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Apostila do ciclo de vida

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APOSTILA NUTRIÇÃO NO CLICO DE VIDA 
 
 
Prof. Luciene Rabelo 
 1 
INFANCIA (PRÉ-ESCOLAR E ESCOLAR) 
 
Período de transição entre o lactente e a puberdade. 
Caracterizado por um crescimento lento, porém 
equilibrado principalmente nas áreas sociais, 
emocional e cognitiva. 
 
 
Estatura: 
 Primeiro ano de vida ---- incremento de 50% na 
estatura do lactente. 
 Após o 1º ano o ganho em estatura é cerca de: 
 12 cm no 2º ano 
 8 a 9 cm no 3º ano 
 7 cm nos anos restantes 
 
 
Massa corporal: 
 Primeiro ano de vida peso triplicado 
 Requer toda a etapa pré-escolar para duplicá-
lo 
 O ganho de peso varia de 2 a 2,5 Kg/ano 
 
 
Fatores que interferem no crescimento 
• Neurohormonais 
• Ambientais 
• Genéticos 
• Nutricionais 
 
Fatores Moduladores da Alimentação 
• Fisiológicos– demanda específica para a fase 
de crescimento 
• Psicológicos– dinâmica familiar e condições 
de vida pregressa 
• Sociais– hábitos familiares 
• Culturais– tradições regionais 
• Promoção e consolidação dos hábitos 
alimentares 
• Incremento das necessidades nutricionais para 
o crescimento e desenvolvimento 
 
 
 
 
Objetivos de uma alimentação saudável 
 
• Contribuir para a sobrevivência humana 
• Fornecer energia e nutrientes necessários e 
adequados 
• Prevenir a doença/ Promover a saúde 
• Contribuir para o adequado crescimento e 
desenvolvimento 
• Promover socialização e bem-estar 
• Proporcionar a adaptação do organismo da 
Criança 
• Moldar a Criança aos hábitos da Família 
• Promover estilo de vida saudável 
 
 
Características de cada fase na infância 
 
De 1 a 2 anos : as necessidades nutricionais se 
modificam e os interesses da criança nesta faixa etária 
se intensificam e a alimentação já não é o principal 
interesse, por isso, é normal diminuir o apetite e a 
seleção alimentar se torna mais evidente. A função da 
família neste momento se torna primordial, através do 
estímulo do consumo de alimentos saudáveis e a 
prática da educação nutricional incluindo atividades 
que valorize alimentos de todos os grupos. 
Dos 2 aos 3 anos: é um período onde a criança 
aumenta seu interesse pelos alimentos, sendo uma 
época ideal para o planejamento de atividades que 
envolva alimentos in natura. É normal a resistência a 
frutas e verduras, especialmente as saladas verdes. Os 
sentidos como a visão, tato e olfato são muito 
estimulados. A família tem uma atenção especial nesse 
momento, procurando incentivar a ingesta em cada 
refeição. 
Dos 3 aos 6 anos: os hábitos alimentares estão mais 
solidificados, onde a criança busca na família o 
APOSTILA NUTRIÇÃO NO CLICO DE VIDA 
 
 
Prof. Luciene Rabelo 
 2 
exemplo para estruturar a sua alimentação. Este é um 
momento de intensificar e diversificar as atividades 
relacionadas à Educação Alimentar, priorizando o 
consumo de frutas e verduras e evidenciando os 
malefícios do consumo de doces e salgadinhos. 
 
Necessidades nutricionais na infância 
Na infância, a boa nutrição é indispensável para o 
crescimento e desenvolvimento adequados. É neste 
período que devem ser introduzidos os bons hábitos 
alimentares, que permanecerão na adolescência e na 
vida adulta, pois a prevenção de algumas doenças 
degenerativas do adulto podem começar na infância. 
Energia 
A necessidade energética de meninos e meninas entre 3 
e 6 anos varia de 70 a 80 kcal por quilograma de peso 
por dia. A quantidade de carboidrato preconizada é de 
130g/dia. 
 
Para determinar a estimativa das necessidades de 
energia (EER) nas crianças com menos de 3 anos, usa-
de somente o peso da criança. 
 
EER = (89 x peso em kg -100)+20 
 
A partir desta idade,deve-se considerar a variação das 
necessidades emm função do gênero, idade,altura,peso 
e nível de atividade física, além de um adicional de 
20kcal/dia para a formação de tecidos com o 
crescimento , até os oito anos de idade. 
 
