Buscar

CADERNO SISTEMATIZADO - DIREITO TRIBUTÁRIO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 190 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 190 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 190 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

1.1.1. 
 
 
CS – TRIBUTÁRIO 2020.1 1 
 
APRESENTAÇÃO................................................................................................................................ 9 
SISTEMA CONSTITUCIONAL TRIBUTÁRIO ................................................................................... 10 
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS ..................................................................................................... 10 
2. CONCEITO ................................................................................................................................. 10 
3. FUNÇÃO DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL EM MATÉRIA TRIBUTÁRIA ................................. 10 
 DISCRIMINAÇÃO DE COMPETÊNCIAS TRIBUTÁRIAS .................................................. 11 
 CLASSIFICAÇÃO DE TRIBUTOS ...................................................................................... 13 
 DEFINIÇÃO DA REGRA MATRIZ DAS ESPÉCIES E SUBESPÉCIES TRIBUTÁRIAS ... 15 
 LIMITAÇÃO AO PODER DE TRIBUTAR ........................................................................... 16 
 DELIMITAÇÃO DA REPARTIÇÃO DAS RECEITAS TRIBUTÁRIAS ................................ 16 
3.5.1. Art. 157 da CF – Estados e Distrito Federal................................................................ 16 
3.5.2. Art. 158 da CF – Municípios ........................................................................................ 17 
3.5.3. Art. 159 da CF .............................................................................................................. 18 
3.5.4. Art. 160 da CF .............................................................................................................. 19 
3.5.5. Art. 161 da CF .............................................................................................................. 20 
3.5.6. Art. 162 da CF .............................................................................................................. 20 
4. LIMITAÇÕES CONSTITUCIONAIS AO PODER DE TRIBUTAR ............................................. 20 
 FORMA DE REGULAMENTAÇÃO ..................................................................................... 20 
 CONCEITO .......................................................................................................................... 22 
 CLASSIFICAÇÃO ................................................................................................................ 23 
 NATUREZA JURÍDICA ....................................................................................................... 24 
 OBJETIVOS ........................................................................................................................ 24 
PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO TRIBUTÁRIO .......................................................................... 25 
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS ..................................................................................................... 25 
2. PRINCÍPIO DA SEGURANÇA JURÍDICA NA TRIBUTAÇÃO................................................... 25 
 CONCEITO .......................................................................................................................... 25 
 CONTÉUDO ........................................................................................................................ 25 
2.2.1. Certeza do direito ......................................................................................................... 25 
2.2.2. Intangibilidade das posições jurídicas ......................................................................... 25 
2.2.3. Estabilidade das situações jurídicas ............................................................................ 26 
2.2.4. Confiança no tráfico jurídico ........................................................................................ 26 
2.2.5. Devido processo legal .................................................................................................. 26 
3. PRINCÍPIO DA ISONOMIA ........................................................................................................ 26 
 CONCEITO .......................................................................................................................... 26 
 ENTEDIMENTO JURISPRUDENCIAL ............................................................................... 27 
4. PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA ...................................................................... 28 
 PREVISÃO LEGAL ............................................................................................................. 28 
 (IM) POSSIBILIDADE DE EXTENSÃO .............................................................................. 29 
 CONTEÚDO ........................................................................................................................ 29 
 ASPECTOS ......................................................................................................................... 29 
 CONCRETIZAÇÃO ............................................................................................................. 29 
4.5.1. Imunidades ................................................................................................................... 30 
4.5.2. Isenção ......................................................................................................................... 30 
4.5.3. Seletividade .................................................................................................................. 30 
4.5.4. Progressividade ........................................................................................................... 30 
5. PRINCÍPIO DA CAPACIDADE DE COLABORAÇÃO ............................................................... 31 
6. PRINCÍPIO DA PRATICABILIDADE DA TRIBUTAÇÃO ........................................................... 32 
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DO DIREITO TRIBUTÁRIO ...................................................... 33 
1. PRINCÍPIO DA LEGALIDADE ................................................................................................... 33 
 CONSIDERAÇÕES INICIAIS.............................................................................................. 33 
 
 
CS – TRIBUTÁRIO 2020.1 2 
 
 CONTEÚDO ........................................................................................................................ 33 
 LEI x LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA ...................................................................................... 34 
 MITIGAÇÕES AO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE .............................................................. 35 
1.4.1. Impostos Extrafiscais ................................................................................................... 35 
1.4.2. ICMS-combustíveis monofásico .................................................................................. 36 
1.4.3. CIDE-combustíveis ...................................................................................................... 36 
 LEGALIDADE TRIBUTÁRIA E TAXAS JUDICIAIS ............................................................ 36 
 NORMA TRIBUTÁRIA EM BRANCO ................................................................................. 36 
 LEI DELEGADA................................................................................................................... 37 
 DECRETO OU REGULAMENTO DELEGADO .................................................................. 37 
 MEDIDA PROVISÓRIA ....................................................................................................... 38 
 COMPETÊNCIA .................................................................................................................. 38 
 PRINCÍPIO DA TRANSCENDÊNCIA FISCAL ................................................................... 39 
 LEI ESPECÍFICA .................................................................................................................39 
 CORREÇÃO MONETÁRIA ................................................................................................. 39 
2. PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE TRIBUTÁRIA ................................................................ 40 
 PREVISÃO LEGAL ............................................................................................................. 40 
 RETROATIVIDADE TRIBUTÁRIA ...................................................................................... 41 
 MUTAÇÃO JURISPRUDENCIAL E IRRETROATIVIDADE TRIBUTÁRIA ........................ 42 
 FATO GERADOR COMPLEXIVO, DE FORMAÇÃO SUCESSIVA OU PERIÓDICO ....... 42 
3. PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE ............................................................................................ 44 
 ANTERIORIDADE ANUAL, DE EXERCÍCIO FINANCEIRO, GERAL OU COMUM ......... 44 
3.1.1. Previsão legal ............................................................................................................... 44 
3.1.2. Conceito e considerações ........................................................................................... 44 
3.1.3. Exceções ao princípio da anterioridade anual ............................................................ 45 
3.1.4. Revogação de isenção/redução de benefício fiscal .................................................... 46 
 ANTERIORIDADE MÍNIMA, DE NOVENTA DIAS, NOVENTÁRIA OU NONAGESIMAL . 48 
3.2.1. Previsão legal ............................................................................................................... 48 
3.2.2. Prorrogação de alíquota .............................................................................................. 48 
3.2.3. Exceções ...................................................................................................................... 48 
3.2.4. Contagem derivada de MP em matéria tributária ....................................................... 49 
 QUADRO COMPARATIVO ................................................................................................. 50 
4. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO AO TRIBUTO CONFISCATÓRIO OU RAZOABILIDADE DA 
CARGA TRIBUTÁRIA ........................................................................................................................ 50 
 PREVISÃO LEGAL ............................................................................................................. 50 
 INCIDÊNCIA ........................................................................................................................ 50 
 AFERIÇÃO .......................................................................................................................... 51 
 SANÇÕES POLÍTICAS ....................................................................................................... 51 
5. PRINCÍPIO DA LIBERDADE DO TRÁFEGO DE PESSOAS OU BENS .................................. 54 
 PREVISÃO LEGAL E CONSIDERAÇÕES ......................................................................... 54 
 A QUESTÃO DO PEDÁGIO ............................................................................................... 55 
6. PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA ..................................................................... 55 
7. PRINCÍPIO DA ISONOMIA DOS TÍTULOS DA DÍVIDA PÚBLICA DOS ENTES FEDERADOS 
E DA TRIBUTAÇÃO DOS RENDIMENTOS DE SEUS SERVIDORES ........................................... 56 
8. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE ISENÇÕES HETERÔNOMAS OU HETEROTÓPICAS .......... 57 
 PREVISÃO LEGAL E CONSIDERAÇÕES ......................................................................... 57 
 TRATADOS INTERNACIONAIS ......................................................................................... 58 
9. PRINCÍPIO DA NÃO-DISCRIMINAÇÃO TRIBUTÁRIA ............................................................. 59 
IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS ........................................................................................................... 61 
 
