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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE CAMPUS FLORESTA CENTRO MULTIDISCIPLIANAR SEMIOLOGIA E SEMIÓTICA EM ENFERMAGEM CATHERINE DE SOUZA FARIAS ESTUDO DIRIGIDO Relatório apresentado aos docentes Charlene Maria Ferreira de Lima e Vivian Victoria Vivanco Valenzuela como forma de obtenção de nota parcial na disciplina de Semiologia e Semiótica em Enfermagem. CRUZEIRO DO SUL – AC OUT/2019 UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE CAMPUS FLORESTA CENTRO MULTIDISCIPLIANAR SEMIOLOGIA E SEMIÓTICA EM ENFERMAGEM ESTUDO DIRIGIDO: EXAME FÍSICO DO APARELHO CIRCULATÓRIO 1. Levando em consideração a importância do sistema de DOR no exame físico desse aparelho, como e o que deve ser avaliado? Importante caracterizar: O tipo (em aperto, em pontada, facada, latejante, surda); A localização (valorização da queixa precordial); A intensidade (escala de 0 a 10); A irradiação (pescoço, braço esquerdo, região epigástrica, costas); A duração (início e término, se é contínua ou intermitente), Os fatores relacionados ao desencadeamento ou à piora (pequenos, médios e grandes esforços ou emoções), além da associação com náuseas, vômitos, sudorese, palpitação, tontura, pré-síncope ou síncope. 2. Para todos os sistemas temos o exame físico geral e o específico. Quais pontos abordados em cada um deles no aparelho circulatório? Exame geral: pressão arterial; pulso e frequência cardíaca; dispneia; nível de consciência; pele, mucosas; dados antropométricos; edema; ascite; ingurgitamento de jugular. Exame específico: são utilizados três passos propedêuticos: a inspeção, a palpação e a ausculta. 3. O que é o Índice Tornozelo Braquial? Qual sua importância? Quais as patologias podem ser detectadas através dele? O Índice Tornozelo Braquial (ITB) é a razão entre a pressão arterial sistólica do tornozelo e do braço, sendo um método simples, não invasivo, de grande confiabilidade e de baixo custo. A sua importância é que pode ser usado com um indicador de Doença Arterial periférica. As patologias que podem ser detectadas são: o risco cardiovascular e de doença arterial obstrutiva periférica. UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE CAMPUS FLORESTA CENTRO MULTIDISCIPLIANAR SEMIOLOGIA E SEMIÓTICA EM ENFERMAGEM 4. Quais os locais para aferição de pulso no corpo humano? Carotídeo; Braquial; Radial; Femoral; Pedioso; Tibial posterior. 5. Explique a pertinência da avaliação do PULSO ARTERIAL, FREQUÊNCIA CARDÍACA, TEMPERATURA e RESPIRAÇÃO para este sistema. Pulso arterial: as artérias carótidas ficam mais próximas ao coração e refletem um pulso mais fidedigno da função cardíaca. O pulso radial é um dos mais avaliados. Deve-se anotar o número de batimentos por minuto, além de características como intensidade (cheio ou filiforme), ritmicidade (regular ou irregular) e tipo. Frequência cardíaca: pode ser verificada por meio da ausculta do pulso apical ou da visualização por cardioscópio (em pacientes monitorados). Convém observar se existe diferença em relação à medida de pulso radial, devido a arritmias. Temperatura: é um dado importante em pacientes submetidos a procedimentos invasivos ou cirurgia, bem como naqueles com história de endocardite. Respiração: é um dado importante para a avaliação do sistema cardiovascular, pois as alterações no funcionamento do ventrículo esquerdo resultam em sobrecarga na circulação pulmonar, com consequente alteração da função respiratória (dispneia), em virtude do edema pulmonar resultante. 