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Português • Matemática • Atualidades • Noções de Direito Legislação Institucional • História • Geografia © 2019 Avançar Serviços Educacionais Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº 9.610, de 19/2/1998. Proibida a reprodução de qualquer parte deste material, sem autorização prévia expressa por escrito do autor e da editora, por quaisquer meios empregados, sejam eletrônicos, mecânicos, videográficos, fonográficos, re- prográficos, microfílmicos, fotográficos, gráficos ou outros. Essas proibições aplicam-se também à editoração da obra, bem como às suas características gráficas. PM-PA Português • Matemática • Atualidades • Noções de Direito Legislação Institucional • História • Geografia GESTÃO DE CONTEÚDOS Tatiani Carvalho PRODUÇÃO EDITORIAL Tatiani Carvalho REVISÃO Ylka Ramos EDITORAÇÃO ELETRÔNICA Marcos Aurélio Pereira www.gpscursos.com.br Leitura e interpretação de diversos tipos de textos (literários e não literários) ..................................................................3 Sinônimos e antônimos ......................................................................................................................................................... 9 Sentido próprio e figurado das palavras ............................................................................................................................... 9 Pontuação ............................................................................................................................................................................ 17 Classes de palavras: substantivo ....................................................................................................................................................................... 24 adjetivo ............................................................................................................................................................................ 26 numeral ............................................................................................................................................................................ 29 pronome ........................................................................................................................................................................... 31 verbo ................................................................................................................................................................................ 38 advérbio ........................................................................................................................................................................... 48 preposição ........................................................................................................................................................................ 48 conjunção: emprego e sentido que imprimem às relações que estabelecem .................................................................49 Concordância verbal e nominal ........................................................................................................................................... 58 Regência verbal e nominal .................................................................................................................................................. 65 Colocação pronominal ......................................................................................................................................................... 31 Crase ..................................................................................................................................................................................... 69 SUMÁRIO Português PMPA P O R TU G U ÊS 3www.gpscursos.com.br PORTUGUÊS Márcio Wesley COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS Textum, em lati m, parti cípio do verbo tecer, signifi ca tecido. Dessa palavra originou-se textus, que gerou, em português, “texto”. Portanto, está-se falando de “tecido” de frases, orações, períodos, parágrafos... Uma “tessitura” de ideias, de argumentos, de fatos, de relatos... INTELECÇÃO (OU COMPREENSÃO) Intelecção signifi ca entendimento, compreensão. Os testes de intelecção exigem do candidato uma postura muito voltada para o que realmente está escrito. Comandos para Questão de Compreensão O narrador do texto diz que... O texto informa que... Segundo o texto, é correto ou errado dizer que... De acordo com as ideias do texto... Questão 1. Assinale a opção correta em relação ao texto. O Programa Nacional de Desenvolvimento dos Recur- sos Hídricos – PROÁGUA Nacional é um programa do Governo Brasileiro fi nanciado pelo Banco Mundial. O Programa originou-se da exitosa experiência do PRO- ÁGUA / Semiárido e mantém sua missão estruturante, com ênfase no fortalecimento insti tucional de todos os atores envolvidos com a ges tão dos recursos hídricos no Brasil e na implantação de infraestruturas hídricas viáveis do ponto de vista técnico, fi nanceiro, econômico, ambiental e social, promovendo, assim, o uso racional dos recursos hídricos. (h� p://proagua.ana.gov.br/proagua) a) O PROÁGUA / Semiárido é um dos subprojetos de- rivados do PROÁGUA/Nacional. b) A expressão “sua missão estruturante” (. 5) refere- -se a “Banco Mundial” (. 3). c) A ênfase no fortalecimento insti tucional de todos os atores envolvidos com a gestão de recursos hídricos é exclusiva do PROÁGUA/Semiárido. d) Tanto o PROÁGUA/Semiárido como o PROÁGUA/ Nacional promovem o uso racional dos recursos hídricos. e) A implantação de infraestruturas hídricas viáveis do ponto de vista técnico, fi nanceiro, econômico, am- biental e social é exclusiva do PROÁGUA/Nacional. Gabarito d 5 10 INTERPRETAÇÃO Interpretação signifi ca dedução, inferência, conclusão, ilação. As questões de interpretação não querem saber o que está escrito, mas o que se pode inferir, ou concluir, ou deduzir do que está escrito. Comandos para Questão de Interpretação Da leitura do texto, infere-se que... O texto permite deduzir que... Da fala do arti culista pode-se concluir que... Depreende-se do texto que... Qual a intenção do narrador quando afi rma que... Pode-se extrair das ideias e informações do texto que... Questão 1. Observe a ti rinha a seguir, da cartunista Rose Araújo: (www.fotolog.com/rosearaujocartum) Infere-se que o humor da ti rinha se constrói: a) pois a imagem resgata o valor original do radical que compõe a gíria bombar. b) pois o vocábulo bombar foi dito equivocadamente no senti do de “bombear”. c) pois refl ete o problema da educação no país, em que os alunos só se comunicam por gírias, como é o caso de fessor. d) porque a forma fessor é uma tentati va de incluir na norma culta o regionalismo fessô. e) porque o vocábulo bombar não está dicionarizado. Gabarito a Preste, portanto, atenção aos comandos para não errar. Se o texto diz que o rapaz está cabisbaixo, você não pode “deduzir”, ou “inferir”, que ele está de cabeça baixa, porque isso já está dito no texto. Mas você pode interpretar ou con- cluir que, por exemplo, ele esteja preo cupado, ou � mido, em função de estar de cabeça baixa. Comandos para Medir Conhecimentos Gerais Tendo o texto como referência inicial... Considerando a amplitude do tema abordado no texto... Enfocando o assunto abordado no texto... Nesses casos, o examinador não se apega ao ponto de vista do texto em relação ao assunto, mas quer testar o conhecimento do candidato a respeito daquela matéria. P O R TU G U ÊS 4 www.gpscursos.com.br Questões Texto para os itens de 1 a 11. Os oceanos ocupam 70% da superfície da Terra, mas até hoje se sabe muito pouco sobre a vida em suas regiões mais recônditas. Segundo esti mati vas de ocea- nógrafos, há ainda 2 milhões de espécies desconhecidas nas profundezas dos mares. Por ironia, as no� cias mais frequentes produzidaspelas pesquisas cien� fi cas relatam não a descoberta de novos seres ou fronteiras marinhas, mas a alarmante escalada das agressões impingidas aos oceanos pela ação humana. Um estudo recente do Greenpeace mostra que a concentração de material plásti co nas águas ati ngiu níveis inéditos na história. Se- gundo o Programa Ambiental das Nações Unidas, existem 46.000 fragmentos de plásti co em cada 2,5 quilômetros quadrados da super� cie dos oceanos. Isso signifi ca que a substância já responde por 70% da poluição marinha por resíduos sólidos. Veja, 5/3/2008, p. 93 (com adaptações). Tendo o texto acima como referência inicial e considerando a amplitude do tema por ele abordado, julgue os itens de 1 a 5. 1. Ao citar o Greenpeace, o texto faz menção a uma das mais conhecidas organizações não governamentais cuja atuação, em escala mundial, está concentrada na melhoria das condições de vida das populações mais pobres do planeta, abrindo-lhes frentes de trabalho no setor secundário da economia. 2. Por se decompor muito lentamente, o plásti co pas- sa a ser visto como um dos principais responsáveis pela degradação ambiental, razão pela qual cresce o movimento de conscienti zação das pessoas para que reduzam o consumo desse material. 3. Considerando o extraordinário desenvolvimento cien- � fi co que caracteriza a civilização contemporânea, é correto afi rmar que, na atualidade, pouco ou quase nada da natureza resta para ser desvendado. 4. A exploração cien� fi ca da Antárti da, que enfrenta enor- mes difi culdades naturais próprias da região, envolve a parti cipação cooperati va de vários países, mas os elevados custos do empreendimento impedem que representantes sul-americanos atuem no projeto. 