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CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO E EXTENSÃO FAVENI APOSTILA AUDITORIA AMBIENTAL ESPÍRITO SANTO SUMÁRIO: 1 Conceito de Auditoria Ambiental ........................................................ 4 1.1 O surgimento das auditorias ambientais ..................................... 5 1.2 Sistema de Gestão Ambiental ..................................................... 6 1.3 Auditoria de Qualidade ................................................................ 9 1.4 Quais Objetivos da Auditoria Ambiental? .................................. 10 1.5 Referências Normativas da Auditoria ........................................ 11 1.6 Princípios da Auditoria............................................................... 13 1.7 Principais Tipos de Auditoria ..................................................... 15 1.8 Processo de Auditoria Ambiental .............................................. 18 1.9 Etapas da Auditoria Ambiental .................................................. 18 1.10 Classificação das auditorias ambientais ................................ 19 1.11 Classificação das Auditorias de Acordo Com Critérios .......... 20 1.12 Classificação das auditorias de acordo com objetivos ........... 21 1.13 Tipos de Auditoria Ambiental ................................................. 23 1.14 Gestão de um Programa de Auditoria .................................... 24 1.15 Objetivos e Abrangências ...................................................... 25 1.16 Objetivo da Auditoria Ambiental ............................................. 25 1.17 Auditoria Ambiental - Vantagens e Desvantagens ................. 26 1.18 Abordagens utilizadas em auditoria ....................................... 28 1.19 Aplicação de auditorias ambientais ........................................ 31 1.20 Avaliação de riscos e responsabilidade civil .......................... 33 1.21 Concorrência .......................................................................... 33 1.22 Estratégicas ........................................................................... 34 1.23 Protocolo da auditoria ............................................................ 35 1.24 Programando o tempo dos trabalhos de campo .................... 36 1.25 Diferença entre Perícia e Auditoria Ambiental ........................ 38 1.26 Papel do Auditor Ambiental e do Auditado ............................. 40 1.27 O relatório de não conformidade ............................................ 41 1.28 Competência e Avaliação dos Auditores ................................ 42 1.29 Classificação dos auditores ambientais: ................................ 45 1.30 Ferramentas de Auditoria e Tecnologia para o Auditor Fiscal 46 1.31 Auditorias Ambientais Compulsórias ...................................... 47 1.32 Bibliografia ............................................................................. 54 1 CONCEITO DE AUDITORIA AMBIENTAL Fonte: blog.synchro.com.br A Norma NBR ISO 14.010 define Auditoria Ambiental como o "processo sistemático e documentado de verificação, executado para obter e avaliar, de forma objetiva, evidências de auditoria para determinar se as atividades, eventos, sistemas de gestão e condições ambientais específicos ou as informações relacionadas a estes estão em conformidade com os critérios de auditoria e para comunicar os resultados deste processo ao cliente" 1 Resumindo e simplificando o conceito acima temos que a Auditoria Ambiental é “um processo sistemático e formal de verificação, por uma parte auditora, se a conduta ambiental e/ou desempenho ambiental de uma entidade auditada atendem a um conjunto de critérios especificados. ” (Philippi Jr. & Aguiar, 2004) 1 Texto extraído do link: www.portaleducacao.com.br 1.1 O surgimento das auditorias ambientais Muito se discute a questão das auditorias ambientais nos empreendimentos potencialmente poluidores, em especial a obrigatoriedade de sua realização, ou seja, a chamada auditoria ambiental compulsória. As auditorias ambientais surgiram no final da década de 70 nos Estados Unidos da América, onde as empresas as adotaram voluntariamente como uma ferramenta de gerenciamento para identificar antecipadamente os problemas causados por suas operações. As auditorias eram vistas como uma forma de reduzir custos com eventuais correções onerosas. Submetendo-se às auditorias, as empresas se preparavam para as inspeções da Environmental Protection Agency – EPA. A Holanda foi o primeiro país da Europa onde as empresas passaram a adotar as auditorias na gestão ambiental. A iniciativa, ocorrida em 1985, partiu de filiais de empresas estadunidenses, a exemplo do que aconteceu nos demais países nos quais a prática se expandiu. Apesar das auditorias ambientais terem sido criadas nos EUA, a primeira norma de sistema de gestão ambiental que estabeleceu parâmetros para a execução de auditorias foi criada em 1992 no Reino Unido, a BS 7750, que foi baseada em uma norma pré-existente de sistema de gestão de qualidade (BS 5770). Iniciativa semelhante aconteceu na França e posteriormente a Comunidade Econômica Europeia adotou regulamento que entrou em vigor em 1995 criando o Environmental Management and Auditing Scheme – EMAS. Internacionalmente a normalização de auditorias ambientais ocorreu no âmbito daInternational Organization for Standardization – ISO. No Brasil a normalização se deu em 1996 por meio da apresentação, pela ABNT, das NBR ISO 14010, 14011 e 14012. Atualmente está em vigor a NBR ISO 19011, de 2002. Em praticamente todo o mundo as auditorias ambientais são voluntárias. As empresas que delas se utilizam costumam adotar o chamado “marketing verde” e precisam demonstrar aos seus consumidores e clientes que realmente dispõem de um processo produtivo que atende às conformidades ambientais e respeita o meio ambiente. As auditorias independentes são uma forma de comprovar aquilo que elas divulgam em sua publicidade. As relações com as instituições governamentais fiscalizadoras acabam melhorando, o que evita ou reduz as sanções administrativas ou penais e as reparações por danos causados ao meio ambiente e a terceiros. Nenhuma das normas internacionais, bem como aquelas surgidas inicialmente na Europa jamais obrigaram as empresas a realizarem auditorias ambientais. Apenas estabeleciam parâmetros de como proceder no caso de optarem pela realização das auditorias. 1.2 Sistema de Gestão Ambiental Fonte: www.supersegassessoria.com.br Um Sistema de Gestão Ambiental (SGA) corresponde a um conjunto inter- relacionado de políticas, práticas e procedimentos organizacionais, técnicos e administrativos de uma empresa que objetiva obter melhor desempenho ambiental, bem como, controle e redução dos seus impactos ambientais. Desempenho Ambiental consiste em resultados mensuráveis da gestão de aspectos ambientais das atividades, produtos e serviços de uma organização. A implementação de um SGA constitui a estratégia para que o empresário, em um processo contínuo, identifique oportunidades de melhorias que reduzem os impactos das atividades da empresa sobre meio ambiente, melhorando, simultaneamente, sua situação no mercado e suas possibilidades de sucesso. A gestão ambiental está fundamentada em 5 princípios básicos que podem ser definidos como segue: Princípio 1: Conhecer o que deve ser feito; assegurar comprometimento com o SGA e definir Política Ambiental. Princípio 2: Elaborar um Plano de Ação para atender aos requisitos da política ambiental. Princípio 3: Assegurar condições para o cumprimento dos Objetivos e Metas Ambientais e implementar as ferramentas de sustentaçãonecessárias. Princípio 4: Realizar avaliações quali-quantitativas periódicas da conformidade ambiental da empresa. Princípios 5: Revisar e aperfeiçoar a política ambiental, os objetivos e metas e as ações implementadas para assegurar a melhoria contínua do desempenho ambiental da empresa. Atender aos mencionados princípios por meio de uma metodologia prática para a implementação de um SGA é garantia de redução de impactos ambientais e, ao mesmo tempo, de melhoria de imagem da empresa no mercado (ROVERE,et. al., 2000). Um Sistema de Gestão Ambiental baseado na ISO 14001 é uma ferramenta de gestão que possibilita a uma organização, de qualquer dimensão, controlar o impacto ambiental. Um SGA possibilita uma abordagem estruturada para estabelecer objetivos, para atingir e demonstrar que foram atingidos. Objetivos: A ISO 14001 é a norma que estabelece os requisitos de implementação e operação do sistema de gerenciamento ambiental. Sua utilização é um meio de garantir às empresas uma administração eficaz e eficiente dos assuntos ambientais. Um bom gerenciamento ambiental, além de diminuir riscos de acidentes ecológicos e melhorar a administração de recursos energéticos, materiais e humanos, também fortalece imagem da empresa junto à sua comunidade, fornecedores, clientes e autoridades, entre outros. Traz ainda oportunidades de redução de custos ou mesmo de ganhos devido ao melhor gerenciamento (diminuição, eliminação ou reciclagem) dos resíduos gerados pela atividade produtiva. Também são conhecidos casos em que a certificação ISO 14001 ocasionou valorização dos preços das ações em empresas que estavam participando de processos de fusão ou mesmo de venda (BVQI BRASIL, 2005). A norma ISO 14001 se propõe a fornecer, a organizações de todos os tipos e tamanhos, elementos para um SGA efetivo, que podem ser integrados com outros sistemas gerenciais para auxiliá-los a atingir objetivos ambientais e financeiros. Esta