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PRÁTICAS 1a AULA - HISTAMINAS INTRODUÇÃO A histamina é uma amina biogênica encontrada em numerosos tecidos. Trata-se de um autacóide — isto é, uma molécula secretada localmente para aumentar ou diminuir a atividade das células adjacentes. A histamina é um importante mediador dos processos inflamatórios: desempenha também funções significativas na regulação da secreção de ácido gástrico e na neurotransmissão. O conhecimento das diversas ações da histamina levou ao desenvolvimento de vários agentes farmacológicos importantes, que regulam os efeitos da histamina nos estados patológicos. Este capítulo trata das ações farmacológicas dos anti- histamínicos H1; os anti-histamínicos H2 são discutidos no Cap. 45. FISIOLOGIA DA HISTAMINA SÍNTESE, ARMAZENAMENTO E LIBERAÇÃO DA HISTAMINA A histamina é sintetizada a partir do aminoácido L-histidina. A enzima histidina descarboxilase catalisa a descarboxilação da histidina a 2-(4-imidazolil)etilamina, comumente conhecida como histamina (Fig. 42.1). A síntese de histamina ocorre nos mastócitos e basófilos do sistema imune, nas células enterocromafim- símiles (ECL) da mucosa gástrica e em certos neurônios no sistema nervoso central (SNC) que utilizam a histamina como neurotransmissor. As vias oxidativas no fígado degradam rapidamente a histamina circulante a metabólitos inertes. Um importante metabólito da histamina, o ácido imidazolacético, pode ser medido na urina, e o nível desse metabólito é utilizado para estabelecer a quantidade de histamina liberada sistemicamente. A síntese e o armazenamento da histamina podem ser divididos em dois “reservatórios”: um reservatório de renovação lenta e um reservatório de renovação rápida. O reservatório de renovação lenta localiza-se nos mastócitos e basófilos. Nessas células inflamatórias, a histamina é armazenada em grandes grânulos, e a sua liberação envolve a desgranulação completa das células. Esse processo é denominado reservatório de renovação lenta, visto que são necessárias várias semanas para a reposição das reservas de histamina após a ocorrência de desgranulação. O reservatório de renovação rápida localiza-se nas células ECL gástricas e nos neurônios histaminérgicos do SNC. Essas células sintetizam e liberam histamina quando esta se torna necessária para a secreção de ácido gástrico e a neurotransmissão, respectivamente. Ao contrário dos mastócitos e dos basófilos, as células ECL e os neurônios histaminérgicos não armazenam histamina. Na verdade, a síntese e a liberação de histamina nessas células dependem de estímulos fisiológicos. Por exemplo, no intestino, a histidina descarboxilase é ativada após a ingestão de alimento. AÇÕES DA HISTAMINA A histamina possui um amplo espectro de ações, que envolvem numerosos órgãos e sistemas orgânicos. Para compreender as funções da histamina, é conveniente considerar seus efeitos fisiológicos em cada tecido (Quadro 42.1). Esses efeitos incluem ações sobre o músculo liso, o endotélio vascular, as terminações nervosas aferentes, o coração, o trato gastrintestinal e o SNC. As ações celulares da histamina sobre o músculo liso provocam contração de algumas fibras musculares e relaxamento de outras. A histamina causa contração do músculo liso brônquico nos seres humanos (embora esse efeito possa variar em outras espécies). A sensibilidade do músculo liso brônquico à histamina também varia entre indivíduos; pacientes com asma podem ser até 1.000 vezes mais sensíveis à broncoconstrição mediada pela histamina do que indivíduos não-asmáticos. Outras ações da histamina sobre o músculo liso envolvem a dilatação ou a constrição de determinados vasos sangüíneos. A histamina dilata todas as arteríolas terminais e vênulas pós-capilares. Todavia, as veias sofrem constrição com exposição à histamina. O efeito dilatador sobre o leito de vênulas pós-capilares constitui o efeito mais proeminente da histamina sobre a vasculatura. Na presença de infecção ou de lesão, a dilatação das vênulas induzida pela histamina faz com que a microvasculatura local seja ingurgitada com sangue, aumentando o acesso das células imunes que iniciam os processos de reparo na área lesada. Esse ingurgitamento explica o rubor observado nos tecidos inflamados. Embora outros músculos lisos — como os do intestino, da bexiga, da íris e do útero — sofram contração com a exposição à histamina, não se acredita que esses efeitos desempenhem um papel fisiológico ou clínico significativo. A histamina também provoca contração das células endoteliais vasculares. A contração das células endoteliais vasculares induzidas pela histamina provoca a separação dessas células, permitindo o escape de proteínas plasmáticas e líquido das vênulas pós-capilares, com conseqüente formação de edema. Por conseguinte, a histamina é um mediador-chave das respostas locais nas áreas de lesão. As terminações nervosas sensitivas periféricas também respondem à histamina. As sensações de prurido e de dor resultam de uma ação despolarizante direta da histamina sobre as terminações nervosas aferentes. Esse efeito é responsável pela dor e prurido que ocorrem após uma picada de inseto, por exemplo. As ações combinadas da histamina sobre o músculo liso vascular, as células endoteliais vasculares e as terminações nervosas são responsáveis pela resposta de pápula e eritema observada após a liberação de histamina na pele. A contração das células endoteliais provoca a resposta de pápula edematosa, enquanto o eritema doloroso resulta da vasodilatação e estimulação dos nervos sensitivos. Os efeitos cardíacos da histamina consistem em pequenos aumentos na força e freqüência das contrações cardíacas. A histamina aumenta o influxo de Ca2+ nos miócitos cardíacos, resultando em aumento do inotropismo. O aumento da freqüência cardíaca é produzido por um aumento na taxa de despolarização de fase 4 nas células do nó sinoatrial. O principal papel da histamina na mucosa gástrica consiste em potencializar a secreção ácida induzida pela gastrina. A histamina é uma das três moléculas que regulam a secreção de ácido no estômago, sendo as outras duas a gastrina e a acetilcolina. A ativação dos receptores de histamina no estômago leva a um aumento do Ca2+ intracelular nas células parietais e resulta em secreção aumentada de ácido clorídrico pela mucosa gástrica. A histamina também atua como neurotransmissor no SNC. Tanto a histidina descarboxilase quanto os receptores de histamina estão expressos no hipotálamo, e os neurônios histaminérgicos do SNC possuem numerosas projeções difusas pelo cérebro e medula espinal. Embora as funções da histamina no SNC não estejam bem estabelecidas, acredita-se que a histamina seja importante na manutenção do estado de vigília e atue como supressor do apetite. RECEPTORES DE HISTAMINA As ações da histamina são mediadas pela sua ligação a quatro subtipos de receptores: H1, H2, H3 e H4. Todos os quatro subtipos consistem em receptores acoplados à proteína G, que atravessam sete vezes a membrana. As isoformas do receptor diferem nas vias de segundos mensageiros e na sua distribuição tecidual (Quadro 42.2). O receptor H1 ativa a hidrólise do fosfatidilinositol mediada pela proteína G, resultando em aumento do trifosfato de inositol (IP3) e diacilglicerol (DAG). O IP3 desencadeia a liberação de Ca2+ das reservas intracelulares, aumentando a concentração citosólica de Ca2+ e ativando as vias distais. O DAG ativa a proteinocinase C, resultando em fosforilação de numerosas proteínas-alvo citosólicas. Em alguns tecidos, como músculo liso brônquico, o aumento do Ca2+ citosólico provoca contração do músculo liso em decorrência da fosforilação da cadeia leve de miosina mediada por Ca2+/calmodulina. Em outros tecidos, particularmente nos esfíncteres arteriolares pré-capilares e vênulas pós-capilares, o aumento do Ca2+ citosólico provoca relaxamento do músculo liso ao induzir a síntese do óxido nítrico (ver Cap. 21). A estimulação dos receptores H1 também leva à ativaçãodo NF-_B, um fator de transcrição importante e ubíquo que promove a expressão de moléculas de adesão e citosinas pró-inflamatórias. Os receptores H1 são expressos primariamente nas células endoteliais vasculares e nas células musculares lisas. Esses receptores medeiam reações inflamatórias e alérgicas. As respostas teciduais específicas à estimulação dos receptores H1 incluem: (1) edema, (2) broncoconstrição e (3) sensibilização das terminações nervosas aferentes primárias. Os receptores H1 também são expressos em neurônios histaminérgicos présinápticos no núcleo túbero-mamilar do hipotálamo, onde atuam como auto-receptores para inibir a liberação adicional de histamina. Esses neurônios podem estar envolvidos no controle dos ritmos circadianos e no estado de vigília. A principal função do receptor H2 consiste em mediar a secreção de ácido gástrico no estômago. Esse subtipo de receptor é expresso nas células parietais da mucosa gástrica, onde a histamina atua de modo sinérgico com a gastrina e a acetilcolina, regulando a secreção ácida (ver Cap. 45). Os receptores H2 também são expressos nas células musculares cardíacas, em algumas células imunológicas e em certos neurônios présinápticos. Os receptores H2 encontrados nas células parietais ativam uma cascata de AMP cíclico dependente da proteína G, resultando em liberação aumentada de prótons, mediada pela bomba de prótons, no líquido gástrico. Enquanto os subtipos de receptores H1 e H2 foram bem caracterizados, os subtipos H3 e H4 e suas ações resultantes ainda constituem uma área de investigação ativa. Os receptores H3 parecem exercer uma inibição por retroalimentação em certos efeitos da histamina. Os receptores H3 foram localizados em vários tipos celulares, incluindo neurônios histaminérgicos pré-sinápticos no SNC e células ECL no estômago. Nas terminações nervosas pré-sinápticas, os receptores H3 ativados suprimem a descarga neuronal e a liberação