 
CS – TRIBUTÁRIO 2020.1 3 
 
1. CONCEITO ................................................................................................................................. 61 
 NORMA CONSTITUCIONAL .............................................................................................. 61 
 NORMA DE EXONERAÇÃO .............................................................................................. 61 
 NORMA DE VALORES RELEVANTES .............................................................................. 61 
 NORMA DE INIBIDORA DE COMPETÊNCIA IMPOSITIVA ............................................. 61 
 NORMA DE NÃO INCOMODAÇÃO ................................................................................... 62 
2. “FALSAS ISENÇÕES” ................................................................................................................ 62 
3. NORMAS IMUNIZANTES .......................................................................................................... 62 
 ART. 149, §2º, I DA CF ....................................................................................................... 63 
 ART. 156, §2º, I DA CF ....................................................................................................... 63 
 ART. 150, VI DA CF ............................................................................................................ 63 
4. ESPÉCIES DE IMUNIDADES .................................................................................................... 64 
 (A) PATRIMÔNIO RENDA OU SERVIÇOS UNS DOS OUTROS ..................................... 64 
4.1.1. Impostos afastados ...................................................................................................... 64 
4.1.2. Extensão da imunidade recíproca ............................................................................... 65 
4.1.3. Responsabilidade por sucessão imobiliária ................................................................ 66 
4.1.4. Excluídos da imunidade recíproca .............................................................................. 66 
4.1.5. Outras questões ........................................................................................................... 66 
 (B) TEMPLOS DE QUALQUER CULTO ............................................................................ 67 
4.2.1. Casos concretos importantes ...................................................................................... 67 
4.2.2. Observações finais ...................................................................................................... 68 
 (C) PATRIMÔNIO, RENDA OU SERVIÇOS DOS PARTIDOS POLÍTICOS, INCLUSIVE 
SUAS FUNDAÇÕES, DAS ENTIDADES SINDICAIS DOS TRABALHADORES, DAS 
INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO E DE ASSISTÊNCIA SOCIAL, SEM FINS LUCRATIVOS, 
ATENDIDOS OS REQUISITOS DA LEI ........................................................................................ 68 
4.3.1. Conceito ....................................................................................................................... 68 
4.3.2. Pessoas abrangidas .................................................................................................... 68 
4.3.3. Espécie de lei ............................................................................................................... 69 
4.3.4. Finalidades institucionais ............................................................................................. 70 
4.3.5. Observações finais ...................................................................................................... 70 
 (D) LIVROS, JORNAIS, PERIÓDICOS E O PAPEL DESTINADO À SUA IMPRESSÃO . 71 
4.4.1. Questões pertinentes ................................................................................................... 71 
 (E) FONOGRAMAS E VIDEOFONOGRAMAS MUSICAIS PRODUZIDOS NO BRASIL 
CONTENDO OBRAS MUSICAIS OU LITEROMUSICAIS DE AUTORES BRASILEIROS E/OU 
OBRAS EM GERAL INTERPRETADASPOR ARTISTAS BRASILEIROS BEM COMO OS 
SUPORTES MATERIAIS OU ARQUIVOS DIGITAIS QUE OS CONTENHAM, SALVO NA 
ETAPA DE REPLICAÇÃO INDUSTRIAL DE MÍDIAS ÓPTICAS DE LEITURA A LASER. ......... 73 
SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL ................................................................................................. 75 
1. CONCEITO DE TRIBUTO .......................................................................................................... 75 
2. ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS ......................................................................................................... 76 
3. EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO ............................................................................................... 77 
 CONSIDERAÇÕES INICIAIS.............................................................................................. 77 
 CARACTERÍSTICAS ........................................................................................................... 77 
 FATO GERADOR ................................................................................................................ 78 
 PRESSUPOSTOS ............................................................................................................... 78 
3.4.1. Despesas extraordinárias (em virtude de calamidade pública ou de guerra externa)
 79 
3.4.2. Investimento público de caráter urgente e relevante interesse social ........................ 79 
4. CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA .............................................................................................. 79 
 
 
CS – TRIBUTÁRIO 2020.1 4 
 
 PREVISÃO: ART. 145, III DA CF ........................................................................................ 79 
 FATO GERADOR ................................................................................................................ 80 
 BASE DE CÁLCULO ........................................................................................................... 80 
 SUJEITO PASSIVO ............................................................................................................ 80 
 OBSERVAÇÕES FINAIS .................................................................................................... 81 
5. TAXAS ........................................................................................................................................ 82 
 PREVISÃO LEGAL ............................................................................................................. 82 
 CONCEITO .......................................................................................................................... 82 
 CARACTERÍSTICAS ........................................................................................................... 82 
 COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA ........................................................................................... 83 
 TAXA DE SERVIÇO PÚBLICO: REQUISITOS .................................................................. 83 
5.5.1. Discussões ................................................................................................................... 83 
 TAXA DE POLÍCIA .............................................................................................................. 87 
6. IMPOSTOS ................................................................................................................................. 89 
 REGRAS GERAIS ............................................................................................................... 89 
 DISCRIMINAÇÃO DE COMPETÊNCIAS ........................................................................... 91 
7. CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS ................................................................................................. 92 
 CONSIDERAÇÕES INICIAIS.............................................................................................. 92 
 CARACTERÍSTICAS ........................................................................................................... 93 
7.2.1. Não se confundem com impostos ............................................................................... 93 
7.2.2. São espécies tributárias autônomas ........................................................................... 94 
 MODALIDADES .................................................................................................................. 94 
 Contribuições sociais .......................................................................................................... 94 
7.4.1. Contribuições de intervenção do domínio econômico (CIDE) .................................... 95 
7.4.2. Contribuições de interesse de categorias profissionais ou econômicas (contribuições 
corporativas). .............................................................................................................................. 96 
7.4.3. COSIP: Contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública ...................... 96 
TEORIA DO FATO GERADOR ......................................................................................................... 97 
1. FENÔMENO DA INCIDÊNCIA ................................................................................................... 97 
 CONCEITOS IMPORTANTES ............................................................................................ 97 
2. CARACTERÍSTICAS DO FATO GERADOR ............................................................................. 99 
3. ASPECTOS DO FATO GERADOR ......................................................................................... 100 
 ASPECTO MATERIAL ...................................................................................................... 100 
 ASPECTO TEMPORAL .................................................................................................... 100 
 ASPECTO ESPACIAL....................................................................................................... 101 
 ASPECTO PESSOAL ....................................................................................................... 101 
 ASPECTO QUANTITATIVO ............................................................................................. 101 
4. CLASSIFICAÇÃO DO FATO GERADOR ................................................................................ 102 
 FATO GERADOR INSTANTÂNEO OU SIMPLES ........................................................... 102 
 FATO GERADOR CONTINUADO OU CONTÍNUO ......................................................... 102 
 FATO GERADOR COMPLEXIVO OU PERIÓDICO ........................................................ 103 
5. OBSERVAÇÕES FINAIS ......................................................................................................... 103 
OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA ............................................................................................................. 104 
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS ................................................................................................... 104 
2. CONCEITO ............................................................................................................................... 104 
3. SUJEITO ATIVO ....................................................................................................................... 104 
 CONCEITO ........................................................................................................................ 105 
 ESPÉCIES ......................................................................................................................... 105 
3.2.1. Sujeito Ativo Direto .................................................................................................... 105 
 
