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Aula 1 - Ética, Responsabilidade Social e Ambiental

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ÉTICA, RESPONSABILIDADE 
SOCIAL E AMBIENTAL 
AULA 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof.a Olívia Resende 
 
 
 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
Você já se perguntou como seria viver em uma sociedade na qual cada 
indivíduo faz o que bem entende, da maneira que pensa ser melhor para si 
próprio, ou faz apenas aquilo que lhe traz benefício sem pensar no outro ou 
nas consequências que suas atitudes trazem para a vida de outro indivíduo? 
Ou como seria uma sociedade em que as pessoas em suas atitudes e ações 
individuais pensem no coletivo, no outro, na comunidade, antes de fazer algo? 
Em uma sociedade com equidade e harmonia? 
Nesta aula, vamos discutir esses questionamentos na sociedade ao 
longo do tempo e o desenvolvimento de teorias que tentam contribuir para que 
a vida em comunidade seja boa para todos, com ética, moral e direitos de cada 
cidadão. 
Vamos começar? Bons estudos! 
CONTEXTUALIZANDO 
Para o convívio em sociedade, a Ética é um assunto importante e cada 
dia mais difundido e necessário. São frequentes as queixas acerca da falta de 
ética na sociedade, na política, nas empresas e até mesmo nos meios culturais 
e religiosos. 
Segundo Alencastro (1997), na sociedade contemporânea valorizam-se 
comportamentos que praticamente excluem qualquer possibilidade de cultivo 
de relações éticas, como o consumo. Para o autor, é fácil verificar que o desejo 
obsessivo na obtenção, possessão e consumo da maior quantidade possível 
de bens materiais é o valor central na nova ordem estabelecida no mundo e 
que o prestígio social é concedido para quem consegue esses bens. Na 
contramão de atitudes éticas que respeitem a individualidade, o 
companheirismo, entre outros, o sucesso material passou a ser sinônimo de 
sucesso social e o êxito pessoal devendo ser adquirido a qualquer custo. 
Prevalece o desprezo ao tradicional, o culto à massificação e mediocridade que 
não ameaçam e que permitem a manipulação fácil das pessoas. 
Por exemplo, em uma sociedade cada vez mais inserida em redes 
sociais através da internet, fica nítido o que o professor e autor Mário 
Alencastro afirmou em 1997, quando o acesso à internet estava começando no 
Brasil. Nessa sociedade hoje conectada, podemos perceber indivíduos 
 
 
3 
alienados, agressivos, que prezam o ter e muito pouco o ser, ostentando nas 
redes sociais, viagens, festas, coisas, fruto da busca por “curtidas”. 
Nesta aula, buscaremos refletir sobre a etimologia, o conceito e como se 
desenvolveram os estudos da ética ao longo dos tempos, apresentando os 
principais filósofos que se preocuparam com o assunto. Além disso, 
apresentaremos a sociedade contemporânea e suas transformações sob um 
olhar ético, analisando os atores sociais presentes, seus conflitos, interesses, 
valores e posicionamentos ideológicos e discutiremos os dilemas éticos. Para 
tanto, buscaremos responder as seguintes perguntas: 
 
O que é ética e o que é moral? 
O que é ser essencialmente humano? 
A ética faz diferença na vida dos indivíduos? 
 
Para responder a estas e outras perguntas, começaremos abordando a 
distinção entre ética e moral e alguns aspectos filosóficos e históricos sobre a 
ética. 
 
TEMA 1: ETIMOLOGIA, HISTORICIDADE E O CONCEITO DE ÉTICA 
 
O que quer dizer ética? 
Posso dizer que ética é igual à moral? 
 
A palavra ética pode ter duas origens distintas e são abordadas por 
diferentes autores. A primeira é a palavra grega “ethos”, com “e“ curto, que 
pode ser traduzida por “costume”. Em contrapartida, a segunda também se 
escreve “ethos”, porém, o “e” é longo e tem o significado de “propriedade de 
caráter”. As duas são importantes e contribuem para o que abordaremos nesta 
aula. 
Na Roma antiga, o termo foi traduzido do grego “ethos” para o latim 
“mos” (ou no plural “mores”), que expressa costume, dando origem à palavra 
 
 
4 
moral. A primeira que pode ser traduzida como costume, entende-se que serviu 
de base para a tradução latina de Moral. Já no que diz respeito à segunda, 
propriedade de caráter é o que de alguma forma orienta a utilização atual que 
tem a palavra Ética (MOORE,1975, p. 4). 
Percebe-se, portanto, que tanto “ethos” (caráter) quanto “mos” (costume) 
referem-se ao comportamento propriamente humano. Destarte, ética e moral, 
segundo sua etimologia e historicidade, estão relacionadas a uma realidade 
essencialmente humana, construída de forma social nas relações entre os 
seres humanos, norteando toda a vida em sociedade, desde o nascimento até 
a morte. 
 
