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ajustagem_mecanica_-_06-03-07

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MECÂNICO
AJUSTADOR
AJUSTAGEM MECÂNICA
MECÂNICO AJUSTADOR
3
© PETROBRAS - Petróleo Brasileiro S.A.
Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei 9.610, de 19.2.1998.
É proibida a reprodução total ou parcial, por quaisquer meios, bem como a produção de 
apostilas, sem autorização prévia, por escrito, da Petróleo Brasileiro S.A. - PETROBRAS.
Direitos exclusivos da PETROBRAS - Petróleo Brasileiro S.A.
PARANHOS, Raimundo e BARRETO, Fábio
Mecânico Ajustador: Ajustagem Mecânica / Prominp - SENAI. Salvador, 2006.
88 p.:il.
PETROBRÁS - Petróleo Brasileiro S.A.
Av. Almirante Barroso, 81 - 17º andar - Centro
CEP: 20030-003 - Rio de Janeiro - RJ - Brasil
4
Apresentação ...................................................................................................................................
1. Ajustagem .....................................................................................................................................
1.1 Limas .....................................................................................................................................
1.2 Operação de limar .................................................................................................................
2. Acessório de fixação ....................................................................................................................
2.1 Morsas ..................................................................................................................................
2.2 Grampos ...............................................................................................................................
2.3 Blocos prismáticos ................................................................................................................
3. Instrumento de controle ................................................................................................................
3.1 Réguas de controle ...............................................................................................................
3.2 Esquadros .............................................................................................................................
4. Calibradores e verificadores .........................................................................................................
4.1 Calibrador de raios ................................................................................................................
4.2 Calibrador de ângulos ...........................................................................................................
4.3 Verificador de folgas .............................................................................................................
4.4 Calibrador de rosca ...............................................................................................................
4.5 Calibrador "passa não passa" para eixos .............................................................................
4.6 Calibrador tampão "passa não passa" para furos .................................................................
5. Compassos ...................................................................................................................................
5.1 Compasso de espessuras ....................................................................................................
6. Instrumento e utensílio de traçar ..................................................................................................
6.1 Graminho simples .................................................................................................................
6.2 Graminho com escala e nônio ..............................................................................................
6.3 Graminho de precisão ou digital ...........................................................................................
7. Punção de marcar ........................................................................................................................
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ÍNDICE
5
8. Mesa de traçagem e controle .....................................................................................................
9. Furadeiras .....................................................................................................................................
9.1 Furadeiras de bancada .........................................................................................................
9.2 Furadeira de coluna ..............................................................................................................
9.3 Furadeira radial ....................................................................................................................
9.4 Acessórios utilizados nas furadeiras ...................................................................................
10. Brocas ........................................................................................................................................
10.1 Broca helicoidal de haste cilíndrica ....................................................................................
10.2 Broca helicoidal de haste cônica.......................................................................................
 10.3 Broca de centrar.................................................................................................................
11. Parâmetros de corte ..................................................................................................................
 11 .1Parâmet ros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
12. Alargador ....................................................................................................................................
13. Escariadores rebaixadores ........................................................................................................
14. Serra - arco de serra .............................................................................................................
 14.1 Lâmina de serra..................................................................................................................
15. Serra - fitas ................................................................................................................................
16. Roscas ........................................................................................................................................
17. Ferramenta para abrir rosca .......................................................................................................
18. Roscas com cossinete ...............................................................................................................
19. Folha de operação .....................................................................................................................
19.1 Limar superfície plana .....................................................................................................
19.2 Limar superfície plana paralela .......................................................................................
19.3 Limar superfícies plana em ângulo .................................................................................
19.4 Limar superfícies côncava e convexa ............................................................................
19.5 Traçar retas no plano ......................................................................................................
19.6 Traçar arcos de circunferência........................................................................................
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19.7 Escarear furo ..................................................................................................................
19.8 Furar na furadeira ............................................................................................................
19.9 Serrar manualmente ...........................................................................................................
19.10 Rosqueamento manual ....................................................................................................
19.11 Curvar e dobrar chapa fina ..............................................................................................
20 Folha de roteiro .........................................................................................................................
Bibliografia ....................................................................................................................................
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7
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Partes da lima.............................................................................................
Figura 2 Tipos de picado..........................................................................................
Figura 3 Picados simples ....................................................................................
Figura 4 Picado cruzado .........................................................................................
Figura 5 Espaçamento entre os dentes.........................................................................
Figura 6 Tipos de secção de limas....................................................................................
Figura 7 Posição de limar.................................................................................................
Figura 8 Posição de segurar a lima..................................................................................
Figura 9 Montagem do cabo...........................................................................................
Figura 10 Pontos de pressão durante a operação de limar ...................................................
Figura 11 Operação de murcar e direção do movimento.........................................................
Figura 12 Morsa...............................................................................................................................
Figura 13 Modente de proteção....................................................................................................
Figura 14 Grampo em “C”.............................................................................................................
Figura 15 Grampo em “U”..............................................................................................................
Figura 16 Grampo paralelo..............................................................................................................
Figura 17 Nomenclatura do bloco em “V” ..................................................................................
Figura 18 Bloco em “V”..................................................................................................................
Figura 19 Traçagem de peças de cilíndricas.............................................................................
Figura 20 Uso do bloco em “V” com o grampo.....................................................................
Figura 21 Régua cantoneira.......................................................................................................
Figura 22 Régua biselada...........................................................................................................
Figura 23 Régua triangular........................................................................................................
Figura 24 Tipos de esquadros...................................................................................................
Figura 25 Posição do esquadro................................................................................................
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Figura 26 Calibrador de raios.......................................................................................................
Figura 27 Calibrador de ângulos..................................................................................................
Figura 28 Calibrador de folgas....................................................................................................
Figura 29 Calibrador de rosca .................................................................................................
Figura 30 Calibrador “passa ou não passa para eixos .....................................................
Figura 31 Calibrador tampão .....................................................................................................
Figura 32 Compasso de espessura ..........................................................................................
Figura 33 Compassos internos....................................................................................................
Figura 34 Compassos de ponta..............................................................................................
Figura 35 Graminho simples.................................................................................................
Figura 36 Graminho com escala e nônio.........................................................................
Figura 37 Graminho digital...............................................................................................
Figura 38 Punção de marcar.........................................................................................
Figura 39 Singelo de 30-60º.........................................................................................
Figura 40 Singelo de 90-120º.........................................................................................
Figura 41 Mesa de traçagem..........................................................................................
Figura 42 Mesa de traçagem........................................................................................
Figura 43 Furadeira de bancada...................................................................................
Figura 44 Furadeira de coluna......................................................................................
Figura 45 Furadeira radial..............................................................................................
Figura 46 Mandril.............................................................................................................
Figura 47 Chave de aperto.......................................................................................
Figura 48 Bucha cônica.........................................................................................
Figura 49 Bucha cônica de redução.................................................................
Figura 50 Cunha... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
F igura 51 Broca. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Figura 52 Broca hel icoidal de haste ci l índr ica.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . .
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Figura 53 Broca helicoidal de haste cônica....................................................................
Figura 54 Ângulo da ponta da broca..........................................................................
Figura 55 Tipo de broca de centro........................................................................
Figura 56 Tipo de broca de centro com chanfro de proteção.................................
Figura 57 Centro simples .......................................................................................
Figura 58 Centro protegido....................................................................................
Figura 59 Alargador cilíndrico de navalhas retas...................................................
Figura 60 Alargador cilíndricos de navalhas helicoidais.........................................
Figura 61 Alargador cônico de navalhas helicoidais.............................................
Figura 62 Escariador.................................................................................................
Figura 63 Rebaixador.............................................................................................
Figura 64 Arco de serra.......................................................................................
Figura 65 Lâmina de serra................................................................................
Figura 66 Dentes da lâmina de serra...............................................................
Figura 67 Serras - f i tas.................................................................................
Figura 68 Filete................................................................................................
Figura 69 Sentido do filete...................................................................................
Figura 70 Nomenclatura das roscas ..................................................................
Figura 71 Jogo de machos....................................................................................
Figura 72 Operação de roscamento.....................................................................
Figura 73 Cossinete.............................................................................................
Figura 74 Limar superfície plana ...................................................................
Figura 75 Fixação da peça..................................................................................
Figura 76 Forma de limado.....................................................................................
Figura 77 Limpeza da lima.......................................................................................
Figura 78 Controle da planicidade...........................................................................
Figura 79 Traçagem......................................................................................................
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Figura 80 Verificação do paralelismo.....................................................................
Figura 81 Traçagem em ângulo...........................................................................
Figura 82 Verificação da planicidade e do ângulo.........................................
Figura 83 Limar superfície côncova e convexa..............................................
Figura 84 Gabaritos...........................................................................................
Figura 85 Serramento......................................................................................
Figura 86 Limando Côncavo............................................................................
Figura 87 Ver i f icação com gabar i to. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
F igura 88 Traçagem de retas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
F igura 89 Traçagem.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
F igura 90 Traçagem com gon iômet ro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
F igura 91 Traçar re tas ob l íquas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
F igu ra 92 Traçagem do cen t ro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
F igura 93 Ver i f i cação da med ida do compasso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
F igura 94 Traçagem com compasso. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
F igu ra 95 Esca reado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
F igu ra 96 Esca r i ado r com gu ia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
F i g u r a 9 7 E s c a r e a m e n t o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
F i g u r a 9 8 Ve r i f i c a ç ã o d o e s c a r e a m e n t o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
F i gu ra 99 F i xação da peça . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Figura 100 Fixação da broca................................................................................
Figura 101 Operação de furação................................................................................
Figura 102 Serramento...............................................................................................
Figura 103 Sentido da Serra...............................................................................
Figura 104 Calços de proteção............................................................................
Figura 105 Serramento.........................................................................................
Figura 106 Rosqueamento....................................................................................
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11
Figura 107 Verificação do perpendicularismo....................................................
Figura 108 Operação de rosqueamento..............................................................
Figura 109 Dobrar chapa fina..........................................................................
Figura 110 Fixação da peça...........................................................................
Figura 111 Operação de dobramento... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Figura 112 Calços e cantoneiras.... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Figura 113 Forma de fixação...... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . .
Figura 114 Dobramento.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Figura 115 Dobramento. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
F igura 116 Dobramento. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
F igura 117 Dobramento com estampos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
F igura 118 Cantoneira. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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12
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Relação ângulo com o tipo de material a ser usinado.......................
Tabela 2 Tarefa de ajustagem................................................................................
Tabela 3 Tarefa de ajustagem................................................................................
Tabela 4 Tarefa de ajustagem................................................................................
48
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87
13
APRESENTAÇÃO
Este trabalho é produto de uma coleta de dados que facilita e intensifica os horizontes dos 
profissionais do segmento de Petróleo e Gás, que buscam a todo o momento uma visão técnica do 
processo produtivo com o qual está envolvido. No setor de petróleo, em especial, as mudanças ocorridas 
nos últimos anos têm provocado a necessidade de competências que mantenham o nível de 
competitividade da Petrobras. Assim, todos os prestadores de serviço vinculados à empresa deverão 
estar em busca constante da qualificação profissional. Seguindo esta linha de pensamento, a Petrobras, 
em parceria com o SENAI/BA, organizou o curso em questão, cujo objetivo principal é fornecer aos 
iniciantes, e, também aos já atuantes na atividade, conhecimentos teóricos e práticos necessários à 
atuação profissional.
14
A ajustagem mecânica consiste em um trabalho manual, sendo o ajuste do material realizado 
utilizando a ferramenta de corte chamada lima. 
São ferramentas de corte raspadoras de dimensões padronizadas, adotadas universalmente, 
fabricadas de aço de composição e de alto teor de carbono, utilizadas na ajustagem mecânica. 
A qualidade dos trabalhos executados com a lima depende da habilidade do ajustador e da escolha 
da lima com as características aconselháveis à sua execução.
As limas são classificadas e especificadas de acordo com cinco diferentes características:
•Tamanho: o tamanho da lima é dado pelo o comprimento do seu corpo, sem contar com o punho, 
espiga ou haste que penetra no cabo.
A largura da lima é proporcional ao seu comprimento, as medidas podem ser expressas em 
milímetros ou polegadas, sendo empregadas em oficinas limas com o comprimento variando de 2 a 24 
polegadas.
A espessura diminui do centro em direção à ponta e à espiga o que permite melhor execução de 
superfícies planas.
•Tipo de picado: o picado diz respeito à disposição e a forma dos dentes. Pode ser simples (dentes 
1.1 Limas
1. AJUSTAGEM
Figura 1 - Partes da lima
15
em uma só direção) e duplo ou cruzado (dentes em duas direções).
• Picado simples
Neste tipo de picado, os dentes se apresentam de forma ininterrupta em toda largura da lima. Este 
tipo de picado permite um ataque maciço ao material, que exige grande esforço de operação; é portanto 
empregado para um material mais macios, tais como chumbo, alumínio, zinco, estanho e cobre e suas 
ligas ou para operações da acabamento, em que se realiza pequena retiradas de material. 
Figura 2 - Tipos de picado
Figura 3 - Picados simples
16
• Picado duplo ou cruzado
Este tipo de picado é empregado para materiais mais duros, tais como aço, aços –liga e aço fundido 
e conduz a uma superfície mais lisa, isto porque permite melhor subdivisão de esforços já que tira aparas 
menores.
• Espaçamento entre dentes ou grau de picado
De acordo com o espaçamento entre dentes, podemos ter a seguinte classificação das limas.
· Grossa.
· Bastarda .
· Murça. 
Quanto mais fino o corte, menores e menos profundos devem ser os dentes, nota-se que o 
Figura 4 - Picado cruzado
Figura 5 - Espaçamento entre os dentes
17
tamanho absoluto dos dentes depende, não só de sua classificação, mas também do comprimento da 
lima, o espaçamento entre dentes de igual classificação é maior nas limas de maior comprimento, o 
mesmo grau de picado pode apresentar aspecto e características diferentes de acordo com o tamanho. A 
norma alemã DIN estabelece a escala do grau por números: 00 muito grossa até 10, lima de pó.
• As limas grossas são usadas paras para desbastar grandes superfícies.
• As limas bastardas se empregam para peça diversas quando não for necessária grande 
precisão nem produzir acabamento fino.
• As limas murças são usadas em obras de precisão e quando se deseja uma superfície lisa.
• Quanto a forma da secção pode ser retangulares, triangulares, redondas, etc. A figura abaixo 
mostra diversos tipos de lima quanto á seção.
A eficiência da operação de limar depende da correta posição de trabalho. Conforme demonstrado 
na figura abaixo, o corpo deve acompanhar o movimento dos braços. A peça a ser limada deve ser fixada 
um abaixo da linha do cotovelo do operário em posição normal e a superfície de trabalho deve ficar na 
1.2 Operação de limar
 
