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TECNOLOGIA COSMÉTICA COSMETOLOGIA: É a ciência que trata da preparação, estocagem e aplicação de produtos cosméticos, como também das regras que regem essas atividades – sejam elas de natureza física, química, biológica ou microbiológica COSMETÓLOGO: Estuda, fabrica e aprimora as formulações de produtos cosméticos, aplicando métodos científicos. COSMIATRIA: É a ciência que trata a pele sã ou enferma, exercida pelo médico sua finalidade é conservar, restituir e favorecer a beleza cutânea, através do uso de cosméticos ou medicamentos. COSMÉTICA DERMATOLÓGICA: Utiliza produtos que não apenas previnem, mas também recuperam os sinais de envelhecimento, anomalias da secreção sebácea, dos melanócitos, etc. OTC (Over the Counter): Produtos considerados medicamentosos que podem ser comercializados sem prescrição médica. FATORES TÊM CONTRIBUÍDO PARA CRESCIMENTO DO SETOR: · Participação crescente da mulher brasileira no mercado de trabalho; · Expansão da classe C; · A utilização de tecnologia de ponta e o consequente aumento da produtividade, favorecendo os preços praticados pelo setor, que tem aumentos menores do que os índices de preços da economia em geral; · Lançamentos constantes de novos produtos atendendo cada vez mais às necessidades do mercado; · Aumento da expectativa de vida, o que traz a necessidade de conservar uma impressão de juventude FATORES TÊM CONTRIBUÍDO PARA O ENFRAQUECIMENTO DO SETOR: · Carga Tributária Direta · Economia Instável O PAPEL DO FARMACÊUTICO NA INDÚSTRIA COSMÉTICA O Farmacêutico Cosmetólogo pode atuar: · Pesquisa e Desenvolvimento - Criar projetos de produtos, cosméticos ou certas drogas OTC (over the counter), tais como cremes dentais e antiperspirantes. · Farmácia de manipulação · Farmácia de dispensação · Prescrição farmacêutica · Clínicas de estética · Produção do produto acabado · Fornecimento de matérias-primas - Desenvolvimento de novos ingredientes (fabricantes de cosméticos) para processos de síntese (reações que convertam óleo de coco, petróleo e outras MP básicas em MP funcionais e com valor de mercado) · Desenvolvimento de aplicações técnicas: conhecer bem suas propriedades para poder vendê-las eficientemente · Fabricação para terceiros · Perfumista · Marketing - Substantificar o argumento de desempenho do produto. Devem estar familiarizados com as propriedades básicas das MP, e dos inúmeros testes disponíveis para o suporte da propaganda: avaliação do brilho do cabelo, quantificação da hidratação da pele, etc. · Controle de qualidade - Assegurar que os produtos atendam a padrões especificados, através da avaliação das matérias-primas que entram e dos produtos acabados que saem. · Segurança e toxicologia - Cuidar da segurança química (resíduos) atendendo às legislações governamentais (meio-ambiente, etc). Cumprir com a salubridade dos empregados, regras de segurança. Desenvolvimento de produtos cosméticos O desenvolvimento de produtos cosméticos envolve uma sucessão de operações que vão desde a pesagem de matérias-primas até sua mistura nos equipamentos apropriados, que seguem BPFs e POPs elaborados para cada ação. Todo produto deve ter um dossiê elaborado conforme orientações presentes no manual da Anvisa. Informações necessárias para montagem do dossiê: 1. Fórmula Quali-Quantitativa 2. Função dos Ingredientes na Fórmula 3. Bibliografia e/ou Referência dos Ingredientes 4. Especificações Técnicas Organolépticas e Físico-Químicas de Matérias-Primas 5. Especificações Microbiológicas De Matérias-Primas 6. Especificações Técnicas Organolépticas E Físico-Químicas Do Produto Acabado 7. Especificações Microbiológicas Do Produto Acabado 8. Processo de Fabricação 9. Especificações Técnicas Do Material De Embalagem 10. Dados De Estabilidade 11. Sistema De Codificação De Lote 12. Projeto De Arte De Etiqueta Ou Rotulagem 13. Dados Comprobatórios Dos Benefícios Atribuídos Ao Produto (Comprovação De Eficácia) 14. Dados De Segurança De Uso (Comprovação De Segurança) 15. Finalidade Do Produto 16. Certificado De Venda Livre Consularizado 17. Registro/Autorização De Empresa/Certificado De Inscrição Do Estabelecimento 18. Fórmula Do Produto Importada Consularizada Classificação dos produtos cosméticos · PRODUTOS DE HIGIENE PESSOAL, COSMÉTICOS E PERFUMES: são preparações constituídas por substâncias naturais ou sintéticas, de uso externo nas diversas partes do corpo humano com o objetivo exclusivo ou principal de limpá‐los, perfumá‐los, alterar sua aparência e ou corrigir odores corporais e ou protegê‐los ou mantê‐los em bom estado” (RDC 07/2015). · COSMECÊUTICOS: Produtos considerados drogas e cosméticos, ou seja, pretendem tratar ou prevenir uma desordem, ou de outra maneira afetam a estrutura ou alguma outra função do corpo humano Resolução RDC 07/2015. · Anvisa - atualização das regras de cosméticos. · Produtos cosméticos passam a ser isentos de registro, mas sujeitos à comunicação prévia antes de sua comercialização. · A exceção são os produtos enquadrados como bronzeadores, produtos de alisamento capilar, protetor solar, repelente de insetos, gel antisséptico para as mãos e os produtos infantis. · Estes continuaram sendo analisados pela Agência, tendo em vista o seu maior risco associado. · O objetivo da norma é dar mais agilidade ao setor e permitir que a Agência concentre suas análises nos produtos de maior risco Produtos Grau 1: são produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes cuja formulação cuja comprovação não seja inicialmente necessária e não requeiram informações detalhadas quanto ao seu modo de usar suas restrições de uso, devido às características intrínsecas do produto. Ex. água de colônia, aromatizante bucal, base com cobertura para rosto e corpo sem atividade fotoprotetora Produtos Grau 2: são produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes cuja formulação cujas características exigem comprovação de segurança e/ou eficácia, bem como informações e cuidados, modo e restrições de uso. Ex. água oxigenada, antitranspirante, produtos pediátricos. Podem ser classificados ainda: 1 - Baseada em categorias: ex. Produtos para bebê, adolescentes, adultos, 3ª idade, produtos masculinos, femininos 2 - Baseada em suas funções: Higienizar, Conservar/proteger, Reparar/corrigir, Maquilar/enfeitar 3 - Baseado na sua forma cosmética: Creme, Leite ou loção cremosa, Loção, Gel, Espuma, Aerossol , suspensão, pós 4 – De acordo com o local de aplicação: Preparações para o rosto, Preparações para o cabelo, Preparações para uso oral, Preparações para os pés e mãos 5 – De acordo com o efeito cosmético: Hidratantes, Emolientes, Desodorantes, Perfumes MATÉRIAS-PRIMAS EM COSMETOLOGIA CTFA (The Cosmetic, Toiletry and Fragance Association) - Padronização da rotulagem dos ingredientes para regulamentação do nome dos produtos cosméticos nos EUA (1970). O sistema foi renomeado: INCI – International Nomenclature of Cosmetic Ingredient – Devido a adoção e reconhecimento da nomenclatura em âmbito mundial, cuja finalidade era padronizar os ingredientes na rotulagem dos produtos cosméticos - facilitar a identificação de qualquer ingrediente, proveniente de qualquer país, por ser uma codificação universal, com um sistema para todos os países sem distinção de idioma, caracteres, nem de alfabeto. Vantagens do sistema: · Consumidor: •Identificar, de forma mais clara, os ingredientes de uma formulação em qualquer lugar do mundo; •Diminui os erros de interpretação na leitura de componentes. · Vigilância Sanitária •Possibilita uma maior agilidade na identificação dos ingredientes dos produtos cosméticos de forma clara, correta e precisa. · Comunidade Científica •Torna mais fácil o trabalho de profissionais como médicos e farmacêuticos no aconselhamento aos consumidores; •Garante a atualização mais dinâmica do conhecimento científico. VEÍCULOS - São componentes que aparecem em maior quantidade na fórmula. Nele são incorporadas substâncias que devem ter grande capacidade de solubilização ou de dispersão. Aescolha do veiculo deve se basear na compatibilidade com os outros componentes e também no tipo de pele a que se destina o produto. Podem ser: água, álcool, mistura hidroalcoólica, óleo, glicerina, emulsões, géis, shampoos. VETORES – Os vetores dos produtos cosméticos visam a modular a distribuição dos P.A. através das células alvo da pele, matrizando a rapidez de penetração e a localização com mais facilidade que os veículos. Melhora a penetração do PA, e o local de ação é mais exato. Função de carrear ativos hidrossolúveis ou lipossolúveis até as camadas mais profundas da epiderme. · Vetores - lipossomas · São pequenas vesículas constituídas por um número variável de folhas ou pequenas lâminas bimoleculares de fosfolipídios que podem levar os PA no local de ação prolongando o efeito do PA. · Pode-se incluir nos P.A. lipófilos na parede dos lipossomas ou hidrófilos na cavidade central. · Como os lipossomas tem uma estrutura muito próxima daquela das membranas celulares, a fusão entre elas acontece facilmente, liberando o/os P.A. que elas contêm no interior do citoplasma · Vetores – microcápsulas - São pequenas esferas cujo diâmetro está compreendido entre alguns mícrons e o milímetro, contendo no seio um invólucro ou cápsula sólida, substâncias líquidas ou sólidas. · A microencapsulação permite: · Mascarar o gosto · Transformação de um produto líquido em um produto seco (nos óleos de banho) · Evitar incompatibilidades no seio de uma preparação · Prolongar a duração da ação dos P.A. · Vetores – microesferas - São de tamanho idêntico ao das microcápsulas, mas são produtos sólidos, cheios e esféricos. Os princípios ativos são aí dissolvidos ou dispersados. · Vetores – nanopartículas - São partículas aproximadamente esféricas, menores que um mícron. São feitas à base de polímeros naturais ou sintéticos e são mais estáveis que os