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AO EXC E LENT ÍSSIMO SENHOR DOUT OR JU IZ D E DIRE ITO PE R 
TENCE N TE À V AR A C ÍV E L Nº_ _D A COM ARC A D E V ITÓRIA -ES 
 
 
 
 
 
 
GE R SON , brasileiro, solteiro, médico , residente e domiciliado em Vitoria/ES , 
inscrito no registro geral sob o correspondente número :____ __ e no cadastro 
nacional de pessoas físicas Nº___________, vem, mui respeitosamente , através de 
seu advogado devidamente qualificado , P ROPOR ,PE LO R ITO COMUM, AÇ ÃO 
PAUL I AN A/R E VOCATÓRI A P AR A AN U L AÇ ÃO D E NE GÓCIO JU R 
ÍD ICO GR ATU ITO, EM FACE DE B ERNA RD O, viúvo, residente em Salvador/B 
A ,cujo cadastros nos registros gerais de pessoas físicas sob o N°_____________, P E 
LOS M OT IV OS QU E P AS SA A E X POR: 
 
 
DAS P R ELIM INAR E S: 
 
DA GRATUIDADE JU D ICIÁR IA: 
 Requer o Autor, nos termos da lei nº 1.06 0 de 1950, que lhe seja deferido os benefícios 
da justiça Gratuita, tendo em vista em que o mesmo não pode arcar com as custas 
processuais e com os honorários advocatícios sem o prejuízo do sustento próprio. 
 
DA COMP E TÊ N C IA D O J U Í ZO: 
 É competente o presente foro para a propositura da presente ação, haja vista o objeto do 
caso em tela tratar-se de ação revocatória de negócio jurídico gratuito, e no caso em 
questão, tem-se a cobrança de nota promissória, reconhecida como título executivo, nos 
termos do artigo 7 84, inciso I do C P C. N esses termos: 
 
Art. 784. São títulos executivos extrajudiciais: 
 A letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o cheque; (...) 
(CPC) Dito isto, por tratar-se de obrigação ainda a ser satisfeita (como bem 
esclarece o artigo 53, inciso III, alínea a d), do código de processo civil) , é de 
competência deste foro o ajuizamento da presente ação, tendo em vista, repisa -se, ser 
este o lugar onde deva ser satisfeita, e por não conter outra estipulação senão 
pagar na circunscrição onde fora emitida. Nesse sentido: 
 
Art. 53. É competente o foro: (...) III - do lugar: (...) de onde a obrigação deve ser 
satisfeita, para a ação em que se lhe exigir o cumprimento; (CPC). 
 
DOS FA TOS: 
 
 Ocorre que o Autor, é legítimo credor quirografário de Bernardo, conforme se 
extrai da nota promissória emitida em favor do mesmo no valor de R$80.000,00 
(oitenta mil reais), vencida em 10 de outubro de 2016, acostada aos auto. O cerne da 
ação está no fato de que Bernardo, dias após o vencimento da dívida e o não pagamento 
da mesma, fizera uma doação, de seus dois imóveis, um localizado na cidade de Aracruz 
e o outro localizado em Linhares, ambos no Espírito Santo, no valor de R$ 300 .000,00, 
para sua filha Janaina, menor impúbere, residente em Macaé /RJ, com sua genitora, com 
estabelecimento de cláusula de usufruto vitalício em favor do próprio Executado, além da 
cláusula de incomunicabilidade, conforme Certidão de Ônus Reais. Cumpre ressaltar que 
as dívidas de Bernardo já ultrapassam a soma de R$ 400.00 0,00, e o imóvel doado para 
sua filha encontra -se alugado para terceiros. 
 
