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Apostila de contabilidade gerencial

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PAGE 
45
CONTABILIDADE 
GERENCIAL
CADERNO DE APOIO
Professora: Rosimar Bessa
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
DISCIPLINA: CONTABILIDADE GERENCIAL
CURSO: CIÊNCIAS CONTÁBEIS
PROFESSORA: ROSIMAR COUTO
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
Unidade 1 – Introdução à Contabilidade Gerencial
1.1 Conceito e principais diferenças entre a contabilidade financeira e a 
contabilidade gerencial
1.2 Contabilidade Gerencial e o processo de tomada de decisão
Unidade 2 – Métodos de apuração de Resultado
2.1 Custeio por absorção
2.2 Custeio Variável
Unidade 3 – Relação custo x volume x lucro
3.1 Ponto de equilíbrio contábil
3.2 Ponto de equilíbrio econômico
3.3 Ponto de equilíbrio financeiro
3.4 Ponto de equilíbrio para vários produtos
3.5 Margem de Segurança
3.6 Alavancagem operacional
Unidade 4 – Auxílio ao gestor na tomada de decisões
4.1 Pedido especial (capacidade instalada e ociosa)
4.2 Comprar ou fazer (custos evitáveis, não-evitáveis, oportunidade)
4.3 Restrição de capacidade e mix de produção
4.4 Manutenção ou eliminação de produtos deficitários
4.5 Fluxos de benefícios futuros e de caixa
Unidade 5 – Precificação
5.1 Abordagens para formação do preço de venda (mercado, custo mais 
margem, custo-meta)
5.2 Mark-up multiplicador e divisor
5.3 Preço de venda à vista e a prazo
UNIDADE 1 - INTRODUÇÃO A CONTABILIDADE GERENCIAL
Que tipo de emprego você terá daqui a 10 anos? Você poderá ser o gerente de marketing de uma empresa de produtos eletrônicos de consumo, o diretor de recursos humanos de uma empresa de biotecnologia ou o presidente de sua própria empresa. Nestas e em outras posições gerenciais, você terá que planejar operações, avaliar subordinados e tomar uma série de decisões utilizando informação contábil. Em alguns casos, você perceberá que as informações do balanço patrimonial, da demonstração de resultados e da demonstração de lucros e prejuízos acumulados serão úteis. 
No entanto, a maioria das informações contidas nessas demonstrações é mais relevante para os usuários externos da informação contábil, como acionistas e credores. Além disso, você precisará de informações preparadas especificamente para os gerentes da empresa, os usuários internos da informação contábil. Esse tipo de informação é denominado informação contábil gerencial.
A Contabilidade Financeira enfatiza os conceitos e procedimentos contábeis que se relacionam à preparação de relatórios para os usuários externos da informação contábil. Em contrapartida, a Contabilidade Gerencial enfatiza os conceitos e os procedimentos contábeis que são relevantes à preparação de relatórios para os usuários internos da informação contábil.
Meta da Contabilidade Gerencial
Praticamente, todos os gerentes precisam não só planejar e controlar suas operações mas também tomar uma série de decisões. A meta da contabilidade gerencial é fornecer as informações de que eles precisam para o planejamento, o controle e a tomada de decisões. 
Planejamento
O planejamento é uma atividade fundamental para todas as empresas. Um plano comunica as metas da empresa aos empregados e especifica os recursos necessários para atingi-las.
Orçamentos para Planejamento – os planos financeiros preparados pelos contadores gerenciais são denominados ORÇAMENTOS. Uma ampla variedade de orçamentos pode ser preparada. Por exemplo, um orçamento de lucro indica o lucro planejado; um orçamento de fluxo de caixa, as entradas e saídas de caixa planejadas; um orçamento de produção, as quantidades planejadas de produção e o custo esperado. 
