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PAPER EJA 2019

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CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI
 Rodovia BR 470 - Km 71 - no 1.040 – Bairro Benedito – Caixa Postal 191 – 89130-000 – Indaial/SC
 Fone (47) 3281-9000 – Fax (47) 3281-9090 – Site: www.uniasselvi.com.br
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 Fone (47) 3281-9000 – Fax (47) 3281-9090 – Site: www.uniasselvi.com.br
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A LEGISLAÇÃO E AS POLÍTICAS PÚBLICAS QUE REGEM A MODALIDADE EJA – EDUCAÇÃO 
DE JOVENS E ADULTOS
Adriana Santos Pereira
Aline Cristina Ramos Pereira
Janaina Dorizete Cucker Lucatelli
Sarah Stefani Belo
Witalia Souza de Oliveira
Profª Ana Cicília Demétrio
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Pedagogia (PED 1891) – Seminário Interdisciplinar V
29/10/2019
RESUMO
O EJA - Educação de Jovens e Adultos é uma modalidade de ensino, que transcorre os níveis da Educação Básica do país – Ensino Fundamental e Médio, sendo proposta a jovens e adultos que não puderam dar sequência nos seus estudos ou para aquelas pessoas que na idade correspondente não possuíram o acesso ao ensino. O EJA vem a ser o nome atual do antigo supletivo, garantindo que os recém-alfabetizados não regressem ao seu estado de analfabetismo. A Educação de Jovens e Adultos é estabelecida pela Lei nº 9.394 – Lei de Diretrizes e Bases, tendo como principal função fazer jus ao que diz a Constituição Federal de 88 em seu artigo 208 inciso I, que visa garantir o acesso e a permanência a todos no Ensino Fundamental. Essa política vem sendo promovida pelo poder público, abrangendo, não só o ensino fundamental, como também ensino médio, ajustando esta modalidade às peculiaridades característicos dos jovens e adultos sem a devida escolarização.
Palavras-chave: Educação. Modalidade. Jovens e Adultos.
1 INTRODUÇÃO
A Educação de Jovens e Adultos – EJA - tem uma caminhada histórica de atividades inconstantes, marcada por variados programas, algumas vezes não definida ou reconhecida como escolarização. Com a legalização da Leis das Diretrizes e Bases - LDB 9394/96 e do Parecer nº 11/2000 - Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação de Jovens e Adultos, a Educação de Jovens e Adultos é definida como uma modalidade da educação básica equivalente ao atendimento de jovens e adultos que por algum motivo não conseguiram concluir ou não puderam frequentar a educação básica. Esses documentos causaram mudanças e avanços, ao utilizar o vocábulo Educação de Jovens e Adultos para distinguir as atividades antes denominadas como Ensino Supletivo. 
A história do EJA em nosso país é permeada por caminhos de programas e ações atribuídos à Educação Básica e, específicos, aos programas de combate ao analfabetismo. Em algumas intervenções denominadas ao público adulto e jovem, apesar de se constituir como objetivo fundamental a questão da não alfabetização, é possível caracterizar também o incentivo relativo à ocupação profissional, ainda que de uma maneira mais tímida. Por um lado, estimulou-se a aprendizagem, voltada a escrita e a leitura buscando o direito desses jovens e adultos ao voto, visando o desenvolvimento da; por outro lado, o incentivo à alfabetização chegou acompanhado das recentes imposições econômicas pelo aprendizado da cultura letrada. Tendo como fundamento o estudo das políticas públicas em vigência nos últimos dez anos, podemos compreender que a Educação de Jovens e Adultos vem ganhando uma nova identidade, estabelecida pela qualificação profissional desses jovens e adultos. Essa situação nos orienta a compreender a trajetória do EJA em nosso país com seus recuos e avanços na busca da disseminação do analfabetismo desses jovens e adultos. 
2 A LEGISLAÇÃO E AS POLÍTICAS PÚBLICAS QUE REGEM A MODALIDADE EJA – EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
A EJA é uma modalidade de ensino instituída pelo Governo Federal que percorre todos os níveis da Educação Básica. Atribuída a educação de jovens, adultos e idosos que não tiveram a oportunidade e o acesso à educação na idade apropriada e no ensino formal. Concede que o indivíduo possa retomar seus estudos, concluindo-os em menor período que o convencional e, dessa maneira, possibilite sua qualificação profissional, conseguindo assim melhores condições no mercado de trabalho. 
Por volta de 1930, a educação de adultos começa a atingir seu espaço em nosso país, momento de fortalecimento do sistema público na área educacional no Brasil. Durante este período aconteciam mudanças na sociedade brasileira, um gradativo processo no âmbito industrial e consequentemente houve um crescente aumento da população nas cidades. Diante deste contexto, o Governo Federal desenvolveu a educação básica a nível nacional, ampliando no ano de 1940 o ensino elementar aos adultos.