5. Infere-se do texto que a Organização das Nações Unidas (ONU) amplia consideravelmente seu campo de atuação e, sem deixar de lado as questões cruciais da paz e da segurança internacional, também se volta para temas que envolvem o coti diano das sociedades, como o meio ambiente. Gabarito Itens 1, 3 e 4 errados; itens 2 e 5 certos. Comandos para Medir Conhecimentos Linguísti cos Considerando as estruturas linguísti cas do texto, julgue os itens. Assinale a alternati va que apresenta erro gramati cal. Aponte do texto a construção que não foge aos preceitos da norma culta. 5 10 15 Aqui a questão pretende medir o conhecimento grama- ti cal do candidato e pode abordar assuntos de morfologia, sintaxe, semânti ca, esti lísti ca, coesão e coerência... Questões Considerando as estruturas linguísti cas do texto, julgue os itens seguintes. 6. No trecho “até hoje se sabe” (.2), o elemento linguís- ti co “se” tem valor condicional. 7. O trecho “muito pouco sobre a vida em suas regiões mais recônditas” (s.2-3) é complemento da forma verbal “sabe” (.2). 8. A palavra “recônditas” (.3) pode, sem prejuízo para a informação original do período, ser substi tuída por profundas. 9. O termo “mas” (.8) corresponde a qualquer um dos seguintes: todavia, entretanto, no entanto, conquanto. 10. Na linha 9, a presença de preposição em “aos oceanos” justi fi ca-se pela regência do termo “impingidas”. 11. O termo “a substância” (.15) refere-se ao antecedente “plásti co” (.11). Gabarito Itens 6, 7 e 9 errados; itens 8, 10 e 11 certos. Erros Comuns de Leitura Extrapolação ou ampliação A questão abrange mais do que o texto diz. O texto disse: Os alunos do Colégio Metropolitano es- tavam felizes. A questão diz: Os alunos estavam felizes. Explicação: o signifi cado de “alunos” é muito mais amplo que o de “alunos de um único colégio”. Redução ou limitação A questão reduz a amplitude do que diz o texto. O texto disse: Muitos se predispuseram a parti cipar do jogo. A questão diz: Alguns se predispuseram a parti cipar do jogo. Explicação: o senti do da palavra “alguns” é mais limitado que o de “muitos”. Contradição A questão diz o contrário do que diz o texto. O texto disse: Maria é educada porque é inteligente. A questão diz: Maria é inteligente porque é educada. Explicação: no texto, “inteligente” justi fi ca “educada”; na questão se inverteu a ordem e “educada” é que justi fi ca “inteligente”. Desvio ou Deturpação O texto disse: A contratação da funcionária pode ser considerada competente. A questão diz: A funcionária contratada pode ser consi- derada competente. Explicação: no texto, “competente” refere-se a “contra- tação” e não a “funcionária”. P O R TU G U ÊS 5www.gpscursos.com.br Leia o Texto Em vida, Gustav Mahler (1860-1911), tanto por sua per- sonalidade ar� sti ca como por sua obra, foi alvo de intensas polêmicas – e de desprezo por boa parte da críti ca. A incom- preensão estéti ca e o preconceito anti ssemita também o acompanhariam postumamente e foram raros os maestros que, nas décadas que se seguiram à sua morte, se empe- nharam na apresentação de suas obras. [...] Julgue os itens a seguir. 1. Deduz-se do texto que Gustav Mahler foi alvo de inten- sas polêmicas. 2. Deduz-se do texto que o personagem central (Mahler) foi um compositor. 3. Deduz-se do texto que o personagem central (Mahler) era de origem judaica. 4. Pode-se deduzir do texto que o personagem central (Mahler) foi um compositor de músicas eruditas. 5. Pode-se inferir do texto que só depois de se terem passado algumas ou várias décadas desde sua morte é que Mahler acabou por ser admirado arti sti camente e deixou de ter sua obra segregada. 6. Pode-se inferir do texto que hoje a avaliação positi va da obra de Mahler consti tui uma unanimidade nacional. 7. Intelecção, ou entendimento do texto é a captação objeti va das informações que o texto traz abertamente, explicitamente. 8. Interpretação, ilação, dedução, conclusão, percepção do texto é resultado de raciocínio aplicado, permiti ndo captar-lhe tanto as informações explícitas, quanto as implícitas. 9. A aplicação do raciocínio lógico às informações conti das no texto, expostas ou subentendidas, permite ao leitor ti rar dele conclusões ou interpretá-lo corretamente. 10. A leitura de um texto deve levar em consideração o mo- mento e as circunstâncias em que foi construído, bem como à fi nalidade a que se propõe. 11. Segundo opinião dedu� vel do texto, os críti cos que desprezaram o compositor estavam errados. Gabarito Comentado 1. Errado. Por quê? Esta informação – “foi alvo de in- tensas polêmicas” – não “se deduz” do tex- to, está claramente expressa nele. 2. Certo Por quê? Esta dedução se origina da infor- mação de que “maestros” apresentaram obras dele. 3. Certo Por quê? A informação de que ele foi alvo de ”preconceito anti ssemita” leva à conclu- são de que ele era “de origem judaica”. 4. Certo Por quê? A palavra “maestro” tem uma co- notação diferente (sem vírgula) de “cantor”, “compositor”, “DJ”, “intérprete” etc. Maes- tro pressupõe erudição, por sua própria for- mação acadêmica; por isso, “pode-se dedu- zir que as músicas sejam eruditas, pois ‘eru- ditos’ se empenham na sua apresentação”. O “pode-se deduzir” é aceitável, porque não impõe que seja uma “dedução obrigatória”. 5. Certo Por quê? Essa inferência (dedução) nasce da informação de que “foram raros os ma- estros que, nas décadas que se seguiram à sua morte, se empenharam na apresenta- ção de suas obras.” 6. Errado Por quê? Primeiro, o texto não abrange as- sunto nacional, mas internacional. Segun- do, não se pode deduzir que haja unanimi- dade, mas uma boa ou grande aceitação. 7. Certo 8. Certo 9. Certo 10. Certo 11. Certo Por quê? Conforme o texto, tais críti cos, além de não compreenderem o lado esté- ti co do arti sta, incorreram em preconceito. IDEIA PRINCIPAL E SECUNDÁRIA Em vida, Gustav Mahler (1860-1911), tanto por sua per- sonalidade ar� sti ca como por sua obra, foi alvo de intensas polêmicas – e de desprezo por boa parte da críti ca. A incom- preensão estéti ca e o preconceito anti ssemita tambémo acompanhariam postumamente e foram raros os maestros que, nas décadas que se seguiram à sua morte, se empenha- ram na apresentação de suas obras. Julgue os itens. 12. O parágrafo lido consti tui-se de dois períodos, residindo a ideia principal no segundo. 13. A ideia principal está conti da no primeiro período, representando o segundo um desenvolvimento das ideias do primeiro. 14. Qual a ideia principal do texto? a) Mahler foi um compositor. b) Mahler ti nha origem judaica. c) Mahler compunha música erudita. d) O valor de Mahler só foi reconhecido devidamente a parti r de algumas décadas após seu falecimento. e) A fi nalidade do texto é dizer que boa parte da críti - ca foi contrária a Mahler. Gabarito Comentado 12. Errado A questão seguinte esclarece o assunto. 13. Certo 14. d Nesta questão 14, todas as cinco alternati vas exprimem informações conti das no texto dado. Contudo, entre as ideias lançadas em qualquer texto, existe uma hierarquia, uma gradação de importância. Daí os conceitos de IDEIA CENTRAL OU PRINCIPAL e IDEIAS SECUNDÁRIAS OU PERIFÉ- RICAS. A ideia central ou principal será a responsável pelo TEMA, que não se defi ne por uma só palavra, mas por uma AFIRMAÇÃO. Pode-se dizer que o tema do trecho lido é a valorização póstuma da obra mahleriana. As demais ideias, secundárias, servem para dar maior compreensão ao texto e propiciar ao leitor uma visão mais detalhada do assunto. COMO ACHAR A IDEIA PRINCIPAL OU O TEMA Tratando-se de texto expositi vo, argumentati vo, os exa- minadores buscam avaliar no candidato a capacidade de captar o mais importante. Quando você tem pouco tempo na prova e precisa responder a uma questão que indaga sobre o tema ou a ideia central de um longo texto, ou de um texto completo, basta concentrar-se na leitura do últi mo parágrafo. Necessariamente lá está a resposta da questão. P O R TU G U ÊS 6 www.gpscursos.com.br Normalmente, num parágrafo, a ideia principal se encon- tra na parte inicial sendo seguida de um desenvolvimento, em forma de explicação, detalhamento, exemplifi cação etc.. Essa ideia principal também é conhecida por TÓPICO FRASAL. Mais raramente, pode ser encontrada no fi nal do parágrafo, sob a forma de conclusão das informações ou explanações que a antecedem. Repeti ndo: a ideia central ou principal de um parágrafo se situa no início ou no fi nal. Nas outras partes, aparecem os argumentos. Quando a abordagem é não apenas de um parágrafo, mas de um texto completo, o tema ou ideia principal se encontra no últi mo parágrafo, podendo também aparecer no primeiro, conhecido como parágrafo introdutório. Os parágrafos centrais são reservados às argumentações, que contribuem para dar suporte à principal ideia. INTERTEXTUALIDADE Chama-se intertextualidade a relação explícita ou implí- cita de um texto com outro. Quando Chico Buarque diz, na música Bom Conselho, “de- vagar é que não se vai longe”, “quem espera nunca alcança”, cria uma intertextualidade implícita com os ditos populares “devagar se vai ao longe” e “quem espera sempre alcança”. Veja a estrofe seguinte: Minha terra tem palmares Onde gorjeia o mar Os passarinhos daqui Não cantam como os de lá (Oswald de Andrade) E responda C (certo) ou E (errado): ( ) Esses versos lembram “Minha terra tem palmeiras, / Onde canta o sabiá; / As aves, que aqui gorjeiam, / Não gorjeiam como lá. /”, de Gonçalves Dias. ( ) A criação de Oswald de Andrade consti tui um combate à estéti ca românti ca. ( ) trata-se de bom exemplo de intertextualidade. Gabarito C, C, C IMPLÍCITOS: PRESSUPOSTOS E SUBENTENDIDOS Implícitos Implícitos consti tuem informações que não se encontram exteriorizadas (ou escritas ou pronunciadas) no texto, estando apenas sugeridas por um ou outro índice linguísti co. É a leitura atenta e competente que permite ao leitor a percepção do que fi cou implícito, ou se mostra apenas nas entrelinhas. Pressupostos Os pressupostos são identi fi cados por estarem sugeridos por palavras ou outros elementos do texto, não são di� ceis de encontrar-se e não podem ser desmenti dos pelo uso do raciocínio lógico. Ex.: Teresa voltou da Índia. Pressupostos: ela foi à Índia (indiscu� vel); a viagem teve início há mais que dois dias (indiscu� vel). Subentendidos Os subentendidos se formam por dedução subjeti va do leitor, pois baseiam-se em sua visão de mundo, por isso são discu� veis. Ex.: Teresa voltou da Índia. Subentendidos: Teresa gastou muito (discu� vel, pois pode alguém ter pago tudo); ela é uma felizarda, aproveitou bastante (discu� vel, porque pode ter ido a trabalho, com pouco dinheiro, e ter fi cado hospitalizada o tempo todo). Exercícios Assinale C ou E nos parênteses. Na frase Carlos mudará de profi ssão, 1. ( ) tem-se como pressuposto que ele ganha pouco. 