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Auditoria-Ambiental - Módulo 1

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CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 
NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO E EXTENSÃO FAVENI 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APOSTILA 
AUDITORIA AMBIENTAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESPÍRITO SANTO 
 
 
SUMÁRIO: 
 
1 Conceito de Auditoria Ambiental ........................................................ 4 
1.1 O surgimento das auditorias ambientais ..................................... 5 
1.2 Sistema de Gestão Ambiental ..................................................... 6 
1.3 Auditoria de Qualidade ................................................................ 9 
1.4 Quais Objetivos da Auditoria Ambiental? .................................. 10 
1.5 Referências Normativas da Auditoria ........................................ 11 
1.6 Princípios da Auditoria............................................................... 13 
1.7 Principais Tipos de Auditoria ..................................................... 15 
1.8 Processo de Auditoria Ambiental .............................................. 18 
1.9 Etapas da Auditoria Ambiental .................................................. 18 
1.10 Classificação das auditorias ambientais ................................ 19 
1.11 Classificação das Auditorias de Acordo Com Critérios .......... 20 
1.12 Classificação das auditorias de acordo com objetivos ........... 21 
1.13 Tipos de Auditoria Ambiental ................................................. 23 
1.14 Gestão de um Programa de Auditoria .................................... 24 
1.15 Objetivos e Abrangências ...................................................... 25 
1.16 Objetivo da Auditoria Ambiental ............................................. 25 
1.17 Auditoria Ambiental - Vantagens e Desvantagens ................. 26 
1.18 Abordagens utilizadas em auditoria ....................................... 28 
1.19 Aplicação de auditorias ambientais ........................................ 31 
1.20 Avaliação de riscos e responsabilidade civil .......................... 33 
1.21 Concorrência .......................................................................... 33 
1.22 Estratégicas ........................................................................... 34 
1.23 Protocolo da auditoria ............................................................ 35 
 
1.24 Programando o tempo dos trabalhos de campo .................... 36 
1.25 Diferença entre Perícia e Auditoria Ambiental ........................ 38 
1.26 Papel do Auditor Ambiental e do Auditado ............................. 40 
1.27 O relatório de não conformidade ............................................ 41 
1.28 Competência e Avaliação dos Auditores ................................ 42 
1.29 Classificação dos auditores ambientais: ................................ 45 
1.30 Ferramentas de Auditoria e Tecnologia para o Auditor Fiscal 46 
1.31 Auditorias Ambientais Compulsórias ...................................... 47 
1.32 Bibliografia ............................................................................. 54 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 CONCEITO DE AUDITORIA AMBIENTAL 
 
Fonte: blog.synchro.com.br 
A Norma NBR ISO 14.010 define Auditoria Ambiental como o "processo 
sistemático e documentado de verificação, executado para obter e avaliar, de 
forma objetiva, evidências de auditoria para determinar se as atividades, 
eventos, sistemas de gestão e condições ambientais específicos ou as 
informações relacionadas a estes estão em conformidade com os critérios de 
auditoria e para comunicar os resultados deste processo ao cliente" 1 
Resumindo e simplificando o conceito acima temos que a Auditoria 
Ambiental é “um processo sistemático e formal de verificação, por uma parte 
auditora, se a conduta ambiental e/ou desempenho ambiental de uma entidade 
auditada atendem a um conjunto de critérios especificados. ” (Philippi Jr. & 
Aguiar, 2004) 
 
1 Texto extraído do link: www.portaleducacao.com.br 
 
1.1 O surgimento das auditorias ambientais 
Muito se discute a questão das auditorias ambientais nos 
empreendimentos potencialmente poluidores, em especial a obrigatoriedade de 
sua realização, ou seja, a chamada auditoria ambiental compulsória. 
As auditorias ambientais surgiram no final da década de 70 nos Estados 
Unidos da América, onde as empresas as adotaram voluntariamente como uma 
ferramenta de gerenciamento para identificar antecipadamente os problemas 
causados por suas operações. As auditorias eram vistas como uma forma de 
reduzir custos com eventuais correções onerosas. Submetendo-se às auditorias, 
as empresas se preparavam para as inspeções da Environmental Protection 
Agency – EPA. 
A Holanda foi o primeiro país da Europa onde as empresas passaram a 
adotar as auditorias na gestão ambiental. A iniciativa, ocorrida em 1985, partiu 
de filiais de empresas estadunidenses, a exemplo do que aconteceu nos demais 
países nos quais a prática se expandiu. Apesar das auditorias ambientais terem 
sido criadas nos EUA, a primeira norma de sistema de gestão ambiental que 
estabeleceu parâmetros para a execução de auditorias foi criada em 1992 no 
Reino Unido, a BS 7750, que foi baseada em uma norma pré-existente de 
sistema de gestão de qualidade (BS 5770). Iniciativa semelhante aconteceu na 
França e posteriormente a Comunidade Econômica Europeia adotou 
regulamento que entrou em vigor em 1995 criando o Environmental 
Management and Auditing Scheme – EMAS. 
Internacionalmente a normalização de auditorias ambientais ocorreu no 
âmbito daInternational Organization for Standardization – ISO. No Brasil a 
normalização se deu em 1996 por meio da apresentação, pela ABNT, das NBR 
ISO 14010, 14011 e 14012. Atualmente está em vigor a NBR ISO 19011, de 
2002. 
Em praticamente todo o mundo as auditorias ambientais são voluntárias. 
As empresas que delas se utilizam costumam adotar o chamado “marketing 
verde” e precisam demonstrar aos seus consumidores e clientes que realmente 
dispõem de um processo produtivo que atende às conformidades ambientais e 
 
respeita o meio ambiente. As auditorias independentes são uma forma de 
comprovar aquilo que elas divulgam em sua publicidade. As relações com as 
instituições governamentais fiscalizadoras acabam melhorando, o que evita ou 
reduz as sanções administrativas ou penais e as reparações por danos causados 
ao meio ambiente e a terceiros. Nenhuma das normas internacionais, bem como 
aquelas surgidas inicialmente na Europa jamais obrigaram as empresas a 
realizarem auditorias ambientais. Apenas estabeleciam parâmetros de como 
proceder no caso de optarem pela realização das auditorias. 
1.2 Sistema de Gestão Ambiental 
 
Fonte: www.supersegassessoria.com.br 
Um Sistema de Gestão Ambiental (SGA) corresponde a um conjunto inter-
relacionado de políticas, práticas e procedimentos organizacionais, técnicos e 
administrativos de uma empresa que objetiva obter melhor desempenho 
ambiental, bem como, controle e redução dos seus impactos ambientais. 
Desempenho Ambiental consiste em resultados mensuráveis da gestão de 
aspectos ambientais das atividades, produtos e serviços de uma organização. 
A implementação de um SGA constitui a estratégia para que o empresário, 
em um processo contínuo, identifique oportunidades de melhorias que reduzem 
 
os impactos das atividades da empresa sobre meio ambiente, melhorando, 
simultaneamente, sua situação no mercado e suas possibilidades de sucesso. A 
gestão ambiental está fundamentada em 5 princípios básicos que podem ser 
definidos como segue: 
Princípio 1: Conhecer o que deve ser feito; assegurar comprometimento 
com o SGA e definir Política Ambiental. 
Princípio 2: Elaborar um Plano de Ação para atender aos requisitos da 
política ambiental. 
Princípio 3: Assegurar condições para o cumprimento dos Objetivos e 
Metas Ambientais e implementar as ferramentas de sustentaçãonecessárias. 
Princípio 4: Realizar avaliações quali-quantitativas periódicas da 
conformidade ambiental da empresa. 
Princípios 5: Revisar e aperfeiçoar a política ambiental, os objetivos e 
metas e as ações implementadas para assegurar a melhoria contínua do 
desempenho ambiental da empresa. 
Atender aos mencionados princípios por meio de uma metodologia prática 
para a implementação de um SGA é garantia de redução de impactos ambientais 
e, ao mesmo tempo, de melhoria de imagem da empresa no mercado 
(ROVERE,et. al., 2000). 
Um Sistema de Gestão Ambiental baseado na ISO 14001 é uma 
ferramenta de gestão que possibilita a uma organização, de qualquer dimensão, 
controlar o impacto ambiental. Um SGA possibilita uma abordagem estruturada 
para estabelecer objetivos, para atingir e demonstrar que foram atingidos. 
Objetivos: 
A ISO 14001 é a norma que estabelece os requisitos de implementação e 
operação do sistema de gerenciamento ambiental. Sua utilização é um meio de 
garantir às empresas uma administração eficaz e eficiente dos assuntos 
ambientais. 
Um bom gerenciamento ambiental, além de diminuir riscos de acidentes 
ecológicos e melhorar a administração de recursos energéticos, materiais e 
humanos, também fortalece imagem da empresa junto à sua comunidade, 
fornecedores, clientes e autoridades, entre outros. 
 
Traz ainda oportunidades de redução de custos ou mesmo de ganhos 
devido ao melhor gerenciamento (diminuição, eliminação ou reciclagem) dos 
resíduos gerados pela atividade produtiva. Também são conhecidos casos em 
que a certificação ISO 14001 ocasionou valorização dos preços das ações em 
empresas que estavam participando de processos de fusão ou mesmo de venda 
(BVQI BRASIL, 2005). A norma ISO 14001 se propõe a fornecer, a organizações 
de todos os tipos e tamanhos, elementos para um SGA efetivo, que podem ser 
integrados com outros sistemas gerenciais para auxiliá-los a atingir objetivos 
ambientais e financeiros. Esta norma é aplicável a qualquer organização que 
deseje: 
Implementar e manter um sistema de gestão ambiental; 
Assegurar-se da efetiva conformidade aos itens estabelecidos em sua 
política ambiental; 
Demonstrar a terceiros tal conformidade; 
Buscar uma certificação de seu SGA por uma organização independente; 
 Elaborar uma declaração pública de conformidade à Norma. 
 