Estimativa da necesidade energética para meninos 
de 3 a 8 anos: 
 
EER = 88,5 – (61,9 x idade [a]) + Atividade Física x 
(26,7 x peso [kg] + 903 x altura [m]) + 20 (kcal para 
crescimento) 
 
Coeficiente de atividade física (Physical activity 
coefficient): 
PA = 1,00 se PAL é estimada como  1,0  1,4 
(sedentário) 
PA = 1,13 se PAL é estimada como  1,4  1,6 
(atividade leve) 
PA = 1,26 se PAL é estimada como  1,6  1,9 
(atividade moderada) 
PA = 1,42 se PAL é estimada como  1,9  2,5 
(atividade intensa) 
 
 
Estimativa da necesidade energética para meninas 
de 3 a 8 anos: 
 
EER = 135,3 – (30,8 x idade [a]) + Atividade Física 
x (10,0 x peso [kg] + 934 x altura [m]) + 20 (kcal 
para crescimento) 
 
Coeficiente de atividade física (Physical activity 
coefficient): 
PA = 1,00 se PAL é estimada como  1,0  1,4 
(sedentário) 
PA = 1,13 se PAL é estimada como  1,4  1,6 
(atividade leve) 
PA = 1,31 se PAL é estimada como  1,6  1,9 
(atividade moderada) 
PA = 1,56 se PAL é estimada como  1,9  2,5 
(atividade intensa) 
 
Energia 
O cálculo da quantidade necessária de energia, um 
outro fator a considerar são as fontes de energia 
provenientes da alimentação, que devem estar 
equilibradas entre carboidratos e lipídeos. 
 
55 – 60% CHO 
25 – 30% LIP 
 
APOSTILA NUTRIÇÃO NO CLICO DE VIDA 
 
 
Prof. Luciene Rabelo 
 3 
Carboidratos 
O mínimo de 5g/kg/dia de CHO são necessários para 
evitar cetose e hipoglicemia. 
 
Proteína 
A necessidade protéica ideal é: 
1- 3anos 1,1g/kg/dia ou 13g/dia 
4 -8anos 0,95g/kg/dia ou 19g/dia 
9 -13anos 0,95g/kg/dia ou 34g/dia (RDA) – 
IOM (2002) 
 
A qualidade da proteína é de suma importância, 
principalmente como fonte de oligoelementos como o 
ferro e o zinco. Portanto, há necessidade de ingestão 
diária de proteína animal e vegetal, de maneira a suprir 
as necessidades da criança. Uma opção saudável e 
versátil é a introdução da soja e de alimentos feitos 
com soja (grão, tofu, proteína texturizada e bebidas à 
base de soja), em diversas ocasiões do dia, como o café 
da manhã, lanches e principais refeições. 
 
Lipídeo 
A porcentagem de gordura fica entre 30 e 35% do 
valor energético total ingerido por dia, sempre 
incluindo na dieta os ácidos graxos poliinsaturados 
Ômega 3 (0,9g/dia) e Ômega 6 (10g/dia) . 
 
Chemin (2008) 
0,5 a 1g/kg/dia – para prevenir a deficiência de 
acido linoleico. 
 
Em relação à qualidade da gordura ingerida, deve-se 
controlá-la, preconizando o consumo adequado de 
gorduras totais (25 a 30% do Valor Energético Total - 
VET - diário), saturadas (menor que 10% VET) e trans 
(até 1% VET). – Chemin(2008) 
 
Recomenda-se que os pais sejam orientados a ler e 
interpretar os rótulos dos alimentos industrializados, 
sendo capazes de avaliar o consumo de gordura por 
porção de alimento consumido. A ingestão excessiva 
de gordura total, saturada e trans é considerada fator de 
risco para o desenvolvimento de dislipidemia na 
infância e doença cardiovascular no adulto. Portanto, a 
recomendação é de que os ácidos graxos saturados e 
trans sejam substituídos por gorduras mono e 
poliinsaturadas tais como: peixes, oleaginosas, óleos 
vegetais e produtos feitos a partir destes óleos. 
 
Os micronutrientes são importantes para o crescimento 
e desenvolvimento adequado, sendo que a sua carência 
pode prejudicar a velocidade de crescimento (ferro, 
zinco, cálcio), assim como acarretará dificuldade de 
aprendizado (ferro), comprometimento do sistema 
imunológico (ferro, zinco, vitamina A e C) e da matriz 
óssea (cálcio). 
 
Em relação aos macronutrientes, também se utilizam 
os intervalos de distribuição aceitáveis (AMDRs- 
acceptable macronutrient distribution range) que 
visam à redução do risco de DCNT. Considera-se uma 
distribuição adequada quando o consumo de proteínas, 
carboidratos e lipídios encontram-se entre os intervalos 
APOSTILA NUTRIÇÃO NO CLICO DE VIDAProf. Luciene Rabelo 
 4 
de 10 a 30%, 45 a 65% e 30 a 35%, respectivamente 
(Sobotka, 2008). 
 
AMDR (Acceptable Macronutrient Distribution 
Range): Ou Alcance de Distribuição de 
Macronutrientes Aceitável é o alcance de ingestão de 
um nutriente para uma fonte de Energia, que é 
associado com risco reduzido de doença crônica 
enquanto provendo ingestão desses nutrientes 
essenciais. 
Se um indivíduo consumir mais do AMDR, há um 
potencial de aumentar o risco de doenças crônicas e se 
consumir menos, ingestão insuficiente de nutrientes 
essenciais. 
O AMDR pode ser o valor máximo ou o mínimo 
necessário para o aproveitamento do nutriente. 
 