lipossomas MATÉRIA-PRIMA Definição - Toda substância pura ou mistura de substâncias que faz parte de uma formulação Na escolha PARA COSMÉTICOS, não esquecer do conceito de Cosméticos: NÃO TER CARÁTER TERAPÊUTICO CRITÉRIOS DE ESCOLHA E PROCEDÊNCIA •Ausência de substâncias tóxicas •Ausência de substâncias irritantes •Ausência de substâncias alergênicas •Ausência de substâncias com caráter cancerígeno •Ausência de perturbações ao nível da camada basal •Caracteres organolépticos adequados: cor e odor •Ausência de contaminações microbiológicas ou alterações •Estáveis à luz e ao calor •Resistentes à oxidação do ar •Reprodutíveis, isto é, que tenham sempre as mesmas características químicas e físicas CLASSIFICAÇÃO DAS MATÉRIAS-PRIMAS EM COSMETOLOGIA · INORGÂNICAS: · Origem Natural: Talco, caulim, bentonita · Origem Sintética: Carbonato de Cálcio · ORGÂNICAS: · Origem Natural: Obtidas de vegetais (centella, alecrim), de animais (Colágeno) e minerais (vaselina, óleo mineral) · Origem Sintética: (ácido salicílico, cânfora) · Semi-Sintética: Forma lipossolúvel da vitamina CLASSIFICAÇÃO DAS MATÉRIAS-PRIMAS EM COSMETOLOGIA •Grande maioria das M.P. empregadas na rotina cosmética podem ser incluídas nas seguintes famílias: Água, Álcool etílico, Umectantes, Materiais graxos, Espessantes hidrofílicos, Tensoativos, Conservantes: Antimicrobianos, antioxidantes, sequestrantes, Corantes e Composições aromáticas. Matéria-prima Características Uso ÁGUA Ser estéril Ausência de substâncias pirogênicas Ausência de metais Ausência de eletrólitos ÁLCOOIS E SOLUÇÕES ALCOÓLICAS Etanol ou álcool etílico Líquido incolor, de odor característico, muito volátil, miscível com a água. Bom solvente Queima facilmente no oxigênio do ar. Conservante e antisséptico; Em certos desodorantes e adstringentes. Para diluir as composições de perfumes. Para preparação de loções após barba, loções tônicas. O álcool quando incorporado aos géis facilita a penetração cutânea dos ativos. Isopropanolol ou álcool isopropílico É um líquido incolor, volátil, obtido pela hidratação do propileno (Alceno). Possui as mesmas propriedades do álcool etílico. Loções adstringentes, como solvente de filtros solares e nos sprays para os cabelos. Sorbitol É um poliálcool que se apresenta sob a forma de um pó branco microcristalino solúvel na água e no álcool. Pode apresentar-se sob a forma de uma solução aquosa a 70%, como um líquido viscoso, açucarado, chamado “xarope de sorbitol” Possui propriedades umectantes. -Máscaras hidratantes - Cremes hidratantes - Certos derivados de sorbitol, como os ésteres de sorbitano (spans) e os polisorbatos (tweens), são muito utilizados como tensoativos. Propilenoglicol É produzido sinteticamente a partir do propeno ou propileno (hidrólise) É um líquido viscoso e incolor, de sabor acre, possui uma dupla função álcool É miscível com a água, o álcool e a acetona É um excelente solvente É higroscópico e possui, portanto propriedades umectantes Cremes hidratantes Máscaras hidratantes Conservante de extratos vegetais Desodorantes roll-on Loções demaquilantes nas quais ele aumenta a ação lubrificante e a ação de limpeza Glicerina ou glicerol É um líquido denso como xarope, incolor, que possui três vezes a função do álcool. Ele é miscível em todas as proporções na água e no etanol Possui um grande poder solvente É obtido à partir da saponificação dos corpos graxos Tem propriedades umectantes Máscaras hidratantes Cremes hidratantes Spray para os cabelos Sabonetes transparentes Fixador de perfume Emulsionante Matéria-prima Características Exemplo UMECTANTES Substâncias higroscópicas (absorvem vapor d´água da umidade do ar) Na fórmula: reduz o ressecamento superficial pelo contato com o ar, e a velocidade da perda da água, porém este efeito pode ser reforçado com adequado nível de vedação dado pelas tampas das embalagens. Na pele: forma uma película favorecendo a hidratação. Existem 3 classes gerais de umectantes: inorgânicos, metal-orgânicos e os orgânicos Umectantes orgânicos: mais utilizados São representados por álcoois polihídricos ou poliálcoois, seus ésteres e éteres. Polióis (glicois): Álcoois contendo mais de um grupo OH-, solúveis em água, possuem toque untuoso (pegajoso Propilenoglicol, glicerina, sorbitol Poliglicois São solúveis em água, seu estado físico depende do grau de etoxilação (PM). Polietilenoglicol Carboidratos: Aldeídos ou cetonas que são ao mesmo tempo polióis. Açucares (glicose, frutose), amido, celulose. Derivados do ácido carboxílico: Reagem com bases e formam Sais Orgânicos com capacidade de hidratação. Lactato de Sódio (ac. Lático + NaOH), Glicolato de Sódio. EMOLIENTES Origem mineral: São misturas obtidas pelo tratamento de resíduos do refino do petróleo, é purificado, refinado, a fim de eliminar os corpos irritantes VASELINAS – óleo mineral ÓLEOS DE VASELINA – Parafina líquida PARAFINA (Alcanos) ISOPARAFINA OZOQUERITA – Cera fóssil que se encontra nos arredores dos campos de petróleo CERESINA – Ozoquerita purificada Origem Animal Esqualeno: É obtido pela hidrogenação de hidrocarburetos insaturados proveniente do óleo de fígado de peixes (tubarão, delfin) Lipídeos Nesta classe estão incluídos os óleos, gorduras, ceras, hormônios esteroidais, colesterol, vitaminas lipossolúveis, e os fosfolipídeos (membranas celulares). Lipídeos simples São ésteres de glicerol com ácidos graxos. Os óleos, gorduras animais e vegetais e ceras são misturas de glicérides (os óleos minerais não são glicérides). Óleos e gorduras Gorduras – possuem a cadeia carbônica saturada - Óleos – possuem de 1 a 4 insaturações (duplas ligações) na cadeia carbônica. Ceras: São ésteres derivados de ácidos carboxílicos e álcoois de cadeia longa. São mais duras e quebradiças e menos gordurosas do que as gorduras, mais resistentes à hidrólise e à decomposição. Lipídeos compostos: São aqueles que contém outros grupos além de ácidos graxos. São insolúveis na água.) Nesta classe estão os fosfolípídeos, glicolipídeos, carotenóis, Tocoferóis (Vit. E), vitaminasA, D, K, esteróis (colesterol, Vitamina D3 e hormônios esteroidais Ácidos graxos Consistem em uma série de átomos de carbono, unidos por ligações simples (saturadas) ou duplas (insaturadas) apresentando ainda, um grupo carboxila e uma cauda hidrocarbonada chamada de grupo metil. Sua obtenção industrial é feita a partir da hidrólise das gorduras. Ácidos graxos insaturados Monoinsaturado Ácido oleico - Possui 18 átomos de carbono e uma dupla ligação que pode fixar hidrogênio e resultar num ácido graxo saturado: o ácido esteárico Poli-insaturados Estes três ácidos (Ácido linoleico, ácido linolênico,ácido araquidônico) usados em cosméticos para diminuir a perda de água pela pele por incorporação nos fosfolipídios epiteliais Ácidos graxos saturados **Ácido mirístico com 14 átomos de carbono Substituto do ácido esteárico Quando esterificado com o álcool isopropílico dá origem ao miristato de isopropila. **Ácido esteárico com 18 átomos de carbono. Existente na maioria das matérias graxas animais (gordura do boi e da ovelha) e vegetais, conhecida como triestearina O ácido esteárico de qualidade cosmética deve ser de tripla pressão. Utilizado como agente emulsionante e de consistência · Ester – Líquido que promove a evanescência dos produtos cosméticos, ou seja, promove a melhor espalhabilidade do produto. Podem ser substituídos por óleo de silicone, mas se for um produto para o corpo é bom manter na constituição do cosmético. COMPOSTOS LIPÍDICOS E SEUS DERIVADOS Ácidos graxos Consistem em uma série de átomos de carbono, unidos por ligações simples (saturadas) ou duplas (insaturadas) apresentando ainda, um grupo carboxila e uma cauda hidrocarbonada chamada de grupo metil. Sua obtenção industrial é feita a partir da hidrólise das gorduras. Ácidos graxos insaturados Monoinsaturado Ácido oleico - Possui 18 átomos de carbono e uma dupla ligação que pode fixar hidrogênio e resultar num ácido graxo saturado: o ácido esteárico Poli-insaturados Estes três ácidos (Ácido linoleico, ácido linolênico,ácido araquidônico) usados em cosméticos para diminuir a perda de água pela pele por incorporação nos fosfolipídios epiteliais Ácidos graxos saturados **Ácido mirístico com 14 átomos de carbono Substituto do ácido esteárico Quando esterificado com o álcool isopropílico dá origem ao miristato de isopropila. **Ácido esteárico com 18 átomos de carbono. Existente na maioria das matérias graxas animais (gordura do boi e da ovelha) e vegetais, conhecida como triestearina O ácido esteárico de qualidade cosmética deve ser de tripla pressão. Utilizado como agente emulsionante e de consistência Matéria-prima Características Uso COMPOSTOS LIPÍDICOS E SEUS DERIVADOS Álcoois graxos e derivados Álcool mirístico Correspondem aos ácidos graxos, mas eles não possuem mais em sua fórmula a função ácida COOH, mas a função álcool OH Boa penetração na epiderme, deixando-a elástica e suave. Não são tóxicos nem irritantes à pele. Alguns apresentam propriedades emulsionantes do tipo O/A. Álcool cetílico Obtido por redução do ácido esteárico Massa sólida, branca e cristalizada, inodora Usado como estabilizante aumentando a consistência, embora com poder emulsionante fraco A/O – não pode ser utilizado sozinho Álcool estearílico Obtido por redução do ácido esteárico Álcool ceto-estearílico Corresponde à mistura dos dois álcoois graxos em proporções variadas Devido às suas características emulsinantes do tipo A/O é muito utilizado em cosmetologia tanto como elemento de consistência como emulsionante secundário. Quando adicionado de pequena parte de tensoativo primário aniônico ou não iônico passa a ter características de emulsionante de grande utilização na obtenção de cremes cosméticos. POLAWAX E LANETTE ¿¿¿ Álcool berrênico Produção de protetor solar tipo UVA Ésteres de ácidos graxos e de álcoois graxos Os álcoois graxos quando sujeitos à ação dos ácidos graxos, saturados ou não, dão origem à formação de ésteres. Possuem bom poder penetrante e solubilizante CETIOL A Tem bom poder penetrante e solubilizante. CETIOL V Emoliente de média oleosidade e fácil espalhabilidade para cremes e loções não aquosas CETIOL 868 Emoliente para emulsões cosméticas. CETIOL HE Agente sobreengordurante hidrossolúvel, indicado para xampus, sabonetes líquidos, banhos de espuma, géis e preparações alcoólicas. CETIOL SN Emoliente oleoso com efeito hidrofóbico e valor de espalhamento médio. Ésteres de glicerila Monoestearato de glicerila Fraco poder emulsificante A/O, são glicerídeos parcialmente esterificados . Deve ser usado com outro emulsificante O miristato de isopropila Éster do ácido mirístico e do álcool isopropílico É utilizado no lugar do óleo vegetal, pois ele não rancifica, é bem absorvido pela pele. Glicerídeos Origem animal (banha e sebo) e vegetal (óleo de rícino, coco e palma) Insaponificáveis Agem sobre o plano cutâneo, inibindo a ação das elastases destruidoras das fibras de elastina e normalizando as peles secas e irritadas. 