Algumas Vantagens: 
 Redução e eliminação de riscos e responsabilidades ambientais; 
 Acesso a novos mercados e melhoria na competividade empresarial; 
 Evitar desperdícios e redução de custos; 
 Fortalece a imagem da empresa junto à sua comunidade, fornecedores, 
clientes e autoridades.2 
 
Avaliação de Riscos Ambientais 
A avaliação dos riscos ambientais de áreas impactadas é a forma mais 
confiável para a identificação e dimensionamento dos riscos à saúde humana e 
ao meio ambiente presentes em um determinado cenário avaliado. Através deste 
estudo se estabelecem níveis alvo de qualidade ao qual uma área impactada 
 
2 Texto extraído de: mundoambiente.eng.br/new/meio-ambiente/gestao-
ambiental/ 
 
deve se enquadrar. São consideradas as concentrações dos compostos 
químicos de interesse presentes no solo e na água subterrânea, a vias de 
exposição, os mecanismos de transporte da contaminação e as características 
físicas da área. 
Após definido o modelo para avaliação ambiental, no caso de confirmação 
da presença de riscos à saúde, são avaliadas metodologias de intervenção que 
visam a eliminação dos riscos toxicológicos aos seres humanos a fim de se 
atingir os níveis limites adequados aos padrões nacionais. 
Para a elaboração de estudos de risco toxicológico, a AMBRATEC baseia-
se nas normas nacionais e internacionais para Avaliação de Risco atendendo a 
todos os padrões de qualidade, segurança e confiabilidade dos resultados. 3 
1.3 Auditoria de Qualidade 
 
Fonte: www.uninorte.com.br 
Auditoria é o “processo sistemático, documentado e independente para 
obter evidências de auditoria e avaliá-las objetivamente para determinar a 
extensão na qual os critérios da auditoria são atendidos”. Esta é a definição da 
ABNT NBR ISO 19011(2002), norma que fornece orientação sobre os princípios 
 
3 Texto disponível em: www.ambratec.com.br 
 
 
de auditoria, gestão de programas de auditoria, realização de auditorias de 
sistema de gestão da qualidade e auditorias de sistema de gestão ambiental, 
como também orientação sobre a competência de auditores de sistemas de 
gestão da qualidade e ambiental. Esta norma é aplicável a todas as organizações 
que necessitam realizar auditorias internas ou externas de sistemas de gestão 
da qualidade e/ou ambiental ou gerenciar um programa de auditoria. Para 
Feigenbaum (1991), a auditoria avalia a eficácia do sistema da qualidade e 
determina o grau no qual os objetivos do sistema são alcançados. Ela é voltada 
para o sistema ao invés do produto. Segundo O’Hanlon (2006) existem três tipos 
de auditoria:  Interna, ou de primeira parte: os membros de uma organização 
auditam sua própria organização; De segunda parte: um cliente audita um 
fornecedor em algum ponto na cadeia de suprimento (isto é, seu cliente 
auditando você ou você auditando seu fornecedor); e De terceira parte: essa 
auditoria é feita geralmente com finalidade de certificação por representantes de 
organizações independentes. 4 
1.4 Quais Objetivos da Auditoria Ambiental? 
Objetiva avaliar de modo sistemático, documentado e periódico os 
fundamentos da matéria no sentido de buscar conformidades e tomar como 
referência normas ambiental dentro da empresa, na administração pública ou 
dentro do processo como um todo. 
O auditor ambiental precisa contar com equipe montada de modo prévio 
e ao mesmo tempo buscar comparar os fatos executados em prática conforme 
as normas adotadas. 
Existem séries de passos que devem ser realizados dentro do setor de 
auditoria, tais como: Coleta de evidências, reunião de abertura, reuniões de 
encerramento, constatação de auditoria e elaboração de relatórios. As etapas 
 
4 Texto extraído do link: www.abepro.org.br 
 
são consideradas fundamentais e precisam seguir implantações com qualidade 
para obter os melhores resultados a serem divulgados à sociedade.5 
1.5 Referências Normativas da Auditoria 
 
Fonte: www.8idea.com.br 
O Comité Técnico TC 207 da ISO, criado em 1993 com o objetivo de 
desenvolver e atualizar a série de normas ISO 14 000 (Ambiente), formou, entre 
outros, o Sub-comité 2 (SC2), designado Auditorias Ambientais, publicando as 
normas ISO 14 010 a 14 019. 
O SC2 teve o ponto alto do seu trabalho em 1996, com a publicação das 
normas ISO 14 010 - “Linhas de Orientação para Auditorias Ambientais – 
Princípios Gerais”, ISO 14 011 – “Auditoria aos Sistemas de Gestão Ambiental” 
e ISO 14 012 – “Critérios de Qualificação para Auditores do Ambiente”. 
NBR ISO 14001: 1996, Sistemas de gestão ambiental - Especificação e 
diretrizes para uso. NBR ISO 14010: 1996, Diretrizes para auditoria ambiental - 
Princípios Gerais. NBR ISO 14011: 1996, Diretrizes para auditoria ambiental - 
Procedimentos de auditoria - Auditoria de sistemas de gestão ambiental. 
Em termos de aplicação destas normas ao nível da organização, a ISO14 
010 estabelece os princípios gerais para condução de auditorias ambientais, a 
 
5 Texto extraído do link: meioambiente.culturamix.com 
 
ISO 14 011 fornece os procedimentos para a condução de auditorias ao sistema 
de gestão ambiental, incluindo os critérios para a seleção e composição das 
equipes auditoras, enquanto que a norma ISO 14 012 fornece orientação para a 
qualificação de auditores internos, externos e coordenadores. 
Com base na norma ISO 14 001 – “Sistemas de Gestão Ambiental – 
Especificações e Linhas de Orientaçãopara a sua Utilização”, as auditorias 
ambientais constituem o requisito 4.5.4. – Auditoria do Sistema de Gestão 
Ambiental. Segundo este requisito, a organização deve estabelecer e manter 
programas e procedimentos para efetuar auditorias periódicas ao SGA, de modo 
a: 
 Determinar se o SGA está ou não conforme as especificações previstas 
para a gestão ambiental, incluindo os requisitos da norma ISO 14 001 e, 
se está ou não adequadamente implementado e mantido; 
 Fornecer informação à Direção relativamente aos resultados das 
auditorias. O programa de auditoria da organização, incluindo a respectiva 
calendarização, deve ser baseado na importância ambiental da atividade 
a auditar e nos resultados de auditorias anteriores. Para que sejam 
abrangentes, os procedimentos de auditoria devem abarcar o âmbito da 
auditoria, frequência e metodologias, bem como as responsabilidades e 
requisitos para a conduzir e reportar os resultados.6 
 
6Texto extraído do link:naturlink.pt 
 
1.6 Princípios da Auditoria 
 
1. Integridade 
 
Este item aborda as questões de idoneidade da equipe de auditores, bem 
como as características competentes de cada um (honestidade, 
responsabilidade, dedicação), executando as auditorias de forma correta, 
mantendo a imparcialidade e sem desigualdades, observando inclusive 
possíveis influência por parte dos auditados. 
 
2. Apresentação justa 
 
Trata da importância de apresentar as conclusões das auditorias de 
forma verdadeiras e objetivas, levando em consideração também a necessidade 
de registrar possíveis problemas de divergência de opiniões no momento da 
auditoria. Outra questão é sobre a comunicação do auditor, que deve ser clara e 
objetiva. 
 
 
3. Devido cuidado profissional: 
 
Refere-se a agilidade em que o auditor deve aplicar a auditoria e a 
responsabilidade envolvida em fazer os seus julgamentos. Deve-se trabalhar 
com diplomacia durante as auditorias, agindo de forma cautelosa para obter a 
confiança dos clientes e demais partes interessadas. 
 
4. Confidencialidade 
 
Menciona sobre a importância da discrição que os auditores devem ter 
para proteger as informações obtidas das atividades executadas e também 
da preservação para que estas não sejam usadas de forma inapropriada e/ou 
para ganhos pessoais tanto para o auditor quanto para o auditado. 
 
5. Independência 
 
Fala sobre a imparcialidade e objetividade perante as conclusões da 
auditoria, de forma que possam realizar as atividades de forma livre e não 
tendenciosa. 
Para isso é fundamental que os auditores mantenham objetividade 
durante todo o processo e que, em caso de auditoria interna, não realizem as 
auditorias nos mesmos locais de suas funções, para garantir que as conclusões 
sejam baseadas somente nas evidências identificadas. 
 
6. Abordagem baseada em evidência 
 
Para se alcançar um processo de auditoria sistematizado, de forma que todas 
as auditorias sejam confiáveis e com reprodutibilidade, é essencial que seja 
baseado em um método planejado e racional. As evidências devem ser possíveis 
de serem verificadas, geralmente baseadas nas informações disponíveis no 
 
momento da auditoria, e a amostragem de análise deve ser coerente com a 
auditoria, a fim de garantir a confiabilidade das conclusões obtidas.7 
1.7 Principais Tipos de Auditoria 
Sabemos que a auditoria é uma ferramenta essencial para a boa gestão 
de qualquer empresa. Para realizar essa importante missão, o gestor dispõe de 
diferentes tipos de auditoria, que, apesar de guardarem muitas semelhanças 
entre si, acabam se complementando. 
O ramo da auditoria se encarrega de avaliar cuidadosamente se as 
atividades praticadas pela organização estão em conformidade com os valores 
que foram planejados ou estabelecidos previamente. 
Para facilitar o entendimento, neste post trouxemos os diversos tipos de 
auditoria em dois grandes grupos: auditoria interna e auditoria externa. Confira: 
 
Auditoria Interna 
 
A auditoria interna é geralmente realizada por um profissional da casa ou, 
pelo menos, alguém que trabalhe de forma permanente junto à diretoria ou 
presidência. Sua principal função é averiguar se os processos contábeis e de 
controle interno são efetivos, no sentido de preservar a coerência entre os 
procedimentos internos e as políticas definidas pela empresa. 
 