 
Minerias e vitaminas 
 
Os nutrientes como Fe, Ca, Zn,e Vit A são os mais 
críticos, pois as quantidades recomendadas são 
elevadas em relação à capacidade gástrica da criança e 
seu tamanho corporal (Chemin,2008). 
 
A absorção do ferro não-heme é bem menor, de 
cerca de 1 a 5%, e varia substancialmente em 
função da presença de fatores químicos e 
alimentares, como é o caso das vitaminas C e A, 
que facilitam sua absorção. Por outro lado, os 
fitatos (encontrados em cereais e grãos), as fibras, 
os taninos (encontrado em chás e no café) e o 
cálcio dificultam sua absorção. 
 
 
O cálcio é importante no auxilio da maximização 
da massa óssea, contribuindo para a prevenção de 
fraturas na vida adulta.Da mesma forma de o 
ferro, a biodisponibilidade de cálcio presente nos 
folhosos pode ser afetada por inibidores da 
absorção (fitatos e oxalatos) 
 
 
• O escolar é a criança de 7 anos de idade até sua 
entrada na puberdade (10 anos); 
 
• O trato gastrintestinal está mais desenvolvido, e o 
volume gástrico é comparável ao do adulto; 
 
 
 
• A maior segurança e independência das 
funções motoras remetem ao aumento da 
atividade física, entretanto, é nesta fase que se 
inicia o comportamento sedentário; 
• A inapetência comum do pré-escolar 
transforma-se em apetite voraz nessa fase, o 
qual deve ser compatível com o estilo de vida 
do escolar; 
• A omissão do café da manhã inicia-se 
nesta idade e pode ser explicada pela maior 
independência adquirida nessa faixa etária; 
 
 
• É comum a diminuição da ingestão de leite nesse 
período, o que pode comprometer o suprimento de 
cálcio necessário á formação da massa óssea; 
 
 
• O aumento de peso é encontrado de forma 
geral entre as meninas de 8 a 10 anos e nos 
meninos de 11 a 13 anos, sendo inadequada a 
intervenção profissional em situações em que o 
excesso de peso não ultrapasse 20% da relação 
peso/estatura; 
 
• Esse período caracteriza-se por maior 
atividade física, ritmo de crescimento 
constante com ganho mais acentuado de peso 
próximo ao estirão da adolescência. 
 
____________________________________________
___________________________________________ 
 
ADOLESCÊNCIA 
APOSTILA NUTRIÇÃO NO CLICO DE VIDA 
 
 
Prof. Luciene Rabelo 
 5 
 
 
 A adolescência constitui a última fase do 
período de crescimento e desenvolvimento do 
ciclo vital, sendo caracterizada por intensas 
transformações anatômicas, fisiológicas e 
psicológicas. 
 A nutrição dos adolescentes para que se 
promova o crescimento adequado deve ser 
apropriada, saudável, balanceada em 
quantidade e qualidade de nutrientes. 
 A adolescência é a fase mais complexa e 
dinâmica do ponto de vista físico e emocional 
na vida do ser humano. 
 É nesta fase que ocorrem as várias mudanças 
no corpo que repercutem diretamente na 
evolução da personalidade. 
 
 Durante o período de transição, o adolescente 
oscila em comportar-se ora como criança, ora 
como adulto. 
 
 
Adolescência Inicial  10 aos 14 anos: 
1. Está preocupado com o corpo e a imagem 
corporal 
2. Confia e respeita os adultos 
3. É ansioso quanto às suas relações com os 
colegas 
Implicações nutricionais dessa etapa: 
• Fazem ou experimentam qualquer coisa para 
melhorar a imagem corporal 
• Querem resultados imediatos 
 
 
Adolescência Intermediária  15 aos 17 anos: 
1. Muito influenciado pelo seu grupo de colegas 
2. Desconfia dos adultos 
3. Vê a independência como algo muito 
importante 
4. Experimenta um desenvolvimento cognitivo 
muito importante 
Implicações nutricionais dessa etapa: 
• Escutam mais os colegas que os pais 
• Mais responsáveis pelos alimentos que 
consomem 
• Rejeição temporária dos padrões dietéticos da 
família 
• Incorporação de modismos ou práticas 
alimentares alternativas 
 
Adolescência Final  18 aos 19 anos: 
1. Estabeleceu uma imagem corporal 
2. Está orientado em direção ao futuro 
3. Está cada vez mais independentes 
4. É mais consistente com seus valores e 
crenças 
Implicações nutricionais dessa etapa: 
• Estão interessados na melhora e manutenção 
de sua saúde 
• Pode-se fazer orientações com objetivos a 
longo prazo 
 
 
Fases da adolescência 
 
 Pré-púbere: aceleração do crescimento e 
início das transformações sexuais. 
 
 Púbere: transformações sexuais. 
 