6. Com relação à respiração, podemos identificar 4 tipos de dispneia, quais são elas? Diferencie. São elas: dispneia de esforço; dispneia de decúbito (ortopneia); dispneia paroxística noturna e dispneia periódica ou de Cheyne-Stokes. Dispneia de esforço: aparece quando o paciente executa esforço físico, sendo mais comum na insuficiência ventricular esquerda e pode ser classificada em grandes (exercícios físicos...); médios (andar em locais planos- caminhada...); e pequenos esforços (comer, tomar banho, trocar de roupa...). UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE CAMPUS FLORESTA CENTRO MULTIDISCIPLIANAR SEMIOLOGIA E SEMIÓTICA EM ENFERMAGEM Dispneia de decúbito: surge quando o paciente se deita devido a congestão pulmonar causada pelo retorno venoso aumentado, oriundo dos membros inferiores e do leito esplâncnico. Dispneia paroxística: ocorre à noite. O paciente acorda com dispneia intensa e súbita ou repentina, sensação de sufocação, opressão no peito, tosse seca, pele fria e pálida, sudorese, taquicardia e tórax expandido. Essa condição pode evoluir para edema agudo pulmonar. Dispneia periódica ou de Cheyne- Stokes: corresponde a períodos de respiração lenta e superficial que gradualmente vai se tornando rápida e profunda, alternando períodos de apneia. 7. Por que a avaliação do tipo morfológico, nível de consciência, pele, mucosa e anexa é importante? Tipo morfológico: é importante para a avaliação da natureza e da gravidade de cardiopatias, pois problemas cardíacos importantes costumam ser encontrados em portadores como: Marfan, Turner, Down e Pickwick, além de doenças como esclerodermia e doença da tireóide. Nível de consciência: uma das primeiras manifestações para diminuição do débito cardíaco em virtude do hipofluxo cerebral. O nivél de consciência é um dos dados da avaliação neurológica, juntamente com o exame físico pupilar e de movimentos oculares e as respostas motoras. Pele, mucosas e anexos: as características da pele, segundo sua coloração, turgescência, umidade temperatura e textura. Características das mucosas, segundo a coloração e a hidratação, são fundamentais para a avaliação cardiovascular. Por meio delas, é possível detectar alterações hemodinâmicas e hidroeletrolíticas. 8. O que é Estase Jugular? Como avalia-la? Estase Jugular é o ingurgitamento das veias do pescoço. Deve ser examinado com o paciente em decúbito de 45º. A avaliação é feita com base em uma escala em cruzes (de + a ++++), que, embora não seja UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE CAMPUS FLORESTA CENTRO MULTIDISCIPLIANAR SEMIOLOGIA E SEMIÓTICA EM ENFERMAGEM extremamente precisa, por depender de uma avaliação subjetiva do observador, ainda é o método mais difundido em nosso meio. 9. Qual a importância do edema e da perfusão periférica nessa avaliação? Edema: a verificação de edemas, principalmente nos membros inferiores, fornece uma indicação de insuficiência ventricular direita (IVD). A IVD eleva o aumento de líquido, elevando a pressão hidrostática vascular e causando edema dos membros. Membros: a avaliação da perfusão periférica e da coloração das extremidades fornece indícios para a avaliação da função ventricular esquerda e do débito cardíaco. 10. Quais as especificidades da inspeção, palpação e ausculta nesse aparelho? Inspeção: inclui avaliação: Tipo morfológico: o aspecto físico é importante para a avaliação da natureza da gravidade de cardiopatias, pois problemas cardíacos importantes costumam ser encontrados em portadores de síndromes como Marfan, Turner, Down e Pickwick, além de doenças como esclerodermia e doença da tireoide. Nível de consciência: a primeiras manifestações da diminuição do débito cardíaco é a alteração de consciência, em virtude o hipofluxo cerebral. Condições da pele e mucosas: características da pele segundo sua coloração, turgência, umidade, temperatura e texura. Padrão respiratório, da perfusão periférica e da presença de estase jugular e de edemas. Ictus cordis: que corresponde ao ponto mais externo do movimento do coração e que resulta do impacto da ponta do coração a cada sístole ventricular. Palpação: A palpação do precórdio pode ser feita juntamente com a inspeção, afim de determinar a presença de pulsações normais e anormais. Quando ictus cordis não pode ser visualizado na inspeção, é possível localizá-lo por meio dapalpação. Ele deve ser procurado no quinto espaço intercostal e pode ser UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE CAMPUS FLORESTA CENTRO MULTIDISCIPLIANAR SEMIOLOGIA E SEMIÓTICA EM ENFERMAGEM medido por meio das polpas digitais que localizam o choque de ponta. Na palpação do precódio pode ser verificada, ainda, a presença de frêmitos. Ausculta: A ausculta oferece informações valiosas acerca dos sons cardíacos, que são chamados de bulhas cardíacas, do enchimento ventricular e do fluxo sanguíneo pelas valvas cardíacas. A ausculta cardíaca é realizada em pontos do tórax nos quais é captado o ruído das valvas. Essas áreas são chamadas de foco mitral, foco tricúspide e foco pulmonar. 