 
CS – TRIBUTÁRIO 2020.1 5 
 
3.2.2. Sujeito Ativo Indireto .................................................................................................. 105 
4. SUJEITO PASSIVO ..................................................................................................................106 
 ESPÉCIES ......................................................................................................................... 107 
 OBSERVAÇÕES COMPLEMENTARES .......................................................................... 107 
5. OBJETO DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA................................................................................ 109 
6. CAUSA DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA.................................................................................. 109 
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA .............................................................................................. 111 
1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 111 
2. EXTENSÃO DA RESPONSABILIDADE DO TERCEIRO ........................................................ 111 
3. ESPÉCIES DE RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA ............................................................. 112 
 RESPONSABILIDADE PESSOAL, SOLIDÁRIA E SUBSIDIÁRIA .................................. 112 
 RESPONSABILIDADE POR TRANSFERÊNCIA ............................................................. 112 
 RESPONSABILIDADE POR SUBSTITUIÇÃO (RESPONSABILIDADE POR 
SUBSTITUIÇÃO REGRESSIVA E PROGRESSIVA) .................................................................. 113 
3.3.1. Responsabilidade por substituição regressiva (para trás ou antecedente) .............. 113 
3.3.2. Responsabilidade por substituição progressiva (para frente ou consequente)........ 114 
 RECAPITULANDO ............................................................................................................ 115 
4. ESPÉCIES DE RESPONSABILIDADES DO CTN .................................................................. 116 
 RESPONSABILIDADE DOS SUCESSORES .................................................................. 116 
4.1.1. Responsabilidade do adquirente de bens IMÓVEIS (art. 130 do CTN) ................... 116 
4.1.2. Responsabilidade do adquirente ou remitente de bens MÓVEIS (art. 131, I, do CTN)
 117 
4.1.3. Responsabilidade na sucessão ‘causa mortis’ (art. 131, II e III CTN) ...................... 118 
4.1.4. Responsabilidade na sucessão empresarial (art. 132 do CTN) ............................... 118 
4.1.5. Responsabilidade em aquisição de estabelecimento (art. 133 do CTN).................. 119 
 RESPONSABILIDADE DE TERCEIROS (ARTS. 134 E 135 DO CTN) .......................... 121 
4.2.1. Responsabilidade de terceiros decorrente de atuação regular (art. 134 CTN) ........ 121 
5. RESPONSABILIDADE DO SÓCIO .......................................................................................... 122 
 ART. 134, VII. SITUAÇÃO ESPECÍFICA: RESPONSABILIDADE DO SÓCIO NÃO 
DOLOSA NA LIQUIDAÇÃO DE SOCIEDADE DE PESSOAS. ................................................... 122 
 ART. 135, III. REGRA GERAL: RESPONSABILIDADE DO SÓCIO POR OBRIGAÇÕES 
TRIBUTÁRIAS RESULTANTE DE ATOS COM VIOLAÇÃO DE PODERES, LEI, CONTRATO 
SOCIAL OU ESTATUTO. ............................................................................................................ 123 
6. ESQUEMAS GRÁFICOS. RESUMO DO PONTO. .................................................................. 124 
 ART. 134 X ART. 135 CTN. DIFERENÇAS GERAIS. ..................................................... 124 
 ART. 134 X ART. 135 CTN. QUANTO AO SÓCIO. ......................................................... 125 
7. DENÚNCIA ESPONTÂNEA DE INFRAÇÕES ......................................................................... 125 
 CONCEITO ........................................................................................................................ 125 
 REQUISITOS .................................................................................................................... 126 
CRÉDITO TRIBUTÁRIO .................................................................................................................. 128 
1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 128 
2. CONSTITUIÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO PELA ADMINISTRAÇÃO: LANÇAMENTO 
TRIBUTÁRIO ................................................................................................................................... 129 
 ART. 142 DO CTN: DEFINIÇÃO LEGAL DE LANÇAMENTO ......................................... 129 
2.1.1. “Competência privativa da autoridade administrativa” .............................................. 129 
2.1.2. Ato ou procedimento administrativo? ........................................................................ 129 
2.1.3. Efeitos do lançamento ............................................................................................... 129 
2.1.4. “Atividade vinculada e obrigatória sob pena de responsabilidade funcional”........... 130 
 ART. 144 DO CTN: LEGISLAÇÃO APLICÁVEL AO PROCEDIMENTO DE 
LANÇAMENTO............................................................................................................................. 131 
 
 
CS – TRIBUTÁRIO 2020.1 6 
 
2.2.1. Qual lei é aplicável no momento do lançamento? .................................................... 131 
2.2.2. “Novos procedimentos de fiscalização” ..................................................................... 131 
2.2.3. “Outorga de maiores garantias ou privilégios ao crédito tributário” .......................... 132 
 ART. 144 §2º: NÃO APLICAÇÃO A TRIBUTOS LANÇADOS POR PERÍODOS CERTOS
 132 
3. CONSUMAÇÃO DO LANÇAMENTO ....................................................................................... 132 
4. MODALIDADES DE LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO ................................................................ 134 
 LANÇAMENTO POR DECLARAÇÃO OU MISTO (ART. 147 CTN) ................................ 134 
 LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO (ART. 150 DO CTN) ........................................ 136 
4.2.1. Considerações iniciais ............................................................................................... 136 
4.2.2. Lançamento por homologação padrão (extensão da atividade do sujeito passivo na 
literalidade do art. 150 do CTN) ............................................................................................... 137 
4.2.3. Lançamento por homologação “sofisticado” (extensão da atividade do sujeito passivo 
na prática do direito tributário) .................................................................................................. 139 
4.2.4. “Tese dos 05 + 05” ..................................................................................................... 141 
4.2.5. Esquema gráfico sobre as espécies de lançamento por homologação ................... 141 
 LANÇAMENTO DE OFÍCIO (ART. 149 DO CTN). ........................................................... 142 
4.3.1. I - Quando a lei assim o determine ............................................................................ 142 
4.3.2. II a IV – Quando o lançamento ou revisão de ofício foram realizados tendo em vista 
uma falha na declaração prestada pelo sujeito passivo .......................................................... 142 
4.3.3. V - Quando se comprove omissão ou inexatidão no pagamento dos tributos lançados 
por homologação ...................................................................................................................... 143 
4.3.4. VI - Quando se comprove ação ou omissão do sujeito passivo, ou de terceiro 
legalmente obrigado, que dê lugar à aplicação de penalidade pecuniária. ............................ 143 
4.3.5. VII - Quando se comprove que o sujeito passivo, ou terceiro em benefício daquele, 
agiu com dolo, fraude ou simulação. ....................................................................................... 143 
4.3.6. VIII - Quando deva ser apreciado FATO não conhecido ou não provado por ocasião 
do lançamento anterior; ............................................................................................................144 
4.3.7. IX - Quando se comprove que, no lançamento anterior, ocorreu fraude ou falta 
funcional da autoridade que o efetuou, ou omissão, pela mesma autoridade, de ato ou 
formalidade especial. ................................................................................................................ 145 
 ART. 148 DO CTN: ARBITRAMENTO DE BASE DE CÁLCULO .................................... 145 
4.4.1. Arbitramento de base de cálculo x Regime de pauta fiscal. ..................................... 145 
 POR ATO JUDICIAL, NO PROCESSO TRABALHISTA .................................................. 146 
5. DECADÊNCIA .......................................................................................................................... 146 
 PREVISÃO LEGAL ........................................................................................................... 146 
 CONCEITO ........................................................................................................................ 147 
 DECADÊNCIA NO LANÇAMENTO DE OFÍCIO E NO LANÇAMENTO POR 
DECLARAÇÃO (REGRA GERAL) ............................................................................................... 147 
 DECADÊNCIA NO LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO .......................................... 148 
5.4.1. Lançamento que segue a literalidade do art. 150 do CTN ....................................... 148 
5.4.2. Lançamento “sofisticado” (por homologação com dever de declarar) ..................... 148 
 OUTRAS REGRAS DE DECADÊNCIA ............................................................................ 149 
5.5.1. “Interrupção” do prazo decadencial (Art. 173, II do CTN) ......................................... 149 
5.5.2. Antecipação da contagem do prazo decadencial (art. 173, parágrafo único do CTN)
 150 
5.5.3. Súmula vinculante n. 8............................................................................................... 150 
6. CONSTITUIÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO PELO SUJEITO PASSIVO ........................... 151 
 