 Figura 6 - Tipos de secção da lima 
18
horizontal. 
Como empunhar a lima:
Montagem de cabo
O operário normalmente trabalha firmando o cabo com a mão direita e guiando a ponta da lima com 
o polegar e os dedos indicador e médio da mão esquerda.
51 ° 18° 15°01 °
Figura 7 - Posição de limar
Figura 8 - Posição de segurar a lima
Figura 9 - Montagem do cabo
19
Todos os dentes da lima são dirigidos para sua ponta de modo que só há trabalho útil no movimento 
para frente. A não ser para alguns metais doces, a pressão só deve ser exercida durante o movimento 
para frente e aliviada no retorno, conforme figura 10.
Se for exercida pressão sobre metais duros, durante o retorno os dentes da lima se quebrarão 
facilmente a lima.
Em metais macios como alumínio e chumbo, deve-se exercer uma ligeira pressão no retorno para 
se retirar partículas de metais que se agarram entre os dentes da lima. 
Nenhum trabalho com a lima é mais difícil do que executar superfícies perfeitamente planas. No 
movimento alternado da ferramenta há a tendência natural de balançá-la produzindo superfícies 
ligeiramente arredondadas. 
A operação de murçar ou limar lateralmente representada na figura abaixo serve para produzir 
superfícies muito lisas com o mínimo de arranhões.
Na operação de murçar deve-se empregar lima murça de corte simples.
Figura 10 - Posição de pressão durante a operação de limar
Figura 11 - Operação de murçar e direção do movimento
20
Conselhos Práticos:
1 – Ao limar, observar a posição correta de trabalho. 
2 – Aliviar a lima no recuo. 
3 – Usar todo o comprimento da lima.
4 – Quando necessário, usar uma lima usada para retirar a camada arenosa de peças fundidas ou capa 
de óxido de uma peça laminada; 
5 – As limas mais novas devem ser reservadas para latão e bronze; uma lima que escorrega nestes 
materiais pode ainda trabalhar eficientemente no ferro.
6 – Não limar peças mais duras que a lima. Peças fundidas com incrustações de areia de molde destroem 
rapidamente o fio da lima.
7 – Não raspar com a lima,o trabalho no sentido contrário à direção de corte dos dentes causará seu 
desgaste.
8 – Não limar demasiadamente rápido, a velocidade do trabalho é de 30 a 40 golpes por minuto.
9 – Usar primeiramente um lado da lima, só passando ao segundo quando o primeiro estiver gasto.
10 – Desbastar primeiro toda a superfície a limar e a seguir executar o acabamento.
11- Usar: Lima bastarda – quando desbastar mais que 0,5 mm.
Lima murça – quando desbastar entre de 0,2 a 0,5 mm.
Lima murça fina – quando desbastar menos que 0,2 mm.
12 – Não usar limas finas para desbastar materiais moles e usar limas de tamanho compatível com o da 
peça a limar.
13 – Não usar lima como instrumento, pé de cabra ou alavanca, a têmpera dada à lima a torna quebradiça.
21
2.1 Morsas
São acessórios, geralmente de ferro fundido, composto de duas mandíbulas, uma fixa e outra 
móvel, que se desloca em uma guia, por meio de um parafuso e uma porca, acionado por um manípulo. 
Os mordentes são de aço carbono, estriados e fixados nas mandíbulas.
 • Mordentes de Proteção 
Os mordentes de proteção são feitos de material mais macio que o da peça a fixar. Este material 
pode ser de chumbo, alumínio, cobre, latão ou madeira.
 • Emprego 
São utilizadas para a fixação de peças nas operações em furadeiras, plainas, fresadoras e outras 
máquinas-ferramentas.
2. ACESSÓRIOS DE FIXAÇÃO
Figura 12 - Morsa
Figura 13 - Mordentes de proteção
22
 • Características
As morsas de bancadas caracterizam-se pela suas formas e aplicações, as de base fixa e giratória 
são encontradas, no comércio, pela sua capacidade de abertura, largura de mordente e altura. As 
inclináveis se caracterizam pela largura dos mordentes, capacidade máxima, inclinação em graus, bases 
graduadas em graus e altura da morsa. 
 • Conservação
Manter os parafusos de fixação dos mordentes bem apertados, ajustar as réguas da mandíbula 
móvel nas guias, limpe, lubrifique e guarde a morsa em lugar adequado.
São elementos de aço carbono ou aço fundido, usados na fixação de peças sobre as mesas ou 
placas das máquinas. 
Os grampos em “C” e “U” caracterizam-se por ter um parafuso de aperto manual e servem de 
elemento auxiliar para prender as peças e/ou remover peças montadas com interferência. 
2.2 Grampos 
Figura 14 - Grampo em “C”
23
Existem também grampos acionados por dois parafusos; estes são denominados grampos 
paralelos. O acionamento combinado dos dois parafusos mantém o paralelismo das faces das duas 
mandíbulas produzindo um melhor aperto.
É um utensílio fabricado de aço ou ferro fundido, usinado em forma de prisma, com rasgos 
paralelos e em V, onde se originou seu nome.
2.3 Blocos prismáticos 
Figura 15 - Grampo em “U”
Figura 16 - Grampo paralelo
24
O bloco prismático, devido aos seus rasgos em forma de V, também e chamado bloco paralelo em 
V.
 • Função 
Os blocos prismáticos são utilizados para darem um apoio estável às peças, geralmente 
cilíndricas, facilitando assim a execução de várias operações, principalmente a de traçados de peças.
Figura 17 - Nomenclatura do em “V”
Figura 18 - Bloco em “V”
Figura 19 - Traçagem de peças cilíndricas
25
 • Características 
Os blocos para serem usados devem ter suas faces completamente planas e paralelas e devem 
ser mantidas em lugares livres de choques e de contactos com outras ferramentas que possam causar 
deformações.
Os rasgos laterais servem para encaixe de um grampo especial com o arco forjado na largura dos 
blocos; este grampo somente é usado em casos de fixação de peças sobre os mesmo
Figura 20 - Uso do bloco em “V” com grampo 
26
3.1 Réguas de controle
• Réguas cantoneiras ou angulares.
Uma escala comum, rígida, com uma montagem apropriada se transforma numa régua para riscar 
rasgo de chavetas na superfície de eixo cilíndrico ou de outras peças que necessitam de riscos paralelo 
ao eixo de rotação. 
• Réguas de fio retificado
Régua biselada constituída de aço carbono, em forma de faca, temperada e retificada com o fio 
ligeiramente arredondado, é utilizada na verificação de superfícies planas.
3. INSTRUMENTOS DE CONTROLE
Figura 21- Régua cantoneira
Figura 22 - Régua biselada 
27
• Régua triangular constituída de aço carbono, em forma de triângulo com canais côncavos no 
centro e em todo o comprimento de cada face temperada, retificada e com fios arredondados. 
O “esquadro de ajustador” consiste em uma barra de aço com cerca de uma polegada de largura e 
½ de espessura, ligada a uma lâmina de aço de 1 ½ “ a 6” de comprimento. 
É usada para verificar superfícies supostas em ângulo reto, para traçar perpendiculares e, para 
qualquer serviço.
• Relacionado com medidas em ângulos retos
Provavelmente, nenhum instrumento de ajustador ou de mecânica parece mais simples, mais rude 
ou menos preciso do que o esquadro. Para mostrar que essas conclusões são falsas, e que o esquadro de 
ajustador é um instrumento de precisão, basta verificar algumas das características:
3.2 Esquadros 
Figura 23 - Régua triangular
Figura 24 - Tipos de esquadros 
28
Tanto a barra como a lâmina é temperada, revenida e polida.
O êrro de esquadria entre a barra e a lâmina não deve exceder a ,0003” no extremo da lâmina num 
esquadro de 6” (o que corresponde a ,005 mm em 100 mm) e é proporcionalmente menor em lâmina mais 
curtas.
O erro de paralelismo entre as faces mais estreitas das lâminas não deve exceder a 0,0005” em 
relação ao comprimento total(0,01 mm).
A mesma precisão deve ser esperada nas superfícies semelhante da barra.
É fácil concluir que qualquer descuido no uso desse instrumento prejudicará a precisão inicial.
Figura 25 - Posição do esquadro
29
São instrumentos geralmente fabricados de aço temperado. 
Utilizam-se para verificar e controlar raios, ângulos, folgas, roscas, diâmetros e espessuras. 
Caracterizam-se pelas suas variadas formas e perfis. 
Os calibradores classificam-se em vários tipos:
Serve para verificar determinadas medidas internas e externas. Em cada lâmina e estampada a 
medida do raio.
Obs. Existe com as medidas de raio em milímetros ou polegada.
Usa-se na verificação de ângulos. Em cada lâmina vem gravado o ângulo, que varia de 1 a 45°. 
4.1 Calibrador de raios
4.2 Calibrador de ângulos
4. CALIBRADORES E VERIFICADORES
Figura 26 - Calibrador de raios
Figura 27 - Calibrador de ângulos
30
4.3 Verificador de folgas 
4.4 Calibrador de rosca
Usa-se na verificação de folgas e é fabricado em vários tipos. Em cada lâmina vem gravada sua 
medida, que varia a espessura de 0,05 em 0,05 ao máximo de 5 mm ou 0,0015" a 0,2".
Usa-se para comprovar roscas em todos os sistemas. Em suas lâminas tem gravação do n° de fios 
por polegada ou o passo da rosca em milímetros. O calibrador de rosca é também conhecido como “conta 
fios / pente de rosca”. 
Figura 28 - Calibrador de folgas
Figura 29 - Calibrador de rosca
31
4.5 Calibrador "passa não passa" para eixos
4.6 Calibrador tampão "passa não passa" para furos
É fabricado com bocas fixas ou móveis. O diâmetro do eixo estará bom quando passar pela parte 
maior e não passar na parte menor.
 