de histamina. Os receptores H3 também parecem limitar as ações histaminérgicas na mucosa gástrica e no músculo liso brônquico. Os efeitos distais da ativação dos receptores H3 são mediados através de uma diminuição no influxo de Ca2+. Os receptores H4 são encontrados em células de origem hematopoiéticas, principalmente em mastócitos, eosinófilos e basófilos. Os receptores H4 compartilham com os receptores H3 uma homologia de 40% e ligam-se a numerosos agonistas dos receptores H3, embora com menor afinidade. O acoplamento do receptor H4 à Gi/o leva a uma diminuição do cAMP e ativação da fosfolipase C_, e os eventos distais resultam em aumento do Ca2+ intracelular. Os receptores H4 possuem interesse particular, visto que se acredita que eles desempenham um importante papel na inflamação; foi constatado que a ativação dos receptores H4 medeia a quimiotaxia dos mastócitos induzida pela histamina, bem como a produção de leucotrieno B4. Estão sendo desenvolvidos antagonistas dos receptores H4 para o tratamento de doenças inflamatórias que envolvem mastócitos e eosinófilos. FISIOPATOLOGIA A histamina é um mediador essencial das respostas imunes e inflamatórias. A histamina desempenha papel proeminente na reação de hipersensibilidade mediada por IgE, também conhecida como reação alérgica. Numa reação alérgica localizada, um alérgeno (antígeno) penetra inicialmente numa superfície epitelial (por exemplo, pele, mucosa nasal). O alérgeno também pode ser transportado sistemicamente, como no caso de uma resposta alérgica à penicilina. Com a ajuda das células T auxiliares (TH), o alérgeno estimula os linfócitos B a produzirem anticorpos IgE, que são específicos contra este alérgeno. A seguir, a IgE liga-se a receptores Fc sobre os mastócitos e os basófilos, em um processo conhecido como sensibilização. Uma vez “sensibilizadas” com anticorpos IgE, essas células imunes são capazes de detectar e de responder rapidamente a uma exposição subseqüente a um mesmo alérgeno. Caso haja reexposição, o alérgeno liga-se e estabelece uma ligação cruzada dos complexos IgE/receptor Fc, desencadeando a desgranulação da célula (Fig. 42.2). A histamina liberada pelos mastócitos e basófilos liga-se a receptores H1 sobre as células musculares lisas vasculares e as células endoteliais vasculares. A ativação desses receptores aumenta o fluxo sangüíneo local e a permeabilidade vascular. Esse processo completa o estágio inicial da resposta inflamatória. A inflamação prolongada requer a atividade de outras células imunes. A vasodilatação local induzida pela histamina propicia um maior acesso dessas células imunes à área lesada, enquanto o aumento da permeabilidade vascular facilita o movimento das células imunes para o tecido. A desgranulação dos mastócitos também pode ocorrer como resposta à lesão tecidual local, na ausência de uma resposta imune humoral. Por exemplo, o traumatismo ou a ocorrência de lesão química podem romper fisicamente a membrana dos mastócitos, deflagrando, assim, o processo de desgranulação. A liberação de histamina permite um maior acesso dos macrófagos e de outras células imunes, que começam o processo de reparo da área lesada. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DA FISIOPATOLOGIA DA HISTAMINA A reação de hipersensibilidade mediada pela IgE é responsável pelo desenvolvimento de certos distúrbios inflamatórios, incluindo rinite alérgica e urticária aguda. No caso apresentado na introdução, Ellen sofria de rinite alérgica, com rinorréia, prurido dos olhos e espirros. Na rinite alérgica, um alérgeno ambiental, como pólen, atravessa o epitélio nasal e penetra no tecido subjacente. Nesse local, o alérgeno entra em contato com mastócitos previamente sensibilizados e efetua uma ligação cruzada dos complexos IgE/receptor Fc na superfície do mastócito. Em conseqüência, o mastócito sofre desgranulação e libera histamina, que se liga a receptores H1 presentes na mucosa nasal e tecidos locais. A estimulação dos receptores H1 provoca dilatação dos vasos sangüíneos e aumento da permeabilidade vascular, resultando em edema. Essa tumefação da mucosa nasal é responsável pela congestão nasal que ocorre na rinite alérgica. O prurido, os espirros, a rinorréia e o lacrimejamento que acompanham o processo resultam da ação combinada da histamina e de outros mediadores inflamatórios, incluindo cininas, prostaglandinas e leucotrienos. Essas moléculas desencadeiam a hipersecreção e irritação que caracterizam a rinite alérgica. Ocorre também ativação dos mastócitos na urticária aguda. Nessa afecção, um alérgeno, como a penicilina, penetra no organismo através de ingestão ou por via parenteral e alcança a pele através da circulação. A liberação de histamina resulta em uma resposta de pápula e eritema disseminada, criando placas pruriginosas, eritematosas e edematosas na pele. HISTAMINA E ANAFILAXIA A desgranulação de mastócitos sistêmicos pode causar uma condição potencialmente fatal, conhecida como anafilaxia. Tipicamente, o choque anafilático é desencadeado em um indivíduo previamente sensibilizado por uma reação de hipersensibilidade a uma picada de inseto, a um antibiótico, como a penicilina, ou a ingestão de certos alimentos altamente alergênicos (por exemplo, nozes). Um alérgeno de distribuição sistêmica, como, por exemplo, através de injeção intravenosa ou absorção da circulação, pode estimular os mastócitos e basófilos a liberar histamina em todo o corpo. A conseqüente vasodilatação sistêmica provoca uma redução maciça da pressão arterial; a hipotensão também resulta do acúmulo sistêmico de líquido, devido ao extravasamento de plasma no interstício. A liberação maciça de histamina também provoca broncoconstrição grave e edema da epiglote. Esse estado de choque anafilático pode ser letal em questão de minutos se não for rapidamente tratado pela administração de epinefrina, conforme descrito adiante. CLASSES E AGENTES FARMACOLÓGICOS A farmacologia da histamina emprega três abordagens, que levam, cada uma delas, à inibição da ação da histamina (Quadro 42.3).A primeira abordagem, que é a mais freqüentemente utilizada, consiste na administração de anti- histamínicos, que tipicamente são agonistas inversos ou antagonistas competitivos seletivos dos receptores H1, H2, H3 ou H4. Os anti-histamínicos H1 são discutidos detalhadamente adiante: seu mecanismo de ação envolve a estabilização da conformação inativa do receptor H1, diminuindo os eventos de sinalização que levariam à resposta inflamatória. A segunda estratégia consiste em impedir a desgranulação dos mastócitos induzida pela ligação de um antígeno ao complexo IgE/receptor Fc nos mastócitos. O cromolin e o nedocromil utilizam essa estratégia para evitar as crises de asma (ver Cap. 46). Esses compostos interrompem a corrente de cloreto através das membranas dos mastócitos, que constitui uma etapa essencial no processo de desgranulação. A terceira estratégia consiste em administrar um fármaco capaz de neutralizar funcionalmente os efeitos da histamina. O uso da epinefrina no tratamento da anafilaxia fornece um exemplo dessa abordagem. A epinefrina, que é um agonista adrenérgico, induz broncodilatação e vasoconstrição (ver Cap. 9); essas ações anulam a broncoconstrição, a vasodilatação e a hipotensão causadas pela histamina no choque anafilático. ANTI-HISTAMÍNICOS H1 Mecanismo de Ação Historicamente, os anti-histamínicos H1 eram designados como antagonistas dos receptores H1, com base em experimentos realizados no músculo liso da traquéia, que mostravam um desvio paralelo na relação de concentração de histamina-resposta. Entretanto, os avanços recentes na farmacologia da histamina demonstraram que os anti-histamínicos H1 são agonistas inversos, mais do que antagonistas dos receptores. Os receptores H1 parecem coexistir em dois estados de conformação — as conformações inativa e ativa — que estão em equilíbrio na ausência de histamina ou de anti-histamínico (Fig. 42.3). No estado basal, o receptor tende à sua ativação constitutiva. A histamina atua como agonista para a conformação ativa do receptor H1 e desvia o equilíbrio para o estado ativo do receptor. Em comparação, os anti-histamínicos são agonistas inversos. Os agonistas inversos ligam-se preferencialmente à conformação inativa do receptor H1 e desviam o equilíbrio para o estado inativo. Por conseguinte, mesmo na ausência de histamina endógena, os agonistas inversos reduzem a atividade constitutiva do receptor. Classificação dos Anti-Histamínicos H1 de Primeira e de Segunda Gerações O achado de que a histamina constitui um importante mediador da reação de hipersensibilidade alérgica levou à descoberta dos primeiros anti-histamínicos H1 por Bovet e Staub, em 1937. Na década de 1940, começaram a aparecer fármacos clinicamente úteis, capazes de inibir ações da histamina. Na atualidade, os anti-histamínicos H1 são divididos em duas categorias: os anti-histamínicos H1 de primeira geração e desegunda geração (ver Resumo Farmacológico para detalhes sobre a classificação dos anti-histamínicos H1). A estrutura básica dos anti-histamínicos H1 de primeira geração consiste em dois anéis aromáticos ligados a um arcabouço de etilamina substituído. Esses fármacos são divididos em seis subgrupos principais, com base nas suas cadeias laterais substituídas—etanolaminas, etilenodiaminas, alquilaminas, pipe razinas, fenotiazinas e piperidinas (Fig. 42.4). A difenidramina, a hidroxizina, a clorfeniramina e a prometazina estão entre os anti-histamínicos H1 de primeira geração mais freqüentemente utilizados. Os anti-histamínicos H1 de primeira geração são compostos neutros em pH fisiológico que atravessam rapidamente a barreira hematoencefálica. Os anti-histamínicos H1 de segunda geração podem ser estruturalmente divididos em quatro subclasses — alquilaminas, piperazinas, talazinonas e piperidinas. Os anti-histamínicos H1 de segunda geração amplamente utilizados incluem a loratadina, a