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POSTULADOS E PRINCIPIOS

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1INTRODUÇÃO
Após analises feitas, temos em mente que o patrimônio, sendo o objeto da contabilidade, envolve um conjunto de pessoas dentro de uma sociedade e que através de fatores permutativos e modificativos, internos e externos, acabam resultando variações e estas variações do patrimônio afetam de alguma forma o meio em que está inserido.
Pode-se perceber também que, a evolução da contabilidade está diretamente relacionada com o desenvolvimento histórico social, pois tem relação com as mudanças da civilização, nos meios de produção e distribuição da riqueza, mudanças estas que foram acompanhadas pela evolução das formas de conhecer os fenômenos a ela relacionados.
Então podemos dizer que é uma ciência social e esta ciência “Contábil” cuida da área de finanças de empresas e instituições por meio de registros, informando sobre a gestão do patrimônio e dando subsídios para tomada de decisão acerca das diretrizes e dos rumos desejados.
2POSTULADOS
São comumente chamados de "Pilares da Contabilidade", por serem a base de toda a teoria contábil.
2.1 Postulado da Entidade
Postulado da Entidade estabelece o Patrimônio como sendo o objeto da Contabilidade, e afirma a necessidade de diferenciação do patrimônio próprio com o patrimônio da entidade jurídica, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. 
É imprescindível distinguir corretamente a pessoa física da pessoa jurídica.Observa a entidade como algo em continuidade, cuja principal finalidade égerir e utilizar ativos não para serem vendidos, mas para servirem à entenda no esforço de produzir receita.Determina que a entidade é um empreendimento em andamento, com intenção de existência indefinida, ou por tempo de duração indeterminado, devendo sobreviver aos seus próprios fundadores e ter seu patrimônio avaliado pela sua potencialidade de gerar benefícios futuros (lucros), e não pela sua capacidade imediata de ser útil somente à entidade. Como o próprio nome diz a empresa deve ter continuidade, é função de a contabilidade aprimorar pela continuidade da empresa. 
O Auditor Independente emite parecer sobre as condições em que a contabilidade de encontra: consistência, observação dos regimes, é obrigação do Auditor ressalvar em seu parecer se, por algum motivo, a empresa está em situação de descontinuidade. Exemplo: crise financeira, incapacidade produtiva, multas de elevado valor impagáveis pela empresa, etc.
 
2.2 Postulado da Continuidade
Postulado da Continuidade prevê que o processo contábil deve ser desenvolvido supondo-se que a entidade nunca terá um fim, ou seja, sem prazo estimado de duração. A suspensão das suas atividades pode provocar efeitos na utilidade de determinados ativos, com a perda, até mesmo integral, de seu valor. A queda no nível de ocupação pode também provocar efeitos semelhantes,como deveria fazer. É necessária antes de tudo uma justificativa, uma explicação. Define a entidade contábil, dando, a esta vida e personalidade própria, pois determina que o patrimônio de toda e qualquer unidade econômica que manipula recursos econômicos, independente da finalidade de gerar ou não lucros, de ser pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, não deve se confundir com a riqueza patrimonial de seus sócios ou acionistas, ou proprietário individual e nem sofrer os reflexos das variações nela verificadas.
 A Entidade (empresa) não se confunde com a pessoa física do sócio, juridicamente são duas pessoas distintas: a pessoa física e a pessoa jurídica, com obrigações diferentes. Exemplo: a empresa contrai uma dívida, caso não a pague será executada (a empresa é executada não o sócio). A mesma coisa acontece se o sócio contrair dívida, quem é executado é o sócio e não a empresa. 
 Outro exemplo, quando o sócio tira dinheiro da empresa: a contabilidade deve registrar como retirada de pró-labore, ou retirada de lucros, ou de empréstimos, etc. Se o sócio retira mais dinheiro do que relativo aos lucros, pró-labore, e por esse motivo a empresa passa por dificuldades financeiras, o sócio será condenado a devolver o dinheiro à empresa ou assumir as dívidas com os fornecedores, pelo fato de ter agido de má-fé, fraudando o seu credor. (art. 158 a 165 do NCC- Lei 10.406/2002)
 Observa-se que este postulado é importante na medida em que ele identifica o campo de atuação da Contabilidade, pois onde existir patrimônio administrável existirá certamente a Contabilidade.
 
· Postulados Descritivos – Descrevem e explicam por que e como a informação 
contábil deve ser apresentada aos usuários.
· Postulados Ambientais – Definem o ambiente onde a contabilidade deve operar, ou
seja, evidenciam o ambiente econômico, social e político onde se desenvolve a contabilidade. Esta questão do ambiente é exemplificada da seguinte maneira: qualquer empresa para que ela atinja seus objetivos são necessários dois pressupostos básicos: A Existência e a Continuidade.
Para tanto, estes Postulados subdividem-se em: 
· Postulado da Entidade
· Postulado da Continuidade
Considera que a transação da atividade econômica seja mantida separada dos sócios que a compõem.
