Buscar

Direito Cooperativo

Prévia do material em texto

AULA 1 – DIREITO COOPERATIVO 
 
O que é uma sociedade cooperativa e qual a diferença entre ela e as demais sociedades 
empresariais e civis? Vamos analisar as características, peculiaridades e princípios próprios a 
essa sociedade. 
Em primeiro momento, destacamos que o cooperativismo surge como fruto da exclusão social 
causada pela revolução industrial. Em 1844 na Inglaterra, vamos encontrar a primeira 
experiência organizada de cooperativa que torna modelo para outras que surgem durante anos. 
A cooperativa de 1844 não é o primeiro modelo, na verdade a cooperação é anterior a 1884. No 
entanto, a partir desta, um círculo de estudo se organiza para formar a primeira cooperativa. 
CARACTERISTICAS 
1) Ausência de fins lucrativos 
As sociedades empresarias em geral desenvolver atividade com o intuito de lucro, diferente das 
cooperativas. As sociedades cooperativas possuem sim finalidade econômica, no entanto, não 
estar em buscar o lucro, a cooperativa surge para solucionar problemas que são típicos do estado 
social (moradia, saneamento, saúde, entre outros). 
Por isso quando falamos de ausência de fins lucrativos, a sociedade permite ao sócio obter uma 
vantagem econômica, como por exemplo, a venda de produtos. Podemos dizer que a 
cooperativa atua como representante dos associados. 
2 – Dupla qualidade do associado 
Ao mesmo tempo que o associado é sócio da cooperativa, ele também vai ser seu principal 
usuário, com isso, a cooperativa diferente das demais sociedades, tem por objetivo prestar 
serviços para os próprios sócios, expecionamento ela poderá prestar serviços para terceiro. 
Com isso surge a dupla qualidade do associado. 
3 – Democracia Cooperativa 
 
 
 
 
 
 
 
Nas sociedades tradicionais, em que cada sócio tem um poder de decisão (quantidade quota 
maior). Na cooperativa, cada associado terá direito apenas a 1 voto, por cabeça e não por 
participação do capital social, independentemente da sua contribuição. 
4 – Distribuição das sobras 
Enquanto na sociedade tradicional, o resultado positivo alcançado é considerado lucro, na 
cooperativa esse resultado positivo não vai ser lucro, mas sim, distribuído para os sócios a título 
de sobras. 
O objetivo da cooperativa está em conseguir a maior vantagem econômica ao associado. 
5 – Adesão voluntária 
Ninguém pode ser obrigado a ingressar a cooperativa ou sair contra a sua vontade. No entanto, 
essa característica vai além, e vai refletir o que chamamos de princípio das portas abertas. 
6 – Número ilimitado de sócios 
A cooperativa vai ter uma limitação operacional, diferente das sociedades tradicionais. Na 
cooperativa é possível que o número de sócios dependa da disponibilidade operacional da 
cooperativa. 
7 – Capital Social Variável 
Trata-se de característica que diferencia a cooperativa das demais. Nas tradicionais, quando da 
decisão dos sócios para constituição da sociedade, será subscrito o capital social, ou seja, cada 
um dos interessados em integrar a essa sociedade, vai dizer com quanto vai participar de 
patrimônio, integralizando esse capital, com bens, valores ou créditos. 
Nas tradicionais há um capital social fixo. No caso das cooperativas é diferente, aqui, como 
vigora o princípio das portas abertas, é possível que a qualquer momento um novo sócio venha 
integrar a cooperativa ou venha a sair, portanto, constantemente há modificação no capital 
social, ao passo que nas sociedades tradicional é necessário a alteração do estatuto, do contrato 
social com o seu registro dessa alteração na junta comercial. Na cooperativa isso não é 
necessário na medida em que sócios entram e saiam. 
 
 
 
 
 
 
 
8 – Inacessibilidade das quotas 
Está relacionada a variabilidade do capital social, livre adesão e com número ilimitado de 
sócios. Diferente do que acontece nas sociedades tradicionais em que é possível fazer a cessão 
da quota de um sócio para outro ou para terceiros, na cooperativa isso não é possível, ou seja, 
o sócio não pode transferir essa cota. 
Isso ocorre por conta das características acima elencadas, eu não preciso ceder a quota para 
outra pessoa na medida em que essa outra pessoa poderá ingressar na cooperativa. Se o 
cooperado decide sair da cooperativa, ele pode simplesmente se dirigir a ela e solicitar o 
reembolso aquele valor utilizado devidamente corrigido. 
9 – Prestação de assistência aos associados 
O objetivo principal das cooperativas quando constituídas vem a ser a de prestar serviços aos 
associados, ao passo que nas tradicionais a prestação é para terceiros. 
10 – Neutralidade política 
Aqui é a não discriminação, ou seja, dentro da cooperativa não pode ter tratamento diferenciado 
aos seus sócios em função de opção política ou ideológica. Essa neutralidade se aplica do ponto 
de vista interno da cooperativa, no ponto de vista externo há atuação forte da cooperativa. O 
cooperativismo brasileiro recebe um tratamento diferenciado, como o tratamento 
constitucional, sendo elevado a nível constitucional, pois há previsões na Carta Magna 
protegendo o cooperativismo. 
PERGUNTE AO PROFESSOR. 
Qualquer pessoa pode fazer parte de uma sociedade cooperativa? Sim, 
qualquer pessoa pode integrar uma cooperativa, no entanto, existe 
limites, em que pese existir nas cooperativas o princípio das portas 
abertas e da adesão livre e voluntária, alguns tipos de cooperativa vão 
exigir um perfil diferenciado, como é o caso da cooperativa de trabalho 
médico. 
Uma vez visto todas essas características, vamos estudar os princípios do cooperativismo. 
 
