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Apostila de Handebol

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CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ
APOSTILA I- ENSINO DO HANDEBOL 
HISTÓRICO
A bola é, sem dúvida, um dos instrumentos desportivos mais antigos do mundo e vem cativando o homem há milênios. O jogo de “Ucrânia”, praticado na antiga Grécia com uma bola do tamanho de uma maçã, usando as mãos, mas sem balizas, citado por Homero na Odisséia. Também os romanos, segundo Cláudio Galero (130-200 DC).
Mesmo durante a Idade Média, eram os jogos com bola praticados como lazer por rapazes e moças. Na França, Rebelais (1494-1533) citava uma espécie de handebol (“esperes jouaiant... à balle, à la paume”).
Em meados do século passado (1848), o professor dinamarquês Holger Nielsen criou no Instituto de Ortrup, um jogo denominado “Haaddbold” determinando suas regras. Na mesma época os thecos conheciam jogo semelhante denominado “Hazena”. Fala-se também de um jogo similar na Irlanda, e no “Salon” do uruguaio Gualberto Valetta, como percursor do handebol.
Todavia o handebol como se joga hoje, foi introduzido na última década do século passado, na Alemanha, como “Raftball”. Quem levou para o campo, em 1912, foi o alemão Hirschmann, então secretário da Federação Internacional de Futebol. O período da Iª guerra (1915 à 1918) foi decisivo para o desenvolvimento do jogo, quando o professor de ginástica berlinense Max Heiser, criou o jogo ao ar livre para as operárias da fábrica Siemens, derivado do “Torball” e quando os homens começaram a praticá-lo o campo foi aumentado para as medidas do futebol.
Em 1919, o Professor alemão Karl Schelenz, reformulou o “Torball”, alterando seu nome para “Handball” com as regras publicadas pela federação alemã de ginástica para o jogo com 11 jogadores. Schelenz levou o jogo como competitivo para a Áustria, Suíça além da Alemanha. Em 1920 o Diretor da Escola de Educação Física da Alemanha tornou o jogo como desporto oficial. Cinco anos mais tarde, Alemanha e Áustria fizeram o 1º jogo internacional, com vitória dos austríacos por 6 X 3.
Na reunião de agosto de 1927 o Comitê de Handebol da IAAF adotaram as regras alemãs como as oficiais motivando a que na 25ª sessão do Comitê Olímpico Internacional, realizado no mesmo ano, fosse pedida a inclusão do handebol no programa olímpico. Como crescia o número de países praticantes o caminho foi a independência da IAAF, o que aconteceu no dia 4 de Agosto de 1928, no Congresso de Amsterdam, quando 11 países escolheram o americano Avery Brudage como membro da presidência da FIHA. 
O COI então decidiu em 1934 que o handebol seria incluído nas olimpíadas de Berlim de 1936, o que realmente aconteceu com a participação de 6 dos 26 países então filiados, com a Alemanha vencendo a Áustria no jogo final por 10-6, perante 100.000 pessoas no Olympia Stadium de Berlim, para agrado do “Fuhrer” Adolf Hitler que o incentivava por ser um desporto “ariano”. Dois anos mais tarde também na Alemanha foi disputado o primeiro campeonato mundial, tanto no campo (8 participantes) como no de salão (apenas 4 concorrentes). Durante a Segunda Grande Guerra o handebol deixou de ser praticado principalmente na Alemanha, a não ser no período de 1943 a 1946 por força dos bombardeios dos aliados. Os alemães durante a Guerra realizaram oito jogos internacionais de campo e três de salão, perdendo uma partida em cada terreno, para a Hungria no campo e para a Suécia no salão. Tão logo terminou a Guerra Mundial, os dirigentes de handebol reuniram-se em Copenhague e fundaram a atual Federação Internacional, com sede na Suíça sob a presidência do sueco Costa Bjork. Em 1950 a sede da IHF mudou-se para Basiléia, na Suíça. Mesmo sem a participação dos alemães, criadores do jogo, os campeonatos mundiais foram reiniciados no campo em 1948 (para homens) em 1949 (para mulheres). No salão, já com os alemães, os certames foram reiniciados em 1954.
Por razões climáticas, falta de espaço pela preferência do futebol e pelo reconhecimento de que era mais veloz, o handebol de salão passou a Ter a preferência do público e a modalidade se impôs, a ponto de ser suspensa a realização de campeonatos mundiais de campo, desde 1966.
Hoje, o handebol leva multidões aos ginásios principalmente na Europa onde os grandes astros são bem pagos e reconhecidos. O handebol vem realizando a cada quatro anos seus campeonatos mundiais e olímpicos, estes desde 1972 no masculino e desde 1976 no feminino.
Rússia, Iugoslávia, Alemanha, Suécia, Dinamarca, Hungria, Romênia e Espanha são destaques na Europa. Nos outros continentes a Coréia, Japão (Ásia), Argélia e Tunísia (África), Cuba e Brasil (América) tem obtido melhores resultados em ambos os sexos.
O Handebol no Brasil
O handebol no Brasil surgiu através de fundadores estrangeiros integrantes de clubes brasileiros, principalmente israelitas e alemães que por volta de 1.930/32 iniciaram a prática do “Handebol de Campo”.
Com o surgimento do handebol de salão o de campo deixou de existir.
Apesar de não se ter dados concretos e mais detalhados, sugerimos que o surgimento do handebol no Brasil aconteceu entre os anos 50/52.
O Handebol teve seu grande impulso nos I Jogos Estudantis Brasileiros, sob o patrocínio do MEC/DED. Os paulistas tiveram a hegemonia da modalidade até por volta de 1.973, e a partir daí outros estados começaram a surgir com destaque, caso específico de Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul.
Em 1.954 o Handebol no Brasil, teve um grande impulso, dado pelo professor Auguste Listello no Curso Internacional.
Em 1.972 o handebol masculino foi incluído nos Jogos Olímpicos em Munique.
Em 1.976 foi a vez de o Handebol Feminino ser incluído nos Jogos Olímpicos.
Em 01/06/79 foi fundada a CBHb (Confederação Brasileira de Handebol).
DIVISÃO DO HANDEBOL
O quadro 1 apresenta as fases ou a divisão elementar técnica e tática do handebol, que deverá ser desenvolvido no ataque e na defesa na escola, na iniciação e até na formação do futuro jogador, preparando-o para a competição. São técnicas e ações táticas básicas para o desenvolvimento do jogo de handebol.
QUADRO 1 - DIVISÃO DO HANDEBOL
	
	DIVISÃO
DO HANDEBOL
	
	
	
	
	
	TÉCNICA
	
	TÁTICA
	
	
	
	
	
	
	
	
	ATAQUE
	
	DEFESA
	
	ATAQUE
	
	DEFESA
	
	
	
	
	
	
	Recepção
	
	
	Posição
	
	
	5 x 1
	
	
	Individual
	
	
	
	
	
	Básica
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Passe
	
	
	Desloca-
	
	
	4 x 2
	
	
	Por
	
	
	
	
	
	mento
	
	
	
	
	
	Zona
	
	
	
	
	
	Arremesso
	
	
	Bloqueio
	
	
	
	
	
	Combinada
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Drible
	
	
	Marcação
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Finta
	
	
	
	
	