cetirizina e a fexofenadina. Os anti-histamínicos H1 de segunda geração são ionizados em pH fisiológico e não atravessam apreciavelmente a barreira hematoencefálica. As diferenças na lipofilicidade entre os anti-histamínicos H1 de primeira e de segunda gerações respondem pelos seus perfis de efeitos adversos diferenciais, notavelmente a tendência a causar depressão do SNC (sonolência). Efeitos Farmacológicos e Usos Clínicos Os anti-histamínicos H1 são mais úteis no tratamento de distúrbios alérgicos para aliviar os sintomas de rinite, conjuntivite, urticária e prurido. Os anti-histamínicos H1 bloqueiam fortemente o aumento da permeabilidade capilar necessário para formação de edemas e pápulas. As propriedades antiinflamatórias dos anti-histamínicos H1 são atribuíveis à supressão da via do NF-_B. Os anti-histamínicos H1 de primeira e de segunda gerações são igualmente eficazes no tratamento da urticária crônica; entretanto, não são efetivos contra a vasculite urticariforme ou o angioedema hereditário (deficiência do inibidor de C1). A hidroxizina e o doxepin são potentes agentes antipruriginosos, e a sua eficiência clínica provavelmente está relacionada com seus efeitos pronunciados sobre o SNC. O doxepin, um antidepressivo tricíclico, é mais bem utilizado em pacientes com depressão, visto que até mesmo a administração de pequenas doses pode causar confusão e desorientação em pacientes não-deprimidos. Em comparação com os anti-histamínicos H1 orais, os anti-histamínicos H1 tópicos (incluindo preparações nasais e oftálmicas) apresentam início mais rápido de ação; entretanto, necessitam de múltiplas doses por dia. As preparações cutâneas de anti-histamínicos, administradas no tratamento de dermatoses pruriginosas, podem causar paradoxalmente dermatite alérgica. Os anti-histamínicos H1 administrados como única medicação são freqüentemente ineficazes para a anafilaxia sistêmica ou o angioedema grave com edema da laringe. Nessas condições, as contribuições de outros mediadores locais não são afetadas pelo tratamento com anti-histamínicos H1, e a epinefrina continua sendo o tratamento de escolha. Os anti-histamínicos H1 possuem eficácia limitada na asma brônquica e não devem ser utilizados como única terapia para a asma. Enquanto os anti-histamínicos H1 parecem inibir a constrição do músculo liso brônquico de cobaias, esse efeito terapêutico é muito menos pronunciado nos seres humanos, devido à contribuição de outros mediadores, como leucotrienos e serotonina. Os anti-histamínicos H1 também podem ser utilizados no tratamento da cinetose, náusea e vômitos associados à quimioterapia e insônia. Ao inibir os sinais histaminérgicos do núcleo vestibular para o centro do vômito na medula oblonga, os antihistamínicos H1 como o dimenidrinato, a difenidramina, a meclizina e a prometazina mostram-se úteis como agentes antieméticos. Em virtude de seus efeitos depressores proeminentes no SNC, os anti-histamínicos H1 de primeira geração, como a difenidramina, a doxilamina e a pirilamina, também são utilizados no tratamento da insônia. Farmacocinética Os anti-histamínicos H1 por via oral são bem absorvidos pelo trato gastrintestinal (GI) e alcançam concentrações plasmáticas máximas em 2 a 3 horas. A duração do efeito varia, dependendo do anti-histamínico H1 específico utilizado. Enquanto os anti-histamínicos H1 de primeira geração distribuem-se amplamente por todos os tecidos periféricos, bem como no SNC, os anti-histamínicos H1 de segunda geração exigem menos penetração no SNC. Os anti-histamínicos H1 são metabolizados, em sua maioria, pelo fígado, e deve-se considerar um ajuste da dose em pacientes com doença hepática grave. Como indutores das enzimas hepáticas do citocromo P450, os anti-histamínicos H1 podem facilitar o seu próprio metabolismo. A loratadina, um histamínico H1 de segunda geração, é metabolizada por enzimas do citocromo P450 a um metabólito ativo. Os fármacos que são substratos ou inibidores das enzimas do citocromo P450 podem afetar o metabolismo da loratadina, e os antihistamínicos também podem afetaro metabolismo de outros fármacos que são substratos das mesmas enzimas P450. Efeitos Adversos Os principais efeitos adversos dos anti-histamínicos H1 consistem em toxicidade do SNC, toxicidade cardíaca e efeitos anticolinérgicos. Enquanto o perfil de efeitos adversos dos antihistamínicos H1 de segunda geração foi extensamente investigado, não foram conduzidos estudos de segurança a longo prazo dos anti-histamínicos H1 de primeira geração, a despeito de seu uso por mais de 6 décadas. Em virtude de sua alta lipofilicidade, os anti-histamínicos H1 de primeira geração penetram rapidamente na barreira hematoencefálica. Esses fármacos antagonizam os efeitos neurotransmissores da histamina sobre os receptores H1 no SNC (particularmente no hipotálamo) e na periferia. Conforme assinalado anteriormente, a alta penetração desses fármacos no SNC é responsável pela sua ação sedativa. No caso apresentado na introdução, Ellen teve um efeito sedativo quando tomou difenidramina para a rinite alérgica. Os fatores que aumentam o risco de desenvolvimento de toxicidade do SNC incluem baixa massa corporal, disfunção hepática ou renal grave e uso concomitante de drogas, como o álcool, que comprometem a função do SNC. A baixa penetração dos anti-histamínicos H1 de segunda geração no SNC é atribuível a duas características dessas moléculas. Em primeiro lugar, conforme assinalado anteriormente, esses compostos são ionizados em pH fisiológico, razão pela qual não sofrem rápida difusão através das membranas. Em segundo lugar, ligam-se altamente à albumina e, portanto, estão menos livres para difundir-se no SNC. Os anti-histamínicos H1 de segunda geração são freqüentemente preferidos para uso extenso, devido a seus efeitos sedativos limitados. Por exemplo, os anti-histamínicos H1 de segunda geração loratadina, desloratadina e fexofenadina são os únicos anti-histamínicos H1 orais permitidos para uso por pilotos de aeronaves. Os anti-histamínicos H1 que prolongam o intervalo QT podem causar cardiotoxicidade, particularmente em pacientes com disfunção cardíaca preexistente. Alguns anti-histamínicos H1 de segunda geração mais antigos apresentam graves efeitos cardiotóxicos em concentrações plasmáticas elevadas. Dois desses fármacos, a terfenadina e o astemizol, foram retirados do mercado pela U. S. Food and Drug Administration (FDA), visto que causavam prolongamento do intervalo QT, que algumas vezes resultava em arritmias ventriculares. Acredita-se que o mecanismo pelo qual os anti-histamínicos H1 prolongam o intervalo QT envolva a inibição da corrente IKr. O gene humano relacionado com ether-a-go-go (HERG) codifica a subunidade_ do canal de potássio que medeia a corrente IKr, e, na atualidade, dispõe-se de um teste in vitro que utiliza variantes do HERG para avaliar se uma determinada medicação tem o potencial de inibir a corrente IKr. Os efeitos adversos anticolinérgicos, que são mais proeminentes com os anti-histamínicos H1 de primeira geração do que com os de segunda geração, consistem em dilatação da pupila, ressecamento dos olhos, boca seca e retenção e hesitação urinárias. A overdose fatal dos anti-histamínicos H1 de primeira geração deve-se, mais provavelmente, aos efeitos adversos profundos sobre o SNC do que aos efeitos cardíacos adversos. OUTROS ANTI-HISTAMÍNICOS Foram também desenvolvidos antagonistas competitivos e agonistas inversos contra os receptores H2, H3 e H4. O desenvolvimento de antagonistas dos receptores H2 seletivos, que inibem a secreção de ácido gástrico induzida pela histamina, despertou considerável interesse. Os antagonistas dos receptores H2, que são discutidos de modo pormenorizado no Cap. 45, diferem dos anti-histamínicos H1 quanto à sua estrutura, visto que contêm um anel imidazol intacto e uma cadeia lateral sem carga (Fig. 42.5). Esses agentes atuam como antagonistas competitivos e reversíveis da ligação da histamina aos receptores H2 nas células parietais gástricas e, portanto, reduzem a secreção de ácido gástrico. As indicações clínicas incluem a doença de refluxo ácido (pirose) e a doença ulcerosa péptica. Muitos desses agentes também estão disponíveis como medicamentos de venda livre para tratamento sintomático da pirose. A cimetidina e a ranitidina são dois dos antagonistas dos receptores H2 mais comumente utilizados. Um efeito adverso significativo da cimetidina envolve a inibição do metabolismo de fármacos mediado pelo citocromo P450, podendo resultar em elevações indesejáveis dos níveis plasmáticos de certos fármacos administrados concomitantemente. Os receptores H2 também são expressos no SNC e no músculo cardíaco; entretanto, as doses terapêuticas dos antagonistas dos receptores H2 são suficientemente baixas, de modo que os efeitos adversos cardiovasculares e do SNC são insignificantes. A farmacologia dos receptores H3 e H4 constitui uma área de investigação ativa. Até o momento, nenhum fármaco seletivamente dirigido contra os receptores H3 e H4 foi aprovado para uso clínico. Acredita-se que os receptores H3 fornecem uma inibição por retroalimentação de certos efeitos da histamina no SNC e nas células ECL. Em estudos de animais, os antagonistas dos receptores H3 induzem um estado de vigília e melhoram a atenção, e acredita-se que esses efeitos sejam mediados pela hiperestimulação de receptores H1 corticais. Foram desenvolvidos antagonistas dos receptores H3 para uso experimental, incluindo tioperamida, clobenpropit, ciproxifan e proxifan. À semelhança dos receptores H3, os receptores H4 acoplamse à Gi/o, diminuindo as concentrações intracelulares de cAMP. Como os receptores H4 são seletivamente expressos em células de origem hematopoiética, particularmente mastócitos, basófilos e eosinófilos, existe considerável interesse em elucidar o papel dos receptores H4 no processo inflamatório. Os antagonistas dos receptores H4 representam uma área promissora de desenvolvimento de fármacos para o tratamento de condições inflamatórias que envolvem os mastócitos e os eosinófilos. 