 
CS – TRIBUTÁRIO 2020.1 7 
 
 DECLARAÇÃO (CORRETA) NOS TRIBUTOS LANÇADOS POR HOMOLOGAÇÃO ... 151 
 DEPÓSITO JUDICIAL ....................................................................................................... 151 
 DECLARAÇÃO DE COMPENSAÇÃO DE TRIBUTOS FEDERAIS (DECOMP) ............. 152 
6.3.1. Noção geral ................................................................................................................ 152 
6.3.2. Procedimento da compensação ................................................................................ 153 
7. SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO (CTN, art. 151) ................. 154 
 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 154 
 EFEITOS DA SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE ............................................................ 155 
7.2.1. Suspensão ANTES da constituição do crédito tributário .......................................... 155 
7.2.2. Suspensão DEPOIS da constituição do crédito tributário......................................... 156 
 QUADRO SINÓPTICO ...................................................................................................... 157 
8. HIPÓTESES ESPECÍFICAS DE SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE DO CRÉDITO 
TRIBUTÁRIO ................................................................................................................................... 157 
 MORATÓRIA ..................................................................................................................... 158 
 Previsão legal .................................................................................................................... 158 
8.2.1. Noções gerais ............................................................................................................ 159 
 PARCELAMENTO ............................................................................................................. 160 
8.3.1. Previsão legal e noções gerais .................................................................................. 160 
 DISCIPLINA LEGAL .......................................................................................................... 161 
 DIFERENÇA PARA A MORATÓRIA ................................................................................ 161 
 DEPÓSITO INTEGRAL ..................................................................................................... 162 
8.6.1. Previsão legal e regras gerais ................................................................................... 162 
8.6.2. Conclusões sobre o depósito .................................................................................... 163 
8.6.3. Distinção entre medida liminar e depósito do tributo controvertido .......................... 163 
8.6.4. Depósito judicial X Depósito recursal ........................................................................ 163 
 RECURSO E PROCESSO ADMINISTRATIVO ............................................................... 164 
8.7.1. Previsão legal e noções gerais .................................................................................. 164 
 LIMINAR EM MS E TUTELA ANTECIPADA EM AÇÕES ORDINÁRIAS ........................ 165 
8.8.1. Previsão legal e noções gerais .................................................................................. 165 
8.8.2. Efeitos: antes de depois da constituição do CT ........................................................ 165 
8.8.3. Incidência sobre a multa de mora ............................................................................. 166 
9. EXCLUSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO (CTN, art. 175) ...................................................... 167 
 PREVISÃO LEGAL ........................................................................................................... 167 
 ASPECTOS GERAIS ........................................................................................................ 167 
 ISENÇÃO .......................................................................................................................... 168 
9.3.1. Noções gerais ............................................................................................................ 168 
9.3.2. Revogação da isenção .............................................................................................. 168 
9.3.3. Isenção em caráter geral e isenção em caráter individual........................................ 170 
9.3.4. A aplicação para o futuro da isenção ........................................................................ 170 
9.3.5. Isenção heterônoma .................................................................................................. 170 
 ANISTIA ............................................................................................................................. 172 
9.4.1. Previsão legal e noções gerais .................................................................................. 172 
10. EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO (CTN, art. 156) ................................................... 173 
 PAGAMENTO (ART. 156, INC. I) ..................................................................................... 174 
10.1.1. Previsão legal e regras gerais ................................................................................... 174 
10.1.2. Repetição de indébito tributário ................................................................................. 178 
 COMPENSAÇÃO (ART. 156, INC. II) ............................................................................... 181 
10.2.1. Regras gerais ............................................................................................................. 181 
 
 
CS – TRIBUTÁRIO 2020.1 8 
 
10.2.2. Condições para a compensação na esfera federal................................................... 182 
10.2.3. Quala ação adequada para discutir o direito de realizar a compensação? ............ 183 
 TRANSAÇÃO (ART. 156, INC. III) .................................................................................... 184 
 REMISSÃO (ART. 156, INC. IV) ....................................................................................... 184 
10.4.1. Previsão legal e noção geral ..................................................................................... 184 
10.4.2. Importante: Remissão X Anistia X Isenção ............................................................... 185 
 PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA (ART. 156, INC. V) ...................................................... 185 
 CONVERSÃO DO DEPÓSITO EM RENDA (ART. 156, INC. VI) .................................... 185 
 HOMOLOGAÇÃO DO PAGAMENTO NOS TRIBUTOS LANÇADOS POR 
HOMOLOGAÇÃO (ART. 156, INC. VII) ....................................................................................... 186 
 CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO JULGADA PROCEDENTE (ART. 156, VIII) .......... 186 
 DECISÃO ADMINISTRATIVA IRREFORMÁVEL (ART. 156, INC. IX) ............................ 188 
 DECISÃO JUDICIAL PASSADA EM JULGADO (ART. 156, INC. X) .............................. 188 
 DAÇÃO EM PAGAMENTO DE BENS IMÓVEIS (ART. 156, XI) ..................................... 188 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CS – TRIBUTÁRIO 2020.1 9 
 
APRESENTAÇÃO 
 
Olá! 
Inicialmente, gostaríamos de agradecer a confiança em nosso material. Esperamos que seja 
útil na sua preparação, em todas as fases. A grande maioria dos concurseiros possui o hábito de 
trocar o material de estudo constantemente, principalmente, em razão da variedade que se tem 
hoje, cada dia surge algo novo. Porém, o ideal é você utilizar sempre a mesma fonte, fazendo a 
complementação necessária, eis que quanto mais contato temos com determinada fonte de estudo, 
mais familiarizados ficamos, o que se torna primordial na hora da prova. 
O Caderno Sistematizado de Direito Tributário possui como base as aulas do Prof. Eduardo 
Sabbag e do Prof. Renato de Pretto. 
Na parte jurisprudencial, utilizamos os informativos do site Dizer o Direito 
(www.dizerodireito.com.br), os livros: Principais Julgados STF e STJ Comentados, Vade Mecum de 
Jurisprudência Dizer o Direito, Súmulas do STF e STJ anotadas por assunto (Dizer o Direito). 
Destacamos é importante você se manter atualizado com os informativos, reserve um dia da 
semana para ler no site do Dizer o Direito. 
Como você pode perceber, reunimos em um único material diversas fontes (aulas + doutrina 
+ informativos + + lei seca + questões) tudo para otimizar o seu tempo e garantir que você faça uma 
boa prova. 
Por fim, como forma de complementar o seu estudo, não esqueça de fazer questões. É muito 
importante!! As bancas costumam repetir certos temas. 
Vamos juntos!! Bons estudos!! 
Equipe Cadernos Sistematizados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.dizerodireito.com.br/
 
 
CS – TRIBUTÁRIO 2020.1 10 
 
SISTEMA CONSTITUCIONAL TRIBUTÁRIO 
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
Os arts. 145 a 162 da CF disciplinam o Sistema Constitucional Tributário. Aqui, é muito 
importante a leitura dos dispositivos mencionados, pois muitas questões são a literalidade da lei. 
2. CONCEITO 
O Sistema Constitucional Tributário é um conjunto de normas jurídicas (princípios e regras) 
que regula a tributação. Em outras palavras, trata-se da ação estatal de instituir e exigir tributos. 
NORMAS JURÍDICAS 
NORMA-REGRA NORMA-PRINCÍPIO 
Específicas Genéricas 
Impõem, permitem ou proíbem algo Estabelecem verdadeiros programas 
Cuidam de situação específica Abstratas 
Ordinariamente, são escritas (advém de um 
texto normativo necessário) 
Podem estar implícitos no ordenamento 
jurídico (ex.: duplo grau de jurisdição) 
Na colisão com outra norma regra, aplica-se 
apenas uma delas. Não há ponderação 
Na colisão entre normas princípios, aplica-se a 
ponderação, a proporcionalidade. Não há 
exclusão de um em detrimento de outro 
São rígidas, fechadas, permitem pouca 
discricionariedade do intérprete 
São flexíveis, abertos. Razão pela qual sua 
aplicação, sem as normas regras, poderia 
gerar insegurança jurídica, tendo em vista a 
grande discricionariedade concedida ao 
intérprete 
 
Salienta-se que a repartição da receita tributária é objeto de estudo do Direito Financeiro. 
3. FUNÇÃO DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL EM MATÉRIA TRIBUTÁRIA 
Inicialmente, importante consignar que a Constituição Federal não criou tributos, mas sim 
trouxe a estrutura do Direito Tributário, com as hipóteses que autorizam a sua criação pela lei. 
A seguir iremos analisar os cinco pontos importantes, previstos na Constituição, sobre o 
Direito Tributário. 
 