 
 
 
 
 
 
PRINCÍPIOS 
1 – Princípio da livre adesão 
Qualquer um que possui o perfil da cooperativa, ele poderá ingressar, é também denominado 
de princípio das portas abertas. 
2 - Princípio da gestão democrática 
A cooperativa é marcada pelo fato de que independe da quantidade de capital social, o sócio 
tem direito apenas à um voto nas Assembleias. Diferente das sociedades tradicionais. 
3 – Participação Econômica 
Ela se dá de duas formas, quando da constituição da cooperativa, onde em regra esse associado 
irá contribuir na formação do capital social, mas também, devendo ter uma vantagem 
econômica proporcionada pela cooperativa. No entanto, importante destacar que essa vantagem 
econômica auferida vai ser diretamente proporcionada as relações que ele sócio possui com a 
cooperativa. 
Vamos imaginar que um sócio de sociedade tradicional, vai receber um lucro proporcional no 
quanto ele investiu no capital social, no entanto, na cooperativa, vai ser proporcional as relações 
celebradas com a cooperativa, de modo que, quanto mais o associado trabalhar com a 
cooperativa, maior vai ser o seu retorno econômico. 
Nas tradicionais, o lucro se dará de acordo com o que o sócio investiu. 
4 – Autonomia e independência 
Esse princípio ficou marcado após a CF de 88, antes disso, havia limitação, pois, o Estado 
tomava para si a responsabilidade por tutelar a cooperativa, de modo que a constituição de uma 
nova cooperativa estava relacionada a uma autorização judicial. 
Atualmente esse princípio vigora quase que na sua plenitude, de maneira que a cooperativa é 
autônoma para regular seus rumos, e independente para tomadas de decisão sem necessitar de 
realizar prestação de contas ao estado (em regra) 
PERGUNTE AO PROFESSOR 
 
 
 
 
 
 
 
Qual a diferença entre uma sociedade cooperativa e uma sociedade 
empresaria? Em primeiro momento é preciso destacar que a sociedade 
cooperativa está prevista no Código Civil, e o CC trata essa sociedade 
cooperativa como uma espécie de sociedade simples. 
No CC a sociedade simples pode ser vista sob dois ângulos, ela pode ser vista como contraria 
a uma sociedade não empresarial e segundo pode ser vista como um tipo societária, forma pela 
qual pode se organizar aquela sociedade. 
A cooperativa por previsão expressa do CC, é não empresaria, ela é simples. A diferença 
principal entre a sociedadeempresaria, é que essa visa o lucro, diretamente relacionado com a 
participação do sócio na formação do capital social e na distribuição dos resultados ao final do 
exercício, de modo que todo o resultado positivo, será distribuído entre os sócios, independente 
da atuação dos sócios. 
Na cooperativa a distribuição do resultado está relacionado a atuação junto a cooperativa. Aqui 
há o objetivo de obter vantagem econômica ao associado. 
Existem vários ramos de cooperativa, por exemplo, de crédito, de consumo, produção, 
educação, teatro, cultura, médico, sociais, enfim. Cada cooperativa possui uma natureza a 
peculiaridade, conforme o ramo, ela vai buscar uma vantagem econômica maior ou menor, por 
exemplo a cooperativa de produção tem por objetivo é receber o produto produzido por um 
agricultor (por exemplo) e colocar esse produto no mercado, eliminando o intermediário. 
5 – Educação, formação e informação 
Há uma preocupação nas cooperativas com a formação do cooperativado. Em todas as 
sociedades cooperativas há a obrigação da criação de um fundo destinado exclusivamente 
para educação. Após alcançado o resultado positivo de uma cooperativa, antes de realizar a 
distribuição da sobra, uma parcela será destinada a um fundo destinado a formar o cooperado. 
6 – Intercooperação 
Formação de grande rede de cooperativa, uma colabora com a outra. Dessa forma, vamos 
organizar a cooperativa de vários níveis. Exemplo; sistema Unimed. 
 