“Ética é a investigação geral sobre aquilo que é bom” (MOORE, 
1975). 
 
Podemos também expor a definição de Motta (1984) sobre a ética, que 
para o autor pode ser entendida como um bloco de valores que conduz o 
comportamento humano na sociedade, com fins de garantir o bem-estar geral. 
Segundo Cortella (2007), ética é um conjunto de valores e princípios que 
as pessoas usam para decidir três grandes questões importantes, que são: 
quero, devo e posso. Ética é o conjunto de valores apropriados para cada 
indivíduo, a fim de definir essas questões e os princípios da sociedade, sendo 
esses valores religiosos ou não, por meio de padronizações. 
Portanto, segundo a etimologia e historicidade das palavras ética e 
moral, ambas estão relacionadas a uma realidade essencialmente de 
percepção da conduta humana, suscetível de qualificação do ponto de vista do 
bem e do mal. Mas mesmo que haja uma relação entre ética e moral, essa 
relação não iguala as duas terminologias, sendo ética diferente de moral. 
A moral que aqui abordamos tem sua base na obediência a normas, 
mandamentos, costumes e tabus, em uma dimensão um pouco mais religiosa. 
E a ética busca dar fundamento ao bom modo de viver, entre humanos em 
sociedade. 
No estudo da filosofia clássica com relação à etimologia da palavra ética, 
vemos que essa terminologia não se resumia ao conceito de moral (entendida 
 
 
5 
como "costume" ou "hábito", vindo do latim “mos”, ou do plural “mores”), pois 
investigava a fundamentação teórica para encontrar o melhor modo de viver e 
conviver em sociedade, ou seja, procurava um melhor estilo de vida dentro da 
sociedade, tanto na vida pessoal quanto na vida pública. 
A filosofia moral ou a ética nasce quando, além das questões sobre os 
costumes, também se busca compreender o caráter de cada pessoa, isto é, o 
senso moral e a consciência moral individuais” (CHAUI, 2008, p.310). 
Assim, o estudo da ética incluía diversas disciplinas que não eram 
contempladas no estudo da física, da retórica, da dialética nem da estética e da 
lógica. Portanto, a ética ganhava abrangência nos mais diversos campos 
filosóficos, os quais hoje conhecemos como: psicologia, pedagogia, 
antropologia, sociologia, entre outros. São áreas que estão direta ou 
indiretamente ligadas à nossa maneira de viver e ao nosso estilo de vida. 
Devemos ter cuidado para não confundir ética com lei, mesmo que, 
geralmente, a lei encontre na ética suas bases e seus princípios. 
Com a moral e a ética instaurou-se também o direito, que são as regras 
obrigatórias de determinada sociedade. Para entendermos melhor, vamos 
analisar as relações entre a Ética, a Moral e o Direito, determinando a ação do 
indivíduo. 
Figura 1 – Relações entre a Ética, a Moral e o Direito 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Adaptado do site da UFRGS. Disponível em 
<http://www.ufrgs.br/bioetica/fundamen.htm> Acesso em 13/04/2016. 
 
ÉTICA 
MORAL 
 
DIREITO 
 
AÇÃO 
JUSTIFICATIVA 
NORMA POR ADESÃO REGRA OBRIGATÓRIA 
6 
Pense por um momento no local onde você trabalha: alguém fundou 
essa empresa (e esse alguém pode ter sido você mesmo, caso seja autônomo 
ou empresário), que hoje atende uma série de clientes, lida com diversos 
fornecedores e consegue gerar receita. Essa receita paga salários que serão 
usados para comprar outras coisas e pagar por outras contas, gerando receita 
também para outras pessoas. Assim,no local em que você trabalha, existe a 
preocupação ética de todos os envolvidos no processo? Ou seja, o que justifica 
a ação? Ou apenas a preocupação moral, por adesão? Ou apenas se 
cumprem as leis do direito, as regras obrigatórias? Tanto a ética e a moral 
quanto o direito estão intimamente ligados à ação do indivíduo. Adiante, 
entenderemos um pouco mais das caraterísticas e focos da ação ética. 
Leitura obrigatória 
Para aprofundar seus estudos, faça a leitura indicada a seguir: 
SILVA, R. N. da. Ética e paradigmas: desafios da psicologia social 
contemporânea. In: PLONER, KS. et al., org. Ética e paradigmas na 
psicologia social. Rio de Janeiro: Centro Edelstein de Pesquisas Sociais, 
2008. pp. 39 a 45.
TEMA 2: ASPECTOS FILOSÓFICOS E HISTÓRICOS SOBRE A ÉTICA 
Dentro dos aspectos filosóficos e históricos sobre a ética, podemos 
entender que surgem teorias éticas em diferentes sociedades como resposta 
aos dilemas das relações entre as pessoas. Segundo Mário Alencastro (2013), 
na condição de indivíduos, os humanos realizam sua existência na 
convivência com os outros, pois, já ao nascerem encontram-se sempre diante 
de uma comunidade já constituída, e para seu desenvolvimento não podem 
dispensar o apoio dessa comunidade (ALENCASTRO, 2013, p. 29).
7 
 
