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Germinação de sementes Prof. Me. Gabriella Carneiro Semente Pós-Fertilização do Óvulo Divisões celulares Diferenciação de tecidos Acúmulo de reservas Perda de água ??? Sequência ordenada de eventos Germinação: conceitos Fisiologistas: "A germinação e um conjunto de mudanças fisiológicas e bioquímicas que ocorrem na semente culminando com a protusão da radícula" Tecnologista de sementes: "A germinação e um conjunto de mudanças fisiológicas e bioquímicas que ocorrem na semente formando uma plântula normal" Agronômico/Fitotécnico: "A germinação e o processo que se inicia quando a semente seca e plantada em solo úmido e termina quando a plântula emerge do solo". Germinação: conceitos Para que a germinação ocorra, determinadas condições devem ser satisfeitas: A semente deve ser viável; As condições internas da semente devem ser favoráveis à germinação (livre de dormência); As condições ambientais devem ser ideais (água, temperatura, oxigênio e luz); Ter condições satisfatórias de sanidade (ausência de agentes patogênicos). Padrão trifásico de hidratação de sementes Recalcitrantes Reserva Permeabilidade Volume embrião/total 0 10 20 30 40 50 60 0 12 24 36 48 60 72 Horas de Embebição U m id a d e ( % ) Soja Algodão Aveia Mamona Comparação entre velocidades de absorção de água de sementes de diferentes espécies em temperatura de 20 ºC (Burch e Delouche, 1959). FASE I - EMBEBIÇÃO Rápida transferência de água do substrato para a semente????. Potencial hídrico Sementes viáveis, dormentes (exceto dormência-tegumento), tecidos vivos ou não. 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 0 12 24 36 48 60 72 84 96 Horas de embebição U m id a d e ( % ) Figura 3. Velocidade de absorção de água pelas estruturas das sementes de aveia (Avena sativa L.) em temperatura de 30 ºC (Burch e Delouche, 1959). Embrião Semente Endosperma Casca Sementes viáveis, dormentes (exceto dormência-tegumento), tecidos vivos ou não. Danos na embebição Estado anidro→estado hidratado Período de estresse: desorganização dos sistemas de membranas Maior temperatura – “derretimento” menor dano Secagem rápida x secagem lenta Desvantagens da liberação de solutos GEL Cristalino líquido FASE II - Indução de crescimento Muito longa, a semente para de absorver água e ocorre o transporte das substâncias que foram quebradas na fase I. Diminuição da taxa respiratória. Preparação para o crescimento Reativação das enzimas mitocondriais e citoplasmáticas Ativação das enzimas pré-existentes Síntese de novas enzimas Produção de mRNA, responsáveis pela produção das enzimas envolvidas na germinação Hipógea Epígea Do ponto de vista puramente fisiológico, a germinação compreende quatro fases: Embebição de água; Alongamento dos tecidos; Divisão celular; Diferenciação das células em tecidos. Sob o ângulo físico-bioquímico consideram-se fases do processo germinativo: Reidratação (embebição); Aumento da respiração; Formação de enzimas; Digestão enzimática das reservas; Mobilização e transporte das reservas; Assimilação metabólica; Crescimento e diferenciação dos tecidos. Tecnologia do Priming ou condicionamento osmótico Estande final de plantas no campo % germinação uniformidade germinação rápida Técnica promissora: ↓ período germinação e emergência das plântulas O condicionamento osmótico consiste na hidratação controlada das sementes, suficiente para promover atividades pré- metabólicas, sem contudo permitir a emissão da radícula” FASE I EMBEBIÇÃO FASE III CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO FASE II REPAROS GERMINAÇAO VISÍVEL TOLERANTE INTOLERANTE PRIMING T E O R D E Á G U A TEMPO -m - o p PRINCÍPIO BÁSICO DA TÉCNICA x CURVA DE EMBEBIÇÃO Solução osmótica levemente superior ou inferior Ѱ solução > Ѱ osmótico embrião infinito Ѱ solução < Ѱ osmótico embrião retarda Ambos iniciam o metabolismo germinativo, mas evita sua conclusão por falta de água. UNIFORMIZAÇÃO DO LOTE Tecnologia do Priming ou condicionamento osmótico MgSO4, KNO3, NaCl, K3PO4, MgCl2, NaNO3, GLICEROL, MANITOL, POLIETILENO GLICOL (PEG-6000) Produtos utilizados como agentes osmóticos Características desejáveis Não ser tóxico O soluto não devem penetrar na semente e serem metabolizados Devem ser estáveis Nenhum dos solutos possui todas as características desejáveis Inertes e não tóxicos VANTAGENS DO PRIMING Uniformidade da germinação Velocidade da germinação Porcentagem de germinação Superação de dormência (alface) tomate, melão e pimentão ↓ endosperma duro Diminuição no potencial de armazenamento Faz-se o condicionamento próximo à entrega Fatores Internos que afetam a germinação Semente deve estar viva e não dormente. 