11. Como podemos verificar o ictus cordis? É verificado através da inspeção devido o impacto da ponta do coração a cada sístole ventricular. No entanto, trata-se de um dado mais facilmente verificado mediante a palpação, onde é encontrado no quinto espaço intercostal e pode ser medido por meio das polpas digitais. 12. Qual a localização dos focos de ausculta cardíaca? Foco mitral: está localizado no cruzamento do quinto espaço intercostal esquerdo com a linha hemiclavicular; Foco tricúspide: localizado na base do apêndice xifoide; Foco aórtico: localizado no segundo espaço intercostal à direita, junto ao esterno; Foco pulmonar: localizado no segundo espaço intercostal à esquerda, junto ao esterno. 13. O que representa B1 e B2? A primeira bulha cardíaca (B1) está ligada ao fechamento abrupto das valvas mitral e tricúspide (valvas atrioventriculares), o que causa certa turbulência do sangue e vibração de estruturas dentro do ventrículos. Essa vibração é transmitida pela parede torácica na forma de uma bulha cardíaca. Ela marca o início da sístole (contração ventricular). Foneticamente, a B1 é considerada como “tum”. A segunda bulha cardíaca (B2) guarda uma relação com o fechamento das valvas pulmonares e aórtica (semilunares). Ela marca o final da sístole e o UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE CAMPUS FLORESTA CENTRO MULTIDISCIPLIANAR SEMIOLOGIA E SEMIÓTICA EM ENFERMAGEM início da diátole (enchimento ventricular). Foneticamente, a B2 corresponde ao “tá”. 14. Defina Sopro Cardíaco. Sopro é o nome do ruído produzido pela passagem do sangue pelas estruturas do coração. Ele pode ser do tipo funcional (inocente), comum em até 50% das crianças saudáveis, ou patológico, associado a defeitos no coração, endocardite ou sequelas de infarto. Ocorre quando uma válvula cardíaca tem a passagem reduzida (estenose), obrigando o sangue a passar por um orifício menor do que deveria. Um sopro por si só não é uma doença, mas indica problema com a saúde do coração. UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE CAMPUS FLORESTA CENTRO MULTIDISCIPLIANAR SEMIOLOGIA E SEMIÓTICA EM ENFERMAGEM ESTUDO DIRIGIDO: EXAME FÍSICO DO APARELHO RESPIRATÓRIO 1. Quais estruturas anatômicas compõem vias aéreas superiores e inferiores? Vias superiores: fossas nasais, nasofaringe, orofaringe, laringofaringe e laringe. Vias inferiores: traqueia, brônquios e alvéolos. 2. O que é dispneia? Como avaliar? Quais os tipos? (cite exemplos). Dispneia é a dificuldade respiratória. O sinal objetivo da dispneia é a utilização da musculatura acessória (esternocleidomastóideos, escalenos e trapézio), a retração das fossas supraesternal (fúrcula) e supraclavicular e o batimento das asas do nariz. São identificados quatro tipos de dispneia: Dispneia de esforço: Quando o paciente executa esforços físicos, sendo mais comum insuficiência ventricular esquerda. De acordo com o tipo de exercício pode ser classificada em pequeno, médio e grandes esforços. Exemplo: subir escadas, rampas, andar depressa, comer, tomar banho, pentear os cabelos. Dispneia de decúbito: surge quando o paciente se deita, devido à congestão pulmonar causada peo retorno venoso aumentado. Exemplo: quando o paciente vai dormir, necessita de um ou mais travesseiros para descansar em uma posição sentada. Dispneia paroxística: noturna: ocorre à noite. O paciente acorda com dispneia intensa, sensação de sufocação, opressão no peito, tosse seca, pele fria e pálida, sudorese, taquicardia e tórax expandido. Exemplo: pode haver broncoespasmos, com aparecimento de sibilos e evolução para edema agudo pulmonar. Dispneia periódica: é um tipo de apneia central do sono caracterizada por respiração irregular seguida de um padrão crescente-decrescente Exemplo: Cheyne-Stokes. 