Buscar

Psicologia da Personalidade

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Psicologia da Personalidade
Texto 01 - O estudo da personalidade avaliação, pesquisa e teoria
O assunto personalidade é complexo para uma descrição simplista, pois os seres humanos são complexos e mudam em situações diferentes. Os psicólogos vêm desenvolvendo testes que avaliem a personalidade.
Utilizamos o termo personalidade para descrevermos as pessoas e nós mesmos, mas sem saber ao certo seu significado. Personalidade vem de persona, que se refere a máscaras. Personalidade seria então a impressão que provocamos nas pessoas, aquilo que aparentamos ser. Um agrupamento permanente e único de características que podem mudar em resposta a situações diferentes. Aspectos internos e externos que influenciam o comportamento. Mas enfim a personalidade é definida de forma diferente para diferentes teóricos.
A avaliação no estudo da personalidade: os psicólogos clínicos buscam entender os sintomas de seus pacientes tentando avaliar a personalidade deles, determinando assim melhor tratamento e identificando transtornos. As técnicas de avaliação podem ser subjetivas ou objetivas. As melhores técnicas de avaliação da personalidade utilizam os princípios de confiabilidade (consistência de respostas a um método de avaliação) e validade (método mede o que se pretende.).
Métodos de avaliação:
Inventários objetivos de autorrelatos: pedir a pessoas que fale de si mesma respondendo perguntas sobre seus comportamentos e reações. Existem vários inventários de autorrelatos para avaliar diversas personalidades. Ex: o MMPi
Técnicas projetivas: inspirados pela ênfase de Freud na importância do inconsciente esses testes tentam investigar essa parte invisível da personalidade. Pessoas projetam sua realidade, suas necessidades. Ex: teste de Rorschach e o TAT teste de apercepção temática.
Entrevistas clínicas: através de perguntas feitas ao sujeito.
Procedimentos de avaliação comportamental: avaliador avalia o comportamento da pessoa em determinada situação.
Amostragem de ideais e experiência: as ideias das pessoas são registradas sistematicamente para dar uma amostra referente a determinado período de tempo, como as ideias da pessoa são experiencias particulares, e não podem ser vistas o único que pode fazer esse tipo de observação é o indivíduo cujas ideias estão sendo estudadas. Pode ser utilizado para avaliar grupos.
A avaliação pode ser influenciada por questões de: Gênero (mudar de homem para mulher) – a duração da terapia para mulheres tende a ser mais longas que para homens. Por questões interculturais.
A pesquisa no estudo da personalidade: alguns psicólogos se interessam pelo comportamento manifesto do indivíduo, outros pelos sentimentos e experiências inconscientes. Os principais métodos utilizados na pesquisa da personalidade são o Clínico (estudo de caso) e o Experimental (observações controladas e sistêmicas.
TEXTO 02 - EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA PSICANÁLISE
Pré-história: doenças mentais – prática de trepanações cranianas, com objetivo de localizar causa das doenças.
Bíblia sagrada: quadros psicopatológicos, caráter sádico destrutivo de Caim, inveja dos irmãos de José, alcoolismo de Noé, psicose maníaco depressiva de Saul.
Idade Média: doentes mentais degredados, punidos e aprisionados em masmorras. Exorcismo, benzeduras.
XVIII: Anton Mesmer, magnetismo animal, espécie de hipnotismo.
1745 – 1826: Coube e Pinel – reforma hospitalar/respeito e dignidade do enfermo.
Período dos Pródomos da Psicanálise/FREUD:
· Formação médica/ ciência da época biológica e não psicológica.
· Charcot e a hipnose
· Breuer: Ana O; histeria; hipnose – Ana em seus momentos de transe recordava traumas ocorridos no passado obtendo assim alívio sintomático, Breuer denominou esse método de catarse.
· Freud aplica hipnose em suas pacientes histéricas partindo do princípio que a neurose provinha de traumas sexuais ocorridos na infância, realizados por homens mais velhos/pais.
· Breuer desisti da pesquisa que cada vez mais se dirigia para sexualidade infantil e Freud prossegue.