DO M ÉR ITO 
DA INVALIDADE DO N EGÓCIO JURÍDICO 
 Excelência, o negócio jurídico do caso ora sob aná lise, não deixa dúvidas sobre 
passividade de anulação, visto tratar-se de patente meio ilícito utilizado pelo devedor 
com o fito de resguardar os imóveis de uma possível execução judicial, proveniente, pois, 
das inúmeras dívidas que o Réu possui Tanto é que as doações se deram, de modo 
impudico, acrescente -se, logo após o vencimento da dívida contraída, tornando -se 
insolvente. Restando em nítida a fraude contra os credores, sujeitando-se, assim, a 
anulação das transações, em consonância ao que dita o artigo 158 do código civil. 
 Nesse sentido: 
Art. 158. Os negócios de transmissão gratuita de bens ou remissão de dívida, se os 
praticar o devedor já insolvente, ou por eles reduzido à insolvência, ainda quando o 
ignore, poderão ser anulados pelos credores quirografários, com os lesivos dos seus 
direitos. (CC), cumpre-se ressaltar que o negócio jurídico também está eivado do vício de 
nulidade, haja vista a flagrante simulação da doação ocorrida a menor impúbere, com o 
estabeleci mento de cláusula de usufruto vitalício para o Réu, mantendo este, o domínio 
de fato sobre os bens, e que outro objetivo não seria tal cláusula, senão burlar a justiça e 
os direitos dos credores, em uma ação executiva judicial. Nesse sentido expõe o artigo 
167 do código civil : 
Art. 167. É nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se dissimulou, se 
válido for na substância e na forma. § 1o Haverá simulação nos negócios jurídicos 
quando: Aparentarem conferir ou transmitir direitos a pessoas diversas daquelas às quais 
realmente se conferem, ou transmitem; (CC ). 
Deste modo, por todo exposto, requer o Autor, a anulação do negócio jurídico gratuito 
que ocorrera no caso aqui discutido, tendo em vista o claro objetivo deferir o direito do 
credor. 
 
D O T ÍT U LO EX E C U TIVO E X TR AJU D ICIAL: 
 O Autor emitiu em favor do Réu nota promissória no valor de R$ 80.000,00 (oitenta 
mil reais), sendo que o seguinte título executivo se resta vencido desde 10 de outubro de 
20 16,com isso, o Autor tornara -se legítimo credor quirografário de quantia líquida, certa 
e exigível (no atendimento do que dispõe o artigo 784,II do CPC ), não conseguindo, 
frise-se, até a presente data, conciliar com o devedor, meios para saldar a dívida 
contraída, embora surpreendido com os recursos danosos utilizados pelo Réu afim de 
guarnecer seu patrimônio e deixar seus credores sem possibilidades de recuperarem os 
créditos expedidos. 
 
 D A P E N H OR A E ALIE NAÇÃO DOS B E N S DO EX EC U TADO: 
 Excelência, uma vez apresentados os fatos contra os direitos de legítimos credores 
empregada pelo Réu, e a vista de tal declare a anulação dos negócios jurídicos celebrados, 
vem o Autor, solicitar a ali nação ou a penhora dos bens do mesmo, afim de que, 
deste modo , seja devidamente pago a dívida na quantia certa contraída de R$ 
80.000,00 0 (oitenta mi l reais), como é sabido, tais bens encontra m -se alugados, 
rendendo frutos financeiros ao Réu. Nesse sentido: os artigos 824, 825 e 831 do CPC : 
 
Art. 824. A execução por quantia certa realiza-se pela expropriação de bens do executado, 
ressalvadas as execuções especiais. Art. 825. A expropriação consiste em: I - 
adjudicação; II - alienação; III - apropriação de frutos e rendimentos de empresa ou de 
estabelecimentos e de outros bens. 
Art. 831. A penhora deverá recair sobre tantos bens quantos bastem para o pagamento 
do principal atualizado, dos juros, das custas e dos honorários advocatícios, (CPC). 
 
 
 
D OS P E D ID OS: 
 Pelo exposto, solicito a anulabilidade do negócio jurídico celebrado, nos termos do 
artigo 15 8 do CC; 
D o reconhecimento do título extrajudicial que deu início a ação proposta, por ocorrência 
de sua quantia certa, líquida e exigível, ao que dispõe o artigo 784, II do C P C; III . 
manifestar a possibilidade receber os valores referentes aos alugueis dos imóveis até que 
ocorra o efetivo pagamento total do débito, qual seja o montante de R$ 80.000,000 
(oitenta mil reais). 
Revelado a possibilidade para audiência de mediação e conciliação. 
 O deferimento do pedido de justiça gratuita. 
Da citação do réu para integralizar a seguinte demanda. 
 
Dar-se-á o valor da causa: 
 
 Em R$ 80.00 0,00 (oitenta mil reais). 
 
Nestes termos, pede e espera deferimento. 
 
 
 
Março de 2018 
 
 
Advogada: Elizabete Ramos Kanazawa OAB /SP X .X XX -X

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