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EPIDEMIOLOGIA E SAÚDE PÚBLICA

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Autores: Profa. Anna Carolina Fontes Teles
 Prof. Alexandre Luiz Affonso Fonseca
Colaboradores: Profa. Valdice Neves Polvora 
 Profa. Claudia Ferreira dos Santos Ruiz Figueiredo 
 Profa. Vanessa Santhiago
 Prof. Flávio Buratti Gonçalves
 Prof. Juliano Rodrigo Guerreiro
Epidemiologia e 
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Professores conteudistas: Anna Carolina Fontes Teles / 
Alexandre Luiz Affonso Fonseca
Profa. Anna Carolina Fontes Teles
Professora adjunta do curso de Biomedicina, Farmácia, Ciências Biológicas, Enfermagem e Nutrição da Universidade Paulista 
– UNIP. Biomédica graduada pela Universidade de Mogi das Cruzes – UMC e mestre em Clínica Médica pela Escola de Medicina da 
Universidade Lusíadas – Unilus.
Especialista em Hematologia Laboratorial pelo Instituto de Educação e Pesquisa em Saúde de São Paulo – Ipessp.
Atualmente, é supervisora de estágio no Laboratório Escola do curso de Biomedicina da UNIP, em Santos-SP.
Prof. Alexandre Luiz Affonso Fonseca
Graduado como cirurgião-dentista pela Universidade Paulista – UNIP (2000) e especialista em Odontologia para Pacientes 
com Necessidades Especiais pela Unesp (2005), especialista em Saúde da Família pela Unifesp (2012) e em Gestão em Saúde 
Pública pela ENSP-Fiocruz (2011).
Mestre em Ciências, com área de concentração em Infectologia e Saúde Pública pelo Hospital Emílio Ribas (2008) e Doutorando 
em Ciências pela Faculdade de Medicina do ABC (FMABC).
Possui experiência em atividades assistenciais no SUS desde 2002, no município de Itaquaquecetuba (região metropolitana de 
São Paulo). No mesmo local foi gestor em Saúde, atuando como coordenador de Odontologia e coordenador da Atenção Básica/
Estratégias em Saúde da Família (2011-2013).
Desenvolve atividades docentes na UNIP desde 2008, sendo professor do Instituto de Ciências da Saúde das disciplinas de 
Epidemiologia e Saúde Pública, Bioética e Fisiologia Geral e Aplicada.
Atua no EaD na UNIP nos cursos de Ciências Biológicas (Licenciatura) e de Gestão Hospitalar.
Além disso, é tutor/orientador do curso de Especialização em Saúde da Família (EaD) da Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS), 
e esse curso é ofertado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) desde 2012.
© Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou 
quaisquer meios (eletrônico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem 
permissão escrita da Universidade Paulista.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
T269e Teles, Anna Carolina Fontes.
Epidemiologia e Saúde Pública / Anna Carolina Fontes Teles, 
Alexandre Luiz Affonso Fonseca. – São Paulo: Editora Sol, 2019.
196 p., il.
Nota: este volume está publicado nos Cadernos de Estudos e 
Pesquisas da UNIP, Série Didática, ano XXV, n. 2-071/19, ISSN 1517-9230.
1. Epidemiologia. 2. Prevenção. 3. Vigilância. I. Fonseca, Alexandre 
Luiz Affonso. II. Título.
CDU 616-036.22
U501.16 – 19
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Prof. Dr. João Carlos Di Genio
Reitor
Prof. Fábio Romeu de Carvalho
Vice-Reitor de Planejamento, Administração e Finanças
Profa. Melânia Dalla Torre
Vice-Reitora de Unidades Universitárias
Prof. Dr. Yugo Okida
Vice-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa
Profa. Dra. Marília Ancona-Lopez
Vice-Reitora de Graduação
Unip Interativa – EaD
Profa. Elisabete Brihy 
Prof. Marcelo Souza
Prof. Dr. Luiz Felipe Scabar
Prof. Ivan Daliberto Frugoli
 Material Didático – EaD
 Comissão editorial: 
 Dra. Angélica L. Carlini (UNIP)
 Dra. Divane Alves da Silva (UNIP)
 Dr. Ivan Dias da Motta (CESUMAR)
 Dra. Kátia Mosorov Alonso (UFMT)
 Dra. Valéria de Carvalho (UNIP)
 Apoio:
 Profa. Cláudia Regina Baptista – EaD
 Profa. Betisa Malaman – Comissão de Qualificação e Avaliação de Cursos
 Projeto gráfico:
 Prof. Alexandre Ponzetto
 Revisão:
 Aline Ricciardi
 Virgínia Bilatto
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Sumário
Epidemiologia e Saúde Pública
APRESENTAÇÃO ......................................................................................................................................................9
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................ 10
Unidade I
1 CONCEITOS DE EPIDEMIOLOGIA E BASES HISTÓRICAS ................................................................... 11
1.1 História ..................................................................................................................................................... 11
1.2 Evolução da Epidemiologia até o século XIX ............................................................................ 12
1.2.1 Hipócrates .................................................................................................................................................. 12
1.2.2 Miasmas ...................................................................................................................................................... 13
1.2.3 John Graunt .............................................................................................................................................. 14
1.3 O século XIX ............................................................................................................................................ 14
1.3.1 Pierre Louis ................................................................................................................................................ 15
1.3.2 Louis Villermé ........................................................................................................................................... 15
1.3.3 William Farr ............................................................................................................................................... 15
1.3.4 John Snow ................................................................................................................................................. 16
1.3.5 Louis Pasteur ............................................................................................................................................. 16
1.4 A primeira metade do século XX .................................................................................................... 17
1.4.1 Influência da microbiologia ................................................................................................................ 17
1.4.2 Oswaldo Cruz e a Escola de Manguinhos ..................................................................................... 18
1.4.3 Desdobramento da Teoria dos Germes .......................................................................................... 18
1.4.4 Saneamento ambiental, vetores e reservatórios de agentes ................................................ 19
1.4.5 Ecologia ...................................................................................................................................................... 19
1.4.6 Base de dados para a moderna Epidemiologia........................................................................... 19
1.5 A segunda metade do século XX .................................................................................................... 20
1.5.1 A ênfase das pesquisas ......................................................................................................................... 20
1.5.2 Situação atual .......................................................................................................................................... 21
1.5.3 Duas tendências da Epidemiologia atual ...................................................................................... 22
1.5.4 História natural da doença ................................................................................................................. 23
1.5.5 Fatores determinantes da doença.................................................................................................... 24
1.5.6 Prevenção ................................................................................................................................................... 24
1.5.7 O modelo da história natural da doença ..................................................................................... 26
1.5.8 Variações na ocorrência de doenças no espaço e no tempo ................................................ 27
2 MEDIDAS DE FREQUÊNCIA DE DOENÇA ................................................................................................ 35
2.1 Prevalência e incidência .................................................................................................................... 36
2.2 Medindo prevalência e incidência ................................................................................................. 37
2.2.1 Estudos de prevalência ......................................................................................................................... 37
2.2.2 Estudos de incidência............................................................................................................................ 37
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2.3 Interpretando as medidas de frequência clínica ..................................................................... 38
2.3.1 Definindo o numerador ........................................................................................................................ 38
2.3.2 Definindo o denominador ................................................................................................................... 39
2.3.3 Amostragem .............................................................................................................................................. 40
2.4 Relação entre incidência, prevalência e duração da doença .............................................. 41
2.5 Viés em estudos de prevalência...................................................................................................... 42
2.5.1 Incertezas sobre sequências temporais ......................................................................................... 42
2.5.2 Vieses estudando casos “velhos” ...................................................................................................... 42
2.5.3 Usos de incidência e prevalência ...................................................................................................... 43
3 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE ................................................................................................ 43
3.1 Sistemas de gerenciamento de bancos de dados (SGBD) .................................................... 43
3.2 Sistemas de informação em saúde no Brasil ............................................................................ 44
3.2.1 Sistemas de Informações sobre Mortalidade (SIM) .................................................................. 44
3.2.2 Fluxo de informações ............................................................................................................................ 45
3.2.3 Codificação das declarações de óbito ............................................................................................ 45
3.2.4 Sistema de Informações Sobre Nascidos Vivos – Sinasc ........................................................ 48
3.3 Classificação internacional de doenças ...................................................................................... 51
3.4 Epidemiologia hospitalar .................................................................................................................. 52
4 INDICADORES DE SAÚDE ............................................................................................................................. 54
4.1 Expressão dos resultados................................................................................................................... 56
4.1.1 Resultados expressos em frequência absoluta ........................................................................... 56
4.1.2 Resultados expressos em frequência relativa ............................................................................. 56
4.2 Principais indicadores de saúde ..................................................................................................... 58
4.2.1 Mortalidade ............................................................................................................................................... 58