Pode ser analisado de acordo com os seguintes enfoques:
a. Jurídico – A contabilidade deve efetuar separadamente os registros dos sócios da empresa;
b. Econômico – Mostra que as entidades possuem um patrimônio, nos aspectos qualitativos e quantitativos;
c. Organizacional – As entidades são consideradas grupo de pessoas ou pessoas exercendo um controle sobre as receitas e despesas. Neste enfoque procura mostrar a forma como está organizada a entidade e como deve demonstrar seu resultado;
d. Social – A entidade deve mostrar em seus relatórios a contribuição em termos de benefícios a sociedade. Não só mostrar o seu resultado, mas sim evidenciar a sua contribuição para a sociedade, essa contribuição deverá ser mostrada em percentuais.
3OS PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE
Os princípios originaram-se da necessidade do estabelecimento de um conjunto de conceitos, princípios e procedimentos que não somente fossem utilizados como elementos disciplinadores do comportamento do profissional no exercício da Contabilidade, seja para a escrituração dos fatos e transações, sejam na elaboração de demonstrativos, mas que permitissem aos demais usuários fixar padrões de comparabilidade e credibilidade, em função do conhecimento dos critérios adotados na elaboração dessas demonstrações.
Além de delimitar e qualificar o campo de atuação da Contabilidade, os princípios servem de suporte aos postulados. E através da evolução da técnica contábil em função de novos fatos socioeconômicos, modificações na legislação, novos pontos de vista, ou outros fatores, um princípio que hoje é aceito, poderá ser modificado, para atender às inovações ocorridas na vida empresarial.
A contabilidade é uma ciência de caráter essencialmente prático. Ao longo dos anos, diversos critérios foram desenvolvidos, diversas opções foram efetuadas, numa tentativa de normalizar e de se chegar a uma melhor forma de controlar o patrimônio de uma entidade. Assim, os princípios são a exteriorização de critérios aceitos pela maioria dos contadores.
Os princípios fundamentais da contabilidade são classificados em três categorias: Postulados ambientais da contabilidade, Princípios contábeis propriamente ditos e Restrições aos princípios contábeis fundamentais – Convenções.
Se os postulados ambientais retratam condicionamentos dentro dos quais a contabilidade precisa atuar, os princípios dão as grandes linhas filosóficas de resposta contábil aos desafios do sistema de informação contábil, operando num cenário complexo, ao nível dos postulados. Os princípios são o núcleo central da doutrina contábil.
Os princípios básicos, essenciais ao exercício da Contabilidade são: o princípio do custo como base de valor, o princípio da realização da receita e confrontação da despesa, o princípio do denominador comum monetário e o princípio da competência.3.1 Princípio do Custo como Base de valor
Enunciado - O custo de aquisição de um ativo ou dos insumos necessários para fabrica-lo e coloca-lo em condições de gerar benefícios para a entidade representa a base de valor para a contabilidade, expresso em termos de moeda de poder aquisitivo. 
Este é o mais antigo principio da Contabilidade sendo considerado por grande parte dos estudiosos da teoria da contabilidade. Neste principio não somente os ativos deviam ser inscritos pelo que custaram para ser adquiridos ou fabricados como também somente seria ativo algo que custou efetivamente a entidade para incorporar. No começo as doações não eram considerados ativos embora gerassem da mesma forma benefícios futuros, mas com o tempo foi aceita as doações como ativos inserindo as pelo preço que custaram originariamente para quem doou. Embora hoje em dia o entendimento do princípio se tenha ampliado bastante ainda permanece o fato de que é um valor de entrada que deve prevalecer, como base de registro para a contabilidade na continuidade. As hipóteses de avaliação são varias e deveremos escolher a que conseguir maximizar a função contábil composta pelas três variáveis: relevância, praticabilidade e objetividade. A contabilidade é um permanente exercício de busca do equilíbrio entre estas três variáveis. O conjunto de postulados, princípios e convenções devem ser levados igualmente em conta na escolha da hipótese.
Este princípio diz que as aquisições de ativos deverão ser contabilizadas pelo seu valor histórico, pelo seu valor de compra ou aquisição. Este princípio hoje no Brasil tem uma continuação, pois temos admitido o custo histórico corrigido como fazendo parte deste princípio. Este princípio tem uma restrição: quando, numa aquisição, o valor de custo for superior ao valor de venda ou mercado, então deveremos avaliar este ativo pelo mercado. Assim, na prática, fala-se desse princípio como “custo ou mercado, o menor”.Exemplo Mercadoria em Estoque:
Esse conceito é bastante importante para entendermos a conta de Mercadorias em Estoque. Entendemos Mercadorias em Estoque os bens que a empresa adquire com a finalidade básica de posterior revenda e obtenção de lucro com essa revenda. É a transação que dá substância a uma empresa comercial.
O princípio de Custo como Base de Valor diz que os bens adquiridos devem ser registrados pelo preço de compra (preço de aquisição), que significa preço de custo. Assim, quando compramos uma mercadoria por  100 reais, para posterior revenda, devemos lançá-la na contabilidade por esse valor de aquisição, mesmo sabendo que se deva vendê-la depois, por, digamos, aproximadamente 250 reais.
Isso significa que, apesar de se ter uma ideia de que o valor de venda é de 250 reais, enquanto não vendida, temos de manter o seu valor na conta de Mercadorias a Preço de Custo.