 
CS – TRIBUTÁRIO 2020.1 11 
 
 DISCRIMINAÇÃO DE COMPETÊNCIAS TRIBUTÁRIAS 
Entende-se por competência tributária a aptidão para criar tributos. Coube à Constituição 
indicar os entes federados (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) que podem criar 
determinado tributo (por meio de lei). 
Por exemplo, a CF determina que a competência do IPTU (Imposto sobre Propriedade 
Territorial Urbana) é dos Municípios. 
Obs.: Em regra, os tributos são criados por meio de lei ordinária. Contudo, há quatro casos (apenas 
de tributos de competência da união) em que a criação dependerá de lei complementar, quais 
sejam: empréstimo compulsório, imposto sobre grandes fortunas, impostos residuais da 
união e contribuições de seguridade social residuais. 
A diferença entre lei ordinária e lei complementar está no processo legislativo constitucional. 
Por exemplo, o quórum de aprovação da lei ordinária é simples, basta a maioria dos presentes; já 
a lei complementar exige quórum qualificado, maioria absoluta. Ademais, quando a CF faz 
referência apenas à lei, trata-se de lei ordinária. As matérias reservadas à lei complementar trazem 
a previsão expressa. 
Importante consignar que, de acordo com o STF, não há hierarquia entre lei ordinária e lei 
complementar. Há campos de atuação específicos delimitados pela Constituição. 
STF: RE-377457: inexistência de hierarquia constitucional entre lei 
complementar e lei ordinária, espécies normativas formalmente distintas 
exclusivamente tendo em vista a matéria eventualmente reservada à primeira 
pela própria CF. (...) Com base nisso, afirmou-se que o conflito aparente entre 
o art. 56 da Lei 9.430/96 e o art. 6º, II, da LC 70/91 não se resolve por critérios 
hierárquicos, mas, sim, constitucionais quanto à materialidade própria a cada 
uma dessas espécies normativas. No ponto, ressaltou-se que o art. 56 da Lei 
9.430/96 é dispositivo legitimamente veiculado por legislação ordinária (CF, 
art. 146, III, b, a contrário sensu, e art. 150, § 6º) que importou na revogação 
de dispositivo inserto em norma materialmente ordinária (LC 70/91, art. 6º, II). 
 
Salienta-se que o STJ possuía entendimento de que a Lei Complementar era superior a Lei 
Ordinária, tendo inclusive editado a Súmula 276 (já revogada) que confirmava a isenção de COFINS 
para as sociedades civis de prestação de serviço (não reconhecia, portanto, a revogação da LC 
70/91 pela Lei 9.430/96). Com a decisão do STF, a súmula foi cancelada. Em 2014, o STJ editou a 
Súmula 508 reconhecendo que a isenção conferida pela LC 70/91 (lei materialmente ordinária) 
havia sido revogada pela Lei 9.430/96. 
Súmula 276 (cancelada em 2008) - As sociedades civis de prestação de 
serviços profissionais são isentas da COFINS, irrelevante o regime tributário 
adotado 
 
Súmula 508-STJ: A isenção da COFINS concedida pelo art. 6o, II, da LC n. 
70/1991 às sociedades civis de prestação de serviços profissionais foi 
revogada pelo art. 56 da Lei n. 9.430/1996. 
 
 
 
CS – TRIBUTÁRIO 2020.1 12 
 
Obs.: A competência tributária (aptidão para criar tributos) não se confunde com a competência 
para legislarsobre Direito Tributário que é da União, dos Estados e do DF (competência 
concorrente). 
Pertinente, ainda, apontar as quatro características da competência tributária, quais sejam: 
• Privativa ou exclusiva – como a Constituição indicou exatamente o ente responsável pela 
criação do tributo, não pode ser ele criado por outro ente. Por exemplo, a União é o ente 
responsável pela criação do imposto sobre grandes fortunas, não pode um Estado criar 
tal tributo, mesmo diante da inércia da União (até hoje não foi criado). 
• Incaducável – a criação de um tributo não se submete a prazo, a qualquer momento o 
ente federado poderá criar o tributo que lhe foi outorgado pela Constituição. Como 
exemplo, cita-se o imposto sobre grandes fortunas ainda não criado, mas isso não retira 
a competência da União para fazê-lo; 
Não confundir com a capacidade tributária ativa (capacidade para cobrar o tributo) que está 
sujeita a prazo decadencial e prescricional, nos termos do art. 173 e 174 do CTN. 
• Exercício facultativo – o ente federado possui discricionariedade (juízo de conveniência 
e oportunidade) para criar ou não o tributo, nos termos do art. 8º do CTN; 
• Indelegável – a competência tributária não pode ser delegada pelo ente que a recebeu 
da Constituição. Por exemplo, a União é competente para criar o imposto sobre grande 
fortuna não poderá delegar aos Municípios a competência para a criação. 
Lembrar que a capacidade tributária ativa poderá ser delegada. 
Por fim, é importante que você memorize a competência tributária de cada ente federado 
para a instituição de imposto (pode parecer irrelevante, mas não é). 
 
Estados/DF
ITCMD
ICMS
IPVA
Municípios/DF
IPTU
ITBI
ISS
 
 
CS – TRIBUTÁRIO 2020.1 13 
 
 
 CLASSIFICAÇÃO DE TRIBUTOS 
A Constituição apontou os tributos, suas espécies e suas subespécies. 
Segundo o STF, adotando a Teoria Pentapartida, há cinco espécies tributárias, quais sejam: 
impostos, taxas, contribuições de melhoria, empréstimos compulsórios e contribuições especiais. 
 
União
II
IE
IR
IPI
IOF
ITR
IGF
Impostos 
Residuais
Impostos 
Extraordinários
ES
P
ÉC
IE
S 
TR
IB
U
TÁ
R
IA
S
IMPOSTOS 
Federais, estaduais, 
distritais e municipais
TAXAS
Federais, estaduais, 
distritais e municipais
CONTRIBUIÇÕES DE 
MELHORIA
Federais, estaduais, 
distritais e municipais
EMPRÉSTIMOS 
COMPULSÓRIOS
União
CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS1
Sociaisd
Gerais - União
Seguridade Social - União 
(REGRA), Estados, DF e 
Municípios
De intervenção no domínio 
econômicoc
De interesse de categorias 
profissionais ou 
econômicasb
União
CIP/COSIPa Municípios e DF
Art. 145 da CF 
Art. 149 da CF 
Art. 148 da CF 
Art. 149-A da 
CF 
 
 
CS – TRIBUTÁRIO 2020.1 14 
 
A seguir breves observações sobre as espécies tributárias. Lembrando que em momento 
oportuno haverá o estudo detalhado. 
1. Há quatro espécies de contribuições especiais: 
a) CIP ou COSIP – para fins de custeio de iluminação pública, competência apenas dos 
Municípios e do DF; 
b) De interesse de categorias profissionais e econômicas – também chamadas de 
contribuições corporativas. São as contribuições dos conselhos de fiscalização 
profissional (anuidades), a exemplo do CREA, do CRM. Criadas por meio de lei 
federal, de competência da União; 
c) De intervenção no domínio econômico (CIDE) – competência da União. Sua 
finalidade é concretizar os princípios previstos no art. 170 da CF. Cita-se, como 
exemplo, a contribuição especial para o INCRA, para o SEBRAE; 
d) Sociais – subdividem-se em: 
o Gerais – são destinadas a diversas áreas, a exemplo da contribuição do salário-
educação. É de competência da União. 
o De seguridade social – é destinada as áreas da seguridade social (saúde, 
assistência social e previdência social). Em regra, é criada apenas pela União. 
Contudo, os Estados, o DF e os Municípios possuem competência para instituir 
contribuições previdenciárias sobre os seus servidores. 
Destaca-se que a competência dos Estados, DF e Municípios não possuem competência 
para instituir contribuições para saúde e para a assistência social (STF já declarou algumas leis 
estaduais inconstitucionais). Somente podem criar contribuições previdenciárias de seus 
servidores. 
Abaixo colacionamos os dispositivos mencionados. Vejamos: 
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão 
instituir os seguintes tributos: 
I - impostos; 
II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva 
ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao 
contribuinte ou postos a sua disposição; 
III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas. 
§ 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão 
graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à 
administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses 
objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o 
patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte. 
§ 2º As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos. 
 
Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos 
compulsórios: 
I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade 
pública, de guerra externa ou sua iminência; 
 
 
CS – TRIBUTÁRIO 2020.1 15 
 
II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante 
interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b". 
Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo 
compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição. 
 
Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de 
intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias 
profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas 
respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem 
prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que 
alude o dispositivo. 
§ 1º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, por 
meio de lei, contribuições para custeio de regime próprio de previdência 
social, cobradas dos servidores ativos, dos aposentados e dos pensionistas, 
que poderão ter alíquotas progressivas de acordo com o valor da base de 
contribuição ou dos proventos de aposentadoria e de pensões. (Redação 
dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) 
§ 1º-A. Quando houver déficit atuarial, a contribuição ordinária dos 
aposentados e pensionistas poderá incidir sobre o valor dos proventos de 
aposentadoria e de pensões que supere o salário-mínimo. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 103, de 2019) 
§ 1º-B. Demonstrada a insuficiência da medida prevista no § 1º-A para 
equacionar o déficit atuarial, é facultada a instituição de contribuição 
extraordinária, no âmbito da União, dos servidores públicos ativos, dos 
aposentados e dos pensionistas. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 
103, de 2019) 
§ 1º-C. A contribuição extraordinária de que trata o § 1º-B deverá ser instituída 
simultaneamente com outras medidas para equacionamento do déficit e 
vigorará por período determinado, contado da data de sua 
instituição. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) 
 
§ 2º As contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico de que 
trata o caput deste artigo: 
I - não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação; 
II - incidirão também sobre a importação de produtos estrangeiros ou 
serviços; 
III - poderão ter alíquotas: 
a) ad valorem, tendo por base o faturamento, a receita bruta ou o valor da 
operação e, no caso de importação, o valor aduaneiro; 
b) específica, tendo por base a unidade de medida adotada. 
§ 3º A pessoa natural destinatária das operações de importaçãopoderá ser 
equiparada a pessoa jurídica, na forma da lei. 
§ 4º A lei definirá as hipóteses em que as contribuições incidirão uma única 
vez. 
Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, 
na forma das respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, 
observado o disposto no art. 150, I e III. 
Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que se refere o 
caput, na fatura de consumo de energia elétrica. 
 DEFINIÇÃO DA REGRA MATRIZ DAS ESPÉCIES E SUBESPÉCIES TRIBUTÁRIAS 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
 
 
CS – TRIBUTÁRIO 2020.1 16 
 
Em momento oportuno, iremos analisar detalhadamente. 
Apenas, como exemplo, a regra matriz da taxa é um serviço público ou o exercício do poder 
de polícia, já a da contribuição de melhoria é uma obra pública. 
 LIMITAÇÃO AO PODER DE TRIBUTAR 
As limitações ao poder de tributar compreendem os princípios constitucionais tributários e 
as imunidades tributárias. 
Igualmente, analisaremos em tópico específico. 
 DELIMITAÇÃO DA REPARTIÇÃO DAS RECEITAS TRIBUTÁRIAS 
A delimitação da repartição das receitas é objeto de estudo do Direito Financeiro, prevista 
nos arts. 157 a 162 da CF. 
Obs.: quando cobrado em provas, o tema tende a ser a literalidade dos artigos da Constituição. Por 
isso, é de extrema importância que você leia e releia os dispositivos mencionados. 
A seguir breves considerações acerca dos dispositivos constitucionais. 
3.5.1. Art. 157 da CF – Estados e Distrito Federal 
O art. 157 da CF trata da repartição direta das receitas pertencentes aos Estados e ao DF, 
a primeira hipótese refere-se ao IR sobre os servidores (100% vai para o referido ente, que retém 
na fonte) e a segunda hipótese refere-se aos impostos residuais (20% será destinado aos Estados 
e ao DF). 
Art. 157. Pertencem aos Estados e ao Distrito Federal: 
I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos 
de qualquer natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a 
qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas fundações que instituírem e 
mantiverem; 
II - vinte por cento do produto da arrecadação do imposto que a União instituir 
no exercício da competência que lhe é atribuída pelo art. 154, I. 
 
Importante destacar que em eventual ação de repetição de indébito, a União será parte 
ilegítima. Como os Estados e o DF ficam com 100% da arrecadação do IR são as partes legítimas. 
Súmula 447 do STJ – Os Estados e o Distrito Federal são partes legítimas 
na ação de restituição de imposto de renda retido na fonte proposta por seus 
servidores. 
 
Em suma: 
 
 
CS – TRIBUTÁRIO 2020.1 17 
 
 
3.5.2. Art. 158 da CF – Municípios 
O art. 158 da CF trata da repartição de receitas destinadas aos municípios, ficando com 
100% do valor de IR retido dos seus servidores e dos servidores de suas autarquias. 
Destaca-se a Súmula 447 do STJ também se aplica aos municípios. 
Art. 158. Pertencem aos Municípios: 
I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos 
de qualquer natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a 
qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas fundações que instituírem e 
mantiverem; 
II - cinquenta por cento do produto da arrecadação do imposto da União sobre 
a propriedade territorial rural, relativamente aos imóveis neles situados, 
cabendo a totalidade na hipótese da opção a que se refere o art. 153, § 4º, 
III; 
III - cinquenta por cento do produto da arrecadação do imposto do Estado 
sobre a propriedade de veículos automotores licenciados em seus territórios; 
IV - vinte e cinco por cento do produto da arrecadação do imposto do Estado 
sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de 
serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação. 
Parágrafo único. As parcelas de receita pertencentes aos Municípios, 
mencionadas no inciso IV, serão creditadas conforme os seguintes critérios: 
 
Além disso, receberá, no mínimo, 50% do ITR dos imóveis localizados em seu território, bem 
como 50% do valor arrecadado com IPVA licenciados em seu território. E, por fim, 25% do que for 
obtido com ICMS. 
Em suma: 
 
Repasse de tributos 
federais para os 
Estados e DF 
Imposto de Renda
100% do que for 
retido na fonte
Imposto Residual 20%
Repasse de tributos 
federais e estaduais 
para os Municípios
Imposto de Renda
100% do que for retido 
na fonte
ITR 50%
IPVA
50% em relação aos 
automóveis 
licenciados em seu 
território
ICMS 25%
 