 
 
 
 
 
 
7 – Preocupação com a comunidade 
A cooperativa quando é constituída com o objetivo de melhorar as condições ecnomicas e 
sociais, melhorar as condições de vida não só dos cooperados, mas também de toda a 
comunidade que ela está inserida, exemplo clássico, sistema Unimed para a prestação de 
serviços médicos e hospitalares. 
Por meio dessas características e princípios, busca-se desenvolver alguns valores, como por 
exemplo: 
 Auto-ajuda: um pode colaborar com o outro. 
 Mutualidade: ajuda mutua, colaboração. 
 Solidariedade 
 Não lucratividade 
 Democracia (participativa e econômica) 
 Esforço voluntário 
 Perseverança 
 Educação 
 Determinação 
ORGANIZAÇÃO DAS COOPERATIVAS 
As cooperativas podem ser singulares, centrais/federações ou confederações. 
As singulares são a base do cooperativismo, formada pela regra geral. As centrais ou 
federações, são constituídas por pelo menos três cooperativas, formando uma organização de 
segundo grau, e a confederações são formas por pelo menos três centrais cooperativas. 
As singulares, em que pese a lei da cooperativa preveja a quantidade mínima de 20 integrantes, 
o CC altera e diz não a limitação mínima de integrantes. 
Importa destacar as organizações representativas do cooperativismo, e quais são elas? Há 
um organismo internacional com o objetivo desenvolver e fomentar o cooperativismo no 
mundo, denominado de Aliança Cooperativa Internacional (ACI). 
Em nível nacional, temos a participação da OCB (Organização das Cooperativas do Brasil). 
 
 
 
 
 
 
 
Temos também as organizações estudais e o sescoop que tem por objetivo o fomento do 
cooperativismo. 
PERGUNTE AO PROFESSOR 
No que consiste o ato cooperativo? Esse ato é o elemento previsto na 
cooperativa que diferencia a cooperativa das demais sociedades. O ato 
cooperativo é aquele ato praticado entre a cooperativa e o associado, 
entre o associado e a cooperativa ou entre as cooperativas. Esse ato não 
se trata de uma compra e venda, ou mercantil, é um ato diferenciado, 
que recebe um tratamento diferente pela CF. A própria CF determina 
tratamento especial de modo a fomenta-lo e incentiva-lo. 
Na aula de hoje analisamos o conceito, origem, diferenças, valores, características, princípios 
cooperativos, formas e organizações e órgãos que representam o cooperativismo. 
O objetivo do cooperativismo na sua origem estava relacionado a linha de pensamento do 
socialismo tópico representado por Robert Owen, cuja ideia era a modificação do mundo a 
partir da cooperação. 
AULA 2 – LEGISLAÇÃO COOPERATIVISTA 
 
Na aula de hoje vamos trabalhar a legislação cooperativista. Iniciando essa abordagem vamos 
partir da norma constitucional. O cooperativismo é incentivado pelo Brasil, e é previsto na CF. 
No entanto, antes de adentrarmos na CF, é importante entender a relação existente entre o 
cooperativismo e o Estado. O primeiro surge em face das deficiências do Estado. As teorias do 
desenvolvimento cooperativistas começam no início do século XIX, dando origem ao 
movimento cooperativista. 
Houve a influência da revolução francesa, a qual marca o rompimento do Estado absolutista 
para o liberal. No modelo do Estado absolutista, a figura do Estado se confundia com o 
Monarca, e um dos objetivos da revolução francesa foi limitar esse poder e ai surge a teoria da 
separação dos poderes a qual não se permite uma pessoa exerça a função de legislar, executar 
 
 
 
 
 
 
 
e julgar. Esse modelo novo representa um rompimento significativo e representa uma nova 
forma de pensar a relação do cidadão com o Estado. 
Essa nova forma representa um afastamento do Estado absolutista para o Estado liberal e a ideia 
passa a ser que o Estado liberal deve garantir a segurança e a paz. 
Paralelo a isso, surge também, um movimento econômico que modifica a sociedade, que é a 
revolução industrial, a qual representa um significativo avanço econômico, no entanto, ao longo 
do tempo, serve também, como fonte de exclusão social. Esse estado liberal junto a esse 
fenômeno foram fundamentais para o cooperativismo. 
Em primeiro momento, o cidadão precisa ele mesmo buscar alternativas para solucionar seus 
problemas sociais, pois até então não era função do Estado. Com mo passar do tempo, vamos 
identificar o segundo modelo de Estado, que é o social, prestando serviços aos cidadãos, que 
são os direitos de 2º geração. O Estado fornece, moradia, saúde, cultura, lazer, enfim. Contudo, 
aqui, encontra-se alguns elementos que impede a realização plena, entre eles está o 
financiamento, pois o Estado não tem condições de dar a todos esses direitos e é nesse contexto 
que o cooperativismo vai se desenvolver. 
O movimento cooperativista passa a ser um auxiliar do Estado para concretização dos direitos 
de 2º geração. As sociedades cooperativas se desenvolve surgem antes da lei, pois primeiro tem 
o movimento cooperativo, ou seja, criam-se regras próprias, depois, essas cooperativas passam 
a ser reguladas pelo Estado. 
A primeira legislação cooperativa é no início do século XX. 
Vamos estudar as constituições brasileiras, fazendo um paralelo ao direito cooperativo, 
vejamos: 
Constituição de 1824 
Toda vez que analisamos um texto constitucional, temos que ter em mente que é a imagem da 
sociedade da época. Na doutrina constitucional, é costume dizer que toda constituição é 
procedida de uma revolução (não necessariamente armada), ou seja, surgimento de um novo 
modelo de Estado. 
 
