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Avaliação Pediátrica e Alimentação

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PEDIATRIA
 AVALIAÇÃO DO CRESCIMENTO
Frequência das consultas pediátricas: 1ª semana de vida – 1 mês - 2 meses – 4 meses- 6 meses – 9 meses – 12 meses – 18 meses – 24 meses – Anual próximo ao aniversário.
O que o pediatra deve realizar em TODA consulta:
Avaliar o crescimento: peso, altura e PC (até 2 anos)
Avaliar o desenvolvimento neuropsicomotor
Alimentação da criança
Vacinas
Prevenção de acidentes
Identificação de problemas e riscos para a asúde
Avaliação do peso:
Os 10% de peso perdidos após o nascimento devem ser recuperados até 14 dias.
Ganho de peso no segundo ano: 200g/mês no 1º semestre, e 180g/mês no 2º semestre.
Maiores de 2 anos: 2kg/ano até 8 anos.
Peso = 2n + 9
N = idade
Em geral, fala-se que a criança dobre de peso com 4-5 meses, triplica com 12 meses e quadriplica em 2 anos. 
Os bebês até 2 anos ou 16kg devem ser pesados na balança pediátrica. 
Avaliação da estatura
A estatura deve ser avaliada com o paciente deitado até os 2 anos (comprimento) e a partir de 2 anos com ele em pé (altura).
Estimativa da altura adequada entre 2-12 anos:
(Idade X 6) + 77
Avaliação do perímetro cefálico
É avaliado passando-se a fita pelo ponto mais elevado do occipital e no sulco supra-orbitário.
 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
 BAIXA ESTATURA
A avaliação do crescimento é subdividida em 4 etapas:
Estatura absoluta: Deve ser avaliada e colocada no escore-Z.
Velocidade de crescimento: É a avaliação mais importante. Devendo haver no mínimo 6 meses entre uma avaliação e outra.
Alvo genético
Idade óssea
		 ALIMENTAÇÃO INFANTIL
Recomendações gerais do aleitamento materno (AM):
AM exclusivo até 6 meses.
Aos 6 meses iniciar a alimentação complementar (LM + sólidos/semissólidos).
Manter LM até os 2 anos no mínimo.
Não existe idade limite para o AM.
Não dar suco para < 1 ano.
A alimentação a partir de 1 ano é a mesma da família.
Técnica correta da amamentação:
Posicionamento: Bem apoiado nos braços, cabeça e tronco no mesmo eixo, corpo próximo ao da mãe (barriga com barriga), rosto de frente para a mama.
Pega: boca bem aberta, lábio inferior evertido, aréola visível acima da boca, queixo encosta na mama.
Fissuras mamárias:
Prevenção: técnica de AM adequada, exposição ao sol, não usar sabões/óleos/álcool para limpar, ao acabar a mamada deve-se introduzir o dedo mínimo no canto da boca para desfazer o vácuo.
Tratamento: Corrigir a técnica + Tentar posições diferentes + Ordenhar um pouco antes da mamada
Ingurgitamento mamário:
MC: mamas difusamente aumentadas, hiperemiadas e doloridas.
Prevenção: AM em livre demanda, técnica de AM adequada
Tratamento: Corrigir técnica + AM em livre demanda + ordenhar um pouco antes das mamadas + esvaziar as mamas após as mamadas + compressas de águas frias entre as mamadas + sutiã com boa sustentação + analgésicos
Mastite:
MC: região bem delimitada da mama com sinais de inflamação +/- febre.
Tratamento: Esvaziar as mamas (com própria amamentação ou manualmente) + ibuprofeno + ATB (cefalexina ou amoxicilina + clavulanato)
CI materna para aleitamento:
Absolutas: HIV, HTLV, psicose materna.
Relativas: 
CMV se < 30/32 semanas ou < 1.000/1.500g.
Herpes na mama: mamar na outra
Varicela: se a doença iniciar 5 dias antes do parto ou até 2 dias depois a mãe não pode ter contato com o RN até o fim da fase aguda (início das crostas)
Chagas: agudo ou lesão sangrante pelo mamilo.
 Hanseníase: se mãe não tratada ou tratada há < 3 semanas com rifampicina ou < 3 meses com sulfona.