norma é aplicável a qualquer organização que deseje: Implementar e manter um sistema de gestão ambiental; Assegurar-se da efetiva conformidade aos itens estabelecidos em sua política ambiental; Demonstrar a terceiros tal conformidade; Buscar uma certificação de seu SGA por uma organização independente; Elaborar uma declaração pública de conformidade à Norma. Algumas Vantagens: Redução e eliminação de riscos e responsabilidades ambientais; Acesso a novos mercados e melhoria na competividade empresarial; Evitar desperdícios e redução de custos; Fortalece a imagem da empresa junto à sua comunidade, fornecedores, clientes e autoridades.2 Avaliação de Riscos Ambientais A avaliação dos riscos ambientais de áreas impactadas é a forma mais confiável para a identificação e dimensionamento dos riscos à saúde humana e ao meio ambiente presentes em um determinado cenário avaliado. Através deste estudo se estabelecem níveis alvo de qualidade ao qual uma área impactada 2 Texto extraído de: mundoambiente.eng.br/new/meio-ambiente/gestao- ambiental/ deve se enquadrar. São consideradas as concentrações dos compostos químicos de interesse presentes no solo e na água subterrânea, a vias de exposição, os mecanismos de transporte da contaminação e as características físicas da área. Após definido o modelo para avaliação ambiental, no caso de confirmação da presença de riscos à saúde, são avaliadas metodologias de intervenção que visam a eliminação dos riscos toxicológicos aos seres humanos a fim de se atingir os níveis limites adequados aos padrões nacionais. Para a elaboração de estudos de risco toxicológico, a AMBRATEC baseia- se nas normas nacionais e internacionais para Avaliação de Risco atendendo a todos os padrões de qualidade, segurança e confiabilidade dos resultados. 3 1.3 Auditoria de Qualidade Fonte: www.uninorte.com.br Auditoria é o “processo sistemático, documentado e independente para obter evidências de auditoria e avaliá-las objetivamente para determinar a extensão na qual os critérios da auditoria são atendidos”. Esta é a definição da ABNT NBR ISO 19011(2002), norma que fornece orientação sobre os princípios 3 Texto disponível em: www.ambratec.com.br de auditoria, gestão de programas de auditoria, realização de auditorias de sistema de gestão da qualidade e auditorias de sistema de gestão ambiental, como também orientação sobre a competência de auditores de sistemas de gestão da qualidade e ambiental. Esta norma é aplicável a todas as organizações que necessitam realizar auditorias internas ou externas de sistemas de gestão da qualidade e/ou ambiental ou gerenciar um programa de auditoria. Para Feigenbaum (1991), a auditoria avalia a eficácia do sistema da qualidade e determina o grau no qual os objetivos do sistema são alcançados. Ela é voltada para o sistema ao invés do produto. Segundo O’Hanlon (2006) existem três tipos de auditoria: Interna, ou de primeira parte: os membros de uma organização auditam sua própria organização; De segunda parte: um cliente audita um fornecedor em algum ponto na cadeia de suprimento (isto é, seu cliente auditando você ou você auditando seu fornecedor); e De terceira parte: essa auditoria é feita geralmente com finalidade de certificação por representantes de organizações independentes. 4 1.4 Quais Objetivos da Auditoria Ambiental? Objetiva avaliar de modo sistemático, documentado e periódico os fundamentos da matéria no sentido de buscar conformidades e tomar como referência normas ambiental dentro da empresa, na administração pública ou dentro do processo como um todo. O auditor ambiental precisa contar com equipe montada de modo prévio e ao mesmo tempo buscar comparar os fatos executados em prática conforme as normas adotadas. Existem séries de passos que devem ser realizados dentro do setor de auditoria, tais como: Coleta de evidências, reunião de abertura, reuniões de encerramento, constatação de auditoria e elaboração de relatórios. As etapas 4 Texto extraído do link: www.abepro.org.br são consideradas fundamentais e precisam seguir implantações com qualidade para obter os melhores resultados a serem divulgados à sociedade.5 1.5 Referências Normativas da Auditoria Fonte: www.8idea.com.br O Comité Técnico TC 207 da ISO, criado em 1993 com o objetivo de desenvolver e atualizar a série de normas ISO 14 000 (Ambiente), formou, entre outros, o Sub-comité 2 (SC2), designado Auditorias Ambientais, publicando as normas ISO 14 010 a 14 019. O SC2 teve o ponto alto do seu trabalho em 1996, com a publicação das normas ISO 14 010 - “Linhas de Orientação para Auditorias Ambientais – Princípios Gerais”, ISO 14 011 – “Auditoria aos Sistemas de Gestão Ambiental” e ISO 14 012 – “Critérios de Qualificação para Auditores do Ambiente”. NBR ISO 14001: 1996, Sistemas de gestão ambiental - Especificação e diretrizes para uso. NBR ISO 14010: 1996, Diretrizes para auditoria ambiental - Princípios Gerais. NBR ISO 14011: 1996, Diretrizes para auditoria ambiental - Procedimentos de auditoria - Auditoria de sistemas de gestão ambiental. Em termos de aplicação destas normas ao nível da organização, a ISO14 010 estabelece os princípios gerais para condução de auditorias ambientais, a 5 Texto extraído do link: meioambiente.culturamix.com ISO 14 011 fornece os procedimentos para a condução de auditorias ao sistema de gestão ambiental, incluindo os critérios para a seleção e composição das equipes auditoras, enquanto que a norma ISO 14 012 fornece orientação para a qualificação de auditores internos, externos e coordenadores. Com base na norma ISO 14 001 – “Sistemas de Gestão Ambiental – Especificações e Linhas de Orientaçãopara a sua Utilização”, as auditorias ambientais constituem o requisito 4.5.4. – Auditoria do Sistema de Gestão Ambiental. Segundo este requisito, a organização deve estabelecer e manter programas e procedimentos para efetuar auditorias periódicas ao SGA, de modo a: Determinar se o SGA está ou não conforme as especificações previstas para a gestão ambiental, incluindo os requisitos da norma ISO 14 001 e, se está ou não adequadamente implementado e mantido; Fornecer informação à Direção relativamente aos resultados das auditorias. O programa de auditoria da organização, incluindo a respectiva calendarização, deve ser baseado na importância ambiental da atividade a auditar e nos resultados de auditorias anteriores. Para que sejam abrangentes, os procedimentos de auditoria devem abarcar o âmbito da auditoria, frequência e metodologias, bem como as responsabilidades e requisitos para a conduzir e reportar os resultados.6 6Texto extraído do link:naturlink.pt 1.6 Princípios da Auditoria 1. Integridade Este item aborda as questões de idoneidade da equipe de auditores, bem como as características competentes de cada um (honestidade, responsabilidade, dedicação), executando as auditorias de forma correta, mantendo a imparcialidade e sem desigualdades, observando inclusive possíveis influência por parte dos auditados. 2. Apresentação justa Trata da importância de apresentar as conclusões das auditorias de forma verdadeiras e objetivas, levando em consideração também a necessidade de registrar possíveis problemas de divergência de opiniões no momento da auditoria. Outra questão é sobre a comunicação do auditor, que deve ser clara e objetiva. 3. Devido cuidado profissional: Refere-se a agilidade em que o auditor deve aplicar a auditoria e a responsabilidade envolvida em fazer os seus julgamentos. Deve-se trabalhar com diplomacia durante as auditorias, agindo de forma cautelosa para obter a confiança dos clientes e demais partes interessadas. 4. Confidencialidade Menciona sobre a importância da discrição que os auditores devem ter para proteger as informações obtidas das atividades executadas e também da preservação para que estas não sejam usadas de forma inapropriada e/ou para ganhos pessoais tanto para o auditor quanto para o auditado. 5. Independência Fala sobre a imparcialidade e objetividade perante as conclusões da auditoria, de forma que possam realizar as atividades de forma livre e não tendenciosa. Para isso é fundamental que os auditores mantenham objetividade durante todo o processo e que, em caso de auditoria interna, não realizem as auditorias nos mesmos locais de suas funções, para garantir que as conclusões sejam baseadas somente nas evidências identificadas. 6. Abordagem baseada em evidência Para se alcançar um processo de auditoria sistematizado, de forma que todas as auditorias sejam confiáveis e com reprodutibilidade, é essencial que seja baseado em um método planejado e racional. As evidências devem ser possíveis de serem verificadas, geralmente baseadas nas informações disponíveis no momento da auditoria, e a amostragem de análise deve ser coerente com a auditoria, a fim de garantir a confiabilidade das conclusões obtidas.7 1.7 Principais Tipos de Auditoria Sabemos que a auditoria é uma ferramenta essencial para a boa gestão de qualquer empresa. Para realizar essa importante missão, o gestor dispõe de diferentes tipos de auditoria, que, apesar de guardarem muitas semelhanças entre si, acabam se complementando. O ramo da auditoria se encarrega de avaliar cuidadosamente se as atividades praticadas pela organização estão em conformidade com os valores que foram planejados ou estabelecidos previamente. Para facilitar o entendimento, neste post trouxemos os diversos tipos de auditoria em dois grandes grupos: auditoria interna e auditoria externa. Confira: Auditoria Interna A auditoria interna é geralmente realizada por um profissional da casa ou, pelo menos, alguém que trabalhe de forma permanente junto à diretoria ou presidência. Sua principal função é averiguar se os processos contábeis e de controle interno são efetivos, no sentido de preservar a coerência entre os procedimentos internos e as políticas definidas pela empresa. Auditoria contábil A auditoria contábil se preocupa com o patrimônio da empresa. Trata-se de uma análise criteriosa para avaliar se o patrimônio da organização está sendo gerido de acordo com os direcionamentos estabelecidos pela própria empresa e também se estão em conformidade com os princípios da contabilidade. Seu objetivo é reduzir os índices de improbidade corporativa. 