2a AULA - GLICOCORTICOIDES FISIOLOGIA: - CRH sai do hipotalamo, vai estimular a hipofise (Adenohipofise) - Adenohipofise por sua vez vai liberar ACTH - O ACTH vai estimular a glândula adrenal, especificadamente no córtex da adrenal e vai estimular a enzima que quebra o colesterol presente no sangue - O colesterol vai ser convertido em pregnenolona, essa é a etapa limitante para esses hormônios - A entrada do colesterol e a transformação/quebra desse colesterol em pregnenolona, essa é a etapa limitadora e o ACTH vai ser importante para estimular essa etapa ZONAS DO CORTEX DA ADRENAL: De fora para dentro temos: Zona Glomerulosa: Produz aldosterona, que é um mineralocorticoide, sendo que o principal responsável por essa liberação é a angiotensina II e pela concentração de potássio, entao para os mineralocorticoides o sistema angiotensina- aldosterona que vai fazer parte desse controle Zona Fasciculada: Local onde é produzido o cortisol ou o glicocorticoide, vamos ter um papel bastante importante do ACTH Zona Reticular: Local onde o ACTH também possui o papel que é a zona que produz os andróginos - Bom o eixo esta funcionando direitinho, o ACTH se liga a receptores da adrenal estimulando entrada de colesterol, quebra de colesterol, cascata aconteceu, formei cortisol - Este cortisol vai ser liberado na corrente sangüínea este pode circular livre ou ligado a proteína - A maioria do cortisol (90%) vai ser transportado no sangue ligados a proteínas de transporte, ou uma proteína especifica ou a albumina transporta ele, o restante que esta livre que vai ser a fração ativa fisiologicamente, a fração disponível - Esse 10% de cortisol livre que vai gerar o efeito de cortisol no organismo - O cortisol por sua vez ele entra na célula de forma fácil, porque ele é lipossolúvel, entao ele consegue passar pela membrana sem grandes impedimentos por conta dessa característica - Dentro da celula existem receptores de cortisol (Receptores de GR)no citosol/citoplasma da celula esses receptores ficam inativos, quando eles são inativos eles são ligados a proteínas que chamamos de Xaperonas - Essas Xaperonas sao proteínas que ficam ligados a receptores de cortisol no citoplasma, mantendo esses receptores na sua forma inativa, quando o cortisol ele entra na celula, essa proteína se desliga e o cortisol se liga no seu receptor GR formando um complexo - Ao se conectar ao receptor ele vai sofrer dimerização, tem mudança conformacional, e esse complexo (receptor-cortisol) eles vao migrar/traslocar para o núcleo - Então existem proteínas que vao levar esse complexo ate o núcleo, chegou no núcleo, ele se liga no material genético, ao DNA e ele altera o processo de transcrição genica, entao ele pode induzir a transcrição genica ou inibir essa transcrição - A consequência disso sao os efeito que o cortisol pode causar EFEITOS QUE O CORTISOL PODEM CAUSAR - Efeitos metabólicos - Efeitos Anti-inflamatorios - Efeito Cardiovascular - Efeito Endocrino (altera hormônio de crescimento) - Tecido Osseo PROCESSO DE RESPOSTA INFLAMATORIA: - Normalmente indicamos um glicocorticoide com objetivo de ser um anti-inflamatório ou imunossupressor Então pensando nesse efeito ele causa: • Inibe a Cascata do Acido Aracdonico - ele inibe a cascata do acido aracdonico a nivel de fosfolipase A2 e de COX-2 - Para inibir fosfolipase A2 o cortisol quando se liga ao DNA ele estimula a síntese de genes que vai resultar na produção de lipoportina - Lipoportina é que inibe a fosfolipase A2, esta é sintetizada pela celula - O cortisol se liga ao DNA, que vai sofrer transcrição que vai se ligar ao RNA mensageiro, que vai levar a producao de lipoportina - Essa lipoportina inibe a acao da fosfolipase A2 - Ao inibir essa ação a gente inibe a cascata do acido aracdonico no começo - Alem disso o cortisol vai inibir a expressão de COX2 - COX2 é uma enzima que aparece apenas quando eu tenho um estimulo inflamatório - A maioria dos artigos cientificos, diz que essa etapa do cortisol na cascata do acido aracdonico é bastante importante para gerar os efeitos imunossupressores e anti-inflamatórios, porque se você inibe a cascata, nao temos prostaglandinas, prostaciclinas, nem leucotrienos, que são bastante importantes para desencadear uma serie de sintomas nesse sistema também • Diminui a Produção de Citocinas Pro-Inflamatorias - Inibe citocina - Inibe Interleucinas - Inibe produção de proteínas que participam do complemento • Estimula a Produção de Citocinas Anti-Inflamatórias - Como por exemplo estila a produção de interleucina 10 • Diminui numero de linfocitos - Temos diminuição de linfocitos B linfócitos T e das Natural Killer - Isso acontece porque o cortisol inibe a proliferação de linfócitos e a ativação desses linfocitos - Eles podem sair do sangue para o tecido linfoide - Eles nao vao conseguir ser ativados e nem proliferados - Se a gente inibe a produção de linfocito T e B, estamos impedindo resposta imune tanto humoral quanto celular, ou seja, eu vou ter uma producao alterada de imunoglobulina (anticorpo) também - Isso tudo é uma sequencia de eventos, entao se eu nao tenho produção de citrinas, interleucinas (estimulo) eu nao tenho resposta, entao o cortisol inibe a produção de interleucinas inflamatorias, inibe a cascata do acido aracdonico - Com isso eu nao tenho estimulo para que minha celula se ative, isso vale para linfocito, para todas as outras celulas, inclusive monocito, macrofago • Capacidade Menor de Fagocitose - O macrófago também nao vai conseguir ser estimulado, ou chegar no tecido - A principal função do macrófago é a fagocitose - Então teremos também uma capacidade menor de fagocitose - O corticoide inibe a acao de fagocitose dos macrofagos • Neutrofilia - Diminui adesão dos neutrofilos - Contagem aumentada de neutrofilos no sangue, por: - Os neutrofilos que estão no sangue periférico eles nao vao conseguir sair do sangue e ir para os tecidos , entao o processo de migração celular vai estar inibido - Temos neutrofilia tambem, porque vamos ter um aumento de neutrofilos pela medula - Temos que pensar que existem celulas que ficam no centro do vaso ou na extremidade do vaso, ou seja, pull circulante ou pull marginal - No marginal temos uma alta quantidade de neutrofilos, uma alta quantidade de neutrofilos que ficam perto do endotélio, ficam aderidos nesse endotélio por conta dessas moléculas de adesão - O corticoide inibe essas moléculas de adesão, desta forma esses macrofagos saem da periferia e vao para o centro - Entao porque tem neutrofilia? Porque tem aumento da liberação de neutrofilos da medula, porque o neutrofilo nao consegue sair do sangue e ir pro tecido, e porque os neutrofilos que estavam na periferia do vaso migraram para região central - Então essas 3 situações que levam para neutrofilia • Diminuição de Eosinofilos, Mastocitos e Basofilos - Eosinofilos, Mastocitos e Basofilos tambem diminui em quantidade no tecido - O cortisol induz a Apoptose - O cortisol inibe também a desgranucao dessas celulas, que é a grande função dessas celulas - Entao alem de induzir a apoptose, temos indução de liberação de grânulos também, entao é um efeito pró-inflamatório - Entao o cortisol ele age em todas as frentes possíveis e por isso ele tem esse efeito metabólico e imunossupressor - Tudo isso que falamos, precisamos pensar no cortisol que entrou na celula, no núcleo e agiu com o DNA, entao quando ele agiu com o DNA ele inibiu citocina, através de expressão de genes - Entao esse paciente é mais susceptível a infecções: candidate, herpes são comuns EFEITOS METABOLICOS: • Evolução para diabetes - Paciente pode ter uma hiperglicemia e evoluir para um diabetes - O cortisol antagoniza a insulina, altera sensibilidade da celula a insulina, assim a glicose nao entra no tecido - Cortisol estimula a gliconeogenese (Formação de glicose a partir de proteína/lipideo), moléculas que nao carboidratos no fígado - Para eu produzir glicose por meio de elementos que nao são carboidratos, eu preciso que em outros locais esteja acontecendo lipólise e proteólise - Entao o cortisol estimula lipólise e proteólise nos tecidos periféricos e no fígado gliconeogenese, paralelamente a isso altera a resistencia de insulina a celula e os tecidos periféricos nao consegue usar a glicose, esse paciente entra em um quadro de hiperglicemia, podendo evoluir para uma diabetes mellitus - Uma das explicações é que precisamos preservar os orgaos vitais, porque se fomos pensar o momento em que o organismo tem maior produção de cortisol seria no momento de estress, entao eu preciso preservar meus órgaos principais, porque meu cérebro por ex nao precisa de insulina para usar a glicose entao o cortisol inibe a insulina, a glicose deixa de ser usada por outros órgãos e passa a ser usada pelos meus órgãos principais que mantem meus sinais vitais inalterados • Lipogenese - Aumento da produção de Acidos Graxos - Ocorre uma redistribuicao desses ácidos graxos, ou seja, um acumulo de gordura em outros locais como Supra-clavicular, Dorsal do pescoço, Face e Abdômen? - Nessas regiões que ele acumula gordura • Lipolise - Nas regiões periféricas esta acontecendo lipólise - Entao os membros do paciente são finos - Quando voce olha o tronco, o tronco esta com esse acumulo de gordura - Foram feito alguns estudos para explicar isso, e chegaram a conclusao, que os adipocitos eles respondem de forma diferente a insulina - Eles tem sensibilidade diferente a insulina quando a gente compara os adipócitos dos tecidos periféricos com o tronco, por isso que em algumas regioes nos temos lipólise e em outras temos armazenamento dessa gordura EFEITO CARDIOVASCULAR: • Aumento dos Receptores Adrenergicos - Temos também aumento dos receptores adrenergicos - Se eu tenho um aumento desses receptores vai ocorrer taquicardia, aumento da pressão arterial - E