 
 
 
 
 
 
Em 1822 o Brasil deixa de ser colônia de Portugal (independência do Brasil) e passar a ser um 
Estado autônomo. Fruto disso, é constituída uma assembleia e essa dá origem a constituição em 
1824, e como fato marcante é que havia um quarto poder, além do legislativo, executivo e 
judiciário, há também o poder moderador. 
A CF 1824 não se refere em nada ao cooperativismo, pois ainda se encontrava em fase 
embrionária. 
Constituição de 1891 
Como ato de revolução, a Constituição de 1891 foi a proclamação da república em 1889, que 
marca um modelo de Estado para o surgimento de outro. Antes, tínhamos o Estado unitário, e 
partir de 1891 tivemos uma república, antes era rei e posteriormente ao presidente. 
É nessa CF que o cooperativismo passa a ser previsto. Aqui, o Art. 72, §8º, autoriza o direito 
de associação em sindicatos e cooperativas por parte de trabalhadores. Essa é a primeira 
previsão constitucional no Brasil. 
PERGUNTE AO PROFESSOR 
As cooperativas estãoprevistas na CF? Sim, em diversos locais e desde 
a CF de 1891. 
Constituição de 1934 
Essa CF é marcada pelas revoluções constitucionalistas de 1930 e 1932. Essa CF vai aprofundar 
o tratamento destinado ao cooperativismo, a qual garante a liberdade de associação e a não 
dissolução das sociedades cooperativas. Também vem a ser uma CF importante para o Direito 
brasileiro, pois sofre a influência das CF que reconhecem os direitos sociais e quando falamos 
disso, aos direitos na prestação por parte do Estado, não temos como deixar de falar da CF 
Mexicana de 1917 e da CF de Weimar de 1919, ambas modificam a forma como a qual o texto 
constitucional passa a ser estruturado, acrescentando-se o rol de direito fundamentais e sociais. 
Essa CF incorpora a ideologia acima. 
Constituição de 1937 
 
 
 
 
 
 
 
Essa CF garantiu a liberdade de associação e atribuiu aos Estados a competência para legislar 
sobre matérias que não fossem completamente reguladas pelo direito federal. Essa CF amplia 
essas garantias. 
Aqui o ato de revolução marcante é o início da ditadura Vargas. 
Constituição 1946 e 1967 
Ambas possuem como elemento marcante a previsão do direito cooperativo, se limitando a 
manter os direitos previstos na CF anteriores. No entanto, é importante observar que na CF de 
1967 e todo o período posterior marcou-se um período de influência de controle do Estado em 
cima das cooperativas e isso é considerado como não benéfico, e isso causou um declínio no 
cooperativismo, pois controlava, também os atos. 
Esse declínio cessa a partir da CF de 1988. 
Constituição de 1988 
A CF de Portugal foi o modelo seguido no que tange ao cooperativismo brasileiro. O trecho 
mais importante está na previsão no Art. 5º, XVIII da CF1. Esse dispositivo prevê a liberdade 
de associação e criação da cooperativa, vedando a interferência estatal. Até 1988, para constituir 
uma cooperativa, era necessária autorização do Estado, e partir de 1988, qualquer um pode 
criar, bastante apenas o número mínimo de associais e a criação do Estatuto registrado na Junta 
Comercial. 
É possível que se constituam cooperativas nos mais diversos ramos, no entanto, alguns ramos 
estão submetidos a outras legislações, como por exemplo, cooperativa de crédito. 
Na sequência, vamos encontrar outra previsão constituição importante, aquela prevista no Art. 
146, III, alínea C da CF; 
Art. 146. Cabe à lei complementar: III - estabelecer normas gerais em 
matéria de legislação tributária, especialmente sobre: c) adequado 
 
1 XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, sendo 
vedada a interferência estatal em seu funcionamento; 
 
 
 
 
 