	
	Cinco
	
	
	Passos
OBSERVAÇÕES (quadro 1)
A - Para que o jogador consiga render com eficiência no jogo, cada técnica deve ser trabalhada e ensinada tendo como base a biomecânica do gesto ou seja, ensinar observando-se a alavanca ideal que deve ser utilizada para uma melhor execução e aproveitamento de cada técnica a ser ensinada.
B - As ações táticas coletivas são movimentos onde se exige a participação de mais que um jogador, assim, numa ação o elemento deve ter grande capacidade de visão e percepção para que as decisões a serem tomadas sejam sempre aquelas que possibilitam a finalização positiva. O jogador de posse de bola, durante uma ação, deve perceber e visualizar sempre o companheiro melhor posicionado e livre de marcação, para que o ataque ocorra com sucesso.
C - O jogador deve conhecer todas as ações técnicas e táticas do jogo, além da função que exercerá no sistema de jogo que está sendo utilizado no momento. Para que a equipe consiga finalizar com sucesso, há necessidade que o jogador cumpra as ações exigidas em cada sistema obedecendo (disciplina tática) os padrões de cada ação.
O jogador poderá em determinados momentos individualizar uma ação, saindo dos padrões estabelecidos, mas não deverá exagerar na individualidade.
CONCEITOS E IMPORTÂNCIA
TÉCNICA - é o conjunto de gestos específicos do handebol, utilizados para o desenvolvimento do jogo. São gestos ou movimentos que o jogador utiliza para a prática do jogo de handebol. As técnicas do handebol, são os considerados movimentos básicos: correr,saltar, lançar, etc.
É a maneira ou habilidade de executar algo. 
TÁTICA - são as ações conjuntas ou individuais que se realizam para se obter um resultado positivo, na luta com o adversário.
POSIÇÃO BÁSICA – É a posição que o jogador assume e quando já está pronto e preparado para executar a técnica.
POSIÇÃO ESPECÍFICA – É a área de jogo correspondente à posição de atuação de cada jogador.
RECEPÇÃO - é a ação específica de receber, amortecer e reter a bola de forma adequada nas diferentes posições e situações em que o jogador for solicitado.
PASSE - é a ação de enviar e dirigir a bola ao companheiro, de forma correta, para facilitar a próxima ação. O passe e a recepção são técnicas utilizadas pelos jogadores na preparação da finalização, ou seja, na colocação de um companheiro em condições favoráveis de arremessar a bola em direção ao gol adversário.
ARREMESSO - é a ação de enviar a bola em direção ao gol adversário, aplicando um forte impulso (força) na mesma, para dificultar a ação do goleiro, procurando que ela adentre ao gol, tendo como objetivo, assim, a marcação de um gol.
PROGRESSÃO - é a ação de deslocar-se na quadra, movimentando-se de um lugar a outro, de posse da bola, obedecendo as regras do jogo no que diz respeito ao manejo da bola. 
DRIBLE - é a ação de impulsionar e dirigir a bola em direção ao solo, uma ou mais vezes, sem perder o controle da mesma. O drible serve para progredir na quadra ou reter a bola em situação especial.
FINTA - é a ação que o jogador realiza, de posse de bola, para dirigir os movimentos do defensor numa direção falsa, desviando a sua atenção da própria real intenção, causando-lhe o desequilíbrio. A finta tem como objetivo enganar e passar pelo adversário além de desorganizar a defesa.
POSIÇÃO BÁSICA DEFENSIVA - é a postura ideal que devem adotar os jogadores, posicionando-se para intervir com rapidez na próxima ação defensiva. O objetivo é buscar a posição ideal para intervir com equilíbrio e velocidade.
DESLOCAMENTO DEFENSIVO - é a ação de mudar de um lugar para outro, na zona de defesa, buscando um melhor posicionamento defensivo. Tem como objetivo acompanhar a trajetória da bola e posicionando-se entre o adversário (seu correspondente) e o gol.
BLOQUEIO DEFENSIVO - é o gesto que permite cortar a trajetória da bola, após ser lançada, pelo adversário, em direção ao gol, além de evitar, em alguns casos, o próprio lançamento.
MARCAÇÃO - é a ação de fixar o adversário com o fim de neutralizar seus movimentos, gestos ou jogadas, evitando assim que penetre ou lance a bola em direção ao gol.
GOLEIRO – é o responsável pela defesa da baliza, tendo a responsabilidade de evitar que a bola penetre na mesma, após passar pela defesa.
CRUZAMENTO – é a ação realizada entre dois ou mais jogadores para inverter (trocar) suas posições de ataque.
BLOQUEIO OFENSIVO – é a ação realizada por um jogador para impedir e evitar o deslocamento do defensor em direção ao atacante de posse de bola, ou o que deverá receber.
CONTRA ATAQUE – é a ação realizada por um ou mais jogadores para passar com rapidez da defesa para o ataque. É a maneira mais rápida para se chegar ao gol adversário.
DESENVOLVIMENTO DO JOGO
O handebol é um esporte, cuja característica principal é a velocidade. É jogado em uma quadra retangular medindo 40 X 20 metros sendo a bola manejada com as mãos cujo objetivo principal do jogo, consiste na marcação de gols através do arremesso.
O handebol é entre os esportes coletivos o mais fácil e um dos que oferece maior conteúdo físico. O mais fácil porque não oferece dificuldade na execução de seus movimentos básicos: correr, saltar e lançar; pela rapidez com que é compreendido pelos principiantes; por que pode ser jogado de improviso despertando maior atenção entre as crianças, dada a facilidade em executar as mais variadas formas de lançamento e jogadas.
NO ATAQUE:
OBJETIVO DA EQUIPE: O principal objetivo do jogo de handebol no ataque é conseguir a marcação de gols.
COMO CONSEGUIR O GOL: O gol é conseguido através da técnica individual arremesso.
PARA ARREMESSAR: O arremesso é efetuado por um dos componentes da equipe, no ataque que está em melhores condições ou livre de marcação.
COMO FICAR LIVRE: Para um jogador ficar livre, ou em situação favorável para arremessar, a equipe deve preparar esta situação utilizando as técnicas (Passe/recepção, drible). Em primeiro plano, o jogador poderá conseguir o arremesso utilizando as táticas individuais para superar seu opositor e arremessar, em situação de superioridade numérica, onde o beneficiado é o próprio jogador. 
Por ação da defesa, que evitou a situação anterior, a equipe deverá buscar outros recursos para conseguir a superioridade numérica que envolverá as ações táticas coletivas, no jogo organizado, onde o beneficiado será o companheiro.
ORGANIZAR: O jogo de ataque só poderá levar ao objetivo se a equipe executar todas as ações, individuais ou coletivas, de forma organizada ou seja, distribuindo seus atacantes e para cada jogador ter um função no ataque.
NA DEFESA:
OBJETIVO: A equipe, atuando na defesa, tem como objetivo principal evitar deixar espaços ou que o adversário fique livre para arremessar.
FICAR LIVRE: Durante a preparação da finalização da equipe adversária, o defensor deverá evitar que os mesmos fiquem livre (em situação favorável) para arremessar evitando o gol
EVITAR O GOL: Quando o atacante procura o espaço livre, através de ação tática individual, o defensor deverá combater também com ações táticas individuais, que são o bloqueio e marcação.
Na impossibilidade de conseguir a oposição necessária, por mérito do atacante, há necessidade da ajuda dos companheiros para cobrir os espaços, sendo utilizado para isso as táticas coletivas dentro da organização da equipe.
ORGANIZAR: A melhor maneira de combater de forma eficiente o ataque adversário será distribuindo os defensores para atuarem em posições específicas onde conseguem o melhor resultado, aplicando assim, os sistemas de defesa.
ATIVIDADES BÁSICAS DE INICIAÇÃO
 
São atividades que deverão ser desenvolvidas na primeira fase escolar, período em que a criança não domina nenhum ou quase nenhum tipo de movimento.
Nesta fase devemos preparar a criança para aprender futuramente as técnicas do handebol com mais facilidade. Deverá ser desenvolvido todo o tipo básico de movimentos possíveis, assim no futuro quando for solicitado numa situação de dificuldade terá todo domínio de movimento para colocar em prática e modificar qualquer situação desfavorável. O handebol é um desporto rico em movimentos, reunindo as três categorias de movimento fundamentais:
Locomoção: Correr, andar, saltar...
Manipulação: arremessar, receber, rebater..
Estabilizadores: Equilíbrios estáticos e dinâmicos.
O atleta de handebol tem como principais características físicas a velocidade explosiva e a força explosiva.
A criança terá facilidade em jogar handebol quando dominar com naturalidade os movimentos fundamentais, pois poderá reuni-lo para forma as habilidades especificas do esporte: deslocamentos, saltos, manejo de bola e domínio de corpo.
Segundo BORSARI et alii, os objetivos específicos a serem atingidos no domínio motor deve ser observado nas várias faixas etárias. 
· 3 e 4 anos, os movimentos são rudimentares e a criança tem dificuldade de trabalhar em grupo. Porém tem a disposição de realizar todos os movimentos que são apresentados.
· 5 e 6 anos, o movimento melhora de acordo com a quantidade e com a variabilidade de situações que são realizados e com um ambiente favorável. 
· 7 e 8 anos, a coordenação grossa e agilidade simples estão quase completa. O trabalho em grupo começa a se estruturar. Não há diferenças (capacidades físicas e motoras) entre os sexos. 
· 9 e 10 anos, a coordenação grossa e agilidade simples esta completa, a prática natural das formas dinâmicas da movimentação, deslocamentos, mudanças de direção, ritmos, giros, saltos com e sem elementos. Utilização correta dos fundamentos, em função do seu deslocamento em campo,dos colegas e adversários e em situações de jogos. 
· 11 e 12 anos, enfrenta dificuldades de melhora da coordenação fina por estar em fazer de transformação corporal e emocional (adolescência e puberdade).
· 13 e 14 anos, tem bom domínio sobre os fundamentos. Aplicar coletivamente a técnica com proveito tático nos jogos. Começa a desenvolver mais força e velocidade. Grande aumento e grande depressão da imagem corporal, conseqüentemente o aluno pode ser o centro das atenções ou abandonar o esporte.
· 15 a 17 anos localizar-se em espaços adequados taticamente nos jogos coletivos. Aplicar os fundamentos técnicos com refinamento. Sabe utilizar suas características físicas e táticas frente a situações criadas em jogo.
Para TANI et alli (1988), o desenvolvimento motor é um processo contínuo e demorado e, pelo fato das mudanças bem mais acentuadas ocorrerem nos primeiros anos de vida, existe a tendência em se considerar o estudo do desenvolvimento motor como sendo apenas o estudo da criança. Segundo LE BULCH (1983) a criança passa por grandes fases do desenvolvimento motor. O desenvolvimento motor depende da criação de um ambiente que possibilite uma grande variabilidade de vivencias motora em contextos harmônicos, motivadores e desafiadores. Onde o professor deve juntamente como o aluno criar este ambiente.
A “construção” de um talento esportivo pode ser dividida em quatro fases (KREBS, 1992). A primeira é a de estimulação, onde criança deve vivenciar várias habilidades de forma lúdica e não há erros de execução, a forma de executar o movimento é considerada uma forma de percebê-lo. A segunda é a de aprendizagem onde os movimentos são pré-determidados, mas podem ser adaptadas as dificuldades dos alunos, e este deve passar por todas as funções do jogo. A terceira é a de prática onde o movimento deve estar totalmente automatizado, existe somente uma resposta correta a um estimulo externo. E a quarta é a de especialização onde o aluno deve ter a dedicação exclusiva ao esporte, com suas ações diárias totalmente voltadas para o esporte, com acompanhamento médico especializado, odontológico, nutricional e psicológico. Suas ações não podem ser iguais de uma pessoa não atleta. O atleta profissional é aquele que não fuma, não consome bebidas alcoólicas, dorme cedo, tem uma alimentação balanceada e não toma remédios sem supervisão de seu médico. 
É preciso cuidar da criança para que não leve nenhum ressentimento da infância quando se tornar adulta, em relação aos treinamentos. Por isso, o seu preparo deverá ser gradativo e respeitada a sua lei de crescimento físico e psíquico. Deve-se dosar o trabalho para não exagerar e não diminuir sua aplicação, pois assim, estaremos impedindo o seu desenvolvimento natural.
 
HABILIDADES MOTORAS BÁSICAS RELACIONADAS AO HANDEBOL
 
 
DESLOCAMENTO
 
CONCEITO
É a ação de mudar de um lugar a outro em todas direções (lateral, para frente, para trás, etc.).
 
OBJETIVO
O trabalho ou atividade que será desenvolvida deverá fazer com que a criança consiga:
* Dominar os vários tipos de deslocamentos com facilidade e naturalidade;
* Dominar os deslocamentos em todas as direções possíveis e previsíveis;
* Dominar o deslocamento combinando com a troca de ritmo (aumentar e diminuir a velocidade);
* Ter facilitado o aprendizado das técnicas onde o deslocamento deverá estar presente;
* Dominar a troca de direção;
* Melhorar a coordenação geral
 
FORMAS DE TRABALHO
* Exercícios livres
* Exercícios criados pela própria criança;
* Exercícios orientados (dirigidos);
* Jogos recreativos.
 
