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RESENHA guia do alfabetizador

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Universidade Federal da Fronteira Sul 
Curso de Pedagogia 5ª fase
Disciplina: Alfabetização: teoria e prática II
Docente: Maria Lucia Marocco Maraschin 
Discente: Jéssica Carla Fonseca Coutinho
RESENHA 
Guia teórico do alfabetizador
Miriam Lemle
LEMLE, M. Guia teórico do alfabetizador. São Paulo: Ática, 2009.
A autora do livro, Miriam Lemle, é graduada em Letras pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1959), com mestrado em Linguística pela University of Pennsylvania, USA (1965) e doutorado em Linguística pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1980). Fez pós-doutorado no MIT, USA (1985) e é Livre Docente pela UFRJ (1987). Atualmente é Professora Titular, Emérita da Universidade Federal do Rio de Janeiro e coordenadora do Laboratório LIFSS - Laboratório de Interface Sintaxe-Semântica. Tem experiência na área de Linguística, na linha de Gramática Gerativa. Atua como professora, orientadora e pesquisadora principalmente em temas voltados para a especificação dos mecanismos de interface entre a sintaxe e a semântica.
Incluído na Série Princípios, da editora Ática, que abrange áreas como Administração e Economia, Artes e Comunicação, Ciências Humanas, Educação, Letras e Linguística, o “Guia teórico do alfabetizador” foi pela primeira vez publicado no ano de 1994, mas em sua publicação de 2009 possui 46 páginas com introdução, quadro capítulos, vocabulário crítico e bibliografia comentada.
O livro mostra em suma que os poucos períodos da vida são tão importantes quanto os momentos iniciais da alfabetização. Afinal, esse contato com as primeiras letras será decisivo em mais de um aspecto - nele estará traçado o futuro do aluno e do cidadão. Nele se apresenta ao professor os fundamentos teóricos para a compreensão dos fatos da língua. Pois é na sala de aula, durante essa incursão inaugural no universo letrado, que é preciso falar da língua, de suas unidades, de seus mecanismos, de sua representação. É essencial, portanto, que o professor esteja disposto a encarar de maneira mais criativa e responsável o duro (porém recompensador) ofício de ensinar.
O primeiro capítulo “As capacidades necessárias para a alfabetização”, a autora aborda o primeiro problema que a criança precisa saber representar todos os risquinhos em uma página em branco. No ensino-aprendizagem a criança tem que ter ideia de símbolo na folha na hora de escrever. Pois uma criança que não consegue compreender uma relação simbólica entre os objetos não consegue aprender a ler nem escrever, aborda também o segundo problema que são as letras para quem ainda não conhece o alfabeto os risquinhos pretos na página significam as letras. O Aprendiz precisa saber entender que aqueles riquinhos os símbolos e significação da fala, pois o alfabeto ele possui várias letras e o terceiro problema é conscientizar a percepção auditiva do aluno ele precisa entender que as letras simbolizam som abertos e fechados.
No segundo capítulo “A alfabetização” Lemle destaca sobre o som de cada letra em suas diferentes posições em uma palavra, o professor deve explicar ao aluno que dependo da posição da letra ela terá sons diferentes como: Casa, letra (S) entre vogais terá som de Z e sábado no inicio de palavra a letra S terá som de (S). A autora cita como sistematizar as complicadas relações entre sons e letras, existem três: Relação de um para um, cada letra com seu som e cada som com sua letra, relação de um para mais de um, cada letra com um som em uma determinada posição, e relação de concorrência mais de uma letra para o mesmo som na mesma posição.
A autora ainda apresenta quatro etapas da alfabetização, que são as seguintes: 1º etapa: A teoria do casamento monogâmico entre sons e letras; 2º etapa: A teoria da poligamia com restrições de posição; 3º etapa: As partes arbitrárias do sistema; e 4º etapa: Um pouco de morfologia e também a avaliação das falhas na escrita classificando os erros dos alunos em três ordens: falha de primeira ordem, falha de segunda ordem e falha de terceira ordem e a metodologia – considerações críticas que são dois métodos possíveis oficialmente reconhecidos no trabalho de alfabetização: sintético e analítico.
No terceiro capítulo “A variação na língua falada e a unidade na língua escrita”, vemos a questão das mudanças que ocorrem nas línguas ao longo dos tempos. Sabemos que a língua portuguesa é viva, falada por muitos milhões de pessoas. Sendo assim, é natural que a língua vá mudando e “se renovando” com o passar dos tempos. Para exemplificar essas mudanças ocorridas nas línguas, a autora fala sobre o latim e as mudanças ocorridas nele. Dessa forma, percebemos claramente o contraste entre a língua falada e a língua escrita.
No quarto capítulo “A boa ciência sana a má consciência”, a autora faz uma importante exortação aos futuros professores, para que tenhamos consciência da importância do nosso trabalho. Nós devemos estar preparados para entendermos o fenômeno das variações linguísticas a fim de não sermos preconceituosos para com nossos alunos e nossas comunidades de fala. Temos que ter em mente que a língua falada é diferente da língua escrita e que não existe a língua certa ou errada. O mais importante é o contexto em que se usa uma ou outra.
O livro é um guia para aqueles que têm dificuldades para ensinar apresentando seus métodos e conceitos trabalhando gradativamente com os estudantes desde as letras do alfabeto até a formação de palavras e significados, ele é feito especialmente para professores iniciantes na profissão, pois, a partir dessas práticas, será capaz de criar as suas próprias práticas alfabetizadoras.

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