7 Texto extraído do link:www.8idea.com.br http://checklistfacil.com/blog/como-melhorar-os-processos-de-contabilidade-na-sua-empresa/?utm_source=blog&utm_campaign=rc_blogpost Auditoria operacional Aqui, o objetivo é avaliar o funcionamento da empresa em seu dia a dia, fornecendo um diagnóstico operacional e propondo soluções voltadas para a maior eficiência e economia. O principal objeto a ser avaliado é a relação entre os processos internos da empresa e a utilização de recursos. Auditoria de sistemas Grande parte do crescimento, prosperidade e sucesso de grandes empresas nos tempos atuais pode ser atribuído à adoção de softwares de gestão. Atenta a essa nova realidade, a auditoria não poderia deixar de avaliar a eficiência e o desempenho das soluções tecnológicas adotadas pela empresa. O emprego de soluções de Escrituração Contábil Fiscal (ECF), por exemplo, diminui em muito a possibilidade de ocorrência de inconsistências fiscais. Auditoria de qualidade A auditoria de qualidade avalia se os produtos ou serviços prestados pela empresa estão de acordo com as diretrizes estabelecidas pela própria companhia. Além disso, verificam se estão em conformidade com normas externas, tais quais as editadas pelas autoridades públicas responsáveis pela vigilância sanitária ou, ainda, normas de padronização internacional, como é o caso da ISO 9.000. Auditoria ambiental Esse tipo de auditoria se preocupa com o impacto das atividades da empresa no meio ambiente em que se insere. A escolha de fornecedores que http://checklistfacil.com/blog/software-de-gestao-entenda-porque-sua-empresa-precisa-de-um/?utm_source=blog&utm_campaign=rc_blogpost http://checklistfacil.com/blog/software-de-gestao-entenda-porque-sua-empresa-precisa-de-um/?utm_source=blog&utm_campaign=rc_blogpost http://checklistfacil.com/blog/4-melhores-praticas-para-seguir-as-regras-da-vigilancia-sanitaria/?utm_source=blog&utm_campaign=rc_blogpost http://checklistfacil.com/blog/3-maneiras-de-melhorar-a-padronizacao-de-servicos-na-sua-empresa/?utm_source=blog&utm_campaign=rc_blogpost http://checklistfacil.com/blog/como-voce-deve-preparar-a-internacionalizacao-da-sua-empresa/?utm_source=blog&utm_campaign=rc_blogpost poluem menos ou que não promovam testes laboratoriais em animais seriam exemplos de soluções em auditoria ambiental. Auditoria Externa: relacionada aos outros tipos de auditoria A auditoria externa normalmente se vale de auditores independentes, sem vínculo empregatício com a empresa auditada. Assim como na auditoria interna, sua função também é a de avaliar os sistemas internos da empresa. Por isso, o ideal é que o auditor externo trabalhe em parceria com o interno. Os tipos de auditoria usados pela auditoria externa não são diferentes dos utilizados pelo auditor interno. Assim, a auditoria externa também se vale das auditorias contábil, fiscal, operacional, ambiental, etc. O que muda é o foco de cada uma. A auditoria externa também funciona como uma consultoria e, portanto, o seu foco é justamente avaliar a confiabilidadedos registros contábeis. Apenas por meio das auditorias é possível saber se existe um hiato entre a teoria e a prática. Além disso, entenderemos o que deve ser feito a fim de os recursos da empresa serem empregados da forma mais eficiente possível, de modo a atingir as metas traçadas. 1.8 Processo de Auditoria Ambiental 1.9 Etapas da Auditoria Ambiental Pré-auditoria: executadas todas as atividades de preparação; Auditagem Local: identificadas e avaliadas todas as operações que compõem o processo produtivo do empreendimento, podendo envolver desde simples observações de campo até a realização de ensaios laboratoriais; Relatório final: contendo os resultados da auditoria efetuada; Pós-auditoria: recomendações são implementadas pela empresa por meio de um plano de ação.8 1.10 Classificação das auditorias ambientais Segundo Philippi e Aguiar (2004), as auditorias ambientais podem ser classificadas de acordo com a natureza da parte auditora, ou de acordo com critérios e objetivos. Para os autores, a auditoria de acordo com a parte auditora pode ser classificada como sendo de primeira, de segunda ou terceira parte. Esses conceitos derivam das auditorias de sistemas de qualidade e meio ambiente e baseiam-se fundamentalmente na função e no interesse da auditoria. A auditoria de primeira parte é um processo interno conduzido “pela própria organização, ou em seu nome, para análise crítica pela direção e outros propósitos internos, podendo também ter como objetivo a formação de uma base para a auto declaração de conformidade da organização”. (ABNT NBR ISO 19011, 2002, p.2). As auditorias de segunda parte são auditorias externas “realizadas por partes que têm um interesse na organização, tais como clientes, ou por outras pessoas em seu nome”. (ABNT NBR ISO 19011, 2002, p.3). Entende-se que a auditoria de segunda parte, quando aplicada à área de qualidade, é compreendida como sendo as realizadas por clientes em fornecedores, e em sendo aplicada à área ambiental, entende-se que o conceito deve ser ampliado para os casos em que são realizadas por possíveis interessados em processos de aquisição ou fusão de empresas, ou ainda, aquelas realizadas por uma comissão legalmente constituída por membros de uma determinada comunidade afetada pelos impactos ambientais produzidos por uma organização. As “auditorias de terceira parte são realizadas por organizações externas de auditoria independente, tais como organizações que proveem certificados ou 8 Texto extraído do link: www.rc.unesp.br registros de conformidade com os requisitos da NBR ISO 14001:2004”. (ABNT NBR ISO 19011, 2002, p.3). Nota-se que o conceito da auditoria de terceira parte caminha sem divergência na doutrina, a qual sustenta ser aquela realizada por instituição totalmente isenta e que não tenha nenhum interesse nos impactos ambientais da organização auditada, como por exemplo, as auditorias de certificação dos Sistemas de Gestão Ambiental com base na norma NBR ISO 14001:2004. 1.11 Classificação das Auditorias de Acordo Com Critérios Conforme Philippi e Aguiar (2004), as auditorias ambientais podem ser classificadas de acordo com o critério utilizado para desenvolvê-la, como por exemplo, as auditorias de conformidade legal e de sistema de gestão ambiental, abordadas a seguir. A experiência demonstra que no Brasil o incremento e rigor da legislação ambiental e a determinação da realização de auditorias ambientais por alguns estados como Santa Catarina, Paraná, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Ceará e Amapá e, para alguns segmentos como, por exemplo, portos, terminais marítimos e atividades de exploração e produção de petróleo, levaram as auditorias de conformidade legal a fazerem parte do cotidiano das empresas. Utilizada para identificar a conformidade da organização auditada com a legislação e outros requisitos aplicáveis, apresenta-se como benefício às empresas por ser uma ferramenta de caráter gerencial que facilita a tomada de decisão, diminuindo os riscos de multas, indenizações e até mesmo denúncias criminais. As auditorias de conformidade legal podem ser aplicadas a muitas situações, como por exemplo, o planejamento interno de emergência, a fusão de duas empresas, a realização de parcerias, as renovações ou aquisições de seguros, dentre outros. Independentemente de a auditoria ambiental ser realizada de modo voluntário ou por exigência legal, seus resultados apresentam ganhos competitivos para o negócio, quando entendido no contexto de oportunidade para a melhoria contínua. Assim sendo, as auditorias de conformidade legal também podem ser utilizadas para preparar uma empresa para vistoria a ser realizada pelo órgão ambiental, no tocante a verificação do atendimento dos requisitos legais e outros requisitos aplicáveis, como por exemplo, as condicionantes da licença de operação, termo de compromisso ambiental, dentre outros. A auditoria de sistema de gestão ambiental tem por objetivo avaliar a conformidade de uma empresa ao atendimento dos requisitos constates na NBR ISO 14001:2004, ou seja, a adoção e prática dos princípios contidos em sua política ambiental, a definição programas ambientais com seus respectivos objetivos e metas, o comprometimento e responsabilidades dos administradores, as práticas operacionais para minimização de danos ao meio ambiente, dentre outros, conforme definido no escopo de implementação do sistema de gestão ambiental. 