões, de apoio ao estudante na recriação de suas explicações e de transformação de suas concepções históricas. (BRASIL, MEC. 1998, p.40).
Segundo os Anais Eletrônicos (2014), há a necessidade de um planejamento que leve em consideração o que foi determinado pela legislação vigente, que incluem 
as atuais perspectivas de formação do professor, o projeto educativo da instituição, o projeto pedagógico do curso, as especificidades do conhecimento e do ensino de História, bem como o perfil, as expectativas e os conhecimentos prévios dos alunos e as condições para o seu desenvolvimento como a carga horária, o material disponível, dentre outras. (Anais Eletrônicos XXII Encontro Estadual de História da ANPUH-SP, 2014).
É visto que, para se ter um bom ensino dentro do que atualmente é proposto, deve-se ter professores comprometidos e que possuam uma boa formação, para que o ensino seja apresentado de forma que a teoria juntamente com os métodos busque completar “os conhecimentos adquiridos, e que se posicionam num estágio de construção do conhecimento para objetividade da história, aprofundado o estudo com base num contexto histórico-cultural” (FERREIRA; LIMA. 2016, p. 41).
Pode-se observar que a história pode ser vista em três âmbitos, como disciplina, ciência e área de conhecimento, ou seja, possui dinamismo pelo fato de ao mesmo tempo que busca compreender o passado analisa o presente, para assimilar as ações das sociedades humanas em seus espaços e tempo. E para tal, é valoroso que o ensino de história seja aprimorado de maneira progressiva originando uma linha de estudo que inicie no fundamental e que continue no médio, ligando as temáticas, unindo os eixos em que serão incorporadas as noções básicas que permeiam a cultura até chegar as noções de tempo dentro da história.
2.1.3. Com Relação a Ensinar
De acordo com Bonatto e Souza (2016), o consumo frenético de mídias como a internet, cinema, literatura e televisão, acaba por muitas vezes, alterando a percepção de algumas informações, deixando uma linha tênue entre a “realidade e a ficção”. Este tipo de situação, no que se refere a disciplina de história, torna-se evidente no ato de ensinar “onde associações pré-estabelecidas entre o cotidiano particular do aluno e o saber escolar se encontram.” (BONATTO e SOUZA 2016, p. 7) 
A autora pontua a importância de se passar pelo estágio, uma vez que, essa experiência pode mostrar ao futuro professor como acontece a correlação das informações da disciplina de história com o cotidiano de cada aluno.
A prática do estágio mostra-se um desafio quando é proposta. A responsabilidade sobre o ensinar revela-se, em muitas ocasiões, complexa em meio aos desafios que a sala de aula apresenta. Permeada por disputas políticas e ideológicas, sobre e como o saber deve ser exposto aos estudantes, as aulas de história tornam se um local de debates, não somente de qual conteúdo histórico o aluno deve ter contato, mas sobre a forma como a história deve se relacionar com o cotidiano do aluno.(BONATTO, 2016, p.7)
Para tal, existe o despertar o interesse pela disciplina e de como transmitir as informações cabe ao professor impactar a consciência história dos alunos. Ou seja, colocar o aluno diante de uma situação em que se percebe como “sujeito” dentro de sua própria história e trazendo seu autoconhecimento à tona e criando uma identidade, o que o faz entender melhor o sentido e as escolhas que transformam o meio em que vivemos e a nossa própria percepção. Bonatto (2016), também coloca que existe a necessidade de liberta-se das formas “tradicionais” de ensino, procurando despertar o interesse do aluno, e utilizando informações prévias e aproximações entre passado e o presente.