Assim, o estudo da ética não é novo, sua historicidade é marcada por 
fatores importantes, através dos quais se percebem diversas condições morais 
em inúmeros dados do passado, com forte apelo na contemporaneidade. 
Alencastro (2013) afirma que, já na Grécia Clássica, Sócrates (470-399 a.C.) 
afirmava que a pergunta “como devemos viver nossas vidas?” era a principal 
questão a ser respondida pela filosofia. Assim, um dos pontos fundamentais da 
historicidade da ética está na Grécia Antiga, com as teorias dos séculos IV e V 
a.C. Continue a leitura para saber mais sobre elas!
Pólis, cidade-estado 
A pólis foi uma importante forma de organização, conhecida como 
cidade-estado, e que motivou entre os gregos a formação de experiências 
políticas e sociais das mais diversas. O surgimento da pólis marca um dos mais 
importantes aspectos do desenvolvimento da civilização grega. 
Nas pólis, os cidadãos viviam e participavam de forma ativa na vida das 
pessoas, dando início a uma dimensão mais clara de sociedade, que seria a 
base da civilização ocidental, sendo um modelo das antigas cidades gregas. 
Marcou o início da organização política, desde o período arcaico até o período 
clássico. O que significava naquela época, para o grego, viver em uma pólis? 
Segundo Moraes (2012), significava poder conviver com os outros da 
maneira mais livre possível. O cidadão grego que vivia na pólis não deveria se 
ocupar com a sua sobrevivência. Por outro lado, viver em uma pólis significava, 
positivamente, viver entre iguais. Isso indica que ninguém estava obrigado a 
prestar reverência a ninguém, que ninguém necessita colocar-se a serviço de 
ninguém, a não ser em época de guerra. Isso fazia com que todos os assuntos 
fossem tratados por meio do diálogo e da persuasão. Essas duas condições 
são até hoje dificílimas de serem satisfeitas em qualquer época histórica. 
Os sofistas 
Foram os sofistas que quebraram com a tradição pré-socrática dos 
filósofos da natureza e iniciam ataques e críticas aos costumes e tradições até 
então praticados na sociedade ateniense. Para eles, o ser humano não deve 
se moldar a padrões externos de beleza, de comportamento, de crenças. O 
 
 
8 
homem só deve se moldar a sua própria personalidade, ou seja, a sua 
liberdade. Para os sofistas, a moral e a lei somente serviam para bloquear o 
livre desenvolvimento do homem. 
Os sofistas foram os primeiros a defender a filosofia do relativismo, 
negando a existência da verdade absoluta. Além disso, também criticavam tudo 
aquilo que não era natural ao ser humano. Para eles, a existência das leis e do 
Estado eram algo completamente antinatural ao homem e, portanto, deveria 
ser destruído. Para os sofistas, o que existe são opiniões boas e más, 
melhores e piores, mas jamais falsas e verdadeiras. Assim, a ética também não 
é absoluta e, sim, relativa, segundo a qual, o valor mais elevado para qualquer 
cidadão era atingir o prazer supremo. Os sofistas consideravam que a ética 
não passava de mera convenção social. 
Sócrates 
Sócrates é considerado o “pai da ética”, pois revelou uma necessidade 
de se refletir, de forma sistemática, sobre conceitos que antes eram dados de 
forma automática, como o bem, a virtude a justiça. 
Para Sócrates, a identidade entre os interesses individuais e os 
comunitários era o caminho para a felicidade. Defendia a moderação dos 
apetites, a busca pelo conhecimento e a bondade como um dom que merecia 
ser valorizado. 
Sócrates trouxe à tona os ideais de uma cidade que fosse moralmente 
perfeita. Isso incluía harmonia entre os diversos interesses, tanto individuais 
quanto coletivos. Assim, entendia que os princípios éticos que deveriam reger 
as instituições eram aqueles que continham elevados valores de cidadania. 
Os sofistas defendiam o relativismo, Sócrates, ao contrário, defendia a 
ideia de valores eternos. Suas pesquisas iniciais giraram em torno do núcleo da 
alma humana. Para ele, todas as pessoas tinham a obrigação de procurar o 
conhecimento, pois dotadas de conhecimento acerca do bem e do mal, buscam 
fazer o bem, sendo justas umas com as outras e vivendo em sociedades 
regidas pelos valores éticos. 
Platão 
Platão foi adepto de Sócrates e mestre de Aristóteles, sendo um dos 
principais filósofos gregos da Antiguidade. Defendia o bem como valor supremo 
 