 
 
tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades 
cooperativas. 
O destaque está no reconhecimento constituição ao ato cooperativo. O que é ato cooperativo? 
Trata-se daquele ato praticado entre a sociedade cooperativa e o associado, entre o associado e 
a cooperativa ou entre a cooperativas entre si. 
O que difere o ato cooperativo entre as demais sociedades em geral? Porque esse ato merece 
tratamento diferenciado? O primeiro motivo é que o Estado brasileiro reconhece a importância 
do ato, a qual serve para auxiliar o Estado a concretizar direitos sociais. 
No que consiste esse ato cooperativo? Vejamos, quando praticamos um ato cooperativo 
podemos pegar como exemplo dois tipos de cooperativas, como por exemplo, a cooperativa de 
produção e a de consumo. 
Bom, vejamos a cooperativa de produção. Vamos ter vários associados que vão possuir como 
perfil o fato de serem produtores agrícolas (exemplo). O objetivo desses produtores é eliminar 
o intermediário, vejamos os esquemas abaixo: 
 
 
O esquema acima demonstra um ato mercantil. O intermediário adquire do produtor agrícola e 
revende. O intermediário adquire o produto ao preço de 10 reais e revende por 15, nessa 
operação, podemos dizer que 2 reais é o custo operacional e 3 reais é o lucro do intermediário. 
Agora, vejamos a perspectiva do ato cooperativo. 
 
 
A ideia é quase a mesma acima, no entanto, vejamos a diferença, a cooperativa não fica com o 
lucro, mas é devolvido ao produtor/associado. E isso é feito de forma proporcional para cada 
associado, ou seja, quanto mais determinado associado/cooperado venda o produto, maior é a 
distribuição. 
PRODUTOR 
AGRÍCOLA 
INTERMEDIÁRIO CONSUMIDOR/
SOCIEDADE 
PRODUTOR 
AGRÍCOLA 
COOPERATIVA 
AGRÍGOLA 
CONSUMIDOR/
SOCIEDADE 
 
 
 
 
 
 
 
PERGUNTE AO PROFESSOR 
Onde se encontram as normas sobre cooperativas? O principal local é 
na CF, no entanto, além do texto, temos também no CC e em uma 
legislação especial. As três são as normas bases do cooperativismo, no 
entanto, vamos encontrar outras normas que tratam do cooperativismo. 
Vamos analisar agora, o ato cooperativo de consumo. Ela muito se assemelha ao 
supermercado. A cooperativa vai buscar produtos de interesse dos associados e vai revender 
para esses associados por um custo mais baixo. Vejamos sob o viés de duas perspectivas, sendo 
a primeira aquela tradicional, encontrada no mercado pelo empresário, como por exemplo, 
Carrefour, portanto, adquire um produto à 10 reais e revende a 15 reais ao consumidor, sendo 
2 reais a título de custo operacional e 3 reais a título de lucro. 
Na cooperativa, vai fazer as vezes do intermediário, ele vai buscar o produto ao preço de 10 
reais e vai acrescer o custo operacional de 2 reais e vai colocar esse produto para os sócios a 12 
reais, ou seja, aquele lucro que seria entregue ao empresário, ele vai ser colocado a disposição 
do associado, vai ser a vantagem econômica ao associado, pois ele poderia comprar esse 
produto no mercado em geral a 15 reais (intermediário/empresário). Veja que ele pega o mesmo 
produto com menor custo. 
O ato cooperativo traz benefícios para a sociedade em geral. No direito social, temos o direito 
à moradia, saneamento, acesso à energia elétrica e esses devem ser concretizados pelo Estado 
e há duas formas de fazer isso, a passiva, ou seja, aguardar que o Estado faça e a outra forma é 
a ativa, por meio do ato cooperativo, por meio da associação de pessoas que podem concretizar 
essa solução por meio da cooperativa. 
Por essa razão, é que há tratamento tributário diferenciado. 
Vamos encontrar também, o Art. 174, §2ºda CF: 
Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade econômica, 
o Estado exercerá, na forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo 
e planejamento, sendo este determinante para o setor público e 
 
 
 
 
 
 
 
indicativo para o setor privado. § 2º A lei apoiará e estimulará o 
cooperativismo e outras formas de associativismo. 
Aqui a lei determinado que o cooperativismo seja incentivado, por meio de políticas públicas e 
leis. 
O §3º do mesmo dispositivo fala o seguinte: 
§ 3º O Estado favorecerá a organização da atividade garimpeira em 
cooperativas, levando em conta a proteção do meio ambiente e a 
promoção econômico-social dos garimpeiros. 
Aqui incentiva-se há uma cooperativa de trabalho, especificamente no garimpo. 
Temos também o §4º 
§ 4º As cooperativas a que se refere o parágrafo anterior terão prioridade 
na autorização ou concessão para pesquisa e lavra dos recursos e jazidas 
de minerais garimpáveis, nas áreas onde estejam atuando, e naquelas 
fixadas de acordo com o art. 21, XXV, na forma da lei. 
Esse dispositivo foi além, pois incentiva as cooperativas de garimpo, ela também fala que a 
concessão de lavras, é necessário dar preferência a essas cooperativas. 
Outro dispositivo é o Art. 187 da CF: 
Art. 187. A política agrícola será planejada e executada na 
forma da lei, com a participação efetiva do setor de 
produção, envolvendo produtores e trabalhadores rurais, 
bem como dos setores de comercialização, de 
armazenamento e de transportes, levando em conta,especialmente: VI - o cooperativismo 
A lei mais uma vez incentiva o cooperativismo quando trata da política agrícola desenvolvida 
pelo Estado. 
 