Em relação as fontes de pesquisa, Oliveira (2014, p.45), explica
(...) os sites de pesquisa escolar apresentam conteúdos que pouco diferem dos publicados em enciclopédias e grandes manuais didáticos de história geral/história do Brasil de cunho “conteudista”. Aliás, muitos desses sites podem ser chamados de enciclopédias eletrônicas, visto que são grandes avolumados de textos nos quais os fatos históricos são apresentados de maneira simplificada, não mais que simplesmente informando, acrescentando‐lhe alguns nomes e datas importantes. (...). De qualquer modo, cabe refletir que de ambas as maneiras – seja com narrativas mais ou menos tradicionais – este tipo de escrita tem representado um papel importante no desenvolvimento da cultura histórica dos jovens estudantes brasileiros e também em seu próprio entendimento de história. (...) o conhecimento histórico é apresentado através de narrativas sintetizadas; as narrativas apresentadas não apresentam problematização; pelo contrário, são enunciadas como verdades; são feitas personificações para apresentar os feitos dos grandes personagens e estes são mostrados como responsáveis pelos fatos históricos. Diante do exposto, cabe a reflexão sobre qual a perspectiva de história e de ensino de história presentes nesses sites.
Para que os alunos possam ter capacidade de formular opiniões e argumentos, é indispensável o uso das fontes nas atividades em sala de aula, assim sendo, o professor tem que passar de detentor do saber a investigador. 
Segundo Almeida (2018), expõe o quanto é importante a educação na vida do aluno, tendo como premissa o ensino clássico, no qual, usa-se metodologias e ensinamentos teóricos, e de como essa forma pode contribuir às necessidades dos alunos que estão no EnsinoFundamental. O autor ainda pontua que se preocupa com a melhora e eficácia na educação brasileira em relação ao processo de ensino-aprendizagem, e que os professores podem contribuir nas ações pedagógicas para que possa haver possíveis transformações sociais. Em sua observação, Almeida (2010), fala a respeito da relação entre a teoria e prática no ambiente educacional.
A educação vem, ao longo dos anos, sendo alvo de intensos debates e discussões. O Sistema de Ensino, diante dos dados revelados por pesquisas Nacionais (SAEB 2003, INAF 2005) e internacionais (PISA2012), vem sendo criticado em razão do baixo nível de qualidade apresentado. Afinal, o que está acontecendo com o processo de ensino? E, com o processo de aprendizagem? Será que os problemas educativos podem ser explicados pelos métodos de ensino? Ao questionar-se sobre o Sistema de Ensino faz-se necessário em um primeiro momento compreender as metodologias, e a forma de passar os conteúdos em sala de aula. É importante observarmos que escolas tradicionais são rigorosas em seus ensinamentos, seguindo currículo rígido. Contudo cabe ao educador fazer ligação entre os textos e a realidade da sociedade, trabalhando contexto, a história, os costumes da comunidade, para assim fazer sentido o que se ensina para aluno, e não simplesmente ser mais um conteúdo para prova. (ALMEIDA, 2018, p. 2)
O ensino de história está além da sala de aula, envolve a família, currículos, escolas, Ministérios, ou seja, mostra a importância das relações existentes entre educação, sociedade e teorias pedagógicas. A ideia do autor é promover o pensamento crítico de como o ensino é desenvolvido nas escolas, focando no ensino fundamental I e II da rede pública, como um meio de reflexão sobre as possibilidades de se ter um processo de ensino-aprendizagem significativo e diversificado, em que o professor seja de fundamental importância nessa ação. Que este, consiga ter uma proposta de projetos que venham a auxiliar e interver de modo positivo e que forme o ser crítico, ajudando a melhorar as condições e o ambiente de aprendizagem.
De acordo com Oliveira (2013), no Brasil, o ensino de história, é aplicado de forma tradicional em que a prática didático-pedagógica do professor nas escolas, ainda se aplica de forma de memorização dos conteúdos, transformando a disciplina em “gravar” nomes, datas, fatos e lugares. Infelizmente, esta prática, acaba por impedir “a reflexão da história como movimento de continuidade e rupturas além de cristalizar uma história de heróis e fatos isolados.” (OLIVEIRA, 2013, p. 15)
Jacomel (2007) História como disciplina escolar no Brasil atualmente percebeu que questões consideradas básicas, como as identitárias e aquelas relacionadas à formação dos cidadãos estiveram presentes desde o seu início e, por isso, Identidade, cidadania e Cultura fazem parte do esquema conceitual que fundamenta a proposta de trabalho dos professores, pois, em todo mundo “globalizado”, a vida cotidiana coletiva se constitui um dos principais eixos do ensino de História. “pode-se levar o aluno progressivamente a reconhecer a existência da História crítica e da História interiorizada. (OLIVEIRA, 2013, p. 15)
A autora, observa que os conteúdos de história objetivam propostas, tais como, os caminhos da humanidade da época dos homens das cavernas até os dias atuais, isso se tratando de uma visão geral da história.