2. ( ) tem-se como pressuposto que ele tem profi ssão. 3. ( ) é possível que ele esteja contrariado. 4. ( ) é possível que ele tenha profi ssão. Gabarito 1. E 2. C 3. C 4. E TIPOLOGIA TEXTUAL Narração ou história Texto que conta uma história, cur� ssima ou longa, tendo personagem, ação, espaço e tempo, mas o tempo tem de estar em desenvolvimento. Ela chegou, abriu a porta, entrou e olhou para mim. (As ações acontecem em sequência) Descrição ou retrato 1. Texto que mostra um ambiente. O Sol estava a pino, as portas trancadas, as janelas escancaradas, as ruas vazias, os carros estacionados, os galhos das árvores e o capim absolutamente parados. 2. Texto que mostra ações simultâneas. Enquanto ela falava, o cachorro lati a, a criança cho- rava, o vizinho aplaudia. (As ações acontecem no mesmo momento, o tempo está parado) Dissertação ou ideias Texto construído não para contar história ou fazer um retrato, mas para desenvolver um raciocínio. É sábio dizer-se que o limite de um homem é o limite de seu próprio medo. Na práti ca, um texto pode misturar as ti pologias, por isso é comum classifi cá-lo com base em qual ti pologia predomina, ou seja, para atender a qual ti pologia o texto foi feito. O ti po DISSERTAÇÃO modernamente vem sendo subs- ti tuído, conforme o caso, por Argumentação, Exposição, ou Injunção: • Argumentação: apresenta argumentos na defesa de um ponto de vista: A sua expansão industrial e comercial ocorreu muito antes dos países vizinhos, não só porque dispunha de extensa rede de ferrovias, hidrovias e rodovias, mas também por- que deti nha maiores recursos para investi mento. P O R TU G U ÊS 7www.gpscursos.com.br • Exposição: apenas expõe as ideias, sem apresentar argumentos: A Bulgária se tornou membro da União Europeia em janeiro de 2007, após dez anos de negociação. • Injunção: orienta o comportamento do receptor: Manuais de uti lização de equipamentos. Orientações de como tomar um remédio. Como ligar e desligar a irrigação do jardim... Exercícios Use as letras iniciais das cinco frases seguintes para identi fi car nos parênteses, os cinco textos que as acompanham. N. Consti tui exemplo de narração. D. Predomina o caráter de descrição. I. Tem como base um parágrafo injunti vo. E. Exemplifi ca dissertação expositi va. A. Classifi ca-se como dissertação argumentati va. Atenção para as partes em itálico. Texto 1 (EP). ( ) Quando Clarice se mostrou chateada com algumas es- trias no seio, Rogério prontamente informou: – Tenho solução para isso. – É verdade que você tem? – Claro! – Então me ensina. – Ponha duas colheres de sopa de azeite numa frigi- deira. Amasse três dentes de alho, depois de ti rar a casca, e misture-os ao azeite. Deixe a mistura no fogo médio por cinco minutos e apague o fogo. Aguarde que ela esfrie um pouco até a temperatura fi car suportável ao tato. Durante oito minutos, embeba quantas vezes necessárias um algodão naquele azeite, e passe-o su- avemente em movimentos circulares no seio estriado. Vá ao espelho e veja o resultado. – As estrias vão embora?– Podem ir, mas se não forem, você pode estrear um peiti nho a alho e óleo. Texto 2 (EP). ( ) Paulo abriu a porta devagar, observou com calma o ambiente, caminhou pé ante pé até a janela, abriu a corti na, esperou que os olhos se acostumassem à clari- dade que invadiu o quarto, só então deitou-se no chão e vasculhou com os olhos a parte embaixo da cama. Teve certeza de que o bicho não estava lá. Texto 3 (EP). ( ) Berenice percebeu que André não lhe estava sendo fi el porque ele dissera não conhecer Isaura, mesmo depois de ter dormido na casa dela. Além disso, as duas vezes que Berenice citou o nome de Isaura, André desviou primeiro o olhar, em seguida mudou de assunto. Sem falar no perfume que o acompanhava quando entrou em casa: o preferido de Isaura. Texto 4. ( ) Para investi gadores, há indícios de que parte do dinheiro desviado tenha sido usado por Collor para compra de carros de luxo em nome de empresas de fachada. Al- guns desses automóveis foram apreendidos pela Polícia Federal na Operação Politeia, um desdobramento da Lava Jato, realizada em 14 de julho. Texto 5. ( ) A manhã estava radiosa e cálida. Sequer uma nuvem. As folhagens das árvores, dos arbustos e das gramíneas oscilavam suavemente. Juriti s, sabiás e bemtevis har- monizavam seus cantares, vez por outra salpicados por lati dos um tanto quanto lentos e preguiçosos. O perfu- me do jasmim ocupava a beira da piscina, envolvendo o tom rosado da pele de Janaína. ( ) Ponha nestes parênteses o número do texto que faz uso do diálogo em sua organização. Gabarito Texto 1 (I) Texto 2 (N) Texto 3 (A) Texto 4 (E) Texto 5 (D) Texto 1 FORMALIDADE OU INFORMALIDADE Níveis de Fala (Tipos de Norma) Registro formal ou adloquial No registro formal (adloquial, culto, padrão), as circuns- tâncias exigem do emissor postura concentrada e adequada a um grupo sofi sti cado de falantes. Tende ao uso da norma culta (também chamada de padrão, ou erudita), que se estuda nas gramáti cas normati vas. Por favor, entenda que seria importante para nós sua presença. Registro informal ou coloquial A informalidade ou coloquialismo acontece quando o ambiente permite ao emissor uma postura mais à vontade, sem preocupações gramati cais. Vem, que sua presença é importante. (A gramáti ca orien- ta: Vem, que tua presença... ou Venha, que sua presença...) Na informalidade, a língua é usada na forma de cada região, profi ssão, esporte, gíria, internet... Registro vulgar Normalmente envolve uso de calão ou gíria. Oi, cara, pinta lá no pedaço. Registro de baixo calão É o nível das gírias pesadas e dos palavrões. Naquele cafofo só vai ter piranha e Zé-mané, porra. Cada texto deve obedecer a um nível de formalidade ou informalidade, com a escolha do vocabulário e de cons- truções frásicas adequada ao público e ao ambiente a que se desti na. Variação linguísti ca Uma língua se realiza na fala de grupos diferentes, no tempo (compare os escritos da carta de Caminha, de José de Alencar e de hoje), no espaço (veja as diferenças de ex- pressão das várias regiões brasileiras), nas profi ssões (atente para seus jargões ou expressões característi cas), em grupos de relacionamentos (cada um com suas gírias e constru- ções frásicas identi fi cadoras: DJs, políti cos, cantores de rap, religiosos, surfi stas, tatuadores, trafi cantes, escaladores...) P O R TU G U ÊS 8 www.gpscursos.com.br Já houve o tempo em que se considerava certo apenas o uso da norma então conhecida como culta ou erudita, porém a sociolinguísti ca substi tuiu o conceito de certo/errado pelo de adequado/inadequado. Em termos de comunicação, certo é o emissor adequar seu código ao do receptor para se fazer entender bem. Por isso, tanto o “nós vai”, como o “nós vamos” podem ou não estar adequados, dependendo do ambiente ou do grupo de falantes a que se desti ne. TIPOS DE DISCURSO Discurso Direto Reprodução exata da fala do personagem. Julieta respondeu: Estou sati sfeita com sua resposta. Pode vir entre aspas: “Estou sati sfeita com sua resposta.” Pode vir após travessão: – Estou satisfeita com sua resposta. Discurso Indireto O narrador traduz a fala do personagem. Julieta respondeu que estava sati sfeita com a resposta dele. Julieta respondeu estar sati sfeita com a resposta dele. Discurso Indireto Livre A fala do personagem se confunde com a do narrador. Mariana sentou-se em frente ao guri, o que se passava naquela cabecinha? Que sorrisinho maroto... Discurso do Narrador É a fala de quem conta a história. Julieta respondeu: Estou sati sfeita com sua resposta. Monólogo Fala de um personagem consigo mesmo. Paulo atravessou o bar, resmungando: “Não acredito no que acabei de ver”. Diálogo Conversa entre dois ou mais personagens. – Você devia ser mais suave na sua fala. – Vou tentar. GÊNEROS DO DISCURSO, GÊNEROS TEXTUAIS Desde os estudos de Bakhti n até os de Koch, chegou-se à percepção de certas sequências relati vamente estáveis de enunciados, voltadas a atender necessidades diferentes da vida social, sequências essas defi nidoras do que se conven- cionou chamar Gêneros do Discurso, adaptáveis à sociedade e seus comportamentos. Gêneros primários São os que se desenvolvem primeiro, realizados em situa- ções de comunicação, no âmbito social coti diano das relações humanas: diálogo, telefonema, bilhete, carta, piada, oração, comando militar rápido, situações de interação face a face.. Gêneros secundários Referentes a circunstâncias mais complexas, públicas, de interação social, muitas vezes escritas, monologadas, capazes de incorporar e transmutar os gêneros primários. Necessitam de instrução formal e aparecem sob a forma de 1. Gêneros literários: provérbios, crônicas, contos, novelas, romances, dramas...; 2. Gêneros ofi ciais: cartas, o� cios, memorandos, anais, tratados, textos de lei, documentos de escritório...; 3. Gêneros cien� fi cos: pesquisas, relatórios, críti cas, análises, teses, ensaios... 