Auditoria contábil 
 
A auditoria contábil se preocupa com o patrimônio da empresa. Trata-se 
de uma análise criteriosa para avaliar se o patrimônio da organização está sendo 
gerido de acordo com os direcionamentos estabelecidos pela própria empresa e 
também se estão em conformidade com os princípios da contabilidade. Seu 
objetivo é reduzir os índices de improbidade corporativa. 
 
7 Texto extraído do link:www.8idea.com.br 
http://checklistfacil.com/blog/como-melhorar-os-processos-de-contabilidade-na-sua-empresa/?utm_source=blog&utm_campaign=rc_blogpost
 
 
Auditoria operacional 
 
Aqui, o objetivo é avaliar o funcionamento da empresa em seu dia a dia, 
fornecendo um diagnóstico operacional e propondo soluções voltadas para a 
maior eficiência e economia. O principal objeto a ser avaliado é a relação entre 
os processos internos da empresa e a utilização de recursos. 
 
Auditoria de sistemas 
 
Grande parte do crescimento, prosperidade e sucesso de grandes 
empresas nos tempos atuais pode ser atribuído à adoção de softwares de 
gestão. Atenta a essa nova realidade, a auditoria não poderia deixar de avaliar 
a eficiência e o desempenho das soluções tecnológicas adotadas pela empresa. 
 
O emprego de soluções de Escrituração Contábil Fiscal (ECF), por 
exemplo, diminui em muito a possibilidade de ocorrência de inconsistências 
fiscais. 
 
Auditoria de qualidade 
 
A auditoria de qualidade avalia se os produtos ou serviços prestados pela 
empresa estão de acordo com as diretrizes estabelecidas pela própria 
companhia. Além disso, verificam se estão em conformidade com normas 
externas, tais quais as editadas pelas autoridades públicas responsáveis 
pela vigilância sanitária ou, ainda, normas de padronização internacional, como 
é o caso da ISO 9.000. 
 
Auditoria ambiental 
 
Esse tipo de auditoria se preocupa com o impacto das atividades da 
empresa no meio ambiente em que se insere. A escolha de fornecedores que 
http://checklistfacil.com/blog/software-de-gestao-entenda-porque-sua-empresa-precisa-de-um/?utm_source=blog&utm_campaign=rc_blogpost
http://checklistfacil.com/blog/software-de-gestao-entenda-porque-sua-empresa-precisa-de-um/?utm_source=blog&utm_campaign=rc_blogpost
http://checklistfacil.com/blog/4-melhores-praticas-para-seguir-as-regras-da-vigilancia-sanitaria/?utm_source=blog&utm_campaign=rc_blogpost
http://checklistfacil.com/blog/3-maneiras-de-melhorar-a-padronizacao-de-servicos-na-sua-empresa/?utm_source=blog&utm_campaign=rc_blogpost
http://checklistfacil.com/blog/como-voce-deve-preparar-a-internacionalizacao-da-sua-empresa/?utm_source=blog&utm_campaign=rc_blogpost
 
poluem menos ou que não promovam testes laboratoriais em animais seriam 
exemplos de soluções em auditoria ambiental. 
 
Auditoria Externa: relacionada aos outros tipos de auditoria 
 
A auditoria externa normalmente se vale de auditores independentes, sem 
vínculo empregatício com a empresa auditada. Assim como na auditoria interna, 
sua função também é a de avaliar os sistemas internos da empresa. Por isso, o 
ideal é que o auditor externo trabalhe em parceria com o interno. 
 
Os tipos de auditoria usados pela auditoria externa não são diferentes dos 
utilizados pelo auditor interno. Assim, a auditoria externa também se vale das 
auditorias contábil, fiscal, operacional, ambiental, etc. O que muda é o foco de 
cada uma. 
A auditoria externa também funciona como uma consultoria e, portanto, o 
seu foco é justamente avaliar a confiabilidadedos registros contábeis. 
Apenas por meio das auditorias é possível saber se existe um hiato entre 
a teoria e a prática. Além disso, entenderemos o que deve ser feito a fim de os 
recursos da empresa serem empregados da forma mais eficiente possível, de 
modo a atingir as metas traçadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.8 Processo de Auditoria Ambiental 
 
 
1.9 Etapas da Auditoria Ambiental 
Pré-auditoria: executadas todas as atividades de preparação; 
Auditagem Local: identificadas e avaliadas todas as operações que 
compõem o processo produtivo do empreendimento, podendo envolver desde 
simples observações de campo até a realização de ensaios laboratoriais; 
Relatório final: contendo os resultados da auditoria efetuada; 
 
Pós-auditoria: recomendações são implementadas pela empresa por 
meio de um plano de ação.8 
1.10 Classificação das auditorias ambientais 
Segundo Philippi e Aguiar (2004), as auditorias ambientais podem ser 
classificadas de acordo com a natureza da parte auditora, ou de acordo com 
critérios e objetivos. Para os autores, a auditoria de acordo com a parte auditora 
pode ser classificada como sendo de primeira, de segunda ou terceira parte. 
Esses conceitos derivam das auditorias de sistemas de qualidade e meio 
ambiente e baseiam-se fundamentalmente na função e no interesse da auditoria. 
A auditoria de primeira parte é um processo interno conduzido “pela 
própria organização, ou em seu nome, para análise crítica pela direção e outros 
propósitos internos, podendo também ter como objetivo a formação de uma base 
para a auto declaração de conformidade da organização”. (ABNT NBR ISO 
19011, 2002, p.2). 
As auditorias de segunda parte são auditorias externas “realizadas por 
partes que têm um interesse na organização, tais como clientes, ou por outras 
pessoas em seu nome”. (ABNT NBR ISO 19011, 2002, p.3). 
Entende-se que a auditoria de segunda parte, quando aplicada à área de 
qualidade, é compreendida como sendo as realizadas por clientes em 
fornecedores, e em sendo aplicada à área ambiental, entende-se que o conceito 
deve ser ampliado para os casos em que são realizadas por possíveis 
interessados em processos de aquisição ou fusão de empresas, ou ainda, 
aquelas realizadas por uma comissão legalmente constituída por membros de 
uma determinada comunidade afetada pelos impactos ambientais produzidos 
por uma organização. 
As “auditorias de terceira parte são realizadas por organizações externas 
de auditoria independente, tais como organizações que proveem certificados ou 
 
8 Texto extraído do link: www.rc.unesp.br 
 
registros de conformidade com os requisitos da NBR ISO 14001:2004”. (ABNT 
NBR ISO 19011, 2002, p.3). 
Nota-se que o conceito da auditoria de terceira parte caminha sem 
divergência na doutrina, a qual sustenta ser aquela realizada por instituição 
totalmente isenta e que não tenha nenhum interesse nos impactos ambientais 
da organização auditada, como por exemplo, as auditorias de certificação dos 
Sistemas de Gestão Ambiental com base na norma NBR ISO 14001:2004. 
1.11 Classificação das Auditorias de Acordo Com Critérios 
Conforme Philippi e Aguiar (2004), as auditorias ambientais podem ser 
classificadas de acordo com o critério utilizado para desenvolvê-la, como por 
exemplo, as auditorias de conformidade legal e de sistema de gestão ambiental, 
abordadas a seguir. 
A experiência demonstra que no Brasil o incremento e rigor da legislação 
ambiental e a determinação da realização de auditorias ambientais por alguns 
estados como Santa Catarina, Paraná, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Ceará e 
Amapá e, para alguns segmentos como, por exemplo, portos, terminais 
marítimos e atividades de exploração e produção de petróleo, levaram as 
auditorias de conformidade legal a fazerem parte do cotidiano das empresas. 
Utilizada para identificar a conformidade da organização auditada com a 
legislação e outros requisitos aplicáveis, apresenta-se como benefício às 
empresas por ser uma ferramenta de caráter gerencial que facilita a tomada de 
decisão, diminuindo os riscos de multas, indenizações e até mesmo denúncias 
criminais. 
As auditorias de conformidade legal podem ser aplicadas a muitas 
situações, como por exemplo, o planejamento interno de emergência, a fusão de 
duas empresas, a realização de parcerias, as renovações ou aquisições de 
seguros, dentre outros. 
Independentemente de a auditoria ambiental ser realizada de modo 
voluntário ou por exigência legal, seus resultados apresentam ganhos 
 
competitivos para o negócio, quando entendido no contexto de oportunidade 
para a melhoria contínua. 
Assim sendo, as auditorias de conformidade legal também podem ser 
utilizadas para preparar uma empresa para vistoria a ser realizada pelo órgão 
ambiental, no tocante a verificação do atendimento dos requisitos legais e outros 
requisitos aplicáveis, como por exemplo, as condicionantes da licença de 
operação, termo de compromisso ambiental, dentre outros. 
A auditoria de sistema de gestão ambiental tem por objetivo avaliar a 
conformidade de uma empresa ao atendimento dos requisitos constates na NBR 
ISO 14001:2004, ou seja, a adoção e prática dos princípios contidos em sua 
política ambiental, a definição programas ambientais com seus respectivos 
objetivos e metas, o comprometimento e responsabilidades dos administradores, 
as práticas operacionais para minimização de danos ao meio ambiente, dentre 
outros, conforme definido no escopo de implementação do sistema de gestão 
ambiental. 
1.12 Classificação das auditorias de acordo com objetivos 
Para Philippi e Aguiar (2004), a auditoria pode ser classificada ainda de 
acordo com objetivos de sua aplicabilidade, como por exemplo, a auditoria de 
certificação de um sistema de gestão ambiental, de acompanhamento, de 
verificação de correção ou de follow-up, de responsabilidade (due diligence), de 
sítio e a auditoria compulsória. 
Dos exemplos citados pelos autores, entende-se que a auditoria de 
certificação do sistema de ambiental tem por objetivo verificar se a organização 
implementou os requisitos definidos na norma NBR ISO 14001:2004 e deve ser 
conduzida por uma organização contratualmente independente da organização 
auditada, de seus fornecedores e clientes e que seja credenciada por organismo 
específico. No Brasil o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e 
Qualidade Industrial (INMETRO) é o órgão responsável por este 
credenciamento. 
 
