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Universidade Federal de Santa Maria Departamento de F´ısica F´ısica Experimental II Aula Experimental V Dilatac¸a˜o Te´rmica Autores: Denilson Bona Junior - Eng. Civil Turma 11 Amanda Furlin Renosto - Eng. Civil Turma 11 Data do Experimento: 07 de Junho de 2018 Conteu´do 1 Introduc¸a˜o 1 2 Objetivos 1 3 Materiais Utilizados 1 4 Referencial Teo´rico 1 5 Procedimento Experimental 3 6 Discussa˜o dos Resultados 5 7 Conclusa˜o 6 8 Referencial Bibliogra´fico 6 1 Introduc¸a˜o A dilatac¸a˜o te´rmica de um so´lido ocorre com o aumento da tempera- tura e corresponde a variac¸a˜o das dimenso˜es do corpo. Essa variac¸a˜o ocorre pois, devido ao aumento da temperatura, ha´ aumento no grau de agitac¸a˜o dos a´tomos que formam o so´lido e tambe´m da distaˆncia me´dia entre esses a´tomos. O estudo da dilatac¸a˜o te´rmica em so´lidos e´ de suma importaˆncia para compreender o comportamento dos corpos na natureza, e, na engenharia ci- vil, seu papel se faz ainda mais importante uma vez que as variac¸o˜es nas dimenso˜es dos corpos devem ser levadas em considerac¸a˜o ao projetar uma estrutura. No experimento relatado a seguir, sera´ observado como se da´ a dilatac¸a˜o linear em hastes ocas de diferentes metais. 2 Objetivos Estudar a variac¸a˜o das dimenso˜es de um corpo atrave´s da variac¸a˜o da temperatura, e calcular o coeficiente de dilatac¸a˜o linear do cobre, do lata˜o e do alumı´nio. 3 Materiais Utilizados Foram utilizados neste experimento os seguintes itens: • hastes ocas de cobre, alumı´nio e lata˜o; • termoˆmetro; 4 Referencial Teo´rico O processo de expansa˜o ou contrac¸a˜o sofrido por so´lidos quando estes presenciam uma variac¸a˜o de temperatura e´ muito comum e de extrema im- portaˆncia para o estudo da f´ısica e dos processos termodinaˆmicos. A dilatac¸a˜o, processo no qual a distaˆncia entre os a´tomos do so´lido au- menta com o aumento da temperatura, ou seja, com o aumento da energia 1 te´rmica, pode ser melhor explicada atrave´s do seguinte gra´fico: Figura 1: Energia de Ligac¸a˜o Fonte: goo.gl/VxQqkG Segundo o qual percebe-se que conforme subimos em relac¸a˜o ao eixo Y, ou seja, aumentamos a temperatura, ou a energia te´rmica que nada mais e´, do que a energia cine´tica e a energia potencial associadas aos movimentos aleato´rios dos a´tomos e mole´culas do interior do so´lido, a curva cada vez mais se distancia deste eixo assumindo valores cada vez maiores no eixo X, eixo da distaˆncia entre os a´tomos do so´lido, representando assim a dilatac¸a˜o, ou expansa˜o dele. Todo processo de dilatac¸a˜o de um so´lido e´ averiguado nas suas treˆs di- menso˜es, logo toda dilatac¸a˜o e´ uma dilatac¸a˜o dita volume´trica, pore´m quando o corpo e´ uma barra, um cabo ou um fio a dilatac¸a˜o torna-se mais evidente se desprezarmos duas das dimenso˜es do corpo e analisarmos somente uma, o comprimento por exemplo. Esta dilatac¸a˜o que leva em conta apenas uma das dimenso˜es do corpo e´ a dilatac¸a˜o linear, base para o experimento realizado. 2 A dilatac¸a˜o, que e´ a variac¸a˜o no comprimento da haste vai estar direta- mente ligada ao comprimento inicial da haste (antes de sofrer a dilatac¸a˜o), a variac¸a˜o da temperatura que ela sofreu, ou seja, a diferenc¸a entre a tempe- ratura final e a inicial e ao coeficiente de dilatac¸a˜o linear desta barra, que e´ uma caracter´ıstica da substaˆncia de que e´ formada a haste, logo um valor ja´ tabelado. A dilatac¸a˜o representada pelo ∆L, pode ser calculada atrave´s da seguinte relac¸a˜o: ∆L = Loα∆T (1) Obtendo-a multiplicando os valores do comprimento inicial da haste, re- presentado por Lo, do coeficiente de dilatac¸a˜o linear, a letra grega alfa, e da variac¸a˜o de temperatura durante a dilatac¸a˜o, dada por ∆T . A figura abaixo ilustra este processo, associando os valores de compri- mento final L e inicial Lo e as temperaturas, inicial To e final T da barra analisada: Figura 2: Dilatac¸a˜o Linear Fonte: goo.gl/E65ndk 5 Procedimento Experimental Para compreendermos melhor tanto a