4.2.2 Morbidade .................................................................................................................................................. 60
4.2.3 Indicadores nutricionais ....................................................................................................................... 63
4.3 Indicadores demográficos ............................................................................................................... 64
4.3.1 Indicadores sociais.................................................................................................................................. 65
4.3.2 Indicadores ambientais......................................................................................................................... 65
4.3.3 Serviços de saúde ................................................................................................................................... 67
4.3.4 Indicadores positivos da saúde ......................................................................................................... 67
Unidade II
5 EPIDEMIOLOGIA E PREVENÇÃO ................................................................................................................. 72
5.1 Diagnóstico ............................................................................................................................................. 72
5.1.1 Acurácia do resultado do teste ......................................................................................................... 72
5.1.2 Sensibilidade e especificidade ........................................................................................................... 74
5.1.3 Valor preditivo .......................................................................................................................................... 76
5.1.4 Estimando a prevalência ...................................................................................................................... 77
5.1.5 Processos endêmicos ............................................................................................................................. 78
5.2 Epidemiologia geral das doenças transmissíveis .....................................................................82
5.2.1 Características de agentes infecciosos nas suas relações com o hospedeiro ................ 83
5.2.2 Fontes de infecção (ou de infestação) ........................................................................................... 84
5.2.3 Vias de eliminação .................................................................................................................................. 85
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5.2.4 Vias de transmissão ................................................................................................................................ 87
5.2.5 Portas de entrada .................................................................................................................................... 89
5.3 PREVENÇÃO ............................................................................................................................................ 90
5.3.1 Níveis de prevenção ............................................................................................................................... 90
5.3.2 Prevenção primária ................................................................................................................................ 91
5.3.3 Prevenção secundária ........................................................................................................................... 91
5.3.4 Prevenção terciária................................................................................................................................. 92
5.3.5 Abordagem do exame periódico de saúde ................................................................................... 92
6 VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA ................................................................................................................... 94
6.1 Obtenção de dados .............................................................................................................................. 95
6.2 Tipos de dados ....................................................................................................................................... 95
6.2.1 Demográficos ........................................................................................................................................... 95
6.2.2 Morbidade .................................................................................................................................................. 95
6.2.3 Mortalidades ............................................................................................................................................. 96
6.2.4 Áreas e situações de risco ................................................................................................................... 96
6.3 Fontes de dados .................................................................................................................................... 96
6.3.1 Demográficos ........................................................................................................................................... 96
6.3.2 Morbidade .................................................................................................................................................. 99
6.3.3 Mortalidade .............................................................................................................................................100
6.3.4 Áreas e situação de risco ...................................................................................................................100
6.3.5 Laboratórios, farmácias e indústrias de medicamentos ........................................................101
6.3.6 Imprensa e comunidade.....................................................................................................................101
6.4 Fluxo de informação .........................................................................................................................101
6.5 Avaliação da vigilância epidemiológica ....................................................................................106
6.6 Métodos empregados em Epidemiologia .................................................................................106
6.6.1 Estudo de casos .....................................................................................................................................107
6.6.2 Limitações do estudo de casos ........................................................................................................108
6.7 Investigação experimental de laboratório ...............................................................................108
6.8 Pesquisa populacional ......................................................................................................................109
6.9 Critérios para a classificação de métodos empregados em Epidemiologia ................109
6.9.1 Estudos descritivos ............................................................................................................................... 110
6.9.2 Estudos analíticos ..................................................................................................................................111
6.9.3 Estudo experimental, do tipo ensaio clínico randomizado ..................................................111
6.9.4 Estudos de coorte .................................................................................................................................112
6.9.5 Estudos de caso-controle .................................................................................................................. 115
6.9.6 Estudos transversais ............................................................................................................................. 118
6.9.7 Estudos ecológicos ...............................................................................................................................119
Unidade III
7 HISTÓRICO DAS CONFERÊNCIAS E DECLARAÇÕES EM POLÍTICAS DE SAÚDE
7.1 Conferências e declarações internacionais ..............................................................................123
7.1.1 Histórico das conferências ............................................................................................................... 123
7.1.2 Declaração de Alma-Ata ................................................................................................................... 126
7.1.3 I Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde....................................................... 127
7.1.4 Carta de Ottawa ................................................................................................................................... 128
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7.2 Histórico das conferências no Brasil ..........................................................................................134
7.2.1 O desenvolvimento das políticas públicas de saúde no Brasil .......................................... 135
7.2.2 Síntese histórica da saúde no Brasil: descoberta, período republicano até 1963 ....................136
7.2.3 O regime militar e as consequências para a saúde pública do Brasil ............................. 142
8 CONSTRUÇÃO DO SUS, SEUS PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS E ORGANIZACIONAIS .............145
8.1 Legislação e o SUS .............................................................................................................................1498.1.1 Como se deu a regulamentação e normatização do SUS? ................................................. 150
8.1.2 Ações a serem desenvolvidas pelo SUS ...................................................................................... 153
8.1.3 Papel dos gestores no SUS ............................................................................................................... 157
8.1.4 Assistência em saúde no Brasil após a implantação do SUS? ........................................... 157
8.2 PSF e Pacs ..............................................................................................................................................159
8.3 Transição do PSF para o programa Estratégia em Saúde da Família (ESF) .................159
8.3.1 Estratégias em Saúde da Família (ESF) ........................................................................................ 162
8.3.2 Papel dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) .................................................................. 164
8.3.3 Núcleos de Apoio à Saúde da Família (Nasf) ............................................................................ 165
8.4 Programas de saúde no Brasil .......................................................................................................167
8.4.1 Sistema de saúde suplementar no Brasil ....................................................................................170
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APRESENTAÇÃO
Caro aluno, 
Atualmente podemos dizer que a Epidemiologia constitui a principal ciência da informação em 
saúde. Suas raízes históricas podem ser identificadas pela junção de três elementos conceituais, 
metodológicos e ideológicos: a clínica, a estatística e a medicina social. A Epidemiologia cada vez mais 
ocupa lugar privilegiado de fontes metodológicas para todas as ciências da saúde, ampliando seu 
papel na consolidação do saber científico sobre a saúde humana, sua determinação e consequências. 
Assim sendo, independentemente de qual seja a sua pesquisa na área da saúde, todos precisam de 
conhecimento epidemiológico. Para tal, estabeleceremos alguns objetivos: 
• Estudar os principais conceitos necessários para elaboração e/ou compreensão do diagnóstico de 
saúde populacional. 
• Apresentar a história da Epidemiologia, desenvolvendo seus princípios básicos. 
• Discorrer sobre os conceitos básicos da Epidemiologia Geral e sua utilização no campo da saúde. 
• Compreender os principais determinantes do processo saúde/doença da coletividade. 
• Descrever os principais indicadores de saúde das populações. 
• Compreender o significado das principais medidas que avaliam o adoecimento e a morte das 
populações. 
• Conhecer o perfil e as principais tendências de adoecimento e morte no Brasil. 