A auditoria ambiental de acompanhamento tem por objetivo verificar se as 
condições estabelecidas em uma auditoria anterior estão sendo cumpridas. É 
utilizada, por exemplo, por uma organização que, apesar de indicada para 
certificação do sistema de gestão ambiental, tenha algumas não conformidades 
menores (ajustes para o completo atendimento dos requisitos estabelecidos pela 
norma), bem como indicação de oportunidade de melhoria (adoção de 
tecnologias limpas, melhoria de processos de produção, organização de 
documentos, dentre outros), que precisam ter seu cumprimento acompanhado 
até a conclusão do processo de implementação. 
A auditoria ambiental de verificação de correção ou de follow-up tem por 
objetivo verificar se as não conformidades estabelecidas em auditorias 
anteriores foram devidamente sanadas. 
Observa-se que a auditoria de conformidade legal, além de informar se as 
atividades da organização estão conformes com a legislação ambiental ou outros 
requisitos aplicáveis, também poderá estabelecer um plano de ação para 
implementar uma ação construtiva ou da correta implementação de um 
programa ambiental, cujo objetivo é a mitigação de impacto ao meio ambiente. 
Nesse plano será estabelecido, além de outros direcionamentos, o prazo para 
que a não conformidade seja sanada. 
Finalizado esse prazo, o auditor fará uma auditoria de verificação de 
correções, também conhecidacomo auditoria de follow-up, com a finalidade 
antes especificada. 
A auditoria ambiental de responsabilidade (due diligence) tem por objetivo 
avaliar os riscos e custos associados a passivos ambientais, é costumeiramente 
utilizada por instituições financeiras para analisar financiamento de atividades 
em funcionamento e / ou ampliação de parque fabril, bem como por outras 
empresas para atender a finalidade consistente em fusões e aquisições. 
No caso da auditoria ambiental de sítio, essa tem por objetivo avaliar o 
grau de contaminação de determinado local, identificando assim a existência de 
passivos ambientais. É possível analisar, com exemplo, a contaminação de uma 
área com produtos químicos. A avaliação do grau de contaminação do solo, 
lençol freático e corpos d’água deverão ser feitos utilizando esta ferramenta que, 
 
depois de avaliado o grau de contaminação, poderá indicar em um plano de ação 
a necessidade de remediação do local com aplicação de tecnologias de 
descontaminação ou remoção do material para incineração.9 
1.13 Tipos de Auditoria Ambiental 
 
Fonte: www.fragmaq.com.br 
O setor privado utiliza sete tipos de auditoria ambiental: 
 
Auditoria de Conformidade Legal (Compulsória): avalia a adequação da 
empresa às normas ambientais aplicáveis a sua área de atuação. Normalmente 
é utilizada como preparação para requerimento de licenças ambientais ou forma 
de prevenção para multas; 
Auditoria de Avaliação de Desempenho: tem como objetivo avaliar a 
empresa com base em indicadores ambientais, como o consumo de água, 
energia, geração de resíduos e etc. 
Auditoria de Descomissionamento: tem como finalidade a verificação de 
riscos para a população ou o meio ambiente após o fechamento de algum tipo 
de indústria; 
Auditoria de Responsabilidade: serve para investigar a existência de 
passivos ambientais que podem interferir em um processo de compra e venda 
de alguma organização; 
 
9 Texto extraído do link: www.institutodiaslopes.com.br 
http://www.fragmaq.com.br/
 
Auditoria Pós-acidente: tem como objetivo verificar as causas, 
responsáveis e a possibilidade de recorrência de acidentes ambientais; 
Auditoria de Sistema de Gestão: são realizadas para adequar, certificar 
ou verificar o atendimento da empresa aos requisitos de determinado sistema de 
gestão ambiental. 
1.14 Gestão de um Programa de Auditoria 
 
Fonte: bs10500-audit.com 
O que é um programa de auditoria? 
Um programa de auditoria é conjunto de uma ou mais auditorias 
planejadas para um período de tempo determinado e direcionadas a um 
propósito especifico. Podemos resumir como sendo o calendário das auditorias. 
Quando cada auditoria será realizada. Depois cada auditoria do programa de 
auditoria será detalhado nos planos de auditoria. 
Segundo a sub-clausula 8.2.2 na NBR ISO 9001:2008 um programa de 
auditoria deve ser planejado, levando em consideração a situação e a 
importância dos processos e áreas a serem auditadas, bem como os resultados 
de auditorias anteriores.10 
 
10Texto Extraído do link:qualidadenapratica.com.br 
http://bs10500-audit.com/pt/
http://qualidadenapratica.com.br/2011/11/26/o-que-e-um-programa-de-auditoria/
http://qualidadenapratica.com.br/2011/11/26/o-que-e-um-plano-de-auditoria/
 
1.15 Objetivos e Abrangências 
 
Fonte: visualmonterey.com.br 
1.16 Objetivo da Auditoria Ambiental 
A concepção de auditoria ambiental, como instrumento de gestão 
ambiental, passou a ter significado marcante no plano dos novos instrumentos 
para a tutela ambiental, sob a égide de normas internacionais de qualidade ISO 
1001/1990 e sua versão ISO 9000. O objetivo da auditoria ambiental foi 
estabelecido em decorrência da necessidade de: 
1) facilitar o controle da gestão das práticas com eventual impacto 
ambiental; 
2) avaliar a observância das políticas de ambiente da empresa. O objetivo 
da auditoria deve ser transparente e definido de maneira a alcançar as 
expectativas e necessidades do cliente desviando-se, assim, de interpretações 
dúbias que possam interferir no resultado final. 
O escopo deve ser facilmente compreensível e definido pelo auditor líder 
em harmonia com o cliente. Na delimitação do escopo deve-se considerar: a 
localização geográfica, os limites organizacionais, o objeto da auditagem, o 
período e o tema ambiental. 
Auditorias Ambientais têm como objetivo detectar problemas ou 
oportunidades em áreas ou atividades como: 
 
- Fontes de poluição e medidas de controle e prevenção;- uso de energia 
e água e medidas de economia;- processos de produção e distribuição;- 
pesquisas e desenvolvimentos de produtos;- uso, armazenagem, manuseio e 
transporte de produtos controlados;- subprodutos e desperdícios;- estações de 
tratamento de águas residuárias (esgoto);- sítios contaminados;- reformas e 
manutenções de prédios e instalações;- panes, acidentes e medidas de 
emergência e mitigação;- saúde ocupacional e segurança do trabalho; 
As legislações Estaduais estabeleceram a abrangência da Auditoria, 
sendo em comum das Unidades Federais, as empresas que manejam com 
derivados de petróleo, e que estocam substâncias perigosas e tóxicas, que 
causam danos ambientais, muitas das vezes irreversíveis. 
No Estado do Rio de Janeiro a Lei 1.898/91 (estabelece os ditames da 
auditoria), deve realizar auditorias ambientais anuais: nas refinarias, oleodutos e 
terminais de petróleo e seus derivados; nas instalações destinadas a estocagem 
de substancias tóxicas e perigosas. 
Há no Estado do Espírito Santo, pela Lei 4.802, de 2/08/2008, publicada 
no DOE (Diário Oficial do Estado) de 16/08/1993, tem as exigências na Lei 
fluminense, acrescentando as indústrias de papel e celulose, lixo hospitalar e 
mineração.11 
1.17 Auditoria Ambiental - Vantagens e Desvantagens 
Vantagens: 
 Identificação e registro das conformidades e das não conformidades com 
a legislação, com regulamentações e normas e com a política ambiental 
da empresa (caso exista); 
 Prevenção de acidentes ambientais; Auditoria Ambiental 
 
11 Texto Extraído do link: www.ebah.com.br 
 
 
 Melhor imagem da empresa junto ao público, à comunidade e ao setor 
público; 
 Provisão de informação à alta administração da empresa, evitandolhe 
surpresas; 
 Assessoramento aos gestores na implementação da qualidade ambiental 
na empresa; Auditoria Ambiental (Vantagens) 
 Assessoramento à alocação de recursos (financeiro, tecnológico, 
humano) destinados ao meio ambiente na empresa, segundo as 
necessidades de proteção do meio ambiente e as disponibilidades da 
empresa, descartando pressões externas; 
 Avaliação, controle e redução do impacto ambiental da atividade; 
Auditoria Ambiental (Vantagens) 
 Minimização dos resíduos gerados e dos recursos usados pela empresa; 
 A promoção do processo de conscientização ambiental dos empregados; 
 Produção e organização de informações ambientais consistentes e 
atualizadas do desempenho ambiental da empresa, que podem ser 
acessadas por investidores e outras pessoas físicas ou jurídicas 
envolvidas nas operações de financiamento e/ou transações da unidade 
auditada; 
 Facilidade na comparação e intercâmbio de informações entre as 
unidades da empresa. Auditoria Ambiental 
 Desvantagens: 
 Necessidade de recursos adicionais para implementar o programa de 
auditoria ambiental; 
 Possibilidade de incorrer em dispêndio inesperado e expressivo de 
recursos para atender às não-conformidades detectadas na auditoria 
ambiental; 
 Indicar falsa sensação de segurança sobre os riscos ambientais caso a 
auditoria o seja conduzida de forma inexperiente ou incompleta; 
 
 Possibilidade de que as indústrias sofram pressões de órgãos 
governamentais e de grupos ambientais para demonstrar os resultados 
da auditoria ambiental.121.18 Abordagens utilizadas em auditoria 
 