Medicamentos que CI:
Amiodarona
Imunossupressores e citotóxicos
Linezolida e ganciclovir
Hormônios
SUPLEMENTAÇÃO DE FERRO E VITAMINA D
Vitamina D:
1ª semana até 12 meses: 400UI/dia
12-24 meses: 600UI/dia
* Cada gota contém 200UI
Imunização e Vacinação
Imunização e vacinação
Administração simultânea: como regra geral, todas as vacinas podem ser aplicadas simultaneamente, desde que obedecido seu sítio anatômico, pois as taxas de soro conversão e reações adversas são semelhantes se administradas separadamente. 
Exceções: 
Vacina da febre amarela e pneumo 10 devem respeitar o intervalo de 30 dias. 
Caso vacinas injetáveis de agentes vivos não forem aplicadas no mesmo momento deve-se respeitar o intervalo de 28 dias. 
Caso a VORH e VOP não forem aplicadas no mesmo momento, deve-se esperar 15 dias de intervalo, o mesmo ocorre entre vacina da febre amarela e tríplice viral. 
Imunização e vacinação
Intervalo entre o uso de vacinas e imunoglobulinas, sangue e derivados:
Vacinas com vírus vivo x imunoglobulinas: após vacinação com vírus vivo a estimulação da imunidade ocorre em 02 semanas, tempo que deve ser esperado para aplicação de imunoglobulinas.
Vacinas com vírus inativado x imunoglobulinas: podem ser aplicados simultaneamente, não precisa aguardar intervalo.
Ao receber transfusão de sangue (sangue total, concentrado de hemácias ou plasma) a resposta imune à vacina pode ser inibida por 03 meses, tempo que deve ser aguardado para vacinação.
Imunização e vacinação
Calendário vacinal desconhecido: caso o registro vacinal não for encontrado, pode-se solicitar sorologia para verificar a imunidade. Caso indisponível, considerar o individuo susceptível e vaciná-lo. 
Atraso de doses: não há dose de vacina perdida, não se recomeça esquema vacinal. Apenas deve-se completar o número de doses preconizadas.
Imunização e vacinação
Contraindicações
Reação alérgica grave.
Imunocomprometidos.
Doença febril moderada a grave.
Corticóide em dose > que 2mg/kg/dia.
Corticóide > que 20mg dia por mais de 02 semanas.
Falsas contraindicações
Reações locais leves.
Antibioticoterapia.
Diarréia
IVAS
Desnutrição
Corticóide em dose não imunossupressora.
Imunização e vacinação
Vacinas:
A - Vacina contra a tuberculose – BCG (atenuada): 
Indicada para prevenir as formas graves de tuberculose em crianças menores de 05 anos.
 Deve ser aplicada a partir do nascimento na maternidade. 
 
Contra indicada em caso de imunodeficiência adquirida ou congênita. 
Recomenda-se adiar em crianças com peso inferior a 2 kg ou na presença de afecções dermatológicas extensas. 
Obs: na ausência da cicatriz vacinal após 06 meses de vacinação, revacinar apenas uma vez.
Imunização e vacinação
C - Vacina contra difteria, tétano e coqueluche – DPT (conjugada): 
Compõe a penta valente.
Possui o toxoide tetânico e diftérico, além da B. pertusis inativada. 
Deve ser aplicada até 6 anos 11 meses e 29 dias. A partir de 7 anos, está indicada a dupla adulto (dT), tanto para completar esquema vacinal ou para reforço de 10 em 10 anos. 
Para gestantes e pessoas com feridas profundas e sujas o reforço é de 05 em 05 anos.
Situações especiais: 
Crianças com encefalopatia após dose anterior da DPT deve completar esquema com DT (dupla infantil).
Em caso de convulsão ou síndrome hipotônica hiporresponsiva devem receber a DPT acelular para completar esquema.
Imunização e vacinação
D - Vacina contra o H. influenza do tipo b – Hib (conjugada):
Compõe a penta valente.
Protege contra doenças invasivas causadas pelo H. influenza. Exemplos: meningite, pneumonia, epiglotite. 
O esquema vacinal ocorre no primeiro ano de vida. Caso o esquema não foi completado no primeiro ano a criança deve receber dose única no segundo ano. 
Em pacientes entre 1 e 19 anos que não começaram o esquema vacinal, deve-se aplicar 02 doses com intervalo de 04 a 08 semanas.
Imunização e vacinação
E - Vacina oral contra a poliomielite – VOP (atenuada):
Contém 03 tipos de vírus atenuados. 
Não possui contra indicação absolutas. 
Em crianças internadas a VOP deve ser evitada pelo risco de diarréia e contaminação das outras crianças da enfermaria.