Quando ocorrer a venda e a mercadoria não estiver mais em estoque, a baixa da conta Mercadorias em Estoque será também dada pelo preço de custo, lançando a contrapartida como despesa. O valor de venda será lançado numa conta de Receita. A diferença entre os valores da Receita de Vendas, menos a Despesa de Custo da Mercadoria saída do estoque (Custo de Mercadoria Vendida), significa o Lucro Bruto na Venda de Mercadorias.
3.2 Principio do Denominador Comum Monetário
Enunciado – As demonstrações contábeis, sem prejuízo dos registros detalhados de natureza qualitativa e física, serão expressas em termos de moeda nacional de poder aquisitivo da data do ultimo balanço patrimonial.
Esse princípio expressa a dimensão essencialmente financeira da contabilidade, é a qualidade agregativa sem deixar de das às devidas considerações as qualidades essenciais e especificas de ativos e passivos como geradores de fluxo futuros de caixa. O padrão de mensuração que é a moeda de cada país não poderia sofrer alterações em sua essência, no Brasil mesmo no período inflacionário vivido ate pouco tempo não reunia as condições para ser considerado um padrão de mensuração afiançável, a não ser no exato momento de transação. Para que se possa auferir de todas as informações contábeis com relação a aspectos de valor de mercado é necessário voltar a ter um padrão constante de mensuração monetária.
Este princípio diz que a contabilidade deve ser feita numa única moeda e que todos os itens devem ser avaliados por essa moeda. Assim, na dívida contraída originariamente em dólares será controlada em dólares, mas na escrituração comercial será expressa em reais. Se a empresa tem uma obra de arte no seu ativo, recebida em doação, por exemplo, para figurar na sua contabilidade ela deverá avaliar essa obra em reais.
3.3 Princípio da Realização da Receita
Enunciado - A receita é considerada realizada e, portanto passível de registro pela contabilidade, quando produtos ou serviços produzidos ou prestados pela entidade são transferidos para outra entidade ou pessoa física com a anuência destas e mediante pagamento ou compromisso de pagamento especificado perante a entidade produtora.
A contabilidade apresenta grande necessidade de objetividade e de consistência em seus princípios e procedimentos, que podem ter reflexos ate na área do direito. É reconhecido que o processo de produção adiciona valor aos fatores manipulados de forma contínua, embora não se possa, objetivamente, escolher pontos ao acaso e sempre determinar, afiançadamente, o valor adicionado. As etapas diferenciadas da execução de um processo produtivo podem adicionar valor desproporcionalmente ai tempo envolvido na etapa e mesmo ai custo, embora esta última premissa seja utilizada em certos casos.
 Este princípio diz quando devemos considerar a receita como realizada, ou efetuada. Muitos teóricos admitiam que deveríamos considerar a receita de um produto no momento em que tivéssemos terminado de produzi-lo. Mas o consenso dos contadores não aceita essa teoria. Devemos considerar a receita de venda de um produto apenas no momento em que o produto tiver sido entregue ao cliente, já com um preço acordado. O momento de realização da receita poderá ser determinado verificando-se algumas condições básicas: 
· Avaliação de mercado objetiva para o preço do produto;
· Realização de todos os esforços de produção;
· Condições de avaliar as despesas relativas ao produto que está sendo vendido; 
Existem algumas variações no conceito tradicional de realização da receita, mas que acabam por se incluir dentro da regra geral. É o caso da contabilização de resultados de contratos a longo prazo, em que o valor da receita é contabilizado à medida que o produto vai sendo fabricado, isto é, conforme o estágio de produção. Um exemplo desse tipo de contabilização é a fabricação de navios. O fato de a empresa fabricadora ter um contrato formal, iniciando a fabricação somente com a assinatura desse contrato faz com que tenhamos um preço objetivo para essa produção. Também os esforços de cada fase de produção estão sendo despendidos e nada será perdido, podendo a construção até ser concluída por outro estaleiro. Igualmente, o custo de cada fase de produção é conhecido.
Outro exemplo de variação na contabilização da receita é o caso de pecuária de maturação longa, como a criação de bovinos. À medida que vai havendo a engorda do rebanho, podemos contabilizar a receita proporcional. Normalmente, a receita é calculada em função dos anos de vida do rebanho. A cada ano que passa vai-se lançando a receita incremental do ano que passou que é engorda do ano. 
3.4 Princípio do Confronto das despesas com as receitas e com os períodos contábeis
Enunciado – Toda despesa diretamente delineável com as receitas reconhecidas em determinado período, com as mesmas devera ser confrontadas; os consumos ou sacrifícios de ativos (atuais ou futuros), realizados em determinado período e que não puderam ser associados à receita do período nem as dos períodos futuros, deverão ser descarregados como despesa do período em que ocorrerem.