Fonte: pt.linkedin.com 
A realização de uma auditoria de sistema de gestão da qualidade consiste 
em coletar informações pertinentes, por uma amostragem apropriada, e avaliá-
las contra o critério da auditoria (ISO 9001, por exemplo), chegando, assim, às 
conclusões da auditoria. Esta visão geral é comum na realização de uma 
auditoria. No entanto, a abordagem que cada auditor utiliza para se chegar as 
conclusões da auditoria pode ser bastante diferenciada, dependendo da forma 
como a auditoria é planejada, da maneira com as questões são formuladas, do 
tipo de cheklist a ser utilizado, entre outros fatores. 
Enfim, não existe um método correto, padronizado ou definitivo. A escolha 
de um método particular é determinada pelas circunstâncias que prevalecem 
(isto é, escopo, objetivos, logística) (O’HANLON, 2006). Kaziliûnas (2008) 
identifica e analisa quatro tipos de abordagens: 
 Auditoria baseada em elemento: fornece evidências de que uma 
organização elucidou os elementos da Norma dentro dos procedimentos e esses 
 
12 Texto extraído do link: www.unisalesiano.edu.br 
 
procedimentos estão sendo seguidos, mas não que resultados planejados estão 
sendo atingidos.  
 Auditoria baseada em departamento: fornece alguma evidência de que a 
XXIX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO A 
Engenharia de Produção e o Desenvolvimento Sustentável: Integrando 
Tecnologia e Gestão Salvador, BA, Brasil, 06 a 09 de outubro de 2009 6 
organização interpretou a Norma em responsabilidades departamentais e 
procedimentos, mas não que resultados planejados estão sendo atingidos. 
 Auditoria baseada em atividades: evidencia que atividades específicas 
estão sendo efetuadas, mas não que resultados planejados estão sendo 
atingidos. Uma mais eficaz é auditoria baseada em processo: O auditor procura 
identificar quais os resultados que a organização deseja atingir, determina se 
esses resultados levam em conta as necessidades dos clientes e das partes 
interessadas e então examina a forma que os procedimentos são gerenciados 
para alcançar esses resultados e melhorar o desempenho. 
 Em função do objetivo da auditoria, é possível identificar dois tipos de 
abordagem (ARTER, 2003): conformidade e desempenho. A auditoria de 
conformidade é tradicional e baseada em critérios, ou seja, transforma o requisito 
da norma em uma pergunta: a norma diz “o fornecedor deve” e o auditor diz 
“mostre-me o que você faz”. Esse tipo de auditoria, embora abrangente, 
frequentemente fracassa no que vem a ser a finalidade das auditorias. Ênfase 
demasiada foi colocada no atendimento às palavras da norma e não na 
contribuição para o valor agregado ou na eficácia de tal atendimento. Ela pode 
falhar na detecção dos problemas causados pelas transações nos pontos de 
interfaces entre os processos (O’HANLON, 2003) Terziovski et al. (2002) 
concluem que auditoria de conformidade predomina nos estágios iniciais de 
implementação do sistema da qualidade, no entanto a eficácia diminui quando o 
sistema da qualidade amadurece. 
A maioria dos auditores está envolvida em auditorias de conformidade 
onde o único objetivo é estabelecer se um requisito específico está sendo 
atendido. Eles invariavelmente não fornecem dados para tomadas de decisões 
gerenciais a respeito de desenvolvimento de pessoas, tecnologia, crescimento, 
 
produto e processos porque essas decisões são baseadas no desempenho atual 
e frequentemente toda a auditoria revela a conformidade atual (KAZILIÛNAS, 
2008). Para O’Hanlon (2003), uma mudança de paradigma é necessária. Os 
métodos de auditoria não podem se concentrar somente na conformidade; a 
ênfase da auditoria deve estar na genuína melhoria, alinhada com os objetivos 
de negócio, não em não-conformidades triviais. 
 Os auditores devem gastar menos tempo examinando como as coisas 
são feitas e mais tempo buscando compreender porque elas são feitas e como 
são integradas com outros processos do negócio. A auditoria de desempenho, 
também conhecida como auditoria de valor agregado, é um complemento à 
tradicional auditoria de conformidade, e, de certa forma, uma resposta às 
diversas críticas relacionadas à auditoria. Além do atendimento às regras, este 
tipo de auditoria preocupa-se com a eficácia e a adequação destas regras, 
quanto ao atendimento dos objetivos da organização. Ela foca nos resultados do 
negócio e busca agregar valor para a organização através de conclusões que 
auxiliam à alta direção, e a organização como um todo, na tomada de decisões 
mais confiáveis, na busca de se atingir os resultados por meio da contínua 
melhoria. Para Piskar (2006), o valor agregado depende da maturidade da 
organização como um todo; nós podemos também dizer que isso depende da 
cultura da qualidade. E conclui que os fatores XXIX ENCONTRO NACIONAL DE 
ENGENHARIA DE PRODUCAO A Engenharia de Produção e o 
Desenvolvimento Sustentável: Integrando Tecnologia e Gestão Salvador, BA, 
Brasil, 06 a 09 de outubro de 2009 que mais afetam a adição de valor dentro do 
processo de auditoria de sistema de gestão da qualidade são identificados como: 
1. Competência de auditores e suas apropriadas escolhas para cada 
unidade auditada (para alcançar os objetivos de auditoria); 
2. Utilização das abordagens de processos na auditoria, dos princípios de 
gestão, do ciclo PDCA, que focam nos processos e menos nos procedimentos, 
nos resultados dos processos e menos nos registros; 
3. Planejamento da auditoria (escopo, objetivos, foco de uma auditoria e 
integração de auditorias de acordo com requisitos de diferentes normas); 
 
4. Preparação para a auditoria (usando diferentes fontes de informação 
selecionando um lembrete); 
5. Atenção ao tempo de auditoria; 
6. Expressando opiniões positivas e propostas para melhorar medições 
(além de constatar discrepâncias); 
7. Análises das constatações; 
 8. Estrutura do relatório (de acordo com o tipo da organização e as 
expectativas daqueles que recebem relatórios); 
9. Medição continua da eficácia das auditorias da qualidade por meio de 
análises críticas pela administração e consequentemente da eficácia dos 
processos do negócio. 
1.19 Aplicação de auditorias ambientais 
 
Fonte: sionadvogados.com.br 
Uma empresa pode executar a cada ano vários tipos de auditorias 
ambientais. Estas tarefas variam desde auditorias internas rotineiras; auditorias 
de conformidade, exigida auditoria de desempenho; e outras auditorias externas 
executadas por autoridades públicas e por clientes. 
As auditorias atualmente executadas utilizam uma grande variedade de 
protocolos, há pouca consistência nos relatórios, os objetivos são redundantes 
 
e são pequenas as garantias de que ações corretivas apropriadas estão sendo 
implantadas. Devido à qualidade variável das auditorias e ao valor limitado de 
melhoria do desempenho, resultante dessas auditorias que estão atualmente 
sendo executadas, as empresas não estão somente deixando de otimizar os 
benefícios de um programa eficaz de auditoria, como se expondo aos riscos 
identificados, mas inadequadamente gerenciados. 
Mundialmente, os sistemas de avaliação de desempenho atual evoluíram 
da área da gestão da conformidade, para a área de responsabilidade corporativa. 
As companhias líderes utilizam atualmente a informação gerada pelos 
programas de avaliação de desempenho para avaliar os riscos e gerenciar 
problemas, visando minimizar futuros riscos e passivos ambientais. 
Duas diretrizes internacionalmente reconhecidas ressaltam a 
necessidade de auditorias ambientais: 1 - Princípio de Valdez: “As empresas 
realizarão uma auto-avaliação anual, tornarão públicos os resultados e 
realizarão uma auditoria independente dos resultados”. 2 - Carta de Negócios 
para o Desenvolvimento Sustentável do ICC: “Sinceridade sobre impactos e 
preocupações” “Assegurara conformidade por meio de avaliação do 
desempenho, de auditorias e da periódica divulgação de informações aos 
acionistas”. 
Embora os requisitos relativos a auditorias se refiram primeiramente à 
avaliação do sistema, como no caso das auditorias de qualidade, as auditorias 
ambientais se destinam não apenas a avaliar a conformidade, mas, 
principalmente, à melhoria do sistema e do seu desempenho. 
A abordagem básica da auditoria ambiental envolve três conjuntos 
distintos de atividades: atividades pré-auditoriais, atividades de campo e 
atividades pós-auditoriais. 
A responsabilidade pode ter várias interpretações, de gestos altruístas a 
pressões de mercado ou boas práticas. Surgidas do uso de mecanismos de 
mercado e do crescente interesse dos acionistas no desempenho ambiental da 
empresa, as auditorias têm sido usadas para demonstrar o compromisso, a 
economia e o maior controle interno decorrentes de uma gestão empresarial 
apropriada, bem como, os benefícios decorrentes disto. 
 
