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DIAGNÓSTICO AGRONÔMICO

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SISTEMA DE CULTIVO 
(DIAGNÓSTICO AGRONÔMICO) 
 
 
 
 
 Discente: Ana Paula Oliveira Aranha 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CASTANHAL-PA 
2017 
1 INTRODUÇÃO 
Os agroecossistemas apresentam grande variabilidade e complexas relações de 
interação, para compreender esses sistemas, tem sido muito utilizado o método do 
diagnóstico agronômico. Este, consiste em se confrontar o modelo teórico com as 
observações correspondentes às variáveis da cultura e às variáveis ambientais observadas 
a campo (LOYCE; WERY, 2006). 
O Diagnóstico Agronômico também objetiva verificar as razões pelas quais, em 
algumas situações agrícolas, não se atinge o nível esperado de desempenho. Esse enfoque 
de pesquisa leva em consideração a variabilidade de uma região e procura identificar os 
fatores limitantes dentro de uma rede de propriedades (MEYNARD et al., 1996). O estudo 
da unidade de produção familiar agrícola deve estar associado as práticas do agricultor, ou 
seja, na sua relação concreta sobre a natureza para ter uma produção. O objetivo é 
identificar problemas no processo e pensar nas possíveis mudanças/alternativas que 
permitam superá-las (VEIGA, 2013). 
Para alcançar este objetivo no que diz respeito à produção vegetal do 
estabelecimento agrícola (os sistemas de Cultivo) devemos: Considerar o contexto em que 
estão inseridas as práticas do agricultor no que diz respeito à produção vegetal e estudar a 
relação destas práticas com o meio ecológico e com as plantas cultivadas e seu efeito sobre 
a produção (VEIGA, 2013). Nesse sentindo, é de fundamental importância compreender 
a relação do homem com o meio biofísico e as interações dos fatores bióticos e abióticos 
que constituem o agroecossistema. 
 Para melhor compreensão do funcionamento da unidade de produção familiar, 
torna-se necessário uma análise sistêmica vendo o estabelecimento agrícola como um 
sistema, Bourgeois (1995) fala que o mesmo é constituído por estabelecimento, agricultor 
e sua família, caracterizado como sistema família-estabelecimento. Partindo desse ponto, 
tem-se em primeira análise, a família no qual fornece ao sistema de produção, o trabalho, 
e posteriormente a essa troca do que ela extrai como retorno, faz uma avaliação se está 
comprometendo o sistema de produção ou não (BOURGEOIS,1995). Diante desse 
contexto, sempre deve ser levado em conta esses princípios para um melhor entendimento 
do funcionamento da unidade de produção familiar e de como as tomadas de decisão são 
realizadas a respeito do uso dos recursos. 
Partindo desses princípios da abordagem sistêmica, objetivou-se neste trabalho o 
diagnóstico agronômico do sistema de cultivo de uma propriedade de manejo de bacurizais 
nativos (Platonia insignis), em SAF com as frutíferas: sapotizeiros (Manilkara zapota), 
açaizeiro (Euterpe oleraceae L.), cupuaçuzeiro (Theobroma grandiflorum (Willd. ex 
Spreng.) K. Schum), aceroleira (Malpighia glabra L.), murucizeiro (Byrsonima crassifólia 
(L.) Rich)), gravioleiras (Annona muricata L.), taperebazeiros (Spondias mombin L.), 
limoeiros (Citrus spp), laranjeira (Citrus sinensis L. Osbeck), tangerineira (Citrus reticulata 
Blanco) e coqueiro (Cocus nucifera L.), de tais culturas destacam-se em importância de 
receita para o produtor, respectivamente: bacuri, açaí, cupuaçu. 
Os Sistemas agroflorestais (SAF’S) são sistemas sustentáveis de uso e manejo nos 
quais as árvores estão em associação com cultivos agrícolas e/ou animais em uma mesma 
área, durante um mesmo período ou em uma sequência temporal (DUBOIS, 1996; 
MACEDO, 2000). No manejo de bacurizais nativos, em algumas situações, transformar 
áreas de roças abandonadas ou fragmentos de capoeiras podem ser transformados em 
Sistemas agroflorestais. Diversas espécies frutíferas podem ser associadas aos bacurizeiros 
que estão sendo manejados, para mesorregião Nordeste Paraense. (HOMMA et al., 2006). 