A base de confronto não esta relacionada ao montante dos recursos efetivamente recebido em dinheiro ou pago, noperíodo, mas as receitas reconhecidas nas bases já mencionadas e as despesas incorridas no período. Todas as despesas e perdas ocorridas em determinado período deverão ser confrontadas com as receitas reconhecidas nesse mesmo período ou a ele atribuídas, havendo alguns casos especiais como: os gastos de períodos em que a entidade é total ou parcialmente pré-operacional, são normalmente ativados para amortização como despesa a partir do exercício em que entidade, ou a parte do ativo começar a gerar receitas; A parcela dos gastos dos departamentos de pesquisa e desenvolvimento que superar o montante necessário para manter o setor em funcionamento, independentemente do numero de projetos em execução, todo o gasto incremental necessário para determinado projeto poderá ser ativado e, quando o projeto iniciar a geração de receitas, amortizado contra as receitas. Os gastos com propaganda e promoção de venda, mesmo institucional, deverão ser considerados como despesa dos períodos em que ocorrerem.
 Este princípio diz que as receitas realizadas no período devem ser confrontadas, no mesmo período, com as despesas que a geraram. Isto é, para a apuração do resultado de um período deverão ser consideradas as receitas realizadas, diminuídas das despesas que foram sacrificadas para a sua obtenção.
4CONVENÇÕES CONTÁBEIS
Foram criadas com base na grande margem de liberdade que os Princípios Contábeis permitem ao contador no registro das operações (escrituração dos fatos contábeis). Ou seja, as convenções são mais objetivas e têm a função de indicar a conduta adequada que deve ser observada no exercício profissional da contabilidade.
Sendo assim, as convenções contábeis têm por objetivo limitar ou restringir a abrangência dos Princípios Contábeis, definindo com maior precisão e clareza o seu alcance e significado. Elas representam o complemento dos Princípios e Postulados, no sentido de delimitar conceitos, atribuições e direções a serem seguidas no registro das operações facilitando o trabalho do contador.Segue abaixo as principais convenções:
4.1 Convenção da Objetividade
Refere-se ao sentido de neutralidade que se deve atribuir à Contabilidade nos registros dos fatos que envolvem a gestão do patrimônio das entidades. O profissional contábil deve escolher, entre vários procedimentos, o mais adequado para descrever um evento contábil. Ele deve procurar exercer a Contabilidade sempre de forma objetiva, não se deixando levar por sentimentos ou expectativas de administradores ou qualquer pessoa que venha a influenciar o seu trabalho. Os registros devem estar baseados, sempre que possível, em documentos que comprovem a ocorrência das respectivas transações.
A finalidade dessa convenção é eliminar ou restringir áreas de excessivo liberalismo na escolha de critérios, principalmente de valor.
Exemplo: Toda vez que um Contabilista tiver mais de uma opção de valores para atribuir a um dado bem, como um documento original de compra e um laudo pericial de avaliação do bem, ele deverá optar pelo mais objetivo. No caso, o documento.
OBS.: Caso não haja documento para suporte, deve-se convocar peritos em avaliação que, mediante laudos, forneçam um valor objetivo para o contador desenvolver de maneira imparcial sua contabilidade.
4.2 Convenção da Materialidade
Estabelece que a contabilidade não deve se preocupar com valores ou fatos irrelevantes, tanto do ponto de vista de registro como de controle. Sendo assim, a informação contábil deve ser relevante, justa eadequada e o profissional deve considerar a relação custo x benefício da informação que será gerada, evitando perda de recursos e de tempo da entidade. Dessa forma, o contador não perde tempo com registros cujos controles podem se tornar mais onerosos (caros) que os próprios valores a serem registrados.
Exemplo: Quando materiais de expediente da empresa são utilizados (como papéis, impressos, lápis, caneta, etc.), é registrado uma diminuição do ativo da empresa. Essa diminuição poderia, teoricamente, ser lançada nos registros contábeis à medida de sua ocorrência, porém, pela irrelevância da operação isto não é feito. A despesa é apurada somente no final do período por diferença de estoques, dado os seus pequenos valores unitários.
Em resumo, cabe à administração da empresa, sem ferir os demais Princípios e Convenções, bem como as normas constantes da Legislação Comercial e Fiscal, estabelecer uma relação custo-benefício, para decidir sobre a adoção de um sistema contábil mais apurado e detalhado, evitando o desperdício de tempo e dinheiro para controlar elementos e mutações patrimoniais de pequena expressão em relação ao conjunto do Patrimônio.
4.3 Convenção da Consistência
De acordo com essa convenção, os critérios adotados no registro dos atos e fatos administrativos não devem mudar frequentemente. Refere-se a uniformidade, utilizando métodos e critérios uniformes ao longo do tempo para o registro dos fatos contábeis e elaboração das demonstrações financeiras.
OBS.: No caso de necessidade de mudanças em tais critérios, tais devem ser informadas em notas explicativas nos relatórios contábeis de maneira a informar ao usuário esta mudança.
Ou seja, os relatórios devem ser elaborados com a forma e o conteúdo das informações consistentes para facilitar sua interpretação e análise pelos diversos usuários. Quando houver necessidade de adoção de outro critério ou método de avaliação, o profissional deverá informar a modificação e apresentar os reflexos que a mudança poderá causar se não for observada pelo usuário.
Exemplo: Se for adotado o método FIFO para avaliação de estoques em lugar do LIFO (ambos atendem ao mesmo princípio geral, isto é, "Custo como base de valor"), deverá ser usado sempre o mesmo método nos outros períodos.