80% da pele é formado por colágeno e elastina. A cada x dias esses componentes são degradados pelas elastases que podem ser inibidas por¿¿¿ Óleos hidrogenados A hidrogenação catalítica de um óleo permite saturar as duplas ligações dos ácidos graxos, permitindo deixá-la menos alterável. Ceras Origem animal e vegetal. São ésteres de ácidos graxos e de álcoois graxos Fosfolipídios São moléculas formadas pela associação de um glicerol e duas cadeias de ácidos graxos a um grupo fosfato. São utilizados na elaboração de lipossomos. Matéria-prima Características Uso ESPESSANTES/VISCOSANTES Substâncias responsáveis por aumentar a viscosidade das formulações. Agentes Inorgânicos (eletrólitos) Cloreto de sódio Citrato de sódio Fosfato de sódio ou amônio Cloreto de sódio principal espessante. Deixa o sistema menos móvel. Formam miscelas que ajuda na imobilização do sistema quando o tensoativo entra em contato com a água e com a gordura da pele. Possui uma concentração micerlar crítica, ou seja, até certa quantidade de cloreto de sódio sendo adicionado o sistema fica viscoso, a partir da concentração micelar crítica o número de miscelas diminui, diminuindo a viscosidade do sistema. Não é possível ser utilizado em emulsões. Agentes orgânicos: De fase oleosa São insolúveis em água e solúveis em óleo. Empregados em cremes, loções e condicionadores. Exemplos: Álcoois graxos; Monoestearato de gliceríla; Ésteres de álcoois e ácidos graxos; Ceras naturais e minerais, óleos e gorduras Podem ser utilizados em emulsão e gel. De fase aquosa Conferem viscosidade à fase aquosa. São normalmente insolúveis na fase oleosa. Exemplos: CMC – carboximetilcelulose; HEC - hidroxietilcelulose – natrosol; Vinílicos: Carbômero, PVP, álcool polivinílico; Polissacarídeos: amido, agar-agar, gomas e alginatos; Natrosol espessante hidrofílico derivado da celulose com característica não iônica. COMPOSTOS MACROMOLECULARES DE SÍNTESE Substâncias naturais macromoleculares: Queratina, insulina, hemoglobina, celulose, borracha Reações de polimerização Consistem em unir diretamente pequenas moléculas ou monômeros, abrindo suas duplas ou triplas ligações sob influência de um catalisador apropriado Ex.: polietileno Reações de copolimerização Polimerização simultânea de duas ou várias moléculas monômeras -Ex.: Policloreto de vinil Reações de policondensação Esterificação, amidificação Ex.: Polioxietilenoglicóis Polioxietilenoglicóis (PEG) São utilizados como umectantes Polietileno É um polímero de etileno muito utilizado nas embalagens. Silicones Hidrofobico, utilizado para produtos para o cabelo. Problema, degradabilidade. Polímeros vinílicos Polivinilpirrolidona (PVP): Resulta da polimerização da N.vinil pirrolidona. Polímeros acrílicos Polimetil metacrilato: obtido pela polimerização do monômero, metilmetacrilato.Carbopol: É um polímero do ácido acrílico PRODUTOS DE ORIGEM VEGETAL AEROSIL®: é um ácido de silício muito fino, possui propriedade de fixar água e formar gel. Usado em creme dental VEEGUM®: silicato de alumínio e magnésio. Incompatível com catiônicos ALCALINIZANTES Usados para conferir alcalinidade às soluções, para neutralizar ácidos graxos São utilizados na formação de carbomeros (prova) TEA e NaOH. A trietanolamina (TEA) pode ser substituída pelo AMP. ACIDIFICANTES Os ácidos mais usados em cosméticos são os orgânicos, usados para obtenção de sabões e umectantes e correção de pH. Ácido cítrico e Ácido fosfórico. Shampoo utilizam-se produtos que deixam o ELEVADO SEQUESTRANTE, QUELANTES São substâncias que inibem ou bloqueiam o processo de oxidação dos componentes orgânicos Sequestrantes ¿ Quelantes¿ Ex. ANTIOXIDANTES A oxidação resulta da incorporação de oxigênio do ar numa reação química, devido à presença de bactérias e fungos, assim como certos sais metálicos. Ocorre principalmente em lipídios, então recomenda-se o uso de antioxidantes principalmente em composições em que óleos estejam presentes. BHT – 0,02 a 0,03% ÁCIDO ASCÓRBICO TOCOFERÓIS CONSERVANTES Os conservantes são substâncias que adicionadas aos produtos tem como finalidade preservá-los de danos causados por microrganismos durante a estocagem, ou mesmo de contaminações acidentais produzidas pelos consumidores durante o uso. Compostos quaternários: São tensoativos, com pelo menos um grupo de nitrogênio quaternário São solúveis na água Concentrações abaixo de 0,5% Ex.: Cloreto de benzalcônio: eficaz contra Gram positivas, especialmente Cloreto de benzetônio: fungos e algas Cloreto de amônio: bactérias, fungos e leveduras Muito solúveis em água Incompatíveis com tensoativos aniônicos Parabenos Nipagim e Nipazol¿¿¿ São os conservantes mais comuns São ésteres alquílicos do ácido p-hidroxibenzóico Interagem com caminhos metabólico críticos dos organismos alvos • Solubulidade limitada na água (insolúveis em água fria), em aquecimento se solubiliza bem • Eficazes contra um amplo espectro de microorganismos, inclusive a maioria dos fungos e bactérias Gram positivas Solubilidade em álcool Muito utilizado em emulsões Limitações: • Incompatíveis com gelatina, proteína, Tween 80 e metilcelulose. Baixa atividade contra pseudomonas Formaldeído Derivados do ácido fórmico •Amplo espectro de bactérias e fungos •Age causando dobras irreversíveis nas proteínas da membrana •Incompatíveis com sais de amônio, proteínas, sais de metais pesados e peróxido de Hidrogênio Ex.: DMDM (menos efeitos colaterais) hidantoína, quatérnio -15, glutaraldeído, diazolidinil uréia e imidazolidinil Uréia Álcoois São mais eficazes contra bactérias, atividade limitada para fungos A eficácia do álcool como preservante depende de seu tipo específico e da concentração do material utilizado Ex.: Etanol e propilenoglicol: são eficazes em níveis acima de 15%, Álcool benzílico: 1 a 3% Clorobutanol: máximo 0,5% São mais eficazes em pH ácido Incompatibilidades: tensoativos Hidratantes São matérias-primas higroscópicas intracelulares, ou seja, substâncias que intervém no processo de reposição do teor de água da pele de maneira ativa. Por isso, diferenciam-se dos umectantes, que são um processo passivo. Compostos nitrogenados Colágeno, Elastina, Proteoglicanos PELE •Faz parte do sistema tegumentar: Pele e anexos •É o maior órgão do corpo com área média de 1,8 a 2,0 m de extensão •Corresponde a cerca de 16% do peso corporal •Órgão vital – Comunicação do corpo com o meio exterior Funções •Função Social e Cosmética - autoestima •Função Barreira •Função Imunológica •Função Sensorial •Função Termoreguladora •Função Hormonal - Produção de Vitamina D Função barreira •Agentes físicos - proteção contra o sol. A melanina absorve radiação UVA e UVB. •Agentes mecânicos – proteção contra traumas •Agentes microbianos - proteção contra microrganismos patogênicos •Radiação UV •Circulação de fluídos (bidirecional) – impede que o corpo ganhe ou perca água em excesso Função barreira · Corneócitos - Proteção contra perda por desidratação fornecida pelos corneócitos e pelo filme lipídico na epiderme. •O corneócito é muito rico em queratina (Matriz amorfa de coesão que permite adesão aos corneócitos) •Desmossomas intercelulares (corneodesmossomos) – ligam os corneócitos •Cimento intercelular – composto por lipídios especializados Filme hidrolipídico •Película lipídica, ácida (ph 5.7) – aumenta a resistência a microrganismos patogênicos •Suor/sebo/produtos da decomposição da flora bacteriana residente/peptídeos antimicrobianos •Mantém superfície hidratada, maleável e macia aumentando a sua resistência e evitando crescimento de microorganismos patogênicos A EPIDERME NÃO TEM IRRIGAÇÃO. QUEM NUTRE A DERME É A EPIDERME FUNÇÃO IMUNOLÓGICA Importante órgão imunológico contendo quase TODOS elementos celulares EXCETO linfócitos B Estruturas •Barreira epidérmica •Irrigação vascular e linfática rica, através das quais circulam células imunes de/e para locais de ação. Células •Langerhans – encontradas na epiderme, são sentinelas do sistema imune •Queratinócitos – podem exercer função imunológica: segregam peptídeos antimicrobianos, produzem linfocinas, liberam na sua superfície moléculas imunes reativas. PELE - ESTRUTURA •Arquitetura complexa: vários tipos de tecidos: Epitelial, Conjuntivo, Nervoso, Muscular, vascular 3 estratos sobrepostos •Epiderme •Derme •Hipoderme/Tecido Celular Subcutâneo EPIDERME •Epitélio pavimentoso estratificado queratinizado •Queratinócitos, melanócitos, células de Langerhans e de Merkel •Partes superficiais das glândulas sudoríparas, dos folículos pilosos e terminações nervosas livres 4 estratos (camadas) sobrepostos que refletem estágios diferentes de maturação da queratina: · Estrato córneo · Estrato granuloso · Estrato espinhoso · Estrato basal Uma quinta camada, a lúcida, é encontrada entre as camadas córnea e granulosa na palma das mãos e na sola dos pés, conferindo