 
9 
e afirmava que as pessoas deveriam ir em busca da razão, desprezando seus 
instintos e paixões. 
Em uma época de mudanças, entre os valores antigos e um novo mundo 
que emergia, Platão conseguiu absorver e gerar uma riqueza de ideias sem 
igual. Abordava os mais diversos temas, com a força da paixão e da 
criatividade artística sem levar muito em conta a lucidez da razão. 
Para o filósofo, a sociedade então vigente deveria ser reorganizada e o 
poder confiado aos sábios, evitando, portanto, que a ignorância prevalecesse e 
corrompesse as almas, sendo assim dominadas pelos instintos e paixões. 
Aristóteles 
Na medida em que seu mestre Platão trabalhava com construções 
sociais imaginárias, utópicas, por projeções sobre qual o melhor futuro para a 
humanidade, Aristóteles tratou das coisas reais, dos sistemas políticos 
existentes na sua época. Assim, os revolucionários e doutrinários da sociedade 
perfeita foram inspirados por Platão, já os grandes juristas e pensadores 
políticos, mais inclinados à ciência e ao realismo, foram influenciados por 
Aristóteles. Como Platão, Aristóteles apresentou a necessidade de “reorganizar 
a sociedade”. Deste modo, a ética e a política caminhariam sempre juntas. 
Para Aristóteles, o homem tem por finalidade a busca pela felicidade e 
apresentou a questão do valor supremo da felicidade. Para tal, o indivíduo 
deveria seguir sua própria natureza, evitando os exageros, caminhando pela 
justa medida, uma vez que nenhuma pessoa consegue ser feliz sozinha. 
Leitura obrigatória 
Continue ampliando seus conhecimentos com a leitura do capítulo 1 – 
Ética, do livro indicado a seguir. Esse capítulo também servirá de base para os 
estudos dos outros temas desta aula. 
ALENCASTRO, M. Ética Empresarial na prática: liderança, gestão e 
responsabilidade corporativa. Curitiba: Intersaberes, 2013. pp. 25-55. Disponível 
a seguir: 
http://ava.grupouninter.com.br/tead/hyperibook/IBPEX/548.php 
 
 
10 
Saiba mais 
Entenda um pouco mais dos aspectos filosóficos e históricos sobre a 
ética com os vídeos a seguir: 
https://www.youtube.com/watch?v=809bdDKp1BA 
https://www.youtube.com/watch?v=tL36cKPQzsw 
https://www.youtube.com/watch?v=kkHJce9-oLE 
 
TEMA 3: ÉTICA E MORAL SOCIAL, ÉTICA E VALORES HUMANOS 
Iniciaremos este tema expondoa anedota que a professora Andréa 
Vieira Zanella escreveu em seu artigo intitulado Reflexões sobre a pesquisa 
em psicologia, método(s) e “alguma” ética. 
A professora expõe a seguinte pergunta: “por que o frango cruzou a 
estrada?” e nos apresenta respostas, advindas de interlocutores variados 
espacialmente e temporalmente. 
Para Zanella (2008), assim respondem: 
■ Professora primária: “Porque queria chegar do outro lado da estrada”. 
■ Poliana: “Porque estava feliz”. 
■ Platão: "Porque buscava alcançar o bem”. 
■ Aristóteles: “É da natureza dos frangos cruzar a estrada”. 
■ Nelson Rodrigues: “Porque viu sua cunhada, uma galinha sedutora, do 
outro lado”. 
■ Marx: “O atual estágio das forças produtivas exigia uma nova classe 
de frangos, capazes de cruzarem a estrada”. 
■ Moisés: “Uma voz vinda do céu bradou ao frango: “Cruza a estrada!” 
E o frango cruzou a estrada e todos se regozijaram”. 
■ Maquiavel: “O frango cruzou a estrada. A quem importa o porquê? 
Estabelecido o fim de cruzar a estrada, é irrelevante discutir os meios 
que usou para isso”. 
■ Darwin: “Ao longo de grandes períodos de tempo, os frangos têm sido 
selecionados naturalmente, de modo que, agora, têm uma 
predisposição genética a cruzarem estradas”. 
 