 
ATIVIDADES
As atividades, para as crianças em idade escolar que corresponde ao 1º e 2 º ano do Nível Fundamental, deverão serem voltadas para a imitação de animais (sapo, canguru, caranguejo, etc.), por serem de fácil compreensão e identificação com a idade, sendo a motivação o fator primordial.
Após este trabalho deverão ser incluídos atividades, de forma progressiva, de deslocar-se através de exercícios recreativos, criativos e orientados em todas as direções (ziguezague, para frente, para trás, para lateral direita e esquerda, em diagonal, etc.), procurando também a variação de ritmo (aumentar e diminuir a velocidade do deslocamento) e as trocas de direção.
Devemos fazer com que a criança inicie o exercícios partindo de várias formas e posições (em pé, deitado, sentado, agachado, de joelho, etc.), procurando também sempre iniciar com perna diferente (direita, esquerda e duas pernas).
 
EXEMPLOS
 
* Corrida de frente,
* Corrida de costas;
* Deslocamento lateral (direita e esquerda);
* Deslocamento lateral com giros;
* Combinação de frente e lateral;
* Combinação lateral e costas;
* Deslocamento deslizante para frente e para trás;
* Corrida de frente - sentar - corrida de frente;
* Corrida de frente - deitar - corrida lateral;
* Corridas em todas direções alternando o ritmo a cada comando;
* Corrida em todas as direções mudando a direção a cada comando;
* Corrida em ziguezague;
* Contornar obstáculo ou companheiro.
 
Obs. Devemos procurar, ao máximo, todas as variações e combinações de atividades relacionadas ao deslocamento.
 
SALTOS
 
CONCEITO
É a ação de colocar o corpo no ar através da impulsão de uma ou duas pernas e em várias direções.
 
OBJETIVO
* Preparar a criança para executar o salto adequadamente em cada técnica que o exija;
* Dominar o salto com impulsão na perna direita, esquerda e nas duas;
* Dominar o salto em todas as direções (para cima, para frente, para a lateral);
* Dominar a combinação deslocamento e salto com impulsão nas duas pernas, na esquerda e na direita;
* Coordenação geral de movimentos.
 
FORMAS DE TRABALHO
* Exercícios livres;
* Exercícios criados pelo executor;
* Exercícios orientados;
* Jogos recreativos.
 
 
ATIVIDADES
A criança deverá ter uma grande quantidade de variações possíveis relacionadas ao salto.
Devemos enriquecer ao máximo as opções de salto da criança. 
É fundamental desenvolver, durante as atividades, a lateralidade.
 
* Trabalhar o salto em todas as direções (para frente, para trás, para lateral direita e esquerda, em diagonal, em ziguezague);
* Iniciar com impulsão na direita, na esquerda e nas duas:
* Variação da queda após o salto (na direita, esquerda, duas);
* Salto na horizontal;
* Salto na vertical;
* Salto com pernas alternadas;
* Salto sobre obstáculos;
* Salto com mudança de direção;
* Combinação de salto horizontal e vertical;
* Combinar impulsão esquerda - direita - duas;
* Combinar com mudança de direção;
* Combinar outras atividades.
* Utilizar corda, banco, bastão, plinto, etc.
DOMÍNIO DE CORPO E BOLA
 
CONCEITO
É o domínio coordenado dos movimentos desde o momento em que se tem o contato com a bola até sua soltura.
As atividades trabalhadas, tem a finalidade de desenvolver a destreza: capacidade de fazer movimentos com facilidade, com e sem bola.
É uma atividade básica que deverá ser desenvolvida antes da iniciação das técnicas específicas do handebol.
 
OBJETIVOS 
* Destreza no domínio de bola
* Destreza no domínio de corpo
* Equilíbrio nos movimentos
* Domínio nas trocas de ritmo nos movimentos com e sem bola.
* Facilidade para trocar o tipo de gesto com bola.
* Coordenação geral
* Facilitar o aprendizado das técnicas do handebol, pelo domínio de bola e corpo, havendo incidência direta sobre o deslocamento com bola, nos passes, nos arremessos, nas fintas, no drible, etc.
* Dar condições para que a criança seja capaz de executar várias formas de lançamento;
* Oportunizar a criança para que execute lançamentos em todas as direções;
* Fazer com que a criança consiga lançar a bola a partir de 1, 2 ou 3 passos, com ou sem bola e com impulsão na perna direita, esquerda e nas duas;
* Executar lançamento com a mão direita, esquerda e com as duas;
 
FORMAS DE TRABALHO
Exercícios Orientados
São exercícios organizados de forma crescente, de acordo com seu grau de dificuldade. Os movimentos mais complexos são apresentadossob forma de progressão metódica detalhada.
Jogos Recreativos
São jogos organizados de forma a motivar a criança a ter gosto pela atividade. O grau de interesse da criança está diretamente ligado à motivação dos jogos apresentados.
 
ATIVIDADES
* Lançar e apanhar a bola parado, em movimento, com uma e com duas mãos.
* Quicar a bola parado, em movimento, com uma e com duas mãos.
* Passar a bola ao redor do corpo, da cabeça, das pernas.
* Rolar a bola
* Lançar a bola de uma para a outra mão.
* Bola ao túnel.
* Revezamento, etc.
* Combinar deslocamento com bola;
* Combinar salto com a bola;
* Combinar salto/deslocamento com bola.
 
 
TÉCNICAS (FUNDAMENTOS) DO HANDEBOL
 
CONCEITO
São gestos específicos do Handebol, utilizados para o desenvolvimento do jogo tanto no ataque como na defesa.
É a totalidade de gestos motores que, respeitando o regulamento de jogo com relação ao manejo de bola e ao comportamento dos jogadores permitem alcançar o objetivo de máximo rendimento no jogo (Werner Vick).
Técnicas são meios para se chegar a um fim (Letzelter).
Para a prática de um esporte é preciso dispor de um mínimo de habilidades técnicas inerentes ao jogo (Horst Kasler).
 
Os fatores que limitam a realização de um gesto técnico são:
A - Coordenação neuro muscular
B - Percepção
C - Biótipo do jogador
D - Biomecânica do gesto
E - Formação física geral
F - Capacidade psíquica (concentração)
G - Regras do esporte em questão
H - O meio ambiente.
 
Um dos fatores mais importantes que deve ser observado quando se ensina uma técnica, é a maneira correta do posicionamento básico e execução para que haja um melhor aproveitamento da mesma. Para isso se deve fazer uma análise de movimento que envolve a técnica baseando-se na biomecânica, aplicando adequadamente durante a aprendizagem. O desenvolvimento adequada de cada técnica terá influencia direta nas ações táticas individuais e coletivas.
 
PASSE
 
CONCEITO
 
É a maneira de enviar e dirigir a bola ao companheiro, de forma correta, com a finalidade de facilitar a continuidade do jogo. O passe, junto com a recepção, é considerado como elemento fundamental na preparação da finalização (ação de colocar um atacante em condições favoráveis para o arremesso a gol). É o elemento básico na preparação da finalização ou na condução da bola entre os companheiros. De acordo com MECHIA (1981), “O passe é o elemento básico de toda construção de jogo, é através dele que a bola chega ao companheiro para que daí se comece a preparação do ataque”.
PRINCÍPIOS TÉCNICOS A SEREM SEGUIDOS
A - Para efetuar um passe, o jogador deve procurar e enviar a bola ao companheiro melhor colocado e, consequentemente preparado para a recepção. O jogador que vai receber a bola deve se apresentar em situação favorável (procurar desmarcar-se).
B - A força a ser aplicada no passe deve se adequar sempre em função da distância do companheiro, tipo de passe e situação de jogo.
C - Quando houver um adversário próximo, se deve imprimir uma maior velocidade no passe, evitando-se assim, a interceptação pelo mesmo.
D - O jogador responsável pelo passe deve, sempre que possível, utilizar os três passos para evitar precipitação no momento da soltura da bola (tempo para observar o adversário).
E - O jogador que passa deve imaginar a futura posição do jogador que vai receber a bola, em função do mesmo estar em deslocamento, para não obrigá-lo a modificar sua trajetória de deslocamento.
F - Evitar os passes de execução arriscada em situação desfavorável.
G - O jogador deve retardar o passe, dando um tempo no braço, para se ter visão de jogo, observando o companheiro e adversário.
H - Quando o defensor agarrar ou segurar o braço do atacante, este deve manter a posse de bola para não cometer erro de passe, caso o árbitro não assinale a falta.
I - Utilizar a trajetória picada, principalmente para os pontas e pivôs quando o adversário está posicionado na linha da bola.
J - O passe deve ser feito com precisão e segurança.
 
 
DIVISÃO EM FUNÇÃO DA TRAJETÓRIA DA BOLA
 
A - Direta
São as bolas passadas ao companheiro cuja trajetória descreve uma linha reta em direção a quem recebe. É o tipo de trajetória que possibilita imprimir maior velocidade na bola.
B - Picada
São bolas que, ao ser passada, toca no solo antes da recepção pelo companheiro, dificultando a interceptação pelo adversário. 
C – Parabólica
São as bolas enviadas ao companheiro, cuja trajetória descreve uma parábola para evitar que o adversário intercepte a bola. 
 
DIVISÃO EM FUNÇÃO DO MOVIMENTO DE EXECUÇÃO
Parado - Muito utilizado na iniciação.
Em deslocamento (utilizando-se os 3 passos)
Em suspensão
 
DIVISÃO EM FUNÇÃO DA DISTÂNCIA
Curta
Média
longa
 
TIPOS DE PASSES
 
Passe de ombro
Passe por baixo
Passe pronação
Passe por trás do corpo
Passe por trás da cabeça
 
PASSE DE OMBRO
 
É o passe mais comum e mais utilizado no handebol, por ser de fácil execução e aprendizado, além de ser o mais seguro. 
O passe de ombro poderá ser utilizado em distâncias curtas, médias e longas em função do objetivo a ser atingido.
 
A) PASSE DE OMBRO ESTANDO O JOGADOR PARADO (Sem deslocamento)
 
DESCRIÇÃO DA TÉCNICA
 
Posição Básica
BRAÇO/ANTEBRAÇO - O cotovelo deverá estar semiflexionado. O braço estará na horizontal, situado à altura do ombro. O antebraço na vertical, orientado para cima, formando com o braço um ângulo de noventa graus. O outro braço deverá estar à frente do corpo com o cotovelo flexionado.
MÃO - Envolvendo a bola, com os dedos orientados para cima.
TRONCO - Com leve rotação para o lado do braço de lançamento.
PERNAS - Em posição assimétrica estando a perna oposta ao braço de lançamento colocada à frente.
 
Execução estando o jogador parado
A partir da posição básica, o lançamento da bola terá inicio com a rotação do tronco e ombro, extensão do braço e antebraço para o local onde se quer enviar a bola (preferencialmente ao companheiro melhor posicionado e em condições de receber), terminando com o movimento articular do pulso.
 