• Apresentar o raciocínio epidemiológico, seus fundamentos e métodos e também suas aplicações 
no âmbito individual e coletivo da saúde. 
• Compreender a diferença entre pandemias, endemias e epidemias, com ênfase na análise e 
controle das doenças transmissíveis, surtos e epidemias. 
• Apresentar os principais métodos de estudo da ocorrência, frequência e distribuição de agravos à 
saúde, bem como a busca de causas e soluções para a promoção e proteção em saúde. 
• Introduzir os fundamentos do método epidemiológico subjacentes à formulação e avaliação de 
ações de saúde pública. 
• Reconhecer o uso das informações sobre o perfil das doenças para eleição de problemas 
prioritários em saúde e poder organizar intervenções que necessitem de planejamento e avaliação 
do atendimento. 
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• Identificar e saber utilizar as principais fontes de informações de saúde disponíveis – dados secundários. 
• Discorrer sobre aplicabilidade do conhecimento epidemiológico na avaliação e na gestão de 
serviços de saúde.
• Discorrer sobre as políticas públicas de saúde e a construção do SUS; da concepção desse às 
prerrogativas atuais. 
• Apresentar e descrever os principais programas de saúde no Brasil.
• Enfatizar os Programas de Saúde da Família e de Estratégias de Saude da Família (PSF/ESF) como 
redefinição da Atenção Básica no SUS.
INTRODUÇÃO
A Epidemiologia é a ciência que estuda a ocorrência de doenças em populações humanas e seus 
fatores determinantes (LILIENFELD, 1980). No início prevaleceu a ideia de que a Epidemiologia se 
restringia ao estudo das epidemias de doenças transmissíveis. Atualmente sabe-se que a Epidemiologia 
é um campo da ciência que trata dos vários fatores e condições que determinam a ocorrência e a 
distribuição de saúde, doença, defeito, incapacidade e morte entre grupos de indivíduos, analisa a 
situação de saúde de populações, identifica perfis e fatores de risco, estabelece critérios para a vigilância 
em saúde, configurando-se como uma importante ferramenta aos diferentes profissionais, que buscam 
efetivamente a compreensão do processo saúde-doença e dos fatores que nele interferem. É ferramenta 
indispensável ao entendimento e à aplicação das diferentes práticas para a gestão dos serviços de 
saúde, públicos e ou privados, promovendo o adequado atendimento amplo e irrestrito da população 
aos serviços de saúde. 
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EPIDEMIOLOGIA E SAÚDE PÚBLICA
Unidade I
1 CONCEITOS DE EPIDEMIOLOGIA E BASES HISTÓRICAS
1.1 História
A Epidemiologia é considerada a ciência básica da saúde coletiva. Tornou-se uma disciplina científica 
essencial para todas as ciências clínicas, base da Medicina e das outras formações profissionais em saúde.
Podemos definir Epidemiologia como a abordagem dos fenômenos da saúde-doença por meio 
de quantificação, usando o cálculo matemático e técnicas de amostragem e de análise. Apesar do 
uso e até abuso da “numerologia”, a moderna Epidemiologia não se resume à quantificação. Cada 
vez mais, emprega técnicas alternativas para o estudo da saúde coletiva. Todas as fontes de dados 
e de informação são válidas para o conhecimento sintético e totalizante das situações de saúde das 
populações humanas.
A Epidemiologia tem experimentado, nos últimos anos, ricos questionamentos acerca de suas 
bases, isto é, seus pressupostos teóricos-filosóficos, sua metodologia científica, suas técnicas de 
investigação, entre outros. Classificações como Epidemiologia “clínica”, Epidemiologia “social”, 
Epidemiologia “crítica” indicam a existência de compreensões diversas em relação à própria 
identidade científica desta área. Suspeita-se acerca da cientificidade da Epidemiologia: seria 
uma ciência, com seu objeto próprio; ou apenas um método científico, uma forma sistemática de 
investigar objetos definidos por outras ciências?
Formando a base destes questionamentos mais amplos, uma série de aspectos particulares 
ocupa epidemiologistas e profissionais afins: quais os modelos determinísticos mais adequados 
a fenômenos de natureza epidemiológica? Quais os critérios apropriados de validação do 
conhecimento? Quais os melhores desenhos de pesquisa? Quais as técnicas mais eficazes para a 
compreensão da realidade epidemiológica? 
Por trás da aparência operacional dessas questões, estão aspectos maisamplos da vida social. É 
possível relacionar a pluralidade e as questões que vêm marcando diversas informações essenciais que 
servem de base para o conteúdo da Epidemiologia, com profundas contradições geradas em esferas 
mais abrangentes das práticas sociais. Grande parte dos diferentes problemas e respostas que são 
formulados ao longo do desenvolvimento da Epidemiologia como ciência pode ser explicada como 
sucessos e fracassos, consensos e conflitos, chances e obstáculos na realização de necessidades de saúde 
dos diversos indivíduos e grupos humanos vivendo em sociedade (AYRES, 1993). 
A partir desta perspectiva, que se entendem a relevância e o vigor do debate científico na Epidemiologia.
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Unidade I
A história de uma disciplina científica é sempre escrita a partir do ponto em que estamos e faz parte 
da identidade desejada de uma comunidade de cientistas.
Nossos epidemiologistas, em sua maioria, são médicos ou enfermeiros. Mas muitos outros profissionais 
também se encaminharam para esta especialidade, como demógrafos, cientistas sociais, geógrafos, 
biólogos, estatísticos, nutricionistas, matemáticos, historiadores, dentistas e outros. A Epidemiologia 
conta assim com o aporte de muitas áreas de conhecimento.
No Brasil, avançou muito nos últimos 20 anos, tanto na área de atuação, quanto nos métodos e nas 
técnicas que emprega como no número de profissionais que a ela se dedicam. A partir do século XIX e 
das descobertas de Koch e Pasteur, inúmeros cientistas se dedicaram a buscar os agentes de doenças e 
identificar os seus ciclos de transmissão. Em todo o mundo, a Medicina Tropical e a Geografia Médica se 
afirmaram, acompanhando a expansão colonialista europeia.
No século XIX, no entanto, as doenças, seus ciclos e seus agentes etiológicos foram descritos de 
acordo com bases de definição que conservamos até hoje. Essas descrições são entendidas por nós com 
maior facilidade e identificadas como “científicas”.
O conhecimento do passado é essencial para entender a situação atual. Através da menção a vultos 
ilustres e a acontecimentos decorridos, serão realçados alguns marcos da história da Epidemiologia 
(STEPAN, 1976).
1.2 Evolução da Epidemiologia até o século XIX
1.2.1 Hipócrates
Médico grego que viveu há cerca de 2.500 anos, dominou o pensamento médico da sua época e dos 
séculos seguintes. Analisava as doenças em bases racionais, afastando-se do sobrenatural. As doenças 
para ele eram produto da relação complexa entre a constituição do indivíduo e o ambiente que o 
cerca, o que está presente na linha do raciocínio ecológico atual. Este sábio grego estudou as doenças 
epidêmicas e as variações geográficas das condições endêmicas. Deixou-nos um juramento que constitui 
o fundamento da ética médica e a defesa do exame minucioso e sistemático do paciente, que consiste 
em uma base para o diagnóstico e para a fiel descrição da história natural das doenças. Hipócrates, o pai 
da Medicina, é considerado por alguns o pai da Epidemiologia ou o primeiro epidemiologista.
A tradição de Hipócrates foi mantida na Roma Antiga por Galeno (138–201), entre outros, preservada 
por árabes na Idade Média e retomada por clínicos, primeiro na Europa Ocidental, a partir da Renascença, 
e depois em praticamente todas as regiões.