a nivel de vaso, vasocontricção - Entao se eu estou em um processo de vasoconstriccao,fazendo um link com as celulas brancas elas nao vao conseguir sair do vaso e ir pro tecido • Aumento de sodio e agua, Diminuicao de potassio e hidrogenio - A nivel de eletrolito ocorre aumento de sodio, agua -> filtrada maior pelo rim - Diminui potassio e hidrogenio -> Excreção maior pelo rim - Isso pode acabar gerando uma alcalose metabólica - Se esse paciente esta retendo mais sódio e mais agua, ocorre hipernatremia e aumento da PA - Pode ser um paciente também que possui grande quantidade de edema em decorrência a essa alteração - Paciente acaba inchando um pouco - Isso ocorre porque o cortisol ele pode se ligar aos receptores mineralocorticoides induzindo essa resposta, essa é uma das teorias, ainda existe uma certa discussao, mas sabe-se que ele pode sim ligar a esses receptores causando esse efeito - Com o aumento da concentração de sódio o paciente pode apresentar também arritmias, por maior despolarização OSTEOPOROSE: - Diminui acao dos osteoblastos e aumenta acao dos osteoclastos - Diminui absorção de calcio no intestino - Aumenta a perda de calcio e fosforo renal - Entao altera metabolismo osseo, osteoblasto e osteoclasto e alem disso, altera concentracao de cálcio - Entao paciente que faz uso de corticoide por um tempo, temos que avaliar a massa óssea também TGI: - Existem varios estudos que mostram que o cortisol sozinho ele nao tem tanta capacidade de gerar uma ulcera pepitca - Agora quando paciente faz uso do corticoide junto com um anti-inflamatório ja potencializa bastante as chances - Tem a questão da COX, alteração das enzimas, do muco - Mas ele sozinho, nao possui tanta capacidade disso PELE - Ocorre atrofia da pele - Isso ocorre por conta da inibição de fibroblasto, temos proteólise e temos também perda de colageno - Entao essa pele ocorre atrofia subcutanea - Atrofia de MEC - Essa pele fica fina, esse paciente pode ter acne - Bastante comum estrias vermelhas na região do abdômen MUSCULO: - Proteolise - Musculo entra em fadiga de forma mais fácil FRAGILIDADE VASO - Na parede do vaso tem proteína, que com a proteólise acaba sendo afetado também - Entao esse paciente também pode ter purpuras por essa fragilidade capilar - Vamos alterar espessura e estrutura da parede do vaso, fica mais frágil PSICOSE E DESTURBIO DE HUMOR: - Ninguém sabe responder muito bem - Temos também alteração do sono, pode ocorrer, o controle da liberação do cortisol endógeno leva em conta ciclo circadiano - Entao se voce leva em conta um paciente que tem dificuldade para dormir, ou que tem horários diferetes, voce pode levar alteração do cortisol - E quando voce tem alteração do cortisol, voce pode levar a alterações a nível de sistema nervoso que acabam alterando o sono também MANCHAS HIPERPIGMENTADAS DA PELE - Alteração da cor da pele - Temos um hormônio que estimula a produção de melanina, chamado de MSH, este é produzido pela POMC, na hipófise - A POMC esta presente na hipófise - Entao vamos pensar o seguinte: Paciente com tumor na hipófise, e esses paciente tem um aumento na produção de ACTH, quando voce tem um aumento de ACTH voce possui mais POMC, porque a POMC participa da formação do ACTH, mas a POMC tambem participa da produção de MSH - Entao se eu tenho um aumento da produção de ACTH eu também tenho aumento da produção de MSH, que é o hormônio que estimula o melanócitos a produzir melanina - Entao quando o paciente possui uma situação desse ele vai ter mancha - Alem disso como o ACTH e o MSH são bem parecidos por serem produzidos pela POMC, o ACTH pode agir nos receptores dos melanócitos e acabar fazendo o papel também do MSH, isso apenas quando temos grande quantidade - Agora se temos uma situação em que ele esta tomando cortisol em excesso, ele nao vai ter mancha, porque nao altera a produção de MSH - Entao quando voce tem uma alteração endógena nesse eixo, normalmente como uma neoplasia, alem de voce ter todos os efeitos voce pode ter a mancha, porque voce altera MSH, agora se você tem uma alteração de cortisol por aumento da ingesta exogeno, nao alteramos a produção de MSH, entao ele vai ter todos os efeitos ja falados MENOS macha EXAME - O cortisol possui picos de produção, teoricamente pela manha e um pico a tarde - Esses sao os picos mais importantes - Entao quando o paciente vai no laboratório , fazer coleta de cortisol é estabelicido o horário do pico - Sendo que temos que levar em consideração o ciclo do meu paciente, entao se é um paciente que trabalha a noite, de noite é o pico dele, entao vamos ter que manejar essa coleta SINDROME DE CUSHING - O cortisol tem esse efeito fisiologico, sendo que podem ser controlodos, ok. O grande problema é quando ele esta em excesso - Quando ele esta em excesso temos uma síndrome chamada síndrome de Cushing - Entao a sindrome de Cushing é quando temos um excesso de cortisol - Ele pode ter excesso de cortisol por conta de uma neoplasia ou por que ele esta ingerindo muito remedio por glicocorticoide - Epidemiologicamente a sindrome de Cushing ocorre na maior parte das vezes por excesso de medicamento, causa hiatrogenica, que é algo que temos que ter muita atenção - Entao se o paciente esta tomando muito medicamento, ele vai acaba gerando Feedback negativo no eixo - A o hipotálamo e a hipofise nao vai produzir CRH nem ACTH, a adrenal nao vai produzir mineralocorticoide e nem glicocorticoide, fazendo com que ocorra uma ATROFIA DA ADRENAL - Quando temos uma neoplasia ou uma alteração congênita endógena (hiperplasia adrenal congênita - teste do pezinho) ela pode sofrer HIPERPLASIA, a adrenal ela esta com hiperplasia, temos alteração das celulas e nao conseguimos produzir hormônios - Entao quando pensarmos na adrenal em como ela esta quando o paciente ingere muito corticoide, ela vai estar atrofiada - Quando tem uma neoplasia ou alteração genetica, ela normalmente vai estar com hiperplasia - Normalmente esta atrofia é reversivel, entao a adrenal ela vai voltando a ativa conforme voce for retirando o medicamento por isso que voce nao pode simplesmente tirar o medicamento de uma hora para outra - Entao quando falamos de Cushing significa que é excesso de cortisol, temos que pensar que paciente vai chegar com região de abdômen com acumulo de gordura, pode ter estrias vermelhas, rosto com fase em lua cheia com acne, região do pescoço com acumulo de gordura, membros finos, alteração laboratorial alterado, triglicérides e colesterol geralmente a cima, alteração de eletrólitos - Assim voce vai fazer o desmame desse paciente, a adrenal ela tende a voltar a seu funcionamento, isso depende do paciente, entao existem pacientes que fazem o desmame de 6 meses a 1 ano e pacientes que demoram mais de 1 ano a 2 anos SINDROME DE ADDISON - Se o paciente parar de tomar o medicamento do nada ele sai de uma síndrome de Cushing e vai para uma síndrome de Addison - Entao quando a gente fala de Adson estamos falando de uma insufiencia da adrenal - Esse paciente pode entrar em uma hipotensao, letargia, hipoglicemia, diminui sódio - Ai temos que pensar nos efeitos que falamos de forma oposta - Doença de Adison pode ocorrer em outras síntúacoes como: linfomas, doença autoimune, doenças geneticas, metástase CONCLUSAO - Entao por exemplo paciente nasceu com hiperplasia adrenal congênita (alteracao de um gene, fazendo com que a enzima nao funcione, a cascata nao acontece, nao ha produção de hormonios, a adrenal sofre hiperplasia, um dos motivos dessa hiperplasia é pra tentar produzir – vamos aumentar o numero de celulas aqui para tentar produzir - mas nao vai produzir de jeito nenhum), nao consegue produzir os hormonios, para tratar esse paciente temos que dar corticoide, porque ele nao consegue produzir, entao temos que controlar as doses para que ele nao tenha alteração de tudo - Entao temos que pensar em doença de Cushing e em Addison por dois aspectos, temos alteração por doenças endógenas ou genéticas ou tumores, doenças autoimunes, ou por outro lado, Cushing por causahiatrogenica e Addison porque retiramos abruptamente o medicamento desse paciente - Normalmalmemte quando temos um aumento de cortisol exógeno a glândula sofre atrofia e alteração genética hiperplasia 3a AULA GLICOCORTICOIDES - MEDICAMENTOS - Na semana passada a ju falou da fisiologia e hoje, vou falar dos medicamentos, que tem ações semelhantes, envolvidos com estruturas semelhantes com essas substancias INTRODUÇÃO: - Podemos dividir os glicocorticoides de acordo com o efeito anti-inflamatório, que geralmente é aquele que a gente usa e o efeito retentor de sal, que em geral, seria utilizado para os tratamentos de efeitos adversos, que nao é aquilo que a gente deseja, mas que precisa ser considerado - Também podemos dividir esses medicamentos de acordo com seu tempo de ação, então se eles vão ter ação curta, intermediaria ou ação longa - Então nosso medicamento de referencia seria a cortisona, que como medicamento é semelhante ao cortisol AÇÃO CURTA CORTISONA - Ela tem efeito anti-inflamatorio baixo, vamos ver que ela é usada geralmente na reposição, quando o paciente tem defeito na produção de cortisol e o efeito retentor de sal, que apesar de ser baixo nao podemos desconsiderar - No goodman, temos uma tabela onde ele mostra alem da potencia inflamatoria, a Potencia de ação de sódio, a duração e ele coloca a dose também - Então 20 mg de cortisona, vai ter uma potencia anti-inflamatória e uma retenção de sódio AÇÃO INTERMEDIARIA - Depois temos também alguns fármacos que possuem ação intermediaria, ou seja, que sua acao vai durar de 12 a 36 horas, que são muito utilizados, que seria a prednisona, predinisolona, metilprednisona, hidrocortisona - No final da aula, a professora vai falar que existem diversas apresentações, vamos pensar que os corticoites são derivados do colesterol - Então eles sao muito lipossolúveis, e eles conseguem ser absorvidos por qualquer via e isso é bastante