mais espessamento da pele nestas regiões (pele espessa), ao contrário das demais regiões do corpo nas quais a pele é mais fina (pele delgada) Camada Basal · É o único que possui capacidade de divisão (origina as demais células). As células germinativas vão se diferenciando em estrato espinhoso, granuloso e córneo (as organelas vão se achatando e sendo eliminadas a cada extrato) · •Queratinócitos – são células epiteliais estratificadas produtoras de QUERATINA. · sofrem diferenciação à medida que vão da camada basal até a superfície da pele, quando descamam em numerosas camadas de células queratinizadas, anucleadas e sem organelas chamadas de corneócitos. · Segregam peptídeos com propriedades antimicrobianas · Melanócitos: Produção de pigmento – melanina · Células de Merckel: Esparsas, ligação a terminações nervosas livres, papel sensorial Funções: •Suporta mecanicamente a epiderme; •Estabelece contato entre a derme e a epiderme; •Função de barreira ou de filtro seletivo; •Tem papel fundamental na regeneração epidérmica. Camada Espinhosa •Formada por várias camadas de células que migraram da camada basal e se diferenciaram em células poliédricas · Queratinócitos espinhosos · Ligadas entre si por desmossomas - assemelham-se com “espinhos” (microscopia eletrônica) · Células Langerhans · Competência imune Camada Granulosa · No citoplasma surgem grânulos de queratohialina. · Queratinócitos granulosos •Achatados •Responsável pela formação da bicamada de lipídios presente entre as fileiras de células corneificadas que formam a camada córnea - Lisossomos expelem seu conteúdo lipídico no meio intracelular •Função: prevenir a desidratação das camadas subjacentes da epiderme, formar barreira e oferecer resistência à absorção cutânea, além de atuar como “cimento” fixando as células queratinizadas umas às outras Camada Córnea · Resultado final do processode diferenciação celular · Corneócitos –Células mortas em lâminas sobrepostas. –Sem núcleo, cornificadas e poliédricas. –Citoplasma totalmente substituído por queratina e grãos de querato-hialina cimentados. – Esta camada é mais espessa nas palmas e nas solas. PELE GROSSA X PELE FINA •Palma das mãos, Sem Pêlos, melanina e glândula sebácea, 5 camadas (1,5mm) •Demais regiões: Com pêlos, melanina e glândula sebácea, 3-4 camadas DERME •Tecido resistente e elástico que suporta a epiderme •Proporciona resistência física ao corpo frente a agressões mecânicas •Formada por uma estrutura de fibras protéicas associadas a uma matriz extracelular •É constituída por tecido conjuntivo, vasos sanguíneos e linfáticos, nervos e terminações nervosas •Abriga apêndices cutâneos: Folículos pilossebáceos e glândulas sudoríparas •2 regiões: derme papilar - em contato direto com a epiderme e derme reticular - logo abaixo Componentes celulares –Predominam Fibroblastos: sintetizam as fibras protéicas colágeno, elastina – Associadas a uma matriz extracelular: glucosaminoglicanas, proteoglicanas e glucoproteínas. – Células dendríticas imunes / mastócitos / macrófagos / linfócitos •Glucosaminoglicanas: policarboidratos lineares aniônicos que são formados por unidades recorrentes de dissacarídeos e são conhecidos como ácido hialurônico,sulfato de condroitina, sulfato de dermatana, sulfato de queratano, sulfato de heparana e de heparina. •Responsáveis pela hidratação e tonicidade da pele. •Proteoglicanas: Macromoléculas altamente hidrofílicas, formados pela ligação covalente das GAG com proteínas Fibras de Colágeno •Resistência à tração •Estrutura ao tecido •Extensibilidade e estabilidade estrutural •Unem e fortalecem os tecidos Fibras de Elastina •Derme papilar: fibras finas, perpendiculares à superfície da pele •Derme reticular: fibras grossas parelelas à superfície da pele •Função de estiramento, confere elasticidade HIPODERME/TECIDO CELULAR SUBCUTÂNEO • Panículo adiposo de espessura variável • 10% peso corporal • Armazenamento de gordura – energia, proteção térmica e mecânica HIPODERME/TECIDO CELULAR SUBCUTÂNEO • 2 componentes: · Celular – adipócitos – em lóbulos · Fibroso – feixes espessos de colágeno com vasos sanguíneos, linfáticos e nervos ANEXOS CUTÂNEOS •São derivados epidérmicos com componente dérmico •3 tipos: · Folículos pilo-sebáceos: · Unhas · Glândulas sudoríparas Folículos pilo-sebáceos: · É uma invaginação epidérmica contendo estrutura queratinizada - pêlo · Existe em toda a superfície cutânea exceto pele glabra · Função sócio/decorativa e comunicacional Os folículos apresentam um bulbo com células matriaciais e melanocitos que produzem melanina (fornece coloração aos pelos). Além disso, apresentam uma glândula cebacea anexa com drenagem para canal folicular. A alimentação pode contribuir para a nutrição do cabelo e para a produção de sebo, porém a condição genética tem forte influência. Pêlos –estrutura · Medula (pode não existir em alguns fios de cabelo) · Córtex (reações de alisamento e coloração acontecem nessa camada) · Cutícula · Baínha interna · Baínha externa •3 tipos de pelo · Lanugo – in utero · Vellus – a maioria dos pelos que cobrem o corpo · Terminais – cabelos / sobrancelhas / pestanas/ barba / axilas / genitais (pelos terminais são pelos mais grossos) Glândula Sebácea · Sempre associada ao folículo piloso · Secreção estimulada hormonalmente – andrógenos (quanto maior a produção de testosterona maior a produção sebacea) · Secreção rica em lipídeos – sebo Unha · Placa dura composta por queratina densamente compactada · Possui uma matriz de células vivas na região da lúnula Glândulas Sudoríparas •Estruturas tubulares que produzem secreção aquosa - suor •2 tipos: · Écrinas · Apócrinas Glândulas Écrinas · São invaginações epidérmicas · Universalmente distribuídas · ++ mãos / axilas / região frontal · Importante na hidratação camada córnea essencial para a sua funcionalidade Glândulas Apócrinas · Resíduo filogenético das glândulas de odor sexual em mamíferos (feromonas) · Abrem-se nos folículos pilo-sebáceos e são maiores que as écrinas · Axilas / genitais / aréolas ++ · Odor sui generis por ação bacteriana PREPARAÇÕES TENSOATIVAS Shampoos •Condicionadores •Sabonetes em barra •Sabonetes líquidos •Banhos de espuma •Cremes e géis dentais •Enxaguatórios bucais Quando for formular, analisar: •Tipo e condições dos cabelos: finos, grossos, danificados, etc. •Tipo e condições da pele •Faixa etária, sexo •Tipo de embalagem •Capacidade aquisitiva do mercado ao qual se destina Formas de apresentação Transparente: Idéia de limpeza e pureza. •Perolado: Idéia de tratamento cosmético e riqueza da formulação. Do ponto de vista técnico é utilizado quando algum componente da fórmula impede sua total transparência. •Opaco: é decorrente dos ativos utilizados, que por sua alta capacidade opacificante, reduzem a performance do agente perolizante eventualmente adicionado. Nos casos dos cremes dentais, a opacificação é conseguida pelo uso de pigmentos como dióxido de titânio ou de alguns abrasivos. Quanto à aplicabilidade: •Tradicionais, •Tratamento, •Medicinais Quanto a aparência: •Transparentes, •Incolores ou cristal clear, •Coloridos, •Não transparentes:•Opacos, coloridos ou não; •Produtos com brilho pérola, coloridos ou não Quanto ao tipo de cabelo e/ou couro cabeludo: •Cabelos secos; •Cabelos normais; •Cabelos oleosos; •Cabelos danificados ou fragilizados (coloridos ou tintos, tratados quimicamente); •Cabelos étnicos; •Infantil, mulheres, homens, idosos SHAMPOO Importante ser viscoso o suficiente – o consumidor exige essa característica- mesmo que não esteja relacionado com a efetividade do shampoo. A espuma também é um quesito importante para o consumidor. CARACTERÍSTICAS DOS SHAMPOOS •Viscosidade: Não escorrer das mãos; produtos com brilho pérola ou substâncias em suspensão não devem sedimentar no fundo do frasco •Adequação ao uso proposto (funcionalidade): brilho, volume, maciez, maleabilidade, penteabilidade, adaptado ao tipo e condições do cabelo •Não causar formação de carga estática •Caracteres organolépticos: órgãos de sentido, visão e olfato •A cor e o odor sinalizam conceitos como: ação de limpeza, efeito medicinal, tratamento cosmético, tradição, modernidade, suavidade. •Fácil aplicação e enxágue •Aspecto: limpeza, cremosidade, pureza e suavidade. •Inocuidade dermatológica •Inocuidade ao meio ambiente: biodegradáveis e eco-compatíveis. •Estável - boa capacidade conservante •Econômico Tensoativos · Moléculas anfifílicas - característica de possuírem solubilidades diferentes quando presentes em meio aquoso. · Reduzem a tensão superficial - Na superfície do líquido, a parte hidrofílica da substância tensoativa adere as moléculas da água, quebrando suas atrações intra-moleculares. · Ajudam a deslocar a sujeira. · Dispersam as partículas de sujeira. Características dos tensoativos – dependendo do HLB (equilíbrio hidrófilo lipófilo) vão variar entre as características abaixo): · Escala de 0 (totalmente lipofílico) a 20 (totalmente hidrofílico): quanto maior o HLB mais hidrófilo, quanto menor HLB mais lipófilo É importante conhecer valor HLB, pois deste deriva sua aplicação: · Agente molhante, Agente emulsionante, Detergente, Espumante Balanço Hidrofílico-Lipofílico (valor HLB) •Emulsões: - Emulsão de óleo em água (O/A) O emulgador deve ter caráter hidrofílico (HLB 8 – 18) - Emulsão de água em óleo (A/O) O emulgador deve ser lipofílico (HLB 3 – 6) •Umectantes Substâncias que tem a propriedade de molhar rapidamente outras substâncias - tem HLB 7 - 9 (são lipofílicos). Detergentes São tensoativos que tem a propriedade de umectação, remoção e dispersão da sujeira e de emulgador de gorduras. A ação do detergente é regulada pelo seu valor HLB (11 – 15): - HLB baixo: maior capacidade de umectação; - HLB alto: maior capacidade de emulsionar gorduras na água, e menor capacidade de umectação. Classificação dos Tensoativos Deacordo com as características do grupo polar da molécula: · Aniônicos · Catiônicos · Anfóteros · Não-iônicos Molécula de tensoativo Apresenta uma cadeia carbônica longa. As cadeias de carbono na presença de água de carbono são repelidas formando micelas. As micelas* são responsáveis por fornecer viscosidade para o shampoo. *Micelas: são agredados moleculares que são formados quando um tensoativo é adicionado a uma solução aquosa e a sua concentração está acima de certa concentração crítica (CMC). A parte hidrofóbica tende a se afastar da água e a parte hidrofílica tende a interagir fortemente com ela, assim formando as Micelas. A adição de sal (Cloreto de sódio ou de amônio) em uma solução com micelas faz com que as mesmas assumam uma forma cilíndrica, o que faz com que elas tenham um movimento mais restrito, aumentando a viscosidade do sistema. Porém, se muito sal for adicionado, ocorrerá a quebra do sistema, reduzindo drasticamente a viscosidade. A concentração onde inicia o processo de formação das micelas (micelização) é chamada de concetração micelar crítica (CMC), que é uma propriedade intrínseca e característica do surfactante. A CMC depende da estrutura do tensoativo e das condições experimentais. As micelas são estáveis, mas são destruidas se a solução for diluída e a concentração do tensoativo ficar abaixo do CMC. A Presença de eletrólitos - aumentam a força iônica do meio, diminuindo a solubilidade do tensoativo - alterando as suas formas originais - compactando as micelas, diminuindo a mobilidade do sistema O espessamento depende diretamente da estrutura micelar dos tensoativos, da formulação e da sua interação com o eletrólito e a água. Os produtos que reduzem a solubilidade das micelas funcionam como espessantes, enquanto aqueles que aumentam sua solubilidade reduzem a viscosidade do sistema. Normalmente os tensoativos são não iônicos, apresentam uma parte lipofílica e hidrofílica, não exercem capacidade de limpeza, atuam estabilizando a fórmula Tensoativos primários devem ter característica aniônica. Tem que possuir uma reserva de viscosidade para.... COMPONENTES DOS SHAMPOOS •É indispensável conhecer o caráter iônico dos produtos químicos, pois a mistura inadequada pode resultar em precipitação. - produtos catiônico + produto aniônicos = incompatível (ppt) - produtos catiônico + produto não iônicos = compatível - produto aniônico + produtos não iônicos = compatível Classificação Características Exemplos Aniônicos Grupamento funcional polar possui carga negativa quando em solução aquosa. Possuem: •Poder de detergência •Formação de espuma (espessa e cremosa) • Resistentes à presença de sais de Ca e Mg Alquil sulfatos: Lauril sulfato: sódio, trietanolamina, amônio Alquil éter sulfatos: Lauril éter sulfato: sódio, trietanolamina, amônio Lauril éter sulfato: sódio - ótimo poder espumante, boa reserva de viscosidade, baixa agressividade aos cabelos Alquil sulfossuccinatos Catiônicos Grupamento funcional polar possui carga positiva quando em solução aquosa •Podem apresentar incompatibilidades com alguns tensoativos aniônicos •Proporcionam: Aumento de viscosidade, Condicionamento, Efeito antiestático Cadeia utilizada: C12-C14 influenciam na espuma C16-C18 proporcionam emoliência e condicionamento Anfóteros •Caráter dependente do pH • Reduz a irritabilidade dos alquil sulfatos, alquil éter sulfatos e alquil sulfonados. Proporciona: •Aumento de viscosidade •Estabilização da espuma • Podem reagir com alguns tensoativos aniônicos - turvação e/ou precipitação Betaínicos: Cocobetaína, Cocoamidopropilbetaína Glicinatos: Cocoanfocarboxiglicinato Cocoamidopropilbetaína – interessante para cabelos secos – deixa uma reserva de gordura para os cabelos. Não limpa o cabelo mas estabiliza a espuma e promove uma melhor viscosidade Não-iônicos Bons formadores de espuma •Possuem alta solubilidade em meio alcalino ou ácido •Alta tolerância a eletrólitos •boa capacidade umectante •Doadores de consistência •Aumentam a viscosidade Alcalonamidas do ácido graxo de côco: Dietanolamida do ácido graxo de côco. Alquil poliglicosídeos: tensoativo secundário Decil poliglicosídeo: tensoativo primário (muito caro, derivado do milho) Dietanolamida do ácido graxo de côco. – doador de viscosidade Cabelo ph 4 – ponto isoelétrico Espessantes: · Sais · Espessantes Poliméricos •São adicionados para aumentar a viscosidade do xampu e permitir que, ao ser despejado do frasco, possa ser aparado pelas mãos não escorrendo por entre os dedos. Exemplos: · Cloreto de sódio (melhor espessante, aumenta a viscosidade do shampoo até um valor máximo, a partir do qual qualquer quantidade a mais adicionada leva a uma diminuição da viscosidade, sem possibilidade de correção) · Hidroxietilcelulose (Natrosol) · Carbopol 2020, PEG 6000. Redução da viscosidade •Excesso de eletrólitos – diminuição drástica da solubilidade do tensoativo em água - desestabilização das micelas. •Adição de: · Excesso de cloreto de sódio · Solventes - o álcool quebra a viscosidade, por isso não dá para usar uma tintura como base · Extratos vegetais · Essências ELIMINAÇÃO DA SUJEIRA •Quando um sabão entra em contato com a água, as porções hidrofóbicas de suas moléculas assumem uma conformação que as protege do contato com as moléculas de água (altamente polares). •Como reduzem a tensão superficial da água, os tensoativos permitem que a sujeira seja removida facilmente através da formação de micelas. •Numa micela, a extremidade apolar do tensoativo fica voltada para o centro, interagindo com o óleo (ou substâncias hidrofóbicas) enquanto a extremidade polar para fora (interagindo com a água). O processo de eliminação da sujeira depende da capacidade de limpeza dos sabões e detergentes, ou seja, depende da sua capacidade de formar emulsões com materiais solúveis nas gorduras. •Na emulsão, as moléculas de sabão ou detergente envolvem a "sujeira" de modo a colocá-la em um envelope solúvel em água, a micela, e então as partículas sólidas de sujeira dispersam na emulsão COMPONENTES DOS SHAMPOOS COADJUVANTES SEQÜESTRANTES •Formam complexos com íon metálicos. •Exercem efeito sinérgico com os agentes conservantes, além de prevenirem a descoloração do produto. •Aumento da estabilidade •Potencialização do sistema conservante •Principais: •EDTA •Heptanoato de Sódio Componente bacteriostático •São indicados conservantes de amplo espectro e solúveis em água •Principais: •Nipagin •Phenonip® •Phenova ® •kathon® Sobreengordurantes: •Lanolina etoxilada Hidrótopos: •Estabilizadores de formulações •Elimina problemas de separação de fases •Potencializa a ação do sistema tensoativo •Aumenta a solubilização dos mesmos em água •Diminui o ponto de turvação •Principais: •Uréia •Tolueno sulfonato de sódio Composição aromática (essência): Deve ser própria para este tipo de produto e a concentração utilizada deve estar entre 0,2 e 0,5%. •Corretivo de pH: O pH ideal - na faixa de 5,5 a 6,5. Solução de ácido cítrico. •Perolizante •Aditivos: Cosmiátricos: silicones, hidrolisados de proteínas, trigo, queratina, colágeno. Fitoterápicos: ext. glicólico jaborandi, hamamellis, camomila, algas, etc. •Ativos medicamentosos: anticaspa, seborréia, antiqueda, anti-psoríase, pediculicida, etc. •Filtros solares: solúveis em água. •Condicionantes: poliquaternários. Processo de fabricação do shampoo: 1Processo à frio: As matérias primas são adicionadas uma à uma seguindo uma ordem. 2Processo de fabricação de shampoo à quente Utilizamos matérias-primas que só podem ser adequadamente incorporadas; Todos os componentes que possam sofrer aquecimentos até temperaturas de até 80ºC, são misturados numa ordem determinada e submetido ao aquecimento; Após um período de homogeneização adequado a mistura é esfriada até temperatura ambiente; Se tem cera na formulação tem que ser fabricação a quente. Sempre o processo a quente é realizado em duas fases. O produto feito a quente pode ser resfriado com acréscimode água depois. 3 Processo de fabricação acelerado para shampoo •São aquecidos apenas uma parte da fórmula que pode variar entre 20 e 50% do total; •O importante é que a maior parte da água, seja reservada para servir de elemento refrigerante, permitindo um abaixamento médio de 20ºC na temperatura, reduzindo assim substancialmente o tempo de processamento Quanto menos água mais estável o shampoo e menos fungo PRINCIPAIS PROBLEMAS SHAMPOO - pH alcalino - Ponto de turvação elevado - Precipitação - Viscosidade baixa - Alteração da cor original - Pouca espuma Shampoo com piritionato de zinco precipita – tem que fazer suspensão Viscosidade baixa – pode acrescentar o sal até certo ponto Pouca espuma – significa que tem pouco tensoativo, tem que acrescentar mais – Dietanolamina, Cocoaminobetaína, ou laurel éter sulfato de sódio pH Alcalino Ocorre sempre devido a um excesso de base, geralmente hidróxido de sódio ou aminas, no produto. Para resolver esse tipo de problema, pode-se adicionar ácido cítrico em quantidade suficiente para atingir o pH desejado Ponto de turvação elevado • Na grande maioria das vezes é causado por um excesso de sal (NaCl), que diminui a solubilidade dos tensoativos aumentando a viscosidade. •Contudo o sistema possui um limite de saturação e caso esse limite for ultrapassado, o eletrólito causa a desestabilização das micelas, acarretando perda de viscosidade e turvação, com posterior precipitação. • Para corrigir esse problema, deve-se aumentar a quantidade de Tensoativo no sistema e/ou diminuir a % de Sal Precipitação Pode ocorrer pelo ponto de turvação elevado, citado anteriormente ou ainda, devido a presença de íons metálicos (Fe+3 Ca+2, Mg+2) na água utilizada no preparo das formulações, que poderão precipitar seus sais, caso o produto de solubilidade dos mesmos ultrapasse o limite. Ou ainda devido a incompatibilidades com os tensoativos utilizados na formulação. A utilização de água deionizada e sequestrantes pode evitar esse tipo de problema. Viscosidade