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Tubulações em Bioprocessos Prof. Matheus Severo Introdução Expansão de plantas biotecnológicas Maior informação sobre projeto de tubulações sanitárias e estéreis Garantia de esterilidade Válvulas, conexões e materiais apropriados Técnicas de projeto especiais (biorreatores) Cruciais para segurança de organismos e processos Concepção Três fases: Fase de layout – arranjos de equipamentos Fase de elaboração – desenhos de arranjo de tubulações Fase de detalhamento – isométricos da tubulação Prazos não permitem finalizar antes do início da construção Projetos precisam ser flexíveis para adaptar às mudanças Considerações de Layout Comprimento de tubulações – mínimo possível Tubulações – não serem risco ou restrição aos operadores Válvulas e instrumentos – facilmente operados e mantidos Partes do sistema – providas com válvulas de drenagem adequadas Flexibilidade – flutuações de temperatura Tubulações Ocultas Melhora na limpeza das salas Lugares possíveis de ocultar: Paredes ocas Sobre o teto (espaços interstiticiais, ex. forro) Cavidades adjacentes Considerações pelo espaço extra Afeta planta baixa Adiciona altura ao prédio Aumenta custos (2) Considerações de Tubulações Ocultas Área da Planta Bancada Piloto Fermentação Nenhuma Parcial Recuperação celular Nenhuma Parcial Purificação Parcial Maximizada Processamento estéril Maximizada Total Finalização estéril Total Total Tubulações Ocultas (4) Materiais para Tubulação Muita informação em materiais e especificações Ênfase nos problemas relacionados à limpeza e esterilidade Ausência de código – alguns manuais disponíveis Current Good Manufacturing Practice – Large Volume Parenteral, 212.49 da subparte C (FDA, 1976) (5) Materiais para Tubulação Aço inoxidável 316L – sistemas estéreis e livres de pirogênio (o que é?) Gaxetas especiais ao invés de flanges convencionais Aço inoxidável 304L a 316L – tubulações de processo Resistência a corrosão e limpeza são importantes (6) Materiais para Tubulação Termoplásticos (PP, PVDF, polietileno, etc): Distribuição de água e sistemas de drenagem Aplicações com temperatura ambiente Aço carbono: Distribuição de água, vapor e outras utilidades Primeira escolha a não ser que exista possibilidade de corrosão (7) (8) Materiais para Tubulação Cobre – encanamentos, combinado ou substituindo tubulações plásticas Gases (oxigênio, hélio, argônio) Utilidades de modo geral (ar, glicol) Limitado por preço e força para escalas maiores Aço – uso quase exclusivo para drenagem subterrânea e esgotos Necessário ter boa resistência à corrosão (9) (10) Materiais para Tubulação Vidro – alta resistência à corrosão Pequenos tamanhos e pouca força Tubo jaquetado – vidro, plástico + metal Força + resistência a corrosão Conexões são problemas em áreas limpas (12) (11) Economia na Escolha Qual material escolher e onde usá-lo? Pensar nos custos de instalação além dos custos com materiais Problemas com soldagem ou suporte Usar soldadores experientes em tubulações sanitárias – resultados reprodutíveis Limpeza x materiais caros – separação em três classes Economia na Escolha Classe III – Tubulações auxiliares com algum risco ao produto Ex: Suprimento de água deionizada Melhores materiais: Tubulação não corrosiva e sem vazamentos Válvulas com materiais não corrosivos Inclinação positiva Conexões para CIP e SIP Economia na Escolha Classe II – Organismos vivos em risco ou limpeza das linhas importante Ex: Tubulações de fermentação Melhores materiais: Tubulação 304L a 316L Solda controlada, lisa e livre de cavidades Juntas flangeadas mantidas no mínimo possível Válvulas diafragma Inclinação positiva Conexões para CIP e SIP Sem conexões difíceis de limpar Economia na Escolha Classe I – Não tolera contaminação de nenhum tipo Ex: Água para injetáveis (WFI) ou sistemas de processo estéreis Melhores materiais: Tubulação 316L com interior polido Solda automática para juntas Juntas fixas sanitárias onde desconexão é necessária Válvulas diafragma com interior polido Inclinação positiva Conexões CIP e SIP Desenho livre de bolsões Soldagem União de metais ou não-metais por meio da fusão ou não das peças Vantagens: Maior economia de tempo e de material Redução do peso Uniões mais estanques e