Como afirma Canguilhem (1977), “o passado de uma ciência não se confunde com essa mesma 
ciência no seu passado”. Assim, se a obra de Hipócrates está, efetivamente, entre as primeiras referências 
em relação aos aspectos externos do organismo individual com fenômenos de saúde e doença, a análise 
dos conteúdos conceituais e da estrutura discursiva aponta descontinuidades importantes com a 
construção teórica que caracteriza a Epidemiologia. Essas descontinuidades são de tal relevância que 
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não se justifica buscar na ciência e na conjuntura hipocráticas as bases da construção do campo objetivo 
da Epidemiologia.
A obra de Hipócrates caracteriza-se por três aspectos básicos:
• Os elementos “externos” ao organismo humano são compreendidos como portadores de qualidades 
essenciais.
• As qualidades dos elementos externos são entendidas de princípio anterior segundo processos 
dedutivos abstratos.
• O conhecimento dos mesmos tem como finalidade a compreensão mais adequada da singularidade 
de cada doente a ser tratado pelo médico grego. Essas características do conhecimento hipocrático 
e de sua orientação prática deixam claras as descontinuidades anteriormente referidas.
O objeto epidemiológico, tal como concebido hoje, está longe de ser capturado por intermédio 
de qualidades essenciais: cada fenômeno epidemiológico tem seu significado determinado pelas 
condições objetivas de sua apreensão, e só nessas condições adquire objetividade. Sua caracterização, 
por outro lado, não procede de mecanismos dedutivos abstratos, mas é configurada a partir de dados 
indutivamente construídos, isto é, de conhecimentos empíricos acumulados pela experiência sensível, 
mesmo quando dedutivamente intuídos. Por fim, ainda que possa concorrer para ações de caráter 
individual, a inferência epidemiológica refere-se substantivamente a coletivos, a grupos de indivíduos, 
não podendo, senão à força de artifícios nem sempre legítimos, ser tomada como expressão objetiva 
de condições humanas singulares. Um objeto de conhecimento assim configurado só tem condições 
empíricas e lógicas para formar-se muito tempo depois da Antiguidade Clássica. Como questão prática 
e como construção abstrata, o objeto da Epidemiologia é produto da modernidade.
Nesse sentido, dois movimentos precisam ser considerados quando se trata de compreender o 
nascimento da ciência epidemiológica: de um lado, está o processo de emancipação da dimensão 
tecnológica da razão e, de outro, da emancipação dos sujeitos privados na constituição do espaço 
público da sociedade, sendo, um e outro, marcos importantes, apenas analiticamente distinguíveis, do 
processo de emergência do período moderno na história das sociedades ocidentais (AYRES, 1993).
Parte da contribuição de Hipócrates e Galeno foi perdida ou deturpada. Mesmo a que chegou até 
hoje foi relegada a segundo plano, dando lugar a outras explicações. Nessa situação, encontra-se a 
Teoria dos Miasmas, vigente há séculos, que dominou o pensamento médico até a segunda metade do 
século XIX.
1.2.2 Miasmas
Embora, tenha-se hoje alcançado certo consenso sobre a importância dos determinantes sociais 
de saúde (as condições de vida e trabalho dos indivíduos e de grupos da população estão relacionadas 
com sua situação de saúde), esse consenso foi sendo construído ao longo da história. Entre os diversos 
paradigmas explicativos para os problemas de saúde, em meados do século XIX, predominava a Teoria 
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Miasmática, que conseguia responder às importantes mudanças sociais e práticas de saúde observadas 
no âmbito dos novos processos de urbanização e industrialização ocorridos naquele momento histórico. 
Estudos sobre a contaminação da água e dos alimentos, assim como sobre riscosocupacionais, trouxeram 
importante reforço para o conceito de miasma e para as ações de saúde pública (BUSS; PELLEGRINI 
FILHO, 2007).
Na Teoria Miasmática, a origem das doenças situava-se na má qualidade do ar, proveniente de 
decomposições de animais e plantas. A malária, junção de “mal” e “ar”, deve seu nome à crença nesse 
modo de transmissão. Os miasmas passariam do doente para os indivíduos suscetíveis, o que explicaria 
a origem das epidemias das doenças contagiosas. Ainda hoje o sobrenatural e os miasmas são utilizados 
por leigos como explicações para as doenças, levando a numerosas práticas místicas, em que avultam 
as danças e o uso de amuletos para afastar danos à saúde ou o emprego de substâncias de odor forte, 
como o álcool, a menta e o eucalipto, usados em fricções no corpo ou borrifados no ambiente, em casos 
de infecções respiratórias. 
O aparecimento da quantificação de temas biológicos e sociais foi um acontecimento de grande 
importância, pois encontrou campo fértil na saúde pública e na clínica. Somente há cerca de três séculos 
que alguns pioneiros iniciaram tal tipo de abordagem, mediante a utilização de dados de mortalidade.
1.2.3 John Graunt
No ano de 1662, John Graunt (1620–1674) publicou um tratado sobre as tabelas mortuárias de 
Londres, no qual analisou a mortalidade por sexo e região. Não havendo na época registros de idade 
nas anotações dos óbitos, ele selecionou determinadas causas, como prematuridade e raquitismo, para 
estimar a proporção de crianças nascidas vivas e que morriam antes dos seis anos de idade. Pelo seu 
pioneirismo na utilização dos coeficientes (óbitos x população), foi considerado o pai da demografia ou 
das estatísticas vitais.
1.3 O século XIX
Nesse período, o centro das ciências era a Europa. Uma sucessão de acontecimentos influenciava 
profundamente as pessoas e as ideias. A Revolução Industrial na Inglaterra, e um pouco mais tarde 
em outros países, produziu um extenso deslocamento das populações do campo para as cidades, 
atraídas por emprego nas fábricas recém-criadas. À época, importantes correntes filosóficas e políticas 
estavam nascendo ou mostravam as repercussões que causavam, entre as quais a Revolução Francesa 
do final do século XVIII e o positivismo, o materialismo filosófico e os movimentos político-sociais da 
metade do século XIX. Epidemias de cólera, febre tifoide e febre amarela constituíam graves problemas, 
levando a maiores preocupações quanto à higiene, ao aprimoramento da legislação sanitária e à 
criação de uma estrutura administrativa para a aplicação das medidas preconizadas. A explicação das 
causas das doenças era dividida entre os que defendiam a teoria dos miasmas e os que advogavam a 
dos germes.
Franceses e ingleses ocupavam posição de destaque na história da Epidemiologia. Entre os cientistas 
franceses do século XIX, lembrados como pioneiros nas correntes dos pensamentos que influenciaram 
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a Epidemiologia atual, estão Pierre Louis, Louis Villermé e Louis Pasteur; entre os ingleses, merecem 
atenção William Farr e John Snow.
1.3.1 Pierre Louis
Pierre Louis (1787–1872) fundou escola em Paris. Entre as suas obras, encontram-se estudos sobre a 
tuberculose e sobre a febre tifoide. Sua maior contribuição foi haver introduzido e divulgado o método 
estatístico, utilizando-o na investigação clínica das doenças. Em Paris, àquela época, defendia-se a 
contagem rigorosa de eventos para realçar semelhanças e diferenças entre segmentos da população, 
na linha abraçada pela Epidemiologia atual. Com essa visão, foi possível a Pierre Louis, ao analisar as 
internações hospitalares em Paris – mais especificamente, a letalidade da pneumonia em relação à época 
em que o tratamento por sangria era iniciado – revelar a conduta prejudicial representada por essa técnica 
no tratamento de pneumonias, muito mais perigosa do que benéfica para os pacientes. Por trabalhos como 
esse, Pierre Louis é referenciado como a figura ideal do clínico que usa adequadamente a Epidemiologia e 
o modelo para os profissionais de saúde que hoje praticam a Epidemiologia clínica. Alguns o consideram 
como o iniciador da Estatística Médica e outros, como o verdadeiro pai da Epidemiologia moderna.