 
 
 
 
 
 
Outro dispositivo importante é o Art. 192 da CF, que trata das cooperativas de crédito, incluindo 
expressamente dentro do Sistema Financeiro Nacional. 
Art. 192. O sistema financeiro nacional, estruturado de forma a 
promover o desenvolvimento equilibrado do País e a servir aos 
interesses da coletividade, em todas as partes que o compõem, 
abrangendo as cooperativas de crédito, será regulado por leis 
complementares que disporão, inclusive, sobre a participação do capital 
estrangeiro nas instituições que o integram. (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 40, de 2003) (Vide Lei nº 8.392, de 1991) 
PERGUNTE AO PROFESSOR 
Há outra constituição com tratamento diferenciado para as 
cooperativas? Sim, temos a CF italiana, espanhola e portuguesa. A CF 
portuguesa, doutrinariamente falando, é conhecida como a CF 
econômica, ou seja, com conjunto e preceitos que regulam a atividade 
econômica e normalmente essas constituições são divididas em dois 
setores, o público e privado. No entanto, no caso da CF português, há 
três setores econômicos, o público, privado e o cooperativo. 
O Art. 199, §1 e 2§ da CF também é importante e pode ser aplicada as cooperativas, o Art. 199 
da CF fala da assistência à saúde e permite a iniciativa privada o desempenho dessa atividade, 
vejamos: 
Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada. § 1º - As 
instituições privadas poderão participar de forma complementar do 
sistema único de saúde, segundo diretrizes deste, mediante contrato de 
direito público ou convênio, tendo preferência as entidades 
filantrópicas e as sem fins lucrativos. § 2º É vedada a destinação de 
recursos públicos para auxílios ou subvenções às instituições privadas 
com fins lucrativos. 
AULA 3 – DIREITO CIVIL COOPERATIVO 
 
 
 
 
 
 
 
O direito civil cooperativo aborda o CC, ou seja, vamos analisar o que está escrito no CC para 
as sociedades cooperativas. Há uma ressalva, ao lado do CC temos a lei das sociedades 
cooperativas de 1971, ao passo que o CC é de 2002. O CC passa a tratar uma pequena parte 
daquilo que era tratado na lei das cooperativas, o CC representa um avanço, pois reconhece a 
existência das cooperativas. 
Uma observação; temos um critério de aparente conflito de leis quando duas se versarem da 
mesma matéria, é o que ocorre com o CC e a lei das cooperativas, no entanto, tanto o CC quanto 
a lei das cooperativas (lei especial) ambos se encontram da mesma hierarquia, dessa forma, 
quando encontramos duas leis que tratam da mesma matéria de mesma hierarquia e especial, a 
regra é que a norma mais recente revoga a mais antiga. 
O Art. 1.093 diz que se aplicam as sociedades as cooperativas as normas previstas no CC 
ressalvada a legislação especial, ou seja, a lei das cooperativas continuam em vigor, apenas 
adaptando-se as alterações no CC. 
Uma vez feita essa ressalva com relação a esse conflito aparente, podemos passar a analisar o 
CC propriamente dita. 
Em primeiro momento, vamos destacar o Art. 1.093 do CC2. Na sequência, temos o Art. 1.094, 
que trata das características da sociedade cooperativa: 
Art. 1.094. São características da sociedade cooperativa: I - 
variabilidade, ou dispensa do capital social; II - concurso de sócios em 
número mínimo necessário a compor a administração da sociedade, sem 
limitação de número máximo; III - limitação do valor da soma de quotas 
do capital social que cada sócio poderá tomar; IV - intransferibilidade 
das quotas do capital a terceiros estranhos à sociedade, ainda que por 
herança; V - quorum , para a assembléia geral funcionar e deliberar, 
fundado no número de sócios presentes à reunião, e não no capital social 
representado; VI - direito de cada sócio a um só voto nas deliberações, 
tenha ou não capital a sociedade, e qualquer que seja o valor de sua 
 
2 Art. 1.093. A sociedade cooperativa reger-se-á pelo disposto no presente Capítulo, ressalvada a legislação 
especial. 
 
 
 
 
 