 
11 
■ Einstein: “Se o frango cruzou a estrada ou a estrada se moveu sob o 
frango, depende do ponto de vista. Tudo é relativo”. 
■ Kant: “O frango seguiu apenas o imperativo categórico próprio dos 
frangos. É uma questão de razão prática”. 
■ ACM: “Estava tentando fugir, mas já tenho um dossiê pronto, 
comprovando que aquele frango pertence a Jorge Amado. Quem o 
pegar vai ter que se ver comigo!”. 
■ Sócrates: “Tudo o que sei é que nada sei”. 
■ Dorival Caymmi: “Eu acho (pausa)... — Amália, vai lá ver pra onde vai 
esse frango pra mim, minha filha, que o moço aqui tá querendo saber”. 
 
Nesta anedota que a Professora Andréa escreveu, fica claro que diante 
de uma ação, pessoas em diferentes lugares e tempos, pensam diferente. 
Assim como vimos, questões éticas são discutidas a séculos e hoje a 
discussão ainda é forte. Com acesso à internet e mídias sociais, os indivíduos 
julgam as situações conforme o que acreditam, dentro do que lhes é colocado 
em distintas situações. Cabem aqui algumas perguntas: 
 
Nos dias atuais, fala-se muito em ética. Você sabe por quê? 
Há distinção entre ética e moral? 
A ética e/ou moral afetam nosso cotidiano? 
 
Pode-se entender a ética como uma reflexão sobre o agir humano e 
abarca a moral, pois lhe é mais ampla. A ética existe como referência para os 
indivíduos que vivem em uma determinada sociedade, possibilitando que a 
sociedade possa se tornar cada vez mais humana. Assim, o indivíduo deve 
possuir um senso ético, pois como humanos, vivemos em comunidade e somos 
continuamente avaliados e julgados por nós mesmos e pelos outros, a fim de 
identificar em nossas ações atitudes boas ou más, certas ou erradas, justas ou 
injustas. 
A moral é a regulação dos valores e comportamentos considerados 
legítimos por uma determinada sociedade, um povo, uma religião, tradição 
cultural etc. Estabelece os valores efetivos a serem seguidos por determinada 
 
 
12 
sociedade. É, portanto, provisória, muda com o passar do tempo, pois os 
costumes e hábitos de um povo mudam também (SIMON, 2009). 
As relações dos indivíduos na sociedade, são reguladas por um conjunto 
de normas, leis, costumes e hábitos. Mas o que é esse conjunto de normas, 
leis, costumes e hábitos? Podemos afirmar que esse conjunto de regras é a 
moral. 
As sociedades mudam constantemente e, historicamente, podemos 
observar que uma sociedade sucede a outra. Da mesma maneira, as morais 
concretas de uma sociedade, se sucedem umas às outras. Por exemplo, na 
sociedade feudal, que tinha como perspectiva de horizonte ético a salvação da 
alma e a preparação para a vida eterna e cujas explicações baseavam-se na 
religião e na fé, cede lugar à sociedade moderno-burguesa, cujos valores 
fundamentais são ligados a questões materiais e cujas explicações têm como 
fundamento o próprio homem, concebido como ser dotado de racionalidade, e 
capaz de autodeterminar-se sem interferência externa. 
A moral pode variar em determinado tempo e lugar. As regras morais 
são determinadas pelas formas como as pessoas organizam sua convivência e 
conforme estabelecem as condições de sobrevivência e trabalho. 
As normas morais podem estar estabelecidas de forma escrita, ou 
podem aparecer como costumes arraigados na cultura, por exemplo, as 
decisões de um indivíduo baseando-se única e exclusivamente em normas 
preestabelecidas, tais como não ultrapassar o sinal vermelho, não se atrasar 
em seus compromissos, não furar fila, não estacionar na vaga preferencial. São 
tidas como uma decisão ou ato moral, que geralmente são os deveres que o 
sujeito deve cumprir em seu dia a dia. 
 De acordo com Vasquez (2000): “A função social da moral é a de 
regular as ações dos indivíduos nas suas relações mútuas, ou as do indivíduo 
com a comunidade, visando a preservar a sociedade no seu conjunto ou, no 
seio dela, a integridade de um grupo social”. 
Cada indivíduo, comportando-se moralmente, se sujeita a determinados 
princípios, valores ou normas morais, sendo que o indivíduo não pode inventar 
os princípios ou normas nem modificá-los por exigência pessoal. O normativo é 
algo estabelecido e aceito por determinado meio social. Na sujeição do 
 