2 METODOLOGIA 
O diagnóstico em questão foi realizado em uma propriedade rural situada no ramal 
do SAAE (Sistema de abastecimento de água e esgoto), bairro Apeteua, município de 
Maracanã PA, na mesorregião nordeste do Pará, distante cerca de 150 km da capital do 
Estado (CIDADE BRASIL, 2016). 
 Realizou-se a visita na propriedade no dia 12 de outubro de 2016, chegando às 08 h, onde 
inicialmente, buscou-se reunir com alguns agentes importantes para este trabalho, que 
foram proprietário, vizinhos, família, funcionário, e a equipe de estudo, onde, aplicou-se, 
para coleta de dados, os princípios do DRP (diagnóstico rural participativo), que consiste, 
segundo SALAS et al. (1994) e Verdejo (2010), em um conjunto de técnicas e ferramentas 
que permite impulsionar os agentes participantes da propriedade ou comunidade rural, a 
fazer auto reflexões sobre seus próprios problemas e as possibilidades para solucioná-los, 
fomentando, assim seu desenvolvimento sustentável. 
Foi realizado um percurso no estabelecimento agrícola utilizando ferramentas 
participativas dessa metodologia como entrevistas com perguntas norteadoras, caminhada 
transversal, levantamento de recursos naturais, uso da FOFA para identificar fortalezas, 
fraquezas, ameaças e oportunidades, fluxo econômico e camadas sociais, a fim de obter 
informações sobre o estabelecimento a partir de conversas informais, conforme proposto 
por Verdejo (2010), assim como o uso da abordagem sistêmica de acordo com Bourgeois 
(1995), fazendo levantamento de indicadores técnicos, econômicos, culturais, sociais, 
naturais, variáveis que devem ser consideradas para qualquer tomada de decisão, sejam 
decorrentes das políticas públicas e da conjuntura macroeconômica, de especificidades 
locais e regionais. Dados esses importantes para uma melhor compreensão do sistema de 
cultivo. 
2.1 Perguntas Norteadoras 
 Recorreu-se ainda a um roteiro com questões norteadoras, criando um ambiente aberto ao 
diálogo a respeito das principais informações sobre a família, o histórico do lote, as 
práticas de manejo, as plantas, dados de produção, as lógicas que a família encontrou para 
aquisição da propriedade e escolher o sistema ali implantado e a história da mesma, bem 
como identificar seus anseios para a propriedade e culturas e suas limitações para alcançá-
los, além de experiências adquiridas ao longo do desenvolver das suas atividades naquele 
lote. 
2.2 Caminhada Transversal 
 Foi percorrida a área da propriedade em regiões de uso e recursos diferentes, 
acompanhados pelo proprietário, seu filho e caseiro da propriedade. Ao longo dessa 
caminhada foram anotadas informações que surgiram pela observação dos participantes 
em cada zona que foi cruzada, para se obter dados sobre os diversos componentes dos 
recursos naturais, vida econômica, rotina de trabalho, características do solo, aspectos 
quantitativos e qualitativos de produção e manejos aplicados, fluxo de recursos e camadas 
sociais em que está inserido o contexto da propriedade. 
2.3 Levantamento dos Recursos naturais 
 Foi realizada a caminhada na área fazendo levantamento florístico, dos aspectos hídricos 
(fontes, rios, sistemas de água), pluviométricos, tipos e fertilidade de solo e levantamento 
topográfico da área, produzindo mapa da área. (Figura 01), fez-se também coleta de solo 
para análise química, granulométrica e densidade do solo, buscando uma visão geral das 
propriedades do solo, caracterizando áreas de várzeas, tipos de solo e de vegetação 
ocorrente. Foram consideradas também informações sobre aspectos da fauna, relevo, 
poluição e impactos. 
 
Figura 01. Localização da propriedade. 
Fonte: Siqueira, 2017 
2.4 Tomada de Decisões 
De posse dessas informações, buscou-se construir, de maneira participativa uma 
proposta de plano de ação, identificando os problemas e fatores limitantes e quais medidas 
necessárias a serem tomadas para se chegar às mudanças necessárias, promovendo assim 
maiores índices de produtividadee sustentabilidade. 
 Conforme Lima et al. (2005), o produtor rural age e gestiona seu sistema de produção 
conferindo-lhe uma lógica, uma racionalidade que lhe é própria, condicionada por um 
ambiente físico, social, cultural, institucional, político e econômico. 