Suas extremidades são cilíndricas. O furo da peça a ser verificado estará bom quando passar pela 
parte menor e não passar pela maior. 
Figura 30 - Calibrador “passa ou não passa para eixos
Figura 31 - Calibrador tampão
32
Os compassos são instrumentos destinados ao traçado de circunferência, arcos, perpendiculares, 
divisão de ângulos, divisão de retas, marcação de centros, etc.
Tipos mais comuns:
· Compasso de espessura;
· Compasso de ponta ou perna reta; 
· Compasso para medidas internas; 
· Compasso com parafuso e mola. 
É o instrumento maiseficiente para comprovar superfícies paralelas, neste caso o mecânico 
deve usá-lo com muita sensibilidade e delicadeza, habituando-se a sentir com o tato, percebendo a 
pressão das pontas. Daí dizer-se em relação a esta operação que se trata de ajustar ou comprovar.
• O compasso para medidas internas: serve para tomar medidas internas e verificar o paralelismo das 
superfícies. 
5.1 Compasso de espessuras 
5. COMPASSOS
Figura 32 - Compasso de espessura
33
• O compasso de pernas retas, denominado compasso de pontas, é utilizado para traçar 
circunferências, arcos e transportar medidas. 
Figura 33 - Compassos internos
Figura 34 - Conmpasso de ponta
34
• Graminho
Instrumento formado de uma base, geralmente de ferro fundido ou de aço carbono, e uma haste 
cilíndrica ou retangular, sobre a qual desliza um cursor com um riscador. A haste e o cursor são de aço 
carbono.
• Emprego
Utilizado para traçar e controlar peças, assim como para a centragem das peças nas máquinas 
ferramentas.
A traçagem é a operação que consiste em transportar para as peças brutas ou semi-acabadas:
- Localização de furos;
- As arestas dos planos das superfícies a serem usinadas;
- Plano de orientação para fixação da peça durante a usinagem;
- Pontos, linhas e planos de referência que permitirão verificar se a usinagem foi bem executada, 
etc.
Sua base é constituída de ferro fundido, rebaixada na face de contato, para diminuir o atrito sobre a 
mesa de controle. Possui uma haste cilíndrica de aço carbono, um cursor com parafuso de fixação e uma 
agulha de aço temperado.
 