resistentes Uniões possíveis de serem usinadas Desvantagens: Dificuldade de desmontagem Podem ocorrer tensões e deformações Algumas soldas exigem acabamento posterior Exige mão de obra especializada Soldagem Soldagem a arco elétrico – união de dois ou mais materiais por calor Barreira de soldagem – fatores que atrapalham a criação do arco: Ferrugem, tinta, umidade, poeira e gordura Tubulações Sanitárias Tubulações tradicionais Problemas com limpeza Presença de cavidades e frestas – proliferação de bactérias Debris pirogênicos Solução – tubulações sanitárias: Material - Aço 316L com ou sem solda Soldagem – GTAW (Gas Tungsten Arc Welding) ou TIG Polimento – Superfícies interiores e exteriores Passivação – com ácido após instalação Válvulas – com polimento e/ou eletropolimento interior e partes sanitárias Inclinação – positiva para assegurar drenagem livre GTAW Atividade 1 Se dividam em equipes (máx 4 alunos) e procurem outros tipos de solda para apresentar aos colegas 20 a 30 minutos para realização Polimento Perguntas: Polir ou não? Como polir? Quanto polir? Tipos de polimento: Retificação Polimento mecânico Polimento eletrolítico e eletropolimento https://www.cimm.com.br/portal/material_didatico/6316-processos-de-acabamento-fino#.XIucjCi6NPb Retificação Finalidade: Eliminação de irregularidades, fissuras, poros, estranhos e óxidos Metais pesados e leves não devem ser trabalhados com o mesmo rebolo Agentes: Materiais abrasivos combinados com aglomerantes Tamanho dos grãos abrasivos – peneiras normalizadas (DIN 1771) Características: Material a retificar – tipo de rebolo, grão abrasivo e material aglomerante Rebolos mais elásticos (cortiça, feltro, papelão ou madeira) - baixa remoção do metal da peça Retificação (13) Polimento Mecânico Finalidade: Lustração dos metais antes e/ou após a aplicação de revestimentos Uso de discos ou politrizes automáticas Agentes: Pasta aplicada sobre o disco girante Disco é feito de couro feltro ou pano Características: Rotações mais altas do que retificação Polimento mecânico Polimento Eletrolítico Finalidade: Superfície da peça já precisa ser lisa Metais pesados e leves, ferro fundido e peças fundidas sob pressão Agentes: Corrente elétrica e substância de banho Características: Banhos – agitação do eletrólito e aumento de temperatura (vapores?) Densidade de corrente, temperatura e composição do banho rigorosamente controladas Tempo de exposição – alguns minutos Eletropolimento Passivação Tubulações sanitárias: Tratamento com ácido nítrico 35-45% Tratamento com ácido cítrico 5% Ácido cítrico – dissolve imperfeições da superfície Finalidade: remover o ferro incrustado (limpeza?) Não remove óleos ou outros contaminantes não ferrosos Procedimento – ASTM A-380: Circular solução detergente e enxaguar antes de usar ácido Circular por 6 a 8 horas a 60-71°C de ácido cítrico e enxaguar ao final O último enxague deve ser com água desmineralizada Passivação A remoção de ferro livre permite a criação de uma camada filma de óxido, geralmente de cromo Maior proteção contra o oxigênio e assim contra ferrugem ASTM A380 e A967 são as normas para passivação Passivação Juntas Sanitárias (14) (15) Por que a borracha? Que partes interagem com o líquido? Atividade 2 Se dividam em equipe (máx 4 alunos) e escolha um dos processos de polimento/retificação e cite um material que sofre este tratamento e qual sua aplicação industrial Duração da atividade 15 a 20 minutos Dimensionamento de Tubulações Introdução Dimensionamento – problema de hidráulica O que impacta no dimensionamento? Vazão necessária do fluido Diferenças de cota existentes Pressões disponíveis Velocidades Perdas de carga admissíveisNatureza do fluido Material e tipo da tubulação Quem faz estes cálculos? Equipe de projeto (16) Escoamento de Fluidos Qual é o tamanho padrão quando não se sabe como iniciar? 