 Pós-púbere: concretização da maturidade 
sexual e diminuição do ritmo de crescimento 
 
 
 
Estimativa da necesidade energética para 
meninas de 9 a 18 anos eutróficas: 
EER = 135,3 – (30,8 x idade [a]) + Atividade Física x 
(10,0 x peso [kg] + 934 x altura [m]) + 25 (kcal para 
crescimento) 
 
Coeficiente de atividade física (Physical activity 
coefficient): 
PA = 1,00 se PAL é estimada como  1,0  1,4 
(sedentário) 
PA = 1,13 se PAL é estimada como  1,4  1,6 
(atividade leve) 
PA = 1,31 se PAL é estimada como  1,6  1,9 
(atividade moderada) 
PA = 1,56 se PAL é estimada como  1,9  2,5 
(atividade intensa) 
 
 
APOSTILA NUTRIÇÃO NO CLICO DE VIDA 
 
 
Prof. Luciene Rabelo 
 6 
Estimativa da necesidade energética para 
meninos de 9 a 18 anos eutróficos: 
EER = 88,5 – (61,9 x idade [a]) + Atividade Física x (26,7 
x peso [kg] + 903 x altura [m]) + 25 (kcal para 
crescimento) 
 
Coeficiente de atividade física (Physical activity 
coefficient): 
PA = 1,00 se PAL é estimada como  1,0  1,4 
(sedentário) 
PA = 1,13 se PAL é estimada como  1,4  1,6 
(atividade leve) 
PA = 1,26 se PAL é estimada como  1,6  1,9 
(atividade moderada) 
PA = 1,42 se PAL é estimada como  1,9  2,5 
(atividade intensa) 
 
 
 
INFLUÊNCIA NO EQUILÍBRIO NUTRITIVO 
 Aceleração do crescimento longitudinal 
 Aumento da massa corporal 
 Modificação da composição corporal 
 Variações individuais na atividade física 
 Início da transformação puberal 
 
 
Problemas comuns da adolescência 
 Mortes por acidente de carro 
 Depressão 
 Uso de drogas 
 Anorexia nervosa e bulimia 
 
Alterações devido ao uso abusivos de álcool 
 Inapetência; 
 Redução de sensibilidade 
 gustativa; 
 Irritação gástrica; 
 Diminuição das vit. do compl B; e 
 Aumenta a excreção de cálcio,zinco e 
magnésio. 
 
 
 
 
 
 
Recomendação de Proteína: 
 
A ingestão insuficiente de proteína é rara na população 
adolescente. Todavia, se a ingestão de energia for 
inadequada por qualquer razão (por exemplo, 
problemas de segurança alimentar, enfermidade 
crônica, tentativas de perder peso), a proteína dietética 
pode ser usada para atender às necessidades de energia 
e, portanto, será indisponível para a síntese de tecido 
novo ou para reparo tecidual. Isto pode resultar em um 
estado insuficiente de proteína, o qual levará à redução 
na taxa de crescimento e na massa corporal magra. 
As ingestões excessivas de proteína também podem ter 
um impacto sobre o estado nutricional. 
 
 
IOM (2002) 
 
 
 
Cálcio 
Em função dos desenvolvimentos muscular, 
esquelético e endócrino acelerados, as necessidades de 
cálcio são maiores durante a puberdade e adolescência 
que na infância ou fase adulta. 
 
No pico do estirão de crescimento, a deposição diária 
de cálcio pode ser duas vezes a deposição média 
durante o resto do período da adolescência. Na 
realidade, 45% da massa esquelética é adicionadodurante a adolescência. 
 
A DRI para Cálcio é 1.300mg para todos os 
adolescentes, mas nem todos os adolescentes 
conseguem atingir essa recomendação devido ao alto 
consumo de refrigerantes, devido ao fato da 
substituição do leite pelo mesmo. Estima-se que 9% da 
ingestão calórica total dos adolescentes do sexo 
masculino e 8% da ingestão calórica total do sexo 
feminino pode ser atribuída pelo consumo de 
refrigerante 
 
 
APOSTILA NUTRIÇÃO NO CLICO DE VIDA 
 
 
Prof. Luciene Rabelo 
 7 
Ferro 
Todos os adolescentes têm altas necessidades de ferro. 
A construção da massa muscular nos meninos é 
acompanhada de maior volume sanguíneo; as meninas 
perdem ferro mensalmente com o início da 
menstruação. Durante períodos rápido crescimento, os 
adolescentes com freqüência possuem baixas 
concentrações séricas de hematócritos ou hemoglobina. 
A maioria desses adolescentes possui reservas 
adequadas de ferro mas, em vista do rápido 
crescimento e aumento significante na massa corporal 
magra, seu ferro circulante pode ser baixo. Esta 
condição é chama da de uma anemia fisiológica do 
crescimento. 
Zinco 
Sabe-se que o zinco é essencial para o crescimento e 
maturação sexual. Apesar dos níveis plasmáticos de 
zinco declinarem durante o desenvolvimento puberal, a 
retenção de zinco aumenta significativamente durante 
o estirão de crescimento. Esta utilização aumentada 
pode levar ao uso mais eficiente de fontes dietéticas. 
Entretanto, a ingestão limitada de alimentos que 
contêm zinco pode afetar o crescimento físico, assim 
como o desenvolvimento de características sexuais 
secundárias. Durante a adolescência, a anemia 
secundária à deficiência de ferro pode prejudicar a 
resposta imunológica e diminuir a resistência à 
infecção. 
 