4. Gêneros Jornalísti cos: no� cia, matéria, entrevista, charge ... 5. Gêneros outros como dos círculos ar� sti cos, sócio-políti cos, retóricos, jurídicos, políti cos, publicísti cos, esporti vos... Eis alguns ti pos explorados em provas elaboradas pelo Cespe: Crônica Texto curto dissertati vo, comentando fato ou situação do momento. Conto História curta com poucos personagens em torno de um núcleo de ação. Novela História mais longa que o conto e que também envolve só um núcleo de ação. Romance História longa e complexa em que os personagens atuam em torno de vários núcleos de ação. As chamadas novelas de televisão literariamente são romances porque revezam vários núcleos temáti cos, revezando também como protagonistas grupos diferentes de personagens. Parábola Narrati va que transmite uma mensagem indireta, geral- mente de cunho moral, por meio de comparação ou analogia. Cristo falava por parábolas, como a do Filho Pródigo e a do Joio e do Trigo. Fábula Tipo de parábola curta, em prosa ou verso, que apresenta animais como personagens e que ilustra um ensinamento moral. Famosas são as fábulas de Esopo, como A Raposa e as Uvas, O Lobo e o Cordeiro. Sáti ra Texto críti co, picante, sarcásti co, maledicente, irônico, zombeteiro para criti car insti tuições, costumes ou ideias. Apólogo Narrati va didáti ca, em prosa ou verso, em que se animam e dialogam seres inanimados. Um bom exemplo é o texto de Machado de Assis inti tulado A Agulha e a Linha. Lenda História com base em informações imaginárias. São len- dários o saci-pererê, a boiuna, a mula sem cabeça... Anedota História curta engraçada ou picante. Paródia Imitação ar� sti ca, jocosa, sa� rica, bufa; arremedo de outro texto. Vejam-se os segundos textos. Quem com ferro fere com ferro será ferido. Quem confere ferro, com ferro... Penso, logo existo. Penso, logo desisto. P O R TU G U ÊS 9www.gpscursos.com.br Paráfrase ou frase paralela É um texto criado na tentativa de reproduzir o senti do de outro. É um texto sinônimo, de senti do semelhante. Veja o segundo texto. Todo dia ela faz tudo sempre igual / Me sacode às três horas da manhã / Me sorri um sorriso pontual / E me beija com a boca de hortelã... (Chico Buarque) Dia após dia ela faz as mesmas coisas. Me ti ra da cama às três da madrugada. Me dá um sorriso roti neiro e um beijo com gosto de pasta de dente... Obs.: a paráfrase sempre altera algo no senti do subjeti vo do texto. Epíg rafe Inscrição que antecede um texto (no fronti spício de um livro, no início de um capítulo, de um poema, de uma crô- nica...). Título: EPICÉDIO III Epígrafe: À morte apressada de um amigo Texto: Comigo falas; eu te escuto; eu vejo Quanto apesar de meu letargo, e pejo, Me intentas persuadir, ó sombra muda, Que tudo ignora quem te não estuda. (Cláudio Manuel da Costa) SEMÂNTICA Sema É unidade de signifi cado. A palavra “garotas” tem três semas: 1. garot é o radical e signifi ca ser humano em formação; 2. a é desinência e signifi ca feminino; 3. s é desinência e signifi ca plural. Monossemia ou unissignifi cação É o fato de uma expressão ter no texto apenas um sig- nifi cado. Polissemia ou plurissignifi cação É o fato de uma expressão, no texto, ter múlti plos sig- nifi cados. Ambiguidade ou anfi bologia Signifi ca duplo senti do. Denotação Senti do objeti vo da palavra – Teresa é agressiva. Conotação Senti do fi gurado da palavra – Teresa é um espinho. Campo Semânti co Área de abrangência ou de interpenetração de signifi cado(s). Chuteira, pênalti , drible, estádio... pertencem ao campo semânti co do futebol. Oboé, melodia, contralto... pertencem ao campo semân- ti co da música. Aeromoça, aterrissar, taxiar... pertencem ao campo se- mânti co da aviação. Contexto As palavras ou signos podem estar soltos ou contextua- lizados. O contexto é a frase, o texto, o ambiente em que a palavra ou signo se insere. Normalmente, uma palavra solta, fora de um contexto, desperta vários senti dos (polissemia) e os dicionários tentam relacioná-los, apresentando cada um dos senti dos (monossemia) ligado a um determinado contexto. No Dicionário Houaiss, a palavra ponto tem 62 signifi ca- dos e contextos; linha tem outros 58, sendo que, em cada um desses contextos, a monossemia prevalece. Nos textos literários ou ar� sti cos, ambiguidade e po- lissemia são valores positi vos. O texto ar� sti co pode ser considerado tão mais valioso quanto mais plurissignifi cati vo. Nos textos informati vos (jornalísti cos, históricos, cien- � fi cos... ), a monossemia é valor positi vo, enquanto a ambi- guidade e a polissemia devem ser evitadas. Sinonímia Existência de palavras ou termos com signifi cados con- vergentes, semelhantes: vermelho e encarnado, brilho e luminosidade, branquear e alvejar... Antonímia Existência de palavras ou termos de senti dos opostos: claro e escuro, branco e negro, alto e baixo, belo e feio... Homonímia Palavras iguais na escrita ou no som com senti dos dife- rentes: cassa e caça, cardeal (religioso), cardeal (pássaro), cardeal (principal)... Paronímia Palavras parecidas: eminência e iminência, vultoso e vultuoso... QUALIDADES DO TEXTO Um texto bem redigido deve ter algumas qualidades. A seguir, cada tópico apresenta uma dessas qualidades e, também, seu defeito, o oposto. Clareza Clareza é a qualidade que faz um texto ser facilmente entendido. Obscuridade é o seu antônimo. Questões O menino e seu pai foram hospedados em prédios diferentes o que o fez fi car triste. Assinale C para certo e E para errado. 1. ( ) A estruturação da frase se dá de maneira clara e objeti va. 2. ( ) A leitura desse trecho se torna ambígua em virtude do mau uso do pronome oblíquo “o”. 3. ( ) Colocando-se o oblíquo “o” no plural, caberia plu- ralizar “fi car triste” (o que os fez fi carem tristes) e a clareza se restaura porque o “triste” passa a se referir a ambos, “o menino” e “seu pai”. 4. ( ) Substi tuindo-se o oblíquo “o” por “este” (o que fez este fi car triste ), também se elimina a ambiguidade, passando a signifi car que só o pai fi cou triste. 5. ( ) Substi tuindo-se o oblíquo “o” por “aquele” (o que fez aquele fi car triste) comete-se uma incorreção gramati cal. P O R TU G U ÊS 10 www.gpscursos.com.br 6. ( ) Substi tuindo-se o oblíquo “o” por “aquele” (o que fez aquele fi car triste) resolve-se também a obscu- ridade, pois afi rma-se que só o menino fi cou triste, porque o demonstrati vo “aquele” refere-se ao subs- tanti vo mais distante. Gabarito Itens 2, 3, 4 e 6 certos; itens 1 e 5 errados. Coerência Se as ideias estão entrelaçadas harmoniosamente em termos lógicos, encontra-se no texto coerência. O seu an- tônimo é ilogicidade, incoerência. Questões I – Toda mulher gosta de ser elogiada. Se queres agradar a uma, mostra-lhe suas qualidades. II – Toda mulher gosta de ser elogiada. Se queres agradar a uma, mostra-lhe seus defeitos. Assinale C para certo e E para errado. 1. ( ) O texto I exemplifi ca raciocínio incoerente. 2. ( ) O texto II desenvolve raciocínio coerente. 3. ( ) A incoerência se faz presente em ambos os parágrafos. 4. ( ) Os dois parágrafos são perfeitamente coerentes. 5. ( ) O raciocínio do texto I é perfeitamente lógico e coerente. 6. ( ) O desenvolvimento racional do texto II peca por incoerência. Gabarito Itens 1, 2, 3 e 4 errados; itens 5 e 6 certos. Concisão Concisão é a capacidade de se falar com poucas palavras. O seu oposto é prolixidade. Questões I – Andresa trouxe Ramiro e Osvaldo à minha presença, no meu escritório e me apresentou essas duas pessoas. II – Andresa trouxe-me ao escritório Ramiro e Osvaldo e mos apresentou. Assinale C para certo e E para errado. 1. ( ) Os dois textos apresentam o mesmo teor informati vo. 2. ( ) O primeiro é mais prolixo (dezessete palavras, uma vírgula e um ponto fi nal). 3. ( ) O segundo é mais conciso (onze palavras e um ponto fi nal). 4. ( ) A últi ma oração da frase II deve ser corrigida para “e nos apresentou”. 5. ( ) No período II, “mos” funciona como objeto indireto e direto, porque representa a fusão de dois pronomes oblíquos átonos (me + os). Gabarito Itens 1, 2, 3 e 5 certos; item 4 errado. Correção Gramati cal Correção é o ajuste do texto a um determinado padrão gramati cal. Tradicionalmente as provas sempre visaram a medir o conhecimento da norma culta (também chamada de erudita ou padrão), por isso, quando simplesmente pedem para apontar o que está certo ou errado gramati calmente, estão-se referindo à adequação ou inadequação do texto a essa norma culta. Questões I – Nóis num é loco, nóis só véve ansim pruquê nóis qué. II – Não somos loucos, só vivemos assim porque queremos. Assinale C ou E, conforme julgue a afi rmação certa ou errada. a) O texto I está correto em relação ao padrão popular regional e errado relati vamente ao culto. b) O texto II está certo de acordo com o padrão culto e errado se a referência for o popular regional. Gabarito Ambas as afi rmações estão corretas. Coesão Coesão é a inter-relação bem construída entre as partes de um texto. Seu antônimo é a incoesão ou desconexão. COESÃO E CONECTORES Coesão é a inter-relação bem construída entre as partes de um texto e se faz com o uso de conectores ou elementos coesivos. Coesão gramati cal (ou coesão referencial endofórica) Os componentes de um texto se inter-relacionam, referin- do-se uns aos outros, evidenciando o que se chama coesão referencial endofórica, ou coesão gramati cal. Além do uso das preposições e conjunções, eis alguns recursos de coesão refe- rencial endofórica e seus elementos coesivos ou conectores: Nominalização Substanti vo que retoma ideia de verbo anteriormente expresso. Os alunos esforçados foram aprovados e a aprovação lhes trouxe euforia. Elemento coesivo: “aprovação” retoma“foram apro- vados”. Pronominalização Pronome retomando ou antecipando substanti vo. Conector: na frase anterior, “lhes” retoma “alunos”. Repeti ção vocabular Repeti ção de palavra. A mulher se apoia no homem e o homem na mulher. Elemento coesivo: na segunda oração repetem-se os substanti vos “homem” e “mulher”. Sinteti zação Uso de expressão sinteti zadora. Viagens, passeios, teatros, espetáculos... Tudo nos mos- tra o mundo. P O R TU G U ÊS 11www.gpscursos.com.br Conector: na segunda oração, a expressão “tudo” sinte- ti za “Viagens, passeios, teatros, espetáculos...”