Queremos ressaltar que a questão não é tão-somente qual conteúdo de história tratar, mas, sobretudo, como trabalhar esse conteúdo. É preciso que fique claro que, quando dizemos que se deve abandonar as divisões tradicionais da dita história geral (antiga, medieval, moderna e contemporânea), não queremos dizer que não se deva tratar como objeto de estudo nada do que elas abordam. Obviamente, não é questão de se repudiar in totum, e assim tão tranquilamente, todo esse respeitável cabedal de conhecimento produzido em todos esses séculos – o qual é muito importante para todos nós. O que estamos propondo é que você, professor, de uma volta definitiva de 180º em relação a essa visão de processo histórico, que constitui o chamado “conteúdo tradicional”, que essa visão sequencial, que não se preocupe em como esgotá-la, pois, ela implica uma concepção de história que é preciso ultrapassar. Não queremos dizer que, respeitamos os princípios de trabalho que estamos discutindo, você não possa fazer, por exemplo, um produtivo exercício de reflexão histórica com seus alunos, em cima de temas como a educação em Esparta e Atenas, o chamado descobrimento do Brasil, etc, um deles aparentemente bem distante no tempo de seus alunos, e outro, considerado mesmo dos mais tradicionais. (CABRINI et all., 2005, p.41- 42)
Oliveira (2013), aponta ainda a relação professor-aluno está alinhado, pois o professor possui “o poder decisório quanto à metodologia, conteúdo, avaliação e de como interagir em sala de aula etc. A ele a competência de orientar e conduzir seus alunos e encaminhá-los a objetivos externos, no qual, aluno e professor possam estar lado a lado. Sendo que o professor trabalha como mediador entre o aluno e os modelos culturais.
Em suma, esta pesquisa nos mostra que a educação, o conhecimento e a metodologia de ensino continuam a evoluir com o tempo, pois não é mais admissível aceitar certas práticas de ensino, nas quais, a disciplina de história se encontra ainda como mera decoreba por parte dos alunos e cópias dos livros didáticos, sem maiores indagações ou questionamentos. É perceptível que o professor tenha que agir de forma dinâmica com sua didática, não importando o quanto tenha conteúdo, pois a realidade encontrada dentro da sala de aula é bem diferente dos livros técnicos existentes. Pois, o processo de construção do saber exige a interação e o estímulo em relação ao conteúdo, que por vezes, é distante da realidade de vida dos alunos.
2.1.4. O Sujeito e Sua Construção da Identidade Social
De acordo com Silva e Santos (2012), é através da educação que a sociedade vem mudando sua forma de modificar o mercado de trabalho na exigência de uma população mais qualificada e, para que isso possa ocorrer, há a necessidade de que todos esses que estão sendo cobrados para tais serviços, tenham acesso à educação e os que já a possuem não fiquem estagnados em seus conhecimentos. De certa forma, existe a necessidade de os profissionais e em maior relevância os professores, prossigam a sua formação para que esses sejam capazes de cooperar substancialmente na formação do aluno/profissional. Além disso, a vivência de uma prática pedagógica de um professor transformador que assume uma metodologia construtiva dentro da sala de aula oportunizando aos alunos uma comunicação que provoca debates e que favorece um ensino aprendizagem mais dinâmico e inovador, conduz ao aluno a possibilidade de desenvolver um caráter crítico e reflexivo a partir de sua atribuição individual e social.