1.20 Avaliação de riscos e responsabilidade civil 
As auditorias podem ser utilizadas em várias fases da avaliação de riscos 
ligados a questões ambientais, de segurança e de saúde, que podem levar à 
responsabilidade civil. Aqui se pode aplicar o risco a sistemas de gestão, 
tecnologia de controle e uso de certos materiais, bem como riscos de processo 
e produto. Portanto, pode-se usar a auditoria para avaliar e minimizar os riscos. 
Auditorias mais especializadas e profundas podem ser usadas para investigar a 
extensão dos problemas em potencial. 
A responsabilidade civil, em termos ambientais, abrange indivíduos e 
empresas onde surja poluição ou não conformidade legal. Podem-se usar as 
auditorias ambientais para o entendimento e ação nos casos de 
responsabilidade civil em potencial, relacionados a eventos crônicos ou agudos 
ou ao sistema de gestão. 
O campo de avaliação de riscos e o papel das auditorias ambientais 
podem ser aplicados a muitas situações, como o planejamento interno de 
emergência, a fusão de duas empresas, a realização de parcerias, as 
renovações ou aquisições de seguros, as aquisições e o planejamento. 
Muitas empresas realizaram auditorias usando o argumento da economia de 
custos, em vez das pressões legais. As áreas- chave para as auditorias que 
visam quantificar os benefícios financeiros agrupam-se sob o termo genérico 
“minimização de perdas”, que se aplica à água, emissões, efluentes, energia, 
gestão de resíduos e de materiais. Dependendo da natureza das operações e 
dos objetivos, o foco das auditorias pode variar da energia consumida para 
produção à política de compras. 
Em termos financeiros, a auditoria pode ser uma ferramenta de apoio nas 
decisões, fornecendo informações sobre os custos ambientais atuais e os 
benefícios de ações existentes ou futuras. 
1.21 Concorrência 
Motivos adicionais para as auditorias é o crescente interesse na 
incorporação da questão ambiental na gestão das empresas; como o progresso 
 
em relação a objetivos e o relativo impacto de seus produtos. As auditorias 
formam parte integral dos sistemas de gestão, tanto como feedback do controle 
interno quanto para contribuir com os objetivos da análise crítica pela 
administração. A crescente vigilância sobre as credenciais ambientais das 
empresas, tanto interna quanto externa, requer da administração um bom 
sistema de monitoramento e de informações, que as auditorias podem fornecer. 
Adoção de práticas específicas considerando a variável ambiental pode 
ser usada em muitos setores como nicho para a comercialização, apesar do 
argumento de que possuir um sistema de gestão que incorpore a questão 
ambiental como parte indissociável do negócio vai se tornar uma condição “sine 
qua non”. As auditorias são então usadas como ferramentas para atrair a 
atenção no que se refere às necessidades e ajustes no gerenciamento. 
1.22 Estratégicas 
Uma função adicional da auditoria ambiental está no planejamento, no 
“benchmarking” e na coleta de informações. A preocupação com o nível de 
implementação de uma política ou norma ambiental, a comparação com as 
melhores práticas industriais e os níveis internos de conscientização são 
motivadores típicos desta categoria de auditoria ambiental. 
Uma frase bastante conhecida entre os gerentes e diretores de empresas 
é que “Só se controla aquilo que se mede”. Do ponto de vista ambiental, a frase 
é bastante verdadeira, onde o conhecimento é fundamental para a tomada de 
decisão. Um processo de auditoria ambiental auxilia no acompanhamento das 
informações e na verificação da confiabilidade das mesmas, possibilitando uma 
melhor definição das metas estratégicas em alinhamento com a visão e missão 
da empresa. 
Independentemente que a auditoria ambiental seja realizada de modo 
voluntário ou por atendimento a requisitos legais, os resultados provenientes das 
auditorias podem possibilitar alguns ganhos competitivos para o negócio, desde 
 
que se entenda o seu processo como uma oportunidade para a melhoria 
contínua.13 
1.23 Protocolo da auditoria 
São utilizadas diversas nomenclaturas para designar o plano da auditoria. 
Ele reúne dois elementos: O plano da auditoria contendo os requisitos da gestão 
ambiental que serão considerados pelos auditores e a programação da auditoria, 
com a distribuição diária das atividades de cada auditor. 
Além do propósito de planejar uma auditoria, o protocolo possui outras 
finalidades, a saber: Programar a auditoria, registrar alterações no plano da 
auditoria, registrar os procedimentos da auditoria, registro de evidências, 
exceções, observações e acompanhamentos, registrar anotações de campo, 
registrar relatórios diários, registrar atas de reuniões, registrar o relatório final da 
auditoria desenvolvendo o protocolo. 
O protocolo de uma auditoria ambiental tem como ponto de partida o 
sistema de gestão ambiental existente na organização. Nele são encontrados 
todos os focos de uma auditoria: O escopo do sistema, áreas funcionais a serem 
auditadas, requisitos do sistema a serem avaliados em cada área funcional a ser 
visitada, requisitos legais pertinentes, convênios e contratos subscritos pela 
organização, padrões e práticas auto impostos pela organização, aspectos 
ambientais da organização, objetivos e metas ambientais estabelecidos no 
sistema. 
A partir destes elementos são desenvolvidos os protocolos das auditorias 
ambientais. Mas, complementando o protocolo, também com base nestes 
elementos, devem ser estabelecidas três orientações básicas: 
─ O que será caracterizado e avaliado em cada um dos requisitos do 
sistema? 
─ Como as técnicas de auditorias serão aplicadas para a compreensão 
de cada um dos requisitos do sistema: 
 
13 Texto extraído do link: ambientes.ambientebrasil.com.br 
 
(i) Observação; 
(ii) Listas de verificação; 
(iii) Questionário; 
(iv) Testes; 
(v) Solicitando procedimentos, documentos e registros. 
─ Qual a profundidade mínima de abordagem será utilizada para 
caracterizar e avaliar cada um dos requisitos do instrumento de gestão? 
Cada auditor possuirá acesso ao protocolo estabelecido, bem como de 
suas eventuais alterações, definidas pelo auditor líder, ao longo do processo de 
auditagem. 
1.24 Programando o tempo dos trabalhos de campo 
Há protocolos de auditoria que apenas estabelecem, por auditor, a 
sequência, a duração e o horário das entrevistas diárias que irá realizar em 
campo. Há outros que apenas detalham o critério da auditoria e o prazo total das 
atividades a serem realizadas em campo. 
Entende-se que ambos os protocolos estão corretamente desenhados. 
Mas, preferimos seguir um procedimento mais abrangente, ou seja, elaborar o 
detalhamento do critério da auditoria, bem como definir a quantidade de visitas 
que será realizada por cada auditor diariamente. Assim, é possível estimar com 
mais acuro oprazo das atividades de campo e as técnicas que serão adotadas. 
Duas coisas precisam ser consideradas para minimizar as consequências 
eventuais de remarcações de horário de entrevistas. Mesmo antes da reunião 
de abertura da auditoria, a organização auditada deve ser informada 
formalmente da possibilidade de remarcações de horário ao longo das atividades 
de campo da empresa auditora, de forma a que os entrevistados possam 
programar suas atividades normais com liberdade de atendimento aos auditores. 
Por outro lado, os auditores que tenham a necessidade de remarcar 
horários de entrevistas devem procurar recuperar seus horários normais ao 
longo do dia. 
 
Sobretudo em auditorias de plantas industriais, sugerimos que o tempo 
diário na planta de um auditor seja mais reduzido, ou seja, no máximo 8 horas 
por dia, mesmo que esta medida amplie o prazo total das atividades de campo. 
Recomendamos ainda, sobretudo em plantas industriais com unidades 
descentralizadas, que sejam realizadas no máximo cinco entrevistas por dia, por 
auditor. 
Vários eventos devem ser considerados para o estabelecimento do 
número e do horário das entrevistas: A complexidade da planta e de seus 
processos; A profundidade dos conhecimentos a serem adquiridos. As 
ferramentas e técnicas a serem utilizadas na auditoria (questionários, listas de 
verificação e etc). O horário de operação da planta durante o dia e de 
permanência dos auditados. O tempo necessário de deslocamento entre duas 
unidades descentralizadas. 
Recomendamos, por fim, que a programação do protocolo considere 10 
minutos a mais no tempo de cada entrevista para compensar preventivamente 
possíveis atrasos. 
Estas atenções sugeridas consideram dois fatos: Auditoria não é gincana, 
ou seja, não é melhor auditor aquele que termina mais rápido; Auditorias devem 
ser completamente realizadas, conforme o protocolo elaborado. 
 
1.25 Diferença entre Perícia e Auditoria Ambiental 
 
Fonte:www.ciflorestas.com.br 
Segundo Campos (2009), a Auditoria pode ser definida como “Processo 
sistemático, que deve ser sempre documentado e que visa avaliar evidências, 
com intuito de concluir se tais evidências se constituem conformidades ou não 
conformidades em relação ao padrão adotado como referência”. 
Já a Perícia Ambiental recebe a seguinte definição: “Exame realizado por 
técnico, ou pessoa de comprovada aptidão e idoneidade profissional, para 
verificar e esclarecer um fato, ou estado ou a estimação da coisa que é objeto 
de litígio ou processo, que com um deles tenha relação ou dependência, a fim 
de concretizar uma prova ou oferecer o elemento que necessita a justiça para 
poder julgar” (Cunha e Guerra, 2000). 
Portanto, a primeira diferença que podemos citar é quanto à finalidade. 
Enquanto a Auditoria é realizada quando se deseja verificar se s processos e/ou 
procedimentos de uma certa empresa estão adequados e cumprindo padrões 
determinados, ou seja, na auditoria verifica-se a existência de conformidades ou 
não conformidades, a Perícia visa a identificação das causas e causadores de 
determinado fato. 
Outra diferença que fica evidenciada nas definições apresentadas é 
quanto à obrigatoriedade. As auditorias não são obrigatórias, são feitas 
 
normalmente por empresas ou corporações de forma voluntária. Em algumas 
situações podem ser usadas como uma ferramenta de gestão para melhorar seu 
desempenho ambiental ou seu Sistema de Gestão Ambiental. Existem vários 
tipos diferentes de auditorias ambientais. As perícias são obrigatórias e 
normalmente estão atreladas a alguma ação judicial, a algum litígio, a alguma 
disputa. 
Em relação a habilitação do profissional que irá executar o trabalho. Já 
vimos que no caso dos peritos, exige-se nível universitário completo e certidão 
do órgão profissional em que estiverem inscritos (CREA, CRB, etc.). Para tornar-
se um auditor, faz-se necessário a realização de cursos, comprovação de 
conhecimentos e habilidades, mas não é necessário curso superior. Os cursos 
recomendados para você se capacitar como Auditor Ambiental são 
normalmente: Leitura e Interpretação da NBR ISO 14.001 e da NBR ISO 19.011. 
As documentações de ambas também são realizadas de forma 
diferenciada. As auditorias são documentadas por meio de Relatórios de 
Auditoria. Não há modelo pré-definido (a não ser que o cliente exija). A língua 
também é definida pelo cliente (contratante). Os auditores costumam usar 
instrumentos como: questionários, checklists, protocolos de legislação. Mas 
nenhum instrumento é obrigatório. São comuns o uso de fotos para auxiliar na 
explicação das não conformidades. Já as perícias são documentadas por meio 
de um Laudo Pericial, que normalmente é redigido de forma a responder aos 
quesitos formulados pelo magistrado e seguem um padrão de acordo com o 
Novo Código Processual Civil (CITAR ARTIGO). 
Existe protocolos de recusa do trabalho ou serviço? Neste quesito, 
as auditorias não exigem formalidades. Até porque o auditor é um profissional 
contratado e pago para realizar a auditoria. Por outro lado, nas perícias as 
recusas precisam ser bem justificadas e feitas de forma a ficar registrada. 
Quem é o responsável para contratar os serviços de cada serviço? O 
cliente das auditorias pode ser a própria empresa ou uma empresa 
interessada em conhecer as não conformidades e passivos de outra empresa 
(um fornecedor ou uma empresa a ser comprada, por exemplo). As perícias 
 