 
CS – TRIBUTÁRIO 2020.1 18 
 
Em relação ao ICMS, é possível que os Estados, ao concederem benefícios fiscais, com a 
diminuição de sua receita, possam diminuir o valor repassado aos Municípios? R: A questão foi 
decidida pelo STF, entendendo que o Município possui direito ao repasse integral, não interferindo 
eventual benefício fiscal concedido pelo Estado. 
FUNDO DE PARTICIPAÇÃO DOS MUNICÍPIOS. REPARTIÇÃO 
CONSTITUCIONAL DAS RECEITAS TRIBUTÁRIAS. PARTICIPAÇÃO DOS 
MUNICÍPIOS NO PRODUTO DA ARRECADAÇÃO DO ICMS (CF, ART. 158, 
IV). PRODEC (PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DA EMPRESA 
CATARINENSE). LEI CATARINENSE Nº 11.345/2000. Concessão, pelo 
estado, de incentivos fiscais e creditícios, com recursos oriundos da 
arrecadação do ICMS - Pretensão do município ao repasse integral da 
parcela de 25%, sem as retenções pertinentes aos financiamentos do prodec 
- Controvérsia em torno da definição da locução constitucional " produto da 
arrecadação " (CF, art. 158, IV) - Pretendida distinção, que faz o estado de 
Santa Catarina, para efeito da repartição constitucional do ICMS, entre 
arrecadação (conceito contábil) e produto da arrecadação (conceito 
financeiro) - Parcela de receita tributária (25%) que pertence, por direito 
próprio, ao município - Consequente inconstitucionalidade da retenção 
determinada por legislação estadual (RE 572.762/SC, pleno) - Direito do 
município ao repasse integral - Recurso de agravo improvido. (STF; RE-AgR 
587.645-4; SC; Segunda Turma; Rel. Min. Celso de Mello; Julg. 11/11/2008; 
DJE 06/02/2009; Pág. 285). 
3.5.3. Art. 159 da CF 
Trata-se de participação em fundos, a repartição poderá ser direita ou indireta. 
Em primeiro lugar, tem-se a repartição do IR e do IPI para os Estados e DF, na fração de 
49%. Além disso, conforme as exportações, a União repartirá 10% do IPI, não podendo ultrapassar 
2% por Estado. Por fim, 29% do que for arrecado com a CIDE combustíveis ou CIDE petróleo, serão 
distribuídos aos Estados e DF. 
Art. 159. A União entregará: 
I - do produto da arrecadação dos impostos sobre renda e proventos de 
qualquer natureza e sobre produtos industrializados, 49% (quarenta e nove 
por cento), na seguinte forma: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 
84, de 2014) 
a) vinte e um inteiros e cinco décimos por cento ao Fundo de Participação 
dos Estados e do Distrito Federal; 
b) vinte e dois inteiros e cinco décimos por cento ao Fundo de Participação 
dos Municípios; 
c) três por cento, para aplicação em programas de financiamento ao setor 
produtivo das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, através de suas 
instituições financeiras de caráter regional, de acordo com os planos 
regionais de desenvolvimento, ficando assegurada ao semiárido do Nordeste 
a metade dos recursos destinados à Região, na forma que a lei estabelecer; 
d) um por cento ao Fundo deParticipação dos Municípios, que será entregue 
no primeiro decêndio do mês de dezembro de cada ano; 
e) 1% (um por cento) ao Fundo de Participação dos Municípios, que será 
entregue no primeiro decêndio do mês de julho de cada ano; (Incluída pela 
Emenda Constitucional nº 84, de 2014) 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc84.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc84.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc84.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc84.htm#art1
 
 
CS – TRIBUTÁRIO 2020.1 19 
 
II - do produto da arrecadação do imposto sobre produtos industrializados, 
dez por cento aos Estados e ao Distrito Federal, proporcionalmente ao valor 
das respectivas exportações de produtos industrializados. 
III - do produto da arrecadação da contribuição de intervenção no domínio 
econômico prevista no art. 177, § 4º, 29% (vinte e nove por cento) para os 
Estados e o Distrito Federal, distribuídos na forma da lei, observada a 
destinação a que se refere o inciso II, c, do referido parágrafo. 
§ 1º Para efeito de cálculo da entrega a ser efetuada de acordo com o previsto 
no inciso I, excluir-se-á a parcela da arrecadação do imposto de renda e 
proventos de qualquer natureza pertencente aos Estados, ao Distrito Federal 
e aos Municípios, nos termos do disposto nos arts. 157, I, e 158, I. 
§ 2º A nenhuma unidade federada poderá ser destinada parcela superior a 
vinte por cento do montante a que se refere o inciso II, devendo o eventual 
excedente ser distribuído entre os demais participantes, mantido, em relação 
a esses, o critério de partilha nele estabelecido. 
§ 3º Os Estados entregarão aos respectivos Municípios vinte e cinco por 
cento dos recursos que receberem nos termos do inciso II, observados os 
critérios estabelecidos no art. 158, parágrafo único, I e II. 
§ 4º Do montante de recursos de que trata o inciso III que cabe a cada Estado, 
vinte e cinco por cento serão destinados aos seus Municípios, na forma da lei 
a que se refere o mencionado inciso. 
 
OBS.: atenção para a alinha “e” do inciso I, do art. 159 da CF, que prevê a destinação de 1% (um 
por cento) ao Fundo de Participação dos Municípios, que será entregue no primeiro decêndio do 
mês de julho de cada ano. 
Conforme entendimento do STF (Tema 653), a isenção de IPI e IR poderá diminuir a 
repartição de receitas. 
TEMA 653 STF (RE 705.423) – É constitucional a concessão regular de 
incentivos, benefícios e isenções discais relativos ao Imposto de Renda e 
Imposto sobre Produtos Industrializados por parte da União em relação ao 
Fundo de Participação de Municípios e Respectivas quotas devidas às 
Municipalidades. 
3.5.4. Art. 160 da CF 
Prevê a proibição de retenção ou restrição de repasses, ressalvadas as hipóteses do 
parágrafo único. 
Art. 160. É vedada a retenção ou qualquer restrição à entrega e ao emprego 
dos recursos atribuídos, nesta seção, aos Estados, ao Distrito Federal e aos 
Municípios, neles compreendidos adicionais e acréscimos relativos a 
impostos. 
Parágrafo único. A vedação prevista neste artigo não impede a União e os 
Estados de condicionarem a entrega de recursos: 
I – ao pagamento de seus créditos, inclusive de suas autarquias; 
II – ao cumprimento do disposto no art. 198, § 2º, incisos II e III. 
 
O STF, na ACO 1.357 AgR, entendeu que o repasse poderá deixar de ser feito quando 
pendente discussão acerca da exigibilidade dos créditos não constituídos ou contestados. 
 
 
CS – TRIBUTÁRIO 2020.1 20 
 
A publicação da Portaria PGFN 708/2009 importa em reconhecimento do 
pedido por parte da União e alcança o pleito do Estado do Rio de Janeiro, 
porquanto impede que o ente central deixe de repassar as quotas do FPE, 
quando pendente discussão quanto à exigibilidade dos créditos ainda não 
constituídos ou contestados em processos administrativos e judiciais de 
índole fiscal. (STF, ACO 1.357 AgR, rel. min. Edson Fachin, j. 1º-9-2017, P, 
DJE de 12-9-2017) 
3.5.5. Art. 161 da CF 
Caberá a Lei Complementar dispor sobre as repartições de receita tributária. 
Art. 161. Cabe à lei complementar: 
I - definir valor adicionado para fins do disposto no art. 158, parágrafo único, 
I; 
II - estabelecer normas sobre a entrega dos recursos de que trata o art. 159, 
especialmente sobre os critérios de rateio dos fundos previstos em seu inciso 
I, objetivando promover o equilíbrio socioeconômico entre Estados e entre 
Municípios; 
III - dispor sobre o acompanhamento, pelos beneficiários, do cálculo das 
quotas e da liberação das participações previstas nos arts. 157, 158 e 159. 
Parágrafo único. O Tribunal de Contas da União efetuará o cálculo das quotas 
referentes aos fundos de participação a que alude o inciso II. 
 
3.5.6. Art. 162 da CF 
Por fim, trata da divulgação dos valores arrecadados, consagrando o princípio da 
publicidade, da transparência. 
Art. 162. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios divulgarão, 
até o último dia do mês subsequente ao da arrecadação, os montantes de 
cada um dos tributos arrecadados, os recursos recebidos, os valores de 
origem tributária entregues e a entregar e a expressão numérica dos critérios 
de rateio. 
Parágrafo único. Os dados divulgados pela União serão discriminados por 
Estado e por Município; os dos Estados, por Município. 
4. LIMITAÇÕES CONSTITUCIONAIS AO PODER DE TRIBUTAR 
 FORMA DE REGULAMENTAÇÃO 
Conforme disposto no art. 146 da CF, a regulamentação ao poder de tributar será feita por 
meio de lei complementar. 
Art. 146. Cabe à lei complementar: 
I - dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, 
os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; 
II - regular as limitações constitucionais ao poder de tributar; 
 
 
CS – TRIBUTÁRIO 2020.1 21 
 
III - estabelecer normas gerais (o CTN é a norma principal) em matéria de 
legislação tributária, especialmente sobre: Rol Exemplificativo 
a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos 
impostos discriminados nesta Constituição, a dos respectivos fatos 
geradores, bases de cálculo e contribuintes; 
b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários; 
c) adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas 
sociedades cooperativas. 
d) definição de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas 
e para as empresas de pequeno porte, inclusive regimes especiais ou 
simplificados no caso do imposto previsto no art. 155, II, das contribuições 
previstas no art. 195, I e §§ 12 e 13, e da contribuição a que se refere o art. 
239. 
Parágrafo único. A lei complementar de que trata o inciso III, d, também 
poderá instituir um regime único de arrecadação dos impostos e contribuições 
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, observado 
que: 
I - será opcional para o contribuinte; 
II - poderão ser estabelecidas condições de enquadramento diferenciadas por 
Estado; 
III - o recolhimento será unificado e centralizado e a distribuição da parcela 
de recursos pertencentes aos respectivos entes federados será imediata, 
vedada qualquer retenção ou condicionamento; 
IV - a arrecadação, a fiscalização e a cobrança poderão ser compartilhadas 
pelos entes federados, adotado cadastro nacional único de contribuintes. 
 