Portanto, as autoras pontuam, que ter uma aprendizagem adequada do ensino de história, privilegia o ser humano em sua diversidade como um entendimento que é essencial em seu processo didático. Pois, humanizar e aproximar a história para com a realidade do aluno, mostra que o mesmo não está sozinho em sua jornada de vida e que ele é um sujeito ativo e participativo pertencente a um lugar. Esta visão mostra a eles que o conhecimento histórico obtidos por qualquer um está interligado no tempo e espaço aonde tenham pessoas inter-relacionando-se. Assim sendo, o professor de história deve entender e salientar que o tempo vivido pelo aluno de fato é parte de sua própria história de vida e que através disso, ele possa expandir seus conhecimentos. Para tal, existe um ponto importante que é a formação do professor pois refletirá em muito no aprendizado do aluno, pelo fato de que quando o educador está atualizado e preparado aumenta de forma exponencial a eficácia da educação apropriada a ser oferecida a seus alunos, orienta que o ensino de história é muito mais do que datas e acontecimentos importantes, história também traza reflexão das nossas próprias ações no cotidiano, sejam elas de forma individual ou coletiva. 
Tanto na atualidade, quanto em tempos passados, a ação humana é movida por transformações sociais e de relações pessoais, sejam elas, pela questão da sobrevivência, pela questão de uma vida melhor, entre outras. Segundo Nemi (2009) “a trajetória dos homens na história produziu diversas formas de vida e transformou-as à medida que conhecimentos foram aprimorados e que surgiram novas dificuldades a serem enfrentadas. Essas alterações, no entanto, nem sempre levaram a um progresso efetivo e a uma sociedade mais justa para todos.” 
As autoras partem desta ideia e concluem, que a história retrata em muito na formação dos sujeitos, pois a partir dos conhecimentos adquiridos, vão modificando-se, viabilizando a transformação de suas vidas, porém, as mudanças aqui citadas nem sempre estabelecem igualdade social justa e que beneficiem a sociedade como um todo. 
3. METODOLOGIA
Os estudos para a prática de estágio supervisionado foram desenvolvidos com base em pesquisas on-line, porém, de fontes confiáveis como: SciELO, Google Acadêmico, Artigos Científicos, Revistas eletrônicas, Livros e vídeos no Youtube, de profissionais dissertando sobre o tema. Para que houvesse uma melhor compreensão e desenvolvimento do trabalho dos estágios supervisionados, a pesquisa em campo foi a própria experiência adquirida. Com base nessas informações, estudos e práticas, o tema abordado na área e linha de pesquisa foram as dinâmicas no ensino de história, nas quais, aplica-se as formas do processo de ensino aprendizagem, as novas tecnologias como parte mediadora ao conhecimento e trabalha a reflexão sobre o ensino de história enquanto disciplina escolar bem como seu relacionamento com temáticas de história da educação.
No contexto atual em que existem as TICS (Tecnologias da Informação e Comunicação) e as mídias eletrônicas, cabe ao acadêmico e futuro profissional na educação, conhecer a respeito dessas mudanças tecno científicas que vem dominando e afetando o dia a dia das pessoas de forma global. Deste modo, como deixar de fora o tema educação que coloca o futuro professor como parte ininterrupta de investigador, ou seja, ele tem que ter uma interpretação equilibrada a respeito para que não haja paridade com relação ao ensino. Pois, muitas conotações a respeito deste tema geram ideias, muitas vezes, negativas quando se trata das TICS e mídias eletrônicas aliadas a educação. 
Em vista disso, escolher esse meio como forma investigativa para a elaboração do trabalho acadêmico, mostra que na contemporaneidade, é o caminho mais prático, porém se não tomados os devidos cuidados, se torna uma atividade muito perigosa, é a pesquisa on-line. E esta afirmação, não faz apologia a exclusão a métodos antigos de análise, que continuam sendo eficazes para a construção de trabalhos de forma geral.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
O ensino, de uma forma geral, vem atravessando diversas alterações por sua história, bem como suas metodologias de ensino que também passaram por modificações de acordo com seu tempo, política, sociedade, cultura e civilizações. Para o Brasil, ao observar a forma como se dispõe educadores e educandos dentro de uma sala de aula, percebe-se a repetição de séculos anteriores e a morosidade de sua evolução, lembrando que, houve nesse tempo, modificações perceptíveis e que não tornam o ensino obsoleto. E, ainda que, a educação tenha suas raízes em tempos passados há a necessidade de cogitar melhorias para o ensino-aprendizagem e que este possa melhorar e se tornar mais completo. Além do mais, a sala de aula ainda pode propiciar estímulos de compreensão, interpretação e pensamento crítico aos alunos desde que aliados com outras disciplinas e a própria realidade de cada aluno, e a outra forma na qual o aprendizado é realçado está em incentivar os alunos a pesquisa, pois este se coloca como dinâmico no processo da compreensão e aprendizado.