dilatac¸a˜o como o coeficiente de dilatac¸a˜o linear de hastes formadas por diferentes substaˆncias realizou-se o 3 seguinte experimento. Inicialmente, utilizando utens´ılios presentes no laborato´rio de f´ısica, montou- se um equipamento formado por um tubo de Erlenmeyer o qual adicionou- se a´gua quente, este tubo foi tampado e no seu centro foi inserido um termoˆmetro. Ale´m disso foi-se utilizada uma mangueirinha para conectar o tubo de Erlenmeyer a` ponta da haste que seria analisada e foi adicionado um bico de Bunsen logo abaixo do tubo de Erlenmeyer para aquecer a a´gua presente nele. A haste analisada foi colocada sobre dois apoios, um fixo e um deles possuindo uma espe´cie de um relo´gio, que marcara´ a dilatac¸a˜o sofrida pela haste. Tal equipamento e´ ilustrado abaixo: Figura 3: Equipamento Utilizado Fonte: goo.gl/avGWWf O procedimento ocorre, inclinando levemente a haste junto ao equipa- mento, e acendendo a chama do bico de Bunsen para aquecer a a´gua pre- sente no tubo ate´ o ponto de ebulic¸a˜o, aproximadamente 99 graus ce´lsius. Quando observado esses graus marcados no termoˆmetro liga-se imediata- mente a mangueira na haste pela sua parte fixa. A haste por ser oca, sofrera´ 4 um aquecimento, causado pela passagem de vapor de a´gua pelo seu interior, ou seja, pela transfereˆncia de energia na forma de calor da a´gua para a haste. Quando ocorre o equil´ıbrio te´rmico, ou seja, quando a haste e o vapor de a´gua possuem a mesma temperatura a dilatac¸a˜o da haste e´ cessada. Tal dilatac¸a˜o e´ observada no lado contra´rio ao do fixamento da haste, onde ha´ um relo´gio comparador que marca um aˆngulo (θ) para cada dilatac¸a˜o, a dilatac¸a˜o (∆L) sofrida pela haste sera´ o comprimento do arco (S) referente a dada angulac¸a˜o que se observa no relo´gio comparador quando cessa-se a dilatac¸a˜o. S = rθ = ∆L (2) Desta forma pudemos analisar a dilatac¸a˜o de treˆs hastes diferentes, uma de lata˜o, mais amarelada, uma de alumı´nio, prateada, e uma de cobre, mais avermelhada, para que pude´ssemos enta˜o calcular o coeficiente de dilatac¸a˜o linear de cada uma das substaˆncias. Observa-se no experimento que a dilatac¸a˜o da haste e´ diretamente pro- porcional ao seu comprimento inicial, ao aumento da temperatura e ao coe- ficiente de dilatac¸a˜o linear da substaˆncia formada por ela. Para determinar os coeficientes de dilatac¸a˜o linear dos metais utilizados, isolamos α da equac¸a˜o (1): α = ∆L Lo∆T (3) Aplicando (2) em (3): α = rθ Lo∆T (4) 6 Discussa˜o dos Resultados Ao medir o raio do eixo encontrou-se um valor de r = 1, 5X10−3m. Todas treˆs barras tinham o mesmo comprimento Lo = 74, 7cm e se encontravam a uma temperatura inicial To = 18, 5 ◦C. Apo´s aquecidas, as hastes chegaram a uma temperatura de aproximadamente T = 99, 5◦C. Para cada haste de metal que foi submetida a` variac¸o˜es de temperatura, obteve-se os seguintes resultados: 5 Tabela 1: Valores de θ Substaˆncia θ θ em rad Alumı´nio 47 ◦ 47pi/180 Lata˜o 43 ◦ 43pi/180 Cobre 38 ◦ 19pi/90 Utilizando a equac¸a˜o (2), foram encontrados os ∆L correspondente a cada haste e, utilizando a equac¸a˜o (4), foram encontrados os coeficientes de dilatac¸a˜o linear de cada metal (α): Tabela 2: Valores de ∆L e α Substaˆncia ∆L α Alumı´nio 1, 23X10−3m 21X10−6/◦C Lata˜o 1, 12X10−3m 19X10−6/◦C Cobre 9, 85X10−4m 17X10−4/◦C 7 Conclusa˜o A partir dos dados obtidos no experimento, pode-se enta˜o determinar o coeficiente de dilatac¸a˜o linear dos treˆs metais. Estes valores se encontram muito pro´ximos aos resultados presentes na literatura, o que garante sua coereˆncia. Como ja´ esperado, e´ percebido que o coeficiente de dilatac¸a˜o linear de- pende do material de que o corpo e´ formado, ja´ que para cada hastede mesmo tamanho e submetidas a mesma variac¸a˜o de temperatura obtiveram- se diferentes coeficientes. 8 Referencial Bibliogra´fico HALLIDAY, DAVID. Fundamentos de F´ısica, volume 2 : gravitac¸a˜o, ondas e termodinaˆmica. ed. 10. Rio de Janeiro. LTC, 2016. 6
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