Imunização e vacinação
F - Vacina Pneumo 10 (conjugada): 
Constituída por 10 sorotipos do S. pneumonie.
Indicada para proteção de doença invasiva ( pneumonia, meningite, artrite, sepse) e otite média aguda.
 A duração da proteção ainda é desconhecida. 
Não deve ser aplicada concomitantemente com a vacina da febreamarela, deve esperar 30 dias. 
Para idosos em ILPIs e adultos portadores de doenças crônicas utiliza-se a Pneumo 23 com revacinação a cada 05 anos.
Imunização e vacinação
H - Vacina contra Febre Amarela (atenuada):
 
A vacina possui vírus vivos atenuados cultivados em ovos de galinha. Deve ser aplicada em dose única e reforços de 10 em 10 anos.
Em região endêmica deve ser aplicada nas crianças a partir de 06 meses. Em áreas de transmissão deve é aplicada a partir dos 09 meses. 
Indicada aos moradores e viajantes para os Estados: AC, AM, AP, PA, RO, RR, TO, MT, MS, MG, DF e algumas cidades da Bahia e Piauí. A vacina precisa de 10 dias para ser efetiva. 
Obs: contra indicada para quem tem reação de anafilaxia a proteína do ovo de galinha. 
Não recomendada a gestante e pessoas HIV +.
Complicação mais temida: doença viscerotrópica.
Situação prática:
Atualmente é muito comum pessoas com mais de 60 anos consultar e solicitar autorização para vacinação contra febre amarela.
Três situações devem ser avaliadas:
Alergia a ovo.
Doença imunossupressora.
Morador de área de transmissão.
Imunização e vacinação
Situações especiais:
Gestantes: 
Não há risco de mulheres grávidas serem vacinadas com vacinas de agentes inativados. 
Vacinas com agentes vivos teoricamente apresentam risco para o feto e são contra indicadas. 
A vacina contra rubéola pode ser aplicada para mulheres na idade fértil, porém deve esperar 04 meses para engravidar. Contra indicada na gestação. 
Durante a gravidez a gestante deve ser vacinada para prevenção do tétano neonatal, contra hepatite B e influenza.
A amamentação contraindica a vacinação contra febre amarela, pelo risco de contaminação pelo leite materno. Se a vacinação for imprescindível deve-se esperar 06 meses para voltar amamentar a criança.
Imunização e vacinação
Crianças recém nascidas:
RN com peso inferior a 2 kg, não devem receber BCG ao nascer, somente quando atingirem esse peso.
A vacina contra influenza é muito importante para prematuros, principalmente na presença de doença pulmonar. Deve ser feita a partir do 6º mês.
Imunização e vacinação
Pessoas transplantadas:
Pessoas que recebem transplante de medula óssea perdem imunidade protetora no pós transplante necessitando ter seu esquema vacinal refeito após a reconstituição do sistema imune. Deve-se aguardar no mínimo 06 meses.
Imunização e vacinação
Imunoprofilaxia após exposição:
Hepatite B: profissionais de saúde vacinados e soronegativos para hepatite B, em caso de acidente de trabalho deve receber 02 doses de IGHAHB, sendo a primeira antes de 14 dias após a exposição e a segunda 30 dias após dose inicial.
Tétano: considerando ferida profunda e suja: 
 Esquema vacinal completo-> avaliar reforço.
 Esquema vacinal incompleto ou desconhecido -> vacinação e soro antitetânico.
Imunização e vacinação
RAIVA
	Tipo de exposição	Cão ou gato sem suspeita	Cão e gato suspeito 	Cão o gato raivoso, desaparecido ou morto
	Contato indireto
(lambedura)	Lavar com água e sabão	Lavar com água e sabão
	Lavar com água e sabão
	Acidente leve: superficiais que poupam face, mãos e pés	Lavar. Observar o animal por 10 dias. Se animal tornar se raivoso, vacinar (05 doses)	Lavar. Observar animal 10 dias. Iniciar vacinação (02 doses). Se preciso completar esquema.
	Lavar. Iniciar vacinação (05 doses)
	Acidente grave: profundos ou face, mãos ou pés	Lavar. Observar animal 10 dias. Iniciar vacinação (02 doses). Se preciso completar esquema.	Lavar. Observar o animal por 10 dias. Iniciar soro e vacinar (05 doses)	Lavar. Iniciar soro e vacinação (05doses)

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