B) PASSE DE OMBRO ESTANDO O JOGADOR EM DESLOCAMENTO
 
Execução
Quando o passe é executado em deslocamento, durante a corrida, o jogador deverá utilizar os três passos (que é o limite máximo permitido pela regra do handebol). Ao terminar as passadas, o jogador deverá estar com a perna oposta ao braço de lançamento à frente. 
Os três passos é utilizado para que o jogador tenha tempo (durante o deslocamento) para preparar o passe, para melhor observar o companheiro, além de possibilitar o deslocamento para um espaço livre de marcação.
 
DESCRIÇÃO DA TÉCNICA
 
Posição Básica:
BRAÇO/ANTEBRAÇO - O cotovelo deverá estar semiflexionado. O braço estará na horizontal, situado à altura do ombro. O antebraço na vertical, orientado para cima, formando com o braço um ângulo de noventa graus. O outro braço deverá estar à frente do corpo com o cotovelo flexionado.
MÃO - Envolvendo a bola, com os dedos orientados para cima.
TRONCO - Com leve rotação para o lado do braço de lançamento.
PERNAS - Em posição assimétrica estando a perna oposta ao braço de lançamento colocada à frente no momento da soltura da bola.
 
Obs. Para que a ação dos três passos termine com a perna oposta ao braço de lançamento à frente, o jogador deverá receber a bola (no momento do contato) com a perna oposta ao braço de lançamento no ar e à frente ou, com a perna do mesmo lado do braço executor no solo. Após o recebimento, deverá executar os três passos.
C) PASSE DE OMBRO ESTANDO O JOGADOR EM SUSPENSÃO – PASSE COM SALTO
 
É um passe utilizado quando o jogador está no ar. Em alguns casos é utilizado para superar o adversário por cima (exemplo: armador quando salta para arremessar em suspensão e é bloqueado, assim poderá passar ao pivô desde que o mesmo esteja preparado e livre para receber).
 
 
DESCRIÇÃO DA TÉCNICA
 
Posição Básica
BRAÇO/ANTEBRAÇO – O cotovelo deverá estar semiflexionado. O braço estará na horizontal,situado à altura do ombro. O antebraço na vertical, orientado para cima, formando com o braço um ângulo de noventa graus. O outro braço deverá estar à frente do corpo com o cotovelo flexionado.
MÃO - Envolvendo a bola, com os dedos orientados para cima.
TRONCO - Com leve rotação para o lado do braço de lançamento.
PERNAS – A oposta ao braço de lançamento deverá estar estendida, e a do mesmo lado com o joelho flexionado (perna formando com a coxa um ângulo de noventa graus) à frente do corpo em diagonal com relação ao mesmo.
 
Execução:
Após o recebimento da bola, o jogador deverá executar os três passos. Saltar na vertical com impulso na perna oposta ao braço de lançamento, ao mesmo tempo que eleva a outra flexionando o joelho à frente do copo. Preparar o lançamento (conforme posição básica). Para o lançamento (passe), deverá colocar o tronco em direção ao companheiro que receberá a bola e, através da extensão braço/antebraço dirigirá a bola em direção ao mesmo. O lançamento terminará com o movimento articular de pulso.
Observação:
O passe poderá ser feito em combinação armador/pivô , desde que para isso o armador salte para o arremesso em suspensão provocando o bloqueio do defensor, assim se o pivô ficar livre poderá receber a bola. Nessa situação o passe será feito através da elevação do braço/antebraço na vertical e do movimento articular do pulso que soltará a bola sobre o defensor descrevendo uma parábola.
PASSE PRONAÇÃO
 
O passe pronação, pela sua mecânica de movimento, dá mais velocidade durante a preparação da finalização, pela economia de movimentos. É um passe para ser utilizado em distâncias curtas. A economia de movimentos se dá em função da não necessidade de se preparar o passe, já que ao receber o jogador faz apenas a pronação do antebraço e lança a bola ao companheiro.
 
DESCRIÇÃO DA TÉCNICA
 
Posição Básica
BRAÇO/ANTEBRAÇO - O cotovelo deverá estar flexionado. O braço estará inclinado para frente em direção ao solo. O antebraço quase na horizontal, à frente do corpo, à altura do abdômen, e com a borda radial voltada para cima.
MÃO - A palma deverá estar voltada uma para a outra envolvendo a bola com segurança, após o recebimento.
TRONCO - Ligeiramente inclinado e voltado para frente.
PERNAS - Em posição assimétrica. De preferência, a perna oposta ao braço de lançamento deverá estar à frente no momento da soltura da bola. Não há contra indicação em se colocar a outra perna à frente. 
No momento do lançamento, o braço/antebraço deverá efetuar o movimento de pronação. Após a palma da mão estar voltada para o companheiro que vai receber a bola, braço/antebraço deverão ser estendidos na direção do passe, terminando com o movimento articular do pulso.
 
PASSE POR TRÁS DO CORPO
Passe utilizado na combinação entre dois jogadores para evitar o confronto com o adversário.
O passe por trás do corpo poderá ser eficiente, na preparação da finalização, entre o armador e pivô. Quando o armador procura o espaço livre para infiltração, poderá receber marcação de um adversário, e se o pivô desmarcar-se (conseguir ficar livre), poderá receber a bola através do passe.
 
DESCRIÇÃO DA TÉCNICA
 
Posição Básica:
BRAÇO/ANTEBRAÇO - Cotovelo ligeiramente flexionado, braço em direção ao solo e antebraço à altura do quadril. O outro deverá estar à frente do corpo com o cotovelo flexionado.
MÃO - Envolvendo a bola, e dedos orientados para baixo.
TRONCO - Com rotação para o lado oposto à trajetória que seguirá a bola.
PERNAS - Em posição assimétrica, estando a perna contrária ao braço de lançamento à frente.
Execução estando o jogador parado
A partir da posição básica, o lançamento da bola terá inicio com a rotação do tronco para o lado do braço de lançamento de forma que o ombro contrário ao braço de lançamento (ponto de referência) fique voltado para a direção do companheiro que receberá a bola. Braço e antebraço circundará o corpo por trás e, após a palma da mão estar voltada para quem receberá a bola o lançamento e feito através da flexão do pulso. 
 
Execução estando o jogador em deslocamento
Quando o passe é executado em deslocamento (durante a corrida), o jogador deverá utilizar os três passos (que é o limite máximo permitido pela regra do handebol). Ao terminar as passadas, deverá estar com a perna oposta ao braço de lançamento à frente. 
Os três passos é utilizado para que o jogador tenha tempo (durante o deslocamento) para preparar o passe, para melhor observar o companheiro, além de possibilitar o deslocamento para um espaço livre de marcação.
Para que a ação dos três passos termine com a perna oposta ao braço de lançamento à frente, o jogador deverá receber a bola (no momento do contato) com a perna oposta ao braço de lançamento no ar e à frente ou, com a perna do mesmo lado do braço executor no solo. Após o recebimento, deverá executar os três passos.
  
PASSE POR BAIXO COM UMA DAS MÃOS
 
Este passe é utilizado quando o adversário está próximo ou quando se recebe uma bola baixa e não se quer perder tempo.
 
DESCRIÇÃO DA TÉCNICA
 
Posição Básica:
BRAÇO/ANTEBRAÇO - Na posição vertical, em direção ao solo e ao lado do corpo. O cotovelo estará levemente semiflexionado.
MÃO - envolvendo a bola, estando os dedos orientados para baixo.
TRONCO - Com uma ligeira inclinação à frente.
PERNAS - Em posição assimétrica, estando a perna oposta ao braço de lançamento à frente.
RECEPÇÃO
 
CONCEITO
 
É o gesto específico de receber, amortecer e reter a bola de forma adequada, nas diferentes posições e situações em que o jogador for solicitado.
A recepção é uma técnica importante durante a preparação da finalização, e para manter a posse de bola, assim, o jogador deverá conseguir sempre dominá-la.
Para HATTING (1978) “recepção é a arte de dominar a bola a grande velocidade e durante um espaço de tempo considerável. Quanto mais perfeita for a técnica do jogador em dominar a bola, melhores serão suas táticas de jogo”.
 
PRINCÍPIOS TÉCNICOS
A - O jogador para receber a bola, não deve esperá-la e sim colocar-se em condições favoráveis indo ao encontro da mesma para possibilitar o passe através de seu companheiro, com o intuito de evitar a interceptação pelo adversário.
B - O domínio adequado da recepção é importante para dar continuidade nas ações técnicas e táticas.
C - O handebol é um esporte onde a velocidade predomina, daí a necessidade da importância do jogador em não cometer falha na recepção, para que a movimentação ofensiva não sofra processo de interrupção.
D - O jogador que recebe deve colocar-se entre o adversário e a bola (procurar desmarcar-se) com a finalidade de protege-la.
E - É muito importante durante o jogo, o jogador jogar sem a bola, usando meios técnicos e ações táticas adequadas para dar ao companheiro a opção de passar.
F - Inicialmente devemos ensinar a recepção na posição parada e posteriormente em movimento (na corrida).
 
DIVISÃO DA RECEPÇÃO EM FUNÇÃO DO MOVIMENTO DE EXECUÇÃO
* estando o jogador parado
* estando o jogador em deslocamento (na corrida)
* com salto
 
DIVISÃO DA RECEPÇÃO EM FUNÇÃO DA TRAJETÓRIA (PROCEDÊNCIA DA BOLA)
 
A – Frontal
São as bolas, cuja recepção ocorre com os jogadores (passador e receptor) estando de frente um para o outro. Nesta recepção não existe o giro de tronco. Um exemplo é a recepção pelo pivô de bola passada pelo armador. 
B - Diagonal 
São bolas que chegam, estando o jogador colocado em diagonal (um pouco a frente ou atrás), em relação a quem passa. Há um pequeno giro de tronco em direção a quem passa. Exemplo: passe entre o armador central e o ponta, ou vice-versa.
 
C - Lateral 
 
São as bolas que chegam, cujos jogadores (passador e receptor) estão posicionados um ao lado do outro. Há um aumento de giro de tronco, em relação ao anterior. Exemplo: passe de armador para armador.
D - De trás
São as bolas que chegam, estando o jogador que recebe, à frente de quem passa. Situação específica de contraataque. Deve-se acentuar ao máximo o giro de tronco para trás. Exemplo: Recepção durante um contra ataque nos passes executados, principalmente pelo goleiro.
 