3 RESULTADOS 
3.1 A família e a formação do estabelecimento 
A constituição da família Pereira originou-se no município de Belém Pará, é 
constituída por 5 pessoas. O proprietário é o Sr. Raimundo Nonato da Costa Pereira, 55 
anos e sua Esposa Nancy Nazaré Leão Pereira de 49 anos, e seus três filhos, sendo dois 
homens e uma mulher. A família se estabeleceu na cidade de Maracanã Pará, há cerca de 
11 anos, e têm como sua principal atividade econômica o comercio em estabelecimento 
fixo, do segmento de papelaria, informática e utilidades domésticas. Seus três filhos são 
independentes financeiramente e moram em suas casas, porém ainda desenvolvem suas 
atividades econômicas na mesma cidade e empresa, caracterizando um negócio familiar. 
Residiam no centro da referida cidade junto ao estabelecimento comercial, porém 
atualmente, o casal de proprietários, passaram a residir no estabelecimento rural da família 
a cerca de 3 anos, e continuam a desenvolver suas atividades no ramo comercial. 
O estabelecimento da família possui 9,9 hectares sendo 30 % área de mata de 
reserva com parte em várzea, 60% para cultivos em terra firme e 10% livre para casa, 
instalações e jardim. Está em nome do Sr. Raimundo Nonato da Costa Pereira, com Título 
Definitivo, Licenciamento ambiental e demais documentações regulares. É uma área de 
manejo de bacurizais nativos de ocorrência natural na região, manejados em sistema 
agroflorestal com frutíferas, onde recebe o acompanhamento de pesquisadores da Embrapa 
Amazônia Oriental desde 2009, para estudo e pesquisa. 
Na área da propriedade, existem algumas fontes de água natural e um pequeno 
curso de igarapé que o perpassa na área de várzea, a área de reserva com mata e 
complementada por outras áreas circundadas de mata com pouca exploração o que 
proporciona a ocorrência de muitas espécies de animais silvestres que já não são 
facilmente encontrados na região por conta do desmatamento além de muitas espécies 
incomuns de pássaros que se abrigam nessas áreas, que são tratadas com um senso de 
preservação e cuidado muito grande pelo proprietário. Há sistema de água de poço 
artesiano mais destinado a uso doméstico e também fornecimento de água do sistema 
público, porém não existem sistema de irrigação instalado que abranja toda ou parte da 
área cultivada, apenas um sistema localizado com mangueiras “santeno” e aspersores, na 
área de cultivo do limão (Citrus limonum) e área de jardim. 
A propriedade foi adquirida em 2002, quando inicialmente era uma área com 
predominância de vegetação espontânea pós roça, que estava sem cultivos há alguns anos, 
possuía apenas 01 cajueiro, 01 mangueira e vegetação natural já existente como algumas 
espécies florestais na área próximo à várzea, como andiroba (Carapa guianensis), sapucaia 
(Lecythis pisonis Cambess), virola (Virola surinamensis), buriti (Mauritia flexuosa), açaí 
(Euterpe oleracea L.), e outras espécies desconhecidas do proprietário. 
As atividades produtivas realizadas no estabelecimento familiar é secundária e não 
representam principal atividade econômica, e sua aquisição não foi concebida, a princípio, 
com objetivo de cultivo para comercialização, e sim apenas para consumo, 
consequentemente não houve uma sistematização dos cultivos ainda no que diz respeito a 
buscar rigorosamente maiores taxas qualitativas e quantitativas de produção, bem como 
comercialização e maior lucratividade, limitando-se ainda a comercializar 
esporadicamente o excesso de produção. Mas atualmente o proprietário já comercializa 
maiores quantidades produzidas e vem mudando sua concepção para sistematização desses 
cultivos e implementação da colheita armazenamento e comercialização, motivado pelo 
potencial de mercado que o manejo de bacurizais proporciona, e também a demanda de 
polpas das demais frutíferas que compõem o sistema agroflorestal ali desenvolvido. 
A mão de obra é realizada por um funcionário que mora na propriedade e por outras 
pessoas que prestam serviço de acordo com a necessidade. O proprietário, apesar de 
desenvolver atividade comercial não agrícola, possui grande afinidade pela agricultura e 
esporadicamente também desenvolve as atividades de manejo, orientando e direcionando 
os trabalhos. 
3.2 O sistema de produção 
O sistema de produção de um estabelecimento agrícola se define pela combinação 
(a natureza e as proporções) de suas atividades produtivas e de seus meios de produção 
(MAZOYER; ROUDART, 2010). A família Pereira possui um sistema de produção com 
uma dimensão de aproximadamente 7 ha de terra. Cada subsistema que o compõe possui 
características próprias, portanto precisam ser descritas de forma particular. Esse método 
é importante para a compreensão do todo a partir de uma abordagem sistêmica, com isso 
foi identificado o subsistema de cultivo e extrativista descritos nos itens posteriores. 