Considere o orçamento de produção da Torta Maria & Cia. No próximo ano, a empresa planeja produzir 200.000 tortas. Esse montante é baseado nas vendas previstas. Para produzir essas tortas, a empresa estima utilizar R$ 250.000,00 em ingredientes e pagar R$ 300.000,00 aos trabalhadores da fábrica. Também espera pagar R$ 60.000,00 de aluguel, incorrer em R$ 80.000,00 de depreciação de equipamentos e pagar R$ 100.000,00 de outros custos. O orçamento de custo de produção apresentado abaixo resume essas informações. O orçamento de custo de produção informa aos gerentes da Torta Maria & Cia. quantas tortas a empresa pretende produzir e quanto os recursos necessários irão custar.
Tortas Maria & Cia.
Custo de Produção Orçados
Produção Orçada
200.000 tortas
Custo de ingredientes
R$ 250.000,00
Custo de mão-de-obra
R$ 300.000,00
Aluguel
R$ 60.000,00
Depreciação
R$ 80.000,00
Outros
R$ 100.000,00
Total de custo de produção orçados
R$ 790.000,00
Controle
O controle das organizações é alcançado pela avaliação do desempenho dos gerentes e das operações pelas quais eles são responsáveis. Os planos da empresa desempenham um importante papel no processo de controle. Os gerentes podem comparar os resultados obtidos com os resultados planejados e decidir se uma ação corretiva é necessária. Se os resultados obtidos divergem do plano, é porque este pode não ter sido seguido apropriadamente, pode não ter sido bem elaborado ou mudanças nas circunstâncias podem tê-lo tornado desatualizado.
Relatórios de Desempenho para Controle – os relatórios usados para avaliar o desempenho dos gerentes e das operações que eles controlam são denominados relatórios de desempenho. Apesar de não haver um método amplamente aceito para preparar um relatório de desempenho, tais relatórios normalmente envolvem a comparação do desempenho do período atual com o desempenho de um período passado ou com o desempenho planejado (orçado).
Suponha, por exemplo, que durante 2006 as Tortas Maria & Cia realmente produziu 200.000 tortas e incorreu nos seguintes custos: 
Custo de ingredientes
R$ 290.000,00
Custo da mão-de-obra
R$ 295.000,00
Aluguel
R$ 60.000,00
Depreciação
R$ 80.000,00
Outros
R$ 101.000,00
Total de custos de produção reais
R$ 826.000,00
Um relatório de desempenho comparando esses custos reais aos custos orçados é apresentado abaixo.
Tortas Maria & Cia.
Relatório de Desempenho, Custos de Produção
Ano findo em 31 de dezembro de 2006
Orçamento
Orçado
Realizado
Menos Real
Produção
200.000 tortas
200.000 tortas
Custo de ingredientes
R$ 250.000,00
R$ 290.000,00 (R$ 40.000)
Custo de mão-de-obra
R$ 300.000,00
R$ 295.000,00 R$ 5.000
Aluguel
R$ 60.000,00
R$ 60.000,00
-0-
Depreciação
R$ 80.000,00
R$ 80.000,00
-0-
Outros
R$ 100.000,00
R$ 101.000,00 (R$ 1.000)
Total de custos de produção
R$ 790.000,00
R$ 826.000,00 (R$ 36.000)
Normalmente, os relatórios de desempenho apenas sugerem as áreas que deveriam ser investigadas; eles não fornecem informações definitivas sobre o desempenho. Por exemplo, o relatório apresentado, indica que alguma coisa pode estar errada no controle de custos dos ingredientes. Os custos reais estão R$ 40.000,00 acima do orçado. Existem muitas razões possíveis para explicar por que o custo é maior que o valor orçado. Talvez o preço das frutas ou do açúcar tenha subido. Talvez um dos fornos tenha tido problemas de funcionamento, resultando em perda de ingredientes. A administração precisa investigar essas possibilidades antes de empreender as ações corretivas apropriadas.
Apesar de os relatórios de desempenho não fornecerem respostas definitivas, eles são ainda assim extremamente úteis. Os gerentes podem utilizá-los para “sinalizar” as áreas que precisam de maior atenção e para evitar áreas que estão sob controle. 