 
DIVISÃO DA RECEPÇÃO EM FUNÇÃO DA ALTURA
 
A - Alta 
São as bolas que chegam acima da altura da cabeça, sendo inclusive as vezes necessário o salto, onde os braços serão elevados na posição vertical.
 
B - Média 
São as bolas que chegam na altura do tronco (entre a cabeça e o peito) sendo esta, considerada a altura ideal para receber a bola e dar seqüência ao movimento, passando ou arremessando.
Quando a recepção é feita à altura do tronco, o jogo torna-se mais rápido, em conseqüência da economia de movimento (não se perde tempo com movimentos desnecessários).
 
C - Baixa 
São as bolas que chegam abaixo da linha do abdômen, em função de um passe mau feito ou por necessidade, para evitar a interceptação pelo adversário.
D - No solo 
São as bolas que estão em contato com o solo.
 
DESCRIÇÃO DA TÉCNICA 
 
RECEPÇÃO ALTA
 
Posição Básica
PERNAS - Em posição assimétrica. Recomenda-se que a perna oposta ao lado da procedência da bola esteja, de preferência à frente, com o fim de liberar e facilitar o giro de tronco em direção à bola.
BRAÇO/ANTEBRAÇO - Deverão ser projetados em direção à bola, na vertical, acompanhando sua trajetória até o contato com a mesma.
MÃOS - Em forma de concha, com a palma voltada para a bola. Os dedos deverão estar entreabertos e orientados para cima. Os polegares e indicadores formarão a figura W.
TRONCO - Deverá estar voltado para a direção de procedência da bola.
Execução:
Após o contato, a bola deverá ser envolvida e pressionada com os dedos, devendo ser trazida até a altura do tronco através da flexão do cotovelo.
 
RECEPÇÃO MÉDIA
 
Posição Básica
PERNAS - Em posição assimétrica. Recomenda-se que a perna oposta ao lado da procedência da bola esteja, de preferência à frente, com o fim de liberar e facilitar o giro de tronco em direção à bola.
BRAÇO/ANTEBRAÇO - Deverão estar a frente do corpo, na direção da bola e cotovelos semiflexionados.
MÃOS - Em forma de concha, com a palma voltada para a bola. Os dedos deverão estar entreabertos e orientados para cima.
TRONCO - Deverá estar voltado para a direção de procedência da bola.
Execução:
Após o contato, a bola deverá ser envolvida e pressionada com os dedos devendo ser trazida até a altura do tronco.
 
RECEPÇÃO BAIXA
 
Posição Básica
PERNAS - Em posição assimétrica. Recomenda-se que a perna oposta ao lado da procedência da bola esteja, de preferência à frente, com o fim de liberar e facilitar o giro de tronco em direção à bola.
BRAÇO/ANTEBRAÇO - Deverão estar à frente do corpo, na direção da bola e com o cotovelo com uma leve flexão.
MÃOS - Em forma de concha, estando com a palma voltada para a bola. Os dedos deverão estar entreabertos e orientados para baixo.
TRONCO – Com leve inclinação à frente e voltado para a direção de procedência da bola.
 
Execução:
Após o contato, a bola deverá ser envolvida e pressionada com os dedos. Deverá ser trazida até a altura do tronco.
O grau da altura da bola determinará a flexão de pernas. Quanto mais baixa a bola, maior flexão de pernas. 
Deve-se evitar o exagero na inclinação do tronco para não perder a visão do campo de jogo.
 
RECEPÇÃO NO SOLO
 
Posição Básica
BRAÇO/ANTEBRAÇO - Estendidos na direção da bola.
MÃOS - Em forma de concha com a palma voltada para baixo.
TRONCO - Inclinado para frente.
PERNAS - Em posição assimétrica e flexionadas.
 
Execução:
Após o contato, a bola deverá ser envolvida e pressionada com os dedos, devendo ser trazida até a altura do tronco simultaneamente com a extensão das pernas até a posição vertical.
 
ERROS MAIS FREQÜENTES DURANTE A RECEPÇÃO
 
* Não amortecer a bola corretamente (deixar os braços estendidos em demasia).
* Dedos contraídos em demasia (rigidez).
* As mãos permanecem espalmadas.
* Não se coordena adequadamente todos os movimentos específicos, desde o momento do contato com a bola até o amortecimento da mesma.
· 
Martini (1.980) aponta os seguintes erros que devem ser evitados durante a recepção:
·         Posição errada das mãos (em funil);
·         Recepção rígida da bola. A bola e é rebatida de volta, como numa parede;
·         Os braços não são estendidos na direção da bola, não podem amortecê-la;
·         A bola é apanhada pelos dedos;
·         A bola não é imediatamente protegida, de modo que o adversário pode jogá-la.
 
 
 
ARREMESSO
 
CONCEITO - É a ação de enviar a bola em direção ao gol adversário, aplicando um forte impulso (força explosiva), para dificultar a ação do goleiro, e procurando que ela se introduza no interior do mesmo, tendo como objetivo principal, a marcação de um gol.
 
 
PRINCÍPIOS TÉCNICOS
A - O jogador deve executar o arremesso quando existe espaço livre de trajetória (deslocamento entre dois adversários e utilizando os três passos ou a finta) e como conseqüência, possibilidade de êxito.
B - O jogador deve variar ao máximo a trajetória da bola ao arremessar , para conseguir sempre surpreender o goleiro.
C - O alto grau de concentração e decisão serão condições necessárias para uma correta execução do arremesso.
D - A correta realização do movimento articular do pulso, que na maioria dos arremessos se deve produzir, será fundamental para se obter o objetivo.
E - No arremesso com apoio a abertura de perna deve ser pequena para dar mobilidade numa possível finta.
F - O jogador que arremessa deve ter sobre controle todo campo visual periférico.
G - O jogador deve dar um tempo no braço (após o salto), observando a ação do goleiro, antes da soltura da bola.
 
CONDIÇÕES IMPORTANTES PARA UM BOM ARREMESSO
A - Oportunidade - procurar a melhor posição e momento oportuno para a finalização, ou seja, quando o jogador está livre de marcação, ou em condições favoráveis.
B - Velocidade de reação - o arremesso deve ser feito com rapidez para surpreender o adversário, não dando tempo para que os defensores se organizem na defesa.
C - Precisão (direção) - O êxito do arremesso está diretamente ligado à direção da bola. Procurar arremessos nos pontos de maior dificuldade para o goleiro.
D - Força explosiva - para que a bola chegue ao local pretendido o mais rapidamente possível e com força necessária, dificultando a ação de defesa do goleiro.
E - Variedade de arremesso - O jogador deve dominar vários tipos de arremesso, para aplicá-lo em cada situação específica de jogo. A variação de tipos de arremesso e posições diferentes facilita a obtenção de um gol.
F - Habilidade na execução (técnica correta) - execução correta do gesto técnico do arremesso, procurando a utilização correta de cada segmento envolvido.
 
Segundo MARTINI (80) as razões que levam o aluno à dificuldade em aprender o arremesso:
* Falta de força nos membros inferiores, onde a consequência é a fase de vôo muito curta, na qual o desenvolvimento do arremesso não pode ser executado;
* A falta de técnica de arremesso. Se o lançamento de ombro não for dominado nas suas várias formas, o arremesso em suspensão também não pode ser executado.
MIRI (71) analisa algumas situações de lançamento frente a ação do goleiro: situações de lançamento frente a ação do goleiro:
 
a) Ante uma exagerada flexão de pernas:
Lançamento nas zonas superiores.
b) Extensão exagerada do tronco:
Lançamento nas zonas intermédias 
c) Semiflexão dos braços:
Lançamento nas zonas intermédias e próximas ao rosto.
d) Extensão exagerada de pernas e reação tardia com as mesmas:
Lançamentos nas zonas inferiores 
e) Com os braços totalmente estendidos:
Lançamentos nas zonas superiores
f) Ante intervenções nas quais o goleiro se lança na bola:
Lançamentos nas zonas inferiores.
g) Ante intervenções nas quais o goleiro atua bem com as pernas porém não acompanha com as mãos:
Lançamentos picados.
h) Ante intervenções antecipadas nos lançamentos desde os seis metros ou de contra ataque:
Lançamentos nas zonasinferiores.
 
DIVISÃO DOS ARREMESSOS EM FUNÇÃO DA EXECUÇÃO
 
 
 
 
 
DIVISÃO EM FUNÇÃO DA SITUAÇÃO DE JOGO DO ARREMESSADOR
 
Pontas - curta distância (6 metros)
Pivô - curta distância (6-7 metros)
Armadores - meia e longa distância (8-12 metros)
 
ARREMESSO DE OMBRO PARADO
 
É o primeiro tipo de arremesso a ser ensinado no handebol, por ser de fácil aprendizagem, e de menos exigência em coordenação motora, e por estar muito próximo à técnica de execução do passe de ombro, e possibilita a execução estando o jogador parado.
É executado quando o caminho para o gol está livre, ou seja, não há adversário à frente, por ser um arremesso com apoio.
O arremesso de ombro a princípio (durante a iniciação) deve ser ensinado estando o jogador parado e posteriormente, com a evolução, da aprendizagem utilizando-se os três passos.
 
DESCRIÇÃO DA TÉCNICA
 
Posição Básica:
BRAÇO/ANTEBRAÇO - Estendidos para trás. O cotovelo deverá estar levemente semiflexionado, à altura do ombro. O outro estará flexionado à frente do corpo.
MÃO - Envolvendo a bola com os dedos orientados para cima.
TRONCO - Com rotação para o lado do braço de lançamento.
PERNAS - Em posição assimétrica, estando a perna oposta ao braço de lançamento à frente.
Execução estando o jogador parado
A partir da posição básica, o inicio do arremesso será feito através da rotação do tronco e ombro, extensão do braço e antebraço em direção ao gol adversário, terminando com o movimento articular de pulso, que determina o impulso e direção final.
 
ARREMESSO DE OMBRO EM DESLOCAMENTO
 
Execução estando o jogador em deslocamento
 
O arremesso de ombro, que a princípio é executado a partir da posição parada em função da capacidade de coordenação da criança poderá também ser executado na corrida.
O arremesso sendo na corrida possibilita uma maior velocidade e aproximação do gol (ação dos três passos).
Como o arremesso de ombro é feito com apoio, devemos executá-lo realizando os três passos com cruzada, onde o terceiro contato, há necessidade de uma parada brusca antes da soltura da bola.
 