DOENÇAS COMUNS NA INFÂNCIA E NA 
ADOLESCÊNCIA 
 Desnutrição proteica calórica; 
 Obesidade infantil (ver apostila de obesidade) 
 Hipovitaminoses (ver apostila de carências 
nutricionais) 
 Doenças infecto- contsagiosas, como: rúoela, 
sarampo, hepatite A 
 Transtornos alimentares (ver apostila de TA) 
 
OBESIDADE NA INFANCIA E NA 
 
 
 
 
 
 
 
 
ADOLESCÊNCIA 
 
TERAPIA NUTRICIONAL NA DESNUTRIÇÃO 
INFANTIL 
 A terapia nutricional é dividida em três etapas: 
estabilização, recuperação nutricional e 
APOSTILA NUTRIÇÃO NO CLICO DE VIDA 
 
 
Prof. Luciene Rabelo 
 8 
acompanhamento ambulatorial7,8(D). No 
tratamento da criança com desnutrição grave, há 
também a fase de reabilitação com a atuação de 
equipe multiprofissional, visando ao 
restabelecimento da função motora e cognitiva, 
prevenção de desordens do desenvolvimento e o 
fortalecimento do vínculo mãe-filho. 
 • Fase de estabilização: criança recéminternada, 
com descompensação infecciosa e/ou metabólica. 
Após estabilização hemodinâmica, hidroeletrolítica 
e ácidobásica (suporte metabólico), inicia-se a fase 
de estabilização. Deve-se tratar as intercorrências 
que elevam o risco de morte, evitar o agravamento 
da condição nutricional, corrigir deficiências 
nutricionais específicas, reverter as alterações 
metabólicas e iniciar a alimentação. 
 Fornecer no máximo 100 kcal/kg/dia (iniciando 
com taxa metabólica basal acrescida de fator de 
estresse que varia de 10 a 30%, fornecendo de 50 a 
60 kcal/kg/dia no primeiro dia e aumentando de 
acordo com a avaliação clínica e laboratorial da 
criança), 130 ml/kg/dia de oferta hídrica e 1 a 1,5 g 
de proteína/kg/dia, dieta com baixa osmolaridade 
(< 280 mOsmol/litro) e com baixo teor de lactose 
(< 13 g/litro) e sódio. Se a ingestão inicial for 
inferior a 60 a 70 kcal/kg/dia, indica-se terapia 
nutricional por sonda nasogástrica. De acordo com 
os dias de internação e a situação clínica da 
criança, são recomendados aumento gradual de 
volume e diminuição gradativa da frequência. 
Nessa fase pode ser utilizado um preparado 
alimentar artesanal contendo 75 kcal e 0,9 g de 
proteína/100ml ou fórmula infantil polimérica 
isenta de lactose. Em situações de doenças 
associadas que cursam com má-absorção grave, 
pode ser necessária a utilização de fórmulas 
extensamente hidrolisadas ou à base de 
aminoácidos. Não é prevista recuperação do estado 
nutricional e sim sua conservação e a estabilização 
clínico-metabólica. 
 • Fase de recuperação: tem por objetivos aumentar 
a oferta de nutrientes visando assegurar o 
crescimento rápido e a recuperação do peso 
perdido, ainda durante a hospitalização, e prevenir 
ou tratar deficiências de micronutrientes. Para isso, 
devem ser ofertadas 1,5 vezes a recomendação 
para os nutrientes (oferta calórica 150 kcal/kg/dia, 
hídrica 150 – 200 mL/kg/dia, proteica 3 – 4 
g/kg/dia) e dieta com menor teor de lactose. 
 Nesta pode-se utilizar preparado artesanal sugerido 
pela OMS contendo 100 kcal e 2,9 g de proteína 
para cada 100 mL, fórmula infantil com menor 
conteúdode lactose ou dieta enteral polimérica 
pediátrica isenta de lactose para crianças com 
idade inferior a 1 ano (1 kcal/mL). 
 Para ajuste da densidade energética de fórmulas 
infantis (0,7 kcal/mL) podem ser utilizados 
módulos de polímeros de glicose e lipídeos (óleos 
vegetais), adição máxima de 3%10(C). Este 
procedimento permite que a dieta oferecida 
apresente melhor densidade energética, mas 
compromete o fornecimento de minerais e 
micronutrientes. É importante o fornecimento de 
preparados com multivitaminas (1,5 vezes a 
recomendação para crianças saudáveis) e de zinco, 
cobre e ferro. 
 • Fase de acompanhamento ambulatorial: pode ser 
realizada em hospitais-dia ou ambulatórios e tem 
por objetivos prosseguir na orientação e reforçar as 
orientações realizadas durante a hospitalização, 
monitoração do crescimento (vigilância dos índices 
peso por estatura e estatura por idade) e 
desenvolvimento da criança, especialmente da 
relação estatura/idade e intensificação do trabalho 
da equipe multiprofissional. 
___________________________________________ 
RUBÉOLA 
O vírus da Rubéola produz um quadro geralmente leve 
em crianças. Em adolescentes e em adultos o quadro 
APOSTILA NUTRIÇÃO NO CLICO DE VIDA 
 