são solicitadas tanto por um juiz, um promotor de justiça ou até mesmo uma das 
partes interessada em uma disputa. 
Embora haja diferenças, destacamos que tanto as Auditorias, quanto as 
Perícias Ambientais são importantes instrumentos de avaliação. De formas 
distintas, mas com algumas semelhanças, cumprem um importante papel social, 
tanto no âmbito judicial quanto não judicial. Apesar da evolução que já houve, 
são instrumentos que precisam ser mais divulgados, sobretudo nos cursos de 
formação técnica, superior e de pós graduação.14 
1.26 Papel do Auditor Ambiental e do Auditado 
Para se tornar um Auditor Ambiental, é preciso estar credenciado junto a 
um órgão certificador e possuir graduação maior que o auditor interno. 
Isto é, além de ter o conhecimento na área de Gestão Ambiental – algo 
que pode ser obtido por meio da graduação em Engenharia Ambiental e pela 
pós-graduação em Gestão Ambiental, por exemplo, é fundamental que o 
profissional se especialize também no ramo da Auditoria Ambiental. 
No processo de avaliação, através de Auditorias, podem ser detectadas 
pelo Auditor a ocorrência de falhas relacionadas aos processos ou produtos. Ou 
seja, o não atendimento a um requisito, norma ou expectativas dos Clientes ou 
das Empresas, relacionadas aos processos ou produtos, que são denominadas 
tecnicamente de Não Conformidades. 
O papel do auditor é identificar as fontes que podem gerar uma não 
conformidade. Entre as principais delas, estão: 
Falhas no atendimento aos requisitos de normas, especificações técnicas 
e documentos de referência, relacionados aos processos, áreas, serviços ou 
produtos. 
Erros no atendimento aos requisitos de documentos do Sistema de 
Gestão. Documentos e dados técnicos insuficientes, incompletos ou com erros, 
 
14 Texto extraído do link:www.cetecambiental.eco.br 
 
que possam impedir a demonstração clara da conformidade esperada para 
produtos e atividades. 
Inadequação de materiais e equipamentos especificados que possam 
interferir nos objetivos esperados, desempenho seu controle de processos. 
Falhas na concepção, instalação e montagem dos projetos. 
Como tratar essas falhas? 
Primeiramente, o auditor precisa identificar o problema e levantar as 
informações sobre; O que foi afetado? Onde ele aconteceu? Quando foi 
descoberto esse problema? 
A partir daí o auditor deve registrar as evidências objetivas relativas ao 
problema detectado,listando documentos, materiais, registros, itens e qualquer 
outra informação relevante ao processo, área, serviço ou produto, onde a não 
conformidade foi identificada. 
O passo seguinte deve ser a comunicação da não conformidade ao 
auditado. Uma vez, ciente da Não conformidade, o Auditado deverá iniciar as 
análises de causas e os processos para correções e ações corretivas. 
Tanto o auditor, quanto o auditado, devem ter em mente que as não 
conformidades não têm caráter punitivo. Elas são abertas para os processos e 
não para pessoas. Devem ser vistas pelo auditor e pela organização como 
grandes oportunidades de melhoria. 
1.27 O relatório de não conformidade 
Todas essas informações, relacionadas às falhas identificadas farão parte 
de um relatório de não conformidade que o auditor deve preencher. Este relatório 
deve ser baseado em fatos, evidências e referências aos requisitos não 
atendidos. 
É importante notar que a abertura desse relatório deverá levar em conta 
a autonomia e independência atribuída ao auditor e o conjunto de normas 
utilizadas na avaliação. Existem normas de Gestão, como as de Qualidade, 
 
Ambiental, Segurança e Saúde, Segurança de Alimentos, entre outras, que já 
possuem requisitos para tratativa de não conformidades.15 
1.28 Competência e Avaliação dos Auditores 
Conforme definido na NBR ISO 19011, para que as auditorias de gestão 
da qualidade e/ou ambiental sejam realizadas efetiva e uniformemente, requer-
se a qualificação do auditor de acordo com os alguns requisitos estabelecidos 
na norma, principalmente na seção 7 que fornece orientação sobre a 
competência necessária a um auditor e descreve um processo para avaliar 
auditores. No quadro abaixo, estão especificados alguns dos valores agregados 
para todos os requisitos. 
 
15 Texto extraído de: www.treinarvirtual.com.br 
Requisitos Auditor Líder de equipe da 
auditoria 
Educação Educação em nível 
médio 
O mesmo solicitado 
para auditor 
Experiência 
profissional total 
5 anos O mesmo solicitado 
para auditor 
Experiência 
profissional nos 
campos de Gestão da 
Qualidade ou 
Ambiental 
No mínimo 2 anos do 
total de 5 anos 
O mesmo solicitado 
para auditor 
Treinamento em 
auditoria 
40 horas de 
treinamento em auditoria 
O mesmo solicitado 
para auditor 
Experiência em 
auditoria 
Quatro auditorias 
completas em um total de no 
mínimo 20 dias de 
experiência em auditoria 
Três auditorias 
completas em um total de no 
mínimo 15 dias de 
experiência em auditoria 
 
 
 Além disso, o auditor deve ter: 
 Atributos pessoais: os candidatos a auditor devem ter mente aberta, 
capacidade de julgamento, capacidade analítica, habilidade de perceber 
situações de modo realista, além de sensibilidade para entender o papel 
do indivíduo dentro da organização como um todo. 
 Manutenção de competência: os auditores devem participar em treinos e 
reciclagem de modo a se manter atualizado e ter sua competência revista, 
a cada três anos, por equipes de avaliação. 
Um perfil ideal para auditor de sistemas da qualidade e/ou ambiental 
inclui: 
 Conhecer profundamente as normas da série ISO 9000 e ISO 14000. 
 Dominar, inteiramente, as técnicas de investigação, entrevista, avaliação 
e elaboração de relatórios pertinentes a auditorias. 
 Ter empatia e grande poder de comunicação, tanto para obter todas as 
informações necessárias à auditoria, como para transmitir à Administração do 
auditado, os pontos fortes e fracos do seu Sistema da Qualidade e Ambiental, 
que deverão ser, respectivamente, otimizados e corrigidos. 
como um auditor em 
treinamento sob a direção e 
orientação de um auditor 
competente como um líder de 
equipe da auditoriaConvém 
que as auditorias sejam 
completadas dentro dos três 
últimos anos sucessivos. 
atuando na função de um 
líder de equipe da auditoria 
sob a direção e orientação 
de um auditor competente 
como um líder de equipe 
da auditoria.Convém que as 
auditorias sejam 
completadas dentro dos dois 
últimos anos sucessivos. 
 
 Ter níveis de educação e equilíbrio emocional que impeçam a ocorrência, 
sob qualquer pretexto, de discussões e/ou alterações com os auditados e 
com a equipe auditora. 
 Ter sempre em mente que a auditoria não pode e não deve ser calçada 
em impressões e opiniões pessoais do auditor e do auditado, devendo 
estar sempre fundamentada em evidências objetivas que demonstrem, ou 
não, o atendimento aos requisitos especificados na norma de referência, 
relatadas de forma clara e precisa. 
 Realizar a auditoria sempre da forma mais abrangente e adequada, não 
restringindo sua verificação a determinados setores, itens da norma ou 
requisitos especificados que possam induzir a erro no resultado da 
auditoria. 
 Ter acuidade para captar aquilo que se ouve e que se vê, e buscar as 
evidências objetivas que as consubstanciem. 
 Ter o necessário bom senso para, apesar dos critérios de padronização 
definidos na norma de referência, ter que, eventualmente, interpretar e 
avaliar a natureza das não-conformidades existentes, que influenciarão o 
resultado da auditoria. 
 Estudar e estar sempre atualizado sobre as normas, requisitos e técnicas 
de auditorias de Sistemas da Qualidade e Ambiental. 
Já as habilidades do auditor para ISO 9001 e ISO 14001: 
 Capacidade de identificar negócios essenciais e de suporte. 
 Capacidade de usar mapeamento de processo e diagramas de fluxo. 
 Ao invés de auditar para atendimento, olhar para a efetividade e eficiência 
do processo. 
 Entender o papel da medição em dar suporte a uma abordagem factual 
para tomada de decisão e assegurar a melhoria contínua. 
 Fazer julgamento sobre como se podem atingir as metas e o cumprimento 
dos objetivos da qualidade e ambiental. 
 Conhecimento em leis, regulamentos e outros requisitos pertinentes. 
 