RECEPÇÃO - No momento do contato com a bola, a perna do mesmo lado do braço executor deverá estar em contato com o solo.
TRES PASSOS - Após a recepção, o primeiro passo é dado com a perna contrária ao braço de lançamento, executa um pequeno salto (que deverá ser rascante) cruzando a perna um pouca à frente apoiando-a no solo em seguida, para depois efetuar um novo apoio com a outra perna para completar o terceiro passo.
LANÇAMENTO - o inicio do arremesso será feito através da rotação do tronco e ombro, extensão do braço e antebraço em direção ao gol adversário, terminando com o movimento articular de pulso, que determina o impulso e direção final.
 
PRINCÍPIOS TÉCNICOS
* O ombro correspondente ao braço de lançamento deve ser levado para trás suficientemente de tal forma que o arremesso se dá utilizando todas as articulações para um melhor aproveitamento da força explosiva.
* Para que a bola não tome efeito, a mão deve ser colocada atrás da mesma com relação ao gol.
* O passo de apoio (último passo), não deve ser demasiado amplo;
* O deslocamento deverá ser em direção ao espaço livre.
 
ARREMESSO EM SUSPENSÃO
 
Arremesso utilizado para vencer e superar o adversário por cima.
O arremesso em suspensão deverá ser executado com o jogador no ar (suspensão) sendo precedido de três passos antes do impulso final. O salto deverá ser na vertical.
 
DESCRIÇÃO DA TÉCNICA
 
Posição Básica (Corpo no ar):
É a posição adotada pelo jogador estando no ar e preparado para o lançamento.
 
BRAÇO/ ANTEBRAÇO - Estendidos para trás, cotovelo semiflexionado à altura do ombro. O outro estará flexionado à frente do corpo.
MÃO - Envolvendo a bola, com os dedos orientados para cima.
TRONCO - Com rotação para o lado do braço de lançamento.
PERNAS – A oposta ao braço de lançamento deverá estar estendida, e a do mesmo lado com o joelho flexionado (perna formando com a coxa um ângulo de noventa graus) à frente do corpo em diagonal com relação ao mesmo.
Execução
Após o recebimento da bola, o jogador deverá executar os três passos .Saltar na vertical com impulso na perna oposta ao braço de lançamento, ao mesmo tempo que eleva a outra flexionando o joelho à frente do copo. O lançamento terá inicio a partir da posição básica. Iniciar o lançamento através da rotação de tronco subitamente em direção ao gol. Estender o braço e antebraço na direção do lançamento, determinando o impulso final, o movimento articular do pulso.
PRINCÍPIOS TÉCNICOS
 
* Deve-se aproveitar adequadamente os 3 passos, antes do impulso final.
* A soltura da bola deve ser realizada com a máxima potência (força explosiva).
* Deve-se controlar e manter o corpo suficientemente no ar, antes do lançamento da bola, procurando o equilíbrio.
* O ombro do braço de lançamento deve ser levado suficientemente para trás para aumentar a potência (força explosiva).
* O salto deve ser na vertical e não para frente.
 
ARREMESSO COM SALTO FRONTAL
 
É utilizado quando o atacante encontra espaço livre para a penetração. Geralmente é executado entre dois adversários procurando-se o espaço livre, e também nos contra ataques.
 
O arremesso deverá ser executado com salto para frente, na direção do gol, sendo precedido dos três passos antes do impulso final, tendo com objetivo diminuir a distância entre arremessador e o gol além de passar pelo adversário.
 
DESCRIÇÃO DA TÉCNICA
 
Posição Básica (corpo no ar):
É a posição adotada pelo jogador estando no ar e preparado para o lançamento.
 
BRAÇO/ ANTEBRAÇO - Estendidos para trás, cotovelo semiflexionado à altura do ombro. O outro estará flexionado à frente do corpo.
MÃO - Envolvendo a bola, com os dedos orientados para cima.
TRONCO - Com rotação para o lado do braço de lançamento.
PERNAS – A oposta ao braço de lançamento deverá estar estendida, e a do mesmo lado com o joelho flexionado (perna formando com a coxa um ângulo de noventa graus) à frente do corpo em diagonal com relação ao mesmo.
 
Execução
Após o recebimento da bola, o jogador deverá executar os três passos. Saltar na vertical com impulso na perna oposta ao braço de lançamento, ao mesmo tempo que eleva a outra flexionando o joelho à frente do copo. O lançamento terá inicio a partir da posição básica.
 Iniciar o lançamento através da rotação de tronco subitamente em direção ao gol. Estender o braço e antebraço na direção do lançamento, determinando o impulso final, o movimento articular do pulso.
 
OBSERVAÇÕES
* Após a recepção, a corrida deverá ser executada com velocidade.
* O ombro do braço de lançamento deve ser levado suficientemente para trás, para aumentar a força explosiva durante o lançamento.
* Deve-se saltar para frente em profundidade para ganhar espaço, passando pela defesa e aproximando-se da baliza.
* Não deve haver precipitação na soltura da bola, esperando-se o momento ideal, durante o salto.
 
ARREMESSO COM QUEDA À FRENTE
 
O arremesso com queda à frente é utilizado pelo pivô nos seis metros, quando se recebe a bola de frente para a baliza (após rebote do goleiro, trave ou passe vindo de um jogador que está próximo à linha de fundo) e no tiro de sete metros, que neste caso poderá ser executado por qualquer jogador da equipe.
 
DESCRIÇÃO DA TÉCNICA
 
Posição básica específica do pivô ao receber a bola 
BRAÇO/ANTEBRAÇO – Cotovelo flexionado. O braço deverá estar na vertical, em direção ao solo. O antebraço à frente do corpo na horizontal com a borda radial voltada para cima.
MÃO – Envolvendo a bola à altura do abdômen, com as palmas voltadas uma para a outra. Dedos orientados para frente.
TRONCO – Ligeiramente inclinado para frente.
PERNAS – Semiflexionadas. A contraria ao braço de lançamento deverá estar à frente.
Posição básica durante o arremesso 
BRAÇO/ANTEBRAÇO - Estendidos para trás. O cotovelo deverá estar levemente semiflexionado, à altura do ombro. O outro estará flexionado à frente do corpo.
MÃO - Envolvendoa bola com os dedos orientados para cima.
TRONCO – Deverá estar paralelo ao solo, com leve rotação para o lado do braço de lançamento.
PERNAS - Em posição assimétrica, estando a perna oposta ao braço de lançamento em contato com o solo.
 
Execução:
A partir do recebimento da bola, o arremessador deverá impulsionar o corpo para frente com apoio na perna oposta ao braço de lançamento. Prolongar este ponto para dentro da área, deixando-se cair em direção ao solo. A preparação do arremesso é feita durante a queda estendendo o braço e antebraço para trás, estando o cotovelo levemente semiflexionado. O outro braço deverá estar flexionado à frente do corpo. O lançamento da bola em direção ao gol deve ser feito através da extensão do braço de lançamento para frente, terminando o arremesso com o movimento articular do pulso. O arremesso, para um melhor aproveitamento, deve ser executado quando o corpo estiver próximo e paralelo ao solo. A queda é preparada por meio do apoio das mãos no solo, amortecendo com flexão progressiva do cotovelo.
 
PRINCÍPIOS TÉCNICOS
* A preparação do braço deve ser total e corretamente.
* O braço de lançamento deve ser estendido suficientemente para trás.
* O arremesso não deve ser precipitado, deve-se esperar o ponto ideal de queda.
* O movimento articular do pulso deve ser realizado com adequada soltura e amplitude de movimento.
 
Obs. A grande dificuldade no aprendizado nesse arremesso é sem dúvida a queda, ou seja, o receio (medo) de cair no solo. Para conseguir que o iniciante aprenda o arremesso sem medo, algumas providências deverão serem tomadas:
* todos os exercícios deverão, na fase de aprendizagem, serem executados sobre um colchão ou terreno macio, para oferecer segurança durante a queda;
* iniciar os exercícios com a criança estando o mais próximo possível do sol (como: de cócoras, de joelho, etc.);
* proteger o joelho e cotovelo e evitar que se apóiem no solo.
 
ARREMESSO COM GIRO E QUEDA À FRENTE
 
Arremesso utilizado especificamente pelo pivô na linha de seis metros, quando recebe a bola de costas, ou perpendicular em relação ao gol. Os objetivos principais do arremesso são: fugir da marcação adversária e diminuir a distância entre arremessador e a baliza.
 
DESCRIÇÃO DA TÉCNICA
 
Posição básica específica do pivô ao receber a bola 
BRAÇO/ANTEBRAÇO – Cotovelo flexionado. O braço deverá estar na vertical, em direção ao solo. O antebraço à frente do corpo na horizontal com a borda radial voltada para cima.
MÃO – Envolvendo a bola à altura do abdômen, com as palmas voltadas uma para a outra. Dedos orientados para frente.
TRONCO – De costas para o gol e frontal ao jogador de posse de bola, ligeiramente inclinado para frente.
PERNAS – Semiflexionadas. A perna contraria à direção de procedência da bola deverá estar à frente. A outra colocada muito próxima à linha dos seis metros, porém sem tocá-la.
 
POSIÇÃO BÁSICA DURANTE O ARREMESSO 
BRAÇO/ANTEBRAÇO - Estendidos para trás. O cotovelo deverá estar levemente semiflexionado, à altura do ombro. O outro estará flexionado à frente do corpo.
MÃO - Envolvendo a bola com os dedos orientados para cima.
TRONCO – Deverá estar paralelo ao solo, com leve rotação para o lado do braço de lançamento.
PERNAS - Em posição assimétrica, estando a perna oposta ao braço de lançamento em contato com o solo.
 
Execução:
Após o recebimento da bola, o jogador gira o corpo com apoio numa das pernas e, após estar de frente para o gol , deverá impulsionar o corpo para frente com apoio na perna oposta ao braço de lançamento. Prolongar este ponto para dentro da área, deixando-se cair em direção ao solo. A preparação do arremesso é feita durante a queda estendendo o braço e antebraço para trás, estando o cotovelo levemente semiflexionado. O outro braço deverá estar flexionado à frente do corpo. O lançamento da bola em direção ao gol deve ser feito através da extensão do braço de lançamento para frente, terminando o arremesso com o movimento articular do pulso. O arremesso, para um melhor aproveitamento, deve ser executado quando o corpo estiver próximo (paralelo) ao solo. A queda é preparada por meio do apoio das mãos no solo, amortecendo com flexão progressiva do cotovelo.
 