1.3.2 Louis Villermé
Louis Villermé (1782–1863) investigou a pobreza, as condições de trabalho e a repercussão dessas 
circunstâncias sobre a saúde da população, realçando as estreitas relações entre situação socioeconômica 
e mortalidade. Sua pesquisa sobre a saúde dos trabalhadores das indústrias de algodão, lã e seda é 
considerada clássica. Nessa época, havia consciência do papel dos fatores sociais sobre a saúde. Somente 
no século XIX, as relações entre condições econômicas e sociais e seus efeitos sobre a saúde foram 
mais consistentemente apontadas, expandindo, desde então, a noção de que estas relações devem ser 
submetidas à investigação científica.
1.3.3 William Farr
William Farr (1807–1883) estudou em Paris com Pierre Louis e foi influenciado pelo enfoque social que 
Villermé conferia às investigações. Retornando a Londres, trabalhou por mais de 40 anos no Escritório de 
Registro Geral da Inglaterra. Entre as suas contribuições, destacam-se uma classificação de doenças, uma 
descrição das leis das epidemias – ascensão rápida no início, elevação lenta até o ápice e, em seguida, uma 
queda mais rápida (Lei de Farr) – e a produção de informações epidemiológicas sistemáticas usadas para 
subsidiar o planejamento das ações de prevenção e controle. Nos relatórios anuais do Registro Geral, em que 
trabalhou desde a sua fundação, em 1839, apresentava as informações de mortalidade e descrevia situações 
que apontavam para as grandes desigualdades, regionais e sociais, nos perfis de saúde.
Os relatórios do Registro Geral da Inglaterra possibilitaram o acesso de estudiosos a informações sobre 
saúde, até então não disponíveis. Friedrich Engels (1820–1895) utilizou-as, especialmente, na sua obra A 
Condição da Classe Trabalhadora na Inglaterra, em 1844, e Edwin Chadwick (1800–1890), um advogado, 
nos seus relatórios sobre a saúde das classes trabalhadoras (1842) e sobre os cemitérios (1843), que 
subsidiaram a reforma sanitária inglesa da metade do século XIX. Chadwick, baseado em informações 
do Registro Geral da Inglaterra, mostrou a grave situação de saúde de grande parte da população 
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através de constatações como as seguintes: mais da metade das crianças das classes trabalhadoras não 
chegava à idade de cinco anos, a idade média do óbito na classe mais abastada era de 36 anos, entre os 
trabalhadores do comércio, era de 22 anos e, entre trabalhadores da indústria, de 16 anos.
Em outros centros culturais, a pesquisa das causas da doença também tomou um rumo semelhante, 
com ênfase conjunta nos aspectos biológicos e sociais.
1.3.4 John Snow
John Snow (1813–1858) conduziu numerosas investigações para esclarecer a origem das 
epidemias de cólera, ocorridas em Londres no período de 1849–1854. Foi assim que conseguiu 
incriminar o consumo de água poluída como responsável pelos episódios da doença e traçar 
os princípios de prevenção e controle de novos surtos, válidos ainda hoje, mas fixados em uma 
época muito anterior ao isolamento do respectivo agente etiológico, o que só aconteceu em 
1883. O trabalho de Snow, na compreensãoda epidemia da cólera, é considerado um clássico da 
Epidemiologia de campo.
A expressão “epidemiologia de campo” significa a coleta planejada de dados. Snow, na tentativa 
de esclarecer a etiologia das epidemias de cólera, visitou numerosas residências para detalhado 
estudo dos pacientes e do ambiente onde viviam, inclusive com exame químico e microscópico da 
água de abastecimento.
A obra deixada por Snow é muito apreciada como um experimento natural: conjunto de 
circunstâncias que ocorrem naturalmente, em que as pessoas estão sujeitas a diferentes graus de 
exposição a um determinado fator, simulando uma verdadeira experiência planejada. Naquela época, 
duas companhias comerciais forneciam à população de Londres a água do rio Tâmisa, retiradas 
de locais próximos entre si e muito poluídos. Em determinado momento, uma das companhias 
mudou o local de coleta de água para um ponto a montante do rio, antes de sua penetração. Logo, 
raciocinou Snow, se a ingestão de água contaminada fosse fator determinante na distribuição 
da doença, a incidência de cólera deveria ser diferente entre as pessoas que se abasteciam de 
uma ou de outra fornecedora de água. Para comprovar sua hipótese, procurou saber a fonte de 
suprimento de cada domicílio onde era registrado caso fatal de cólera. Como o dado não existia 
na forma desejada por ele, passou, juntamente com um assistente, a anotar os óbitos registrados 
como causados pela doença e a visitar os domicílios para certificar-se da proveniência da água. 
Os resultados encontrados mostraram que, nos domicílios abastecidos pela companhia que mudou 
o seu ponto de capitação de água, a taxa de mortalidade era várias vezes menor, o que se tornou 
uma forte evidência para sustentar a teoria da transmissão hídrica, sobretudo quando não havia 
outras diferenças, de cunho social, geográfico ou demográfico, que pudessem explicar variações de 
mortalidade entre os clientes das duas companhias.
1.3.5 Louis Pasteur
Pasteur (1822–1895), considerado o pai da Bacteriologia, foi uma das figuras mais importantes da 
ciência no século XIX. Foi ele quem registrou as bases biológicas para o estudo das doenças infecciosas, 
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influenciando profundamente a história da Epidemiologia. Na verdade, a noção de que as doenças 
eram transmitidas por contágio é antiga. No século XVI, Girolamo Fracastorius (1484–1553) descreveu a 
transmissão de infecções por contato direto, através de gotículas de saliva e objetos que, contaminados, 
propagam a infecção. Nos séculos seguintes, outros cientistas afirmaram que as doenças eram causadas 
por agentes animados, diferentes para cada doença, conceito que era negado pelas mais importantes 
figuras da época.
Um passo essencial para o desenvolvimento da Teoria dos Germes – que será explicada mais adiante 
– foi a descoberta do microscópio, em 1675, por van Leeuwenhoek (1632–1723), que, graças a este 
engenho, conseguiu visualizar pequenos seres vivos, aos quais denominou “animálculos”, abrindo uma 
nova direção para as investigações.
Pasteur foi a figura central da microbiologia, pois identificou e isolou numerosas bactérias, além 
de fazer trabalhos pioneiros de imunologia. Entre as suas muitas contribuições, está o estudo da 
fermentação da cerveja e do leite em 1857, seguido pela investigação das bactérias patogênicas e 
dos meios de destruí-las ou de impedir sua multiplicação. Ele constatou que os líquidos sem germes 
se conservavam livres deles quando devidamente protegidos de contaminação veiculada pelo ar, 
por insetos ou por outros meios. Descobriu o princípio da pasteurização em 1865: os micróbios que 
causam a transformação do vinho em vinagre podiam ser mortos por meio de várias aplicações de calor, 
em temperaturas que causavam danos ao vinho. A convite do governo francês, em 1865, estudou e 
identificou os agentes etiológicos e os meios para combatê-los da praga que prejudicava seriamente a 
indústria nacional do bicho-da-seda, sendo, portanto, um precursor da colaboração ciência-indústria. 
Desenvolveu a vacina antirrábica, cuja aplicação permitiu salvar as pessoas mordidas por cães raivosos, 
até então irremediavelmente condenadas à morte.
Os trabalhos de Pasteur, seguidos pelos de Robert Koch (1843–1910) e de outros microbiologistas, 
criaram a impressão de que as doenças poderiam ser explicadas por uma única causa, o agente 
etiológico, o que passou para a história como a Teoria dos Germes. As pesquisas em Epidemiologia 
passaram a ter um forte componente laboratorial, pois parecia evidente que a busca de agentes 
para explicar as doenças substituía, com vantagens, a Teoria dos Miasmas, constituindo uma linha 
promissora de investigação etiológica. Além disso, trazia para o raciocínio causal uma precisão não 
encontrada nas teorias anteriores, seja qual for a comprovação laboratorial da presença de um agente 
(ROUQUAYROL, 2003).