1.12 Classificação das auditorias de acordo com objetivos Para Philippi e Aguiar (2004), a auditoria pode ser classificada ainda de acordo com objetivos de sua aplicabilidade, como por exemplo, a auditoria de certificação de um sistema de gestão ambiental, de acompanhamento, de verificação de correção ou de follow-up, de responsabilidade (due diligence), de sítio e a auditoria compulsória. Dos exemplos citados pelos autores, entende-se que a auditoria de certificação do sistema de ambiental tem por objetivo verificar se a organização implementou os requisitos definidos na norma NBR ISO 14001:2004 e deve ser conduzida por uma organização contratualmente independente da organização auditada, de seus fornecedores e clientes e que seja credenciada por organismo específico. No Brasil o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO) é o órgão responsável por este credenciamento. A auditoria ambiental de acompanhamento tem por objetivo verificar se as condições estabelecidas em uma auditoria anterior estão sendo cumpridas. É utilizada, por exemplo, por uma organização que, apesar de indicada para certificação do sistema de gestão ambiental, tenha algumas não conformidades menores (ajustes para o completo atendimento dos requisitos estabelecidos pela norma), bem como indicação de oportunidade de melhoria (adoção de tecnologias limpas, melhoria de processos de produção, organização de documentos, dentre outros), que precisam ter seu cumprimento acompanhado até a conclusão do processo de implementação. A auditoria ambiental de verificação de correção ou de follow-up tem por objetivo verificar se as não conformidades estabelecidas em auditorias anteriores foram devidamente sanadas. Observa-se que a auditoria de conformidade legal, além de informar se as atividades da organização estão conformes com a legislação ambiental ou outros requisitos aplicáveis, também poderá estabelecer um plano de ação para implementar uma ação construtiva ou da correta implementação de um programa ambiental, cujo objetivo é a mitigação de impacto ao meio ambiente. Nesse plano será estabelecido, além de outros direcionamentos, o prazo para que a não conformidade seja sanada. Finalizado esse prazo, o auditor fará uma auditoria de verificação de correções, também conhecidacomo auditoria de follow-up, com a finalidade antes especificada. A auditoria ambiental de responsabilidade (due diligence) tem por objetivo avaliar os riscos e custos associados a passivos ambientais, é costumeiramente utilizada por instituições financeiras para analisar financiamento de atividades em funcionamento e / ou ampliação de parque fabril, bem como por outras empresas para atender a finalidade consistente em fusões e aquisições. No caso da auditoria ambiental de sítio, essa tem por objetivo avaliar o grau de contaminação de determinado local, identificando assim a existência de passivos ambientais. É possível analisar, com exemplo, a contaminação de uma área com produtos químicos. A avaliação do grau de contaminação do solo, lençol freático e corpos d’água deverão ser feitos utilizando esta ferramenta que, depois de avaliado o grau de contaminação, poderá indicar em um plano de ação a necessidade de remediação do local com aplicação de tecnologias de descontaminação ou remoção do material para incineração.9 1.13 Tipos de Auditoria Ambiental Fonte: www.fragmaq.com.br O setor privado utiliza sete tipos de auditoria ambiental: Auditoria de Conformidade Legal (Compulsória): avalia a adequação da empresa às normas ambientais aplicáveis a sua área de atuação. Normalmente é utilizada como preparação para requerimento de licenças ambientais ou forma de prevenção para multas; Auditoria de Avaliação de Desempenho: tem como objetivo avaliar a empresa com base em indicadores ambientais, como o consumo de água, energia, geração de resíduos e etc. Auditoria de Descomissionamento: tem como finalidade a verificação de riscos para a população ou o meio ambiente após o fechamento de algum tipo de indústria; Auditoria de Responsabilidade: serve para investigar a existência de passivos ambientais que podem interferir em um processo de compra e venda de alguma organização; 9 Texto extraído do link: www.institutodiaslopes.com.br http://www.fragmaq.com.br/ Auditoria Pós-acidente: tem como objetivo verificar as causas, responsáveis e a possibilidade de recorrência de acidentes ambientais; Auditoria de Sistema de Gestão: são realizadas para adequar, certificar ou verificar o atendimento da empresa aos requisitos de determinado sistema de gestão ambiental. 1.14 Gestão de um Programa de Auditoria Fonte: bs10500-audit.com O que é um programa de auditoria? Um programa de auditoria é conjunto de uma ou mais auditorias planejadas para um período de tempo determinado e direcionadas a um propósito especifico. Podemos resumir como sendo o calendário das auditorias. Quando cada auditoria será realizada. Depois cada auditoria do programa de auditoria será detalhado nos planos de auditoria. Segundo a sub-clausula 8.2.2 na NBR ISO 9001:2008 um programa de auditoria deve ser planejado, levando em consideração a situação e a importância dos processos e áreas a serem auditadas, bem como os resultados de auditorias anteriores.10 10Texto Extraído do link:qualidadenapratica.com.br http://bs10500-audit.com/pt/ http://qualidadenapratica.com.br/2011/11/26/o-que-e-um-programa-de-auditoria/ http://qualidadenapratica.com.br/2011/11/26/o-que-e-um-plano-de-auditoria/ 1.15 Objetivos e Abrangências Fonte: visualmonterey.com.br 1.16 Objetivo da Auditoria Ambiental A concepção de auditoria ambiental, como instrumento de gestão ambiental, passou a ter significado marcante no plano dos novos instrumentos para a tutela ambiental, sob a égide de normas internacionais de qualidade ISO 1001/1990 e sua versão ISO 9000. O objetivo da auditoria ambiental foi estabelecido em decorrência da necessidade de: 1) facilitar o controle da gestão das práticas com eventual impacto ambiental; 2) avaliar a observância das políticas de ambiente da empresa. O objetivo da auditoria deve ser transparente e definido de maneira a alcançar as expectativas e necessidades do cliente desviando-se, assim, de interpretações dúbias que possam interferir no resultado final. O escopo deve ser facilmente compreensível e definido pelo auditor líder em harmonia com o cliente. Na delimitação do escopo deve-se considerar: a localização geográfica, os limites organizacionais, o objeto da auditagem, o período e o tema ambiental. Auditorias Ambientais têm como objetivo detectar problemas ou oportunidades em áreas ou atividades como: - Fontes de poluição e medidas de controle e prevenção;- uso de energia e água e medidas de economia;- processos de produção e distribuição;- pesquisas e desenvolvimentos de produtos;- uso, armazenagem, manuseio e transporte de produtos controlados;- subprodutos e desperdícios;- estações de tratamento de águas residuárias (esgoto);- sítios contaminados;- reformas e manutenções de prédios e instalações;- panes, acidentes e medidas de emergência e mitigação;- saúde ocupacional e segurança do trabalho; As legislações Estaduais estabeleceram a abrangência da Auditoria, sendo em comum das Unidades Federais, as empresas que manejam com derivados de petróleo, e que estocam substâncias perigosas e tóxicas, que causam danos ambientais, muitas das vezes irreversíveis. No Estado do Rio de Janeiro a Lei 1.898/91 (estabelece os ditames da auditoria), deve realizar auditorias ambientais anuais: nas refinarias, oleodutos e terminais de petróleo e seus derivados; nas instalações destinadas a estocagem de substancias tóxicas e perigosas. Há no Estado do Espírito Santo, pela Lei 4.802, de 2/08/2008, publicada no DOE (Diário Oficial do Estado) de 16/08/1993, tem as exigências na Lei fluminense, acrescentando as indústrias de papel e celulose, lixo hospitalar e mineração.11 1.17 Auditoria Ambiental - Vantagens e Desvantagens Vantagens: Identificação e registro das conformidades e das não conformidades com a legislação, com regulamentações e normas e com a política ambiental da empresa (caso exista); Prevenção de acidentes ambientais; Auditoria Ambiental 11 Texto Extraído do link: www.ebah.com.br Melhor imagem da empresa junto ao público, à comunidade e ao setor público; Provisão de informação à alta administração da empresa, evitandolhe surpresas; Assessoramento aos gestores na implementação da qualidade ambiental na empresa; Auditoria Ambiental (Vantagens) Assessoramento à alocação de recursos (financeiro, tecnológico, humano) destinados ao meio ambiente na empresa, segundo as necessidades de proteção do meio ambiente e as disponibilidades da empresa, descartando pressões externas; Avaliação, controle e redução do impacto ambiental da atividade; Auditoria Ambiental (Vantagens) Minimização dos resíduos gerados e dos recursos usados pela empresa; A promoção do processo de conscientização ambiental dos empregados; Produção e organização de informações ambientais consistentes e atualizadas do desempenho ambiental da empresa, que podem ser acessadas por investidores e outras pessoas físicas ou jurídicas envolvidas nas operações de financiamento e/ou transações da unidade auditada; Facilidade na comparação e intercâmbio de informações entre as unidades da empresa. Auditoria Ambiental Desvantagens: Necessidade de recursos adicionais para implementar o programa de auditoria ambiental; Possibilidade de incorrer em dispêndio inesperado e expressivo de recursos para atender às não-conformidades detectadas na auditoria ambiental; Indicar falsa sensação de segurança sobre os riscos ambientais caso a auditoria o seja conduzida de forma inexperiente ou incompleta; Possibilidade de que as indústrias sofram pressões de órgãos governamentais e de grupos ambientais para demonstrar os resultados da auditoria ambiental.121.18 Abordagens utilizadas em auditoria Fonte: pt.linkedin.com A realização de uma auditoria de sistema de gestão da qualidade consiste em coletar informações pertinentes, por uma amostragem apropriada, e avaliá- las contra o critério da auditoria (ISO 9001, por