3.2.1 O subsistema de Cultivo 
A unidade familiar detém de um subsistema de cultivo, trata-se de um Sistema 
Agroflorestal com espécies frutíferas e florestais são elas: 
 
FRUTÍFERAS 
Nome popular e científico 
Bacuri (Platonia insignis Graviola (Annona muricata L.) 
Sapoti (Manilkara zapota), Taperebá (Spondias mombin L.) 
Açaí (Euterpe oleraceae Mart.) Limão (Citrus spp) 
Cupuaçu (Theobroma grandiflorum) Laranja (Citrus sinensis L. Osbeck) 
Acerola (Malpighia glabra L.) Tangerina (Citrus reticulata) 
Muruci (Byrsonima crassifólia L. Rich) Coco (Cocus nucifera L.) 
 
FLORESTAIS 
Nome popular e científico 
Jatobá (Hymenaea courbaril) Pequi (Caryocar brasiliense) 
Louro pardo (Cordia trichotoma) Mogno-africano (mogno-khaya) 
Pequi (Caryocar brasiliense) Cedro (Cedrela fissili) 
 Ipê (Tabebuia chrysotricha), 
 
ESPÉCIES ESPAÇAMENTO QUANTIDADE PRODUTIVOS 
Bacuri 10,0 x 9,0 580 240 
Açaí 4,0 x 5,0 2.100 950 
Cupuaçu 5,0 x 5,0 300 180 
*O arranjo do plantio foi feito com base na distribuição natural do bacurizal quando feito manejo, 
portanto algumas plantas fogem o espaçamento citado. 
3.2.2 Manejo do solo e das culturas 
Tratos culturais - Ainda não há na propriedade uma rotina de manejo sistematizada que 
seja aplicada com rigor e siga as recomendações técnicas, mas algumas culturas recebem 
alguns tratos culturais periodicamente. As florestais recebem apenas coroamento e limpeza 
quando é feito capina e roçagem. 
As culturas consideradas de menor importância econômica: graviola (Annona muricata 
L.), limão (Citrus spp), laranja (Citrus sinensis L. Osbeck), acerola (Malpighia glabra L.), 
recebem podas e adubação orgânica com esterco curtido de granja regularmente. No caso 
do limão e laranja, pulverização com fungicida, quando muito necessário. Na graviola, é 
feito o manejo de proteção dos frutos novos com sacos de papel para evitar brocas. As 
demais culturas tangerina (Citrus reticulata), sapoti (Manilkara zapota), taperebá 
(Spondias mombin L.), muruci (Byrsonima crassifólia L. Rich), coco (Cocus nucifera L.), 
só recebem os tratos de coroamento, capina e roçagem, quando necessários. As únicas 
culturas que recebem irrigação é o limão, que é feito com mangueiras de fita de PVC, 
“santeno”. 
Condições de preparo da área - Nunca se usou, no preparo de área para cultivo, 
gradagem e aradagem na propriedade, todo o preparo realizado para plantio de todas as 
espécies já estabelecidas foram feitos com mão de obra sem mecanização, apenas uso de 
roçadeira costal, também nunca foi realizada uma análise de solo, porém em todos os 
plantios foi feita calagem no preparo de covas, adubação com esterco e compostagem feita 
no local com resíduos culturais. 
Sempre há o cuidado de conservaçãodo solo mantendo-o coberto com restos 
culturais, e cobertura morta nas “coroas” das plantas, em algumas culturas como, cupuaçu, 
acerola, limão e graviola, é feito cobertura morta com bastante resíduos culturais: folhas, 
roçagem de grama, caroço de açaí, folhas secas, e folhas de nim (Azadirachta indica). 
 
Tratos culturais no açaí e cupuaçu - No caso do açaí, as mudas utilizadas foram de 
sementes selecionadas pelo produtor, oriundas de plantas com características desejáveis 
ao seu no seu ponto de vista, e de outras, a maioria, oriundas de viveiros da cidade de 
Castanhal PA, o preparo das áreas foi feito com limpeza, calagem a lanço, preparo das 
covas com 40 x 40 x 40 cm, com 2 kg de adubo orgânico curtido de granja, 100 g de 
calcário e compostagem orgânica de restos culturais, o espaçamento é de 4,0 x 5,0 m, 
variando um pouco em algumas plantas que são colocadas em espaços menores por conta 
do arranjos e combinações com as outras plantas no sistema (bacuri e florestais, por 
exemplo). Os principais tratos culturais constam de desbaste dos perfilhos, roçagem, 
coroamento, limpeza dos estipes, replantio de plantas mortas ou improdutivas e derrubada 
das plantas com altura inviável para colheita ou com algum dano irreparável, Não é 
recomendada adubação química, face às boas condições de fertilidade natural dos solos de 
várzea do estuário amazônico (HOMMA et al., 2006). Adubações com esterco orgânico 
são feitas apenas de 2 em 2 anos. 