. Uso de numerais São possíveis três situações. A primeira é ela estar sendo sincera. A segunda é estar menti ndo. A terceira é não saber o que fala. Elemento coesivo: os ordinais, “primeira”, “segunda” e “terceira” retomam o cardinal “três”. Uso de advérbios Hesitando, entrou no quarto de Raquel. Ali deveria estar escondida a resposta. Conector: o advérbio “Ali” recupera a expressão “quarto de Raquel”. Elipse Omissão de termo facilmente identi fi cável. Nós chegamos ao jardim. Estávamos sedentos. Elemento coesivo: a desinência verbal “mos” retoma o sujeito “nós” expresso na primeira oração. Sinonímia Palavras ou expressões de senti dos semelhantes. O extenso discurso se prolongou por mais de duas horas. A peça de oratória cansati va foi responsável pelo desinte- resse geral. Conector: o sinônimo “peça de oratória” retoma a ex- pressão “discurso”. Hiperonímia Hiperônimo é palavra cujo senti do abrange o de outra(s). Roupa consti tui hiperônimo em relação a calça, vesti do, paletó, camisa, pijama, saia... Ela escolheu a saia, a blusa, o cinto, o sapato e as meias... Aquele conjunto estaria, sim, adequado ao ambiente. Elemento coesivo: o hiperônimo “conjunto” retoma os substanti vos anteriores. Hiponímia Hipônimo é palavra de senti do incluído no senti do de outra. Boneca, pião, pipa, bambolê, carrinho, bola de gude... são hipônimos de brinquedo. Naquela disputa havia cinco ti mes, contudo apenas o Flamengo se pronunciou. Conector: o hipônimo “Flamengo” cria coesão com a palavra “ti mes”. Anáfora chama-se anafórico ao elemento de coesão que retoma algo já dito. O lobo e o cordeiro se olharam; aquele, com fome; este, com temor. Coesivos anafóricos: “aquele” e “este” retomam “lobo” e “cordeiro”. Catáfora Palavra ou expressão que antecipa o que vai ser dito. Não se esqueça disto: já estamos comprometi dos. Conector catafórico: “disto” antecipa a oração “já esta- mos comprometi dos”. Obs.: a coesão é uma qualidade do texto e sua falta cons- ti tui erro. Desconexo ou incoeso é o texto a que falta coesão. DOMÍNIO DOS MECANISMOS DE COESÃO TEXTUAL Os mecanismos de coesão textual exigem conhecimentos outros, como uso dos pronomes, regência, concordância, colocação... Resolva as questões seguintes, onde aparecem 10 co- esões bem feitas e 10 imperfeitas, com relação à norma padrão ofi cial. Qual dos dois textos está mais bem escrito, levando em con- sideração os mecanismos de coesão textual? 1. a) O cavalo, o ganso e a ovelha andavam lado a lado; enquanto este relinchava, aquele grasnava e ela balia. b) O cavalo, o ganso e a ovelha andavam lado a lado; en- quanto aquele relinchava, esse grasnava e esta balia. 2. a) Atenção a este aviso: “Piso Escorregadio”. b) Atenção a esse aviso: “Piso Escorregadio”. 3. a) Silêncio e respeito. Essas palavras se viam por toda parte. b) Silêncio e respeito. Estas palavras se viam por toda parte. 4. a) Encontrei o arti go que você falou. b) Encontrei o arti go de que você falou. 5. a) Foi essa a frase que você falou. b) Foi essa a frase de que você falou. 6. a) Era uma situação que ele fugia. b) Era uma situação de que ele fugia. 7. a) Estamos diante de um texto que falta coesão. b) Estamos diante de um texto a que falta coesão. 8. a) Finalmente chegou ao quarto onde estava escondido o dinheiro. b) Finalmente chegou ao quarto aonde estava escon- dido o dinheiro. 9. a) Veja o local onde você chegou. b) Veja o local aonde você chegou. 10. a) Convide para a mesa as senhoras cujos os maridos estão presentes. b) Convide para a mesa as senhoras cujos maridos estão presentes. Gabarito 1. b. Uso dos demonstrati vos: aquele, para o mais dis- tante; esse, para o intermediário; este, para o mais próximo. 2. a. Uso dos demonstrati vos: este refere-se ao que se vai falar; esse, ao que já foi dito. 3. a. Uso dos demonstrati vos: este refere-se ao que se vai falar; esse, ao que já foi dito. 4. b (falar de um arti go). 5. a (falar uma frase). 6. b (fugir de algo). 7. b (falta coesão a algo). 8. a (o dinheiro estava escondido no quarto). 9. b (você chegou a um local). 10. b (cujo não vem seguido de arti go). P O R TU G U ÊS 12 www.gpscursos.com.br FIGURAS DE LINGUAGEM Figuras de Pensamento São as fi guras que atuam no campo do signifi cado. An� tese Aproximação de ideias opostas – O belo e o feio podem ser agressivos ou não. Paradoxo Aparente contradição – Esta sua ti a é uma beleza de feiura. Ironia Afi rmação do contrário – O animal estava limpo, com os cascos reluzentes, fi rme, saudável... Muito maltratado! Eufemismo Suavização do desagradável – Passou desta para a me- lhor (= morreu). Hipérbole Exagero – Já repeti cem mil vezes. Perífrase Substi tuição de uma expressão mais curta por uma mais longa e pode ser esti listi camente negati va ou positi va, de- pendendo do contexto. Texto: Apoio sinceramente sua decisão. Perífrase: Antes de mais nada, é importante que você me permita neste momento comunicar-lhe meus sinceros senti mentos de apoio ao resultado de suas meditações. Também consti tui perífrase o uso de duas ou mais pala- vras em vez de uma: ti tular da presidência (= presidente); a região das mil e uma noites (= Arábia) Tropos (Uso do Senti do Figurado ou Conotação) Comparação ou Analogia Relação de semelhança explícita sintati camente. Ele voltou da praia parecendo um peru assado. Teresa está para você, assim como Júlia, para mim. Corria qual uma lebre assustada. Sua voz é igual ao som de panela rachada. Metáfora Relação de semelhança subentendida, sem conjunção ou palavra comparati va. Voltou da praia um peru assado. A sua Tereza é a minha Júlia. Correndo, ele era uma lebre assustada. Sua voz era uma panela rachada. Metonímia Relação de extensão de signifi cado, não de semelhança. Conti nente x conteúdo Só bebi um copo. (Bebeu o conteúdo e não o copo) Origem x produto Comeu um bauru. (Bauru é a origem do sanduíche) Causa x efeito Cigarro incomoda os vizinhos. (A fumaça é que incomoda) Autor x obra Vamos curti r um Gilberto Gil? (Curti r a música) Abstrato x concreto Estou com a cabeça em Veneza. (O pensamento em Veneza) Símbolo x simbolizado A balança impôs-se à espada. (Justi ça... Forças Armadas) Instrumento x arti sta O cavaquinho foi a grande atração. (O arti sta) Parte x todo Havia mais de cem cabeças no pasto. (Cem reses) Catacrese Metáfora estrati fi cada, que já faz parte do uso comum. Asa da xícara, asa do avião, barriga da perna, bico de bule, pé de limão... Prosopopeia ou Personifi cação O céu sorria aberto e cinti lante... As folhas das palmeiras sussurravam aos nossos ouvidos. PONTO DE VISTA DO AUTOR Todo e qualquer autor, ao produzir um texto, falado, cantado ou escrito, seja para descrever uma cena, narrar um fato, ou desenvolver um raciocínio, coloca nesse texto, mesmo que não o perceba, sua visão de mundo, sua posição políti ca, religiosa, ar� sti ca, econômica, social etc., além de sua preferência por este ou aquele assunto, este ou aquele personagem. A linguísti ca textual levanta com base nos vo- cábulos escolhidos e na organização dos enunciados, o que se denomina Ponto de Vista do Autor. INTENCIONALIDADE Paralelamente ao ponto de vista, o autor também mani- festa uma intencionalidade, ou tendência psicológica,a favor ou contra determinada realidade, personalidade ou ati tude, o que se pode deduzir, também, das palavras uti lizadas e/ou da organização das frases. Nos cartazes das ruas e da im- prensa, duas frases usando as palavras “impeachment” e “golpe” se opuseram insistentemente: 1) Impeachment sem crime é golpe e 2) Impeachment não é golpe. Por trás de cada uma está a intencionalidade do emissor. A intenção da frase 1 é impedir o impeachment, enquanto a frase 2 tem como propósito a sua aprovação. Leia com atenção o depoimento de duas testemunhas sobre o fato que presenciaram. Testemunha A: o irmão Antônio, com frieza, gestos con- trolados, voz macia e baixa, olhar de Madalena arrependida, consciente da importância de sua postura no convencimento dos irmãos, desfi ava um rosário de menti ras que convencia os presentes. Em dado momento, deixou escapar, numa fração de segundo, um esboço de sorriso vitorioso que fez o irmão Lauro levantar-se e se aproximar dele. De repente estavam os dois no chão, irmão Antônio por cima, irmão Lauro por baixo e com difi culdade foram separados pelos outros. Testemunha B: Seu Antônio estava falando, Seu Lauro voou pra cima dele com um soco armado que passou no vazio. Seu Antônio, mais forte e mais pesado, atracou-se ao agressor, derrubou-o no chão e o dominou completamente, segurando-lhe ambos os punhos, numa montada completa, sem desferir um golpe sequer, mas incapaz de impedir que o subjugado lhe mandasse, de baixo para cima, uma cusparada no rosto. Eu e um colega caímos sobre eles, seguramos os dois e os separamos. P O R TU G U ÊS 13www.gpscursos.com.br Exercícios Veja agora como os pontos de vista das duas testemunhas são diferentes, respondendo C ou E para as afi rmações seguintes e conferindo suas respostas com as do gabarito. 1 ( ) O fato moti vador de ambas as narrati vas foi o mes- mo: uma briga entre dois indivíduos. 