· Freud se achando um mal hipnotizador resolve experimentar a livre associação de ideias, que faria com que as pacientes recordassem os conteúdos reprimidos. Identificou que as barreiras contra o recordar e associar provinham de forças profundas inconscientes que funcionavam com uma resistência involuntária. Constituindo uma ruptura epistemológica. Freud começou a cogitar que as repressões provinham do que era proibido de ser lembrado, não só dos traumas sexuais acontecidos, mas das fantasias reprimidas.
· A partir daí o conflito psíquico passou a ser concebido como resultante do embate entre as forças instintivas e as repressoras, sendo que os sintomas se constituíram como sendo a representação simbólica deste conflito inconsciente. Propondo uma dinâmica inconsciente.
Podemos dividir as contribuições originárias de Freud nos cinco seguintes estágios: Teoria do Trauma, Teoria topográfica, teoria estrutural, conceituação sobre narcisismo e dissociação do ego.
Teoria do Trauma:
Freud durante muito tempo discutiu sobre a libido, que concebeu como sendo uma manifestação psicológica do instinto sexual, partindo disso para explicar a histeria, que para Freud era o resultado do fato da energia sexual ser impedida de expandir de forma natural e fluía para outros órgãos, manifestando assim através de sintomas variados. Chegará à conclusão de que as neuroses, como a histerias, a neurose obsessiva e outras teriam sua causa no aspecto econômico da energia psíquica, ou seja, no represamento quantitativo da libido sexual. O conflito psíquico era resultante das repressões impostas pelos traumas de sedução sexual que teriam acontecido no passado e retornado em forma de sintomas. Freud postulou que os neuróticos sofrem de reminiscências (vaga recordação) e que a cura consistia em lembrar o que estava esquecido. “a melhor forma de esquecer é lembrar” o sujeito não consegue esquecer aquilo que ele não consegue lembrar. Atualmente na psicanálise esses traumas lembrados são ressignificados. Descoberta das resistências inconscientes e interpretações do psicanalista.
Teoria Topográfica:
Trata-se da divisão da mente em três lugares: consciente, pré-consciente e inconsciente. “tornar consciente o inconsciente”.
Sonho – modo disfarçado e censurado da satisfação de proibidos desejos inconscientes. Através do sonho acesso ao inconsciente.
Teoria Estrutural:
Para Freud a mente comportava como uma estrutura no qual distintas demandas, funções, proibições, que provinham do consciente ou inconsciente interagiam com a realidade externa, concebeu assim a estrutura tripartide: Id, Ego e Superego.
Existência concomitante em qualquer pessoa da parte psicótica e da parte não psicótica da personalidade.
Inconsciente dinâmico maior motivador do consciente das pessoas.
Teoria e metapsicologia: Teoria alude ao conjunto de ideias que objetiva explicar determinados fenômenos. Metapsicologia serve como ponto de partida para conjeturas imaginativas, que dificilmente poderão ser comprovadas na realidade.
Três pontos de vista da metapsicologia:
· Topográfico: consciente, pré-consciente e inconsciente
· Dinâmico: Id, Ego e Superego
· Econômico: quantidade de catexis libidinal
Melanie Klein – amparada na sua prática de análise de crianças de pouca idade converge para uma posição seio-cêntrica. Postulou sobre o ego primitivo, sobre a presença do sentimento de inveja presente desde o nascimento no bebê, e analisa suas consequências para as posições esquizoparanóides e depressivas, bem como para o Complexo de Édipo. Segundo ela primeiramente existe um mundo interno, formado a partir das percepções do mundo externo, colorido com as ansiedades do mundo interno. Com isso os objetos, pessoas e situações adquirem um colorido todo especial. O seio materno, primeiro objeto de relação da criança com o mundo externo, tanto é percebido como bom quando amamenta, daí o nome de “seio bom” a esse objeto no mundo interno, quanto é percebido como “seio mau”, quando não alimenta quando a criança assim deseja. Como é impossível satisfazera todos os desejos da criança, invariavelmente ela possui os dois registros desse seio, um bom e um mau.