Na cultura do cupuaçu, o plantio é feito com limpeza da área, que é escolhida 
próximo às outras árvores que formam sub-bosque (bacuri, açaí, florestais) para favorecer 
sombreamento as plantas na fase inicial, o preparo das covas com 40x40x50cm, preparada 
com 100 g de calcário, 5,0 kg de esterco de granja curtido e no fundo da cova costumase 
colocar 500 g de torta de mamona, compostagem orgânica, razão de se fazer a cova um 
pouco mais funda, acredita-se que servira de reservas de nutrientes em fase posterior da 
planta, espaçamento de 5,0 x,5,0 m, também variando em algumas plantas por conta do 
arranjo no sistema, o plantio é feito no início das chuvas, no mês de janeiro e feita uma 
irrigação com a mangueira “santeno” na chegada do verão no mês julho, neste caso, até o 
estabelecimento da cultura no local, e feita adubação após 1 ano do plantio no próximo 
inverno com adubo químico NPK 20,18,20 e esterco de granja curtido. 
As podas são realizadas desde as mudas, deixando sempre uma “trifurcação” e a 
medida que as plantas se desenvolvem, fazem a poda de condução proporcionado um porte 
adequado as plantas, e posteriormente conforme necessário, realiza-se poda de limpeza, 
eliminando “galhos ladrões”, ervas de passarinho e vassoura de bruxa quando ocorrem. O 
produtor sempre mantém uma cobertura morta na coroa das plantas. 
Na propriedade, mantém-se um viveiro, confeccionado com madeira e sombrite, 
com capacidade para 7 mil mudas, com irrigação por micro aspersor suspenso, aonde 
ficam mudas de várias espécies para plantio e replantio, visto que há necessidades de 
replantio e de plantar em novas áreas, além de manter mudas ornamentais para jardinagem. 
3.2.3 Dados de Produção 
A produção desse estabelecimento é crescente a cada ano, visto que muitas plantas 
entram ou aumentam sua produção, porém não é contabilizada na sua totalidade de 
maneira organizada, apenas se faz o controle da produção do bacuri e cupuaçu, que são as 
de maior interesse comercial. Quanto ao açaí, o proprietário tem um valor estimado da 
produção do açaí em sacas nos períodos de inverno e verão, que estão representados na 
tabela a seguir. 
Produção das três culturas de maior interesse econômico. 
ESPÉCIE PRODUÇÃO/UND. MÉDIA OBS. 
Bacuri 19.200 frutos 80/ planta Frutos viáveis. 
Cupuaçu 2.520 frutos 14/planta Frutos viáveis 
Açaí 80 sacas (estimados) 1,6 ton/ha Essa média em SAF, total 
inverno e verão. 
* Dados baseados na colheita do ano de 2015. 
 Os frutos do bacuri no ano de 2015 foram comercializados in natura, o cupuaçu foi 
retirado a polpa e parte, 60 % vendido também in natura. O Açaí foi destinado, cerca de 
60 % para venda e 40% para consumo e doações. O produtor consciente que sua produção 
está bem abaixo dos índices padrões para sua área e que se melhorar o manejo e tratos 
culturais chegará a índices de produtividade cada vez melhores. 
Rendimento de polpa por frutos – Bacuri e Cupuaçu 
ESPÉCIE MÉDIA FRUTOS P / 1 KG DE POLPA 
Bacuri 30 FRUTOS 
Cupuaçu 3 FRUTOS 
* O açaí não tem índices exatos, portanto não está citado. 
 O kg da polpa de bacuri em seria comercializado em média a R$ 25,00 na safra e o 
Kg da polpa do cupuaçu em média a R$ 14,00, a saca do açaí em média de R$ 60,00, 
considerando esses índices de preço do ano de 2015, podemos projetar um rendimento da 
produção dessas três principais culturas na propriedade. 
Projeção de rendimento em receita da produção. 