importante PREDINISONA - Esta possui efeito anti-inflamatorio de potencia 4, maior que a hidrocortisona - Mas ainda tem um pouco de efeito retentor de sal AÇÃO LONGA: - Depois temos também a de longa ação, que é a beta-metasona e dexa-metasona BETA-METASONA E DEXA-METASONA - As duas possuem algo interessante que seria a “nao retenção de sal” - Sua potencia anti-inflamatoria, inclusive, é grande, é alta - Também podemos olhar nesses fármacos os mineralocorticoides onde a fluorcortisona, é ao contrario, onde possui uma potencia mineralocorticoide bem alta e uma potencia anti-inflamatoria mais baixa - Então se o paciente precisar de uma reposição de mineralocorticoide a mais, ela ja usa esse USOS TERAPEUTICOS DESSES MEDICAMENTOS: Glicocorticoides especificadamente Doença de Addison - Tratamento de reposição para insuficiencia renal primaria: que é o caso da Doença de Addison, então se o paciente nao tem cortisol, nao produz cortisol por razão de insuficiencia da suprarrenal (que pode ser auto-imune), nos vamos repor com hidrocortisona, porque ela é bem idêntica ao cortisol natural - Pode ser que haja também uma insuficiência da suprarrenal secundaria ou terciaria, de acordo com a origem, ou da produção com CRH pelo hipotalamo, ou do ACTH pela hipófise, que ai nao vai estimular e nao vai ter produção de cortisol, a gente também vai fazer terapia de reposição com a hidro-cortisona Sindrome de Cushing - Vamos tratar a doença de Cushing com os corticoites? Nao, pois Cushing é o excesso de cortisol, entao nao vou tratar, o paciente muitas vezes desenvolve a síndrome de Cushing por uso continuo ou por excesso de corticoide, entao nos nao vamos administrar corticoide para tratar esse paciente, porem o diagnostico da síndrome de cushing pode ser feito com administração de glicocorticoide - Então a dexametasona é o medicamento que pode ser utilizado para diagnostico, porque ela vai suprimir a liberação de corticoide produzido normal - Voce ta la com o paciente e voce esta em duvida se ele possui Cushing ou nao, entao para você confirmar o diagnostico, voce pode administrar dexa-metasona - Se o individuo nao tiver Cushing essa dose que é administrada vai suprimir essa ligacao, e se não tiver Cushing isso nao vai alterar - Então voce faz uma dosagem antes, uma depois e voce vai observando - Conclusão: nao se usa corticoide na síndrome de Cushing, salvo em casos que é apenas usado quando essa doença necessita ser diagnosticada RESUMO: - Quando voce administra dexa-metasona se o individuo for normal, vai suprimir a liberação do cortisol e ai voce nao vai encontrar o cortisol no sangue Tratamento de Reposição de Hiperplasia Suprarrenal congênita - Então outra indicação do corticoide, porque no fim vai alterar a produção de andrógino, essa hiperplasia, de acordo com a origem e entao podemos fazer um corticoesteroide para normalizar essas funções Alivio dos Sintomas Inflamatorios - Essa é a finalidade mais comum em que usamos os glicocorticoides Artrite Reumatoide - Ele é bastante utilizado para as doenças reumatológicas como por exemplo, artrite reumatoide, no semestre passado estudamos isso, onde vimos que os corticoides nao tratam a evolução da doença, nao modifica o curso da doença ele apenas melhora o sintomas - Entao aquele paciente com artrite reumatoide que esta em um processo de muita dor e tal, o antiinflamatório ele pode ser administrado para melhorar os sintomas da dor, mas ele nao vai aumentar ou diminuir o curso da artrite - Depois vamos ver quais medicamentos se usa principalmente Condições Inflamatorias da Pele - Usamos muito os corticoides - Então, vermelhidão, inchaço, calor e sensibilidade e pode estar presente no local da inflamação - Existem formas de apresentação entao pomada, creme que tambem podem ser utilizadas em muitas situações Controle dos Sintomas das asmas persistentes ou das crises de asma - Então os corticoides que chamamos de uso topico, como as bombinhas são bastante utilizadas - Então em geral possui um corticoide associada a broncodilatador - Desta forma o paciente melhora, e isso ocorre, porque? Disturbios nao anti-inflamatorios: Osteoartrite - Pode ser administrado intra-articular - Muitas senhorinhas sofrem com isso, e em processo que a doença esta reativada, a administração intra-ativida funciona muito bem - Hoje em dia temos moléculas grandes e voce administra intra-articularmente ela possui dificuldade para sair, entao o efeito é prolongado, e costuma dar bons resultados - E voce administra intra-articularmente para evitar o efeito sistêmico e ja vai no local - Nessas doenças os corticoides nao são ativos Tratamento de Alergias por fármacos, tranfucoes etc - Rinite Alérgica - Bumezonida por exemplo, com uso tópico - Sao os de primeira linha para as rinites, pois eles tem menos efeitos sistêmicos - Se for em um processo alérgico, em uma picada de inseto por exemplo, se teve um choque anafilático se usa epinefrina - Mas se for uma reação alérgica mais branda podemos usar um anti-hitaminico, que temos o de primeira e segunda geração - E se for uma reação alérgica mais importante, ai podemos usar os corticoides, mas precisamos tomar cuidado NOTA: - No tratamento da rinite alérgica e da asma a fluticasona e outros são aplicados topicamente, no caso dos respiratórios por inalação a partir da bombinha - Então, ele minimiza o efeito sistêmico e permite ao paciente diminuir ou eliminar o corticoide oral para efeito sistêmico - Então essas bombinhas sao otimas, pois voce consegue dosar o quanto esse paciente precisa e ele ja vai direto na região profunda dos bronquios, tem efeito ótimo Bebe Prematuro - Outra utilizacao, seria a aceleração da maturacao pulmonar, o bebe tecem-nascido prematuro ele ainda nao esta com o pulmão pronto, nao tem surfactante - Ele ainda nao tem essa função estabelecida, entao o cortisol é responsável por essa maturação - Então voce esta acompanhando a maezinha que nao vai segurar a gravidez ate o fim, ai quando voce percebe que vai precisar fazer o parte, 48 horasantes voce administra o cortisol e melhora a maturação do pulmão do bebe, para que ele nao acabe nascendo com a angustia respiratória FARMACOCINETICA Local de Acao - Ele é uma substancia lipossolúvel, nao podemos esquecer que ele é derivado do colesterol - Entao ele é MUITO lipossolúvel, tanto que ele vai agir no núcleo - Ele vai para o citoplasma e depois vaia para o núcleo Absorção - Se ele é bastante lipossoluvel sua absorção é ótima, ele bem absorvido via e oral e pode ser absorvido de diversas formas: intra-venoso, intra-muscular, intra-articular, tópico (inalacao, intranasal) e se ele é bem absorvido e voce perder a mão na dose, tem potencial de causar supressão do eixo hipotálamo-hipofise-suprarrenal - So que tudo depende da dose e do tempo de uso Distribuição - Com relação a distribuição, ele é lipossolúvel, entao ele vai passear pelo plasma ligado as proteínas as globulina carregadora de cortisol (principalmente) ou a albumina (por menor porcentagem) - Mais de 90% esta ligado as proteínas e assim ele se distribui Metabolismo: - Ja que ele é lipossolúvel, ele nao vai ser liberado facilmente pelos rins - Ele precisa de muita metabolização para que ele consiga, ficar hidrofilico e sair pelos rins, pela urina - Ele é especificadamente metabolizado pela CYP que são enzimas oxidastes lizossomais, então temos a CYP e P450 - E depois de oxidar ele se liga, se conjuga, ao acido glicurônico ou ao sulfato e ai sim ele fica hidrofílico e consegue ser eliminado via renal - Uma parte também pode ser eliminado pela bile, mas em uma porção menor PREDNISONA E PREDNISOLONA: - A prednisona é a precursora e a prednisolona é a fase ativa - Temos que lembrar que a prednisona é metabolizada em predinisolona pelo fígado NOTA: - A prednisona é preferida nas gestantes, porque ela tem menos efeito no feto, é um fármaco que nao é convertido em composto ativo no fígado fetal (que ainda nao esta pronto) - E também toda predinisolona, a que for metabolizada, pela mae, é biotransformada pelas enzimas da placenta - Então la na mae você administrou predinisona, o figado da mae transformou em predinisolona, mas quando vai passar para o feto e passa pela placenta, as enzimas da placenta reverte, e o fígado do bebe nao consegue, entao para ele nao vai trazer problema - E se der predinisolona age na mae e no bebe, por excesso, pois alguma coisa passa PRESCRICAO DO CORTICOIDE/EFEITOS ADVERSOS Paciente diabetico - Corticoide é ótimo, porem seus efeitos adversos são muitos - Então na hora de prescrever temos que pensar, se é realmente necessario, pensar na dose mínima efetiva que eu vou dar pra o paciente, vejo se posso substituir por outra droga, qual das drogas é melhor para ele - Então se meu paciente tem diabetes por exemplo, é complicado uma vez que, ele tem problema de glicemia e o corticoide pode aumentar ainda mais seus níveis glicemicos, entao temos que ir acompanhando se ele realmente fazer o uso de corticoide - Fazemos o teste todos os dias para ver como esta a glicemia do paciente e talvez temos que alterar a dose - Nao esquecer que ele aumenta a gliconeogenese, consequentemente o aumento da liberação de glicose e resistência a insulina, entao tenho que pensar nisso no meu paciente diabético Crianças: - Criança desde pequena é asmatica, aquele complicadinho alergico, que desde pequeno tem que entrar com corticoide - Preciso pensar em restrição de crescimento - Sendo que os corticites acabam influenciando nos ossos e também no hormônio de crescimento - Nos ossos, ele ativa osteoclastos e inibem osteoblastos, alem disso altera a absorção de cálcio, promovendo osteoporose, nesse caso eu posso repor o cálcio e dar vitamina D - Preciso testar a dosagem Glicocorticoide x Mineralocorticoide: - Também temos que dosar isso, e comparar os dois - Como falamos no começo dessa aula - Se for um uso abuso (edema cerebral - meningite) eu vou usar um bastante potente, usando o dexametasona, e