Com o fim da Segunda Guerra Mundial, a educação de adultos ganhou destaque e definiu sua identidade no Brasil em 1947 na Campanha de Educação de Adolescentes e Adultos (CEAA). Esta campanha propôs a discussão sobre o analfabetismo e a educação de adultos no Brasil. O analfabetismo era concebido como a causa da situação econômica, social e cultural do país. No decorrer da campanha, a visão preconceituosa do analfabeto modificou-se, passando-se a reconhecer o adulto analfabeto como uma pessoa produtiva, com capacidade de raciocinar e resolver problemas. No fim da década de 1950 as críticas à CEAA advertiam tanto para as deficiências administrativas e financeiras quanto para sua orientação pedagógica. A CEAA era basicamente assistencialista e suas ações meramente compensatórias (FÁVERO, 2009, p. 11).
Os programas relacionados a alfabetização a partir de 1964 passaram a ser verificados como uma preocupante ação intimidatória à ordem nacional. Os dirigentes desses programas foram contidos e sofreram represália do regime militar. No ano de 1967 teve seu lançamento o Mobral - Movimento Brasileiro de Alfabetização de Adultos. Fávero (2009, p. 18-19) explica que “inicialmente a missão do Movimento era a de coordenar as atividades de alfabetização de adultos que se encontravam em curso e também as experiências de alfabetização funcional”.
Durante a década de 1970 o Mobral passou por reformulação, passando a ter toda estruturação de fundação, transformando-se em um dos maiores movimentos de alfabetização de nosso país. Neste período também foi desenvolvido o Programa de Educação Integrada, referente às quatro primeiras séries do ensino fundamental. No fim da década de 1970, empenhou-se na implementação do Mobral Infanto-Juvenil, destinado a crianças e adolescentes com menos de 15 anos de idade.
Na década de 1980 as propostas desenvolvidas no âmbito da educação popular ampliaram-se. Em 1985 foi extinto o Mobral e substituído pela Fundação Educar. A Fundação apoiou financeira e tecnicamente as propostas apresentadas pelas entidades e instituições do seguimento da educação.
Arroyo (2007, p. 54) destaca as discussões a questão da escola pública:
Acirrou as discussões dos trabalhos da Constituinte de 1987 a 1988. A Constituição Federal de 1988 estendeu o direito do ensino fundamental aos cidadãos de todas as faixas etárias, o que implicou na necessidade de ampliar as oportunidades educacionais para os que ultrapassavam a idade de escolarização regular. Dessa forma, a qualificação pedagógica de programas de educação de jovens e adultos tornou-se uma exigência e uma necessidade de justiça social. A extinção da Fundação Educar criou um enorme vazio em termos de políticas para o setor. Alguns Estados e Municípios passaram a assumir a responsabilidade de oferecer programas nessa área, assim como algumas organizações da sociedade civil. A Educação de Adultos chegou à década de 1990 reclamando a consolidação de reformulações pedagógicas. 
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional(LDB 9394/1996) nos anos de 1990, declarou os direitos, benefícios educativos dos jovens e adultos ao ensino apropriado às suas necessidades, suas limitações, condições e situações de aprendizagem. 
A LDB veio estabelecer as responsabilidades dos poderes públicos na identificação e mobilização da demanda e provisão de ensino fundamental gratuito e apropriado. A EJA passou a ser uma modalidade da Educação Básica e foi garantido por lei o atendimento aos jovens e aos adultos que não tiveram acesso ou que não deram continuidade aos estudos na idade apropriada no sistema regular (ARROYO, 2007, p. 67). 
Essas mudanças culminaram na diminuição da idade para que fosse prestado os exames supletivos gerando uma ação diferenciada para a EJA, após a LDB. Isto proporcionou a entrada desses jovens em turmas reservadas ao atendimento de um público-alvo constituído, em sua grande maioria, por adultos. A objetivo principal permaneceu, sendo o combate ao analfabetismo, compreendendo também o analfabetismo funcional com dedicação e atenção ao atendimento de jovens que não conseguiram concluir o ensino fundamental e possuem mais de 15 anos.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Perceber que a EJA, em sua história, tem papel de pouca importância no âmbito educacional brasileiro. Percebe-se que a cada etapa histórica ocorreu um mínimo, paulatinamente complexo de conhecimentos, não somente por necessidade da produção como em detrimento das lutas dos trabalhadores em um período marcado pelas contradições próprias a organização integrante da sociedade. Um princípio, no entanto, permaneceu inalterado e foi primordial às forças dominantes: permanecer sob controle as necessidades de acesso ao conhecimento, para afirmar seu poder.
A inclusão da Educação de Jovens e Adultos na legislação configura-se como uma opção política que precisa ser legitimada pela prática pedagógica. Vale lembrar que a legislação prevê como forma de oferta da EJA os cursos e exames. Portanto, na base da organização e da orientação do trabalho pedagógico na EJA, está o desafio de desenvolver processos de formação humana, articulados a diferentes contextos, a fim de se reverter à exclusão e a garantia desses aos jovens e adultos, o pleno direito ao acesso, permanência e o consequentemente sucesso no início ou no retorno dessas pessoas à escolarização básica como direito fundamental de todos.
REFERÊNCIAS
ARROYO, Miguel Gonzalez. Juventude, produção cultural e Educação de Jovens e Adultos. In: Leôncio (org.) Diálogos na educação de jovens e adultos. Belo Horizonte: Autêntica, 2007.
FÁVERO, Osmar; RIVERO, José (orgs.). Educação de jovens e adultos na América Latina: direito e desafio de todos. São Paulo: Moderna/UNESCO, 2009.

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