exemplo), chegando, assim, às conclusões da auditoria. Esta visão geral é comum na realização de uma auditoria. No entanto, a abordagem que cada auditor utiliza para se chegar as conclusões da auditoria pode ser bastante diferenciada, dependendo da forma como a auditoria é planejada, da maneira com as questões são formuladas, do tipo de cheklist a ser utilizado, entre outros fatores. Enfim, não existe um método correto, padronizado ou definitivo. A escolha de um método particular é determinada pelas circunstâncias que prevalecem (isto é, escopo, objetivos, logística) (O’HANLON, 2006). Kaziliûnas (2008) identifica e analisa quatro tipos de abordagens: Auditoria baseada em elemento: fornece evidências de que uma organização elucidou os elementos da Norma dentro dos procedimentos e esses 12 Texto extraído do link: www.unisalesiano.edu.br procedimentos estão sendo seguidos, mas não que resultados planejados estão sendo atingidos. Auditoria baseada em departamento: fornece alguma evidência de que a XXIX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO A Engenharia de Produção e o Desenvolvimento Sustentável: Integrando Tecnologia e Gestão Salvador, BA, Brasil, 06 a 09 de outubro de 2009 6 organização interpretou a Norma em responsabilidades departamentais e procedimentos, mas não que resultados planejados estão sendo atingidos. Auditoria baseada em atividades: evidencia que atividades específicas estão sendo efetuadas, mas não que resultados planejados estão sendo atingidos. Uma mais eficaz é auditoria baseada em processo: O auditor procura identificar quais os resultados que a organização deseja atingir, determina se esses resultados levam em conta as necessidades dos clientes e das partes interessadas e então examina a forma que os procedimentos são gerenciados para alcançar esses resultados e melhorar o desempenho. Em função do objetivo da auditoria, é possível identificar dois tipos de abordagem (ARTER, 2003): conformidade e desempenho. A auditoria de conformidade é tradicional e baseada em critérios, ou seja, transforma o requisito da norma em uma pergunta: a norma diz “o fornecedor deve” e o auditor diz “mostre-me o que você faz”. Esse tipo de auditoria, embora abrangente, frequentemente fracassa no que vem a ser a finalidade das auditorias. Ênfase demasiada foi colocada no atendimento às palavras da norma e não na contribuição para o valor agregado ou na eficácia de tal atendimento. Ela pode falhar na detecção dos problemas causados pelas transações nos pontos de interfaces entre os processos (O’HANLON, 2003) Terziovski et al. (2002) concluem que auditoria de conformidade predomina nos estágios iniciais de implementação do sistema da qualidade, no entanto a eficácia diminui quando o sistema da qualidade amadurece. A maioria dos auditores está envolvida em auditorias de conformidade onde o único objetivo é estabelecer se um requisito específico está sendo atendido. Eles invariavelmente não fornecem dados para tomadas de decisões gerenciais a respeito de desenvolvimento de pessoas, tecnologia, crescimento, produto e processos porque essas decisões são baseadas no desempenho atual e frequentemente toda a auditoria revela a conformidade atual (KAZILIÛNAS, 2008). Para O’Hanlon (2003), uma mudança de paradigma é necessária. Os métodos de auditoria não podem se concentrar somente na conformidade; a ênfase da auditoria deve estar na genuína melhoria, alinhada com os objetivos de negócio, não em não-conformidades triviais. Os auditores devem gastar menos tempo examinando como as coisas são feitas e mais tempo buscando compreender porque elas são feitas e como são integradas com outros processos do negócio. A auditoria de desempenho, também conhecida como auditoria de valor agregado, é um complemento à tradicional auditoria de conformidade, e, de certa forma, uma resposta às diversas críticas relacionadas à auditoria. Além do atendimento às regras, este tipo de auditoria preocupa-se com a eficácia e a adequação destas regras, quanto ao atendimento dos objetivos da organização. Ela foca nos resultados do negócio e busca agregar valor para a organização através de conclusões que auxiliam à alta direção, e a organização como um todo, na tomada de decisões mais confiáveis, na busca de se atingir os resultados por meio da contínua melhoria. Para Piskar (2006), o valor agregado depende da maturidade da organização como um todo; nós podemos também dizer que isso depende da cultura da qualidade. E conclui que os fatores XXIX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO A Engenharia de Produção e o Desenvolvimento Sustentável: Integrando Tecnologia e Gestão Salvador, BA, Brasil, 06 a 09 de outubro de 2009 que mais afetam a adição de valor dentro do processo de auditoria de sistema de gestão da qualidade são identificados como: 1. Competência de auditores e suas apropriadas escolhas para cada unidade auditada (para alcançar os objetivos de auditoria); 2. Utilização das abordagens de processos na auditoria, dos princípios de gestão, do ciclo PDCA, que focam nos processos e menos nos procedimentos, nos resultados dos processos e menos nos registros; 3. Planejamento da auditoria (escopo, objetivos, foco de uma auditoria e integração de auditorias de acordo com requisitos de diferentes normas); 4. Preparação para a auditoria (usando diferentes fontes de informação selecionando um lembrete); 5. Atenção ao tempo de auditoria; 6. Expressando opiniões positivas e propostas para melhorar medições (além de constatar discrepâncias); 7. Análises das constatações; 8. Estrutura do relatório (de acordo com o tipo da organização e as expectativas daqueles que recebem relatórios); 9. Medição continua da eficácia das auditorias da qualidade por meio de análises críticas pela administração e consequentemente da eficácia dos processos do negócio. 1.19 Aplicação de auditorias ambientais Fonte: sionadvogados.com.br Uma empresa pode executar a cada ano vários tipos de auditorias ambientais. Estas tarefas variam desde auditorias internas rotineiras; auditorias de conformidade, exigida auditoria de desempenho; e outras auditorias externas executadas por autoridades públicas e por clientes. As auditorias atualmente executadas utilizam uma grande variedade de protocolos, há pouca consistência nos relatórios, os objetivos são redundantes e são pequenas as garantias de que ações corretivas apropriadas estão sendo implantadas. Devido à qualidade variável das auditorias e ao valor limitado de melhoria do desempenho, resultante dessas auditorias que estão atualmente sendo executadas, as empresas não estão somente deixando de otimizar os benefícios de um programa eficaz de auditoria, como se expondo aos riscos identificados, mas inadequadamente gerenciados. Mundialmente, os sistemas de avaliação de desempenho atual evoluíram da área da gestão da conformidade, para a área de responsabilidade corporativa. As companhias líderes utilizam atualmente a informação gerada pelos programas de avaliação de desempenho para avaliar os riscos e gerenciar problemas, visando minimizar futuros riscos e passivos ambientais. Duas diretrizes internacionalmente reconhecidas ressaltam a necessidade de auditorias ambientais: 1 - Princípio de Valdez: “As empresas realizarão uma auto-avaliação anual, tornarão públicos os resultados e realizarão uma auditoria independente dos resultados”. 2 - Carta de Negócios para o Desenvolvimento Sustentável do ICC: “Sinceridade sobre impactos e preocupações” “Assegurara conformidade por meio de avaliação do desempenho, de auditorias e da periódica divulgação de informações aos acionistas”. Embora os requisitos relativos a auditorias se refiram primeiramente à avaliação do sistema, como no caso das auditorias de qualidade, as auditorias ambientais se destinam não apenas a avaliar a conformidade, mas, principalmente, à melhoria do sistema e do seu desempenho. A abordagem básica da auditoria ambiental envolve três conjuntos distintos de atividades: atividades pré-auditoriais, atividades de campo e atividades pós-auditoriais. A responsabilidade pode ter várias interpretações, de gestos altruístas a pressões de mercado ou boas práticas. Surgidas do uso de mecanismos de mercado e do crescente interesse dos acionistas no desempenho ambiental da empresa, as auditorias têm sido usadas para demonstrar o compromisso, a economia e o maior controle interno decorrentes de uma gestão empresarial apropriada, bem como, os benefícios decorrentes disto. 1.20 Avaliação de riscos e responsabilidade civil As auditorias podem ser utilizadas em várias fases da avaliação de riscos ligados a questões ambientais, de segurança e de saúde, que podem levar à responsabilidade civil. Aqui se pode aplicar o risco a sistemas de gestão, tecnologia de controle e uso de certos materiais, bem como riscos de processo e produto. Portanto, pode-se usar a auditoria para avaliar e minimizar os riscos. Auditorias mais especializadas e profundas podem ser usadas para investigar a extensão dos problemas em potencial. A responsabilidade civil, em termos ambientais, abrange indivíduos e empresas onde surja poluição ou não conformidade legal. Podem-se usar as auditorias ambientais para o entendimento e ação nos casos de responsabilidade civil em potencial, relacionados a eventos crônicos ou agudos ou ao sistema de gestão. O campo de avaliação de riscos e o papel das auditorias ambientais podem ser aplicados a muitas situações, como o planejamento interno de emergência, a fusão de duas empresas, a realização de parcerias, as renovações ou aquisições de seguros, as aquisições e o planejamento. Muitas empresas realizaram auditorias usando o argumento da economia de custos, em vez das pressões legais. As áreas- chave para as auditorias que visam quantificar os benefícios financeiros agrupam-se sob o termo genérico “minimização de perdas”, que se aplica à água, emissões, efluentes, energia, gestão de resíduos e de materiais. Dependendo da natureza das operações e dos objetivos, o foco das auditorias pode variar da energia consumida para produção à política de compras. Em termos financeiros, a auditoria pode ser uma ferramenta de apoio nas decisões, fornecendo informações sobre os custos ambientais atuais e os benefícios de ações existentes ou futuras. 