1.4 A primeira metade do século XX
1.4.1 Influência da microbiologia
A revolução representada pelo desenvolvimento da bacteriologia, na segunda metade do século XIX, 
influenciou profundamente as primeiras décadas do século XX, causando uma substancial reorientação 
do pensamento médico, pois alterou os conceitos de doença e contágio. Comprovou-se que seres 
microscópicos, dotados de características especiais, detalhadamente descritas, desempenhavam 
papel predominante na gênese de muitas doenças. A clínica e a patologia tornaram-se subordinadas 
ao laboratório, que ditava também padrões para a higiene e para a legislação sanitária. Nas escolas 
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de saúde pública, tradicionais pontos de formação de sanitaristas, o ensino concentrava-se também 
no laboratório. Fundaram-se institutos de pesquisa aplicada em praticamente todo o mundo, nos 
moldes do Instituto Pasteur de Paris, criado para facilitar as investigações do pesquisador francês e 
de seus discípulos.
1.4.2 Oswaldo Cruz e a Escola de Manguinhos
Oswaldo Cruz (1872–1917), o renomado sanitarista brasileiro, estudou no Instituto Pasteur em 
Paris e, no seu retorno ao Brasil, fundou, no início do século, em Manguinhos, no Rio de Janeiro, 
o Instituto que hoje tem seu nome, reproduzindo o modelo de sucesso de então e que também se 
tornou, com o passar do tempo, um dos poucos exemplos de longevidade de instituições de pesquisa 
na América Latina.
Além de criar o Instituto, Oswaldo Cruz empreendeu vitoriosa campanha contra a febre amarela 
no Rio de Janeiro e combateu a peste e a varíola, com grande competência técnica, o que lhe valeu 
ser reconhecido como um dos grandes vultos da saúde pública brasileira. Entre os que se destacaram 
no Instituto Oswaldo Cruz, Carlos Chagas (1879–1934) descreveu a doença individualizada com 
características e propriedades inerentes à patologia que leva o seu nome. A descoberta ocorreu em 
1909, em Lassance, Minas Gerais, quando lá esteve para colaborar no combate a um surto de malária 
que dificultava a construção da estrada de ferro local. Também fez parte do grupo de Manguinhos 
o protozoologista Adolfo Lutz (1855–1940), que havia deixado sua posição de diretor do Instituto 
Bacteriológico, em São Paulo, em que trabalhara no controle da febre amarela e de outras endemias, 
ao lado de outro grande sanitarista, Emílio Ribas (1862–1925). Muitas obras públicas no país foram 
facilitadas graças à açãodireta dos técnicos do Instituto Oswaldo Cruz, indicando as medidas saneadoras 
preventivas que deviam ser tomadas ou, indiretamente, em consequência do treinamento que o Instituto 
promovia e das descobertas científicas que ali aconteciam (CHAGAS, 1981).
1.4.3 Desdobramento da Teoria dos Germes
Da virada do século até o fim da Segunda Guerra, a Epidemiologia estava intrinsecamente ligada 
à saúde pública que, por sua vez, se constituía como uma especialidade médica. Esta Epidemiologia 
visava a entender, prevenir e controlar as doenças infecciosas, dentro de um modelo centrado no 
laboratório de microbiologia, na Teoria dos Germes. Neste caso, a Epidemiologia complementava o 
conhecimento produzido em laboratório. As conclusões a partir de modelos animais das experiências 
laboratoriais não podiam sempre ser consideradas válidas para o homem. Era preciso que se produzissem 
evidências em humanos. Ao mesmo tempo, os modelos laboratoriais não podiam reproduzir diversos 
aspectos da experiência real das comunidades. Assim, as evidências coletadas em populações humanas 
complementavam o conhecimento laboratorial (PENNA,1997).
Os grandes avanços da Bacteriologia fizeram com que, nas primeiras décadas do século XX, os 
caminhos da prevenção se fortalecessem através da identificação de agentes etiológicos e dos meios de 
combater sua ação mórbida, mediante o aumento da resistência específica do organismo humano, com 
o uso das imunizações e da promoção do saneamento ambiental.
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EPIDEMIOLOGIA E SAÚDE PÚBLICA
1.4.4 Saneamento ambiental, vetores e reservatórios de agentes
Nos séculos XVIII e XIX, os sanitaristas lutavam pela ampliação do saneamento ambiental, como 
forma de enfrentar as doenças contagiosas. Na urbanização das cidades, os médicos eram ouvidos e 
aconselhavam a construção de avenidas largas, para facilitar a ventilação e combater os miasmas. A 
urbanização do centro da cidade do Rio de Janeiro, com a drenagem de pântanos e a demolição de 
morros, desde meados do século XIX, foi profundamente influenciada pelos profissionais de saúde que, 
na época, pertenciam a um grupo com visão miasmática das causas da doença. Mas as descobertas 
científicas fizeram com que o meio ambiente pudesse ser mais estudado, colocando em destaque o 
seu papel na transmissão, visto que ele fornece o substrato não só para grande número de agentes 
produtores de doenças, como para hospedeiros suscetíveis. 
O campo de investigação expandiu-se para incluir os vetores e os reservatórios de agentes, o que 
resultou no esclarecimento do ciclo dos parasitas, ampliando as possibilidades de prevenção. Como 
ilustração de investigações orientadas para esclarecer o papel dos mosquitos e outros vetores na 
etiologia das doenças infecciosas, empreendidas no final do século XIX e início do século XX, citam-se 
as realizadas pelo francês Alphonse Laveran (1845–1922) e pelo inglês Richard Ross (1857–1932) sobre 
a malária, as do inglês Patrick Manson (1844–1922) sobre filariose e esquistossomose, as do cubano 
Carlos Finlay (1833–1915) e do norte-americano Walter Reed (1851-1902) sobre febre amarela e as do 
brasileiro Carlos Chagas sobre a tripanossomíase americana, ou seja, a doença de Chagas.
1.4.5 Ecologia
O conhecimento sobre a transmissão das doenças fez com que a teoria centrada nos germes 
cedesse lugar a estudos sobre agente, hospedeiro e meio ambiente, sob a forma de modelos unificados, 
iniciando a fase atual, mais sofisticada, de explicação das doenças, baseada na multicausalidade. A 
saúde passa a ser mais compreendida e entendida como uma resposta adaptativa do homem ao meio 
ambiente que o circunda, e a doença, como um desequilíbrio desta adaptação, resultante de complexa 
interação de múltiplos fatores. “Os estados de saúde e doença são a expressão do sucesso ou do fracasso 
experimentado pelo organismo em seus esforços para responder adaptativamente a desafios ambientais” 
(RIBEIRO, 1997). A Epidemiologia, por sua preocupação com o estudo das doenças em relação a fatores 
ambientais, é, então, considerada como “ecologia médica” ou, em sentido amplo, “ecologia da saúde”.
1.4.6 Base de dados para a moderna Epidemiologia
A coleta sistemática de dados sobre as características das pessoas falecidas, em especial a causa mortis, 
permitiu o estabelecimento de um sistema moderno de informações, centralizado, útil para a detecção 
do aparecimento e do perfil de muitas doenças na comunidade. Assim, as chamadas “estatísticas vitais”, 
que incluem informações sobre nascimento e óbitos, tornaram-se uma fonte de dados para a qual se 
voltaram, e se voltam, com frequência cada vez maior, os profissionais de saúde, visando a aprimorar o 
conhecimento das condições de saúde da população. Sem este sistema oficial de registro, os dados de 
óbitos e nascimentos seriam pouco utilizados em saúde, já que para um interessado, isoladamente, seria 
praticamente impossível reunir tamanha quantidade de informação.
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Outros sistemas de informação sobre morbidade e fatores de risco foram inseridos em várias partes 
do mundo, de modo a funcionar como elemento de base para possibilitar o melhor conhecimento da 
saúde da população e para facilitar as investigações etiológicas.
