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em nosso ordenamento com status de emendas constitucionais caso sejam aprovados nas duas Casas do Congresso Nacional, em dois turnos, com maioria de 3/5 dos membros). Lá no ano de 2008, nossa Corte passou a entender que os tratados internacionais sobre direitos humanos, caso não passem pelo rito de votação de uma emenda constitucional, não terão o status de norma constitucional (de emenda constitucional), porém, possuirão o status de norma “supralegal”, isto é, estarão acima das leis, mas abaixo da Constituição. Por estarem acima das leis (por terem status de norma supralegal), tais tratados poderão paralisar a eficácia de leis que lhe sejam contrárias. Esse entendimento foi a partir do final de 2008. Veja o julgado: Prof. Nathalia Masson Aula 05 62 de 104| www.direcaoconcursos.com.br Direito Constitucional – Todos os Cargos – TCE/RJ “... Prevaleceu, no julgamento, por fim, a tese do status de supralegalidade da referida convenção, inicialmente defendida pelo Ministro Gilmar Mendes no julgamento do RE 466.343/SP, (...). Vencidos, no ponto, os Ministros Celso de Mello, Cezar Peluso, Ellen Gracie e Eros Grau, que a ela davam a qualificação constitucional, perfilhando o entendimento expendido pelo primeiro no voto que proferira nesse recurso. O Min. Marco Aurélio, relativamente a essa questão, se absteve de pronunciamento” (HC 87585/TO, Rel. Min. Marco Aurélio, 3.12.2008). Ora, como vimos que a prisão do depositário infiel ou do inadimplente de alimentos só seria possível através de uma previsão legal, esta lei que porventura esteja prevendo a prisão do depositário infiel ficaria sem efeitos, pois tornou-se inaplicável diante do pacto de São José, o qual tem status de norma supralegal (acima das leis). Resumindo: - Atualmente, é possível a prisão civil do depositário infiel? Não. Pois com base na tese da norma supralegal dos tratados internacionais de direitos humanos que não passaram pelo rito previsto no art. 5º, § 3º da CF, como ocorreu com o Pacto de São José da Costa Rica, a legislação infraconstitucional que previa tal prisão e estava em posição de contrariedade com o Pacto ficou com a eficácia paralisada. Tal entendimento deu origem a súmula vinculante 25. - A Constituição segue prevendo a prisão civil do depositário infiel em seu texto? Sim, o texto constitucional não foi modificado pelo pacto (pois ele está abaixo da Constituição), porém, esta prisão é inaplicável já que não a lei que a efetive (todas as leis que tratavam do tema ficaram inaplicáveis em razão do Pacto, que está acima delas, e não autoriza a prisão civil do depositário infiel). Esquematizando: - Prisão civil por dívida: (i) Regra: não prisão (ii) Exceção: determinação de prisão do responsável por inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia. (iii) E o depositário infiel? Não pode mais ser preso. Súmula vinculante nº 25: É ilícita a prisão civil de depositário infiel, qualquer que seja a modalidade do depósito. Prof. Nathalia Masson Aula 05 63 de 104| www.direcaoconcursos.com.br Direito Constitucional – Todos os Cargos – TCE/RJ Questões para fixar [VUNESP - 2015 - PC-CE - Escrivão] Assinale a alternativa que contempla hipótese de exceção à regra de que a Constituição Federal não admite a prisão civil por dívidas: (A) Devedor de obrigação monetária por dívida de jogo. (B) Inadimplemento de dívida de fiador de contrato de locação. (C) Descumprimento de obrigação pecuniária de contrato de financiamento bancário. (D) Inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia. (E) Responsável civil por obrigação derivada de acidente automobilístico. Comentário: Em nosso ordenamento pátrio, somente é admitida a prisão na hipótese de inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia. A letra ‘d’ é nossa resposta. Gabarito: D [FCC - 2018 - TRT - 15ª Região (SP) - Analista Judiciário - Área Judiciária - Oficial de Justiça Avaliador Federal] A Constituição Federal VEDA, como regra geral, a prisão civil por dívida, A) proibindo, expressamente, a prisão do depositário infiel, qualquer que seja a natureza do depósito, ainda que permita a prisão civil do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia. B) ressalvando, expressamente, a prisão civil do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel, mas o Supremo Tribunal Federal firmou tese jurídica, em sede de julgamento de recurso extraordinário com repercussão geral reconhecida, no sentido de que todos os pactos internacionais em matéria de direitos humanos internalizados pelo País, inclusive os que proíbem a prisão civil por dívida, ingressam no direito brasileiro com hierarquia de norma constitucional e, por isso, a hipótese de prisão do depositário infiel é inaplicável segundo o direito vigente. C) ressalvando, expressamente, a prisão do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel, mas, de outro lado, o Supremo Tribunal Federal editou súmula vinculante segundo a qual é ilícita a prisão civil do depositário infiel, qualquer que seja a modalidade do depósito. D) ressalvando, expressamente, a prisão do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel, mas a jurisprudência vigente do Supremo Tribunal Federal entende que os pactos internacionais em matéria de direitos humanos internalizados pelo País, inclusive os que proíbem a prisão civil por dívida, ingressam no direito brasileiro com hierarquia de norma constitucional e, por isso, todas as hipóteses de prisão civil previstas na Constituição Federal são inaplicáveis segundo o direito vigente. E) ressalvando, expressamente, a prisão do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel, mas, segundo jurisprudência vigente do Supremo Tribunal Federal, é vedada a prisão civil do depositário infiel apenas quando o depósito for fruto de ordem judicial. Prof. Nathalia Masson Aula 05 64 de 104| www.direcaoconcursos.com.br Direito Constitucional – Todos os Cargos – TCE/RJ Comentário: A letra ‘c’ pode ser assinalada como resposta, nos termos do art. 5º, inciso LXVII, em associação com o teor da SV nº 25. Gabarito: C [FUNCAB - 2014 - PC-RO - Delegado de Polícia Civil - Adaptada] Com relação ao tema “direitos individuais e coletivos” na Constituição Federal de 1988, julgue a assertiva: É ilícita a prisão civil de depositário infiel, qualquer que seja a modalidade do depósito. [IADES - 2017 - CREMEB - Advogado] Com relação aos direitos e às garantias individuais, julgue a assertiva: É lícita a prisão civil de depositário infiel, qualquer que seja a modalidade do depósito. Comentário: Por ser ilícita a prisão civil do depositário infiel, qualquer que seja a modalidade do depósito, o primeiro item é verdadeiro e o segundo é falso. Gabarito: Certo / Errado (31) Art. 5º, LXVIII – Habeas corpus Art. 5º, LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder. Este inciso é estudado na aula referente ao tema “Remédios Constitucionais”. (32) Art. 5º, LXIX – Mandado de segurança Art. 5º, LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público Este inciso é estudado na aula referente ao tema “Remédios Constitucionais”. (33) Art. 5º, LXX – Mandado de segurança coletivo Art. 5º, LXX - o mandado de segurança coletivo