1.21 Concorrência Motivos adicionais para as auditorias é o crescente interesse na incorporação da questão ambiental na gestão das empresas; como o progresso em relação a objetivos e o relativo impacto de seus produtos. As auditorias formam parte integral dos sistemas de gestão, tanto como feedback do controle interno quanto para contribuir com os objetivos da análise crítica pela administração. A crescente vigilância sobre as credenciais ambientais das empresas, tanto interna quanto externa, requer da administração um bom sistema de monitoramento e de informações, que as auditorias podem fornecer. Adoção de práticas específicas considerando a variável ambiental pode ser usada em muitos setores como nicho para a comercialização, apesar do argumento de que possuir um sistema de gestão que incorpore a questão ambiental como parte indissociável do negócio vai se tornar uma condição “sine qua non”. As auditorias são então usadas como ferramentas para atrair a atenção no que se refere às necessidades e ajustes no gerenciamento. 1.22 Estratégicas Uma função adicional da auditoria ambiental está no planejamento, no “benchmarking” e na coleta de informações. A preocupação com o nível de implementação de uma política ou norma ambiental, a comparação com as melhores práticas industriais e os níveis internos de conscientização são motivadores típicos desta categoria de auditoria ambiental. Uma frase bastante conhecida entre os gerentes e diretores de empresas é que “Só se controla aquilo que se mede”. Do ponto de vista ambiental, a frase é bastante verdadeira, onde o conhecimento é fundamental para a tomada de decisão. Um processo de auditoria ambiental auxilia no acompanhamento das informações e na verificação da confiabilidade das mesmas, possibilitando uma melhor definição das metas estratégicas em alinhamento com a visão e missão da empresa. Independentemente que a auditoria ambiental seja realizada de modo voluntário ou por atendimento a requisitos legais, os resultados provenientes das auditorias podem possibilitar alguns ganhos competitivos para o negócio, desde que se entenda o seu processo como uma oportunidade para a melhoria contínua.13 1.23 Protocolo da auditoria São utilizadas diversas nomenclaturas para designar o plano da auditoria. Ele reúne dois elementos: O plano da auditoria contendo os requisitos da gestão ambiental que serão considerados pelos auditores e a programação da auditoria, com a distribuição diária das atividades de cada auditor. Além do propósito de planejar uma auditoria, o protocolo possui outras finalidades, a saber: Programar a auditoria, registrar alterações no plano da auditoria, registrar os procedimentos da auditoria, registro de evidências, exceções, observações e acompanhamentos, registrar anotações de campo, registrar relatórios diários, registrar atas de reuniões, registrar o relatório final da auditoria desenvolvendo o protocolo. O protocolo de uma auditoria ambiental tem como ponto de partida o sistema de gestão ambiental existente na organização. Nele são encontrados todos os focos de uma auditoria: O escopo do sistema, áreas funcionais a serem auditadas, requisitos do sistema a serem avaliados em cada área funcional a ser visitada, requisitos legais pertinentes, convênios e contratos subscritos pela organização, padrões e práticas auto impostos pela organização, aspectos ambientais da organização, objetivos e metas ambientais estabelecidos no sistema. A partir destes elementos são desenvolvidos os protocolos das auditorias ambientais. Mas, complementando o protocolo, também com base nestes elementos, devem ser estabelecidas três orientações básicas: ─ O que será caracterizado e avaliado em cada um dos requisitos do sistema? ─ Como as técnicas de auditorias serão aplicadas para a compreensão de cada um dos requisitos do sistema: 13 Texto extraído do link: ambientes.ambientebrasil.com.br (i) Observação; (ii) Listas de verificação; (iii) Questionário; (iv) Testes; (v) Solicitando procedimentos, documentos e registros. ─ Qual a profundidade mínima de abordagem será utilizada para caracterizar e avaliar cada um dos requisitos do instrumento de gestão? Cada auditor possuirá acesso ao protocolo estabelecido, bem como de suas eventuais alterações, definidas pelo auditor líder, ao longo do processo de auditagem. 1.24 Programando o tempo dos trabalhos de campo Há protocolos de auditoria que apenas estabelecem, por auditor, a sequência, a duração e o horário das entrevistas diárias que irá realizar em campo. Há outros que apenas detalham o critério da auditoria e o prazo total das atividades a serem realizadas em campo. Entende-se que ambos os protocolos estão corretamente desenhados. Mas, preferimos seguir um procedimento mais abrangente, ou seja, elaborar o detalhamento do critério da auditoria, bem como definir a quantidade de visitas que será realizada por cada auditor diariamente. Assim, é possível estimar com mais acuro oprazo das atividades de campo e as técnicas que serão adotadas. Duas coisas precisam ser consideradas para minimizar as consequências eventuais de remarcações de horário de entrevistas. Mesmo antes da reunião de abertura da auditoria, a organização auditada deve ser informada formalmente da possibilidade de remarcações de horário ao longo das atividades de campo da empresa auditora, de forma a que os entrevistados possam programar suas atividades normais com liberdade de atendimento aos auditores. Por outro lado, os auditores que tenham a necessidade de remarcar horários de entrevistas devem procurar recuperar seus horários normais ao longo do dia. Sobretudo em auditorias de plantas industriais, sugerimos que o tempo diário na planta de um auditor seja mais reduzido, ou seja, no máximo 8 horas por dia, mesmo que esta medida amplie o prazo total das atividades de campo. Recomendamos ainda, sobretudo em plantas industriais com unidades descentralizadas, que sejam realizadas no máximo cinco entrevistas por dia, por auditor. Vários eventos devem ser considerados para o estabelecimento do número e do horário das entrevistas: A complexidade da planta e de seus processos; A profundidade dos conhecimentos a serem adquiridos. As ferramentas e técnicas a serem utilizadas na auditoria (questionários, listas de verificação e etc). O horário de operação da planta durante o dia e de permanência dos auditados. O tempo necessário de deslocamento entre duas unidades descentralizadas. Recomendamos, por fim, que a programação do protocolo considere 10 minutos a mais no tempo de cada entrevista para compensar preventivamente possíveis atrasos. Estas atenções sugeridas consideram dois fatos: Auditoria não é gincana, ou seja, não é melhor auditor aquele que termina mais rápido; Auditorias devem ser completamente realizadas, conforme o protocolo elaborado. 1.25 Diferença entre Perícia e Auditoria Ambiental Fonte:www.ciflorestas.com.br Segundo Campos (2009), a Auditoria pode ser definida como “Processo sistemático, que deve ser sempre documentado e que visa avaliar evidências, com intuito de concluir se tais evidências se constituem conformidades ou não conformidades em relação ao padrão adotado como referência”. Já a Perícia Ambiental recebe a seguinte definição: “Exame realizado por técnico, ou pessoa de comprovada aptidão e idoneidade profissional, para verificar e esclarecer um fato, ou estado ou a estimação da coisa que é objeto de litígio ou processo, que com um deles tenha relação ou dependência, a fim de concretizar uma prova ou oferecer o elemento que necessita a justiça para poder julgar” (Cunha e Guerra, 2000). Portanto, a primeira diferença que podemos citar é quanto à finalidade. Enquanto a Auditoria é realizada quando se deseja verificar se s processos e/ou procedimentos de uma certa empresa estão adequados e cumprindo padrões determinados, ou seja, na auditoria verifica-se a existência de conformidades ou não conformidades, a Perícia visa a identificação das causas e causadores de determinado fato. Outra diferença que fica evidenciada nas definições apresentadas é quanto à obrigatoriedade. As auditorias não são obrigatórias, são feitas normalmente por empresas ou corporações de forma voluntária. Em algumas situações podem ser usadas como uma ferramenta de gestão para melhorar seu desempenho ambiental ou seu Sistema de Gestão Ambiental. Existem vários tipos diferentes de auditorias ambientais. As perícias são obrigatórias e normalmente estão atreladas a alguma ação judicial, a algum litígio, a alguma disputa. Em relação a habilitação do profissional que irá executar o trabalho. Já vimos que no caso dos peritos, exige-se nível universitário completo e certidão do órgão profissional em que estiverem inscritos (CREA, CRB, etc.). Para tornar- se um auditor, faz-se necessário a realização de cursos, comprovação de conhecimentos e habilidades, mas não é necessário curso superior. Os cursos recomendados para você