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Controle de DOR e INFLAMAÇÃO

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Controle de DOR e INFLAMAÇÃO 
INFLAMAÇÃO 
- Possui três fases: 
Aguda: ​é transitória e caracteriza-se pela vasodilatação local e aumento da permeabilidade 
Subaguda: ​fase tardia, caracterizada pela infiltração de leucócitos e células fagocitárias 
Crônica: é a fase proliferativa, na qual ocorrem degeneração tecidual e fibrose, eventos 
indesejáveis. Os anti-inflamatórios devem agir entre a fase 2 e 3 para que não se chegue ao 
estágio crônico. 
- Prostaglandinas e prostaciclinas desencadeiam a fase 1 
- Tromboxanos e leucotrienos desencadeiam a fase 2 
 
MECANISMO DA DOR 
Os nociceptores podem se tornar sensíveis ao receber um estímulo que normalmente não 
provoca dor, condição esta denominada ​alodinia​. Os nociceptores também podem se tornar 
ainda mais sensíveis aos estímulos nociceptivos (que causam dor), estado que recebe o nome 
de ​hiperalgesia​. 
Basicamente, a hiperalgesia é decorrente de dois eventos bioquímicos: a maior entrada de 
íons cálcio nos nociceptores e a estimulação da adenilato ciclase no tecido neuronal, que 
propicia o aumento dos níveis de AMPc (monofosfato de adenosina cíclico). Como 
consequência, são gerados impulsos nervosos que chegam ao sistema nervoso central (SNC), 
amplificando e mantendo a sensação dolorosa. 
 
REGIMES ANALGÉSICOS PARA USO NA CLÍNICA ODONTOLÓGICA 
Analgesia preemptiva: tem início antes do estímulo nocivo, ou seja, previamente ao 
trauma tecidual. Neste regime, são empregados fármacos que previnem a hiperalgesia, que 
pode ser complementada pelo uso de anestésicos locais de longa duração. 
Analgesia preventiva: ​o regime tem início imediatamente após a lesão tecidual, porém 
antes do início da sensação dolorosa. Em termos práticos, a primeira dose do fármaco é 
administrada ao final do procedimento (com o paciente ainda sob os efeitos da anestesia 
local), seguida pelas doses de manutenção no pós-operatório, por curto prazo. 
Analgesia perioperatória: o regime é iniciado antes da lesão tecidual e mantido no 
período pós-operatório imediato. A justificativa para isso é de que os mediadores 
pró-inflamatórios devem manter-se inibidos por um tempo mais prolongado, pois a 
sensibilização central pode não ser prevenida se o tratamento for interrompido durante a 
fase aguda da inflamação. 
 
ANALGÉSICOS NÃO OPIÓIDES 
 
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO QUÍMICA 
- Salicilatos (AAS) 
- Ácidos indolacéticos (Indometacina) 
- Ácidos heteroarilacéticos (Diclofenaco) 
- Ácidos arilpropiônicos (Naproxeno) 
- Ácidos antranílicos (Ácido mefenâmico) 
- Ácidos enólicos (Oxicans) SELETIVOS 
- Coxibs (Celecoxib) ESPECÍFICOS 
 
FÁRMACOS QUE INIBEM A SÍNTESE DA CICLOXIGENASE (COX) 
Deste grupo faz parte uma importante família de medicamentos, denominada genericamente 
de anti-inflamatórios não esteroides (ou AINEs). 
 
 
Indicação dos AINEs: controle da dor aguda de intensidade moderada a severa, no 
período pós-operatório de intervenções odontológicas eletivas, como a exodontia de inclusos, 
as cirurgias periodontais, a colocação de implantes múltiplos, os procedimentos de enxertias 
ósseas, etc. 
Regime analgésico: Analgesia preventiva, introduzido imediatamente após a lesão 
tecidual, porém antes do início da sensação dolorosa. Em termos práticos, a primeira dose é 
administrada ao final do procedimento (paciente ainda sob os efeitos da anestesia local), 
seguida das doses de manutenção, por curto período de tempo. 
Ações Terapêuticas dos AINES: ​Analgésica; Antipirética; Anti-inflamatória (quando dor 
inflamatória moderada é esperada, os AINES são os fármacos de escolha); Antitrombótica. 
Uso em crianças:​ o ibuprofeno é o único AINE aprovado para uso em crianças 
Duração do tratamento: ​Período máximo de 48 a 72 h​. Se o paciente acusar dor intensa e 
exacerbação do edema após esse período, o profissional deve agendar uma nova consulta 
para reavaliar o quadro clínico. A dor decorrente de procedimentos odontológicos cirúrgicos 
eletivos perdura, em geral, por um período de 24 h, com o pico de intensidade sendo atingido 
entre 6 e 8 h pós-cirúrgicas. Da mesma forma, o edema inflamatório atinge seu ápice após 36 
h do procedimento. 
- Ibuprofeno 
É um derivado do ácido propriônico; Contraindicado para pacientes com história de gastrite 
ou úlcera péptica, hipertensão arterial ou doença renal. Posologia: 200-800 mg de 6/6 hs 
Teto: 3200 mg/dia 
 