ESPÉCIE PROD. MÉDIA REND. RECEITA R$ 
Bacuri 19.200 frut. 30/Kg polpa 640 Kg polpa 16.000,00 
Cupuaçu 2.520 frut. 3,5/Kg polpa 720 Kg polpa 12.600,00 
Açaí 80 sacas 
(estimados) 
__________ 48 sacas, só 60% 
é vendido 
2.880,00 
 TOTAL 31.480,00 
 
 Essa tabela mostra valores que poderiam ser alcançados se toda produção fosse 
processada para obtenção da polpa do bacuri e cupuaçu, juntamente com o açaí in natura 
e comercializados. O que não ocorreu, pois o proprietário preferiu comercializar uma parte 
do cupuaçu e toda produção do bacuri in natura, por não ter estrutura e suporte para 
processar a produção, diminuindo bastante o valor da receita alcançada, como podemos 
visualizar na tabela a seguir os valores obtidos da comercialização da forma que foi feita. 
 
Rendimento em receita da produção das três principais culturas. 
ESPÉCIE PROD. VALOR UN. OBS RECEITA R$ 
Bacuri 19.200 frut. 0,50 Toda prod. 9.600,00 
Cupuaçu 1.512 frut 1,50 60% in natura 2.268,00 
Cupuaçu 288 kg/polpa 14,00 40% polpa 4.032,00 
Açaí 80 sacas 
(estimados) 
__________ 48 sacas, só 60% 
é vendido 
2.880,00 
TOTAL 18.780,00 
 * Dados fornecidos segundo anotações na propriedade. 
 
3.2.4 Colheita 
 A colheita é feita na época de cada cultura, que são bem distintas, pelo funcionário 
da propriedade que que diariamente passa pela manhã, pela área com carro de mão com 
caixas plásticas observando atentamente os frutos, ressaltam a importância de se manter 
limpo e roçada a área de acordo com a necessidade, para facilitar a colheita. A maioria dos 
frutos coincidem a colheita no inverno, sendo feita primeiro, pela manhã a coleta do bacuri 
que já está no chão, e posteriormente dos outros frutos, sempre utilizando EPI’s, 
principalmente capacete quando a colheita se faz na área de bacurizais, pelo risco de 
quedas dos frutos sobre o indivíduo. 
Os frutos colhidos são levados a um barracão, onde são selecionados e recebem a 
primeira lavagem e limpeza, depois levados a área da cozinha da propriedade, onde serão 
novamente selecionados por tamanho características e retirados os estragados ou inviáveis 
para comercializar, e os que serão vendidos in natura serão acondicionados em caixas para 
serem transportados e comercializados, no mercado local, são geralmente entregues em 
pontos de venda ou direto ao consumidor final que é previamente vendido. 
Os outros como graviola, taperebá, acerola, são lavados e colocados em solução de 
hipoclorito de sódio na proporção de 01 colher de sopa para cada litro de água e deixados 
em solução por cerca de 15 minutos. Alguns são colocados em freezer e outros processados 
pela esposa do proprietário ou pela pessoa que a auxilia na cozinha, destinados para 
consumo, sendo o excedente vendido. Os frutos como laranja, tangerina, e sapoti, são 
destinados para consumo. 
Em algumas colheitas passadas o proprietário já optou por processar o bacuri, 
cupuaçu, egraviola, contando com mão de obra contratada e mantendo congeladas as 
polpas em freezer para serem vendidos conforme fechava as negociações, conseguiu 
comercializar em alguns restaurantes em Belém PA e Castanhal PA, apesar da 
aceitabilidade e demanda alta, percebeu alguns problemas no que diz respeito a adequação 
a normas e aspectos de refrigeração, higiene, equipamento e embalagens adequadas para 
que esse processamento atendesse um padrão de qualidade aceitável. Razão de ter optado 
por comercializar os produtos in natura. Mas o proprietário tem planos de implementar 
uma sala de processamento padronizada para isso, e já iniciou a construção, faltando 
acabamentos e equipamentos, limitando-se ainda na questão de recursos financeiros para 
isso. 