3. O que devemos avaliar quanto a tosse e expectoração? UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE CAMPUS FLORESTA CENTRO MULTIDISCIPLIANAR SEMIOLOGIA E SEMIÓTICA EM ENFERMAGEM Tosse: o tempo de início da tosse, sua frequência, intensidade, se possui relação com a época do ano ou período do dia/noite, se é dolorosa, se é seca ou produtiva, e se o paciente consegue aliviá-la e como é obtido esse alívio. Expectoração: coloração (claro, amarelo, verde, ferruginoso, róseo, sanguinolento), odor, qualidade (aquoso, mucoide, espumoso, espesso) e quantidade (colher de chá, de sopa ou xícara). Importante verificar o início da expectoração, frequência e sua relação com a posição (deitado, decúbito lateral). 4. Para melhor localização de pontos na circunferência torácica podemos utilizar de linhas verticais, quais são elas e suas origens? Na região anterior, a linha hemiclavicular tem um trajeto vertical que parte do ponto médio da clavícula e divide o tórax em hemitórax direito e esquerdo. As linhas axilares anterior e posterior partem das pregas axilares anterior e posterior, respectivamente (massas musculares que fazem fronteira com a axila) e delimitam a região lateral do tórax. A linha axilar média inicia-se no ponto mais alto da axila. Na região posterior, a linha vertebral acompanha as apófises espinhosas das vértebras, e as linhas escapulares partem do ângulo inferior das escápulas. 5. Diferencie inspeção estática e dinâmica. Inspeção estática: avalia a estrutura, como: as condições da pele (coloração, hidratação, cicatrizes, lesões), os pelos e sua distribuição, a presença de circulação colateral, abaulamento e retrações. Inspeção dinâmica: avalia o funcionamento da estrutura, ou seja, a dinâmica da respiração, a movimentação da caixa torácica, suas características e alterações. 6. Cite e explique quais os tipos de tórax. Tórax chato e plano: tem como característica o reduzido diâmetro anteroposterior, com sobressaliência das escápulas no relevo torácico. É mais UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE CAMPUS FLORESTA CENTRO MULTIDISCIPLIANAR SEMIOLOGIA E SEMIÓTICA EM ENFERMAGEM comum nos indivíduos longilíneos e em alguns portadores de doença pulmonar crônica. Tórax em tonel ou globoso: é aquele que o diâmetro anteroposterior iguala-se ao transversal, sendo frequentemente relacionado a enfisema pulmonar, mas pode, algumas vezes, ser encontrado em idosos que não tenham essa doença. Tórax em funil ou infundibuliforme (pectus escavatum): é uma deformidade na qual o esterno fica deprimido no nível do terço inferior e os órgãos que se situam abaixo dele são comprimidos. O diâmetro anteroposterior está diminuído. Nos casos graves, o esterno pode chegar a tocar a coluna espinal. As causas do tóraz em funil incluem raquitismo, síndrome de Marfan e distúrbios congênitos do tecido conjuntivo. Peito de pombo (pectus carinatum): é o oposto de tórax funil. O esterno projeta- se para a frente, aumentando o diâmetro anteroposterior. As comunicações interatriais ou interventriculares congênitas são as causas mais comuns. Tórax em sino ou cônico: produz um alargamento da porção inferior, como uma boca de sino, comum nas grandes hepatoesplenomegalias e na ascite volumosa. Tórax cifótico: consiste na acentuação da curvatura torácica normal. O paciente adota uma postura encurvada ou um aspecto de corcunda.As causas incluem osteoporose secundária ao envelhecimento, tuberculose da coluna, artrite reumatoide e vícios de postura por tempo prolongado. Tórax cifoescoliótico: presença de cifose e também do desvio lateral da coluna (escoliose). Os pulmões situados abaixo dessa deformidade ficam distorcidos, tornando difícil a interpretação dos achados. 