- Nimesulida 
 Dor leve a moderada; Seletividade intermediária; Baixo custo 
 
 
AAS 
A substância-padrão do grupo é o ácido acetilsalicílico (AAS), que tem atividade analgésica e 
antitérmica quando empregado nas doses de 500-650mg, em adultos. Para se obter uma 
ação anti-inflamatória, são necessários 4-5g diários. Ao contrário, em pequenas doses 
(40-100mg), o AAS inibe a agregação plaquetária, sendo muito empregado na prevenção ou 
reincidência de fenômenos tromboembólicos, em portadores de doenças do sistema 
cardiovascular. 
O ácido acetilsalicílico atua inativando irreversivelmente as COX-1 e COX-2. Inibe a COX 
plaquetário, tendo um efeito antiplaquetário com duração de 8 a 10 dias, logo possui uma 
grande importância na terapia da doença cardiovascular. Em outros tecidos, as doses 
habituais tem duração de ação de 6 a 12 horas. Vale ressaltar que a sua administração 
concomitante com a varfarina, pode gerar uma aumento potencialmente perigoso do risco de 
hemorragia. 
Posologia: administrado via oral a cada 4 horas 
 
Paracetamol 
É classificado como um inibidor da cicloxigenase, apesar de quase não apresentar atividade 
anti-inflamatória (é um fraco inibidor da COX-1 e da COX-2). Assemelha-se aos AINEs e é 
eficaz como analgésico, sendo empregado em procedimentos onde há expectativa ou 
presença de dor leve a moderada. Pode atuar inibindo a COX-3. Possui potente ação 
analgésica e antipirética. 
É seguro para gestantes e lactantes. Pode causar danos ao fígado, logo deve-se evitar o uso 
concomitante do paracetamol com álcool etílico ou outras substâncias com potencial 
hepatotóxico. 
Posologia: 
- Adulto: 500 – 1000 mg; 6/6 hs Teto: 4g / dia 
- Criança: 10 mg/kg; 6/6 hs ou de 8/8 hs Teto: 230 mg/dose 
OBS: Não ingerir com alimento 
 
 
FÁRMACOS QUE INIBEM A AÇÃO DA FOSFOLIPASE A2 
São representados pelos corticosteróides. 
 
Como agem: ​Após a lesão tecidual, a inativação da enzima fosfolipase A2 reduz a 
disponibilidade de ácido araquidônico liberado das membranas das células que participam 
da resposta inflamatória. Com menor quantidade de substrato, a subsequente ação 
enzimática da COX-2 e da 5-lipoxigenase fica prejudicada, ou seja, haverá menor produção 
de prostaglandinas e leucotrienos. Primeiramente eles induzem a síntese de lipocortinas, um 
grupo de proteínas responsáveis pela inibição da fosfolipase A2. Com isso, irão reduzir a 
disponibilidade do ácido araquidônico e, por consequência, a síntese de substâncias 
pró-inflamatórias. 
Indicação: prevenir a hiperalgesia e controlar o edema inflamatório, decorrentes de 
intervenções odontológicas eletivas, como a exodontia de inclusos, as cirurgias periodontais, 
a colocação de implantes múltiplos, as enxertias ósseas, etc. 
● Para essa finalidade, a dexametasona ou a betametasona são os fármacos de escolha, 
pela maior potência anti-inflamatóriae duração de ação, o que permite muitas vezes 
seu emprego em dose única ou por tempo muito restrito. 
Regime analgésico: ​Pela necessidade de tempo biológico para exercerem sua ação, o 
regime analgésico mais adequado para empregar os corticosteróides é o de analgesia 
preemptiva (introduzido antes da lesão tecidual). 
Posologia: Em adultos, essa dose é, em geral, de 4 a 8 mg, administrada 1 h antes do início 
da intervenção. Em crianças, no caso de intervenções mais invasivas, emprega-se a solução 
oral “gotas” de betametasona (0,5 mg/mL), obedecendo à regra prática de 1 gota/kg/peso 
corporal, em dose única, 1 h antes do procedimento. 
Vantagens em relação aos AINEs (quando empregados em dose única pré-operatória ou 
por tempo restrito): sem efeitos adversos significativos; não interferem nos mecanismos de 
hemostasia; relação custo/benefício do tratamento é muito menor. 
 
