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ALTERAÇÕES PATOLÓGICAS PULPARES INFLAMATÓRIAS E NECROSE PULPAR

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FACULDADE DE MACAPÁ
CLÍNICA ODONTÓGICA DE ASSISTÊNCIA ODONTOLÓGICA III
DOCENTE: ANDREIA DO CARMO
ALUNO (a): NATALLIE SANTOS NASCIMENTO 6º/ NOTURNO
	
ALTERAÇÕES PATOLÓGICAS PULPARES INFLAMATÓRIAS E NECROSE PULPAR
A polpa dentária é constituída por um tecido conjuntivo, inicialmente mucoso, rico em células e pobre em fibras, o qual com o decorrer da idade apresenta uma maior quantidade de células e uma prevalência de fibras. A polpa tem como função primordial formar dentina, além disso, nutre e mantém a vitalidade da dentina que a circunda, mantendo assim, uma íntima relação histológica, histofisiológica, histopatológica e/ou fisiopatológica, constituindo o complexo tecidual denominado complexo dentino/pulpar.
Como todo tecido conjuntivo de qualquer parte do nosso organismo, a polpa dentária apresenta uma elevada capacidade de defesa, cicatrização e de reparação, desde que esteja em condições de normalidade, condições estas favoráveis para essa cura e reparação. 
A polpa dentária, reage frente a qualquer agente patogênico quando o mesmo ultrapassar o seu limiar de tolerância fisiológica. Os agentes patogênicos à polpa dentária podem ser:
Físicos: representados pelos preparos cavitários realizados com aparelhos alta-rotação sem a devida refrigeração.
Químicos: representados, pelos medicamentos e produtos odontológicos que geram a polpa dentária irritação severa, ou por longo período de tempo ocasionando sua perda de vitalidade.
Biológicos: (bacterianos) representados pela cárie dentária, que lamentavelmente, ainda hoje atinge 90% da população brasileira e de países em desenvolvimento.
Quando esses estímulos agressores, ultrapassarem o limiar de tolerância fisiológica da polpa dentária, esta irá responder, por meio de uma reação inflamatória. Essa resposta, na polpa é agravada pela situação peculiar da mesma, que estar envolta por paredes inexpansíveis. Diante do aumento do volume pulpar, exsudação plasmo/celular e consequente compressão dos seus elementos estruturais, ocorrerá o aparecimento das alterações patológicas pulpares.
A literatura endodôntica atual classifica as alterações patológicas pulpares agudas, apenas com o objetivo de indicação clínica do plano de tratamento, isto é:
I. Processos Inflamatórios Agudos Incipientes (Pulpite Aguda Reversível): Tratamento Conservador.
II. Processos Inflamatórios Agudos Avançados (Pulpite Aguda Irreversível): Tratamento Radical.
Pulpite Aguda Reversível
Caracteriza-se por uma leve alteração inflamatória da polpa, em fase inicial, em que a reparação tecidular advém uma vez removido o agente desencadeador do processo. Se os irritantes persistem ou aumentam, a inflamação pulpar torna-se de intensidade moderada a severa, o que caracteriza a pulpite aguda irreversível, com posterior necrose pulpar.
Geralmente, a pulpite reversível é assintomática, porém, o paciente pode relatar dor aguda, rápida, localizada e fugaz, em resposta a estímulos que normalmente não provocam dor. A dor cede logo ou segundos após a remoção dos estímulos. A dor ao frio é a queixa mais comum.
Testes Pulpares
Térmico
Calor: dentes acometidos de pulpite reversível podem responder com dor tardia a aplicação do estimulo, e devido a resposta ao calor ser semelhantes aos dentes com polpa normal, o resultado obtido com o teste ao calor, deverá ser correlacionado com os resultados de outros testes, ou seja, o teste de sensibilidade pulpar ao calor, é apenas sugestivo e jamais conclusivo.
Frio: evoca uma dor aguda, rápida e localizada que passa logo ou poucos segundos depois após a retirada da fonte estimuladora. Esta resposta é bastante similar à de uma polpa normal.
Elétrico: o principio biológico deste aparelho é o de estimular os nervos sensitivos presentes em uma polpa vital. Assim, a resposta positiva, indica, geralmente, a existência de vitalidade pulpar.