sua retenção de sódio também é tranquila, porque ele tem pouco efeito de mineralocorticoide - Mesmo que for uma predinisona, o uso agudo em uma dose alta, nao acontece nada, o eixo so vai ser alterado quando ha um período prolongado com uma dose maior PULSOTERAPIA: - Sao doses bem altas, mas voce faz em período curto - Voce acaba entao que nao tem supressão do eixo - As vezes é dificil, em um lúpus, uma crise, as vezes precisa, nao tem o que fazer, mas que tem realmente supressão do eixo e todos os maiores sintomas, seria o uso prolongado, porque ? - O controle do cortisol acontece por feedback no corpo normal, entao se eu estou administrando o Feedback ja diz que tem muito corticoide, e a gradual vai ser estimulada a produzir e se ela fica muito tempo sem ser estimulada a produzir ela acaba atrofiando - Esse que é o problema O MEDICAMENTO: DOSAGEM: - Temos que considerar a atividade do glicorticoide - A duração de ação se é curta, intermediaria ou longa - O tipo de preparação ADMINITRACAO: - Deve ser administrada de manha, porque é o momento do pico de liberacao, entao para se aproximar a fisiologia - Quando sao necesarias grandes doses, por mais de 2 semanas, pode ocorrer supressão do eixo, esse tempo dose/dependente é importante - Se eu administrar em dias alternados pode previnir essa supressão do eixo - Se for possível eu posso administrar em duas alternados EFEITO ADVERSO: - O efeito de todos os glicocorticoides todos ocorrem a longo prazo - O máximo que ele vai ter seria náuseas, vômitos, esses eventos de sempre - Sao decorrentes dos tratamentos de longa duração e em geral, sao osteodependetes - Distribuição centripeta da gordura: parece que as celulas adiposas sao diferentes e expressam determinado enzimas, entao vai acabar se concentrando em alguns lugares e vai diminuir nas extremidades - Osteoporose - Aumenta o risco de infecções - Aumento do risco de diabetes - O glicocorticoide produz sintomas que sao parecidos com a síndrome metabólica que seria a resistência a insulina, aumento da glicemia, aumento da gleiconeogenese, aumento da lipolise - Aumento do apetite que faz ganhar peso - Hipertensao, hipopotassemia esta relacionado ao efeito mineralocorticoide (que é aldosterona – a substancia que é formada, age no tubulo contorcido distal, que vai estimular a retenção de sódio e agua em troca eliminação de potassio), edema periférico - Então se o paciente tiver uma insuficiência cardíaca nao da para dar glicocorticoide - Estrias - Cicatrizacao prejudicada - quebra colageno, fibrina DESMAME DO MEDICAMENTO: - Pensando em tudo isso a retirada do medicamento nao pode ser subida, porque daria essa insuficiência suprarrenal aguda que pode inclusive ser fatal - Então temos que reduzir lentamente, de acordo com a tolerância individual - Tem protocolos para fazer essa retirada, e vai depender do quanto esse paciente esta tomando, para que voce possa ir diminuindo a dose e deixa a dose menor por alguns dias - Então vamos supor estava tomando 30 mg, passa 20 deixa 15 dias, depois passa pra 15, deixa mais dias, passa pra 10, deixa por mais dias, passa pra 5 e depois 2,5 ate voce conseguir tirar totalmente. - Quando estivermos na UBS, temos que lembrar também que as pessoas elas fazem automedicação, entao temos que ficar atento a esses sinais, porque podemos pegar um paciente com Cushing ou tendendo a isso - Temos que estão orientar a retirada SINDROME DE CUSHING - As bochechas ficam vermelhas, a face fica em forma de lua, o abdômen em pendulo, extremidade finas (bracos e pernas) isso ocorre por conta da proteolise para a gliconeogense (ha uma quebra de proteína para produção de glicose) EXEMPLOS/RESUMO: CORTICOIDES SISTEMICOS: PREDINISONA: Dose anti-inflamatoria: 0,5 mg/kg/dia - entao se eu peso 70 kg, vou tomar 35 mg Usamos uma tabela de referencia, em que 5 mg de predinisona equivalem a 4 mg de metilpredinisolona Antigamente os médicos tinham uma tabelinha, agora temos app com calculadora - Então temos que administrar de preferenciaem dose única no período da manha, diminuir ingesta de sal, alimentos gordurosos - Se for criança avaliar curva de crescimento - Pensar que anti-ácidos e tratamento de ulceras concomitantes vai diminuir a absorção mas vai proteger tambem, porque ele tende a piorar esse processo - Se eu associar um AINE com corticoide ai entao que a chance de desenvolver ulcera é maior - Se o paciente tem estrogiloidiase, o corticoide faz com que o bixo de multiplique mais entoar içar atento - Temos que verificar a glicemia, pressão arterial e se possível ate a pessoa intra-ocular (glaucoma) CORTICOIDES TOPICOS: - Usamos para muitas coisas - Dermatose - Acao rapida - Pomada que sara tudo OBS: - A professora esqueceu de falar que aqueles que tem flúor na molécula eles sao os mais potentes, entao tem vario que tem flúor na molecula, dexa-metasona, fluorticasona, mas também mais efeito colateral: atrofia cutanea, purpuras, estrias etc - Facilita acoes anti-fungicas, nao é atoa que quadriderme tem acao anti-fúngica, mas hoje em dia precisa de prescrição medica, entao esta com menos problema hoje em dia RESUMO DA PROFESSORA – BLACKBOARD Usos terapêuticos 1) Tratamento de reposição para a insuficiência suprarrenal primária (doença de Addison) - A hidrocortisona, que é idêntica ao cortisol natural, é administrada para corrigir a deficiência. 2) Tratamento de reposição para a insuficiência suprarrenal secundária ou terciária: defeito na produção de CRH pelo hipotálamo ou na produção de ACTH pela hipófise. 3) Diagnóstico da síndrome de Cushing: dexametasona suprime a liberação de cortisol em indivíduos normais, mas não naqueles com síndrome de Cushing. O tratamento crônico com doses altas de glicocorticoide é uma causa iatrogênica frequente da síndrome de Cushing. 4) Tratamento de reposição para a hiperplasia suprarrenal congênita (HAC): A HAC é um grupo de doenças resultante de um defeito enzimático na síntese de um ou mais hormônios esteroides. A HAC pode levar à virilização de mulheres devida à superprodução de androgênios suprarrenais. O tratamento da HAC exige a administração de corticosteróides suficientes para normalizar os níveis hormonais, suprimindo a liberação de CRH e ACTH. Isso diminui a produção de androgênios suprarrenais. A escolha do hormônio de substituição depende do defeito enzimático específico. 5) Alívio dos sintomas inflamatórios: Os corticosteroides diminuem significativamente as manifestações da inflamação associadas com: • artrite reumatoide • condições inflamatórias da pele vermelhidão, inchaço, calor e sensibilidade que podem estar presentes no local da inflamação. • controle os sintomas de asma persistente, bem como para tratar exacerbações asmáticas • doença intestinal inflamatória ativa. Em distúrbios não inflamatórios como a osteoartrite, pode ser usado corticosteroide intra-arti- cular para combater o flare da doença. • Nessas doenças, os corticosteroides não são curativos. 6) Tratamento de alergias: • rinite alérgica • reações alérgicas por fármacos, soro e transfusões. Nota: no tratamento da rinite alérgica e da asma, a fluticasona e outros são aplicados topicamente no trato respiratório por inalação a partir de um dispensador de doses mensuradas. Isso minimiza os efeitos sistêmicos e permite ao paciente diminuir ou eliminar o uso de corticosteroides orais. 7) Aceleração da maturação pulmonar: A síndrome da angústia respiratória é um problema em recém-nascidos prematuros. O cortisol fetal é um regulador da maturação pulmonar regime de betametasona ou dexametasona administrado via IM à mãe, 48 horas antes de realizar o parto prematuro, pode acelerar a maturação pulmonar do feto. Farmacocinética 1) Absorção: Bem absorvido VO. Também pode ser adm. IV, IM, Intra-articular (p. ex., em articulações artríticas), topicamente, por inalação ou aplicação intranasal. Todos os GC tópicos ou inalados são absorvidos em alguma extensão têm potencial de causar supressão do eixo hipotálamo-hipófise-suprarrenal (HHS) 2) Distribuição: Mais de 90% se liga às proteínas plasmáticas, a maior parte à globulina ligadora de corticosteroide ou à albumina 3) Metabolismo: enzimas oxidantes microssomais hepáticas. 4) Excreção Os metabólitos são conjugados com ácido glicurônico ou sulfato, e os produtos são excretados pelos rins. Nota: A prednisona é preferida nas gestantes porque tem menos efeitos no feto. Ela é um pró-fármaco que não é convertido ao composto ativo, prednisolona, no fígado fetal. Toda a prednisolona formada na mãe é biotransformada à prednisona pelas enzimas da placenta. Dosagem: Considerar: • atividade glicocorticoide versus a mineralocorticoide, • duração de ação, • tipo de preparação • hora do dia em que o fármaco é administrado. Quando são necessárias grandes doses do hormônio por mais de 2 semanas, ocorre supressão do eixo HHS. A administração em dias alternados pode prevenir supressão do eixo HHS. • permitir que o eixo HHS se recupere e funcione nos dias em que o hormônio não é tomado. Efeitos adversos: tratamento de longa duração - em geral são dose-dependentes. Osteoporose -> é o mais comum, devido GC suprimir a absorção intestinal de Ca2+, inibir a formação do osso e diminuir a síntese de hormônios sexuais. Orientar a tomar suplementos de cálcio e vitamina D/ bisfosfonatos. Retirada A retirada (ou descontinuação) súbita destes fármacos pode ser um grave problema se o paciente tem supressão do eixo HHS insuficiência suprarrenal aguda, que pode ser fatal. • reduzir lentamente de acordo com a tolerância individual. O paciente deve ser cuidadosamente monitorado. CORTICOSTERÓIDES Sistêmicos Dose: são extremamente variáveis, mas em geral utiliza-se como base: • Prednisona 0,5mg/kg/dia que é a dose antiinflamatória; ou • 1-2mg/kg/dia, que é a dose imunossupressora. É utilizada uma tabela de equivalência em que 5mg de Prednisona ou Prednisolona equivale a: • 4mg de triancinolona e ou metiprednisolona; • 0,6mg de betametasona • 0,75mg de dexametasona. Apresentações: • Prednisona: comprimidos de 5 e 20mg.