IMPORTANTE: A quebra da consistência na escrituração provoca influências nos demonstrativos contábeis, o que prejudica a análise clara e eficiente em comparação com os demonstrativos de exercícios anteriores.
4.4 Convenção do Conservadorismo
Estabelece que o profissional da Contabilidade deve manter uma conduta mais conservadora em relação aos resultados que serão apresentados, evitando que projeções distorcidas sejam feitas pelos usuários.
A posição conservadora (precaução/prudência) do contador será evidenciada para antecipar prejuízo e nunca antecipar lucro. Assim ele não estará influenciando os acionistas, por exemplo, a um otimismo que será ilusório (é preferível ter expectativa de prejuízo e a entidade apresentarem resultados positivos do que o contrário). O objetivo do conservadorismo é não dar uma imagem otimista em uma situação alternativa que, com o passar do tempo, poderá reverter-se.
Existindo alternativas igualmente válidas para se atribuir valores aos elementos patrimoniais, por motivo de precaução, deve-se optar pelo valor mais baixo ao ativo e pelo valor mais alto ao passivo.
Exemplo: Se o contador estiver em dúvida diante de dois valores, igualmente válidos, de dívida da empresa com terceiros, ele deverá registrar o maior valor.
Deriva dessa convenção a regra do custo de mercado, dos dois o menor, pela qual o estoque será avaliado pelo preço de mercado, se este for inferior ao custo de aquisição. De certo modo, ela modifica o Princípio do Custo Histórico como Base de Valor, adotada pela atual Lei das S.A.
5PRINCÍPIOS DA CONTABILIDADE (resolução CFC nº 1.282/2010)
Os Princípios de Contabilidade representam a essência das doutrinas e teorias relativas à Ciência da Contabilidade, consoante o entendimento predominante nos universos científico e profissional.
A partir de 02.06.2010, Os "Princípios Fundamentais de Contabilidade (PFC)", citados na Resolução CFC nº 750/1993, passam a denominar-se "Princípios de Contabilidade (PC)", por força da Resolução CFC 1.282/2010
Os princípios são aplicáveis à contabilidade no seu sentido mais amplo de ciência social, cujo objeto é o Patrimônio das Entidades.
São Princípios de Contabilidade:
· O da Entidade;
· O da Continuidade;
· O da Oportunidade;
· O do Registro pelo valor Original;· O da Atualização Monetária; (Revogado pela Resolução CFC 1.282/2010;
· O da Competência;
· O da Prudência;
5.1 Princípio da Entidade
O Princípio da Entidade reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos.
Por consequência, nesta acepção, o Patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição.
	Segundo esse princípio, o patrimônio da empresa (entidade) não se confunde com o dos seus sócios ou proprietários.
 Portanto, a Contabilidade da empresa registra somente os atos e os fatos ocorridos que se refiram ao patrimônio da empresa, e não os relacionados com o patrimônio particular de seus sócios.
 Na prática, comprova-se a eficácia do princípio da entidade pelo fato de que a empresa apresenta sua declaração de Imposto de Renda e seus sócios apresentam cada um, sua própria declaração.
	
	 
	
5.2 Princípio da Continuidade
O Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidade continuará em operação no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes do patrimônio levam em conta esta circunstância. Assim, pelo Princípio da Continuidade a empresa deve ser considerada como um organismo em movimento constante e contínuo de produção, venda, compra, consumo, investimentos, etc. É o que podemos chamar de "entidade em marcha", a qual deve concretizar seus objetivos continuamente.
Em regra, a empresa não pode ser criada com prazo estabelecido para o seu encerramento. Ao se criar uma empresa, partimos do pressuposto de que a mesma operará indefinidamente ao longo do tempo. Ao se constituir uma empresa, é como se nascesse um novo ser humano, não há prazo estabelecido para sua morte.
As demonstrações contábeis normalmente são elaboradas tendo como premissa que a entidade está em atividade (goingconcernassumption) e irá manter-se em operação por um futuro previsível. Desse modo, parte-se do pressuposto de que a entidade não tem a intenção, nem tampouco a necessidade, de entrar em processo de liquidação ou de reduzir materialmente a escala de suas operações. Por outro lado, se essa intenção ou necessidade existir, as demonstrações contábeis podem ter que ser elaboradas em bases diferentes e, nesse caso, a base de elaboração utilizada deve ser divulgada.
5.3 Princípio da Oportunidade
O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas.
O Conselho Federal de Contabilidade (CFC), através da Resolução CFC nº 750/1993 definiu o Princípio da Oportunidade da seguinte forma:
Art. 6º O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas.
Parágrafo único. A falta de integridade e tempestividade na produção e na divulgação da informação contábil pode ocasionar a perda de sua relevância, por isso é necessário ponderar a relação entre a oportunidade e a confiabilidade da informação. (grifo nossos)
Este Princípio exige o registro e o relato de todas as variações patrimoniais sofridas pela entidade, no momento em que elas ocorram e de forma completa, sem deixar nada de fora. Cumprido tais preceitos, chega-se ao acervo máximo de informações sobre o patrimônio, fonte de todos os relatos, demonstrações e análises posteriores, ou seja, o Princípio da Oportunidade é a base indispensável à fidedignidade das informações sobre o patrimônio da entidade, relativas a um determinado período e com o emprego de quaisquer procedimentos técnicos. É o fundamento daquilo que muitos sistemas de normas denominam de "representação fiel" pela informação, ou seja, que esta espelhe com precisão e objetividade as transações e eventos a que concerne.