Cavidade: a estimulação dentinária por meio de brocas ou sonda exploradora evoca dor, indicando a presença de vitalidade pulpar.
Todos os testes são sujeitos a falso-positivos, ou seja, resposta positiva de uma polpa necrosada e falso-negativo, resposta negativa de uma polpa vital.
Testes Perirradiculares
Percussão e Palpação: apresentam resultado negativo, uma vez que não há envolvimento dos tecidos perirradiculares.
Achados radiográficos: verifica-se a presença de lesões cariosas ou restaurações extensas, próximas a câmara pulpar.
Pulpite Aguda Irreversível
Quando a polpa é exposta, uma área de contato direto desta com microorganismos da cárie é estabelecida. Dá-se início a uma etapa que visa a eliminação do agente agressor. Contudo, devido às características particulares da polpa, esta sofre alterações irreversíveis com inflamação severa. A remoção dos agentes irritantes não é suficiente para reverter o quadro, surgindo a necessidade de uma intervenção diretamente na polpa. Na presença de inflamação de carácter irreversível, a polpa, caminha para necrose, a qual pode surgir lenta ou rapidamente. A necrose pulpar pode ser retardada se o exsudado inflamatório for absorvido ou drenado pela área de exposição. É importante frisar que, em alguns casos, a lesão pulpar irreversível pode se instalar mesmo sem haver exposição da polpa à cavidade oral.
Na pulpite irreversível normalmente não há queixa de dor. Tal deve-se porque a inflamação da polpa geralmente torna-se crónica, resultante da exposição pulpar que permite a drenagem do exsudado inflamatório.
Inspeção
Através do exame clínico observa-se a presença de cáries ou restaurações extensas, que ao serem removidas revelam a presença de exposição pulpar o que permite o estabelecimento do diagnóstico de lesão pulpar irreversível. 
Testes Pulpares
Térmico
Calor: o resultado do teste é positivo e a dor é exacerbada com este, devido à vasodilatação que potencia a pressão tecidular.
Frio: em estágios iniciais pode haver resposta positiva. Nos estágios mais avançados geralmente não há resposta positiva. Nos casos com sintomatologia, o frio pode causar alívio da dor devido ao efeito vasoconstritor.
Elétrico: a polpa apenas responde a altas correntes do teste eléctrico.
Cavidade: a resposta é geralmente positiva.
Testes perirradiculares 
Percussão: normalmente negativo. Pode haver sensibilidade à percussão quando a inflamação pulpar se estende para o ligamento periodontal.
Palpação: reposta negativa da palpação da mucosa ao nível do ápice.
Achados radiográficos: podem ser detectadas lesões cariosas e/ou restaurações extensas, geralmente sugestivas de exposição pulpar. O espaço do ligamento periodontal encontra-se normal ou por vezes ligeiramente espessado.
Necrose Pulpar
A necrose surge como resultado final de outros eventos patológicos, é geralmente assintomática, sendo a alteração da cor da coroa dental uma indicação da perda da vitalidade da polpa. Em alguns casos, o exame radiográfico poderá evidenciar uma cavidade de cárie ou restauração, sem a devida proteção do complexo pulpo-dentinário. Também pode ser observado um aumento do espaço periodontal apical, demonstrando que jamais devemos considerar uma alteração pulpar como estanque, mas sim dinâmica, uma vez que a necrose pulpar pode estar envolvendo o periodonto e não ser evidenciável radiograficamente.
Tratamento
O tratamento de canal radicular indicado para esses casos, é a Necropulpectomia I, que é a técnica de tratamento dos dentes despulpados, sem lesão periapical visível radiograficamente.
Referências Bibliográficas:
Leonardo, M. Endodontia: Tratamento de Canais Radiculares Princípios Técnicos e Biológicos. 1.ed. São Paulo: Artes Medicas, 2005.
JS Pinto – Alterações Pulpares Inflamatórias - 2012 - Disponível em: < https://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/63733/2/Monografia.pdf >. Acesso em:10 mar.2020.

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