Tipos de giro de corpo:
A) A)    Para a esquerda com apoio na perna oposta ao braço de lançamento;
B) B)     Para a direita com apoio na perna do mesmo lado do braço de lançamento. Quando o giro é feito para a direita, ao final, o jogador deverá apoiar-se na perna contrária ao braço de lançamento para um melhor equilíbrio no momento da queda.
 
PRINCÍPIOS TÉCNICOS
* No giro, o apoio deverá ser na perna do mesmo lado e direção para o qual o jogador executará o giro, ou seja, se o giro for para a esquerda, o apoio será na perna esquerda e, se for para a direita, deverá ser também na perna direita.
* O giro deverá ser na parte anterior da planta do pé (no calcanhar). 
* Evitar o giro sobre o calcanhar, poderá ocorrer invasão.
 
ARREMESSO COM SALTO LATERAL
 
Arremesso utilizado pelos pontas, nos seis metros, para buscar e aumentar o ângulo de gol.
O arremesso com salto lateral é específico dos jogadores que atuam nas pontas, onde o ângulo de lançamento é quase zero.
Geralmente o arremesso é executado quando o ponta está com o caminho livre para o gol, situação criada pelo armador lateral. Poderá também ser feito após uma finta, mas se for para fora as possibilidades de gol diminuem em função do ângulo ser menor.
 
DESCRIÇÃO DA TÉCNICA
 
Posição Básica (Corpo no ar):
BRAÇO/ANTEBRAÇO - Estendidos para a lateral, cotovelo levemente semiflexionado
MÃO - Envolvendo a bola com os dedos orientados para a lateral.
TRONCO - Com leve rotação e flexão para o lado do braço de lançamento.
PERNAS – A oposta ao braço de lançamento deverá estar estendida, e a do mesmo lado com o joelho flexionado (perna formando com a coxa um ângulo de noventa graus) em direção à lateral.
 
Execução:
Partindo da posição que antecede a ação, após o recebimento da bola o jogador executará os três passos. Saltará com impulso na perna oposta ao braço de lançamento elevando-se a outra lateralmente na direção da linha de sete metros (servindo como ponto de referência). Após o salto e a partir da posição básica a bola deverá ser lançada em direção ao gol através da rotação do tronco em direção ao gol, terminando com a extensão de braço/antebraço. A queda deverá ser na perna do mesmo lado do braço de lançamento assegurando-se assim o equilíbrio do corpo, após a queda.
 
Observação:
Após o arremesso, a queda poderá também ser na perna contrária ao braço de lançamento, porém terá como desvantagem uma dificuldade maior no equilíbrio, além de diminuir a profundidade do salto, importante na abertura do ângulo de arremesso.
 
ARREMESSO RETIFICADO COM SALTO SEM QUEDA
 
Arremesso utilizado pelos pontas, nos seis metros, procurando-se buscar e aumentar ângulo de gol.
Utilizado por jogador destro na ponta direita para suprir a falta ou a deficiência de um sinistro na posição específica.
 
DESCRIÇÃO DA TÉCNICA
 
Posição Básica:
BRAÇO/ANTEBRAÇO - Estendidos para trás, cotovelo semiflexionado, braço na vertical e antebraço na horizontal sobre a cabeça.
MÃO - Envolvendo a bola com os dedos orientados para a lateral do lado oposto ao braço de lançamento.
TRONCO - Inclinado lateralmente para o lado oposto ao braço de lançamento, e com forte rotação para o lado do braço de lançamento.
PERNAS – Contrária ao braço de lançamento estendida na vertical, e do mesmo lado com leve flexão. 
Execução:
Partindo da posição que antecede a ação, o jogador salta, após os três passos, com impulsão na perna contrária ao braço de lançamento para dentro da área, na direção da linha de 7 metros (servindo como ponto de referência). Após o salto e a partir da posição básica a bola deverá ser lançada em direção ao gol através da rotação do tronco, terminando com a extensão de braço/antebraço em direção ao gol. A queda deverá ser na perna contrária ao braço de lançamentoassegurando-se assim o equilíbrio do corpo, após a queda. 
 
TIRO DE 7 METROS
 
O tiro de 7 metros é executado quando o árbitro assinala uma infração às regras do jogo que exige o tiro de 7 metros.
O lançamento da bola deve ser direto ao gol e o pé não poderá tocar nem ultrapassar a linha de 7 metros.
 TIPOS DE EXECUÇÃO
Arremesso com queda à frente
Arremesso de ombro com apoio (sem o deslocamento)
 
A) COM APOIO
 
Posição Básica:
BRAÇO/ANTEBRAÇO - Estendidos para trás. O cotovelo deverá estar levemente semiflexionado, à altura do ombro. O outro estará flexionado à frente do corpo.
MÃO - Envolvendo a bola com os dedos orientados para cima.
TRONCO - Com rotação para o lado do braço de lançamento.
PERNAS - Em posição assimétrica, estando a perna oposta ao braço de lançamento à frente e próxima à linha dos sete metros.
Execução 
Após a autorização do árbitro, o inicio do arremesso será feito através da rotação do tronco e ombro, extensão do braço e antebraço em direção ao gol adversário, terminando com o movimento articular de pulso, que determina o impulso e direção final.
 
B) COM QUEDA
 
Posição básica 
BRAÇO/ANTEBRAÇO - Estendidos para trás. O cotovelo deverá estar semiflexionado, à altura do ombro. O outro estará flexionado à frente do corpo.
MÃO - Envolvendo a bola com os dedos orientados para cima.
TRONCO – Deverá estar paralelo ao solo, com leve rotação para o lado do braço de lançamento.
PERNAS - Em posição assimétrica, estando a perna oposta ao braço de lançamento em contato com o solo e próxima à linha dos sete metros.
 
Execução:
Após a autorização do árbitro, o arremessador deverá impulsionar o corpo para frente com apoio na perna oposta ao braço de lançamento, deixando-se cair em direção ao solo. O lançamento da bola em direção ao gol deve ser feito através da extensão do braço de lançamento para frente, terminando o arremesso com o movimento articular do pulso. O arremesso, para um melhor aproveitamento, deve ser executado quando o corpo estiver próximo (paralelo) ao solo. A queda é preparada por meio do apoio das mãos no solo, amortecendo com flexão progressiva do braço e antebraço.
DRIBLE
 
É a ação de impulsionar a bola em direção ao solo uma ou mais vezes .
É o ato de bater a bola no chão repentinamente, batendo-lhe com uma mão, estando o jogador parado ou em corrida. Não interessa o número de vezes que a bola bate no chão ou o número de passos que o jogador dá entre cada toque. Mas se o jogador agarrar a bola novamente, não poderá voltar a driblá-la ao fim de três segundos ou de três passos terá que se desfazer da mesma (HATTING – 1978).
O drible não é recomendado no ataque, pois vai contra uma das suas principais características, a velocidade (GUBIA & PALOMARES – 1986).
SITUAÇÕES ESPECIAIS QUE O DRIBLE DEVE SER UTILIZADO
A - No contra ataque, realizado por um jogador, quando o espaço livre é superior aos três passos;
B - Para evitar os três segundos de posse de bola;
C - Para passar por adversário, após esgotar o ciclo dos três passos;
D - Para realizar ações coletivas no ataque;
E - Para organizar o ataque, após um contra ataque sem sucesso;
F - Para acalmar a equipe num momento de desequilíbrio.
 
DESCRIÇÃO DA TÉCNICA
 
Posição Básica:
BRAÇO/ANTEBRAÇO - Cotovelo semiflexionado. Braço na vertical, em direção ao solo e separado do corpo. Antebraço na horizontal, orientado para frente.
MÃO - Com a palma voltada para o solo e dedos entreabertos.
TRONCO – Em posição natural.
PERNAS - Quando o drible é executado estando o jogador parado, deve-se colocar a perna oposta ao braço de lançamento à frente. E durante a corrida, com movimento de suspensão alternada das pernas.
 
Execução:
Coordenação do movimento articular do antebraço e pulso impulsionando a bola em direção ao solo. A superfície de contato deve ser a palma média e os dedos. O jogador não deverá bater na bola com a palma da mão.
 
PRINCÍPIOS TÉCNICOS
* Durante a execução, evitar olhar apenas para a bola e sim também para o campo de jogo observando a ação de seus companheiros e adversário;
* A batida na bola deverá ser em diagonal com relação ao corpo (à frente e para a lateral);
* Observar para que o drible seja executado com a mão contrária ao lado em que se encontra o adversário, evitando perder a posse de bola.
* A bola deverá ser impulsionada em direção ao solo;
* O gesto deve ser através da semiflexão do antebraço e de mão em direção ao solo;
* Dominar o drible em velocidade, e com mudança de direção;
* Utilizar o drible somente quando não há outra opção de jogo;
* Quanto menos velocidade, mais na vertical deverá ser impulsionada a bola;
* Coordenar a batida de bola com o movimento de perna, aproveitando assim, a máxima velocidade.
 
 FINTA
 
É a ação que o jogador realiza, estando de posse da bola, para desviar a atenção do oponente numa direção falsa à aquela que se quer conseguir, causando assim, o desequilíbrio do mesmo.
A finta é utilizada quando se tem um opositor (seu par) pela frente para ser vencido. A finta deverá, além de vencer e superar o oponente direto, ser também executada como uma ação tática. O atacante procura vencer seu oponente dirigindo seu deslocamento para o espaço livre (entre dois adversários: par e ímpar) atraindo a atenção de seu ímpar beneficiando assim, seu companheiro lateral. Com esta ação o atacante poderá provocar o desequilíbrio defensivo facilitando a finalização.
 
MEIOS UTILIZADOS
DESLOCAMENTOS - Ação de mudar de um lugar a outro na quadra;
TROCA DE RITMO - Ação que possibilita aumentar ou diminuir a velocidade durante o deslocamento ou trajetória;
MUDANÇA DE DIREÇÃO - ação de mudar a trajetória de seu deslocamento.
 
OBJETIVOS
* Desequilibrar o oponente direto (par);
* passar pelo adversário, estando de posse da bola;
* Provocar o desequilíbrio defensivo, desviando a atenção de seu ímpar;
* Conseguir situação de superioridade numérica;
* Atrair a atenção e fixar seu ímpar.
 