 
Prof. Luciene Rabelo 
 9 
costuma ser mais acentuado. Inicia-se com febre baixa 
acompanhada de exantema (manchas pelo corpo) leve 
de distribuição generalizada e que se espalha 
rapidamente, permanecendo por 3 a 4 dias. 
Geralmente a garganta está inflamada. Uma 
característica é que os gânglios do pescoço, 
principalmente em região retroauricular, sofrem 
aumento do seu tamanho e ficam doloridos. 
O Período de Incubação é de 14 a 21 dias e a 
transmissão ocorre desde 7 dias antes até 7 dias após o 
desaparecimento do exantema (manchas pelo corpo). O 
tratamento consiste apenas em medidas gerais e 
antitérmicas. 
 
Tratamento 
O tratamento é sintomático, podendo ser utilizados 
antitérmicos, hidratação oral, terapia nutricional com 
incentivo ao aleitamento materno e higiene adequada 
dos olhos, da pele e das vias aéreas superiores. As 
complicações bacterianas do sarampo são tratadas 
especificamente com antibióticos adequados para o 
quadro clínico e, se possível, com a identificação do 
agente bacteriano. Nas populações onde a deficiência 
de vitamina A é um problema reconhecido, a OMS e o 
UNICEF recomendam o uso de uma dose elevada e 
única de vitamina A nas pessoas acometidas pelo 
sarampo e suas complicações, nos indivíduos com 
imunodeficiências, com evidência de xeroftalmia, 
desnutrição e problemas de absorção intestinal. 
 
A suplementação de vitamina A é indicada na 
seguinte dosagem: 
a) Crianças de 6 a 12 meses: 100.000UI, VO, em 
aerossol; 
b) Crianças de 1 ano ou mais: 200.000UI, VO, em 
cápsula ou aerossol. Quando se detectar 
xerodermia, repetir a dose de Vitamina A, no dia 
seguinte. 
 
 
 
HEPATITE A 
Descrição 
Doença viral aguda, de manifestações clínicas variadas 
desde formas subclínicas, oligossintomáticas até ormasfulminantes (menos que 1% dos casos). Na maioria das 
vezes as infecções são anictéricas, os sintomas se 
assemelham a uma síndrome gripal, porém há elevação 
das transaminases.O quadro clínico é mais intenso na 
medida que aumenta a idade do paciente. 
 
Agente etiológico 
Vírus da hepatite A (HAV). É um vírus RNA, família 
Picornaviridae. 
 
Modo de transmissão 
Fecal-oral, veiculação hídrica, pessoa a pessoa (contato 
intrafamiliar e institucional), alimentos contaminados e 
objetos inanimados. 
 
Transmissão 
percutânea (inoculação acidental) e parenteral 
(transfusão) são muito raras devido ao curto período de 
viremia. 
 
Período de incubação 
De 15 a 45 dias, média de 30 dias. 
 
Período de transmissibilidade 
Desde a 2a semana antes do início dos sintomas, até o 
final da 2ª semana de doença. 
 
Tratamento 
Não existe tratamento específico para a forma aguda. 
Se necessário, apenas sintomático para 
náuseas,vômitos e prurido. Como norma geral, 
recomenda- se repouso relativo até praticamente a 
normalização das aminotransferases. 
 
Dieta pobre em gordura e rica em carboidratos é de 
uso popular,porém seu maior benefício é ser mais 
agradável para o paciente anorético. 
 
De forma prática, deve ser recomendado que o 
próprio paciente defina sua dieta de acordo com seu 
apetite e aceitação alimentar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
APOSTILA NUTRIÇÃO NO CLICO DE VIDA 
 
 
Prof. Luciene Rabelo 
 10 
 
QUESTÕES 
 
1- UnB/CESPE – SEGERES 2010 
A adolescência, uma etapa evolutiva caracterizada por 
profundas transformações físicas, compreende, de 
acordo com a OMS, as idades de 10 a 19 anos. Com 
relação aos parâmetros de avaliação nutricional que 
permitem identificar aspectos importantes do 
desenvolvimento puberal, julgue os itens conseguintes. 
87 Quanto mais tardio for o início da puberdade nas 
meninas, mais precoce será a idade de desaceleração 
de seu crescimento. 
88 Nas meninas pré-púberes, o estado nutricional deve 
ser estabelecido por meio da medida das pregas 
cutâneas, e não pelo IMC, uma vez que, nessa fase, o 
IMC apresenta alta especificidade e baixa sensibilidade 
no diagnóstico do sobrepeso e da obesidade. 
89 Em razão de, em meninos no estágio de maturação 
sexual equivalente ao Tanner 4, ainda não ter ocorrido 
o estirão de crescimento,a estatura é um parâmetro 
pouco sensível do estado nutricional para esse estágio. 
90 Ao final do processo de maturação sexual, a análise 
da composição corporal indica que, devido à ação do 
estrogênio, as meninas apresentam maior aumento da 
gordura corporal que os meninos. 
 