Tomada de decisão
A tomada de decisão é parte integrante do processo de planejamento e controle – as decisões são tomadas para recompensar ou punir os gerentes, para alterar as operações ou revisar os planos. A empresa deve adicionar um novo produto? Deve abandonar um produto existente? Deve fabricar um componente usado na montagem do seu principal produto ou contratar uma outra empresa para produzi-lo? Que preço a empresa deve cobrar por um novo produto? Essas perguntas indicam apenas algumas das decisões-chave que as empresas enfrentam. E a forma como tomam essas decisões irá determinar sua rentabilidadefutura e, possivelmente, a sua sobrevivência. 
Comparação entre a Contabilidade Gerencial e Financeira
Os métodos da contabilidade financeira e da contabilidade gerencial foram desenvolvidos para diferentes propósitos e para diferentes usuários das informações financeiras. Há, contudo, numerosas similaridades e áreas de sobreposição entre os métodos da contabilidade financeira e a gerencial.
A contabilidade gerencial é relacionada com o fornecimento de informações para os administradores – isto é, aqueles que estão dentro da organização e que são responsáveis pela direção e controle de suas operações. A contabilidade gerencial pode ser contrastada com a contabilidade financeira, que é relacionada com o fornecimento de informações para os acionistas, credores e outros que estão de fora da organização.
Tabela comparativa entre a Contabilidade Gerencial e Financeira.
	FATOR
	CONTABILIDADE FINANCEIRA
	CONTABILIDADE GERENCIAL
	Usuário dos relatórios
	Externos e internos
	Internos
	Objetivo dos relatórios
	Facilitar a análise financeira para as necessidades dos usuários externos.
	Objetivo especial de facilitar o planejamento, controle, avaliação de desempenho e tomada de decisão internamente.
	Formas de relatórios
	Balanço Patrimonial (BP), Demonstr. dos Resultados (DRE e DRA), Demonstr. Fluxo de Caixa (DFC), Demonstr. Valor Adicionado (DVA) e Demonstr. dos Lucros e Prejuízos Acumulados (DLPA).
	Orçamento, contabilidade por responsabilidade, relatórios de desempenho, relatórios de custo, relatórios especiais não rotineiros para facilitar a tomada de decisão.
	Freqüência dos relatórios
	Anual, trimestral e ocasionalmente mensal.
	Quando necessário pela administração.
	Custos ou valores utilizados
	Primeiramente históricos (passados)
	Históricos e esperados (previstos)
	Bases de mensuração usadas para quantificar os dados.
	Moeda corrente
	Várias bases (moeda corrente, moeda estrangeira, moeda forte, medidas físicas, índices etc.)
	Restrições nas informações fornecidas
	Princípios Contábeis Geralmente Aceitos.
	Nenhuma restrição, exceto as determinadas pela administração.
	Arcabouço teórico e técnico
	Ciência Contábil
	Utilização pesada de outras disciplinas, como economia, finanças, estatística, pesquisa operacional e comportamento organizacional.
	Características da informação fornecida
	Deve ser objetiva (sem viés), verificável, relevante e a tempo.
	Deve ser relevante e a tempo, podendo ser subjetiva, possuindo menos verificabilidade e menos precisão.
	Perspectiva dos relatórios 
	Orientação histórica.
	Orientada para o futuro para facilitar o planejamento, controle e avaliação de desempenho antes do fato (para impor metas), acoplada com uma orientação histórica para avaliar os resultados reais (para o controle posterior dos fatos)
QUESTÕES PARA REFLEXÃO
1. A principal meta da contabilidade gerencial é:
a) fornecer informações para investidores atuais e potenciais da empresa.
b) fornecer informações tanto para credores quanto para investidores atuais e potenciais