Em segundo lugar os bebês sentem, logo quando nascem, dois sentimentos básicos: amor e ódio. É fácil, portanto, perceber que a criança ama o “seio bom” e odeia o “seio mau”. O problema é que na fantasia da criança, o “seio mau”, esse objeto interno, vai se vingar dela pelo ódio e destrutividade direcionados a ele. Esse medo de vingança é chamado de ansiedade persecutória. O conjunto de ansiedade persecutória e suas respectivas defesas são chamados por Klein de “posição esquizoparanóide”.
Com o desenvolvimento o bebê percebe que o mesmo objeto que odeia (seio mau) é o mesmo que ama (seio bom). Ele percebe que ambos os registros fazem parte de uma mesma pessoa. Agora o bebê teme perder o seio bom, pois teme que seus ataques de ódio e voracidade o tenham danificado ou morto. Esse temor da perda do objeto bom é chamado por Klein de “ansiedade depressiva”. O conjunto de ansiedade depressiva e suas respectivas defesas são chamados por Klein de “posição depressiva”. o desenvolvimento em fases, proposto por FREUD (fase oral, anal e genital), é aqui substituído por um elemento mais dinâmico que estático, pois as três fases estão presentes no bebê desde os três primeiros meses de vida.
Lacan – Escola estruturalista, propôs um retorno a Freud, um movimento para resgatar os princípios básicos. o nome estruturalismo queria dizer que todos elementos psíquicos estão conjugados entre si. Entre os principais conceitos desenvolvidos pela psicanálise lacaniana estão: simbólico, imaginário, real, alienação e sujeito do inconsciente. O simbólico relaciona elementos conscientes e inconscientes do sujeito, de modo que é por meio da linguagem que o subconsciente se manifesta. A dimensão do imaginário é estruturada a partir do registro de referências e é atravessado pelo conjunto de posições representado pela dimensão do simbólico. O real implica no registro psíquico, o qual não corresponde à ideia de realidade, uma vez que o real é impossível. Ele representa tudo o que o sujeito é incapaz de processar no plano simbólico e, portanto, segue impenetrável dentro daquele.
Winnicott – não aceitava o conceito de Klein de inveja primária. Postulou sobre a valorização do precoce vínculo real mãe e bebê no desenvolvimento emocional primitivo. A mãe participa de uma verdadeira unidade com o seu filho, ajuda a formar sua mente, fazendo com que este processo seja bem feito. “Ao lhe dar amor, fornece-lhe uma espécie de “energia vital”, que o faz progredir e amadurecer.” Na abordagem winnicottiana o analista deve oferecer ao paciente o que não teve, criando processos que nunca existiram, capacidades e funções psicológicas, dotando seu paciente de estruturas ausentes. Não é a mãe que molda completamente a criança – esta tem sua autonomia, com suas capacidades inatas de desenvolvimento – a mãe assegura o ponto de referência para que o processo continue.
A psicanálise passa uma crise e por transformações principalmente em um mundo que exige uma frenética agilidade. A IPA tem tomado medidas administrativas e ideológicas e abre o campo para novas reflexões para que a psicanálise prossiga.
TEXTO 03 – PSICOTERAPIA E PISCANÁISE: SEMELHANÇAS E DIFERENÇAS
Conceituação: Freud define psicanálise como um procedimento de investigação dos processos mentais, um método de tratamento e uma disciplina científica. Psicoterapia é um termo genérico empregado para designar qualquer tratamento realizado com métodos e propósitos psicológicos.
Psicoterapia psicanalítica vem adquirindo uma alta respeitabilidade como modalidade terapêutica. Uma adequada psicoterapia de apoio de base analítica exige uma preparo do terapeuta que tem que discriminar e localizar a parte sadia e forte de seu paciente, muitas vezes oculta, reforçar mecanismos defensivos do ego mais desenvolvidos de modo a propiciar condições para confrontar e enfrentar seu lado forte e doente, sem necessariamente aprofundar nos conflitos pulsionais do inconsciente.
O termo psicanálise alude unicamente aquela modalidade de tratamento que se restringe aos fundamentos da ciência psicanalítica de Freud, ou seja, o terapeuta trabalha apenas com os princípios e leis que regem o inconsciente.
A diferença entre as duas é mais quantitativa que qualitativa, e há uma interpenetração entre ambas.