FÁRMACOS QUE DEPRIMEM A ATIVIDADE DOS NOCICEPTORES 
Nos quadros de dor já instalada, o emprego de fármacos que deprimem diretamente a 
atividade dos nociceptores pode ser conveniente, pois conseguem diminuir o estado de 
hiperalgesia persistente. Isso é conseguido por meio do bloqueio da entrada de cálcio e da 
diminuição dos níveis de AMPc nos nociceptores. 
A substância-padrão desse grupo é a dipirona. Outro fármaco que bloqueia diretamente a 
sensibilização dos nociceptores é o diclofenaco. 
- Dipirona Sódica 
Melhor escolha! Possui ação na dor instalada, tem efeito sobre COX3 e pode ser revertido 
com naloxona. É um antitérmico e analgésico de alta potência. 
Gestantes: evitar nos três primeiros meses e nas últimas seis semanas da gestação e, mesmo 
fora desses períodos, administrar em casos de extrema necessidade. 
Posologia: 
- Adulto: 500-750 mg; 6/6 hs E.V.: Até 1 g; 6/6 hs 
- Criança: 10 mg/kg; 6/6 hs 
 
- Diclofenaco 
 
 
USO CLÍNICO DOS ANALGÉSICOS 
 
 
ANALGÉSICOS OPIÓIDES 
- Tramadol: possui um maior potencial de abuso; posologia: 50 mg, ampola (50 e 
100 mg) IM, EV 12/12 hs - Máx: 400 mg. Seu início de ação ocorre, em geral, 1 h após 
a administração de uma dose de 50 mg. Não é indicado para pacientes < 16 anos. 
- Codeína: ​comercializada em associação com o paracetamol - Tylex. 500mg 
paracetamol + 30mg codeína, caixa com 12 comprimidos. Posologia - 1 comprimido a 
cada 4hrs durante 24hrs. 
- Propoxifeno: utilizado em casos de dor leve a moderada; potência 2/3 da codeína; 
pequena ação antitussígena; menor dependência que a codeína. Posologia: 100 mg de 
4/4 hs. 
- Morfina: utilizada em casos de dor intensa aguda; apresentação: cápsula 10mg . 
20mg, 60 mg e 100mg; posologia: 30 a 60 mg por dose 4/4 hs comprimido 10 e 30 
mg. 
 
PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS 
OBS.: Caso haja expectativa de dor/edema, iniciar uso antes 
 
- Cirurgia de implantes 
Pré operatório: antibiótico 1h antes; midazolam (benzodiazepínico) 40 min antes; AINE 
30 min antes 
Pós operatório​: 6h de antibiótico; 72h de AINE; 7 dias de Clorexidina; 
- Cirurgia de terceiros molares 
Pré operatório: 1h antes dexametasona 8mg; midazolam 15mg 40 min antes; analgésico 
500mg 30 min antes 
Pós operatório: analgésico opióide 30mg por 24h; dexametasona 8mg por 48hrs; 
clorexidina por 7 dias 
- Cirurgia de enxerto intra-bucal 
Pré operatório: dexametasona 8mg 1h antes; antibiótico 1h antes; midazolam 15mg 40 
min antes; analgésico 500mg 30 min antes. 
Pós operatório: analgésico opióide 30mg por 24hrs; dexametasona 8mg por 24hrs; 
antibiótico por 7 dias; clorexidina por 7 dias. 
- Necrose pulpar sem envolvimento periapical 
Terapia local: Remoção de tecido cariado + Abertura coronária + Preparo radicular 
(parcial ou total). 
Prescrição: Dipirona 500mg (a cada 6hrs por 24 hs) ou Paracetamol 500mg (a cada 6hrs 
por 24 hs). 
- Pericementite com envolvimento pulpar 
Dexametasona 4 mg de imediato 
Terapia local: ​Abertura coronária + Preparo radicular + Ajuste oclusal 
Prescrição: Dipirona 500mg (a cada 6hrs por 24 hs) ou Paracetamol 500mg (a cada 6hrs 
por 24 hs). 
- Pericementite sem envolvimento pulpar 
Terapia local:​ ajuste oclusal 
Prescrição:​ dexametasona 4mg dose única ou AINE por 24hrs 
- Abscesso periapical agudo 
Terapia Local:​ Drenagem/Debridamento dos canais 
Prescrição: ​Antibiótico + Analgésico (dor e aumento do volume apical - terapia 
sintomática)

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