6.1 Graminho simples
35
6. Instrumento e Utensílio de Traçar
6.2 Graminho com escala e nônio 
Possui uma base de ferro fundido, uma haste de aço carbono e uma régua graduada em 
milímetros, a régua pode ser movida para cima e para baixo. Possui, além disso, um cursor movido por um 
sistema de pinhão e cremalheira, um cursor com nônio, com aproximação de 0,1/0,05/0,02 mm, e uma 
ponta de aço temperada.
Figura 35 - Graminho simples
Figura 36 - Graminho com escala e nônio
36
6.3 Graminho de precisão ou digital 
Sua base pode ser de aço carbono ou de aço rápido temperada, retificada, de precisão e fino 
acabamento. mecanismo de ajuste mecânico e um riscador com ponta de metal duro.
Figura 37- Graminho digital 
37
É uma ferramenta de aço carbono, com ponta cônica temperada e corpo geralmente cilíndrico 
recartilhado, que serve para marcar pontos sobre uma linha traçada. Os pontos marcados têm por 
finalidade facilitar a visualização das linhas.
O punção de marcar tem a ponta afilada que, colocado sobre o ponto de referência no traçado, aí 
executa, sob a ação de ligeira martelada, uma pequena mossa para marcar.
Classificam-se pelo ângulo da ponta: 
Existem de 30°; 60°; 90° e 120°.
• Singelo
Seu comprimento varia entre 100 e 125 mm. A ponta é temperada com ângulo de 30 a 60 graus 
tendo o corpo e cabo recartilhado.
Os de 30° são utilizados para marcar os centros onde se apoiam os compassos de traçar e os de 60° para 
pontear traços de referência.
7. PUNÇÃO DE MARCAR
Figura 38 - Punção de marcar
Figura 39 - Singelo de 30-60º 
38
Os de 90° e 120° são utilizados para marcar os centros que ser servem de guia para as brocas na 
operação de furar. 
Figura 40 - Singelo de 90-120º
39
É um bloco robusto, retangular ou quadrado, construído, em ferro fundido ou granito, com face 
superior rigorosamente plana. Constitui face o plano de referência para traçado com graminho, ou para o 
controle de superfície plana.
8. MESA DE TRAÇAGEM E CONTROLE
Figura 41 - Mesa de traçagem
Figura 42 - Mesa de traçagem
40
São Máquinas-ferramenta destinadas à execução de operações de furar, escarear, alargar, 
rebaixar e roscar com machos.
• Funcionamento
O movimento da ferramenta é recebido do motor através de polias escalonadas e correias ou um 
jogo de engrenagens possibilitando uma gama de rpm. O avanço da ferramenta pode ser manual ou 
automático.
• Acessórios
· Brocas;
· Mandril portas-broca;
· Jogo de buchas de redução;
· Morsa;
· Cunha para retirar mandril;
São montadas sobre bancadas de madeira ou aço. Sua capacidade de furação é até 12 mm de 
profundidade.
9.1 Furadeiras de bancada
9. FURADEIRAS
Figura 43 - Furadeira de bancada 
41
9.2 Furadeira de coluna
9.3 Furadeira radial
Esta furadeira tem como características o comprimento da coluna e a capacidade que é, em 
geral, superior à de bancada.
A furadeira radial é destinada à furação em peças grandes em vários pontos, dada à possibilidade 
de deslocamento do cabeçote.
Possui avanços automáticos e refrigeração da ferramenta por meio de bomba.
Figura 44 - Furadeira de coluna 
42
9.4 Acessórios utilizados nas furadeiras 
• Mandril
Este acessório tem a função de prender as ferramentas, com haste cilíndrica paralela. Para serem 
fixados nas Furadeiras, eles são produzidos com rosca ou cone.
Figura 45 - Furadeira radial
Figura 46 - Mandril 
43
Para a fixação da ferramenta, o aperto pode ser feito por meio de chaves de aperto. 
• Buchas cônicas 
São elementos que servem para fixar o mandril ou a broca diretamente no eixo da máquina. Suas 
dimensões são normalizadas tanto para cones externos (machos) como para cones internos (fêmeas). 
Quando o cone interno (eixo ou árvore da máquina) for maior que o cone externo (da broca), usam-se 
buchas cônicas de redução. O sistema de cone Morse é o mais usado em máquinas-ferramenta e é 
padronizado com uma numeração de 0 a 6.
Figura 47 - Chave de aperto
Figura 48 - Bucha cônica 
44
• Cunha ou saca-mandril / bucha 
É um instrumento de aço em forma de cunha usado para extrair as ferramentas dos furos cônicos 
do eixo porta-ferramenta.
Figura 49 - Bucha de cônica de redução
Figura 50 - Cunha
45
São ferramentas de corte, formas cilíndricas, com canais retos ou helicoidais, temperadas, 
terminam em ponta cônica e são afiadas com um ângulo determinado. São utilizadas para fazer furos 
cilíndricos nos diversos materiais. 
Para tanto, a ferramenta ou a peça giram e, simultaneamente, a ferramenta ou a peça se deslocam 
segundo uma trajetória retilínea, coincidente ou paralela ao eixo de rotação da máquina.
Os tipos mais usados são as brocas helicoidais: 
É utilizada em um mandril. Fabrica-se, geralmente, com diâmetros normalizados de até 20 mm.
10.1 Broca helicoidal de haste cilíndrica
10. BROCAS
Figura 51 - Broca
Figura 52 - Broca helicoidal de haste cilíndrica
46
10.2 Broca helicoidal de haste cônica 
As brocas de haste cônicas são montadas, diretamente no eixo das máquinas. Isso permite 
prender com maior firmeza essas brocas, que devem suportar grandes esforços no corte. São fabricadas 
com diâmetros normalizados de 3 a 110 mm.
Os ângulos da ponta das brocas variam de acordo com o material a ser furado. 
• Ângulo de ponta (representado pela letra grega, lê-se sigma) - corresponde ao ângulo formado pelas 
arestas cortantes da broca. Também é determinado pela dureza do material a ser furado.
Figura 53 - Broca helicoidal de haste cônica
Figura 54 - Ângulos da ponta da broca
47
Ângulo 
118º
150º
125º
100º
90º
60º
Aço macio
Aço duro
Aço forjado
Cobre e alumínio
Ferro fundido e ligas leves
Plásticos, fibras e madeira.
Material
Veja abaixo a tabela: 
 