1. Longevidade: Período total que a semente pode viver e é determinado pelas características genéticas. Díficil mensuração. Importante para banco de germoplasmas. 2. Viabilidade: Período efetivo que a semente vive e é determinado por diversos fatores: 2.1. Características genéticas da planta progenitora: Difícil determinar, mas ocorre mesmo em condições ambientais semelhantes. 2.2. Vigor da planta progenitora: Plantas enfraquecidas pela ação de fatores nutricionais, por ex, podem produzir sementes com período de viabilidade mais curto. 2.3. Condições climáticas: Fase de acúmulo de matéria seca não deve ocorrer déficit hídrico, pois irá formar sementes com menor densidade ou até mesmo chochas. 2.4. Grau de injúria mecânica: Importantíssimo para viabilidade. Pode causar morte da semente ou facilitar a ação de microrganismos. 2.5. Condições ambientais de armazenamento: Determinadas condições podem aumentar o metabolismo das sementes, mas ainda não permitir germinação. Todavia, este processo é suficiente para deteriorar a semente. Fatores Internos que afetam a germinação Fatores Externos Água, temperatura e oxigênio. Luz está relacionado com dormência. 1. Água: Fator determinante. Reidratação dos tecidos, intensificação da respiração, atividades metabólicas, fornecimento de energia para crescimento do eixo embrionário, rompimento da casca, padrão trifásico. Casca <reserva<eixo embrionário. 1.1. Espécie: Quanto maior o teor de proteína, mais rapidamente ela absorve água. 1.2. Disponibilidade de água: Quanto mais disponível a quantidade de água no substrato, maior a velocidade de absorção. Fatores Externos 1.3. Área de contato: Absorção ocorre pela casca, logo, quanto maior for a área de contato entre o solo e a casca, mais rápida deve ser a absorção. 1.4. Temperatura da água do solo: Até certo limite, quando maior a temperatura, maior a velocidade de absorção de água. Quadro 3 - Efeito da área de contato entre a água e o tegumento da semente sobre a germinação de sementes de ervilha da cultivar Meteor (Manohar e Heydecker, 1964). Prazo para germinar (dias) Superfície de contato (mm 2 ) início Término Germinação em 20 sementes (%) 0,8 9 21 90 3 8 14 90 9 5 10 100 20 5 9 100 Controle 2 3 100 2. Temperatura: Influencia a absorção de água pelas sementes e as reações bioquímicas que ocorrem no processo de germinação. Temperaturas cardeais e alternância de temperatura. Fatores Externos 0 10 20 30 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Dias para Embebição T em p er at u ra d a Á g u a ( °C ) Efeito da temperatura sob o número de dias para embebição de sementes de arroz (Kondo citado por Nomoto, 1967). Fatores Externos 3. Oxigênio: “Queima” de substâncias armazenadas. -Embora essencial, as sementes precisam de pouco O2. Concentração de 10% de O2 é suficiente para a maioria das espécies. Composição do ar: 20% O2; 0,03% CO2; 80% N2. -Importância: Manejo e preparo do solo que vai receber a semente, Encharcamento, Profundidade de semeadura. -Padrão de absorção trifásico, semelhante à água. 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 9 15 21 27 33 39 45 Teor de umidade (%) V e l. r e s p ir a tó ri a ( m lCo 2 /g p e s o /d ia ) 0 20 40 60 80 100 0 5 10 15 20 25 Concentração Oxigênio (%) G e rm in a ç ã o ( % ) Figura - Efeitos da concentração de oxigênio sobre a germinação de sementes de algumas espécies (Siegel e Rosen, 1962). Pepino Alface Tomate Efeitos de fitormônios Mutantes de milho – ausência de ABA Taiz e Zeiger, 2004
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