c) fornecer informações para credores, autoridades fiscais e investidores atuais e potenciais
d) fornecer informações para planejamento, controle e tomada de decisão. 
2. Relacione os termos a seguir com as atividades gerenciais descritas adiante:
a) Planejamento
b) Controle
c) Tomada de Decisão
( ) Essa atividade gerencial envolve mudar as operações, revisar planos ou recompensar/punir os gerentes. 
( ) Essa atividade gerencial compara os resultados reais com os resultados planejados como base para uma ação corretiva. 
( ) Essa atividade gerencial formula metas, comunica-as aos empregados e especifica os recursos necessários para alcançá-las. 
3. Qual das afirmações a seguir sobre orçamento é falsa?
a) Os orçamentos podem ser expressos em reais, em quantidades ou em ambos.
b) Os orçamentos podem refletir receitas projetadas, despesas projetadas, fluxos de caixa projetados ou quantidades projetadas de entradas e saídas.
c) Os orçamentos devem ser preparados de acordo com os Princípios Fundamentais de Contabilidade. 
d) Os orçamentos são úteis tanto para o planejamento quanto para controle.
4. Qual das afirmações a seguir é falsa?
a) Os princípios da contabilidade gerencial não estão necessariamente de acordo com os Princípios Fundamentais de Contabilidade
b) Os princípios de contabilidade financeira normalmente refletem um maior detalhamento do que aquele encontrado nos relatórios de contabilidade gerencial. 
c) Os relatórios de contabilidade gerencial enfatizam atividades e custos futuros.
d) Os dados de contabilidade financeira são direcionados principalmente para os usuários externos, e não para os usuários internos.
5. A seguir, você encontra uma série de termos relativos às organizações, às funções do gerente e ao papel da contabilidade gerencial. Escolha aquele que mais adequadamente completa as frases adiante:
Contabilidade financeira, Contabilidade Gerencial, Controller, Descentralização, Apoio, Orçamento, Relatório de desempenho, Feedback.
a) Os planos da administração são expressos formalmente no __________________.
b) A delegação de autoridades para tomada de decisão em uma organização, que permite aos gerentes dos diversos níveis operacionais tomarem decisões referentes a sua área, é chamada de ____________________________. 
c) _________________________________ preocupa-se com o fornecimento de informações para uso daqueles que estão dentro da organização, enquanto ___________________________ preocupa-se com o fornecimento de informações para uso daqueles que estão fora dela.
d) O gerente encarregado do departamento de contabilidade é geralmente conhecido como _______________________.
e) Um relatório detalhado à administração, comparado os dados orçados e os dados reais de um período específico é denominado ____________________________.
6. Julgue os itens a seguir (certo ou errado):
A contabilidade gerencial tem por objetivo fornecer informações, extraídas dos dados contábeis, que ajudem os administradores das empresas no processo de tomada de decisões. ___________.
A contabilidade gerencial, como qualquer outro ramo da contabilidade, está obrigada à observação estrita dos princípios contábeis geralmente aceitos; entretanto, as demonstrações e os relatórios a ela ligados podem ser elaborados de forma a atender o interesse dos usuários. __________.
A única diferença entre a contabilidade gerencial e a financeira consiste no fato de que seus usuários são diferentes. Nos demais aspectos, ambas são convergentes e similares: utilizam os mesmos dados, aplicam as mesmas técnicas e possuem o mesmo foco._____________.
7. Com relação à contabilidade gerencial e contabilidade financeira, assinale verdadeiro ou falso: 
	