RESPOSTAS – E E E C 
 
 
2- UnB/cespe SEE/DF 2004 
 
Considere que uma criança com 4 anos de idade 
apresente percentil !3 de peso/idade e de altura/idade, 
além de edema,hemoglobina sanguínea de 8 mg/dL e 
xerose conjuntival. A partir desses dados e 
considerando aspectos relacionados a epidemiologia e 
bioestatística, julgue os itens seguintes. 
115 O percentil, a hemoglobina e a xerose são sinais 
antropométricos, bioquímicos e clínicos, que 
representam indicadores diretos do estado nutricional. 
116 Em saúde pública, a alimentação adequada faz 
parte da prevenção terciária. 
117 Em saúde pública, o coeficiente de prevalência de 
desnutrição pode ser definido como a relação entre o 
número de casos conhecidos de desnutrição e a 
população,multiplicando-se o resultado por 1.000, 
10.000 ou 100.000. 
 
RESPOSTAS - C E C 
 
 
3- UnB/CESPE SEE/DF 2004 
 
Julgue os itens que se seguem, relacionados às funções 
da educação nutricional em escolas. 
112 A elaboração de cardápio do programa de 
alimentação escolar pode ser planejada por professor 
da escola. 
113 No planejamento da merenda escolar, 
recomendam-se avaliação nutricional, levantamento de 
necessidades energéticas e testes de aceitabilidade. 
114 Uma criança da 4.ª série do ensino fundamental, 
com diabetes melito do tipo 1, pode receber 
atendimento específico no programa de merenda 
escolar. 
 
RESPOSTAS - E C C 
 
4- UnB/CESPE SEPLAG/DF 2008 
 
Na infância e na adolescência, o tratamento da 
obesidade visa à incorporação de hábitos alimentares e 
de estilos de vida saudáveis, de maneira gradual e 
duradoura. 
81 O início do estudo da genética molecular da 
obesidade ocorreu com a clonagem dos genes agouti e 
da grelina, na década de 90 do século passado. 
82 O hormônio grelina é produzido no tecido adiposo 
branco, sendo um marcador da quantidade deste. Dessa 
forma, quanto maior a massa adiposa, maior a 
produção de grelina. Sua ação inclui a redução na 
ingestão alimentar (via inibição do neuropeptídeo Y) e 
aumento no gasto energético. 
 
RESPOSTAS – C E 
 
 
5- UnB/CESPE INCA 2010 
 
A respeito das necessidades, recomendações e 
orientações nutricionais na fase da infância e 
adolescência, julgue os itens seguintes. 
63 Na criança, as necessidades de proteína por 
quilograma de peso decrescem com a idade e são 
maiores que no adulto. 
64 Quando a criança ou o adolescente apresenta 
valores de hemoglobina abaixo de 11,0 g/dL, significa 
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Prof. Luciene Rabelo 
 11 
que seus depósitos já estão depletados e a correção 
completa pela dieta é viável e recomendada. 
65 Para adolescentes, as recomendações de vitamina A 
são consideradas separadamente por sexo, por causa da 
influência hormonal nos valores sanguíneos desse 
nutriente, independentemente das suas reservas. 
66 No caso de inapetência do pré-escolar, estratégias 
como a televisão e o aviãozinho nas refeições são 
recomendadas,devido à possibilidade de distraírem a 
criança e fazerem que ela coma sem perceber o que 
está fazendo. 
 
RESPOSTAS – C E C E 
 
 
6- UnB/CESPE Pref Saõ Luis 2008 
 
Julgue os itens seguintes quanto à alimentação do 
lactente e da criança em idade pré-escolar. 
58 Um bebê de 4 meses de idade que se alimenta 
apenas com leite materno necessita ingerir diariamente 
50 mg de cálcio para colaborar no seu crescimento 
ósseo. 
59 Ao iniciar a alimentação complementar em um bebê 
de 6 meses de idade é importante manter a densidade 
calórica da alimentação em, no mínimo, 0,7 kcal/g, 
com o objetivo de que não ocorra perda de peso. 
60 Uma criança de 3 anos de idade possui maiores 
necessidades nutricionais (kcal/kg peso corpóreo) que 
uma criança de 1 ano e 5 meses de idade. 
 
RESPOSTAS - E C E 
 
 
7- UnB/CESPE Pref Saõ Luis 2008 
 
A adolescência é um período em que ocorrem intensas 
transformações físicas, psicológicas e 
comportamentais. Acerca da nutrição nessa fase da 
vida, julgue os itens subseqüentes. 
61 O aumento da massa muscular e do volume 
plasmático na adolescência requer a ingestão de mais 
proteínas e ferro do que na fase escolar. 
62 Na adolescência, a deficiência de zinco, uma 
vitamina encontrada em abundância em alimentos 
integrais, pode causar neutropenia e leucopenia 
 