baixa A viscosidade depende diretamente da estrutura dos tensoativos e da interação com o meio. Para aumentar a viscosidade, podemos aumentar a concentração de tensoativos que apresentem boa resposta a eletrólitos e/ou utilizar misturas de diferentes tensoativos que poderão contribuir sinergicamente para o aumento de viscosidade do meio. Por exemplo, o sistema: LESS e amida de coco. Alteração da cor original Está relacionada com a qualidade do corante e com íons oxidantes, como o Ferro (Fe+3), presentes na água utilizada na formulação, que oxida o corante e altera a cor do produto. Esse problema pode ser resolvido da seguinte maneira: - Trabalhando com corantes de Qualidade. - Utilizando água deionizada na formulação. - Utilizando sequestrantes. - Utilizando filtros solares químicos, que aumentam a estabilidade do produto frente aos raios ultravioleta do sol. Em formulações de baixo custo torna-se inviável está alternativa. Pouca espuma Como descrito no Mecanismo de formação da espuma, é fundamental para formação da mesma um tensoativo com características espumantes. Então para resolver tal problema, é necessário apenas aumentar a concentração de tensoativos ( LESS) e de estabilizadores de espuma (Amida de Coco). CONDICIONADOR DE CABELOS Diferença entre shampoo e condicionador - PH= 4 e o tipo de tensoativo, no condicionador o tensoativo deve ser catiônico. Os condicionadores são emulsões agua e óleo. Devem ter muita afinidade com a queratina no cabelo pois o objetivo é promover a penteabilidade. MATÉRIAS – PRIMAS: •Cloreto de cetil trimetil amônio: propriedades antiestáticas e bactericidas – É o principal tensoativo •Concentração usual: 1a 5% dosagem deve ser feita em função do restante da formulação e do efeito condicionador pretendido. •Muitas vezes são tóxicos e irritam os olhos e a pele. •Podem levar à irritações perigosas (opacidade da córnea e cegueira) •Evitar altas concentrações Substâncias sobreengordurantes •Destinadas a compensar a retirada excessiva da gordura dos cabelos pelos shampoos com a finalidade de condicionamento/aditivos, •Ex.: álcoois graxos, óleos vegetais, silicones,etc. •Ácidos orgânicos são usados par a reposição do pH normal do cabelo, devolvendo seu brilho, são exemplos: ácido lático, ácido málico, tartárico, etc. •Outros componentes: caracteres organoléticos, conservantes,etc. •Espuma em condicionadores: não é desejável Quanto mais silicone presente na fórmula mais leve é o efeito do produto. Falta uma aula aqui PRINCÍPIOS BÁSICOS DA ABSORÇÃO CUTÂNEA Permeabilidade cutânea – é a capacidade pela qual a pele tem de deixar passar seletivamente certas substâncias em função da natureza química. · Absorção ou penetração - ação tópica -> não pode ter efeitos colaterais · Permeação cutânea ou transcutânea – ação sistêmica A pele é uma barreira anatômica complexa que é dividida em epiderme, derme e hipoderme. hidratação Epiderme estrato córneo é a principal barreira limitante de difusão percutânea. Não apresenta vasos sanguíneos. Derme tecido conjuntivo. Apresenta vasos sanguíneos. Hipoderme tecido conjuntivo adiposo. Camada córnea é a camada da pele que se encontra mais externa (queratinizada). Quais substâncias a pele é permeável? Éter, relativamente permeável: hormônios, esteroides, vit. D (nanoencapsulada) e derivados fenólicos. Praticamente impermeável: eletrólitos, proteínas (colágeno), carbohidratos. Vias de absorção: As moléculas aplicadas sobre a pele sofrem difusão passiva 1 - Transepidérmica – a penetração É MUITO LENTA, mas em função da grande extensão desse órgão, essa via tem uma importância considerável. Podem ser: · Via intercelular: P.A difunde-se ao redor dos corneócitos (fazem parte da epiderme) permanecem dentro da matriz lipídica · Via transcelular: P.A passa diretamente através dos corneóticos e da matriz. 2 - Transanexial: a penetração ocorre via anexos: via apêndices rota paralela, fármaco é absorvido por folículos pilosos, glândulas sebáceas e glândulas sudoríparas. São consideradas as zonas de melhor penetrabilidade e penetrbilidade mais rápida. · As duas vias se complementam!!! A importância de cada via de penetração depende das propriedades do fármaco utilizado. Na ausência de corrente elétrica a penetração transepidermica de P.A se restringe a poucas moléculas.Em condições normais a penetração transepidérmica de P.A. se restringe a poucas moléculas, que devem ser, necessariamente: · Potentes (capazes de atingir o efeito terapêutico em baixas concentrações) · Pequenas (Massa Molar < 400 g/mol) · Ligeiramente lipofílicas (para se partilharem através das camadas da epiderme). Fatores que afetam a permeação da pele · Biologicas/fisiológicas: · Fatores extremos interfere na permeação, como pele muito oleosa ou muito seca. A pele hidratada é um fator importante para a absorção. · Idade – como crianças que tem mais problemas com cosméticos devido a pele ser mais fina. · Fluxo sanguíneo – região da pele com mais vasos sanguíneos · Local da pele em que é aplicado o produto. · pH mais ácido ou básico ( pH mais elevado auxilia na absorção das substâncias) - Trietolamina. · Traumáticos: Se a pele estiver alterada, a penetração será facilitada (ferimentos, afecções). · Desordens da pele pré-existentes · O desengorduramento da pele pode melhorar a absorção percutânea, pois retira a barreira lipídica. · Peles lipídicas e alipídicas: grau de penetração menor · Fisicos/químicos: · Peso molecular baixo. · Emulsões O/A (o melhor veículo são as nanopartículas, na sua ausência a emulsão O/A é a melhor escolha). · pH alcalino; · temperatura elevado; · concentração ativo. Promotores químicos – para melhorar penetração. Aplicar vaselina sólida sobre a pele além de melhorar absorção melhora também a hidratação da pele. Promotores – alteram a estrutura do estrato córneo. Promotores físicos ultra som (géis hidrofílicos) corrente galvânica. Consequências do uso de cosméticos na pele Pele muito sensível podem causar irritações.Causas: menor função de barreira do estrato córneo (perda transepidermica de agua); fluxo sanguíneo elevado; hidratação mais baixa; áreas que mais afetam: queixo e sitio infra-orbital/paranasal. PRODUTOS COSMÉTICOS: Risco mínimo (grau 1), risco potencial (grau 2) HIPERSENSIBILIDADES São classificadas em 4 tipos mas somente a tipo 1 e 4 estão relacionadas a cosméticos. Tipo I (Imediata) alérgenos – é fagocitado e apresentado a TCD4 desencadeando uma séries de reações celulares que culminam na liberação final de histamina pelos mastócitos. Esse tipo de hipersensibilidade é mais local e resulta em urticárias sensação de calor; dor aguda e coceira. Tipo IV (Tardia) alérgenos ou haptenos. Resultam eczema vermelhidão após se formam crostas, pele mais espessa. · A dermatite de contato é uma reação inflamatória na pele recorrente a exposição a um agente alérgico. · Dermatite de contato irritativa: restritivas ao local de contato, originado de algum componente químico indivíduos apresentam eritema, descamação e edema. · Dermatite de contato alérgica: envolve todo o SI surge após repetidas exposições ao produto e demoram meses para resposta aparecer – tardia. Lesões mais graves. Substancias que desencadeiam – haptenos (baixo peso molecular, pequena capacidade de resposta imunológica). Estado cosmético (hipersensibilidade a produtos cosméticos) – são pessoas que não podem entrar em contato com nenhum produto que o corpo já produz sensação de calor e dor aguda, sensível a muitos produtos. FISIOLOGIA DA SUDORESE E AÇÃO DOS DESODORANTES E ANTITRANSPIRANTES POR QUE SUAMOS? Para manter a homeostasia do corpo • REGULAÇÃO DA TEMPERATURA CORPORAL: Manter homeostasia do corpo 36ºC • DEFESA NATURAL DO ORGANISMO CONTRA O CALOR • UMIDIFICAR A PELE - Manutenção hidratação superficial cutânea • ELIMINAR TOXINAS • Manutenção do pH CUTÂNEO – 5,5 • ESTÍMULOS FÍSICOS, NERVOSOS E EMOCIONAIS – • Drogas parassimpatomiméticas ou colinérgicas (como a acetilcolina e a pilocarpina) estimulam o suor. Termorregulação – A cada elevação da temperatura em 1ºC, a velocidade das reações químicas aumenta por cerca de 10 vezes; – Todas as enzimas possuem uma temperatura ideal acima da qual sua atividade declina; – Geralmente, a maioria das pessoas apresenta convulsão quando a temperatura central excede os 41ºC, e a desnaturação das enzimas e outras proteínas se acelera acima de 42ºC, promovendo a morte celular. GLÂNDULAS SUDORÍPARAS · Suor - produzido pelas glândulas sudoríparas: écrinas (pequenas) e apócrinas (grandes) · Regiões mais quentes tem mais n de glândulas sudoríparas. GLÂNDULAS SUDORÍPARAS ÉCRINAS • São distribuídas por toda a superfície do corpo, na profundidade da derme. • São glândulas tubulares que desembocam na superfície da pele através da epiderme • Mais numerosas nas palmas das mãos, plantas dos pés e axilas. • Fazem parte da termorregulação. • A secreção écrina é estimulada pelo calor e tensão emocional, em função de sua inervação colinérgica. • Acetilcolina – principal neurotransmissor. GLÂNDULAS SUDORÍPARAS APÓCRINAS • Estão presentes principalmente nas axilas e região região pubiana, mamária e anal. – elas produzem alimento das bactérias, secreções mais leitosas que são o substrato para bactérias -> produção de odor desagradável. (aumenta com estresse). • Desembocam em geral nos folículos pilossebáceos. • Não fazem parte da termorregulação. – temperatura elevada entra em ação écrinas • Entram em atividade durante a puberdade e declinam com a velhice. • Atividade inicia-se antes nas mulheres e nestas estão em maior número. • O estímulo é dependente de substâncias adrenérgicas (inervação adrenérgica). • Não respondem a estímulos térmicos ou colinérgicos • Respondem a estímulos nervosos, stress emocional, ansiedade. COMPOSIÇÃO DO SUOR Suor écrino: é variável. • ÁGUA E CLORETO DE SÓDIO: Principais componentes. Devido a alta concentração de sal pode opor a degradação bacteriana. • Outros