5.4 Princípio do Registro pelo valor original
O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os componentes do patrimônio devem ser inicialmente registrados pelos valores originais das transações, expressos em moeda nacional.
Uma vez integrado ao patrimônio, os componentes patrimoniais, ativos e passivos, podem sofrer variações decorrentes dos seguintes fatores: 
5.4.1 Custo corrente. Os ativos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais teriam de ser pagos se esses ativos ou ativos equivalentes fossem adquiridos na data ou no período das demonstrações contábeis. Os passivos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, não descontados, que seriam necessários para liquidar a obrigação na data ou no período das demonstrações contábeis; 
5.4.2 Valor realizável. Os ativos são mantidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais poderiam ser obtidos pela venda em uma forma ordenada. Os passivos são mantidos pelos valores em caixa e equivalentes de caixa, não descontados, que se espera seriam pagos para liquidar as correspondentes obrigações no curso normal das operações da Entidade; 
5.4.3 Valor presente. Os ativos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de entrada líquida de caixa que se espera seja gerado pelo item no curso normal das operações da Entidade. Os passivos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de saída líquida de caixa que se espera seja necessário para liquidar o passivo no curso normal das operações da Entidade; 
5.4.4 Valor justo. É o valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ou um passivo liquidado, entre partes conhecedoras, dispostas a isso, em uma transação sem favorecimentos;
5.4.5 Atualização Monetária: Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional devem ser reconhecidos nos registros contábeis mediante o ajustamento da expressão formal dos valores dos componentes patrimoniais.
RESOLUÇÃO CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE - CFC Nº 1.282 DE 28.05.2010 Atualiza e consolida dispositivos da Resolução CFC nº 750/93, que dispõe sobre os Princípios Fundamentais de Contabilidade. 
Considerando que, por conta do processo de convergência às normas internacionais de contabilidade, o Conselho Federal de Contabilidade emitiu a NBC T 1 - Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis, que discute a aplicabilidade dos Princípios Fundamentais de Contabilidade contidos na Resolução CFC nº 750/93; a necessidade de manutenção da Resolução CFC nº 750/93, que foi e continua sendo referência para outros organismos normativos e reguladores brasileiros; a importância do conteúdo doutrinário apresentado na Resolução CFC nº 750/93, que continua sendo, nesse novo cenário convergido, o alicerce para o julgamento profissional na aplicação das Normas Brasileiras de Contabilidade; que, para assegurar a adequada aplicação das Normas Brasileiras de Contabilidade à luz dos Princípios de Contabilidade, há a necessidade de harmonização dos dois documentos vigentes (Resolução CFC nº 750/93 e NBC T 1); que, por conta dessa harmonização, a denominação de Princípios Fundamentais de Contabilidade deva ser alterada para Princípios de Contabilidade, visto ser suficiente para o perfeito entendimento dos usuários das demonstrações contábeis e dos profissionais da Contabilidade, resolve: 
Art. 1º Os "Princípios Fundamentais de Contabilidade (PFC)", citados na Resolução CFC nº 750/93, passam a denominar-se "Princípios de Contabilidade (PC)". 
Art. 2º O "considerando" da Resolução CFC nº 750/93 passa a vigorar com a seguinte redação: 
"considerando a necessidade de prover fundamentação apropriada para interpretação e aplicação das Normas Brasileiras de Contabilidade,"
Art. 3º Os arts. 5º, 6º, 7º, 9º e o § 1º do art. 10, da Resolução CFC nº 750/93, passam a vigorar com as seguintes redações: Artigo 5º O Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidade continuará em operaçãono futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes do patrimônio levam em conta esta circunstância.
Artigo 6º O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas.
Parágrafo único. A falta de integridade e tempestividade na produção e na divulgação da informação contábil pode ocasionar a perda de sua relevância, por isso é necessário ponderar a relação entre a oportunidade e a confiabilidade da informação.
Artigo 7º O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os componentes do patrimônio devem ser inicialmente registrados pelos valores originais das transações, expressos em moeda nacional.
5.5 Princípio da Competência
O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou pagamento. Parágrafo único. O Princípio da Competência pressupõe a simultaneidade da confrontação de receitas e de despesas correlatas.
A compreensão do cerne do Princípio da COMPETÊNCIA está diretamente ligada ao entendimento das variações patrimoniais e sua natureza. Nestas encontramos duas grandes classes: 
5.5.1 Qualitativa - A daquelas que somente modificam a qualidade ou a natureza dos componentes patrimoniais, sem repercutirem no montante do Patrimônio Líquido, e
5.5.2 Quantitativas - A das que o modificam. 
As primeiras são denominadas de "qualitativas", ou "permutativas", enquanto as segundas são chamadas de "quantitativas", ou "modificativas". Cumpre salientar que estas últimas sempre implicam a existência de alterações qualitativas no patrimônio, a fim de que permaneça inalterado o equilíbrio patrimonial. 