3.2.5 Resultados da análise de solo 
 ANÁLISE QUÍMICA 
Características ÁREA 1 ÁREA 2 ÁREA 3 
Alumínio trocável 2,2 1,6 1,7 
Cálcio trocável 0,2 0,25 0,15 
Ca + Mg trocáveis 0,8 1,2 0,3 
pH 4,7 4,8 4.7 
Acidez potencial 
(H+Al) 
4,8 4,0 5,15 
*Área 1 e 2 = Bacuri, Área 3= Próximo a várzea * Unidade: cmolc/dm3 
A partir do resultado da análise química do solo pode-se observar de acordo com a 
classificação de Alvarez V et al, (1999) que os níveis de alumínio trocável estão muito 
altos, o que consequentemente reduz a quantidade de cálcio trocável no solo, esses dois 
fatores estão diretamente relacionados com a capacidade de troca catiônica, sendo que 
quando os valores de alumínio trocável estão elevados, a absorção dos nutrientes pelo solo 
fica comprometida. Como Alumínio trocável está elevado e Cálcio trocável em níveis 
baixos, o solo das três áreas coletas apresentaram pH baixo e acidez potencial alta, 
justificando alguns problemas identificados no momento de coleta de informações na 
propriedade. 
 
3.3 O subsistema extrativista 
No subsistema extrativista da propriedade da família Pereira o produto retirado de 
origem vegetal é o bacuri. O Bacurizeiro (Platonia insignis Mart.) é uma espécie arbórea 
de porte médio a grande, com aproveitamento frutífero, madeireiro e energético 
(MENEZES et al., 2012). 
Segundo Müller et al. (2000) o bacurizeiro predomina na mesorregião do Nordeste 
Paraense, com grande ocorrência nas microrregiões do Salgado, Bragantina e Cametá. 
Após adquirir a propriedade foi realizada a limpeza da área com retirada de toda 
vegetação indesejada e feita algumas queimadas, o proprietário percebeu que 
posteriormente formou uma área de inúmeras brotações de bacurizeiros, quando surgiu a 
ideia de preservá-los dentro de um manejo gradativo, escolhendo as melhores plantas em 
espaçamento razoável e inserindo outras culturas principalmente frutíferas com objetivo 
de formar um pomar com uma grande variedade de espécies. Ressaltando que todo esse 
processo foi feito de maneira empírica e pouco conhecimento técnico adquirido em 
literaturas consultadas pelo proprietário, o que explica os primeiros bacurizeiros 
manejados terem um espaçamento abaixo do recomendado tecnicamente. Posteriormente 
a medida que foi adquirindo mais conhecimento e assistência passou a fazer o manejo com 
espaçamento mais aproximado ao padrão, que é cerca de 10 x 10 m (Embrapa 
Amazônia Oriental), observou-se que o proprietário sentia “pena” de ter que eliminar 
algumas plantas fora do espaçamento adequado, uma caraterística comum em quem 
maneja bacurizais nativos. 
Existe atualmente na área cerca de 580 bacurizeiros manejados, sendo 240 
produtivos, com uma produção média de 110 frutos por planta por safra, sendo que parte 
desses frutos não são aproveitados por serem alguns perdidos, outros inviáveis, abortados 
ou roubados. Porém este número é crescente a cada ano, visto que novas plantas entram 
em frutificação ou aumentam sua produção. 
As plantas mais novas, recebem alguns tratos como poda de formação para deixar 
um porte favorável, quando necessário colocam-se calços para evitar tombamento de 
algumas, o que é muito comum nessa espécie pela maneira como a raiz principal se 
posiciona para um dos lados. Nas plantas maiores é feita a retirada de ervas de passarinho, 
que considerado pelo produtor um grande problema, visto que o sistema favorece a visita 
de grandes populações de pássaros. Utiliza-se uma ferramenta que ele chama de podão, ou 
um alicate de poda com um cabo extensor, para alcançar pontos altos da planta para se 
fazer a poda e retirada de ervas de passarinho. Em plantas mais altas utiliza-se escada e 
cintas de segurança para fazer este manejo, em algumas plantas o proprietário mesmo faz 
essa limpeza. 
Não é feita nenhuma adubação nessas plantas, como no local são realizadas 
pesquisas da Embrapa, já foram feitas adubações em algumas plantas e mostraram até 
então resultados insignificantes quanto a produção. Portanto não são feitos tantos tratos 
culturais nessa cultura. Assim também não se faz irrigação ou aplicação de defensivos para 
combate de pragas. 
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
O termo “pluriatividade” vem sendo muito usado por pesquisadores e sociólogos 
para explicar a diversidade de atividades que envolvem alguns moradores rurais. Observa-
se que não apenas o agronegócio vem causando mudanças no meio rural familiar, mas que 
uma nova relação campo-cidade metamorfoseou uma mudança muito grande nesse 
cenário, pessoas que, como este proprietário, estão se realocando dos 
“inchaços” urbanos e estreitando uma relação do campo com o urbano, surgindo assim os 
agricultores pluriativos, que são novos atores sociais: aposentados, pensionistas, 
comerciantes, pequenos empresários que vivem no campo ou migram para ele, mas não 
tem suas atividades ligadas diretamente a ele. Isso nos leva a refletir em um “novo rural”, 
a medida que a necessidade pela produção de alimentos só aumenta. 