eletrólitos (K, Na), uréia, ácido láctico, ácido pirúvico, aminoácidos, minerais (Cu, Fe, Zn, Ca, Mg) pequenas quantidades de sacarídeos e, possivelmente, pouca quantidade de lipídeos. • O pH varia de 4,7 até 6,0. Suor apócrino – mais rico em lipídeos: • Água, cloreto de sódio, porcentagens mais elevadas de proteínas (devido a restos celulares), lipídeos (faz parte da alimentação do Corynebacterium), açúcares reduzidos, Amônia, íons ferro, etc • Pode apresentar substâncias cromógenas, como o indoxil (azul índigo), sua produção depende da genética. Roupas podem ser tingidas devido presença dessas substancias. A formação do odor • Basicamente suor apócrino, rico em substâncias orgânicas, é o substrato ideal para o crescimento bacteriano. Como as glândulas apócrinas estão situadas em locais pouco ventilados e úmidos, essa degradação é favorecida. • Os microrganismos responsáveis pela degradação do suor são essencialmente bactérias Gram-positivas como Staphylococcus, Corynebacterium e Propionibacterium. • O suor écrino: tem demonstrado menor importância na origem do odor axilar e mantém o pH ácido da pele, se opondo à proliferação bacteriana. O odor corporal • Difere de uma pessoa a outra. • Depende das circunstâncias pessoais, do meio, estado social e fisiológico. • Não existe necessariamente uma relação entre a quantidade de suor, intensidade do odor e quantidade de microrganismos. • O odor sudoral: Semelhante à urina ou ao musk. Depende da genética ou alimentação. Alterações da função sudoral • Aplasia – ictiose (doença genética) – sem glândulas sudoríparas (icti = peixe); - pele de escama de peixe • Hidroses – alterações da função sudoral: · Anidrose: diminui quantidade de suor – menos frequente · Disidrose - Ocorre retenção de suor entre as células da epiderme - Causas prováveis: Alterações climáticas Estresse emocional – forma bolhas, da coceira. Atinge as mãos e os pés, iniciando com coceira e formação de vesículas endurecidas, atingindo principalmente a face lateral dos dedos, as palmas das mãos e as plantas dos pés. A coceira pode ser intensa e o ato de coçar rompe as bolhas que eliminam líquido transparente. · Hiperidrose: Sudorese excessiva, muito superior à requerida para termorregulação normal · Bromidrose - condição crônica caracterizada por sudorese e odor excessivo Causas: • Estímulos emocionais (hiperidrose emocional) • Maior sensibilidade dos centros reguladores de temperatura • Algumas doenças metabólicas ou lesões neurológicas · Áreas mais atingidas: axilas, palmas das mãos, plantas dos pés, região inguinal e perineal Tratamento: •Medicações de uso local que visam diminuir a secreção sudorípara •Aparelhos para iontoforese •Medicações via oral •Apoio psicológico e uso de tranquilizantes •Toxina botulínica: boa opção terapêutica, interrompendo a secreção sudoral na área tratada por períodos que variam entre 6 a 8 meses. •Casos graves de hiperidrose axilar podem ser tratados cirurgicamente, com a remoção das glândulas sudoríparas ou através da simpatectomia, quando os nervos responsáveis pelo estímulo à sudorese são cortados. MECANISMOS DE DESODORIZAÇÃO 1 -REMOÇÃO OU REDUÇÃO DO ODOR 1.1 Remoção física ou mecânica 1.2 Remoção química por neutralização do odor 1.3 Absorvedores ou adsorvedores do odor 2 -MODIFICAÇÃO DO ODOR 2.1 Mascaramento do odor 2.2 Neutralização do odor 2.3 Emprego de fragrâncias antimicrobianas 3 -PREVENÇÃO DO DESENVOLVIMENTO DO ODOR 3.1 Inibição do desenvolvimento bacteriano mediante o emprego de antissépticos 3.2 Redução no fluxo de suor 3.3 Neutralização do sistema enzimático MECANISMOS DE DESODORIZAÇÃO 1 - REMOÇÃO OU REDUÇÃO DO ODOR 1.1 Remoção física ou mecânica: “Não existe dúvidas que uma boa higiene da pele não só reduz o número total de bactérias sobre a superfície cutânea, como também podem remover substâncias odoríferas”. 1 -REMOÇÃO OU REDUÇÃO DO ODOR 1.2 Remoção química do odor: · Uso do bicarbonato de sódio / leite de magnésio. Sugere-se que parte da ação desodorante do bicarbonato é devida à suacapacidade de neutralizar quimicamente os ácidos graxos de cadeia curta liberados na axila. · Ricinoleato de zinco – também apresenta a capacidade de remover quimicamente o odor e apresenta adicionalmente efeito bacteriano e baixo potencial de irritação cutânea. · Outros: Carbonato de Zinco e Carbonato de Magnésio. 1.3 Absorventes ou adsorventes de odor: · •Resinas de troca iônica – pouco valor tem sido dado a esse material; · •Peneiras moleculares (ABSCENTS® – Sodium Potassium Aluminosilicate): materiais inorgânicos, com estrutura cristalina de átomos de alumínio e silício, formando uma rede tridimensional com aparência de colméia contendo cavidades internas, que atraem odores e os confinam no interior da sua estrutura porosa. · •Outros exemplos: sulfato duplo de alumínio e potássio, 2-naphtholic acid dibutylamyde e o isononanoyl-2-methylpiperidide. 2 -MODIFICAÇÃO DO ODOR 2.1 Mascaramento do odor: Envolve um simples encobrimento do mal odor pelo emprego de um odor mais agradável. 2.2 Neutralização do odor: É um fenômeno no qual dois ou mais odores são misturados e a intensidade da combinação é menos intensa do que cada um deles individualmente. 2.3 Fragrâncias antimicrobianas: Fragrâncias não somente reduzem a percepção do odor por mascaramento, como também o fazem por exercer efeitos antimicrobianos, apesar de sua eficácia microbiana ser considerada reduzida. PARABENOS: NÃO PODEM SER UTILIZADOS EM CRIANÇAS POIS PODEM PROMOVER HIPERESTROGENISMO. 3 -PREVENÇÃO DO DESENVOLVIMENTO DO ODOR 3.1 Desodorização pelo emprego de antimicrobianos: · Qualquer composto que inibe crescimento de mo que se encontram nas axilas. · Devem ser livres de reações tóxicas, alérgicas, ou de irritação e devem possuir a capacidade de permanência e retenção sobre a pele para que o efeito perdure. · Obtenção de desodorantes efetivos sem o uso de fragrâncias fortes. IRGASAN – MAIS ULIZADO PARA INIBIR O CRESCIMENTO MICROBIANO. 3.2 Desodorização pelo Emprego de agentes Antitranspirantes • Redução no fluxo de suor • Sais de Alumínio e Zircônio • Devido a acidez excessiva (pH 2) o cloreto de Alumínio mostra-se irritante à pele (acidez muito pronunciada), além de manchar e destruir as roupas. 3.3 Desodorização pelo emprego de agentes antienzimáticos • Neutralização do sistema enzimático • HIDAGEN–CAT Citrato de trietila (Éster trietílico do ácido citrônico) nome + BHT – São enzimas que transformam o odor desagradável em outro tipo de cheiro. DIFERENÇA ENTRE DESODORANTES E ANTIPERSPIRANTES Desodorantes: Mascara, transforma ou adsorve um odor • Apresentam em sua composição, normalmente, tão somente um antisséptico ou a soma de um antisséptico com a capacidade de mascaramento de muitas fragrâncias. Antiperspirantes: • Evita que a pessoa transpire e reduz o fluxo sudoral. Triclosan (IRGASAN DP 300): • Apresenta atividade antimicrobiana de amplo espectro. FORMAS FARMACÊUTICAS DOS DESODORANTES E ANTIPERSPIRANTES Aerosóis: • Geralmente, apresentam como veículo uma solução hidroalcoólica (antiperspirante). • Além disso, apresentam um umectante (como o propilenoglicol), uma fragrância (que é opicional) e um ativo desodorante (como o triclosan). • Por ser uma solução hidroalcoólica e pela presença do agente antimicrobiano, não se faz necessário o uso de conservantes. “Roll-on”: • Roll-on” transparentes que utilizam polímeros como metilcelulose e hidroxietilcelulose para espessar o veículo hidroalcoólico que contém o ativo antiperspirante ou desodorante. Muitas vezes podem causar ardor em axilas recentemente depiladas; • “Roll-on” baseados em loções cremosas óleo em água que apresentam monoestearato de glicerila ou éteres ou ésteres de polioxietileno como agentes emulsionantes. Por vezes, são um tanto viscosas logo após a aplicação; • “Roll-on” que são suspensões de silicone anidro. Todavia, deixam um depósito esbranquiçado sobre a pele. Problema: não secar rapidamente, deixa resíduos esbranquiçados. Alcool seca rapidamente, mas desidrata. Cremes: Base não iônica ou aniônica, que contem princípio ativo. Deve ter bastão para passar para evitar o contato da mão com o produto remanescente. • São produtos baseados em emulsões formulados para fornecer um filme seco na aplicação sobre a pele. Os componentes principais são ácidos graxos livres ou alcoóis graxos (ceras) e emolientes como palmitato de isopropila, óleo mineral, etc. Géis transparentes: • Tratam-se de emulsões silicone em água, nas quais os índices de refração das fases dispersa e contínua são igualados. • É necessária a presença de um tensoativo de silicone para que se obtenha estabilidade, especialmente em temperaturas elevadas. • Tais produtos têm a vantagem de não deixar resíduos durante ou após a aplicação e de terem aparência cristalina. PERFUMES – Famílias Olfativas (Prova) PERFUME é um termo genérico para designar uma mistura ou composição de óleos essenciais, naturais ou de substâncias sintéticas, diluídas, em concentrações variáveis, em álcool a diferentes graus. ORIGEM · NATURAL · Flores, Folhas e ervas, madeiras, Cascas de frutos, animal · SEMI – SINTÉTICA · carvona (do limoeiro), cedryl acetato (do cedrol), etc. · SINTÉTICA · Terpenóides, alifáticos, benzenóides Ex. Animal: Musk, ou almíscar – feito da secreção de uma glândula do veado ou de uma glândula sebácea genital da cabra montesa da Ásia. PERFUME: NOTAS DE BASE (FIXADORES), NOTAS DE CORPO E NOTAS DE CABEÇA MÉTODOS DE EXTRAÇÃO • EXPRESSÃO - grande quantidade de óleo essencial numa planta, é possível coletá-lo diretamente espremendo-o ou pressionando o óleo essencial (Ex. Cravo, bergamota, laranja, limão, toranja, mandarina). • DESTILAÇÃO - quando aquecidas, as substâncias aromáticas se evaporam e, quando colocadas em contato com o frio, condensam-se em sua superfície • DESTILAÇÃO A VAPOR - utiliza-se um gerador de vapor: num recipiente separado, a água em ebulição