O Princípio da Competência não está relacionado com recebimentos ou pagamentos (regime de caixa), mas com o reconhecimento das receitas geradas e das despesas incorridas no período.
5.6 Princípio da Prudência
O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.
Impõe a escolha da hipótese de que resulte menor patrimônio líquido, quando se apresentarem opções igualmente aceitáveis diante dos demais Princípios Fundamentais da Contabilidade.O Princípio da Prudência, durante muito tempo referido como convenção do Conservadorismo, procura reforçar a necessidade de se apresentar informação que reflita de forma adequada o Patrimônio Líquido da Entidade.
Quase que uma regra comportamental, o Conservadorismo obriga a adoção de um espírito de precaução por parte do Contador. Quando ele tiver dúvida sobre tratar um determinado gasto como Ativo ou Redução de Patrimônio Líquido (básica e normalmente despesa), deve optar pela forma de maior precaução, ou seja, pela segunda. Por exemplo, sendo duvidoso o recebimento de uma duplicata , esta deve ser baixada para o resultado (diretamente ou por meio da constituição de uma provisão), ou, então se um estoque, avaliado pelo custo de aquisição (mercadoria), ou de fabricação (produto), estiver ativado por um valor que exceda seu valor de venda, deve-se ser reduzido ao montante deste último (Custo ou Mercado - dos dois o menor).
Complementando, se existirem dúvidas sobre contabilizar um item como parte do Patrimônio Líquido ou das dívidas, deve também ser adotada a alternativa mais conservadora, isto é, a que avaliar pela forma mais precavida o Patrimônio Líquido.
É necessário, todavia, lembrar que não se pode adotar esse espírito de forma indiscriminada, pois então passaria a haver uma subavaliação desmesurada e intencional da riqueza própria da empresa. Acima de tudo, deve imperar o bom-senso, de forma a serem observadas as aplicações do conservadorismo apenas nos casos em que dúvidas reais existirem.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
 Os princípios fundamentais de contabilidade fazem parte do esqueleto básico da Teoria da Contabilidade. Esses são os princípios aceitos ainda hoje. Nada impede, porém, de que esses princípios não venham a ser modificados ao longo do tempo. A contabilidade é uma metodologia extremamente prática e as necessidades de informações dos diversos usuários da informação contábil podem alterar-se com o passar do tempo. Com isso poderão ser revistos alguns princípios, como  poderão ser criados outros e extinguidos alguns. Aos contadores cabe a discussão permanente sobre eles, a verificação de que eles são atuais e não estão sendo hoje um entrave às modernas necessidades de informações.
Na atualidade, não possuímos uma harmonização. Enquanto prevalecer o desejo de imposição da vontade de alguns grupos sobre a natural evolução, ocorrerão, sem dúvida, divergências  e resistências.
Embora não se possa precisar quando ocorrerá tal consenso, tudo indica que haja um encaminhamento para ele; as pressões, todavia, continuam a existir em vantagem, de forma clara, sobre a sociedade, dos que se aproveitam do uso da contabilidade para fins contrários aos interesses coletivos, ou seja, normalizar visando a sonegar dado ou distorcê-los.
As falhas que acham em Princípios e Normas de organismos internacionais, em leis, em resoluções de entidades nacionais etc. podem persistir por algum tempo, mas não por todos os tempos. O futuro há de reservar-nos a harmonização contábil internacional, sem imposições, fruto da inteligência e não da conveniência ou vaidade de grupos de pessoas.  
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Princípios Contábeis; Disponível em: <http://www.tax-contabilidade.com.br/matTecs/matTecsIndex.php?idMatTec=57>; Acesso em: 12/08/2014.
Postulados e Princípios Contábeis; Disponível em: <http://www.portaldeauditoria.com.br/tematica/contabilidadecomentada_postuladoseprincipioscontabeis.htm>; Acesso em: 12/08/2014.
Princípios Contábeis; Disponível em: <http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/principiosfundamentais.htm>; Acesso em: 12/08/2014.
Convenções Contábeis; Disponível em: <http://www.socontabilidade.com.br/conteudo/convencoes.php> ; Acesso em: 12/08/2014.
PERGUNTAS E RESPOSTAS
1 - O postulado da entidade possui dimensões para o seu entendimento e sua forma de atuação. Diante disto quais são essas dimensões e para que servem?
R: jurídica – entidade perfeitamente distinta dos sócios. Separação cuidadosa do que é dos sócios e do que é da entidade.
Econômica – nessa dimensão se caracteriza por massa patrimonial, cabendo a contabilidade acompanhar sua evolução qualitativa e quantitativa.
Organizacional – pode ser considerada como um grupo de pessoas ou pessoa, exercendo controle de receitas e despesas, investimentos e distribuições.
Social – pode ser avaliada não só pela utilidade que a si acresce bem como pela sua contribuição no campo social.
2 - Cite quais são as Convenções Contábeis e conceitue cada uma delas.