se capacitar como Auditor Ambiental são normalmente: Leitura e Interpretação da NBR ISO 14.001 e da NBR ISO 19.011. As documentações de ambas também são realizadas de forma diferenciada. As auditorias são documentadas por meio de Relatórios de Auditoria. Não há modelo pré-definido (a não ser que o cliente exija). A língua também é definida pelo cliente (contratante). Os auditores costumam usar instrumentos como: questionários, checklists, protocolos de legislação. Mas nenhum instrumento é obrigatório. São comuns o uso de fotos para auxiliar na explicação das não conformidades. Já as perícias são documentadas por meio de um Laudo Pericial, que normalmente é redigido de forma a responder aos quesitos formulados pelo magistrado e seguem um padrão de acordo com o Novo Código Processual Civil (CITAR ARTIGO). Existe protocolos de recusa do trabalho ou serviço? Neste quesito, as auditorias não exigem formalidades. Até porque o auditor é um profissional contratado e pago para realizar a auditoria. Por outro lado, nas perícias as recusas precisam ser bem justificadas e feitas de forma a ficar registrada. Quem é o responsável para contratar os serviços de cada serviço? O cliente das auditorias pode ser a própria empresa ou uma empresa interessada em conhecer as não conformidades e passivos de outra empresa (um fornecedor ou uma empresa a ser comprada, por exemplo). As perícias são solicitadas tanto por um juiz, um promotor de justiça ou até mesmo uma das partes interessada em uma disputa. Embora haja diferenças, destacamos que tanto as Auditorias, quanto as Perícias Ambientais são importantes instrumentos de avaliação. De formas distintas, mas com algumas semelhanças, cumprem um importante papel social, tanto no âmbito judicial quanto não judicial. Apesar da evolução que já houve, são instrumentos que precisam ser mais divulgados, sobretudo nos cursos de formação técnica, superior e de pós graduação.14 1.26 Papel do Auditor Ambiental e do Auditado Para se tornar um Auditor Ambiental, é preciso estar credenciado junto a um órgão certificador e possuir graduação maior que o auditor interno. Isto é, além de ter o conhecimento na área de Gestão Ambiental – algo que pode ser obtido por meio da graduação em Engenharia Ambiental e pela pós-graduação em Gestão Ambiental, por exemplo, é fundamental que o profissional se especialize também no ramo da Auditoria Ambiental. No processo de avaliação, através de Auditorias, podem ser detectadas pelo Auditor a ocorrência de falhas relacionadas aos processos ou produtos. Ou seja, o não atendimento a um requisito, norma ou expectativas dos Clientes ou das Empresas, relacionadas aos processos ou produtos, que são denominadas tecnicamente de Não Conformidades. O papel do auditor é identificar as fontes que podem gerar uma não conformidade. Entre as principais delas, estão: Falhas no atendimento aos requisitos de normas, especificações técnicas e documentos de referência, relacionados aos processos, áreas, serviços ou produtos. Erros no atendimento aos requisitos de documentos do Sistema de Gestão. Documentos e dados técnicos insuficientes, incompletos ou com erros, 14 Texto extraído do link:www.cetecambiental.eco.br que possam impedir a demonstração clara da conformidade esperada para produtos e atividades. Inadequação de materiais e equipamentos especificados que possam interferir nos objetivos esperados, desempenho seu controle de processos. Falhas na concepção, instalação e montagem dos projetos. Como tratar essas falhas? Primeiramente, o auditor precisa identificar o problema e levantar as informações sobre; O que foi afetado? Onde ele aconteceu? Quando foi descoberto esse problema? A partir daí o auditor deve registrar as evidências objetivas relativas ao problema detectado,listando documentos, materiais, registros, itens e qualquer outra informação relevante ao processo, área, serviço ou produto, onde a não conformidade foi identificada. O passo seguinte deve ser a comunicação da não conformidade ao auditado. Uma vez, ciente da Não conformidade, o Auditado deverá iniciar as análises de causas e os processos para correções e ações corretivas. Tanto o auditor, quanto o auditado, devem ter em mente que as não conformidades não têm caráter punitivo. Elas são abertas para os processos e não para pessoas. Devem ser vistas pelo auditor e pela organização como grandes oportunidades de melhoria. 1.27 O relatório de não conformidade Todas essas informações, relacionadas às falhas identificadas farão parte de um relatório de não conformidade que o auditor deve preencher. Este relatório deve ser baseado em fatos, evidências e referências aos requisitos não atendidos. É importante notar que a abertura desse relatório deverá levar em conta a autonomia e independência atribuída ao auditor e o conjunto de normas utilizadas na avaliação. Existem normas de Gestão, como as de Qualidade, Ambiental, Segurança e Saúde, Segurança de Alimentos, entre outras, que já possuem requisitos para tratativa de não conformidades.15 1.28 Competência e Avaliação dos Auditores Conforme definido na NBR ISO 19011, para que as auditorias de gestão da qualidade e/ou ambiental sejam realizadas efetiva e uniformemente, requer- se a qualificação do auditor de acordo com os alguns requisitos estabelecidos na norma, principalmente na seção 7 que fornece orientação sobre a competência necessária a um auditor e descreve um processo para avaliar auditores. No quadro abaixo, estão especificados alguns dos valores agregados para todos os requisitos. 15 Texto extraído de: www.treinarvirtual.com.br Requisitos Auditor Líder de equipe da auditoria Educação Educação em nível médio O mesmo solicitado para auditor Experiência profissional total 5 anos O mesmo solicitado para auditor Experiência profissional nos campos de Gestão da Qualidade ou Ambiental No mínimo 2 anos do total de 5 anos O mesmo solicitado para auditor Treinamento em auditoria 40 horas de treinamento em auditoria O mesmo solicitado para auditor Experiência em auditoria Quatro auditorias completas em um total de no mínimo 20 dias de experiência em auditoria Três auditorias completas em um total de no mínimo 15 dias de experiência em auditoria Além disso, o auditor deve ter: Atributos pessoais: os candidatos a auditor devem ter mente aberta, capacidade de julgamento, capacidade analítica, habilidade de perceber situações de modo realista, além de sensibilidade para entender o papel do indivíduo dentro da organização como um todo. Manutenção de competência: os auditores devem participar em treinos e reciclagem de modo a se manter atualizado e ter sua competência revista, a cada três anos, por equipes de avaliação. Um perfil ideal para auditor de sistemas da qualidade e/ou ambiental inclui: Conhecer profundamente as normas da série ISO 9000 e ISO 14000. Dominar, inteiramente, as técnicas de investigação, entrevista, avaliação e elaboração de relatórios pertinentes a auditorias. Ter empatia e grande poder de comunicação, tanto para obter todas as informações necessárias à auditoria, como para transmitir à Administração do auditado, os pontos fortes e fracos do seu Sistema da Qualidade e Ambiental, que deverão ser, respectivamente, otimizados e corrigidos. como um auditor em treinamento sob a direção e orientação de um auditor competente como um líder de equipe da auditoriaConvém que as auditorias sejam completadas dentro dos três últimos anos sucessivos. atuando na função de um líder de equipe da auditoria sob a direção e orientação de um auditor competente como um líder de equipe da auditoria.Convém que as auditorias sejam completadas dentro dos dois últimos anos sucessivos. Ter níveis de educação e equilíbrio emocional que impeçam a ocorrência, sob qualquer pretexto, de discussões e/ou alterações com os auditados e com a equipe auditora. Ter sempre em mente que a auditoria não pode e não deve ser calçada em impressões e opiniões pessoais do auditor e do auditado, devendo estar sempre fundamentada em evidências objetivas que demonstrem, ou não, o atendimento aos requisitos especificados na norma de referência, relatadas de forma clara e precisa. Realizar a auditoria sempre da forma mais abrangente e adequada, não restringindo sua verificação a determinados setores, itens da norma ou requisitos especificados que possam induzir a erro no resultado da auditoria. Ter acuidade para captar aquilo que se ouve e que se vê, e buscar as evidências objetivas que as consubstanciem. Ter o necessário bom senso para, apesar dos critérios de padronização definidos na norma de referência, ter que, eventualmente, interpretar e avaliar a natureza das não-conformidades existentes, que influenciarão o resultado da auditoria. Estudar e estar sempre atualizado sobre as normas, requisitos e técnicas de auditorias de Sistemas da Qualidade e Ambiental. Já as habilidades do auditor para ISO 9001 e ISO 14001: Capacidade de identificar negócios essenciais e de suporte. Capacidade de usar mapeamento de processo e diagramas de fluxo. Ao invés de auditar para atendimento, olhar para a efetividade e eficiência do processo. Entender o papel da medição em dar suporte a uma abordagem factual para tomada de decisão e assegurar a melhoria contínua. Fazer julgamento sobre como se podem atingir as metas e o cumprimento dos objetivos da qualidade e ambiental. Conhecimento em leis, regulamentos e outros requisitos pertinentes. Deve-se observar que os processos devem ser identificados, estabelecidos e documentados, mas não necessariamente definidos na forma de procedimentos. Já o conhecimento e as habilidades genéricas de líderes de equipe da auditoria incluem: Planejar a auditoria e fazer uso eficaz de recursos durante a auditoria. Representar a equipe da auditoria em comunicações com o cliente da auditoria e o auditado. Organizar e dirigir os membros da equipe da auditoria. Fornecer a direção e a orientação para auditores em treinamento. Conduzir a equipe de auditoria para atingir as conclusões do processo de trabalho. Prevenir e solucionar conflitos. Preparar e completar o relatório de auditoria. 