2 ( ) Ambas as narrati vas indicam que as duas testemu- nhas demonstram bom nível de escolaridade pelo domínio do padrão linguísti co apresentado. 3 ( ) No trecho “o irmão Antônio, com frieza, gestos con- trolados, voz macia e baixa, olhar de Madalena arre- pendida, consciente da importância de sua postura no convencimento dos irmãos, desfi ava um rosário de menti ras”, a testemunha A descreve psicologica- mente Antônio como frio, calculista e menti roso. 4 ( ) as expressões “o irmão”, “Madalena arrependida”, “dos irmãos”, ”rosário”, “o irmão”, “outros irmãos” e a própria repeti ti vidade, refl etem repertório reli- gioso e caracterizam o autor do texto como conviva do mesmo grupo dos demais personagens. 5 ( ) No segundo período a testemunha A indica que Antônio agrediu moralmente com “um esboço de sorriso vitorioso” a Lauro, tendo provocado a briga. 6 ( ) A testemunha A se mostrou imparcial. 7 ( ) Com a descrição psicológica (item 3) e a agressão moral (item 5), pode-se perceber, na testemunha A, a tendência para construir a culpabilidade de Antônio. 8 ( ) A testemunha A narra em 3ª pessoa, como obser- vadora dos acontecimentos. 9 ( ) O tratamento “Seu” usado em “Seu Antônio” e “Seu Lauro” indica pouca inti midade e distanciamento respeitoso da testemunha B. 10. ( ) A linguagem da testemunha B não indica ponto de vista religioso, mas de quem entende ou convive com ambiente de luta (“voou pra cima dele com um soco armado que passou no vazio”, “mais forte e mais pesado, atracou-se ao agressor, derrubou”, “dominou completamente”, “montada completa”, “desferir golpe” , “subjugado” ). 11. ( ) Segundo a testemunha B, “Seu Lauro” agrediu duas vezes “Seu Antônio”: uma fi sicamente (“voou pra cima dele com um soco armado”) e outra � sica e moralmente (“uma cusparada no rosto”). 12. ( ) A testemunha B mostrou-se imparcial. 13. ( ) Pode-se perceber na testemunha B a intencionali- dade de culpar “seu Lauro”. 14. ( ) A testemunha B, como narrador de 1ª pessoa (Eu e um colega caímos sobre eles, seguramos os dois e os separamos), coloca-se na cena como um dos personagens, ou seja, como narrador parti cipante. Gabarito 1. V 2. V 3. V 4. V 5. V 6. F 7. V 8. V 9. V 10. V 11. V 12. F 13. V 14. V Conclusão: Pela leitura dos dois textos, percebem-se pontos de vis- ta diferentes dos dois autores, no caso os dois narradores. Ponto de vista do narrador A: usa a 3ª pessoa, fala como observador, visão de fora; demonstra bom domínio linguísti co; posta-se como integrante de uma irmandade; considera agressor e provocador o “irmão Antônio””. Ponto de vista do narrador B: u sa a 1ª pessoa, fala como um dos personagens; demonstra bom domínio linguísti co; posta-se como entendedor de luta; mostra distanciamento e pouca inti midade com os envolvidos na briga; considera agressor e provocador o “Seu Lauro”. Exercícios Uma das formas de se cobrar paráfrase e conhecimen- tos de redação nas provas são exercícios de reescrita de textos ou trechos, que adaptamos de prova para Auditor- -Fiscal da Receita Federal do Brasil – AFRFB, com base no seguinte texto: A demanda domésti ca depende de vários fatores, e da perspecti va do seu aumento depende a produção industrial. É normal, então, dar atenção especial ao nível do emprego e à evolução da massa salarial real, sem deixar de acompa- nhar as receitas e despesas do governo federal. Enquanto a ligeira retomada da economia norte-americana é acom- panhada por aumento do desemprego, no Brasil o quadro é diferente. Os dados de julho, nas seis principais regiões do País, mostram redução do desemprego de 8,1% para 8%, o que signifi ca a geração de 185 mil postos de trabalho. Essa taxa de desemprego, em julho, é a menor da série desde 2002. Paralelamente, houve melhora na qualidade do emprego, e 142 mil postos foram criados com carteira de trabalho assinada. (O Estado de S. Paulo, Editorial, 21/8/2009) Assinale a opção em que a reescrita de segmento do texto não mantém as informações originais. 1. A demanda domésti ca depende de vários fatores, e a produção industrial depende da perspecti va do aumen- to dessa demanda. 2. Essa taxa de desemprego é a menor em julho de 2002. Paralelamente, em 142 mil postos, a carteira de trabalho assinada melhorou a qualidade do emprego já existente. 3. O aumento do desemprego acompanha a ligeira re- tomada da economia norte-americana, enquanto no Brasil o quadro é diferente. 4. Nas seis principais regiões do País, os dados de julho mostram a geração de 185 mil postos de trabalho, o que signifi ca redução do desemprego de 8,1% para 8%. 5. É normal, então, dar atenção especial tanto ao nível do emprego e à evolução da massa salarial real quanto às receitas e despesas do governo federal. Texto 1 (extraído de Natália Petrin in www.estudoprati co. com.br/sati ra-literatura-ant) Assinale C ou E: 6. ( ) O texto mistura linguagem escrita e icônica (letra e imagem visual). 7. ( ) Trata-se de um banner divulgado por meio eletrônico. 8. ( ) Pode-se ver ironia e sáti ra na mensagem. P O R TU G U ÊS 14 www.gpscursos.com.br Texto 2 (Propaganda da BomBril, baseada na Monalisa de Leonardo Da Vinci) Assinale C ou E: 9. ( ) A propaganda é só o quadro maior, pois o menor, com fi nalidade didáti ca, mostra como é a Mona Lisa, de Miguel Ângelo. 10. ( ) Trata-se de propaganda bimidiáti ca, pois usa duas linguagens, ou dois meios de comunicação: um ver- bal e um não verbal. 11. ( ) A sugestão base dessa mensagem propagandísti ca é a comparação. Texto 3 (Trabalho de Ziraldo, colhido na internet) Assinale C ou E: 12. ( ) Podem-se atribuir ao trabalho do Ziraldo caracte- rísti cas de charge. 13. ( ) Trata-se de texto bimidiáti co, pois usa duas lingua- gens, ou dois meios de comunicação: um verbal e um não verbal. 14. ( ) O recurso comunicati vo em que se baseia o texto é o diálogo. Preencha os parênteses das afi rmações a seguir, relacionan-do-as aos três últi mos textos. (Dilma, Monalisa e Ziraldo) 15. Assim como Manuel Bandeira, quando disse ”O sapo- -tanoeiro,/Parnasiano aguado,/ Diz: - ‘meu cancioneiro/É bem martelado...’, sati rizou os poetas tradicionais, nota- -se um exemplo de sáti ra no texto número ( ). 16. Muito frequente na imprensa, a charge consti tui um ti po de ilustração em traços de caricatura, geralmente para criti car ou sati rizar personagens ou fatos do coti diano. Pode-se ver exemplo de charge no texto número ( ). 17. Paródia, ti po de criação muito frequente não só na lite- ratura, mas também na internet e na televisão, vem a ser uma releitura irônica, debochada, cômica de outro texto. Pode-se apontar exemplo de paródia no texto número ( ) Gabarito 1. Errado, porque mantém as informações do 1º período do texto. 2. Certo, porque contraria o que diz o últi mo período do texto. 3. Errado, porque mantém as informações do 3º período do texto. 4. Errado, porque mantém as informações do 4º período do texto. 5. Errado, porque mantém as informações do 4º período do texto. 6. C 7. C 8. C 9. C 10. C 11. C 12. C 13. C 14. C 15. (1) 16. (3) 17. (2) A seguir, para seu conhecimento de como e em que quan- ti dade os assuntos são cobrados, apresentamos duas provas recentes, elaboradas pela Fadesp, a banca que vai examinar você. Considere resolver cada prova de 9 questões em um tem- po máximo de 45 minutos. O gabarito lhe é dado no fi nal. Só o consulte, após haver terminado de resolver a últi ma questão. Leia o texto abaixo para responder às questões de 1 a 9. Vida apressada Vocês já repararam que ninguém mais, hoje em dia, tem tempo? Mal levantamos da cama e já estamos atrasados! O dia parece cada vez mais curto. Corremos de ma- nhã até a noite e para tudo temos um horário apertado: falamos rapidamente ao telefone (não podemos perder tempo!), conversamos rapidamente com nossos fi lhos (não podemos perder tempo!), batucamos impacientes na mesinha do computador porque a conexão vai de- morar trinta segundos (não podemos perder tempo!), enfi amos a comida na boca sem senti r bem o sabor dos alimentos (não podemos perder tempo!), engoli- mos o café e queimamos a língua porque ele demora a esfriar (não podemos perder tempo!), damos uma olhada no jornal, pulando páginas, misturando tudo (não podemos perder tempo!)... Afi nal, para que que- remos tempo? Foi observando essa verdadeira obsessão com o tempo que comecei a refl eti r sobre a importância de se trabalhar esse assunto com os alunos. Porque eles também parecem não ter tempo para mais nada. A agenda de tarefas e compromissos dos nossos alunos é assombrosa! E parece que os pais não podem ver uma brechinha que já inventam alguma ati vidade, porque seus fi lhos “não podem perder tempo”! E assim vamos ensinando essa correria aos jovens, que começam a pensar que isso é que é normal. Se virem uma pessoa fazendo as coisas com calma, comendo devagar, lendo um livro página por página, conversando tranquilamen- te... vão pensar que se trata de um extraterrestre. E, no entanto, é preciso mostrar a eles que há uma outra forma de viver. Que certas coisas, para serem prazerosas ou proveitosas, devem ser feitas sem pressa. Conversar em família, por exemplo, é uma delas. Não se pode conversar, trocar confi dências, curti r a presença uns dos outros, olhando toda hora para o relógio, com a sensação de “estar perdendo tempo”. 