É uma broca especial que serve para fazer furos de centro. É fabricada de aço rápido. 
 • Tipos de brocas.
Os tipos mais comuns de brocas são:
Graças à sua forma, as brocas de centrar com chanfro de proteção, executam numa só operação o 
furo cilíndrico, o cone e o chanfro de proteção.
 •Tipos Usuais de CentrosÉ o mais comum dos centros e é executado pela broca de centrar simples
10.3 Broca de centrar
Tabela 1 - Relação ângulo com tipo de material a ser usinado
BROCA DE CENTRAR COM 
CHANFRO DE PROTEÇÃOBROCA DE CENTRAR SIMPLES
Figura 55 - Tipo de brocas de centro Figura 56 - Tipo de brocas de centro
 com chanfro de proteção
48
Figura 58 - Centro protegido
• Centro Protegido
Escareado de proteção pode ter uma entrada escareada a 120 ou um rebaixo, com a finalidade de 
proteger a parte cônica contra deformações ocasionadas por choques, capazes de prejudicar o rigor da 
centragem. 
Figura 57 - Centro simples
49
Parâmetro de corte são grandezas numéricas que representam valores de deslocamento da 
ferramenta ou da peça, adequados ao tipo de trabalho a ser executado, ao material a ser usinado e ao 
material da ferramenta. Os parâmetros de corte ajudam a obter uma perfeita usinagem por meio da 
utilização racional dos recursos oferecidos por determinada máquina-ferramenta.
 
 • Avanço
É o espaço que a ferramenta percorre quando a mesma dá um giro.
 