1.29 Classificação dos auditores ambientais: Os auditores ambientais devem ser classificados de acordo com os seguintes critérios: AuditorJúnior: Formação profissional superior; Curso de Auditoria Ambiental, com carga horária igual ou superior a 40 horas; Cursos complementares específicos na área ambiental (no mínimo 1comprovação); Atuação profissional na área ambiental, superior a seis meses, mediante documentação comprobatória. Auditor Especialista: Formação profissional superior ; Curso de Auditoria Ambiental, com carga horária igual ou superior a 40 horas; Cursos complementares específicos na área ambiental (no mínimo 2 comprovações); Atuação profissional na área ambiental, superior a seis meses, mediante documentação comprobatória; Atuação profissional na tipologia a ser auditada, superior a 5 anos, mediante documentação comprobatória, que define a especialidade do Auditor tais como: Especialista em Atividades Industriais; Especialista em Atividades Florestais; Especialista em Atividades de Saneamento Ambiental; Especialista em Atividades Minerarias; Especialista em Atividades Agropecuárias; Especialista em Atividades Portuárias; Especialista em Atividades de Geração e Transmissão de Energia Elétrica; Dentre outros. Auditor Líder: Formação profissional superior;Curso de Auditoria Ambiental, com carga horária igual ou superior a 40 horas; c) Cursos complementares específicos na área ambiental (no mínimo 2 comprovações); Atuação profissional na área ambiental, superior a seis meses, mediante documentação comprobatória; e) Atuação profissional em Auditorias Ambientais, tendo realizado, no mínimo, 60 (sessenta) horas de Auditoria Ambiental 1.30 Ferramentas de Auditoria e Tecnologia para o Auditor Fiscal O termo “protocolo” significa lista de verificação utilizada por auditores ambientais como guia para realizar as atividades de auditoria. Não existe protocolo padrão, seja em forma ou conteúdo. Normalmente, as empresas desenvolvem seus próprios protocolos para atender as suas necessidades específicas de conformidade e sistemas de gestão. Empresas de auditoria desenvolvem regras gerais que podem ser aplicadas a uma vasta gama de empresas / operações. A tecnologia atual suporta muitas versões de computador baseadas em protocolos com tentativa de simplificar o processo de auditoria, convertendo requisitos regulamentares de modo qualificado. Empresas e auditores encontram vários sistemas de protocolo disponíveis de modo comercial. Outros profissionais (normalmente aqueles com muitos anos de experiência em auditoria ambiental) usam os regulamentos. Há um debate de longa data entre os profissionais de auditoria ambiental no valor de grandes protocolos detalhados e prescritivos. O uso de protocolos estruturados e prescritivos em auditorias ISO 14001 facilita a revisão por outros partidos, seja interno ao Organismo de Certificação (por exemplo, revisores técnicos e gestores de certificação) ou externos (organismos de acreditação). Nos EUA, permite que as emissões atmosféricas, descargas de águas residuais e outros aspectos operacionais estabelecem os principais padrões de conformidade legal para as empresas. Nos últimos anos os avanços na tecnologia tiveram grandes impactos na auditoria. Os computadores portáteis, impressoras portáteis, CD / DVDs, internet, e-mail e acesso à Internet sem fio têm sido usados para melhorar as auditorias, aumentar / melhorar o acesso à informação, regulamentar e criar relatórios de auditoria no local. Em experiência realizada na década de noventa do século XX uma grande empresa investiu recursos significativos no teste de “vídeo”, onde o auditor (localizado na sede corporativa) utilizado em tempo real a tecnologia de videoconferência para o pessoal ao local para levar câmeras de vídeo de modo específico. Embora inicialmente promissora, o conceito não se mostrou aceitável. 1.31 Auditorias Ambientais Compulsórias Fonte: assets.cimm.com.br O que são auditorias compulsórias? Considera-se Auditoria Ambiental compulsória a realização de avaliações, estudos destinados a verificar: o cumprimento das normas legais ambientais em vigor; os níveis efetivos ou potenciais de poluição ou de degradação ambiental por atividades de pessoas físicas ou jurídicas, públicas ou privadas; as condições de operação e de manutenção dos equipamentos e sistemas de controle de poluição; as medidas necessárias para: assegurar a proteção do meio ambiente; assegurar a proteção da saúde humana; minimizar impactos negativos ao meio ambiente e recuperá-lo. A capacitação dos responsáveis pela operação e manutenção dos sistemas, instalações e equipamentos de proteção do meio ambiente e os fatores de riscos advindos das atividades potencialmente e efetivamente poluidoras As auditorias compulsórias, são obrigatórias para alguns setores produtivos. Essas auditorias devem ser analisadas com atenção, portanto vamos acompanhar a seguir o que fica a cargo da auditoria compulsória e alguns exemplos dela no Brasil, segundo a lei nº 13448 de 11 de Janeiro de 2002, no estado do Paraná Art. 1.º Para os efeitos desta lei, denomina-se Auditoria Ambiental Compulsória a realização de avaliações e estudos destinados a verificar: I - O cumprimento das Normas Legais Ambientais em vigor; II - Os níveis efetivos ou potenciais de poluição ou de degradação ambiental por atividades de pessoas físicas ou jurídicas; III - As condições de operação e de manutenção dos equipamentos e sistemas de controle de poluição; IV - As medidas necessárias para assegurar a proteção do meio ambiente, saúde humana e minimizar impactos negativos e recuperar o meio ambiente; Art. 2.º As auditorias ambientais compulsórias serão realizadas às custas da pessoa jurídica pública ou privada objetivo de auditoria e com equipe de sua livre escolha, de comprovada habilitação e competência na atividade a ser auditada. § 1.º Sempre que julgar necessário, o Órgão estadual de meio ambiente, poderá determinar que as auditorias ambientais sejam conduzidas por equipes técnicas independentes do auditado; § 2.º Quando as auditorias ambientais forem realizadas por equipes do próprio auditado, pertencentes ao seu quadro funcional, esta não poderá ser composta por técnicos responsáveis pela operação da empresa. Art. 3.º A responsabilidade técnica pela auditoria ambiental compulsória caberá a profissional de nível superior, devidamente habilitado e credenciado pelo órgão de fiscalização profissional. § 1.º Aos auditores ambientais, quer pessoas físicas ou jurídicas, deverão ser cadastrados previamente no Órgão Estadual do Meio Ambiente. § 2.º O Órgão Estadual de Meio Ambiente estabelecerá normas de procedimento contendo critérios a serem seguidos para fim de cadastramento dos auditores ambientais domésticos. § 3.º A omissão, sonegação ou falsidade de informações, pelos auditores ambientais, devidamente apuradas, descredenciarão os mesmos para a realização de novas auditorias ambientais, sendo o fato comunicado aos respectivos órgãos de fiscalização profissional e à Procuradoria Geral de Justiça. § 4.º Os agentes públicos dos órgãos ambientais do Estado do Paraná, não poderão ser cadastrados para a realização de auditorias ambientais compulsórias no Estado do Paraná. Art. 4.º Deverão, obrigatoriamente, realizar auditorias ambientais compulsórias periódicas, com o intervalo máximo de 04 (quatro) anos, as pessoas jurídicas públicas ou privadas com atividade de elevado potencial poluidor ou degradador do meio ambiente, tais como: I - Refinarias, oleodutos e terminais de petróleo e seus derivados; II - Instalações destinadas à estocagem de substâncias tóxicas e perigosas; III - instalações de processamento e/ou de disposição final de resíduos tóxicos ou perigosos; IV - Unidades de geração e transmissão de energia elétrica; V - Instalações de tratamento e disposição final de esgotos domésticos; VI - Indústrias petroquímicas e siderúrgicas; VII - Indústrias químicas e metalúrgicas; VIII - Instalações portuárias; IX - Atividades de extração e beneficiamento mineral; X - Instalações de processamento, recuperação e destinação final de lixo urbano; XI - Indústrias de papel e celulose; XII - Gasodutos; XIII - Usinas de álcool; XIV - Instalações e processamento e produção de carvão vegetal; XV - Indústria de produção de cimento; XVI - Indústrias de tratamento de superfície; XVII - Atividades agrícolas com uso intensivo de agrotóxico; XVIII - Empresas do setor madeireiro; XIX - Empresas de extração de areia; XX - Instalações de processamento e destinação final de lixo hospitalar; XXI - Curtumes. § 1.º Poderão ser dispensados da realização de auditorias ambientais compulsórias periódicas, os empreendimentos de pequeno porte ou de reduzido potencial poluidor ou degradador do meio ambiente. § 2º A critério do órgão estadual de meio ambiente também serão passíveis de auditorias ambientais compulsórias as atividades públicas ou privadas, que a qualquer tempo gerem ou venham a gerar impactos ou riscos ambientais relevantes. Art. 5.º Constatadas as infrações ambientais, poderão
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