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Nome: Joana Lages Moreira
ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL
EXCELENTÍSSIMO SENHOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL 
PARTIDO POLÍTICO DA HONESTIDADE, partido político com representação no Congresso Nacional, devidamente registrado no Tribunal Superior Eleitoral, inscrito no CNPJ sob n° XXX.XXX.XX/XXXX-XX, com sede em rua XXXX, número XXX, bairro XXX, CEP XXXXX-XX, representado, na forma de seu Estatuto Social, pelo seu Presidente XXXX vem por sua procuradora in fine que esta subscreve, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fulcro no artigo 102, §1° e 103, inciso VIII, ambos da Constituição Federal, artigos 1° e 3° da Lei Federal 9.882/99, propor
ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL COM PEDIDO DE MEDIDA CAUTELAR
Contra a Lei ° 101/1975, do Município de Zueiral, Estado X, que assegura o direito à pensão por morte e aposentadoria aos dependentes e ocupantes de cargos eletivos e comissionados daquele município, integrando-os ao Regime Próprio de Previdência Social.
1- PREMILIMINARMENTE
1.1 – LIGITIMAÇÃO ATIVA
Como se depreende do artigo 2° da Lei 9.882/99 os legitimados à proposição de arguição de descumprimento de preceito fundamental constam no rol taxativo do artigo 103, VIII da CRFB/88.
Art. 20. Podem propor arguição de descumprimento de preceito fundamental:
I- os legitimados para ação direta de inconstitucionalidade
Ao seu turno, os legitimados à proposição da ação direta de inconstitucionalidade são Presidente da Republica, Mesa do Senado Federal, Mesa da Câmara dos Deputados, Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal, Governador de Estado ou do Distrito Federal, Procurador-Geral da República, Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, partido político com representação do Congresso Nacional, confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.
Nota-se, desta forma, que o requerente é parte legítima para ingressar com a presente ADPF, vez que possui representação do Congresso Nacional, subsume-se ao disposto no artigo 103,VII, da CFRB/88.
1.2 – CABIMENTO DA ADPF
A arguição de Preceito Fundamental está prevista no artigo 102, §1°, da CRFB/88, regulamentada pela Lei n° 9.882/99 e aplicável contra atos comissivos ou omissivos dos Poderes Públicos que importem lesão ou ameaça de lesão aos princípios e regras mais relevantes da ordem constitucional.
Art. 1 o A arguição prevista no § 1 o do art. 102 da Constituição Federal será proposta perante o Supremo Tribunal Federal, e terá por objeto evitar ou reparar lesão a preceito fundamental, resultante de ato do Poder Público. Parágrafo único. Caberá também argüição de descumprimento de preceito fundamental: 
I - quando for relevante o fundamento da controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativo federal, estadual ou municipal, incluídos os anteriores à Constituição; (Vide ADIN 2.231-8, de 2000)
Consequentemente, a ADPF exprime a preocupação do constituinte em aperfeiçoar a rede de ações, recursos e garantias que visam preservar a supremacia constitucional. Nessa ótica, a ADPF deve tapar lacunas e não substituir garantias e ações existentes ou concorrer com elas, para evitar que se torne mais complexo e instável o sistema de controle de constitucionalidade.
Cabe sempre ADPF contra:
A) Atos normativos oriundos de autoridade municipais, por estarem excluídos da ação direta de inconstitucionalidade, conforme o artigo 102, I, a, da CFRB/88
B) Atos normativos anteriores à entrada em vigor da Constituição, contra os quais, conforme jurisprudência assentada do STF, não cabe ação direta de inconstitucionalidade nem ação direta de constitucionalidade (art. 1°, § único, I, da Lei n° 9.882/99). Neste sentido, a lei foi publicada em 1975, logo anteriores à Constituição, atendem tal requisito.
2- A VIOLAÇÃO A PRECEITO FUNDAMENTAL
2.1 – OBJETO DA AÇÃO
A lei municipal n° 101/1975 que assegura o direito à pensão por morte e aposentadoria aos dependentes e ocupantes de cargos eletivos e comissionados do Município de Zueiral, integrando-os ao Regime Próprio de Previdência Social viola flagrantemente o artigo 40, § 13° do texto constitucional de 1988, especialmente após a Emenda Constitucional n° 20/1998, bem como os princípios federativo, republicano, da igualdade, distribuição de competência legislativa.
Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo.
§ 13. Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração bem como de outro cargo temporário ou de emprego público, aplica-se o regime geral de previdência social.
3- INEXISTÊNCIA DE OUTRO MEIO CAPAZ DE SANAR A LESÃO OU AMEAÇA
A ADPF, como já dito, é o instrumento jurídico apropriado para sanar lesão ou ameaça de lesão a preceitos e princípios fundamentais provocados por ato comissivo ou omissivo do poder público, quando não há outro meio para saná-la.
Alguns dos preceitos fundamentais assinalados não encontram a reprodução devida na Constituição do Estado X, o que impossibilita exame da matéria por meio de representação de inconstitucionalidade perante o TJ estadual.
Logo, não se verificando a existência de meio apto a solver a controvérsia constitucional relevante de forma ampla, geral e imediata, há de se entender possível a utilização da ADPF para tal.
4- MÉRITO
4.1- DOS PRECEITOS FUNDAMENTAIS VIOLADOS
	A Lei municipal n° 101/1975 ao assegurar direito à pensão por morte e aposentadoria aos dependentes ocupantes de cargos eletivos e comissionados do Município de Zueiral – Estado X, integrando-os ao Regime Próprio de Previdência Social, extrapola a competência municipal de legislar, tomando para si competência exclusiva da União para estabelecer o regime dos servidores.
A CFRB/88 disciplina que a União, Estados e DF possuem a competência para legislar de forma suplementar (art. 30, II, CF). Não obstante, é certo que as regulamentações dispostas nas leis em análise extrapolam a suplementariedade.
Assim, o Município de Zueiral não possui competência legislativa para estabelecer tal norma, vez que o modo direto a legislação é previamente fixado pela União em seu artigo 40°, §13, da CFRB/88.
5- PEDIDO CAUTELAR
Os requisitos para a concessão da medida cautelar, quais sejam, o fumus boni juris e o periculum in mora, estão presentes no referido caso e caracterizados pelos argumentos deduzidos nesta petição inicial e pela jurisprudência do STF quanto à proteção da CRFB/88.
O perigo na demora jurisdicional decorre do fato de que outros projetos de lei, aprovados ou em tramitação, em diversos municípios brasileiros, tem o mesmo teor, o que comprova a ameaça não apenas aos preceitos fundamentais mencionados, mas também à segurança jurídica.
	Os efeitos da lei municipal arguida de inconstitucionalidade devem ser, de pronto e liminarmente suspensos até o final do julgamento da arguição de descumprimento de preceito fundamental da Lei n° 101/1975 do município Zueiral/Estado X.
6- PEDIDOS E REQUERIMENTOS
a) Requer-se, liminarmente, o deferimento da medida cautelar para suspender os efeitos da Lei n° 101/1975, nos termos do art. 5° da Lei n° 9.882/99, com aplicação do disposto no artigo §1°, através de decisão monocrática, ad referendum do Plenário, ou mediante a pronta inclusão do feito em pauta;
b) Requer-se que, ao final, seja julgado procedente o pedido para se declarar a incompatibilidade da referida lei com a Constituição Federal;
c) Requer-se a intimação do Procurador-Geral da República, para emitir seu parecer no prazo legal, nos termos da Lei n° 9.882/99;
d) Requer-se que se colham informações da Câmara Municipal e do Prefeito do Município de Zueiral e que se ouça a Advocacia Geralda União, nos termos do artigo 103, §3° da CFRB/88;
e) Requer-se, caso entenda necessário, a adoção das providências do art 1° e do art. 6° da Lei n° 9.882/99;
f) Requer-se, desde já, a permissão de sustentação oral na sessão de julgamento da medida cautelar e na sessão de julgamento do mérito da arguição .
Atribui-se a causa o valor de R$ 1.000,00 (hum mil reais).
Nesses termos, pede deferimento.
Município/Estado xxx, 25 de março de 2020.
Joana Lages Moreira
OAB XXX.XXX

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