R:Convenção da Objetividade: Refere-se ao sentido de neutralidade que se deve atribuir à Contabilidade nos registros dos fatos que envolvem a gestão do patrimônio das entidades. O profissional contábil deve procurar exercer a Contabilidade sempre de forma objetiva, não se deixando levar por sentimentos ou expectativas de administradores ou qualquer pessoa que venha a influenciar o seu trabalho.
Convenção da Materialidade: Estabelece que a contabilidade não deve se preocupar com valores ou fatos irrelevantes, tanto do ponto de vista de registro como de controle. A informação contábil deve ser relevante, justa e adequada e o profissional deve considerar a relação custo x benefício da informação que será gerada, evitando perda de recursos e de tempo da entidade.
Convenção da Consistência: os critérios adotados no registro dos atos e fatos administrativos não devem mudar frequentemente. Refere-se à uniformidade, utilizando métodos e critérios uniformes ao longo do tempo para o registro dos fatos contábeis e elaboração das demonstrações financeiras.
Convenção do Conservadorismo: Estabelece que o profissional daContabilidade deve manter uma conduta mais conservadora em relação aos resultados que serão apresentados, evitando que projeções distorcidas sejam feitas pelos usuários.
3 – Conceitue Principio da Oportunidade. 
R: Este Princípio exige o registro e o relato de todas as variações patrimoniais sofridas pela entidade, no momento em que elas ocorram e de forma completa, sem deixar nada de fora. Cumprido tais preceitos, chega-se ao acervo máximo de informações sobre o patrimônio, fonte de todos os relatos, demonstrações e análises posteriores, ou seja, o Princípio da Oportunidade é a base indispensável à fidedignidade das informações sobre o patrimônio da entidade, relativas a um determinado período e com o emprego de quaisquer procedimentos técnicos. 
4 - Os princípios são aplicáveis à contabilidade no seu sentido mais amplo de ciência social, cujo objeto é o Patrimônio das Entidades. Quais são os Princípios de Contabilidade.
- ENTIDADE;
- CONTINUIDADE;
- OPORTUNIDADE;
- REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL;
- ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA; (Revogado pela Resolução CFC 1.282/2010)
- COMPETÊNCIA;
- PRUDÊNCIA.
5 - O que os Postulados representam na contabilidade?
R: Os postulados representam a base a qual se desenvolve todo raciocínio contábil.
São comuns como pilares da contabilidade por serem a base de toda a teoria contábil.
6 - Diz que as receitas realizadas no período devem ser confrontadas, no mesmo período, com as despesas que a geraram. Isto é, para apuração do resultado de um período deverão ser as receitas realizadas, diminuídas das despesas que foram sacrificadas para sua obtenção. Em alguns casos especiais os períodos gastos em que a entidade é total ou parcialmente pre operacional normalmente são ativados para amortização, e como despesa a partir do exercício em que a Entidade ou parte do ativo dela começar a gerar receita. 
Com relação ao texto acima marque a alternativa correta:
A – Convenção da Objetividade
B – Principio da Prudência
C – Postulado Ambiental
D – Principio do confronto das despesas com as receitas e com períodos contábeis
E- nenhuma das alternativas
7 - Estabeleça a diferença entre um Postulado, um Princípio e uma Convenção Contábil?
R:- Os postulados, em qualquer ciência, são os pilares da mesma.No caso, estes são a base de toda teoria contábil. São verdades absolutas em si mesmas e que permitem a existência da contabilidade. São classificados como postulados: Entidade e Continuídade. 
- Princípios: são os padrões técnicos e práticos aplicados. No caso da contabilidade são os princípios que regulamentam, ou certificam, a maneira como a contabilidade é aplicada, ou seja, feito os lançamentos. São princípios: Oportunidade; Registro pelo valor original; Atualização monetária; Competência e Prudência.
- Convenção é um conceito que serve como um guia para o profissional da área contábil, normatizando padrões de conduta na hora de escriturar os fatos contábeis. são eles: Objetividade; Conservadorismo ou Prudência; Materialidade e Evidenciação.
8 - Quais são as duas classes do principio da competência que está diretamente ligada ao entendimento das variações patrimoniais, e sua natureza?
R - 1° é a daquelas que somente modificam a qualidade ou a natureza dos componentes patrimoniais, sem repercutirem no montante do Patrimônio Líquido.
- 2° a das que o modificam;As primeiras são denominadas de "qualitativas", ou "permutativas", enquanto as segundas são chamadas de "quantitativas", ou "modificativas".
9 - Para que servem os princípios da contabilidade?
R: Além de delimitar e qualificar o campo de atuação da Contabilidade, os princípios servem de suporte aos postulados. E através da evolução da técnica contábil em função de novos fatos socioeconômicos, modificações na legislação, novos pontos de vista, ou outros fatores, um princípio que hoje é aceito, poderá ser modificado, para atender às inovações ocorridas na vida empresarial.
10 - Qual a diferença entre postulado e principio na contabilidade?
R: Postulado é a linha mais macro-estratégica (conceito de entidade contábil, de continuidade) = ALICERCE DA CASA. Princípio é um conjunto de regras mais específicas para atuar (custo como base, realização de receitas e despesas, etc) = PAREDES DA CASA.

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