Acresce que o crescimento das novas tecnologias (TICS), fez com que a educação, e em consequência, o campo acadêmico ponderar em como trabalhar conteúdos frente a tantas interpretações e transformações que as TICS trazem e, que gostando ou não, já fazem parte de uma nova cultura a que os educandos estão inseridos. Mas ainda existe um ponto a considerar em respeito a essas novas tecnologias que cercam a todos os envolvidos na educação que é o cuidado quanto a leitura e interpretação sobre as fontes, as quais, o educando tem a obtenção das informações. Salienta-se ainda que, cabe ao educador a responsabilidade de informar aos educandos em como se apropriar destas informações como ferramenta auxiliar no processo de aprendizagem, uma vez que, os profissionais da educação não tem mais como estar afastados deste tema, pelo fato de a internet e celular estarem facilitando a aquisição das fontes de conhecimento, porém, na maior parte das vezes, de forma errônea e superficial. Há de convir que exista muitas divergências em relação ao uso das novas tecnologias nas salas de aula, e que este assunto ainda resultará em muitas discussões de pessoas a favor e contra a utilização das novas tecnologias no ensino-aprendizagem, mas tem-se que ter a ideia de que não tem como não conviver com essa nova cultura, mas tem como se adaptar a ela e trazê-la para mais próximo da sua vida, seja na profissão ou em seu cotidiano.
Com base no que foi abordado até aqui, a experiência em estar dentro de uma sala ministrando uma aula, foi primordial para a criação de um panorama que ajudou a determinar o universo que concebe uma escola. Um dos maiores desafios encontrados, foi o de compreende-la de uma forma vital, explorando os espaços para além da sala de aula, procurando entender qual o significado da escola para os alunos e a forma como eles se colocavam naquele ambiente. E, ao assumir a regência da turma, outras percepções foram sendo construídas, mesmo que aos poucos. Uma vez apresentada e explicado o propósito de uma estagiária estar assumindo a turma enquanto a professora titular apenas permanecesse na sala como observadora, fez com que os alunos entendessem a importância da colaboração e do respeito, bem como trata-la como professora de fato. Uma vez que já estava naquele espaço escolar, foi perceptível o desconforto por em alguns momentos, me distanciar um pouco da proposta metodológica do estágio, que era ter uma atitude crítica dos alunos diante das reflexões propostas e debatidas. Assim sendo, ao final de algumas aulas, predominava o sentimento de que eu não conseguiria atingir minhas ideias propostas nos planos de aula. A insegurança que tentava me dominar, acabava por me colocar em uma situação de buscar afirmação e apoio nos alunos que interagiam e participavam da aula. De certa forma, este tipo de situação me levou a estimular menos os alunos que não se envolviam nos debates, realizando apenas as atividades propostas.