CONDIÇÕES ESSENCIAIS PARA UM RESULTADO POSITIVO
 
* Velocidade de reação - a velocidade de reação e a atuação no menor tempo possível é primordial para um resultado positivo durante a ação;
* Velocidade de deslocamento - ganhar espaço (progredir) rapidamente após a mudança de direção;
* Equilíbrio - para a realização da finta é importante o atacante conseguir bom equilíbrio, principalmente no momento da parada brusca, para em seguida mudar a trajetória do deslocamento.
* Domínio na troca de ritmo - aumentar ou diminuir a velocidade em função de cada situação de jogo.
* Agilidade - Velocidade na mudança de direção .
 
TIPOS DE FINTA
* Finta de deslocamento, com saída para direita
* Finta de deslocamento, com saída para esquerda
* Finta de passe
* Finta de arremesso
 
DIVISÃO DA FINTA QUANTO AO OBJETIVO A SER CONSEGUIDO
 
A - BENEFÍCIO PRÓPRIO
Benefício próprio é quando o atacante que executa a finta é o beneficiado da ação, passando pelo defensor e lançando a bola em direção ao gol.
O atacante utiliza a finta numa situação de um contra um, para passar pelo defensor, se deslocar em direção a um espaço livre antes do arremesso.
 
B - BENEFÍCIO PARA O COMPANHEIRO
Após o atacante conseguir vencer seu oponente direto (seu par), e perante a oposição de seu ímpar, que impede sua penetração, o beneficio deverá ser em favor do companheiro lateral, que deverá receber a bola.
O atacante executor da finta, uma vez realizada a parada entre a primeira e segunda trajetória e após observado o desequilíbrio do oponente direto, deverá aumentar a velocidade, e ante a oposição do seu ímpar deverá reduzir a velocidade para fixar o adversário e passar a bola ao companheiro, que após receber deverá aumentar a velocidade em trajetória retilínea.
ERROS QUE DEVEM EVITADOS
* não dar importância à primeira fase da finta;
* não proteger a bola do adversário;
* efetuar a parada brusca ou a saída muito próxima do adversário, permitindo o contato.
 
FINTA DE DESLOCAMENTO, SAÍDA PARA O LADO DO BRAÇO DE LANÇAMENTO
 
A)APOIO NAS DUAS PERNAS 
RECEBIMENTO - O atacante deverá receber a bola em deslocamento e em trajetória retilínea.
PARADA BRUSCA - Com a oposição do defensor, deverá efetuar a parada brusca em frente ao adversário. As pernas deverão estar paralelas, semiflexionadas e distante aproximadamente 80 cm do adversário 
SAÍDA - A saída deverá ser com a mudança de trajetória (retilínea para curvilínea) na perna do mesmo lado do braço executor em diagonal para frente com grande velocidade. 
LANÇAMENTO - Após a saída o atacante deverá completar as passadas com mais um passo e efetuar o arremesso ou o passe, em função da ação defensiva.
B) APOIO EM UMA PERNA 
RECEBIMENTO - O atacante deverá receber a bola em deslocamento e em trajetória retilínea.
PARADA BRUSCA - após a oposição do defensor, o apoio (parada brusca) deverá ser na perna contrária ao braço de lançamento em frente ao adversário e semiflexionada. A perna do mesmo lado do braço de lançamento deverá permanecer no ar para a seqüência da finta.
SAÍDA - Estando a perna do mesmo lado do braço de lançamento no ar, esta deverá iniciar a nova trajetória (retilínea para curvilínea) sendo apoiada no solo em diagonal para frente. 
LANÇAMENTO - Após a saída o atacante deverá completar as passadas com mais um passo e efetuar o arremesso ou o passe, em função da próxima ação defensiva.
 
 
FINTA DE DESLOCAMENTO, SAÍDA PARA LADO CONTRARIO AO BRAÇO DE LANÇAMENTO 
 
RECEBIMENTO - O atacante deverá receber a bola em deslocamento e em trajetória retilínea.
PARADA BRUSCA - Com a oposição do defensor, efetuar a parada brusca em frente ao adversário. As pernas deverão estar paralelas, semiflexionadas e distante aproximadamente 80 cm do adversário.
SAÍDA - A saída deverá ser com a perna do mesmo lado do braço de lançamento em direção ao lado contrário em diagonal para frente. Durante a saída, o braço executor deverá realizar uma circundução sobre o adversário.
LANÇAMENTO - Após a saída o atacante deverá completar as passadas com mais um passo e efetuar o arremesso ou o passe, em função da ação defensiva.
 
FINTA DE PASSE
O atacante poderá se utilizar de uma tentativa de passar a bola através de um determinado gesto e, após fixar o adversário (chamar a atenção para o gesto falso), realizar outra ação.
* Finta (simula) o passe para a direita e passa para esquerda.
* Finta (simula) o passe de ombro e passa por trás da cabeça.
* Finta (simula) o passe por baixo e passa por trás do corpo
* Finta (simula) o passe de quadril e passa pronação
* Finta (simula) o passe de quadril e passa por trás do corpo
 
FINTA DE ARREMESSO
* Finta (simula) o arremesso de ombro e passa por trás da cabeça.
* Finta (simula) o arremesso de quadril e arremessa com salto ou de ombro.
* Finta (simula) o arremesso em suspensão e faz o cinco passos.
* Finta (simula) o arremesso em suspensão e passa.
POSIÇÃO BÁSICA DEFENSIVA
 
CONCEITO 
É a postura que os jogadores de defesa devem adotar para estarem preparados para intervir na necessidade de uma ação defensiva com rapidez .
É a postura que permite ao jogador da defesa estar preparado para agir com velocidade quando for solicitado para um deslocamento, salto ou bloqueio.
 
CONSIDERAÇÕES
* O jogador, na defesa, para intervir contra uma ação ofensiva terá que faze-lo com grande velocidade de reação, estar atento e concentrado, o que exige uma postura ideal para estar pronto para tal intervenção.
* O jogador que estiver na posição básica adequada, poderá reagir com rapidez a um estimulo e, deslocar-se, saltar para o bloqueio ou efetuar a marcação.
* O objetivo principal da posição básica defensiva é buscar uma posição ideal para intervir na ação posterior de maneira eficiente e rápida.
 
PRINCÍPIOS TÉCNICOS
· -         O jogador deverá estar em constante movimento, devendo evitar a posição estática;
· -         Deverá manter constantemente observação no seu opositor direto e na bola;
· -         Mesmo que a bola estiver do lado contrário não oferecendo perigo, o jogador deverá estar bem posicionado;
· -         O jogador deverá estar sempre pronto e preparado para intervir.
 
DESCRIÇÃO DA TÉCNICA
 
Posição básica
BRAÇO/ANTEBRAÇO – Estendidos para a lateral. Cotovelo levemente semiflexionados e à altura do ombro.
MÃOS – Espalmadas e voltadas para frente à altura do ombro.
PERNAS – Paralelas com abertura lateral. Joelhos semiflexionados.
TRONCO – Com leve inclinação à frente. 
DESLOCAMENTO DEFENSIVO
 
CONCEITO
É a ação que o jogador realiza para mudar de um lugar a outro na zona de defesa, buscando sempre um melhor posicionamento para intervir no momento oportuno, com rapidez.
É utilizado na zona de defesa, quando o adversário prepara a finalização, e terá os seguintes objetivos:
 
* Observar e acompanhar a trajetória da bola;
* Posicionar-se diante do adversário com bola (seu correspondente direto);
* Dar cobertura ao companheiro, que deixou a zona dos seis metros;
* Fazer a marcação contra seu correspondente direto;
* Efetuar o bloqueio.
 
DIVISÃO EM FUNÇÃO DA DIREÇÃO
 
Para frente
O deslocamento para frente deve ser executado com o fim de pressionar o adversário, fazer a marcação ou bloqueio.
 
Para a lateral 
O deslocamento para a lateral é executado para acompanhar o adversário, a bola e dar cobertura ao companheiro lateral quando este deslocar-se para frente.
 
Para trás 
Após conseguir atingir o objetivo do deslocamento para frente, o defensor deverá retornar até a linha dos seis metros. O deslocamento deverá ser em diagonal e na direção em que a bola é passada.
 
DIVISÃO EM FUNÇÃO DA EXECUÇÃO
 
A) DESLIZAMENTO 
O deslocamento deverá ser mantendo-se o contato com o solo com, pelo menos um dos pés. O centro de gravidade do corpo deve se mover na horizontal, evitando muita variação. O deslizamento deve ser utilizado em distâncias curtas (até 3 metros), por ser mais rápido.
 
B) CORRIDA
Suspensão alternada das pernas. A impulsão deverá ser sobre a perna contrária à direção desejada, levando o calcanhar correspondente. A continuação se dará através de novos impulsos.
A corrida é a maneira mais rápida para se chegar no adversário em distâncias acima de 3 metros.
 
  
CINCO PASSOS
 
Ação que o atacante executa como uma opção, após ter saltado para o arremesso. Poderá ser utilizado quando o armador salta para arremessar em suspensão e sofre oposição do adversário através do bloqueio. Poderá ser utilizado como finta de arremesso, onde o atacante simula o arremesso em suspensão (chamando a atenção do bloqueio) e executa o cinco passos.
 
OBJETIVOS
·         Evitar o bloqueio do adversário;
·         Passar pelo adversário;
·         Fintar (enganar) o adversário.
 
DESCRIÇÃO DA TÉCNICA
 
Posição Básica (Corpo no ar):
BRAÇO/ ANTEBRAÇO - Estendidos para trás, cotovelo semiflexionado à altura do ombro. O outro estará semiflexionado à frente do corpo.
MÃO - Envolvendo a bola, com os dedos orientados para cima.
TRONCO - Com rotação para o lado do braço de lançamento.
PERNAS – A oposta ao braço de lançamento deverá estar estendida, e a do mesmo lado com o joelho flexionado (perna formando com a coxa um ângulo de noventa graus) à frente do corpo em diagonal com relação ao mesmo.
EXECUÇÃO 
Após o recebimento da bola, o jogador deverá executar os três passos. Saltar na vertical com impulso na perna oposta ao braço de lançamento, ao mesmo tempo que eleva a outra flexionando o joelho à frente do copo. No ar, após sofrer o bloqueio, deverá quicar a bola enviando-a em direção ao solo ao solo, através do movimento articular do antebraço e pulso, com velocidade. Após a queda (que deverá ser na perna oposta ao braço de lançamento), recolher novamente a bola, na altura do tronco com as duas mãos. Após o recebimento, deverá iniciar a passada com a perna correspondente ao mesmo lado do braço de lançamento em diagonal e para frente, e em seguida completar com o último passo que deverá ser na perna oposta ao braço de lançamento. Após completar o ciclo, o jogador

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