 
13 
indivíduo a normas estabelecidas pela comunidade se manifesta claramente o 
caráter social da moral (VASQUEZ, 2000). 
O comportamento moral é tanto comportamento de indivíduos quanto de 
grupos sociais humanos. Mesmo quando se trata da conduta de um indivíduo, 
a conduta tem consequências de uma ou outra maneira para os demais, sendo 
objeto de sua aprovação ou reprovação. Mas, os atos individuais que não têm 
consequência alguma para os demais indivíduos não podem ser objeto de uma 
qualificação moral. 
O campo da ética é um pouco mais amplo do que isso. A ética procura 
estabelecer uma reflexão sobre o agir humano que ultrapassa o simples 
cumprimento do que está escrito. 
Saiba mais 
Leia a notícia a seguir sobre os atentados que ocorreram em Paris em 
novembro de 2015, e tente relacionar com os conteúdos lidos até agora. 
http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2015/11/1706236-policia-francesa-
registra-tiroteio-e-explosao-em-paris.shtml 
 
TEMA 4: ÉTICA, MORAL, DIREITO E SEUS DILEMAS 
Atuamos em sociedade conduzidos por uma reflexão sobre o que é certo 
ou errado, ou sob algo que nos obriga constantemente a agir corretamente e 
que nos pune em caso de deslizes? Em outras palavras, é a ética ou a lei que 
orientam as nossas ações corretas? (ALENCASTRO, 2013, p.45) 
Antes de respondermos a estes questionamentos, precisamos entender 
alguns conceitos. 
São nas relações sociais que ideias e normas se desenvolvem em 
sintonia com uma necessidade social. Para Vasques, a função social da moral 
consiste na regulação das relações entre os homens visando manter e garantir 
uma determinada ordem social, ou seja, regular as ações dos indivíduos nas 
suas ações mútuas ou as do indivíduo com a comunidade, visando preservar a 
sociedade no seu conjunto e a integridade de um grupo social. 
Segundo Oliveira e Azevedo, os valores morais são aqueles ligados à 
natureza do comportamento moral dos homens. Um comportamento 
 
 
14 
moralmente aceitável é definido por um código de conduta de grupo. Esse 
código muitas vezes está implicitamente gravado na memória coletiva em 
função da cultura, do meio e da história de um povo. Outras vezes, esse código 
de comportamento está também estabelecido nas leis de uma nação. Kohlberg 
(1969) acredita que o desenvolvimento moral é baseado primariamente num 
raciocínio moral e segue uma série de estágios. 
Já o direito garante o cumprimento do estatuto social em vigor através 
da aceitação voluntáriaou involuntária da ordem social juridicamente 
formulada, ou seja, o direito garante a aceitação externa da ordem social. A 
moral tende a fazer com que os indivíduos harmonizem voluntariamente, de 
maneira consciente e livre, seus interesses pessoais com os interesses 
coletivos (VÁSQUEZ, p.69, 2000). 
No que se refere à ética, esta tem um caráter mais generalizado do que 
a moral e o direito, sendo empregada para justificar e legitimar as normas 
morais e jurídicas, bem como criticá-las em caso de não estarem adequadas às 
reais necessidades da sociedade. Sendo assim, ela sempre indaga sobre o 
que é o certo, o bom e o obrigatório, preocupando-se em desenvolver e 
fundamentar tais conceitos, tomando-os como princípio geral, retirando ao 
assim proceder os juízos normativos. 
Figura 2– Nível do plano normativo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Podemos entender de maneira mais simples, fazendo uma analogia com 
círculos concêntricos, conforme mostra o professor Mário Alencastro. Por 
exemplo, a discussão sobre a idade penal e a corrupção que são assuntos de 
Direito 
Moral 
Ética 
 