Art. 146-A. Lei complementar poderá estabelecer critérios especiais de 
tributação, com o objetivo de prevenir desequilíbrios da concorrência, sem 
prejuízo da competência de a União, por lei, estabelecer normas de igual 
objetivo. 
 
Salienta-se que qualquer lei ordinária que trate sobre matéria destinada à lei complementar 
será considerada inconstitucional, salvo quando tratar de aspectos meramente procedimentais 
referentes à certificação, à fiscalização e ao controle administrativo.Nesse sentindo: 
STF: (...) a reserva de lei complementar aplicada à regulamentação da 
imunidade tributária, prevista no art. 195, § 7º, da Constituição Federal (CF), 
limita-se à definição de contrapartidas a serem observadas para garantir a 
finalidade beneficente dos serviços prestados pelas entidades de assistência 
social, o que não impede seja o procedimento de habilitação dessas 
entidades positivado em lei ordinária. (...) Portanto, não se pode conceber 
que o regime jurídico das entidades beneficentes fique sujeito a flutuações 
legislativas erráticas, não raramente influenciadas por pressões 
arrecadatórias de ocasião. É inadmissível que tema tão sensível venha a ser 
regulado por medida provisória. (...) Aspectos meramente procedimentais 
referentes à certificação, à fiscalização e ao controle administrativo continuam 
passíveis de definição em lei ordinária. A lei complementar é forma 
somente exigível para a definição do modo beneficente de atuação das 
entidades de assistência social contempladas pelo art. 195, § 7º, da CF, 
especialmente quanto às contrapartidas a serem observadas por elas. 
ADI 2028/DF, rel. orig. Min. Joaquim Barbosa, red. p/ o ac. Min. Rosa Weber, 
julgamento em 23.2 e 2.3.2017. ADI 2036/DF, rel. orig. Min. Joaquim 
 
 
CS – TRIBUTÁRIO 2020.1 22 
 
Barbosa, red. p/ o ac. Min. Rosa Weber, julgamento em 23.2 e 2.3.2017. ADI 
2621/DF, rel. orig. Min. Joaquim Barbosa, red. p/ o ac. 
 
Para melhor fixação, observe o fluxograma abaixo com os temas que só podem ser tratados 
por lei complementar: 
 
 CONCEITO 
A limitação constitucional ao poder de tributar é gênero formado por duas espécies, quais 
sejam: princípios constitucionais tributários e imunidades tributárias. Em regra, estão concentradas 
no art. 150 da CF (rol exemplificativo). Contudo, ao longo do Texto Constitucional, encontram-se 
outras limitações. 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é 
vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça; 
II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em 
situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação 
profissional ou função por eles exercida, independentemente da 
denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos; 
III - cobrar tributos: 
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei 
que os houver instituído ou aumentado; 
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os 
instituiu ou aumentou; 
c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei 
que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b; 
IV - utilizar tributo com efeito de confisco; 
V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos 
interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela 
utilização de vias conservadas pelo Poder Público; 
VI - instituir impostos sobre: 
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros; 
b) templos de qualquer culto; 
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas 
fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de 
LE
I C
O
M
P
LE
M
EN
TA
R
Conflito de competência em 
matéria tributária (entre entes 
federados)
Regular as limitações ao poder 
de tributar
Traçar as normas gerais de 
legislação tributária
Critérios especiais de 
tributação, para prevenir 
desequilíbrios da concorrência
 
 
CS – TRIBUTÁRIO 2020.1 23 
 
educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos 
da lei; 
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão. 
e) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo 
obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral 
interpretadas por artistas brasileiros bem como os suportes materiais ou 
arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial 
de mídias ópticas de leitura a laser. 
§ 1º A vedação do inciso III, b, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 
148, I, 153, I, II, IV e V; e 154, II; e a vedação do inciso III, c, não se aplica 
aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, III e V; e 154, II, nem à fixação 
da base de cálculo dos impostos previstos nos arts. 155, III, e 156, I. 
§ 2º - A vedação do inciso VI, "a", é extensiva às autarquias e às fundações 
instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à 
renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas 
decorrentes. 
§ 3º - As vedações do inciso VI, "a", e do parágrafo anterior não se aplicam 
ao patrimônio, à renda e aos serviços, relacionados com exploração de 
atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos 
privados, ou em que haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas 
pelo usuário, nem exonera o promitente comprador da obrigação de pagar 
imposto relativamente ao bem imóvel. 
§ 4º - As vedações expressas no inciso VI, alíneas "b" e "c", compreendem 
somente o patrimônio, a renda e os serviços, relacionados com as finalidades 
essenciais das entidades nelas mencionadas. 
§ 5º - A lei determinará medidas para que os consumidores sejam 
esclarecidos acerca dos impostos que incidam sobre mercadorias e serviços. 
§ 6º Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão 
de crédito presumido, anistia ou remissão, relativos a impostos, taxas ou 
contribuições, só poderá ser concedido mediante lei específica, federal, 
estadual ou municipal, que regule exclusivamente as matérias acima 
enumeradas ou o correspondente tributo ou contribuição, sem prejuízo do 
disposto no art. 155, § 2.º, XII, g. 
§ 7º A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição 
de responsável pelo pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador 
deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e preferencial restituição 
da quantia paga, caso não se realize o fato gerador presumido. 
 CLASSIFICAÇÃO 
As limitações ao poder de tributar podem ser: 
 
 
CS – TRIBUTÁRIO 2020.1 24 
 
 
 NATUREZA JURÍDICA 
De acordo com o entendimento do STF, as limitações ao poder de tributar devem ser 
consideradas como cláusulas pétreas, tendo em vista que estão relacionadas aos direitos 
individuais dos contribuintes. 
 OBJETIVOS 
As limitações ao poder de tributar possuem como objetivo: 
• Resguardar a segurança jurídica 
• Resguardar a justiça tributária 
• Resguardar a liberdade 
• Resguardar a federação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GERAIS
Aplicadas a todos os 
entes federados 
(União, Estados, DF e 
Municípios)
Art. 150 da CF
ESPECÍFICAS
Aplicadas apenas a 
entes específicos
Art. 151 da CF (apenas 
para União; Art. 152 da 
CF (Estados, DF e 
Municípios)
 
 
CS – TRIBUTÁRIO 2020.1 25 
 
PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO TRIBUTÁRIO 
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
Antes de estudarmos os princípios constitucionais tributários, previstos no art. 150 da CF, 
analisaremos os princípios gerais do direito tributário, seu conhecimento garante substrato tanto 
para prova oral quanto para prova discursiva. 
São eles: 
1. Princípio da segurança jurídica; 
2. Princípio da isonomia 
3. Princípio da capacidade contributiva 
4. Princípio da capacidade de colaboração 
5. Princípio da praticabilidade da tributação 
2. PRINCÍPIO DA SEGURANÇA JURÍDICA NA TRIBUTAÇÃO 
 CONCEITO 
É um subprincípio decorrente do Princípio do Estado Democrático de Direito, a fim de evitar 
surpresas. 
Segundo o STF, trata-se de um sobreprincípio em matéria tributária, ou seja, servirá de 
alicerce para todo o Direito Tributário. 
 CONTÉUDO 
2.2.1. Certeza do direito 
Busca evitar excessos e abusos, já que matéria que não é tributada, por exemplo, não

Outros materiais