RESPOSTAS – E C 
 
 
8- UnB/CESPE FHS/SE 2008 
 
A nutrição humana pode ser entendida como o 
processo de acesso, ingestão, assimilação e utilização 
dos nutrientes que fornecem os elementos necessários 
para manter o organismo. 
Com relação a esse assunto, julgue os itens que se 
seguem. 
57 Nutrientes essenciais são aqueles que são 
produzidos pelo organismo humano. Portanto, não 
precisam ser obtidos pela alimentação. Como exemplo, 
é correto citar a vitamina C, o cálcio e o aminoácido 
alanina. 
58 Proteínas são macromoléculas constituídas por 
carbono,hidrogênio, oxigênio, nitrogênio e minerais, 
formadas por combinações de aminoácidos em 
diversas proporções. 
59 A deficiência de proteínas na dieta de crianças pode 
provocar beribéri, sendo que carnes, ovos e leite são 
boas fontes dietéticas desse nutriente. 
60 Palidez e cansaço são manifestações compatíveis 
com anemia ferropriva, carência nutricional bastante 
rara entre crianças e adultos. Essa carência determina 
mudançasbioquímicas que refletem falta de ferro 
suficiente para a manutenção dos ossos e dos alvéolos 
pulmonares, afetando vários sistemas orgânicos. 
61 Por difundir-se rapidamente pela placa bacteriana, 
fermentando-se até ácido lático, a galactose é o mais 
cariogênico de todos os carboidratos. Sendo 
parcialmente armazenada como polissacarídeo 
intracelular pelas bactérias bucais e atuando como 
substrato para a produção de depósitos extra-celulares. 
62 O tratamento dietético da anemia ferropriva deve 
incluir o consumo de alimentos que contenham ferro 
heme — como carnes, em geral — e ferro não-heme 
— como cereais integrais e folhosos verdes-escuros — 
associado a fatores estimuladores da absorção — como 
as proteínas das carnes e a vitamina C. 
63 O consumo de quantidades adequadas de vitamina 
K promove o bom funcionamento do processo da 
visão, sendo a gema de ovo, o fígado bovino e a 
abóbora boas fontes dietéticas desse nutriente. 
 
RESPOSTAS - E C E E E C E 
 
 
 
 
APOSTILA NUTRIÇÃO NO CLICO DE VIDA 
 
 
Prof. Luciene Rabelo 
 12 
9- UNB/CESPE SGAS/AC 2008 
 
Carla, 15 anos de idade, achando-se gorda, procurou 
espontaneamente assistência nutricional. Seu peso, à 
época da consulta, era de 72,5 kg, sua estatura de 156 
cm e circunferência de sua cintura de 89 cm. Carla não 
apresentava ascite ou abdome gravídico. Sua dieta era 
baseada em lanches rápidos e hiperenergéticos, sendo o 
consumo de frutas e hortaliças baixo. 
Além disso, Carla não praticava atividades físicas. 
Considerando a situação hipotética apresentada, julgue 
os itens subseqüentes. 
66 Segundo as informações acima, é correto afirmar 
que foram realizadas, durante a consulta, a anamnese 
alimentar e a antropometria, que representam dados 
parciais da avaliação do estado nutricional da 
adolescente. 
67 Carla encontra-se em risco nutricional, 
caracterizado por problemas de saúde no presente. 
68 De maneira geral, valores aumentados da 
circunferência da cintura, como observado em Carla, 
associam-se positivamente à gordura subcutânea, que é 
a responsável pela resistência à insulina. 
69 Pelas informações fornecidas, é correto inferir que 
Carla apresenta excesso de peso, representado 
principalmente por massa gorda, apesar de não ter sido 
realizado exame de bioimpedância elétrica. 
70 O nutricionista que atendeu Carla pode orientá-la 
quanto à prática de atividade física, desde que 
acompanhada por um educador físico. 
71 Para promover o emagrecimento de Carla, o 
nutricionista deve prescrever-lhe uma dieta 
hipoenergética e de consistência branda, o que 
facilitará a digestão dos alimentos. 
72 Na situação descrita, o tratamento só será efetivo se 
for estabelecido processo de acompanhamento 
nutricional a longo prazo, com estratégias educacionais 
dirigidas, visando mudanças gradativas e sustentadas 
do comportamento alimentar, e prática de atividade 
física. 
 
 
RESPOSTAS - C C E C E E C 
 
 
 
 
 
 
10- UNb/CESPE UNIPAMPA 2009 
Estudos clássicos da relação entre deficiência de certos 
nutrientes na alimentação e surgimento de doenças 
carenciais constituem a história da epidemiologia 
nutricional. Acerca desse tema, julgue 
os itens seguintes. 
105 No contexto da epidemiologia da anemia 
ferropriva, observa-se que a deficiência de ferro 
mantém-se como um problema de saúde pública em 
escala mundial, porém, com redução na tendência 
temporal e geográfica, concentrando-se em grupos de 
crianças de 1 a 5 anos de idade, gestantes e mulheres 
em idade fértil. 
106 Quanto à epidemiologia da obesidade, a 
Organização Mundial de Saúde (OMS), reconhecendo 
que o equilíbrio energético se sobrepõe a fatores 
dietéticos isolados, como o consumo de gorduras, 
destaca, em suas atuais diretrizes de enfrentamento da 
questão, que manter o equilíbrio energético 
é fundamental no controle da obesidade. 
 
RESPOSTAS – E C 
 
 
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