Neste caso em estudo, apesar do proprietário não ter como sua principal atividade 
a agricultura, foi notado sua tendência muito grande e desejo de migrar para as atividades 
agrárias na sua propriedade e focar uma fonte de renda que justifique essa mudança. E 
apesar de ser uma propriedade relativamente pequena, já estabeleceu um sistema de cultivo 
que apresenta muitos aspectos favoráveis, como a questão do menor impacto ambiental, 
conservação do solo, menor uso de agrotóxicos e preservação de espécies, causando menos 
desequilíbrio, além de um ambiente mais agradável, e da possibilidade de, ao melhorar 
suas práticas de manejo otimizar sua produtividade e obter melhores lucros com menos 
impactos. 
Isso lhe coloca frente a uma oportunidade que o mercado lhe proporciona quando 
feita uma análise pelas tendências de demandas de produtos da fruticultura. “As demandas 
do mercado para polpa do bacuri são semelhantes às do açaí e do cupuaçu, em que se 
verifica um evidente conflito entre a oferta natural e a crescente pressão da demanda dessas 
fruteiras” (MENEZES et al., 2012). Além de que as demais frutíferas que há na 
propriedade representam também uma grande demanda de mercado local. 
Porém o que é muito comum com esse perfil de produtor pluriativo, que se vale da 
agricultura para complementar sua renda ou vice-versa, é que acaba deixando a desejar 
muito nos aspectos: organização, práticas de manejo adequadas, uso de tecnologias e 
ferramentas que podem lhe fazer alcançar resultados muito melhores que até superem suas 
outras atividades. Frente às ameaças que a invasão do agronegócio vem causando no 
contexto rural, restando ínfimas áreas para e pequeno produtor, é possível este produtor 
resistir, praticando uma forma de produção que o coloque em evidência no mercado de 
maneira menos impactante. 
Análise da área em estudo- É possível nitidamente enxergar nessa propriedade um meio 
rural promissor, rentável financeiramente e sustentável, porém que não tem alcançado 
melhores resultados por vários aspectos que contribuem para isso, mas que podem ser 
superados com algumas intervenções, noque diz respeito a gestão e usos de recursos 
necessários, sejam financeiros, técnicos e pessoais. 
Planejamento - A princípio seria necessário formular um plano de trabalho traçando as 
metas e objetivos para esta propriedade, e de que maneira isso pode ser alcançado, podendo 
levantar o que é necessário em recursos para isso e de que maneira se pode alcançar tais 
recursos. Isso só pode ser feito por um gestor que nesse caso seria o proprietário, que deve 
se organizar e destinar uma parcela de sua atenção e tempo para isso a despeito de sua 
outra atividade. Bem como fazer contabilidade dos custos e lucro, anotar dados referentes 
a produtividade das culturas. 
Análise de Mercado - Feito isso, é importante ressaltar que já existe produção no 
estabelecimento, sendo necessário analisar o mercado e demandas de outros produtos de 
frutíferas que não estão sendo comercializadas e garantir esses mercados. Procurar uma 
maneira de acessar capital com projeto para financiamento de uma linha de crédito afim, 
que possa custear a conclusão da sala de processamento agregando mais valor aos produtos 
e podendo armazenar e embalar de maneira adequada aumentando a qualidade do produto, 
para assim conquistar confiança no mercado consumidor. E também a compra de insumos 
para melhorar os tratos culturais. 
Solo - Fazer análise de solo e sanar as deficiências nutricionais e correções de PH para 
potencializar a produtividade dos cultivos, com adubações adequadas, que devem ser feitas 
respeitando seus intervalos e dosagens, como há preferência para adubação orgânica, 
utilizar os próprios resíduos de processamento e culturais para fazer compostagens para 
ajudar na melhor textura ao solo, que é um problema pelas declividades do solo da 
propriedade facilitando lixiviação de nutrientes. 
Irrigação – Implantar um sistema de irrigação, visto que há potencial hídrico favorável, 
irrigar nos períodos de estiagem, o que irá influenciar muito no aumento da produtividade 
como no caso do açaí, cupuaçu, acerola por exemplo, que podem ter um aumento muito 
significativo quando irrigados. 
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