transforma-se em vapor que é submetido a pressão através de um material aromático numa câmara diferente da máquina. O vapor saturado com substâncias aromáticas é então arrefecido e o óleo essencial separado. • EXTRAÇÃO POR SOLVENTES – Uso de solventes diferentes para obter uma grande variedade de produtos aromáticos. · Tinturas - solvente (etanol) deixado para a matéria-prima liberar seus compostos aromáticos - materiais de origem animal; · Se as matérias-primas (casca, folhas, raízes, flores ou sementes) forem extraídas com qualquer solvente não polar (hexano, éter de petróleo, benzeno ou tolueno) e o solvente é então removido da solução a baixa temperatura, é chamado de concreto. · Concreto contém muitas substâncias pesadas, não-cheirosas (ceras, parafinas, ácidos gordos e seus éteres), mas ainda assim a sua fragrância é profunda e rica. · Absoluto: Para obtê-lo, um concreto é submetido a uma segunda extração por etanol. O extrato de etanol é resfriado e deixado em repouso, obtendo-se a cera de flor. Quando a cera de flor e, em seguida, o etanol são removidos, obtém-se uma substância de material aromático altamente concentrado, que é chamado absoluto. Aqui se obtém o material aromático. • MACERAÇÃO - A planta é triturada e depois colocada em contato com o solvente para que seja embebido, até que os tecidos da mesma sejam amolecidos e o solvente penetre nas células, dissolvendo os constituintes solúveis. O recipiente deve permanecer tampado e sob agitação por 2 a 14 dias a uma temperatura de 15 a 20ºC. • ENFLEURAGE - pétalas de flores são colocadas em fileiras na superfície de uma gordura animal purificada e substituídas por novas até que a gordura esteja totalmente saturada com substâncias aromáticas. • EXTRAÇÃO SUPERCRÍTICA - Emprega CO2 supercrítico como solvente de extração. Menos destrutivo. MAIS RÁPIDO, APROXIMADAMENTE 80 MIN. • PERCOLAÇÃO - A droga triturada é colocada num aparelho específico, chamado percolador, sendo que os componentes solúveis são liberados pela passagem lenta de um solvente. • EXTRAÇÃO EM APARELHO DE SOXHLET - extração altamente eficiente.DESVANTAGEM – TEM QUE FICAR 6 HS PASSANDO PELO PRODUTO P RETIRAR O PA ESTRUTURA E NOTAS OLFATIVAS Qualidade do perfume está relacionada com a escolha das matérias primas! A qualidade de um perfume está, principalmente, na combinação das fragrâncias e das matérias-primas empregadas em sua composição. Um perfume, tecnicamente, representa uma mistura de substâncias, sejam elas naturais ou químicas, diluídas em álcool. Na perfumaria moderna cada aroma recebe o nome de “nota”, suas misturas de “acordes” ou “harmonia” da fragrância. MECANISMO DE AÇÃO FISIOLOGICA ESTRUTURA E NOTAS OLFATIVAS · Notas de Saída (ou de cabeça): mais voláteis, some em 30 a 45 min · Por serem as mais voláteis, são as primeiras sentidas, responsáveis pela impressão inicial do perfume. Leves e frescas, podem ser cítricas (ex: limão, mandarina e laranja) ou herbais (ex: alecrim, menta e erva doce). Duram poucos minutos na pele. · Notas de Coração (ou corpo): · Evaporam mais lentamente e dão personalidade ao perfume, sendo o corpo da fragrância. São exaladas quando o perfume começa a ser absorvido pela pele. Geralmente, fazem parte desse grupo flores (ex: rosa, jasmin, gerânio) e frutas não cítricas (ex: framboesa e pêssego). · Notas de fundo ou base (fixador) – dura de 5 a 6 horas · Menos voláteis, fixam intensamente e são as últimas a sumirem. Dão peso e calor ao perfume. Em geral, vêm de madeiras (ex: cedro e pinho), espeçarias (ex: gengibre, noz moscada), resinas (ex: incenso), alimentos (ex: café, caramelo) e animais (não mais – pois hoje em dia são reproduzidas sintéticamente – como âmbar e musk). Podem ou não ser adocicadas (ex: baunilha e canela). Colônia – mais diluído que o perfume! NOTAS OLFATIVAS DO PERFUME TEMPO DE EVAPORAÇÃO O fixador não é um elemento à parte, acrescentado ao perfume para que este dure por muito tempo, embora erroneamente se fale de fragrâncias com um bom fixador. As notas de fundo são as responsáveis por isto, já que são compostas por substâncias mais densas e constantes, que se difundem mais lentamente, como por exemplo resinas ou concretos. FAMÍLIAS OLFATIVAS · Cítricos: Limão, mandarina, bergamota e outros cítricos fazem parte desse grupo, um dos mais populares da perfumaria. Com fragrâncias suaves e refrescantes, engloba tanto perfumes masculinos quanto femininos. Pela alta volatilidade de suas notas dominantes, são indicados para climas quentes e duram pouco na pele. · Frescos (Herbais, Verdes): Revigorantes, jovens e calmantes, remetem a folhas verdes e frescas (ervas cortadas, folhas amassadas, grama recém cortada). Podem apresentar notas marinhas · Frutais: Destaca-se o aroma de frutas adocicadas, como pêssego, maçã, lichia, cereja e frutas vermelhas em geral (morango, framboesa, amora e etc). Apesar do apelo feminino, também existem perfumes masculinos nessa categoria · Florais: É a mais famosa e tradicional família olfativa, à base de flores como jasmim, lírio, rosas e gardênias, na qual são preparados verdadeiros bouquets (ou só uma flor prepondera). Mais de 50% das fragrâncias femininas caem no floral, incluindo as mais clássicas · Orientais (Adocicados): Notas mais aveludadas e quentes (frequentemente adocicadas) fazem parte dessa família, como âmbar e baunilha. Os perfumes orientais costumam ser fortes, sensuais e elegantes, mas também pesados. Como as notas de base são a chave da fragrância, têm ótima duração. São tipicamente femininos · Amadeirados: Em maioria masculinos, os perfumes amadeirados costumam ter fragrâncias mais secas (como pinho e sândalo). · Especiados: Alguns perfumes, geralmente do tipo amadeirado ou oriental, possuem especiarias (temperos) em sua composição, como canela, cravo, noz moscada e pimenta. · Gourmand: Ainda dentro do grupo dos orientais, algumas fragrâncias utilizam elementos como marshmallow, praliné, chocolate, mel, amêndoas, caramelo, açucar, café, crème brûlée. Gourmand é o tipo de perfume que remete à comida. · Couro: Algumas fragrâncias tentam reproduzir o cheiro do couro (fumaça, madeira queimada) por meio de notas amadeiradas hipersecas, utilizando matérias como cedro e tabaco. · Aquáticos: Representa a sensação que sentimos com a presença da água, seja na proximidade de fontes e cachoeiras, orvalho ou na brisa do mar (no caso, notas marinhas, com algas na composição) · Ozônicos: As fragrâncias ozônicas são geladas, metálicas, incisivas e representam a limpidez cristalina no ar após uma trovoada, segundos antes da tempestade · Aromáticos (Fougère): Família específica para a mistura de aromas cítricos com lavanda e especiarias (amadeiradas), em perfumes masculinos · Chipre: Também se trata de uma combinação específica. Os chipres conseguem reunir o frescor dos cítricos ao fundo quente do musgo e carvalho (amadeirado). São femininos e sofisticados CONCENTRAÇÃO · Parfum · Aroma intenso, forma mais pura e concentrada da fragrância · Alta concentração de essências - 20 à 30%. · Valor mais elevado. · Intensa fixação na pele - duração média de 06 a 08 horas e é indicado para climas mais frios. · Eau de Parfum · Tem odor mais sutil, porém marcante. · A concentração de óleos essenciais vai de 15 a 20% e a duração é de 04 a 05 horas. · Eau de Toillete · Mais suaves, possuem concentração de 05 a 15% de óleos essenciais. · A duração média na pele é de 02 a 03 horas. · Classificação de perfumes mais vendida por apresentarem valores mais atrativos que o Parfum e Eau de Parfum. · Eau de Cologne · Leve, proporciona sensação de frescor e é muito usado no pós-banho. · Possui baixas concentrações de óleos (de 02 a 04%) e tem baixa duração na pele (até 02 horas). · Eau Fraiche · Também chamados de Body Mist ou Splash. · Concentração muito baixa de óleos essenciais que vai de 01 a 03%. · A duração na pele pode permanecer por até 02 horas. O TRABALHO DE UM PERFUMISTA É NECESSÁRIO: • Memória olfativa • Criatividade • Versatilidade/realidade • Estudar a estabilidade das formulações • Estudar e adaptar as fragrâncias aos diversos segmentos de mercado Para avaliar uma fragrância é necessário: • Comparar as fragrâncias a um controle; • Memória para recordar a identidade da fragrância; • Concentração; • Maceração adequada antes de avaliar a fragrância; • Avaliação do consumidor; O perfumista estabelece uma montagem de odores com auxílio de Essências naturais ou sintéticas, contidas em determinados frascos, que ele aspira o conteúdo auxiliado por tiras de papel absorvente. Uma vez dosada a mistura, podendo este trabalho durar meses, resta executar e terminar o sumo, ou seja, a base que caracteriza o perfume. Após inúmeras filtrações, purificações após repouso (fase mais longa), incorpora-se a base, mais ou menos concentrada no álcool à 96°. O BRIEFING DE UM PERFUME Consumidores podem ser classificados: • Os usuários de sabonetes – Não usam perfume, o sabonete é o único perfume percebido e somente como produto de higiene pessoal. • Os usuários de presentes - recebem fragrâncias na forma de presentes. Usam perfumes em eventos específicos. • Os consumidores de griffe – para estes indivíduos, um alto padrão de higiene resulta da marca da fragrância. Vestir um perfume significa ostentar mais luxo que os outros. Importante que o perfume exerça atração perante o sexo oposto. • Os estetas – para estes, a criação aromática é um meio para a autorealização e auto-estima. A escolha do perfume corresponde a sua personalidade e da sua vivência no momento – seus sentimentos e humores. Perfil do setor • Nesse segmento, novidade é palavra de ordem. • Categoria muito ligada à moda, diversas grifes famosas, se aventuram por esse terreno, como Dior, Kenzo e Chanel • A perfumaria fina procura ditar tendências, antecipar o desejo dos consumidores e, acima de tudo, apresentar inovações.
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