1.5 A segunda metade do século XX
1.5.1 A ênfase das pesquisas
O século XX testemunhou a mudança do perfil de doenças predominantes, com a importância 
crescente das condições crônico-degenerativas como causas de morbidade e mortalidade. A Epidemiologia 
progride através da pesquisa sobre muitos temas, entre os quais: a determinação das condições de saúde 
da população – a busca sistemática de fatores antecedentes ao aparecimento de doenças, que possam ser 
rotulados como agentes ou fatores de risco; e a avaliação da utilidade e da segurança das intervenções 
propostas para alterar a incidência ou a evolução da doença, através de estudos controlados.
Determinação das condições de saúde da população
Os inquéritos de morbidade são exemplos de investigação sobre o estado de saúde da 
comunidade. Pesquisas desse tipo já haviam sido realizadas em épocas anteriores, mas somente 
foram empregadas em grande número e com maior nível de detalhamento na segunda metade 
do século XX. O mesmo se passou com os inquéritos de mortalidade, dos quais muitos exemplos 
podem ser encontrados na literatura de algumas décadas atrás, mas apenas a segunda metade 
do século testemunhou pesquisas dessa natureza, bem controladas e de grande porte, como as 
investigações interamericanas de mortalidade.
Investigações etiológicas
Quanto às pesquisas etiológicas, merecem destaque as que evidenciaram o papel da rubéola nas 
malformações congênitas e aquelas referentes ao cigarro na etiologia de afecções respiratórias e aos 
fatores de risco relacionados às coronariopatias. Para isso, foi necessário o aperfeiçoamento de estudos 
controlados, de cunho não experimental, quer prospectivos quer retrospectivos. Os estudos de coorte e 
de caso-controle têm sido os principais delineamentos para investigações etiológicas.
Avaliação de intervenções
A partir de meados do século XX, a avaliação de procedimentos preventivos e curativos, 
através de estudos populacionais controlados, teve maior espaço na literatura da Epidemiologia. 
São exemplos pioneiros as investigações experimentais levadas a efeito para verificara eficácia 
da estreptomicina no tratamento da tuberculose, da fluoretação da água na prevenção da cárie 
dentária e da vacina contra a poliomielite. Desde então, esta metodologia passou a ser amplamente 
usada, sendo exemplo do seu emprego a avaliação das intervenções adotadas para reduzir a 
prevalência de fatores de risco das doenças cardiovasculares (ALMEIDA FILHO, 1992).
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1.5.2 Situação atual
Para lidar com o complexo problema da multicausalidade na realização de estudos analíticos e 
afastar as numerosas variáveis confundidoras da interpretação de resultados, foi necessário imprimir 
grande complexidade ao arsenal analítico, de caráter estatístico, pouco acessível ao não especialista. 
Como consequência, são características marcantes da pesquisa epidemiológica do final do século XX o 
rigor metodológico, na tentativa de imprimir imparcialidade da verificação dos eventos; e a sofisticação 
do planejamento das investigações e da análise estatística, em computador.
Praticamente todos os agravos à saúde já foram ou estão sendo estudados através de investigações 
epidemiológicas. Nas pesquisas etiológicas, são analisados não só os fatores físicos e biológicos, de 
indiscutível predominância como foco de interesse nas pesquisas etiológicas, mas também, em número 
crescente, os fatores psicossociais. Os agentes microbiológicos e físicos não eram capazes de explicar 
todas as questões de etiologia e prognóstico. Isso fez com que os conceitos e técnicas de uso habitual em 
outras disciplinas, principalmente em Sociologia e Psicologia, começassem a ser utilizados e incorporados 
aos fundamentos e aos métodos da moderna Epidemiologia. A aproximação dessas disciplinas e a 
necessidade de melhor precisar as condições de aparecimento e evolução das doenças trouxeram, para a 
Epidemiologia, ênfase ainda maior em técnicas quantitativas; os inquéritos em amostras representativas 
e o uso de análises estatísticas multivariadas são exemplos. A evolução da técnica foi marcante na 
segunda metade do século XX, em grande parte devido às necessidades inerentes às investigações sobre 
os múltiplos fatores determinantes das doenças crônicas não transmissíveis (CONGRESSO BRASILEIRO 
DE EPIDEMIOLOGIA, 1990).
Parte importante da informação construída pela clínica é reutilizada em uma dimensão coletiva pela 
Epidemiologia, dados de mortalidade, morbidade, a presença nas populações de fatores considerados 
como de risco para adoecer constitui-se uma das fontes fundamentais de dados para o desenvolvimento 
de avaliações de diferentes ordens nos serviços de saúde. A realização destas avaliações, mais frequentes 
atualmente, tem tornado evidente que estas informações são fortemente influenciadas pela variabilidade, 
ou inconstância, na utilização dos processos tecnológicos de diagnóstico e terapêutica na apreensão 
de problemas de saúde aparentemente semelhantes, em específicos sistemas e serviços de saúde. Ou 
seja, um processo que, de início, partia do que parecia ser um uso instrumental de uma informação, 
apoiada em um conhecimento tomado como invariante, termina por evidenciar algumas dificuldades 
nos pressupostos que lhe davam garantia (NOVAES, 1996).
Constatar que aquilo que acontece no exercício cotidiano dos processos diagnósticos e terapêuticos 
nos serviços não adere exatamente aos preceitos científicos que supostamente o normatizam é motivo 
de permanente insatisfação para as várias áreas do conhecimento que têm os serviços de saúde como 
meio ou fim. Insatisfação esta mais acentuada do que aquela habitualmente encontrada nas sociedades 
contemporâneas, quando forçadas a constatar que a ciência e a tecnologia têm um grande poder de 
intervenção sobre o mundo real, mas não o controlam de forma absoluta, não são capazes de criar uma 
nova realidade, completamente racionalizada e sem qualquer tipo de perturbação. O desapontamento 
com os profissionais, com as tecnologias e também com os pacientes é geral, pois eles raramente se 
comportam como se acredita que deveriam, e é fácil compreender por que a frustração é maior, em 
especial na questão da saúde, da vida e da morte.
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1.5.3 Duas tendências da Epidemiologia atual
No último quarto do século XX, duas tendências, de contornos distintos, marcaram a moderna 
Epidemiologia: uma de natureza clínica e outra de cunho social.
Epidemiologia clínica
É o retorno da Epidemiologia ao ambiente estritamente clínico, com a característica de conhecer o local 
imediato em que o paciente vive, de modo a verificar as circunstâncias que possibilitam o aparecimento da 
doença. A prática clínica sempre foi dependente de informações epidemiológicas, essenciais para o diagnóstico 
e para a orientação do paciente. Os médicos foram os primeiros epidemiologistas, os primeiros que usaram 
a disciplina para a pesquisa etiológica ou para conferir uma visão mais abrangente, ou ecológica, à saúde. 
Mas, na década de 1970, surge algo diferente: um movimento também de médicos, de cunho metodológico, 
para utilizar a Epidemiologia e a estatística no ambiente clínico, de modo a trazer maior rigor científico à 
prática da Medicina, e que foi denominado Epidemiologia Clínica. Ele consiste na aplicação dos fundamentos 
epidemiológicos modernos ao diagnóstico clínico e ao cuidado direto com o paciente.
A Epidemiologia clínica recusa a experiência acumulada pela clínica por considerá-la não científica e, 
portanto, não moderna, e até certo ponto, recusa também o conhecimento produzido pela Epidemiologia 
retendo dela apenas os principais instrumentos e métodos de investigação. Ao se definir como “um modo de 
produzir e interpretar observações clínicas em medicina” (FLETCHER et al., 1982), ao mesmo tempo em que se 
coloca como “uma ciência relacionada com a contagem de eventos clínicos que utiliza o método epidemiológico 
para proceder a essa contagem e à sua análise” (FLETCHER et al., 1982), ela aparece como síntese entre dois 
campos de conhecimento, retendo de um o objeto e de outro, o método. Nesse processo de síntese, corre-se o 
risco de que se percam as “virtudes” de ambos (ALMEIDA FILHO, 1992).