Talvez, pelo fato, de estar inserida naquele ambiente cumprindo um requisito obrigatório e estar sendo avaliada, acabou por robotizar meu comportamento e atrapalhando o desenvolvimento da aula e que acaba por ter algumas imperfeições. Portanto, o que era para ser uma experiência totalmente positiva, teve suas intempéries pelo meio do caminho, porém, após passada a pressão e algumas frustações, a experiência que ficou, foi a de que, por mais que quisesse chegar inovando e fazendo a diferença, ainda existe um processo com requisitos e etapas a serem cumpridas. Contudo, o estágio já é um preparatório para perceber que sempre haverá uma oportunidade para fazer melhor e também continuar a aprender e este pequeno momento serve como desafio ao que vem pela frente como docente a ensinar história. Além disso, ter este tipo de oportunidade de estar no universo escolar, elaborar um projeto docente pensando em quais ações desenvolver, resultou na comparação do que se é estudado durante nossa vida acadêmica e como realmente procede na prática e que por mais que esteja ou ache que esteja preparado, semprehaverá um desafio novo a enfrentar e que fará com que você se readapte à aquele momento e que ninguém mais poderá fazer em seu lugar, e que deverá buscá-lo e vencê-lo por seus próprios meios. A prática do ser professor acontece no dia a dia e como falado anteriormente, não existe uma modelo pronto, exato, é preciso perseverar e não desistir, tendo em mente que estará sendo aluno, também, juntamente com os seus e que apesar de todas as dificuldades encontradas, terá também ótimos momentos diante dessas crianças e adolescentes, que fazem parte da nossa história de vida, do mundo, e que se souber como conduzir os ensinamentos, estaremos transformando a vida delas e tornando-as autoras de sua própria história.
E frente a tudo o que se é estudado nas universidades e o que se é enfrentado na prática, existe quase que um abismo, pelo fato de o educador ter de lidar com educandos com suas próprias características, histórias de vida e que nem sempre seguirão as cartilhas acadêmicas piamente, o que os levará a ter flexibilidade em suas metodologias, porém sempre tendo em mente, o cuidado em não excluir nenhum educando. Ou seja, o educador tem que lembrar que, por mais difícil e complexo que seja, que está lidando com vidas, sonhos, ou ainda, que alguns deles nem isso possuem seja por problemas familiares, sociais ou simplesmente por desesperança. Por isso, às vezes, existe a necessidade de o educador tornar-se mais próximo do educando que necessita de uma ajuda fora da sala de aula, precisa de alguma forma, ser aquele que consegue modificar a vida deste positivamente. E para tal, o educador deve estar a par das inovações constantes em que a sociedade vem passando, seja através de qualquer tema que se tem notícia, principalmente quando se trata do ensino de história para que o ensino-aprendizagem dentro e fora da sala de aula, proceda de forma natural e prazerosa. É importante salientar que, independentemente da idade/série que se encontra o educando, estimulá-lo a ser ativo em seu processo de construção intelectual e de como ele está inserido no contexto histórico é de fundamental importância para que saiba ter melhores atitudes seja na sociedade, seja como individuo ou cidadão.
Para ser professor tem que estar disposto a entender que para seguir esta profissão será exigido dele muito tempo, dedicação, preparo, esforço, conhecimento, pesquisa, além de comprometimento e compromisso para com seus educandos. Tem que saber que ele terá que traçar um objetivo além de seu conhecimento cognitivo, o que torna seu dilema mais hermético, pois terá de usar de suas habilidades socioemocionais, que o ajudarão em seu ato efetivo de proximidade. Da mesma forma, deve ter consciência que ser professor ajudar o outro a crescer, mostrar caminhos, estender as mãos através do compartilhamento e propagação da informação e conhecimento e para que isto aconteça, há a necessidade de formar conexões de tal forma, que consiga ser próximo e compreenda o outro. É ter uma visão multifocal para não cair no erro de rotular todos os educandos como iguais, pois cada um tem seu tempo, ritmo e que o ser humano está em constante e contínuo desenvolvimento, é saber enfrentar as dificuldades do outro, auxiliando-o no que for viável em dominar suas perdas e frustrações, esperando que seus esforços venham em forma das vitórias e conquistas das pessoas a quem se doou, realçando que conseguiu sustentar uma relação saudável dentro da sala de aula e fora.
Deste modo, o ser professor está em manter-se, independente das dificuldades, enamorado por sua profissão, pelo seu trabalho e orgulhoso de seu empenho, é desejar fazer a diferença auxiliando na construção tanto do presente quanto do futuro, tornando-o mais benéfico e propício a quem tenha consigo atingir com suas atitudes. Lembrando que, tudo o que foi aqui exposto também serve para o educador, pois a vida sempre será um eterno aprendizado, e nesta profissão pode-se dizer que é sempre uma troca de conhecimento e aprendizado.