- • Prednisolona: comprimidos de 5 e 20mg e solução oral de 5mg de prednisolona em cada 5ml. Observações: administrar de preferência em dose única no período da manhã. Diminuir a ingesta de sal e alimentos gordurosos. Avaliar a curva de crescimento. Antiácidos e tratamento de úlceras concomitante. Verificar pré tratamento: TB pulmonar, estrongiloidíase, glicemia e triglicerídeos, pressão arterial e, se possível, pressão intraocular. Tópicos São efetivos em ampla gama de dermatoses, tem ação rápida, são bem tolerados, pouco sensibilizantes, e provocam poucos efeitos colaterais sistêmicos quando utilizados corretamente. São classificados pelo nível de potência antinflamatória, sendo os fluorados os mais potentes e também os que têm mais efeitos colaterais, dentre eles: •atrofia cutânea epidérmica e dérmica; •teleangectasias; •púrpuras e equimoses; •estrias, •erupções acneiformes e hipertricose; •facilitam infecções fúngicas, bacterianas e virais. O uso prolongado e aplicações em grandes áreas, principalmente em crianças, pode ter absorção sistêmica, levando a supressão do eixo hipotálamo-hipófisesuprarenal, retardo no crescimento e manifestações cushingóides. O uso de corticosteróides tópicos em dermatoses crônicas, por tempo prolongado pode apresentar o fenômeno da “taquifilaxia” em que há uma diminuição da ação terapêutica com o passar do tempo. Os efeitos adversos locais têm início mais rápido nas áreas de pele fina como: face, dobras cutâneas e regiões genitais. Nas dermatites agudas e subagudas, preferir o uso de cremes; e nas crônicas, pomadas ou unguentos. Indicações do uso de Corticosteróides sistêmicos em Dermatologia: Pénfigo vulgar; Pénfigo foliáceo; Penfigóide bolhoso; Penfigóide cicatricial; Herpes gestacional; Epidermólise bolhosa adquirida; Síndrome Stevens Johnson; Necrólise epidérmica tóxica; Eritema multiforme minor;Lúpus eritematoso sistêmico; Dermatomiosite; Vasculites; Pioderma gangrenoso; Dermatite de contato; Dermatite atópica; Eritrodermia esfoliativa; Urticária severa; Sarcoidose; Líquen plano. 4a E 5a AULA – TIREOIDE FISIOLOGIA DA TIREOIDE ABSORCAO: - Ingerimos no alimento iodo, porem para que possamos absorver esse iodo ele precisa ser convertido em sua forma de iodeto - Esse iodo entao precisa ser reduzido a iodeto, se ele nao for reduzido em iodeto no intestino delgado a célula nao consegue absorver - O iodeto vai ser absorvido e vai para o sangue circulante, esse processo é conhecido como a “captacao do iodo” - Chegando no sangue ele pode caminhar para dois locais: Primeiro: pode ser excretada pelos rins - eliminada via renal (maior parte) Segundo: menor parte caminha para as celulas foliculares da tireoide PROCESSO DE CAPTACAO DO IODO E FORMACAO DE T3 e T4 Entrada do iodeto na célula folicular: - O iodeto vai estar fora da célula, e na membrana basal desta vamos encontrar o transportador de iodo que vai funcionar como um simporte, colocando 2 sódios e 1 iodeto para dentro da célula - Porem esse receptor para colocar tanto o sódio quanto o iodeto para dentro da célula necessita de energia para que todo esse processo ocorra com sucesso, assim existe uma bomba de sódio e potássio nessa mesma membrana basal que fornece a energia necessária para que o processo ocorra - Depois disso vai ocorrer o processo de oxidação, sendo que a tireoperoxidase vai oxidar o iodeto em iodo - Precisamos voltar com o iodo propriamente dito para que consigamos formar os hormônios, o processo de oxidação - Depois disso vai acontecer o processo de organificacao, esse é o processo que marca a ligação do iodo com tirosina, esta tirosina foi formada dentro da célula pela tereoglubulina - A célula folicular ao mesmo tempo em que ela faz captação e oxidação de iodeto em iodo ela esta produzindo tireoglobulina que é formada por tirosina - Tereoglobulina é produzida pela propria celula folicular e ela se liga ao iodo no processo de organificacao e os dois juntos saem para o coloide - Enquando ocorre o processo de organificação, temos a formação de di-iodotirosina ou mono-iodotirosina - Vai começar a formar esses complexos ou di-iodotirosina ou mono-iodotirosina - Então começamos na membrana da célula folicular no processo de entrada do iodeto nessa celula - Dentro dessa celula aconteceu oxidacao, formação de tireoglobulina - Saindo dessa celula e indo em direção ao foliculo vai acontecer o processo de organificacao, formamos MIT (contem 1 iodo) e DIT (contem 2 iodos) e isso tudo vai para o coloide - Essas moléculas de MIT e de DIT elas vao se reorganizar, sendo que elas passam a se unir entre elas - Se tivermos uma uniao de um MIT+DIT temos formacao de T3 e se unirmos DIT+DIT temos formação de T4 - Sendo que temos uma formação maior de T4 - A tireoperoxidase vai ser crucial para o processo de oxidação (transofrmacao de iodeto em iodo), ela vai participar do processo de organificacao, entao ela é crucial para esse processo de sintese e para formação de T3 e T4 - No coloide temos armazenamento desses hormônios, sendo que estes ficam armazenas de 2 a 3 meses em media LIBERACAO DO T3 E T4 PARA O SANGUE PERIFERICO: - As celulas foliculares emitem pseudopodes, englobando uma parte de coloide contendo t3, t4, mit, dit - Essa englobacao se deve a ligação do pseudópode a megalina para permitir a entrada dessa porção do coloide para dentro da celula - A megalina é uma enzima que vai fazer a entrada do complexo mit-dit-t3-t4 (porcao do coloide) dentro da vesícula recém formada pelo pesudopode, para que o lisossomo consiga fazer a degradação e liberação de t3 e t4 - Nesse momento temos os lisossomos e as proteases que vao se unir com a bolsinha formada pelos pseudopodes, que vao degradar o que esta nesse coloide liberando apenas o T3 e o T4 - Esse T3 e T4 vao para a base da celula novamente, para se difundir com os capilares sangüíneos - O MIT e DIT que nao formaram t3 e t4 eles vao ser reutilizados, entao temos a reciclagem da tirosina e desse iodo, sendo que quem vai fazer esse processo da reutilização é uma enzima que é chamada de deiodinase - Existem 3 tipos de deiodinase: 1. Vai atuar nesse processo de reciclagem do iodo e da tirosina (MIT/DIT) 2. Ela também vai acelerar esse processo de organificacao 3. Quando o T3 e o T4 estão na circulação periférica, vamos ter maior quantidade T4; o T4 ele é uma substancia inativa, sendo que quem vai possuir a acao fisiológica é o T3 - sendo que os tecidos periféricos que fazem essa conversao T4 -> T3, com a acao de uma enzima que por acaso é a deiodinase - Entao a deiodinase possui 3 tipos e age nesses 3 momentos que são importantes: acelera o processo de organificacao, participa do processo de reciclagem de MIT e DIT e, por fim, converte nos tecidos periféricos T4 em T3 - Quando esses hormônios vao para a circulação eles vao acabar se ligando as proteínas transportadoras (94% desses hormônios) sendo que a principal proteína é a “globulina ligadora de tiroxina”, a albumina também pode transportar, porem em menor proporção EIXO: - Hipotalamo vai liberar TRH que vai agir na adeno-hipofise para que seja liberado TSH - O TSH vai agir na tireoide, ao se ligar no receptores de TSH presentes na membrana da celulas foliculares - Esse TSH vai estimular todo esse processo: captação de mais iodeto, acelera processo de organificacao, producao maior de tireoglobulina, liberação de mais hormônio para o sangue periférico - O T4 faz feedback negativo para que possamos ter o controle do eixo PS: Este receptor de TSH na membrana das celulas foliculares, é um receptor ligado a proteína G, que vai ativar a adenilatociclase, aumentando a quantidade de AMPc dentro da celula fazendo todas as funções ditas a cima AVALIAÇÃO LABORATORIAL DO PERFIL TIREOIDIANO: Podemos solicitar de hormonio: - TSH - T4 livre - T3 livre - T3 e T4 total - Sendo que o mais seguro é pedir para dosar o T4 livre, porque voce dosa aquele que possui acao fisiológica, entao quando a gente fala de t4 livre a gente esta falando do hormônio que de fato vai ser convertido em t3 e vai ter acao fisiológica - Quando a gente fala da dosagem de T4 ou T3 total a gente dosa tanto o que esta livre, quanto o que esta ligado as proteínas transportadoras. Essas proteínas transportadoras elas podem ser produzidas em maior ou menor quantidade, tem uma serie de fatores hormanais em situações fisiológicas que podem levar a alteração dessas proteinas transportadoras - Então a dosagem desses hormônios total nao é tao digna quando a dosagem de T3 livre - Algumas vezes temos T4 total a baixo do valor de referencia e T4 livre normal, sendo que o T4 total baixo nao significa que o paciente esteja com hipotireoidismo, nesse caso temos que pensar nas proteínas transportadoras de autoanticorpo podemos solicitar: Quando se pensa em Graves ou Hashimoto - esses são os que mais se usa na rotina clinica, esses para avaliação de função tireoidianas - Antitireoglobulina - Anti-TPO (anti-tireoperoxidase) - Trab (anticorpo-anti-receptor de TSH) - Esses exames vao ser solicitados para diagnostico e para acompanhamento do paciente durante o tratamento DOENCA DE GRAVES: Resultado do auto-anticorpo - O principal auto-anticorpo é o Trab - Sendo que quando falamos do Trab podemos encontrar nas referencias o Trab como TSI ou Trab-bloqueador - Quando a gente fala de Graves a gente esta falando do Trab ou do TSI - Sendo que o TSI seria o subtipo de Trab - Nos livros voce pode encontrar so Trab, ou como TSI ou como Trab-bloqueador • Trab - O que temos que ter em mente é que no paciente com graves, esse auto-anticorpo vai estimular os receptores de TSH - Ele se liga nos receptores de TSH nas celulas foliculares estimulando esses receptores e todo o processo de formação e liberação do hormônio - Podemos usar no nome Trab e explicar que no caso de Graves estamos falando do Trab que é estimulante
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