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Áscaris lumbricoides: ciclo de vida, transmissão e tratamento

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CASO 1: Ascaris lumbricoides
ETIOLOGIA
Os helmintos são divididos em:
- nematelmintos (cilíndricos) 
- platelmintos (achatados). 
Os nematelmintos, também chamados de geo-helmintos, por terem seu ciclo de vida e sua contagiosidade pelo solo e ambiente, são: 
- Ascaris lumbricoides, 
- Enterobius vermicularis, 
- Trichuris trichiura, 
- Necator americanus, 
- Ancylostoma duodenale 
- Strongyloides stercoralis. 
Os platelmintos – também chamados bio-helmintos, pelo ciclo de vida e contagiosidade pelos animais – são os cestódeos, como:
- Taenia solium (hospedeiro intermediário é o porco),
- Taenia saginata (hospedeiro intermediário é o boi),
- Hymenolepis nana (hospedeiro intermediário são artrópodes),
- Diphylobothrium latum (hospedeiro intermediário são os peixes);
- trematódeos, como Schistosoma mansoni (hospedeiro intermediário é o caramujo).
O ciclo de vida dos agentes HELMINTOS são: ovo → larva → adulto.
O ciclo de vida dos agentes PROTOZOÁRIOS são: cistos → oocistos → trofozoítos
Porém, isso é variável de acordo com cada parasita, bem como a localização no TGI e também a sua forma de contágio.
DIAGNÓSTICO DO CASO: Áscaris lumbricoides
CICLO DE VIDA DO ÁSCARIS:
O ciclo é FECAL-ORAL. 
inicia-se com a ingestão dos ovos através de água e alimentos contaminados 
↓
a ovo é deglutido passa pelo estômago e cai no intestino
↓
e no intestino a larva é liberada
↓
a larva penetra a parede intestinal
↓ 
vão para a circulação sanguínea
↓
chegam ao capilares,
↓
vão para os vasos linfáticos
↓
até chegarem no pulmão, fígado
↓
é nos pulmões que ela sofre uma muda, para se tornarem vermes “jovens”
↓
esses vermes migram para a faringe
↓ 
e acabam sendo deglutidas de novo pelo hospedeiro
↓
Nos quais atingem novamente o duodeno, no qual se transformam em vermes adultos
↓
Após se tornarem adultos, a fêmea começam a copular e a depositar os ovos no intestino
↓
No qual esses ovo são eliminados através das fezes, contaminando o ambiente
Durante a migração das larvas: 
– Fígado: 
• Focos hemorrágicos 
• Necrose 
• Reação inflamatória 
• Aumento do volume hepático 
– Pulmão: 
• Quadro pneumônico 
• Edemaciação alveolar com infiltrado eosinofílico 
• Manifestações alérgicas 
• Febre 
• Tosse produtiva e catarro sanguinolento
TRANSMISSÃO: água e alimentos contaminados.
QUADRO CLÍNICO
• 3 a 4 vermes: sem manifestação clínica 
• Mais de 30 vermes: 
– Desconforto abdominal
– Diarreia 
– Náusea 
– Perda de apetite e emagrecimento (anorexia) 
– Baixo desenvolvimento físico e mental 
– Sensação de coceira no nariz 
– Irritabilidade 
– Sono intranquilo e ranger de dentes. 
– Enovelamento de vermes
Pode também ocorrer:
• Síndrome de Loeffler (migração errática para via respiratória) na necatoríase, ascaridíase, estrongiloidíase e ancilostomíase
A síndrome de Löffler, é uma forma da doença pulmonar eosinofílica, caracteriza-se por sintomas respiratórios leves ou pela ausência destes (mais frequentemente, tosse seca), opacidades pulmonares migratórias e efêmeras e eosinofilia sanguínea periférica. O diagnóstico da síndrome de Löffler baseia-se em sintomas respiratórios característicos e frequentemente transitórios, achados radiológicos de tórax e eosinofilia no sangue periférico.
• infestação com tendência à suboclusão e até obstrução intestinal na ascaridíase.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico das parasitoses, além do aspecto clínico, pode ser complementado pelo laboratorial. Existem vários métodos coproparasitológicos utilizados pelos laboratórios. O método de exame direto das fezes a fresco pode determinar qualquer parasitose, mas com baixos níveis de sensibilidade.
Dentre os exames inespecíficos, eosinofilia é um achado comum em helmintíases.
A radiografia é um método auxiliar para suboclusão por áscaris e também na síndrome de Loeffler (pneumonite eosinofílica). A ecografia abdominal pode auxiliar em migração errática de áscaris para colédoco.
• Métodos parasitológicos: encontro de ovos nas fezes: 
– Qualitativos: Exame direto e sedimentação espontânea 
– Quantitativos: Stoll e Kato-Katz. 
• Pesquisa de larva no escarro. 
• Exame de imagem. 
TRATAMENTO
• Albendazol 
– 400 mg por 3 dias
– Bloqueia a absorção de glicose pelo parasito 
• Mebendazol
 – 100mg 2 vx /dia durante 3 dias
 – Anti-helmíntico de largo espectro 
– Bloqueia a captação de glicose e altera funções digestivas, gerando processo autolítico 
• Pirantel 
– Produz paralisia espástica do helminto
– Dose única 10 mg/kg
• Piperazina 
– Promove paralisia flácida do helminto seguida de expulsão passiva 
– Medicamento de escolha no caso de obstrução intestinal 
– Dose única de 4g – 50 a 75 mg/Kg (ou máximo de 3g para crianças) de 2 a 5 dias.
VERMES QUE POSSUEM CICLO PULMONAR: SANT
Strongiloide stercoralis
Ascaris lumbricoides
Necator americanus
Toxocaríase

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