5. CONCLUSÕES
Primeiramente, deve-se expor sobre a formação do professor na disciplina de história, pois o futuro educador precisa ter uma construção de conhecimento baseado na reflexão sobre a prática docente, discutir as possibilidades metodológicas para o ensino fundamental e médio. O futuro educador tem que atentar-se a um planejamento que busque a aprendizagem em suas diferentes linguagens e que instiguem a construção conceitos e o desenvolvimento de habilidades, indo muito mais além dos livros didáticos e apostilas, ampliando nas mais variadas possibilidades o ensino de história. Porém, faz-se necessário revisar imediatamente a forma de como conduzir as aulas da disciplina de história, usando da discussão e análises sobre a metodologia para que se possa obter uma qualidade de ensino em todos os níveis, para que o aluno possa desenvolver seu raciocínio e sua capacidade crítica, indispensáveis para a formação do “cidadão crítico”, bem como para a sua formação intelectual do aluno para que ele possa acrescentar suas capacidades de observar, descrever e identificar semelhanças e diferenças entre acontecimentos atuais e datas mais distantes no tempo, para que possam estabelecer relações entre presente e passado.
Em muitas formas podemos trabalhar os conteúdos escolares, porém, mesmo tendo nas mãos as novas tecnologias da informação (TICS) a disposição dos profissionais da educação, existe ainda muitas aulas a serem modificadas para proporcionar para o educando uma aula mais dinâmica, que o atraia e o faça gostar da disciplina de história. O que foi possível perceber é que dentro da sala de aula tudo é mais complexo, pois são agentes diversos que participam e que se diferenciam na relação de valores, crenças, interesses quanto às suas condições de acesso, de renda, de conectividade, de expectativas e de oportunidades. Entretanto, pode-se realizar algumas reflexões a esse respeito e de como poderia aprender e ressignificar os métodos de ensino. Estar em sala de aula não é somente passar as informações adiante, é ter um compromisso ético de transformação e construção identitária e de estruturação das formas como os agentes envolvidos nessa atividade se relacionam com o mundo e percebem os eventos que fazem parte da sua história.
A partir do exposto é possível concluir que o estágio é parte integrante e fundamental da formação docente, contribuindo diretamente para a revelação do que é ser um professor. Por conseguinte, vai-se desmistificando os preconceitos a respeito do ambiente educacional e fazendo-se conhecer verdadeiramente sua área de atuação e os obstáculos que a ele se apresentarão ao longo da jornada. Portanto, é evidente a importância do estágio curricular e do diagnóstico na formação do licenciado. A inexistência de algo tão essencial como o estágio faria com que os possíveis conflitos que surgem durante sua execução se apresentassem para o futuro professor apenas quando já estivesse atuando profissionalmente. Situação essa, que poderia contribuir para que se tornasse um profissional frustrado e desmotivado, o que influenciaria diretamente na qualidade do seu trabalho em sala de aula. Contudo, estar dentro de uma sala de aula, mesmo com todas as dificuldades existentes é muito estimulante, traz desafios e aprendizados. Há muito a aprender, e como sempre é dito pelos profissionais experientes, é somente com o dia a dia que se aprimora a experiência, pois existe uma diferença entre teoria e prática por causa de vários fatores externos e internos que permeiam a vida profissional de um professor.
Com o objetivo de expor a experiência da aplicação da matéria Estágio Curricular Obrigatório como prática a tudo o que foi aprendido na teoria, trouxe um panorama muito mais complexo a respeito do ensino, porém não menos interessante e estimulante. Toda a vivência aqui descrita, teve como base a própria experiência dentro da sala de aula, o que dispensou o emprego de gráficos, tabelas ou imagens, sendo totalmente escrito de forma crítica, a partir dos conhecimentos adquiridos,com o propósito de abordar a importância de experimentar este ensaio do que é ser profissional da área da educação.
6. REFERÊNCIAS
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1 Nome dos acadêmicos
2 Nome do Professor tutor externo
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - História (FLX 0539) – Prática do Módulo VII - 11/12/2019

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