• Velocidade de corte 
É o espaço que a ferramenta percorre, cortando um material dentro de um determinado tempo. 
• Fatores de que depende a velocidade de corte:
Do material a usinar;
Do material da ferramenta;
Da operação a executar. 
A velocidade de corte ( Vc ) mede – se em metros por minutos (m/min.) e pode ser calculada da 
seguinte maneira. Para obter o número de rotação por minuto ( rpm ) procura – se os valores na tabela de 
velocidade de corte correspondente, levando em conta os fatores antes mencionado e aplica-se a 
fórmula seguinte:
 11.1 Parâmetros
11. PARÂMETROS DE CORTE
N = Vc x 1000 = rpm
 d x 
50
Exemplo:
Calcular o número de rotações por minuto ( rpm ) que deve gira uma broca helicoidal com ( D ) = 80 
mm de diâmetro com a velocidade de corte de 20 m/min.
N = Vc x 1000 = rpm 20 x 1000 = 79,6 76 rpm.
 d x 80 x 3,14
51
 O cavaco produzido no alargamento é muito pequeno já que a finalidade da operação é dar 
acabamento e exatidão ao furo. A operação de alargar é feita em máquinas ferramentas e usada na 
produção em série. A operação manual é empregada em trabalho de manutenção, ou em trabalho de 
montagem e construção de estruturas metálicas. 
• Ferramentas e materiais para alargar 
Se a operação de alargar for realizada manualmente, será necessário o uso de um alargador e de 
um desandador, se a operação for com máquinas, usa-se o alargador que é fixado por meio de acessórios 
(como mandril ou bucha de redução).
O alargador é uma ferramenta fabricada em aço – carbono (para trabalho gerais de baixa 
produção) ou aço – rápido (para trabalho de média e alta produção). Há ainda alargadoras com pastilhas 
de carboneto soldadas às suas navalhas. Esses alargadores são usados para alta produção em série. 
O alargador é formado basicamente pelo corpo e haste;
• Alargador cilíndrico, de navalhas retas, manual ou para máquina. 
• Alargador cilíndrico, de navalhas helicoidais para máquina. 
12. ALARGADOR
Figura 59 - Alargador cilíndrico de navalhas retas 
Figura 60 - Alargador cilíndrico de navahas helicoidais
52
• Alargador cônico, de navalhas helicoidais, manual ou para máquina. 
Figura 61- Alargador cônico de navalhas helicoidais 
53
Nas operações de montagem de máquinas, é necessário embutir parafusos que não devem ficar 
salientes. Nesse caso, a furação com uma broca comum não é indicada. Para esse tipo de trabalho usam-
se ferramentas diferentes de acordo com o tipo de rebaixo ou alojamento que se quer obter. 
Assim, para rebaixos cônicos, como para parafusos de cabeça escareada com fenda, emprega-se 
uma ferramenta chamada de escareador. Essa ferramenta apresenta um ângulo de ponta que pode ser 
de 60, 90 ou 120° e pode ter o corpo com um formato cilíndrico ou cônico. 
• Escarear furo: consiste em tornar cônica a extremidade de um furo previamente feito, utilizando um 
escareador. O escariador permite que sejam alojados elementos de união tais como parafusos e rebites 
cujas cabeças têm formato cônico.
13. ESCARIADORES E REBAIXADORES
Figura 62 - Escariador
54
• Rebaixar furo: consiste em aumentar o diâmetro de um furo até uma profundidade determinada. O 
rebaixo destina-se a alojar a cabeças de parafusos, rebites, porcas e buchas. Com esse rebaixo, elas 
ficam embutidas, apresentando melhores aspectos e evitando o perigo de acidentes com as partes 
salientes. Como a guia do rebaixador é responsável pela centralização do rebaixo, é importante verificar 
de modo que o diâmetro da broca que faz o furo seja igual ao da guia. 
Figura 63 - Rebaixador
55
Essa operação é executada com uma serra, consiste em cortar, abrir fendas e iniciar ou abrir rasgos 
num determinado material. Serra manual é uma ferramenta composta de um arco de aço carbono, onde 
deve ser montada uma lâmina de aço – rápido ou aço carbono, dentado e temperado. 
A lâmina de serra é caracterizada pelo comprimento, que comumente mede 8'', 10”, ou 12”, pela 
largura da lâmina, que geralmente mede 1/2”, pelo número de dentes por polegada, que em geral, é de: 
- 14 dentes por polegada, são utilizadas no corte de grandes secções de metais resistentes;
- 18 e 24 dentes por polegada, usada para materiais com baixa dureza (cobre, latão, alumínio e 
metais;
- 32 dentes por polegada, usada para corte de tubos de paredes finas e para chapas finas.
São ferramentas dentedas de corte, cujos dentes são inclinados lateralmente. São contruídas em 
lâmina de aço ao carbono ou aço rápido e se destinam a produzir rasgos, possibilitando seccionar 
materiais metálicos. 
As lâminas de serra podem possuir uma sinuosidade, ou dentes travados alternadamente, cuja 
finalidade é facilitar o movimento da serra e reduzir seu atrito com a peça. 
14.1 Lâmina de serra
14. SERRA – ARCO DE SERRA
Figura 64 - Arco de serra 
Figura 65 - Lâmina de serra 
56
Os dentes da lâmina podem ter trava ondulada ou alternada. Quando há tendência para encher e 
ligar o material arrancado dentro do corte, pode-se usar a trava em ancinho onde há um dente para a 
direita, um sem desvio e um para a esquerda.
Figura 66 - Dentes da lâmina de serra
57
São máquinas-ferramentas, cuja fita de serra movimenta-se continuamente através da rotação de 
volantes e polias acionados por um motor elétrico. 
Tipos: 
Figura 67 - Serra - fitas
Serra fita vertical 
15. SERRA-FITAS 
Serra Fita Horizontal 
58
A rosca é uma saliência (filete) da seção uniforme (triangular, quadrada, etc), que se desenvolve ao 
redor de uma superfície cilíndrica. 
• Sentido do filete 
O filete da rosca pode ter dois sentidos, como mostram as figuras abaixo; 
• Nomenclatura da rosca 
Independente de seu uso, as roscas têm os mesmos elementos variando apenas os formatos e 
dimensões. 
16. ROSCAS
Figura 68 - Filetes
Figura 69 - Sentido do filete 
59
 • Emprego dos diferentes tipos de filetes
Filete triangular
Esse tipo de filete é quase exclusivamente usado em rosca de fixação. Raramente é usado em 
rosca de transmissão por causa do atrito que é grande.
Filete quadrado
Esse tipo é muito usado em rosca de transmissão. A pior desvantagem desse tipo de rosca é a 
dificuldade de construção.
Filete trapezoidal
Esse tipo de rosca tem grande emprego em transmissão. Ele apresenta sobre o filete quadrado as 
seguintes vantagens:
- É mais resistente
- É mais fácil de ser usinado.
- As ferramentas para sua construção são mais resistentes.
Figura 70 - Nomencluatura das roscas 
60
• Machos
Macho é uma ferramenta para abrir roscas internas,como porcas, etc. O macho tem filetes 
internos e rasgos longitudinais, originando daí o aparecimento de arestas cortantes e sulcos necessários 
à saída dos cavacos.
Os machos para trabalhos manuais são formados em jogos de 3 unidades: 
Macho n° 1 - Desbaste
Macho n° 2 - Intermediário 
Macho n° 3 - Acabamento 
• Machos manuais de perfil completo. Os três machos de um jogo cortam filetes inteiros. São 
destinados a trabalhos que podem ser feitos internamente com um só macho e, segundo a classe 
daqueles, escolhe-se um de desbastar, um intermediário ou um acabador.
O trabalho manual com macho é feito por meio de um desandador de macho. Para evitar a quebra 
da ferramenta, ela deve ser trabalhada girando-se ½ volta para a direita, na direção do corte e 1/4 de volta 
para esquerda, para retirada do cavaco.
17. FERRAMENTA PARA ABRIR ROSCA 
Figura 71 - Jogo de machos 
61
A figura abaixo mostra a maneira de aprumar um macho, e como também deve trabalha no início da 
operação de roscar e depois da partida.
Figura 72 - Operação de roscamento
62
 • Operação de Roscamento Externo (Manual) 
São ferramentas de corte construídas de aço especial, com rosca temperada e retificada; é similar 
a uma porca, com cortes radiais dispostos convenientemente em torno do furo central. Os cossinetes 
possuem quatro ou mais furos, que forman as suas partes cortantes, que permitem a saída do cavaco.
Geralmente possuem um corte no sentido da espessura que permite regular a profundidade do 
corte. 
O roscamento externo manual consiste em abrir rosca na superfície externa de peças cilíndricas 
com o uso de uma ferramenta chamada cossinete, por meio de um movimento circular alternativo (vai – 
vem). 
Figura 73 - Cossinete
63
18. ROSCAR COM COSSINETE
19.1 Limar superfície plana
Limar é desbastar ou dar acabamento com auxílio de uma ferramenta chamada lima.
Limar superfície plana é a operação realizada com a finalidade de se obter um plano com um grau 
de precisão determinado. O ajustador executa esta operação, freqüentemente, na reparação de 
máquinas e em ajustes diversos. 
• Processo de execução 
1° passo: prenda a peça, considerando a superfície a ser limada na posição horizontal e acima do 
mordente da morsa. 
• Observações 
1- Antes de prender a peça, verifique se a morsa está na altura recomendada, se necessário, 
procure outro local de trabalho ou use estrado. 
2- Os mordentes da morsa devem cobrir-se com material mais macio que o da peça, para proteger 
as faces acabadas. 
19. FOLHA DE OPERAÇÃO
Figura 74 - Limar superfície plana 
Figura 75 - Fixação da peça 
64
2° passo: Lime a superfície. 
• Precaução: verifique se o cabo da lima está bem preso para evitar acidentes. 
a) Apóie a lima sobre a peça, observando a posição dos pés.
b) Inicie o limado, com movimento para frente, fazendo pressão com a lima sobre a peça. No retorno, 
a lima deve correr livremente sobre a peça.
• Observações
1- O limado pode ser transversal ou oblíquo. 
2- A lima deve ser usada em todo seu comprimento.
3- O ritmo do limado deve ser de 40 golpes por minuto, aproximadamente.
4- O movimento da lima deve ser dado somente com os braços.
5- A limpeza da lima se faz com a escova.
3° passo Verifique se a superfície está plana, com régua de controle ou sobre a mesa de traçagem e 
controle. 
Figura 76 - Forma de limado
Figura 77 - Limpeza da lima 
65
19.2 Limar superfície plana paralela 
É a operação manual realizada com a lima para se obter superfície planas e paralelas, utilizando-se 
como elementos de controle o graminho, paquímetro, micrômetro ou comparador dependendo da 
precisão requerida.
Geralmente, esta operação é empregada na confecção de matrizes, montagens e ajustes 
diversos.
Processo de execução 
1° Passo: lime uma face até que fique plana, para servir de referência ao limado da outra face. 
Observação: 
Deve-se retirar o mínimo possível de material.
2° Passo:Trace a peça. 
a) Coloque a superfície limada da peça sobre a mesa de traçar.
Figura 78 - Controle de planicidade
Figura 79 - Traçagem 
66
b) Trace com graminho em todo seu contorno para obter uma linha de referência. 
Precaução 
Cuidado para não se ferir com a ponta da agulha do graminho.
3° Passo: Lime o material em excesso da outra face, observando a linha de referência
4° Passo: Verifique o paralelismo e a dimensão, usando paquímetro. 
É uma operação de limar por meio da qual se obtêm superfícies em ângulos reto, agudo ou obtuso. 
Suas aplicações são inúmeras como por exemplo: guias em diversos ângulos, “rabo de andorinha”, 
gabaritos, cunhas e peças de máquinas em geral.
• Processo de execução 
1° Passo: Prenda a peça e lime a face de referência.
2° Passo: Trace o ângulo previsto.
19.3 Limar superfícies plana em ângulo 
Figura 80 - Verificação do paralelismo
67
3° Passo: Lime o material em excesso, observando o traçado. 
Observação
Quando o excesso de material for muito grande, deve-se cortar antes de limar. 
4° Passo: Termine de limar, verificando a planicidade da face limada e o ângulo
É produzir uma superfície cilíndrica interna ou externa pela ação manual de uma lima redonda, 
meia-cana ou paralela, através de movimentos combinados. 
19.4 Limar superfícies côncava e convexa
Traçado com esquadro Traçado com transferidor
Figura 81 - Traçagem em ângulo
Figura 82 - Verificação da planicidade e do ângulo
Figura 83 - Limar superfície côncova e convexa 
68
Entre as principais aplicadas desta operação, podemos citar a execução de gabaritos, matrizes, 
guias, dispositivos e chavetas. 
Processo de execução
1° Passo Trace a peça. 
2° Passo Prenda a peça. 
3° Passo Retire o material em excesso
4° Passo Lime. 
a) Desbaste respeitando o traço. 
b) Dê acabamento.
 