Pontos ressaltados:
· A expressão “psicoterapia” é mais abrangente do que “psicanálise”, sendo que está última é mais restrita e não deixa de ser uma das diversas formas de psicoterapia.
· É complicado estabelecer delimitações entre ambas.
· O problema da distinção entre psicanálise e psicoterapia seria fácil se seguíssemos os postulados de Freud, porém a própria conduta técnica de Freud, diferia muito do que ele sustentava em seus clássicos trabalhos sobre a teoria da técnica, quase todos escritos nos anos de 1912 a 1915.
· Podemos nos questionar se na análise contemporânea existe uma técnica analítica única, embora ela permita variações estratégicas que se instrumentam de modos distintos, de acordo com o paciente.
· Os elementos da psicanálise são os mesmos em todas terapias psicanalíticas, no entanto, as múltiplas combinações entre tais elementos determinam as inúmeras e diferentes formas no campo analítico.
· A finalidade de tornar consciente o inconsciente é a mesma nas duas.
Para o autor manter uma aproximação entre as duas modalidades exige uma condição básica para o psicoterapeuta: possuir uma solida formação da metapsicologia, teoria e prática dos fundamentos psicanalíticos.
Fatores que tem concorrido para algumas transformações e interações entre psicanálise e psicoterapia na atualidade:
Da pessoa do paciente: Mudança do perfil do paciente como os de natureza sociocultural e econômicos. Essas mudanças culturais demandam na procura de métodos mais rápidos, fáceis e baratos para resolução das doenças dos pacientes. Um aspecto que depende bastante da pessoa do paciente em relação ao êxito analítico, independente se é psicanálise standard ou psicoterapia psicanalítica. O terapeuta leva mais em conta o grau de motivação da pessoa que procura o tratamento para uma jornada longa e penosa. O número de sessões é irrelevante e varia para esse processo.
A pessoa do analista o perfil do analista da atualidade também mudou. Ele deixou de ser aquela pessoa infalível, com completa saúde psíquica, possuidor das verdades, observador perspicaz e capaz de interpretar os conflitos inconscientes de seus pacientes. Há uma permanente interação afetiva do paciente com o analista, ambos com algum grau de angústia, influenciando através de movimentos de transferência e contratransferências.
Não basta o analista ser somente inteligente e capacitado teoricamente, ele precisa reunir aqui que Bion chama de “condições necessárias mínimas” que consistem em atributos que possibilitem conter uma forte carga projetiva de angústias, prover e preencher os buracos negros que compõem os vazios existenciais de determinados pacientes.
Um fator que provoca uma inflexibilidade entre psicanálise e psicoterapia se deve a uma necessidade inconsciente do psicanalista garantir a preservação do sentimento de identidade psicanalítica.
O analista da atualidade lida também com dificuldades econômicas, excessivo número de psicanalistas, crise econômica mundial e uma grande oferta de métodos alternativos de tratamento.
O próprio processo analítico vem sofrendo modificações nas últimas décadas, uma dela diz respeito ao número de sessões (setting), uso divã entre outras. Diferenciar a psicanálise da psicoterapia consistia justamente no número de sessões semanais, a psicanálise exigia um mínimo de quatro sessões, com o propósito de propiciar a formação de uma neurose de transferência a psicoterapia não deveria ultrapassar duas sessões.
O critério do estabelecimento do número de sessões é relativo e esse número já sofreu e sofre alterações.
O uso do divã - é um risco que o divã represente um fetiche e o analista pode vir a trabalhar frustrado caso o pacientenão o use. Uma segunda possibilidade é que o analista tenha alguma evitação fóbica no trabalho face a face. A terceira questão é se um psicanalista que tenha realizado formação numa instituição paralela, porém não oficializada pela IPA, tem o direito de usar o divã e se se há algum inconveniente dele ser usado por um psicoterapeuta psicanalista em sessões de duas vezes por semana. O autor enfatiza que já passou a época em que analistas incluíam nas cláusulas o compromisso de o paciente fazer a análise deitado
Análise consciente – amplia -se o tornar consciente o inconsciente com a noção de que o mais importante é como o consciente e o inconsciente do paciente se comunicam.

Outros materiais