 
 
participação; VII - distribuição dos resultados, proporcionalmente ao 
valor das operações efetuadas pelo sócio com a sociedade, podendo ser 
atribuído juro fixo ao capital realizado; VIII - indivisibilidade do fundo 
de reserva entre os sócios, ainda que em caso de dissolução da 
sociedade. 
Essas características também são previstas na lei especial, o CC em alguns momentos ratifica 
ou altera essas características. 
I - variabilidade, ou dispensa do capital social; 
O inciso primeiro por exemplo, trata da variabilidade ou da dispensa do capital social. Veja, o 
estatuto não precisa ser modifica quando entra ou sai um sócio, na medida que o capital é 
variante, diferente demais sociedades tradicionais. Nas cooperativas, a regra é que o capital 
social é variável, no entanto, o inciso primeiro traz outra possibilidade, que é a dispensa do 
capital social e isso foi polemico, tendo em vista que a partir daí surge a possibilidade de 
constituir uma cooperativa sem capital social. 
Veja, o capital social na sociedade tradicional é fundamental. O capital social aqui, representa 
a medida da contribuição para o inicio daquela atividade e mais do que isso, esse capital social 
representa o poder do sócio na medida em que quanto mais o capital ou participação, mais é o 
poder de mando daquele sócio na sociedade, dessa forma, quanto mais quotas/ações, mais poder 
ele tem, além disso, esse capital social representa a parcela do lucro e ao final do exercício, 
alcançando o resultado positivo, será repartido entre todos os sócios de acordo com o capital 
social. O capital social é importante no momento de dissolução da sociedade empresário, pois 
quando da dissolução, uma vez liquidado o ativo, aquilo que restar vai ser divido entre os sócios 
na proporção de cada capital social dos sócios. E na cooperativa? 
O capital social na cooperativa tem a mesma importância que as sociedades tradicionais? Não. 
Primeiro, no caso do poder dentro da sociedade, o poder não está relacionado a participação do 
capital social, todos os sócios possuem direito a um voto, independentemente com a sua 
participação do capital social. Segundo, vimos que o capital social vai ser fundamental no 
momento da distribuição dos lucros (sociedade tradicional), na cooperativa, a repartição das 
sobras está relacionada a quantidade de operações realizadas pelo associado. Terceiro, na 
sociedade cooperativa o patrimônio não será dividido, uma vez optando pela dissolução, será 
 
 
 
 
 
 
 
pago todos os credores, sendo devolvido para cada associado o valor equivalente que ele 
contribuiu para formação do capital corrigido monetariamente, todo o patrimônio constituído 
pela cooperativa não será distribuído, mas sim será destinado para outra cooperativa similar ou 
na sua ausência, esse patrimônio será destinado ao tesouro nacional. 
Dificilmente vamos conseguir desenvolver qualquer atividade sem que haja o investimento, por 
menos que seja. É difícil ter na pratica uma sociedade que venha a ser constituída sem capital 
social. O inciso primeiro incentiva o cooperativismo, pois a ideia é que não haja impedimento 
para constituição de uma cooperativa, podendo ser constituída mesmo sem capital social. 
PERGUNTE AO PROFESSOR 
Qual a diferença entre cooperativas e associações? Tanto as 
cooperativas quanto as associações são pessoas jurídicas que se 
constituem a partir de pessoas com Afctio Societatis. A diferença etre 
ambas está na finalidade econômica, as associações serão união de 
pessoas que tem finalidade especifica, ou seja, filantrópica, social, 
cultural, esportiva, lazer entre outras, mas não há finalidade de 
vantagem econômica. A cooperativa possibilita o associado a receber 
uma vantagem econômica, contudo, não temfins lucrativos. 
II - concurso de sócios em número mínimo necessário a compor a administração da 
sociedade, sem limitação de número máximo; 
Vejamos agora a segunda característica, que também gerou certa polemica. O inciso II fala do 
concurso mínimo de pessoas necessárias a compor a sociedade. Nos vamos ver que a lei das 
sociedades cooperativas previa o número mínimo de 20 sócios para constituição de uma 
cooperativa (Art. 6º, I). O CC continua falando em numero mínimo, mas não fala quanto, mas 
sim um número necessário. Nesse caso, vamos encontrar diversas doutrinas, alguns entendem 
que o número é de 20 sócios outros entendem que o número mínimo é de 9 associados, pois é 
necessário ter o Conselho de Administração e Diretoria (3 sócios), o Conselho Fiscal (3 sócios 
+ 3 suplentes). O legislador não incentiva a constituição de cooperativas pequenas. 
A lei de cooperativas de trabalho estabeleceu o mínimo de 7 sócios para constituição dessa 
cooperativa. Em outros países falam em 3 ou 5 sócios. 
 