5 10 15 20 25 30 35 P O R TU G U ÊS 15www.gpscursos.com.br Dou aulas de leitura e vejo que um dos obstáculos para a boa compreensão de textos é a pressa com que muitos alunos leem. Parece que fazem uma competi ção para ver quem termina mais depressa. Por isso, peço que leiam mais devagar, que prestem atenção no que estão lendo, que meditem ou refl itam sobre o tema. Percebo que muitos deles começam a se impacientar — querem acabar logo, não importa a qualidade do trabalho, o importante é chegar logo ao fi m... Com es- ses, é preciso um longo trabalho de reeducação. Mas nós, os professores, precisamos dar o exemplo. E não só os professores. Todos aqueles que se relacionam com os alunos precisam mostrar que têm tempo, sim, para conversar e ouvir com calma. É preciso também respeitar os ritmos individuais e não submeter a maio- ria dos alunos ao ritmo dos mais apressados. Na vida, como na escola, nem sempre os mais apressados são os mais efi cientes. O tempo é um bem muito precioso. Gastá-lo numa agitação frenéti ca e sem senti do não é uma forma in- teligente de viver. Saibamos reservar tempo para os momentos mais importantes da nossa vida, para que, mais tarde, não venhamos a nos arrepender de não ter dito uma certa palavra, de não ter feito um certo gesto, de não ter ti do uma certa conversa, porque não ti vemos tempo... Disponível em:<h� p://www.douglastufano.com.br/ galeria_4.html> Acesso em: 5 dez. 2015. 1. (Fadesp/Pref. Mojuí) O propósito do autor do texto, Douglas Tufano, é a) refl eti r sobre as diferentes concepções de tempo. b) descrever o ritmo apressado dos alunos menos efi - cientes. c) criti car a obsessão pelo tempo que têm as pessoas hoje. d) contar-nos sua experiência de lidar com a pressa das pessoas. 2. (Fadesp/Pref. Mojuí) A sequência em que as palavras não apresentam relação de senti do com a ideia central do texto é a) pressa, relógio, competi ção. b) impacientar, depressa, ritmo. c) rapidamente, correria, agitação. d) calma, devagar, tranquilamente. 3. (Fadesp/Pref. Mojuí) O enunciado em que o autor ex- pressa uma comparação é a) “Mas nós, os professores, precisamos dar o exemplo” (. 48-49). b) “Parece que fazem uma competi ção para ver quem termina mais depressa” (. 40-41). c) “Saibamos reservar tempo para os momentos mais importantes da nossa vida” (. 38-39). d) “Todos aqueles que se relacionam com os alunos precisam mostrar que têm tempo” (. 49 e 50). 4. (Fadesp/Pref. Mojuí) O enunciado em que não há exem- plo de gestos de “vida apressada” é a) “lendo um livro página por página” (. 28-29). b) “conversamos rapidamente com nossos fi lhos” (. 7). c) “enfi amos a comida na boca sem senti r bem o sabor dos alimentos” (. 11-12). d) “batucamos impacientes na mesinha do computa- dor porque a conexão vai demorar trinta segundos” (. 8-9). 5. (Fadesp/Pref. Mojuí) O vocábulo sublinhado não tem a função de retomar um elemento já introduzido no texto em a) “começam a pensar que isso é que é normal” (. 26-27). 40 45 50 55 60 b) “Com esses, é preciso um longo trabalho de reedu- cação” (. 46-47). c) “Corremos de manhã até a noite e para tudo temos um horário apertado” (. 4-5). d) “Gastá-lo numa agitação frenéti ca e sem senti do não é uma forma inteligente de viver” (. 56-57). 6. (Fadesp/Pref. Mojuí) Em “querem acabar logo, não importa a qualidade do trabalho” (. 45), o segmento sublinhado poderia ser substi tuído, sem prejuízo para a correção e o senti do do período, por a) ainda que importe. b) tanto quanto importa. c) sem importar-se com. d) importando-se igualmente com. 7. (Fadesp/Pref. Mojuí) A relação lógico-semânti ca entre as orações está incorretamente indicada em a) “queimamos a língua porque ele demora a esfriar” (. 13-14) → causa. b) “Corremos de manhã até a noite e para tudo temos um horário apertado” (. 4.5) → adição. c) “Se virem uma pessoa fazendo as coisas com calma (...), vão pensar que se trata de um extraterrestre” (. 27-28) → consequência. d) “Saibamos reservar tempo para os momentos mais importantes da nossa vida, para que, mais tarde, não venhamos a nos arrepender” (. 58-59) → fi nalidade. 8. (Fadesp/Pref. Mojuí) Leia o período abaixo: Graças __ pressa e __ agitação, __ vida moderna está, já __ um certo tempo, limitada __ prisão das horas. A sequência que completa corretamente as lacunas acima é a) à, a, a, a, à. b) à, à, a, há, à. c) à, à, a, há, a.d) a, a, a, há, à. 9. (Fadesp/Pref. Mojuí) A reformulação proposta para o fragmento de texto transcrito entre aspas apresenta mudança de senti do em a) E não unicamente os professores → “E não só os professores” (. 48-49). b) Assim que levantamos da cama → “Mal levantamos da cama” (. 2-3). c) Prontamente inventam uma ati vidade → “já inven- tam alguma ati vidade” (. 24). d) E, nesse meio-tempo, é preciso mostrar a eles → “E, no entanto, é preciso mostrar a eles” (. 31). Leia com atenção o texto a seguir para responder às questões de 10 a 18. O diamante Fernando Sabino Em 1933 Jovelino, garimpeiro no interior da Bahia, concluiu que ali não havia mais nada a garimpar. Os fi lhos viviam da mão pra boca, Jovelino já não via jeito de conseguir com que prover o sustento da família. E resolveu se mandar para Goiás, onde Anápolis, a nova terra da promissão, atraía a cobiça dos garimpeiros de tudo quanto era parte, com seus diamantes reluzindo à fl or da terra. Jovelino reuniu a fi lharada, e com a mulher, o genro, dois cunhados, meteu o pé na estrada. Longa era a estrada que levava ao Eldorado de Jovelino: quase um ano consumiu ele em andança com a sua tribo, pernoitando em paióis de fazendas, em 5 10 P O R TU G U ÊS 16 www.gpscursos.com.br ranchos de beira caminho, em chiqueiros e currais, onde quer que lhe dessem pasto e pousada. Vai daí Jovelino chegou aos arredores de Anápolis depois de muitas luas e ali se estabeleceu, fi rme no cabo da enxada, cavando a terra e encontrando pedras que não eram diamantes. Daqui para ali, dali para lá, ano vai, ano vem, Jovelino existi a de nômade com seu po- vinho cada vez mais minguando de fome. Comia como podia — e não podia. Vivia ao deus-dará — e Deus não dava. Quem me conta é o fi lho do fazendeiro de quem Jovelino se tornou empregado: — Ao fi m de dez anos ele concluiu que não en- contraria diamante nenhum, e resolveu voltar com sua família para a Bahia onde a vida, segundo diziam, agora era melhorzinha. Não dava diamante não, mas o governo prometi a emprego seguro a quem quisesse trabalhar. Jovelino reuniu a família e botou pé na estrada, de volta à terra de nascença, onde haveria de morrer. Mais um ano palmilhado palmo a palmo em terra bati da, vivendo de favor, Jovelino e sua obrigação, de vez em quando perdendo um, que isso de fi lho é criação que morre muito. Foi nos idos de 43: — Chegou lá e se instalou no mesmo lugar de onde havia saído. Governo deu emprego não. Plantou sua rocinha e foi se aguentando. Até que um dia. Até que um dia de noite Jovelino teve um sonho. Sonhou que amanhava a terra e de repente, numa en- xadada certeira, a terra escorreu. A terra escorreu e aos seus olhos brilhou, reluziu, faiscou, resplandeceu um diamante soberbo, deslumbrante como uma imensa estrela no céu — como uma estrela no céu? Como o próprio olho de Deus! Jovelino olhou ao redor de seu sonho e viu que estava em Anápolis, no mesmo síti o em que ti nha desenterrado a sua desilusão. E para lá parti u, dia seguinte mesmo, arrastan- do sua cambada. Levou nisso um entreano, repeti ndo pernoites revividos, tome estrada! Deu por si em terra de novo goiana. Quem me conta é o fi lho do fazendeiro: — Você precisava de ver o furor com que Jovelino procurou o diamante de seu sonho. A terra de Goiás fi cou para sempre revolvida, graças à enxada dele. De vez em quando desmoronava, Jovelino ia ver, não era um diamante, era um calhau. Até que um dia. — Encontrou? — perguntei, já afl ito. — Encontrou nada! Empregou-se na fazenda de meu pai, o tempo passou, os fi lhos crescidos lhe de- ram netos, a mulher já morta e enterrada, livre dos cunhados, os genros bem arranjados na vida. Um deles é coletor em Goiânia. O próprio Jovelino, entrado em anos, era agora um velho sacudido e bem disposto, que ti nha mais o que fazer do que cuidar de garimpagens. Mas um dia não resisti u: passou a mão na sua enxada, e sem avisar ninguém, o olhar reluzente de esperança, parti u à pro- cura do impossível, do irreal, do inexistente diamante de seu sonho. SABINO, Fernando. Deixa o Alfredo Falar! Rio de Janeiro, Record, 1979. 10. (Fadesp/Pref Ulianópolis) No texto “O Diamante”, Fer- nando Sabino a) criti ca a cobiça dos garimpeiros. b) traça o perfi l do garimpeiro brasileiro. c) relata o sonho inati ngível de um garimpeiro. d) fornece informações sobre o fenômeno da garimpa- gem. 11. (Fadesp/Pref Ulianópolis) Quanto ao gênero e ao ti po textual, pode-se classifi car o texto como um(a) a) editorial argumentati vo. 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 b) crônica de caráter narrati vo. c) arti go de natureza informati va. d) fábula predominantemente descriti va. 12. (Fadesp/Pref Ulianópolis) O comportamento de Jovelino apresenta, entre outros traços, a) arrogância e soberbia. b) inteligência e perspicácia. c) perseverança e esperança. d) ambição e senso de realidade. 13. (Fadesp/Pref Ulianópolis) Da leitura do últi mo parágra- fo, pode-se depreender que Jovelino a) voltou ao interior da Bahia. b) morreu sem desisti r de seu fi to. c) conseguiu fi nalmente encontrar o que procurava. d) desisti u completamente de cuidar de garimpagem. 14. (Fadesp/Pref Ulianópolis) A passagem do texto em que não há alusão à condição social de Jovelino e sua família é: a) “Comia como podia — e não podia” (. 20-21). b) “Plantou sua rocinha e foi se aguentando” (. 37-38). c) “era agora um velho sacudido e bem disposto” (. 64-65) d) “seu povinho cada vez mais minguando de fome” (. 19-20). 15. (Fadesp/Pref Ulianópolis) Em relação ao sistema orto- gráfi co e ao uso do sinal indicati vo de crase, está correto o que se afi rma em: a) o uso da crase em “à fl or da terra” e “à procura” é optati vo. b) o vocábulo “próprio” é acentuado por ser um oxítono tônico. c) “Anápolis” e “família” seguem a mesma regra de acen- tuação. d) o uso do hífen em “deus-dará” justi fi ca-se por ser palavra composta. 