É através da Epidemiologia que a Medicina pronuncia seu discurso sobre o social. Mas, ao abrir-
se para o social, a Epidemiologia fica sujeita a ser invadida por diferentes concepções vindas dele e 
apresentar diversos projetos de compreensão e intervenção nas dimensões sociais da saúde e da doença 
(MENDES-GONÇALVES, 1990).
A Clínica e a Epidemiologia surgem sob o provisório que marcará toda a época moderna. 
Tudo o que é sólido desmancha no ar, isto é, todos os valores, ideias, instituições, saberes 
estão em constante transformação. O abandono dessa cultura modernista, rica e vibrante, e o 
refúgio no individualismo são os traços mais característicos das duas últimas décadas e é aí 
que a Epidemiologia clínica surge como proposta de superação dos impasses da clínica e da 
Epidemiologia (BARATA,1996).
Epidemiologia social
Trata-se da contestação à visão clássica da Epidemiologia – criticada como reducionista, funcionalista 
ou positivista – e que passou a ser conhecida como “Epidemiologia social”. Foi o renascer do estudo da 
determinação social da doença. O seu intuito é o de procurar melhor entender a situação de saúde da 
população, em especial nas regiões subdesenvolvidas – oudos segmentos desfavorecidos da população, 
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mesmo das nações industrializadas – dentro de alguns postulados que são encontrados principalmente 
na Sociologia. Consequentemente, o seu objetivo tem sido o de produzir conhecimentos dentro de 
uma lógica até então pouco utilizada ou totalmente esquecida na Epidemiologia. A justificativa de 
semelhante enfoque advém da constatação de enormes desigualdades existentes na sociedade e que, 
enquanto esse contexto não for resolvido, a saúde dos grupos socialmente menos favorecidos sofrerá as 
consequências adversas: a alta prevalência de doenças evitáveis e a dificuldade de acesso aos serviços 
de saúde, quando sem necessidade deles (BARRETO, 1990).
A ideia de promover saúde tem se tornado uma força vital no novo movimento de saúde pública, 
no qual ela é concebida também como um fenômeno social, que diz respeito à qualidade de vida e 
ao capital social. Elementos de capital social tais como: confiança mútua, normas de reciprocidade 
ou solidariedade, e engajamento cívico aliados ao crescimento da Epidemiologia social são temas que 
poderão trazer novas perspectivas ao campo da saúde pública e da promoção de saúde.
As quatro últimas décadas têm mostrado um interesse crescente em entender como a sociedade 
e diferentes formas de organização social influenciam a saúde e o estado de bem-estar. O campo da 
Epidemiologia social traz o foco de atenção, antes voltado principalmente para os o fatores de risco para a 
saúde a fim de examinar, com mais profundidade, o contexto social em que eles acontecem. Podendo assim 
identificar e descrever as condições sociais que parecem influenciar o estado de saúde das populações, 
aspectos pouco abordados dentro da Epidemiologia tradicional (SOUZA; GRUNDY, 2004).
Exemplo de aplicação
Nos dias atuais, observamos a necessidade de discussões das relações entre Epidemiologia e Ciências 
Sociais na composição do campo da saúde pública.
Reflita como vêm sendo adaptadas categorias das Ciências Sociais pela Epidemiologia, disciplina que 
historicamente tem ocupado posição dominante na área da saúde coletiva.
1.5.4 História natural da doença
História natural da doença é o nome dado ao conjunto de processos interativos compreendendo 
as inter-relações do agente, do suscetível e do meio ambiente que afetam o processo global e seu 
desenvolvimento, desde as primeiras forças que criam o estímulo patológico no meio ambiente, ou em 
qualquer outro lugar, passando pela resposta do homem ao estímulo, até as alterações que levam a um 
defeito, invalidez, recuperação ou morte.
A história natural da doença, portanto, tem desenvolvimento em dois períodos sequenciados:
• Período epidemiológico ou pré-patogênico: em que acontece a interação homem versus ambiente.
• Período patológico ou de patogênese: são iniciadas as primeiras ações dos agentes patogênicos 
sobre o afetado (susceptível).
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O agente pode ser definido como todas as substâncias, elementos ou forças, cuja presença ou 
ausência pode, mediante contato efetivo com um hospedeiro suscetível, constituir estímulo para iniciar 
ou perpetuar um processo doença. 
• Infectividade: implica a capacidade de o agente etiológico se alojar e se multiplicar no organismo 
do hospedeiro, incluindo a transmissão para um novo hospedeiro.
O hospedeiro pode ser definido como organismos passíveis de abrigar ou sofrer influências dos 
fatores causais capazes de provocar agravos à sua saúde.
• Patogenicidade: é a capacidade de produzir sinais e sintomas em hospedeiro suscetível.
O ambiente pode ser biológico, nutricional, físico, químico, mecânico ou psicossocial.
1.5.5 Fatores determinantes da doença
• Endógenos: no quadro geral da ecologia da doença, são inerentes ao organismo e estabelecem a 
receptividade do indivíduo:
— herança genética;
— anatomia e fisiologia do organismo humano;
— estilo de vida.
• Exógenos: fatores determinantes que dizem respeito ao ambiente.
— Ambiente biológico: determinantes biológicos.
— Ambiente físico: determinantes físico-químicos.
• Ambiente social: determinantes socioculturais.
1.5.6 Prevenção
Bloquear ou interceptar as causas, com o objetivo de 
cessar os efeitos
Sendo um conjunto de procedimentos que visam 
proteger e melhorar a saúde de uma população e, 
portanto, sua qualidade de vida
Figura 1 
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Níveis de prevenção:
Conhecido como níveis de Leavell, o conceito de níveis de prevenção relata que as atividades dos 
médicos e de outros profissionais da saúde têm o objetivo da prevenção.
Quadro 1 
Estágio da doença Nível de prevenção Tipo de resposta
Pré-doença Prevenção primária Proteção da saúde e proteção específica
Doença latente Prevenção secundária Tratamento
Doença sintomática Prevenção terciária Limitação da incapacidade
No nível de prevenção primário, a maioria das doenças não infecciosas pode ser vista como 
tendo um estágio precoce, durante o qual os fatores causais iniciarão a produção das anormalidades 
fisiológicas. O objetivo, nesse momento, é modificar os fatores de risco (habitação, alimentação, 
estilo de vida). Aplicável também nas DCNTs (Doenças Crônicas não Transmissíveis): diabetes, 
arterioesclerose, anemias. 
Cabem na prevenção primária:
• Ações educativas: conjunto de ações que visam levar à comunidade conhecimentos essenciais 
relativos às ações de saúde (programas).
• Ações saneadoras: dirigidas diretamente aos componentes ambientais (controle sanitário de água 
e esgoto, alimentos, lixo, solo, vetores).
Proteção específica:
• imunização;
• saúde ocupacional;
• higiene pessoal e do lar;
• proteção contra acidente.
Promoção de saúde:
• moradia adequada;
• alimentação adequada;
• áreas de lazer;
• escolas.
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Unidade I
O nível de prevenção secundário é a evolução para o período patogênico e o fracasso das ações 
realizadas no nível primário, o diagnóstico precoce da fonte da doença neste nível é o principal recurso 
de prevenção, assim como a intervenção imediata.
O nível terciário de prevenção é o conjunto de ações desenvolvidas no período patogênico tardio, 
tendo como objetivo limitar a incapacitação deixada pela doença e promover a reabilitação do indivíduo 
de forma integral na sociedade.
Controle
Controle é o conjunto de medidas ou ações empregadas com o objetivo de reduzir a frequência da 
ocorrência da doença, já presente na população, até que essa se detenha em níveis compatíveis com a 
realidade existente.
Erradicação
Erradicação é o conjunto de ações dirigidas com fins específicos de eliminar uma doença de um 
determinado território. 
É um procedimento radical e intensivo, o sucesso depende da integração envolvendo

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