 
 
 
 
 
 
No Brasil, ainda há divergência doutrinaria quanto ao mínimo para constituir uma sociedade 
cooperativa. 
III - limitação do valor da soma de quotas do capital social que cada sócio poderá tomar; 
Como já vimos, é possível ou independe do valor que eu venha contribuir com o capital social 
o poder de decisão na cooperativa, ou seja, o poder é igual para todos. No entanto, se porventura 
se permitir que eu tenha uma parcela signifitva do capital social, se eu pudesse investir sozinho 
o equivalente 60% a 80% do capital social, pode ocorrer que em determina assembleia eu tenha 
o voto vencido, e por isso, eu posso optar em me retirar da sociedade, o que pode inviabilizar a 
sua atividade, pois haverá a devolução do capital social. 
IV - intransferibilidade das quotas do capital a terceiros estranhos à sociedade, ainda que 
por herança; 
É a impossibilidade de um sócio transferir suas quotas para terceiros, nem mesmo podem ser 
transferidas em função de morte. Se porventura alguém tem interesse de ingressar na sociedade, 
basta ele demonstrar e essa manifestação possibilita o seu ingresso na cooperativa (principio 
das portas abertas), desde que tenha o perfil. O mesmo ocorre quando o associado queira sair. 
A ideia da transferência de quotas é nas sociedades tradicionais, quando o sócio se retira, ele 
venda suas quotas a terceiro ou transfere a outros sócios. 
PERGUNTE AO PROFESSOR 
Onde são registradas as cooperativas? O CC estabelece que as aplicam-
se as regras da sociedade simples nas cooperativas. As cooperativas são 
registradas na Junta Comercial. 
V - quorum , para a assembléia geral funcionar e deliberar, fundado no número de sócios 
presentes à reunião, e não no capital social representado; 
O CC leva em consideração o voto por cabeça, e mais do que isso, ele diz que os quóruns levam 
em consideração o número de associados presentes na assembleia. 
VI - direito de cada sócio a um só voto nas deliberações, tenha ou não capital a sociedade, 
e qualquer que seja o valor de sua participação; 
 
 
 
 
 
 
 
Autoexplicativo. 
VII - distribuição dos resultados, proporcionalmente ao valor das operações efetuadas 
pelo sócio com a sociedade, podendo ser atribuído juro fixo ao capital realizado; 
Já vimos sobre a distribuição das sobras. E que de forma isso se dá? Ela se dá de forma 
proporcional as operações realizadas pelos sócios, ou seja, quanto maior o número de operação, 
mais é a quantidade de sobras. Se o sócio não possui operação, ele não receberá nada. Além 
disso, assim como as sobras são distribuídas, é necessário alcançar um resultado positivo. É 
possível que ocorra a repartição de prejuízos. Se a sociedade obter um resultado positivo ao 
final do exercício, ela venha a obter um resultado negativo, esse deverá ser dividido entre os 
sócios, ou seja, assuem o risco do negócio. 
Esse dispositivo fala também, sobre a possibilidade de atribuir um juro fixo ao capital realizado. 
Ou seja, que o capital investido seja corrigido anualmente. A lei das cooperativas limitam a 
12% ao ano, ao passo que o CC não estabelece o mínimo, deixando para que a assembleia sem 
se distanciar dos princípios cooperativismo, decidam pelo percentual diferente. 
VIII - indivisibilidade do fundo de reserva entre os sócios, ainda que em caso de dissolução 
da sociedade. 
Vamos ver que as sociedades em regra possuem dois fundos, o de reserva e o fates. O primeiro 
serve para proteger as cooperativas em caso de resultado negativo, sendo possível utilizar esse 
fundo antes de causar prejuízos aos associados. Esse fundo de reserva deverá ser utilizado para 
situações de emergências, não podendo o fundo ser divido entre os sócios em caso de 
dissolução. 
Esses oito incisos foram implantadas pelo CC02, e além dessas características, o CC ainda traz 
uma informação importante, na possibilidade da cooperativa instituir a responsabilidade 
limitada e ilimitada. Por exemplo, no caso das sociedades limitas e anônimas, cuja regra a 
responsabilidade é limitada, ao passo que em outras sociedades tem como regra a 
responsabilidade ilimitada, já na cooperativa é possível adotar uma ou outra. 
 
 
 
 
 
 
 
Bom, no que tange a responsabilidade limitada, o sócio responde com seu patrimônio pessoal 
exclusivamente por aqueles valores investidos. Na responsabilidade ilimitada, o sócio responde 
com seu patrimônio pessoal além do valor investido. 
PERGUNTE AO PROFESSOR 
Pessoa jurídica pode ser sócia de cooperativa? Sim. No entanto, para 
que a pessoa jurídica faça parte da cooperativa, é necessário que esteja 
relacionado com a atividade da cooperativa. 
Dando continuidade no que tange a responsabilidade limitada e ilimitada. Em ambas, a 
responsabilidade é subsidiaria, devendo ser esgotado o patrimônio da sociedade para 
posteriormente ir para o patrimônio do sócio.

Outros materiais