Deve-se observar que os processos devem ser identificados, estabelecidos 
e documentados, mas não necessariamente definidos na forma de 
procedimentos. 
Já o conhecimento e as habilidades genéricas de líderes de equipe da 
auditoria incluem: 
 Planejar a auditoria e fazer uso eficaz de recursos durante a auditoria. 
 Representar a equipe da auditoria em comunicações com o cliente da 
auditoria e o auditado. 
 Organizar e dirigir os membros da equipe da auditoria. 
 Fornecer a direção e a orientação para auditores em treinamento. 
 Conduzir a equipe de auditoria para atingir as conclusões do processo de 
trabalho. 
 Prevenir e solucionar conflitos. 
 Preparar e completar o relatório de auditoria. 
1.29 Classificação dos auditores ambientais: 
Os auditores ambientais devem ser classificados de acordo com os 
seguintes critérios: 
AuditorJúnior: Formação profissional superior; Curso de Auditoria 
Ambiental, com carga horária igual ou superior a 40 horas; Cursos 
complementares específicos na área ambiental (no mínimo 1comprovação); 
Atuação profissional na área ambiental, superior a seis meses, mediante 
documentação comprobatória. 
Auditor Especialista: Formação profissional superior ; Curso de 
Auditoria Ambiental, com carga horária igual ou superior a 40 horas; Cursos 
complementares específicos na área ambiental (no mínimo 2 comprovações); 
Atuação profissional na área ambiental, superior a seis meses, mediante 
documentação comprobatória; Atuação profissional na tipologia a ser auditada, 
superior a 5 anos, mediante documentação comprobatória, que define a 
especialidade do Auditor tais como: Especialista em Atividades Industriais; 
Especialista em Atividades Florestais; Especialista em Atividades de 
 
Saneamento Ambiental; Especialista em Atividades Minerarias; Especialista em 
Atividades Agropecuárias; Especialista em Atividades Portuárias; Especialista 
em Atividades de Geração e Transmissão de Energia Elétrica; Dentre outros. 
Auditor Líder: Formação profissional superior;Curso de Auditoria 
Ambiental, com carga horária igual ou superior a 40 horas; c) Cursos 
complementares específicos na área ambiental (no mínimo 2 comprovações); 
Atuação profissional na área ambiental, superior a seis meses, mediante 
documentação comprobatória; e) Atuação profissional em Auditorias Ambientais, 
tendo realizado, no mínimo, 60 (sessenta) horas de Auditoria Ambiental 
1.30 Ferramentas de Auditoria e Tecnologia para o Auditor Fiscal 
O termo “protocolo” significa lista de verificação utilizada por auditores 
ambientais como guia para realizar as atividades de auditoria. Não existe 
protocolo padrão, seja em forma ou conteúdo. 
Normalmente, as empresas desenvolvem seus próprios protocolos para 
atender as suas necessidades específicas de conformidade e sistemas de 
gestão. Empresas de auditoria desenvolvem regras gerais que podem ser 
aplicadas a uma vasta gama de empresas / operações. 
A tecnologia atual suporta muitas versões de computador baseadas em 
protocolos com tentativa de simplificar o processo de auditoria, convertendo 
requisitos regulamentares de modo qualificado. 
Empresas e auditores encontram vários sistemas de protocolo disponíveis 
de modo comercial. Outros profissionais (normalmente aqueles com muitos anos 
de experiência em auditoria ambiental) usam os regulamentos. 
Há um debate de longa data entre os profissionais de auditoria ambiental 
no valor de grandes protocolos detalhados e prescritivos. 
O uso de protocolos estruturados e prescritivos em auditorias ISO 14001 
facilita a revisão por outros partidos, seja interno ao Organismo de Certificação 
(por exemplo, revisores técnicos e gestores de certificação) ou externos 
(organismos de acreditação). 
 
Nos EUA, permite que as emissões atmosféricas, descargas de águas 
residuais e outros aspectos operacionais estabelecem os principais padrões de 
conformidade legal para as empresas. 
Nos últimos anos os avanços na tecnologia tiveram grandes impactos na 
auditoria. Os computadores portáteis, impressoras portáteis, CD / DVDs, 
internet, e-mail e acesso à Internet sem fio têm sido usados para melhorar as 
auditorias, aumentar / melhorar o acesso à informação, regulamentar e criar 
relatórios de auditoria no local. 
Em experiência realizada na década de noventa do século XX uma grande 
empresa investiu recursos significativos no teste de “vídeo”, onde o auditor 
(localizado na sede corporativa) utilizado em tempo real a tecnologia de 
videoconferência para o pessoal ao local para levar câmeras de vídeo de modo 
específico. Embora inicialmente promissora, o conceito não se mostrou 
aceitável. 
1.31 Auditorias Ambientais Compulsórias 
 
Fonte: assets.cimm.com.br 
O que são auditorias compulsórias? 
 
Considera-se Auditoria Ambiental compulsória a realização de avaliações, 
estudos destinados a verificar: o cumprimento das normas legais ambientais em 
vigor; os níveis efetivos ou potenciais de poluição ou de degradação ambiental 
por atividades de pessoas físicas ou jurídicas, públicas ou privadas; as condições 
de operação e de manutenção dos equipamentos e sistemas de controle de 
poluição; as medidas necessárias para: assegurar a proteção do meio ambiente; 
assegurar a proteção da saúde humana; minimizar impactos negativos ao meio 
ambiente e recuperá-lo. A capacitação dos responsáveis pela operação e 
manutenção dos sistemas, instalações e equipamentos de proteção do meio 
ambiente e os fatores de riscos advindos das atividades potencialmente e 
efetivamente poluidoras 
As auditorias compulsórias, são obrigatórias para alguns setores 
produtivos. Essas auditorias devem ser analisadas com atenção, portanto vamos 
acompanhar a seguir o que fica a cargo da auditoria compulsória e alguns 
exemplos dela no Brasil, segundo a lei nº 13448 de 11 de Janeiro de 2002, no 
estado do Paraná 
Art. 1.º Para os efeitos desta lei, denomina-se Auditoria Ambiental 
Compulsória a realização de avaliações e estudos destinados a verificar: 
 
I - O cumprimento das Normas Legais Ambientais em vigor; 
II - Os níveis efetivos ou potenciais de poluição ou de degradação 
ambiental por atividades de pessoas físicas ou jurídicas; 
III - As condições de operação e de manutenção dos equipamentos e 
sistemas de controle de poluição; 
IV - As medidas necessárias para assegurar a proteção do meio 
ambiente, saúde humana e minimizar impactos negativos e recuperar o meio 
ambiente; 
Art. 2.º As auditorias ambientais compulsórias serão realizadas às custas 
da pessoa jurídica pública ou privada objetivo de auditoria e com equipe de sua 
livre escolha, de comprovada habilitação e competência na atividade a ser 
auditada. 
 
§ 1.º Sempre que julgar necessário, o Órgão estadual de meio ambiente, 
poderá determinar que as auditorias ambientais sejam conduzidas por equipes 
técnicas independentes do auditado; 
§ 2.º Quando as auditorias ambientais forem realizadas por equipes do 
próprio auditado, pertencentes ao seu quadro funcional, esta não poderá ser 
composta por técnicos responsáveis pela operação da empresa. 
Art. 3.º A responsabilidade técnica pela auditoria ambiental compulsória 
caberá a profissional de nível superior, devidamente habilitado e credenciado 
pelo órgão de fiscalização profissional. 
§ 1.º Aos auditores ambientais, quer pessoas físicas ou jurídicas, deverão 
ser cadastrados previamente no Órgão Estadual do Meio Ambiente. 
§ 2.º O Órgão Estadual de Meio Ambiente estabelecerá normas de 
procedimento contendo critérios a serem seguidos para fim de cadastramento 
dos auditores ambientais domésticos. 
§ 3.º A omissão, sonegação ou falsidade de informações, pelos auditores 
ambientais, devidamente apuradas, descredenciarão os mesmos para a 
realização de novas auditorias ambientais, sendo o fato comunicado aos 
respectivos órgãos de fiscalização profissional e à Procuradoria Geral de Justiça. 
§ 4.º Os agentes públicos dos órgãos ambientais do Estado do Paraná, 
não poderão ser cadastrados para a realização de auditorias ambientais 
compulsórias no Estado do Paraná. 
Art. 4.º Deverão, obrigatoriamente, realizar auditorias ambientais 
compulsórias periódicas, com o intervalo máximo de 04 (quatro) anos, as 
pessoas jurídicas públicas ou privadas com atividade de elevado potencial 
poluidor ou degradador do meio ambiente, tais como: 
I - Refinarias, oleodutos e terminais de petróleo e seus derivados; 
II - Instalações destinadas à estocagem de substâncias tóxicas e 
perigosas; 
III - instalações de processamento e/ou de disposição final de resíduos 
tóxicos ou perigosos; 
IV - Unidades de geração e transmissão de energia elétrica; 
V - Instalações de tratamento e disposição final de esgotos domésticos; 
 
VI - Indústrias petroquímicas e siderúrgicas; 
VII - Indústrias químicas e metalúrgicas; 
VIII - Instalações portuárias; 
IX - Atividades de extração e beneficiamento mineral; 
X - Instalações de processamento, recuperação e destinação final de lixo 
urbano; 
XI - Indústrias de papel e celulose; 
XII - Gasodutos; 
XIII - Usinas de álcool; 
XIV - Instalações e processamento e produção de carvão vegetal; 
XV - Indústria de produção de cimento; 
XVI - Indústrias de tratamento de superfície; 
XVII - Atividades agrícolas com uso intensivo de agrotóxico; 
XVIII - Empresas do setor madeireiro; 
XIX - Empresas de extração de areia; 
XX - Instalações de processamento e destinação final de lixo hospitalar; 
XXI - Curtumes. 
§ 1.º Poderão ser dispensados da realização de auditorias ambientais 
compulsórias periódicas, os empreendimentos de pequeno porte ou de reduzido 
potencial poluidor ou degradador do meio ambiente. 
§ 2º A critério do órgão estadual de meio ambiente também serão 
passíveis de auditorias ambientais compulsórias as atividades públicas ou 
privadas, que a qualquer tempo gerem ou venham a gerar impactos ou riscos 
ambientais relevantes. 
Art. 5.º Constatadas as infrações ambientais, poderão

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