 
Gabarito Gabarito de guia 
Com serra
Figura 84 - Gabaritos 
Figura 85 - Serramento 
Figura 86 - Limando concavo
69
5° Passo – Verifique a curvatura com gabarito 
 
É a operação por meio da qual pode-se desenhar, em um plano, retas em diversas posições, 
tomando-se como base uma linha ou face de referência e em pontos previamente determinados 
utilizando-se diferentes instrumentos. 
Esta operação se faz como passo prévio para a execução da maioria das operações na construção 
de peças mecânicas e metalúrgicas, para servir de guia ou referência. 
• Processo de execução 
1° Passo: Pinte a face da peça 
Observações 
1 - A face deve estar lisa e livre de gorduras. 
2 - A face pode ser pintada com verniz, alvaiade ou sulfato de cobre. 
2° Passo: Marque os pontos, por onde vão ser traçadas as retas.
19.5 Traçar retas no plano
Figura 87 - Verificação com gabarito
Figura 88 - Traçagem de retas 
70
3° Passo: Apóie a base do esquadro na face de referência. 
4° Passo:Trace com o riscador as retas fazendo-as passar pelos pontos marcados.
Observações 
1. Os traços devem ser finos, nítidos e feitos de uma só vez. 
2. Para traçar retas oblíquas, procede-se da mesma maneira utilizando-se goniômetro
 
Figura 89 - Traçagem 
Figura 90 - Traçagem com goniômetro
Figura 91 - Traçar retas oblíquas 
71
3. Para efetuar operações de desbaste em peças de ferro fundido, os traços devem ser ponteados com 
punção de bico.
 
É a operação pela qual se conseguem traçar arcos de circunferência com raio determinado, dando 
movimento de rotação a um instrumento denominado compasso, que gira apoiando uma de suas pontas 
em um ponto denominado centro.
Esta operação se aplica na construção de peças em geral, como guia para execução de outras 
operações.• Processo de execução
1° Passo: Pinte a face da peça.
2° Passo: Determine o centro 
Observação 
O centro do arco de circunferência é determinado através da interseção de duas linhas.
3° Passo: Marque o centro 
a) Apóie a ponta do punção no ponto determinado, inclinando-o para frente a fim de melhorar a visão. 
19.6 Traçar arcos de circunferência
Figura 92 - Traçagem do centro
72
b) Leve o punção a posição vertical e bata com o martelo.
4° Passo Trace o arco. 
a) Abra o compasso na medida determinada. 
b) Apóie uma das pontas do compasso no centro marcado e trace o arco de circunferência, girando o 
compasso no sentido dos ponteiros do relógio. 
Escarear furo é a operação que consiste em tornar cônica a extremidade de um furo, utilizando a 
furadeira e o escareador. 
O escareado permite que sejam alojados elementos de união tais como parafusos e rebites cujas 
cabeças têm essa forma. 
19.7 Escarear furo 
Figura 93 - Verificação da medida do compasso
Figura 94 - Traçagem com compasso 
73
• Processo de execução 
1° Passo: Prenda a peça.
2° Passo: Prepare a máquina 
a) Prenda o escareador no mandril. 
Observação 
A ferramenta deve ter o mesmo ângulo que a cabeça do parafuso ou rebite.
b) Regule a rotação.
3° Passo: Escareie o furo da peça. 
a) Regule a profundidade do escareador.
b) Centre a ferramenta com o furo. 
Figura 95 - Escareado
Figura 96 - Escariador com guia 
74
Observações
1. A profundidade do escareado pode-se determinar realizando uma prova em um material a parte.
2. Nos escareados de precisão utilizam-se escariadores com guia. 
c) Ligue a máquina.
d) Execute o escareado. 
4° Passo: Verifique o escareado com parafuso a usar ou com o paquímetro. 
É a operação pela qual conseguimos fazer furos pela ação da rotação e avanço de uma broca, 
presa em uma furadeira. 
Os furos são feitos quando se necessita roscar ou introduzir eixos, buchas, parafusos ou rebites 
em peças que poderão ter suas funções isoladas ou de conjunto. 
19.8 Furar na furadeira 
Figura 97 - Escareamento
Figura 98 - Verificação do escareamento
75
• Processo de Execução
1° Passo: Prenda a peça 
Observações 
Para evitar perfurar a morsa ou a mesa da furadeira, ponha um pedaço de madeira entre a peça e a base 
de apoio desta. 
2° Passo: Prenda a broca no mandril. 
Observações 
1. Antes de fixar a broca, verifique com paquímetro se tem o diâmetro adequado e se esta bem 
afiada.
2. No caso de brocas de haste cônica, fixe-a diretamente na árvore da máquina.
3. Para furar chapas finas selecione ou prepare a broca. 
3° Passo: Regule a rotação e o avanço.
4° Passo: Regule a profundidade de penetração da broca. 
a) Apóie a ponta da broca sobre a peça, atuando na alavanca de avanço.
Figura 99 - Fixação da peça 
Figura 100 - Fixação da broca 
76
b) Gire a porca de regulagem até uma distância do tope igual à profundidade de penetração mais a 
altura do cone da broca. 
É uma operação que permite cortar um material utilizando a serra. Empregam-se muito nos 
trabalhos de mecânica, pois, quase sempre, precede a realização de outras operações.
• Processo de execução 
1° Passo: Prepare a serra. 
a) Selecione a lâmina de acordo com o material e sua espessura.
b) Coloque a serra no arco, com os dentes voltados para a frente. 
c) Estique a folha de serra, girando a borboleta com a mão.
2° Passo: Trace e prenda o material na morsa. 
19.9 Serrar manualmente 
Figura 101 - Operação de furação 
77
 Observações 
1 - A parte a ser cortada deve estar ao lado direito do operador e próxima dos mordentes.
2 - Quando se trata de material de pouca espessura, prende-se por meio de peças auxiliares tais como: 
calços de madeira, cantoneiras e outros. 
3° Passo: Serre.
Observações: 
1 - Deve-se iniciar o corte colocando-se a lâmina junto ao traço, guiando-a com o dedo polegar, e 
ligeiramente inclinada para frente, a fim de evitar que se quebrem os dentes. 
Figura 102 - Serramento
Figura 103 - Sentido da serra 
Figura 104 - Calços de proteção 
78
2 - Quando o corte for longo a lâmina deve ser montada conforme a figura acima. 
3 - A pressão da serra sobre o material é feita apenas durante o avanço e não deve ser excessiva. No 
retorno a serra deve correr livremente sobre o material. 
4 - A serra deve ser usada em todo seu comprimento e o movimento deve ser dado apenas com os braços.
5 - O número de golpes não deve exceder de 60 por minuto. 
Precaução 
Ao se aproximar o término do corte, diminua a velocidade e a pressão de corte para evitar 
acidentes. 
4° Passo: Afrouxe a lâmina 
A execução de roscas internas para introdução de parafusos de diâmetros determinados é feita 
com um jogo de machos em furos previamente executados. 
Os machos se introduzem progressivamente por meio de movimentos circulares alternativos 
acionados por um desandador. É aplicada na confecção de flanges, porcas e peças de máquinas em 
geral. 
19.10 Rosqueamento manual 
Figura 105 - Serramento
79
• Processo de execução 
1° Passo: Fixe a peça na morsa se necessário. 
Observação: Se possível mantenha a posição vertical do furo a ser roscado
2° Passo: Inicie a rosca.
a) Selecione o macho.
b) Coloque o primeiro macho no desandador. 
Observação: o tamanho do desandador deve ser proporcional ao tamanho do macho. 
c) Introduza o macho no furo dando as voltas necessárias até que inicie o corte. 
3° Passo: verifique a perpendicularidade e corrija se necessário.
4° Passo termine de passar o primeiro macho 
Figura 106 - Rosqueamento
Figura 107 - Verificação do perpendicularismo
80
Observações
1. O fluido de corte deve ser selecionado segundo as características do material a roscar. 
2. Sendo grande a resistência ao corte, gire o macho ligeiramente em sentido contrário a fim de 
quebrar o cavaco. 
5° Passo: Termine a rosca 
a) Passe o segundo macho com movimento circular alternativo.
b) Passe o terceiro macho com movimento circular continuo. 
Dobrar chapa fina (espessura até 4 mm aproximadamente) é modificar sua forma, que 
normalmente se encontra plana, transformando-a em perfis angulares, circulares ou também mistos. 
Consegue-se através da utilização da morsa, martelos ou macetes auxiliados com mandris ou 
calços para dar as formas desejadas. 
19.11 Curvar e dobrar chapa fina 
Figura 108 - Operação de rosqueamento
Figura 109 - Dobrar chapa fina
81
As peças executadas por este processo são utilizadas na união de outras peças e em montagens. 
Processo de execução 
1° Passo - Prenda a peça na morsa, observando o traçado.
Observações 
1. Devem ser usados mordentes de proteção quando necessário. 
2. Usar acessórios se necessários. 
3. Para peças maiores que a morsa, usam-se cantoneiras ou calços. 
Figura 110 - Fixação da peça
Figura 111 - Operação de dobramento
Figura 112 - Calços e cantoneiras 
82
2° Passo: Dobre e curve 
Observação
Podem ser utilizados diversos procedimentos 
Precaução: Verifique se o martelo e o macete estão bem encaixados e se a peça, os acessórios e 
calços estão bem presos. 
Diretamente com o martelo, quando o acabamento não tem muita importância. 
Com martelo e uma proteção, para evitar sinais de pancada na peça. 
Figura 113 - Forma de fixação
Figura 114 - Dobramento
Figura 115 - Dobramento
83
Com macete, nos casos de chapas muito fina ou material não ferroso.
Com estampos aproveitados, nos casos de várias peças.
Com cantoneiras sem corte, em casos especiais.
Figura 116 - Dobramento 
Figura 117 - Dobramento com estampos
Figura 118 - Cantoneiras
84
20. FOLHA DE ROTEIRO
Roteiro de Trabalho
N° 
1
2
34
Fixe a peça. 
Rebarbe. 
Lime uma face da peça (face de referência). Verificando a 
planicidade. 
Lime uma face paralela à primeira na medida 
Lime uma borda em esquadro, retirando o mínimo de 
material. 
Trace e lime a borda oposta na medida.
Trace o topo oposto na medida 
Trace
Execute o furo Ø 7,8 mm (alargador) 
Execute o furo Ø 8,5 mm para rosca 
Execute o furo Ø 13 mm para iniciar o oblongo 
Execute o furo Ø 10 mm para iniciar retângulo 
Serrar inclinado 30°, 18 x 10 mm deixando sobremetal. 
Serrar batente 15 x 64,5 mm 
Lime em ângulo 30° 
Lime raio convexo de 15 mm 
Lime formando o quadrado 
Lime formando oblongo 
Abrir rosca M10 x 1.5 
Alargue furo Ø 7,8 mm para Ø 8 H7 
Trace e lime um topo em esquadro, retirando o mínimo de 
material.
Tarefa N° 1 Ferramentas/Acessórios 
e Instrumentos 
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
Morsa, lima chata bastarda;
lima chata murça; 
esquadro; paquímetro; 
régua de controle; arco de 
serra; traçador de altura; 
mordente de proteção; tinta 
de traçagem; 
Barra chata laminada 
SAE 1020 2” X 1/2”. 
Material
Tabela 2 - Tarefa de ajustagem 
85
 