 
15 
natureza ética mais abrangente, mas que têm implicações no campo da moral 
e do direito. 
O que podemos perceber é que com o avanço da liberdade individual e 
das conquistas do homem, há, hoje, uma geração muito preocupada com os 
seus direitos em detrimento dos seus deveres. 
Os valores individuais são importantes para que o indivíduo adote uma 
postura, e entende-se que valores são um conjunto de procedimentos, atitudes, 
e até mesmo visão de mundo (influenciados ou não pela cultura, herança 
familiar e meio) que faz o indivíduo agir e interagir com o mundo em que vive. 
Araújo (2002) define valores como sendo as qualidades presentes nas 
coisas e que pode ser essencial para a existência dessas coisas. Podem ser 
acidentais, secundárias e muitas vezes as próprias coisas em si. São valores, 
uma vez que são essenciais para a existência, não só do homem, mas para a 
existência do universo. 
Assim, os valores éticos são determinantes para as atitudes humanas, 
cabendo ao direito a ação sobre atitudes que não condizem com o que a 
sociedade necessita. 
Saiba mais 
Entenda um pouco mais dos conceitos de ética, moral e direito num 
exemplo aplicado à administração pública. Assista ao vídeo a seguir: 
https://www.youtube.com/watch?v=NVdgp7XZl2w 
 
TEMA 5: A VERDADE, A RESPONSABILIDADE, A LIBERDADE E OS VALORES 
ÉTICOS 
O filósofo contemporâneo espanhol Fernando Savater expõe em seu 
livro intitulado Ética para meu filho, a seguinte questão: o que é ética? Aqui, 
vamos trabalhar sobre a verdade, a responsabilidade, a liberdade e os valores 
éticos de uma forma gostosa na leitura de um breve trecho da resposta do 
autor para seu filho adolescente. 
 “Há ciências que estudamos por simples interesse de saber coisas 
novas; outras, para adquirir uma habilidade que nos permita fazer ou utilizar 
alguma coisa; a maioria, para conseguir um trabalho e ganhar a vida com ele. 
 
 
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Se não sentirmos curiosidade nem necessidade de realizar esses estudos, 
poderemos prescindir deles tranquilamente. Há uma infinidade de 
conhecimentos muito interessantes, mas sem os quais podemos nos arranjar 
muito bem para viver. Eu, por exemplo, lamento muito não ter nem ideia de 
astrofísica ou de marcenaria, que dão tanta satisfação a outras pessoas, 
embora essa ignorância nunca me tenha impedido de ir sobrevivendo até hoje. 
E você, se não me engano, conhece as regras do futebol, mas é bem fraco em 
beisebol. Não tem maior importância, você desfruta os campeonatos mundiais, 
dispensa olimpicamente a liga americana e todo o mundo sai satisfeito. 
O que eu quero dizer é que certas coisas, podem ser apreendidas ou 
não, conforme a vontade da pessoa. Como ninguém é capaz de saber tudo, o 
remédio é escolher e aceitar com humildade o muito que ignoramos. É possível 
viver sem saber astrofísica, marcenaria, futebol e até mesmo sem saber ler e 
escrever: vive-se pior, decerto, mas vive-se. No entanto, há outras coisas que é 
preciso saber porque, por assim dizer, são fundamentais para nossa vida. É 
preciso saber, por exemplo, que saltar de uma varanda do sexto andar não é 
bom para a saúde; ou que uma dieta de pregos (perdoem-me os faquires!) e 
ácido prússico não nos permitirá chegar à velhice. Também não é aconselhável 
ignorar que, se dermos um safanão no vizinho cada vez que cruzarmos com 
ele, mais cedo ou mais tarde haverá consequências muito desagradáveis. 
Pequenezas desse tipo são importantes. Podemos viver de muitos modos, mas 
há modos que não nos deixam viver. 
Em resumo, entre todos os saberes possíveis existe pelo menos um 
imprescindível: o de que certas coisas nos convêm e outras não. Certos 
alimentos não nos convêm, assim como certos comportamentos e certas 
atitudes. Quero dizer, é claro, que não nos convêm se desejamos continuar 
vivendo. Se alguém quiser arrebentar-se o quanto antes, beber lixívia poderá 
ser muito adequado, ou também cercar-se do maior número possível de 
inimigos. Mas, de momento, vamos supor que preferimos viver, deixando de 
lado, por enquanto, os respeitáveis gostos do suicida. Assim, há coisas que 
nos convêm, e o que nos convém costumamos dizer que é “bom”, pois nos cai 
bem; outras, em compensação, não nos convêm, caem-nos muito mal, e o que 
não nos convém dizemos que é “mau”. Saber o que nos convém, ou seja, 
distinguir entre o bom e o mau, é um conhecimento que todos nós tentamos 
adquirir – todos, sem exceção – pela compensação que nos traz. 
 