16. (Fadesp/Pref Ulianópolis) Na oração “quase um ano consumiu ele em andança com a sua tribo” (. 11-12), a) o sujeito é “um ano”. b) o sujeito é um pronome pessoal. c) há uma concordância ideológica. d) o verbo “consumir” foi empregado impessoalmente. 17. (Fadesp/Pref Ulianópolis) A referência dos vocábulos não está corretamente indicada em a) “onde” (. 5) → “Goiás” (. 5). b) “lá” (. 18) → “rocinha” (. 38). c) “lá” (. 36) → “Anápolis” (. 46). d) “ali” (. 2) → “no interior da Bahia” (. 1). 18. (Fadesp/Pref Ulianópolis) Levando-se em consideração as relações de senti do, é verdadeiro afi rmar que a) o vocábulo “cambada” (. 49) é, no texto, sinônimo de “corja, súcia”. b) a expressão “meteu o pé na estrada” (. 9) signifi ca “ir com toda rapidez”. c) o substanti vo “Eldorado” (. 10) expressa “local pró- digo em riquezas e oportunidade”. d) “palmilhado” e “palmo a palmo” (. 32) têm o mes- mo senti do: “de forma gradual, aos poucos”. Gabarito 1. c 2. d 3. b 4. a 5. c 6. c 7. c 8. b 9. d 10. c 11. b 12. c 13. b 14. c 15. d 16. b 17. b 18. c P O R TU G U ÊS 17www.gpscursos.com.br Márcio Wesley PONTUAÇÃO Aspectos Sintáti cos, Semânti cos, Esti lísti cos – Práti ca Aplicada Vírgula • Separa objeto direto ou indireto antecipado e com pleonásti co. Ao injusto, nada lhe devo. • Separa adjunto adverbial longo e deslocado. Antes do início do mês, começam as obras. • Separa predicati vo do sujeito deslocado, com verbo intransiti vo ou transiti vo. Descrente, chorou. Ivo, afl ito, pedia explicações. • Separa aposto explicati vo. Salvador, minha cidade natal, tem muitas igrejas. • Separa vocati vo. Não diga isso, Mariana. • Separa expressões explicati vas e correti vas. Falei, quer dizer, explodi! São, aliás, somos felizes. • Separa nome de lugar antes de data. Brasília, 17 de janeiro de 1998. • Entre elementos enumerados. Estão aí Júlio, Carlos, Maria e Sílvia. • Indicaverbo oculto. O pai trabalha na capital; a mãe, no interior. • Antes de subordinada substanti va apositi va. Teve um pressenti mento, que morreria jovem. • Antes de subordinada adjeti va explicati va. Esta é a minha casa, que recebeu tanta gente. • Separa subordinada adverbial deslocada. Se perder o emprego, vou para outra cidade. • Entre coordenadas assindéti cas. Entrou no carro, ligou o rádio, fi cou à espera. • Separa conjunção coordenati va deslocada. Não se defende; quer a própria condenação, portanto. • Antes de conjunção coordenati va. Decida logo, pois seu concorrente age rápido. • Antes de e e nem só em oração com sujeito diferente do da anterior. A vida conti nua, e você não muda. • Antes de mas também, como também (em correlação com não só). Não só reclama, mas também torce contra nós. Ponto e vírgula • Para fazer uma pausa maior que a da vírgula e menor que a do ponto. A sala está cheia de móveis; o quadro cheira a mofo. • Separa coordenadas adversati vas e conclusivas com conjunção deslocada. Não estuda; não quer, pois, a aprovação. • Separa orações que já tem vírgula no seu interior. Ivo, sozinho, lutava; Ana, sem forças, rezava. • Separa coordenadas que formam um paralelismo ou um contraste. Muitos entendem pouco; poucos entendem muito. • Aparece no fi nal dos itens de uma enumeração. Há duas hipóteses para o seu gesto: a) não conseguiu o emprego; b) saúde da fi lha pirou. Dois-pontos • Antes de aposto (explicati vo ou enumerati vo) e de oração apositi va. Tem um sonho: viajar. Leu três itens: “a”, “c” e “i”. • Antes de citações. Ana gritava: “Eu faço tudo!”. • Antes de explicação ou esclarecimento. Sombra e água fresca: as férias começaram. Festa no prédio: o síndico se mudou. • Depois da invocação nas correspondências. Cara amiga: • Depois de exemplo, nota, observação. Nota: aos domingos o preço será maior. • Depois de a saber, tais como, por exemplo. Combate doenças, tais como: dengue, ti fo e malária. Aspas • No início e no fi nal das transcrições. O preso se defendia: “Não fui eu”. • Só aparecem após a pontuação fi nal se abrangem o período inteiro. “Fica, amor”. Quantas vezes eu te disse isso. • Destacam palavras ou expressões nos enunciados de regras. A preposição “de” não cabe aqui. • Indicam estrangeirismos, gírias, arcaísmos, formas po- pulares etc. (tais expressões podem vir sublinhadas ou em itálico). Você foi muito “legal” com a gente. Ortografi a é o seu maior “problema”. • Destacam palavras empregadas em senti do irônico. Foi “genti líssimo”: gritou comigo e bateu a porta. • Destacam � tulos de obras. “Quincas Borba” é o meu livro preferido. Reti cências • Indicam interrupção ou suspensão por hesitação, sur- presa, emoção. Você... Aqui... Para sempre... Não acredito! • Para realçar uma palavra ou expressão seguinte. Abriu a caixa de correspondência e... nada. • Indicam interrupção por ser óbvia a conti nuação da frase. Eu cumpro cada um dos meus deveres; já você... • Indicam a supressão de palavras num texto transcrito. Ficar ou fugir, “... eis a questão”. • Podem vir entre parênteses, se o trecho suprimido é longo. “São onze jogadores: José, Mário (...) e Paulo”. Parênteses • Separam a intercalação de uma explicação ou de um comentário. Ati vistas (alguns armados) exigiam reforma. • Separam a indicação da fonte da transcrição. “Todo óbvio é ululante.” (Nelson Rodrigues). • Separam a sigla de estado ou de enti dade após seu nome completo. Vitória (ES). Programa de Integração Social (PIS). • Separam uma unidade (moeda, peso, medida) equi- valente a outra. O animal pesaria 10 arrobas (150 kg). • Separam números e letras, numa relação de itens, e asterisco. (1), (2), (a), (b), (*). • Deslocado para a linha seguinte, basta usar o segundo parêntese. 1), 2), a), b). P O R TU G U ÊS 18 www.gpscursos.com.br • Separa o lati nismo sic (confi rma algo exagerado ou improvável). Levava na mala US$20 milhões (sic). • O ponto sempre vem após o segundo parêntese, salvo se um período inteiro esti ver entre parênteses. Todos votaram contra (alguns rasgaram a célula). O perigo já passara. (A mão ainda tremia.) Travessão • É usado, duplamente, para destacar uma palavra ou expressão. A vida – quem sabe? – pode ser melhor. • Aparece, nos diálogos, antes da fala de um interlocutor e, depois dela, quando se segue uma identi fi cação de quem falou. – Agora? – indaguei. – imediatamente! – explodiu Júlio. • Liga palavras ou expressões que indicam início e fi nal de percurso. Inaugurada a nova estrada Rio-Petrópolis. • É usando duplamente quando um trecho extenso se intercala em outro. Vi Roma – quase me perdi pelas vielas – e Paris. Ponto • Aparece no fi nal da frase, quando se conclui todo o pensamento. Mudemos de assunto. O povo espera fortes medidas. • É usado nas abreviaturas. Gen., acad., ltda. • Estando a abreviatura no fi nal da frase, não há outro ponto. Comprou ações da Multi mport S.A. • Separa as casas decimais nos números, salvo os indi- cati vos de ano. 127.814; 22.715.810. Nasceu em 1976. QUESTÕES DE CONCURSOS (TST) Os trabalhadores cada vez mais precisam assumir novos papéis para atender às exigências das empresas. 1. Por consti tuir uma expressão adverbial deslocada para depois do sujeito, seria correto que a expressão “cada vez mais” esti vesse, no texto, escrita entre vírgulas. (TST) O cenário econômico oti mista levou os empresários brasileiros a aumentarem a formalização do mercado de trabalho nos últi mos cinco anos. 2. Preservam-se a coerência e a correção do texto ao se deslocar o trecho “nos últi mos cinco anos” para depois de “brasileiros”, desde que esse trecho seja seguido de vírgula. (TJDFT) Investi r no país é considerado uma burrice; consti tuir uma família e mantê-la saudável, um atraso de vida. 3. A vírgula depois da oração “e mantê-la saudável” indica que essa oração consti tui um aposto explicati vo para a oração anterior. (MS) Pílulas coloridas, embalagens e garrafas bonitas, bri- lhantes e atraentes, odor e sabor adocicados despertam a atenção e a curiosidade natural das crianças; não esti mule essa curiosidade; mantenha medicamentos e produtos do- mésti cos trancados e fora do alcance dos pequenos. 4. A substi tuição dos sinais de ponto e vírgula por ponto fi nal, no últi mo tópico, mesmo com ajuste na letra ini- cial para maiúscula da palavra seguinte, prejudicaria a correção gramati cal do período. (Banco do Brasil) Representantes dos maiores bancos brasi- leiros reuniram-se no Rio de Janeiro para discuti r um tema desafi ante. 5. Mantendo-se a correção gramati cal e a coerência do texto, é possível deslocar a oração “para discuti r um tema desafi ante”, que expressa uma fi nalidade, para o início do período, fazendo-se os devidos ajustes nas letras maiúsculas e acrescentando-se uma vírgula logo após “desafi ante”. 6. (Pref. Mun. S.P.) A frase corretamente pontuada é: a) Nas cidades europeias; onde foram implantados pe- dágios o fl uxo de automóveis se reduziu, diminuindo o número, e a extensão dos engarrafamentos. b) Nas cidades, europeias onde foram, implantados pe- dágios o fl uxo de automóveis se reduziu; diminuindo o número e a extensão dos engarrafamentos. c) Nas cidades europeias onde foram implantados pe- dágios o fl uxo de automóveis se reduziu diminuindo, o número e a extensão, dos engarrafamentos. d) Nas cidades europeias onde foram implantados pe- dágios; o fl uxo de automóveis se reduziu diminuindo o número, e a extensão dos engarrafamentos. e) Nas cidades europeias onde foram implantados pe- dágios, o fl uxo de automóveis se reduziu, diminuindo o número e a extensão dos engarrafamentos. 7. (TCE-AL) Está inteiramente correta a pontuação da se- guinte frase: a) É realmente muito di� cil, cumprir propósitos de Ano Novo, pois não há como de fato alguém começar algo inteiramente
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