Roteiro de Trabalho 
 
 
 
 
N° 
 
Tarefa N° 2 
 
Ferramentas/Acessórios 
e Instrumentos 
1 Fixe a peça. 
2 Rebarbe 
3 Lime uma face da peça (face de referência). Verificando a 
planicidade. 
4 Lime uma face perpendicular á primeira 
5 Lime um lado paralelo à face de referência na medida, 
verificando o perpendicularismo e o paralelismo. 
6 Lime um lado perpendicular a face de referência. 
7 Trace e lime um lado, formando o raio de 7 mm 
8 Trace e lime o lado oposto, formando o raio de 7mm x 30mm 
 
Morsa, lima chata bastarda; 
lima chata murça; 
esquadro; paquímetro; 
régua de controle; arco de 
serra; traçador de altura; 
mordente de proteção; tinta 
de traçagem; 
Material 
 
 
 
Barra chata laminada 
SAE 1020 2” x ½”. 
Tabela 3 - Tarefa de ajustagem
86
Roteiro de Trabalho 
 
 
N° 
 
Tarefa N° 3 
 
Ferramentas/Acessórios e 
Instrumentos 
1 Traçe peça conforme calculo desenvolvido 
2 Corte 
3 Lime chapa na medida 
4 Traçe furos 
5 Fure 
6 Dobre formando a abraçadeira 
 
Morsa, lima chata bastarda; 
lima chata murça; esquadro; 
paquímetro; arco de serra; 
traçador de altura; mordente 
de proteção; tinta de 
traçagem; punção; tesoura 
de corte. 
 
Material 
 
 
Chapa laminada SAE 
1020 bitola 2mm 
 
Tabela 4 - Tarefa de ajustagem
87
CABRERA, C. Silva et al. Controle da Qualidade: apostila do Projeto de Formação e Aperfeiçoamento de 
Supervisores. São Paulo: SENAI, 1984. p. 50-63;
SCHOELER, Nelson. Tolerâncias e ajustes. Florianópolis: CERTI, 1992. 41p;
SENAI. CBS - Coleção básica Senai ocupação ajustagem. São Paulo, 1984; 
CHIAVERINI, Vicente, Tecnologia Mecânica VolII,2ª Edição,São Paulo,McGraw-Hill,1986 p 115-130.
BIBLIOGRAFIA
88
	Página 1
	Página 2
	Página 3
	Página 4
	Página 5
	Página 6
	Página 7
	Página 8
	Página 9
	Página 10
	Página 11
	Página 12
	Página 13
	Página 14
	Página 15
	Página 16
	Página 17
	Página 18
	Página 19
	Página 20
	Página 21
	Página 22
	Página 23
	Página 24
	Página 25
	Página 26
	Página 27
	Página 28
	Página 29
	Página 30
	Página 31
	Página 32
	Página 33
	Página 34
	Página 35
	Página 36
	Página 37
	Página 38
	Página 39
	Página 40
	Página 41
	Página 42
	Página 43
	Página 44
	Página 45
	Página 46
	Página 47
	Página 48
	Página 49
	Página 50
	Página 51
	Página 52
	Página 53
	Página 54
	Página 55
	Página 56
	Página 57
	Página 58
	Página 59
	Página 60
	Página 61
	Página 62
	Página 63
	Página 64
	Página 65
	Página 66
	Página 67
	Página 68
	Página 69
	Página 70
	Página 71
	Página 72
	Página 73
	Página 74
	Página 75
	Página 76
	Página 77
	Página 78
	Página 79
	Página 80
	Página 81
	Página 82
	Página 83
	Página 84
	Página 85
	Página 86
	Página 87
	Página 88

Outros materiais