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CASO 1:
Você está de plantão no PA do HFC e dá entrada o Sr José Maria Santos, 48 anos.
Sr José é Natural e Procedente de Piracicaba, trabalha na lavoura como cortador de cana há mais de 30 anos, iniciou há 2 meses com astenia, tosse e dispnéia aos grandes esforços, associado à edema de MMII vespertino. Vinha trabalhado normalmente, porém no último mês vem apresentando mais cansaço, tendo que parar algumas vezes durante a jornada para “recuperar o folego”. É portador de DM descoberto há 5 anos em uso de MTF 500mg 3x ao dia, HAS em uso de captopril 50mg 3x ao dia, e hipotireoidismo em uso de Puran T4 75microgr/dia. É tabagista desde a infância e tem o hábito de beber pinga diariamente (2 doses) e cerveja no FDS (4 a 6 garrafas durante mais de 20 anos).
ISDA: refere edema de MMII de longa data que atribui ao excesso de trabalho, tosse seca diária ao longo do dia todo, mas piorou nesses últimos 2 meses, principalmente no período da noite que melhora com mudança de posição para sentado (tem dormido com 2 travesseiros), sem escarro, nega febre. 
Ao exame de entrada: PA-100x60mmHg, P-108ppm, FR-25irpm, Temp-36,7 graus. Consciente, orientado, turgor e elasticidade normais, má perfusão periférica, edema de MMII +2/+4 até o nível dos joelhos, cacifo positivo.
Você pede para ele deitar-se para realizar o exame físico específico, mas ele permanece por cerca de 5 minutos e pede para sentar-se devido à “falta de ar”.
ACV- Presença de estase jugular na posição de 45 graus, Ictus ao nível da linha axilar média no 7º EIC.
ACV- BR hipofonéticas, presença de B3 no foco mitral, com sopro sistólico em FM +2/+4.
AR- Expansibilidade preservada, frêmito tóraco-focal reduzido em bases pulmonares, MV reduzido difusaente, presença de estertores creptantes bolhosos em bases bilaterais.
AGI- abdômen flácido, RHA preservados e normais, DB-, dor a palpação em HCD com fígado aumentado de tamanho. 
Exames de laboratório:
Hb/Hto-17,5%/52g/dL
VCM-102
Leucócitos- 10.200 (N-90%)
Plaquetas-230000
Ureia- 58
Creatinina-2,2 (normal=até 1,5)
Na-136
K-5,5
Sorologia para doença de Chagas positiva
Ecocardiograma transtorácico: aumento significativo das câmaras cardíacas direita e esquerda, tronco da pulmonar aumentado, com fração de ejeção menor que 30%.
1) Qual a sua primeira hipótese (diagnóstico sindrômico) diante do quadro clínico e exame físico?
2) Diante de uma situação de baixo débito cardíaco, quais os mecanismos de compensação são ativados imediata e cronicamente?
3) Explique detalhadamente os mecanismos de edema periférico e edema pulmonar observados.
CASO 2:
Paciente de 27 anos, deu entrada no serviço com queixa de dispnéia a médios esforços evoluindo para pequenos esforços, associado a dor precordial tipo constritiva, contínua, que piora com a respiração profunda, irradia para pescoço, com cerca de 24horas de evolução. Nega DM, HAS ou história familiar de doença cardíaca. Nega tabagismo ou etilismo. Pratica atividade física regularmente (corrida de moderada intensidade 3x semana), porém está parado nas últimas 2 semanas devido a estado gripal que o “deixou de cama”.
No exame físico: consciente, orientado, pouco agitado, com a mão sob o peito, acianótico, anictérico, com edema mole cacifo positivo moderado em MMII com a pele lisa e brilhante nessa região.
PA=90x70mmHg, P=112ppm, T=38,5oC, FR=28irpm.
ACV- Ictus cordis ao nível da linha hemiclavicular esquerda no 5º EI, Bulhas rítmicas com raras extrasistoles, bastante hipofonéticas, sem sopro, presença de atrito pericárdico holodiastólico e holosistólico em FM, sem relação com as bulhas.
AR- Inspecção, palpação e percussão preservadas, MV preservado com creptações finas em bases bilaterais.
AGI- Abdômen pouco distendido, fígado aumentado dolorido, ascite leve, DB-, RHA+.
Exames laboratoriais:
Hb/Hto-13,7/42
Leuco-4500 (linfócitos-500) - linfocitose
Plaquetas-170000 
VHS=120seg (aumentado)
Fator reumatoide, sorologias B e C, sorologias CMV, herpes, EB- negativo
 
Ecocardiograma transtoracico: redução no diâmetro das camaras cardíacas (direita e esquerda), aumento do diâmetro do tronco da pulmonar e das veias cavas na entrada do átrio direito, presença de espessamento pericárdico e pequena quantidade de líquido livre no espaço pericárdico, sem debris, com fração de ejeção preservada
1) Qual o diagnóstico sindrômico?
2) Você seria capaz de identificar as semelhanças e diferenças entre os dois casos apresentados, do ponto de vista clínico, hemodinâmico e laboratorial?

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