1” é o padrão para processos e utilidades O que é mais difícil de calcular? Perdas de carga Escoamento – perdas de carga por resistência internas e externas Internas: atrito entre as moléculas do fluido Externas: atrito do fluido com as paredes, acidentes Em inglês: dificuldade de nomenclatura de pipe e tube Pipe x Tube Pipe x Tube (17) Escoamento de Fluidos Proporções: velocidade - resistências externas e internas rugosidade das paredes - resistências externas diâmetro do tubo - resistências externas viscosidade - resistências internas O que a perda de carga causa? Perda gradual de pressão do fluido Influenciada pelo que? Acidentes – curvas, derivações, subidas, descidas, válvulas Cálculos de Dimensionamento O que fazer para facilitar os cálculos? Divisão da tubulação por trechos Não ter nenhum máquina que troque calor com o ambiente Máquinas – bombas, compressores, turbinas Única fonte de variação de energia são as perdas de carga Conservação da energia entre dois pontos: (1) J=perda de carga total, =peso específico do fluido, P=pressão do fluido, V=velocidade de escoamento, H=cotas acima de um plano de referência, g=gravidade Cálculos de Dimensionamento Considerações: Fluidos incompressíveis possuem peso específico constante Mudança da velocidade dividida pela gravidade ≈0 Equação (1) fica: Observação: J é dado em unidade de comprimento (2) Cálculos de Dimensionamento Também é influenciado pelo tipo de regime - Reynolds V=velocidade média de escoamento do líquido (m/s), d=diâmetro interno do tubo (mm), v=viscosidade cinemática do fluido (Stokes) Re < 2000 – escoamento laminar Re > 4000 – escoamento turbulento 4000 > Re > 2000 – regime instável (3) Perda de Carga para Líquidos O tipo de regime vai influenciar nos cálculos (4) Regime laminar – fórmula de Poiseulle L=comprimento do tubo Vale para qualquer líquido e tubulação Perda de carga sempre proporcional à velocidade no regime laminar Regime turbulento – sem fórmula específica, fórmula de Darcy é a mais aceita (5) f=coeficiente de atrito – função de Re e da rugosidade das paredes Rugosidade - /d = altura da maior irregularidade interna na parede do tubo e o diâmetro interno do mesmo f e /d são adimensionais Ábaco ou Diagrama de Moody (1) Final da Aula Conhecimentos mínimos necessários ao final da aula: Conhecer mais sobre as diferenças de tubulações em bioprocessos em comparação com outras indústrias Entender os critérios utilizados na escolha de tubulações para bioprocessos Entender os conceitos de polimento e passivação Referências Bibliográficas Tubulações Industriais – Pedro C. Silva Telles. Livros Técnicos e Científicos Editora S.A. http://blog.losinox.com.br/2017/03/13/304-ou-316-e-304l-ou-316l/ http://www.cimm.com.br/portal/material_didatico/6316-processos-de-acabamento-fino#.WRYnh2grLIU https://www.youtube.com/watch?v=M6te8o9GtXM proedu.ifce.edu.br/bitstream/handle/123456789/277/soldagem.pdf https://www.youtube.com/watch?v=CSKKU0jX3tI&t=17s https://www.youtube.com/watch?v=mHX9Po9HGhc https://www.youtube.com/watch?v=PfDTc6lTnhA (1)http://www.toocraft.com/postpic/2014/12/compressed-air-piping-design_548258.jpg (2)http://aemstatic-ww2.azureedge.net/content/dam/fe/online-articles/2011/08/Havel%202/Concealed-space-Photo2.jpg (3)https://shop.cjshomedecor.com/image/data/Information%20Pages/Valves-and-Escutcheons/Valves-and-Escutcheons-02.jpg (4)http://multidecor.in/blog1/wp-content/uploads/2016/07/Multi-Decor-Cleanroom-1.jpg (5)http://www.corr-tech.com/bp18.jpg (6)http://blog.losinox.com.br/wp-content/uploads/2017/03/A%C3%A7os-304-ou-316-e-o-304L-ou-316L.jpg (7)http://www.polytech-plastics.com.au/wp-content/uploads/2013/04/PVDF.jpg (8)http://www.shipplate.com/images/carbon_steel_pipe.jpg (9)https://www.mytub.co.uk/product_images/95390438226413mytub.jpg Referências Bibliográficas (10)http://www.ductileironpipesfittings.com/css/images/double-flange-ductile-iron-pipe.jpg (11)https://images-na.ssl-images-amazon.com/images/I/41Zp%2BpAq0qL._SX342_.jpg (12)https://5.imimg.com/data5/FF/BL/MY-1017347/ptfe-lined-piping-250x250.jpg (13)https://slideplayer.com.br/slide/1613352/5/images/5/Conceito+de+Retifica%C3%A7%C3%A3o.jpg (14)https://ae01.alicdn.com/kf/HTB1TSuDQpXXXXbAXVXXq6xXFXXXu/High-Quality2-Pcs-font-b-1-b-font-2-DN15-Sanitary-Male-Thread-Ferrule-font-b.jpg (15)https://ae01.alicdn.com/kf/HTB1JhJKOpXXXXauXpXXq6xXFXXXj/SZS-Hot-2-inch-Tri-font-b-Clamp-b-font-304-Stainless-Steel-font-b-Sanitary.jpg (16)http://engrenarjr.com.br/wp-content/uploads/2018/08/Post_Blog_Dimensionamento_ImgDestacada.png (17)https://lcsimei.files.wordpress.com/2012/10/tubulac3a7c3b5es-industriais_i_simei7.pdf
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