 
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Como afirmei antes, há coisas boas e más para a saúde: é necessário 
saber o que devemos comer, ou que o fogo às vezes aquece e outras vezes 
queima, ou ainda que a água pode matar a sede e também nos afogar. No 
entanto, às vezes as coisas não são tão simples: certas drogas, por exemplo, 
aumentam nossa energia ou produzem sensações agradáveis, mas seu abuso 
contínuo pode ser nocivo. Em alguns aspectos são boas, mas em outros são 
más: elas nos convêm e ao mesmo tempo não nos convêm. No terreno das 
relações humanas, essas ambiguidades ocorrem com maior frequência ainda. 
A mentira é, em geral, algo mau, porque destrói a confiança na palavra – e 
todos nós precisamos falar para viver em sociedade – e provoca inimizade 
entre as pessoas; mas às vezes pode parecer útil ou benéfico mentir para obter 
alguma vantagem, ou até para fazer um favor a alguém. Por exemplo, é melhor 
dizer ao doente de câncer incurável a verdade sobre seu estado, ou deve-se 
enganá-lo para que ele viva suas últimas horas sem angústia? A mentira não 
nos convém, é má, mas às vezes parece acabar sendo boa. Procurar briga 
com os outros, como já dissemos, em geral é inconveniente, mas devemos 
consentir que violentem uma garota diante de nós sem interferir, sob pretexto 
de não nos metermos em confusão? Por outro lado, quem sempre diz a 
verdade – doa a quem doer – costuma colher a antipatia de todo o mundo; e 
quem interfere ao estilo Indiana Jones para salvar a garota agredida tem maior 
probabilidade de arrebentar a cabeça do que quem segue para casa 
assobiando. O que é mau às vezes parece ser mais ou menos bom e o que é 
bom tem, em certas ocasiões, aparência de mau. Haja confusão! [...] 
Resumindo: ao contrário de outros seres, animados ou inanimados, nós 
homens podemos inventar e escolher, em parte, nossa forma de vida. 
Podemos optar pelo que nos parece bom, ou seja, conveniente para nós, em 
oposição ao que nos parece mau e inconveniente. Como podemos inventar e 
escolher, podemos nos enganar, o que não acontece com os castores, as 
abelhas e as formigas. De modo que parece prudente atentarmos bem para o 
que fazemos, procurando adquirir um certo saber-viver que nos permita 
acertar. Esse saber-viver, ou arte de viver, se você preferir, é o que se chama 
de ética.” 
Assim, podemos perceber que quando se fala em comportamento 
humano,no que diz respeito às escolhas a serem feitas entre o bem e o mal, o 
certo e o errado, o permitido e o proibido, há o envolvimento de questões 
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éticas, morais e de direitos que devemos nos atentar, fazendo com que a 
verdade, a responsabilidade a liberdade e os valores, sejam cerceados pelos 
três conceitos. 
Saiba mais 
Para complementar seus estudos, leia o artigo A liberdade em Jean-
Paul Sartre: responsabilidade, angústia e má-fé, disponível a seguir: 
https://colunastortas.wordpress.com/2015/08/20/a-liberdade-em-jean-
paul-sartre-responsabilidade-angustia-e-ma-fe/ 
TROCANDO IDEIAS 
Muito bem! Chegou o momento de trocar ideias com seus colegas de 
turma no fórum desta disciplina. Para a discussão de hoje, acesse o Ambiente 
Virtual de Aprendizagem e responda as seguintes questões, retiradas do livro 
de Alencastro: 
1. Os grupamentos humanos têm mesmo a necessidade de
adotarem regras de conduta para poderem sobreviver? 
2. Há mesmo lugar para a ética nas atividades práticas
cotidianas? Há espaço para a ética, por exemplo, no mundo dos 
negócios? 
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SÍNTESE 
Estudamos neste material didático alguns aspectos da ética, da moral e 
do direito. Entende-se que a convivência em sociedade deve ocorrer em ordem. 
Para tanto, devem existir regras, leis e normas que regulem o relacionamento 
humano e sirva de orientação quanto ao que é certo ou errado, justo ou injusto, 
lícito ou ilícito, permitido ou proibido. Vários filósofos se preocuparam com a 
Ética, tendo sido Sócrates o que deu início a uma reflexão sistemática da 
virtude e da justiça. Fechamos com o filósofo contemporâneo Fernando 
Savater, que aborda a verdade, a liberdade e os valores éticos com uma 
resposta para seu filho adolescente. 
REFERÊNCIAS 
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