7. Quais os padrões de frequência respiratória por faixa etária? Idade Frequência Respiratória (FR) Recém-nascidos 30-60 mov/m Lactentes (6 meses) 30-50 mov/m Crianças 20-30 mov/m Adolescentes 16-19 mov/m UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE CAMPUS FLORESTA CENTRO MULTIDISCIPLIANAR SEMIOLOGIA E SEMIÓTICA EM ENFERMAGEM Adultos 16-20 mov/m 8. O que é tórax instável? Tórax instável ou traumático: é observado na presença de costelas fraturadas, em que se notam movimentos torácicos paradoxais na inspiração (área fraturada desloca-se para dentro) e na expiração (para fora). 9. Quais são os ritmos respiratórios anormais? Explique cada um. Taquipneia: é a respiração rápida e superficial. Está presente em casos de doenças pulmonares. Bradpneia: é a respiração lenta e superficial. Ocorre fisiologicamente durante o sono e em atletas. Apneia: é a ausência de movimento respiratório. Hiperpneia: é a respiração rápida e profunda que é fisiológica após exercício intenso. Respiração Kussmaul: é a respiração profunda; sua frequência pode ser rápida, normal ou lenta. Respiração Cheyne-Stokes: corresponde a períodos de respiração lenta e superficial que gradualmente vai se tornando rápida e profunda, alternando períodos de apneia. Respiração Biot: também caracterizada como atáxica, caracteriza-se por ser irregular. As incursões respiratórias podem ser algumas vezes lentas, rápidas, superficiais e profundas, cessando por períodos curtos. 10. O que podemos avaliar com a palpação? Avaliar os seguintes parâmetros: traqueia, estrutura da parede torácica, expansibilidade e frêmito. 11. Conceitue Frêmito Toracovocal e Brônquivo. Como avaliamos e o que cada um verifica? UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE CAMPUS FLORESTA CENTRO MULTIDISCIPLIANAR SEMIOLOGIA E SEMIÓTICA EM ENFERMAGEM Frêmito toracovocal: é a transmissão da vibração do movimento do ar através da parede torácica durante a fonação. A palpação deve ser realizada junto à parede torácica posterior do tórax, enquanto o paciente pronuncia palavras que produzem intensa vibração, como “trinta e três”, “um, um, um”. Frêmito brônquivo: é provocado pela vibração das secreções nos brônquios de médio e grosso calibre durante a respiração (fase inspiratória e expiratória). Pode desaparecer, diminuir ou mudar de localização com a mobilização das secreções (tosse, mudança de decúbito). 12. Quais sons podem ser encontrados à percussão? São normais ou anormais? Os sons a serem encontrados podem ser: claro pulmonar, hipersonoro, timpânico, maciço e submaciço. O tecido pulmonar normal apresenta som ressonante ou claro pulmonar, com timbre grave ou oco. Os sons hipersonoros indicam aumento do ar nos pulmões ou no espaço pleural, são encontrados, principalmente, no pneumotórax e no enfisema pulmonar. As causas mais comuns de macicez e submacicez são derrames pleurais, condensação e neoplasias. 13. Quais são os focos de ausculta respiratória? Som traqueal: auscultado nas áreas de projeções da traqueia. Som brônquico: auscultado nas áreas da fenda glótica e região esternal e região de projeção dos brônquios de maior calibre. Murmúrio vesicular: é auscultado em toda extensão do tórax, sendo mais intenso nas bases pulmonares. Som broncovesicular: aqui se somam as características da respiração brônquica com as do murmúrio vesicular. É auscultado em regiões, em condições normais, no primeiro e no segundo espaços intercostais no tórax anterior e entre as escápulas no nível da terceira e da quarta vértebra. UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE CAMPUS FLORESTA CENTRO MULTIDISCIPLIANAR SEMIOLOGIA E SEMIÓTICA EM ENFERMAGEM 14. Quais sons podem ser encontrados quando a ausculta é realizada? São normais ou anormais? Sons respiratórios normais: som traqueal, som brônquico, murmúrio vesicular e som broncovesicular. Ruídos adventícios: são sons anormais. São denominados de: crepitações grossas e finas, roncos, sibilos, atrito pleural e cornagem. Sons vocais transmitidos: sons vocais anormais: broncofonia, egofonia e pequitoriloquia áfona.
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