	A contabilidade gerencial é direcionada aos usuários externos da informação contábil, como por exemplo bancos e fisco.
	
	A contabilidade financeira é direcionada aos usuários internos da informação como por exemplo, presidente da empresa e gerentes.
	
	A contabilidade gerencial pode se desviar dos Princípios Fundamentais de Contabilidade.
	
	A contabilidade gerencial coloca maior ênfase no futuro.
	
	A contabilidade gerencial coloca maior ênfase no passado, ou seja, fatos que já ocorreram.
	
	A informação fornecida pela contabilidade gerencial deve ser relevante e a tempo, podendo ter caráter subjetivo, possuindo menos verificabilidade e precisão.
	
	A contabilidade gerencial pode utilizar outras bases de mensuração para quantificar dados. 
	
	A contabilidade financeira utiliza custos históricos (passados).
	
	A frequência dos relatórios na contabilidade gerencial é determinada pelos gestores da empresa.
	
	A contabilidade gerencial é obrigatória por lei para todas as empresas.
CASOS PARA DISCUSSÃO E ANÁLISE
CASO 1 
A seguir apresentamos um relatório de desempenho que compara o lucro real com o lucro orçado do departamento de roupas infantis da Loja de Departamentos Newport Beach para o mês de dezembro: 
Loja de departamentos Newport Beach – Roupas InfantisRelatório de desempenho
Dezembro de 2006
	
	Orçado
	Real
	Diferença
	Receita de Vendas
	R$ 400.000,00
	R$ 450.000,00
	R$ 50.000,00
	Menos:
	
	
	
	Custo das mercadorias vendidas
	R$ 200.000,00
	R$ 270.000,00
	R$ 70.000,00
	Salários da equipe de vendas
	R$ 40.000,00
	R$ 44.000,00
	R$ 4.000,00
	Lucro
	R$ 160.000,00
	R$ 136.000,00
	(R$ 24.000,00)
Pergunta-se:
a) Que outras informações você solicitaria a empresa (cite pelo menos duas) para apresentar uma análise gerencial mais detalhada? Fundamente cada uma delas. 
b) Sugira pelo menos uma medida não monetária que poderia ser útil na análise gerencial deste caso. Explique o por quê.
c) Descreva onde ocorreu o processo de planejamento, controle e tomada de decisão neste caso.
CASO 2 
A SportShop.com vende artigos e vestuário esportivos através da internet. Em seus dois primeiros anos de operação, a empresa teve vendas relativamente altas, mas também incorreu em grandes prejuízos. A Demonstração de Resultados (enviada aos acionistas e disponível no Web site da empresa) foi a seguinte:
	
	2003
	2002
	Receita de vendas
	5.860.340,00
	1.393.500,00
	Custo das vendas
	(4.568.421,00)
	(1.165.247,00)
	Lucro bruto
	1.291.919,00
	228.253,00
	Despesas de vendas, gerais e administrativas:
	
	
	Folha de pagamento e encargos trabalhistas
	945.672,00
	654.783,00
	Despesas de escritório e ocupação
	523.160,00
	321.456,00
	Contratação de serviços e honorários profissionais
	704.880,00
	436.050,00
	Despesas com servidor de Internet
	201.458,00
	136.598,00
	Despesas gerais e administrativas
	1.173.104,00
	485.024,00
	Propaganda e promoção
	1.257.863,00
	684.571,00
	Depreciação 
	19.875,00
	12.458,00
	
	(4.826.012,00)
	(2.730.940,00)
	Prejuízo Operacional
	(3.534.093,00)
	(2.502.687,00)
Pergunta-se:
a) Suponha que você é o mais novo gerente financeiro contratado da SportShop.com. As informações na Demonstração de resultados são suficientemente detalhadas para as suas necessidades? Dê quatro exemplos de outras informações que você provavelmente iria requisitar (fundamentando cada uma delas). 
b) Sugira duas medidas não monetárias que seriam úteis para os gerentes da SportShop.com. mas que não são incluídas nos relatórios financeiros externos. 
c) A SportShop.com. atualmente reporta a sua Demonstração de Resultados no seu site na Internet. Por que a Administração da SportShop.com. relutaria em apresentar informações não monetárias juntamente com a Demonstração de Resultados no Web site da empresa? 
UNIDADE 2 - MÉTODOS DE APURAÇÃO DE RESULTADO
Existem dois métodos básicos de custeio: Custeio por Absorção e Custeio Variável ou Direto. A diferença básica entre os dois métodos está no tratamento dos custos fixos.
Método de Custeio por Absorção ou Global
“Custeio por Absorção é o método derivado da aplicação dos princípios de contabilidade geralmente aceitos, nascido da situação histórica mencionada. Consiste na apropriação de todos os custos de produção aos bens elaborados, e só os de produção; todos os gastos relativos ao esforço de fabricação são distribuídos para todos os produtos feitos” (Martins, 2000, p. 42).
Considerando que é o único Método de Custeio aceito pela Receita Federal, pelos Auditores Externos por estar de acordo com os Princípios de Contabilidade Geralmente Aceitos, é bastante utilizado, apesar das deficiências para fins gerenciais em razão da alocação arbitrária dos custos indiretos de fabricação. 
Todos os custos de produção, tanto fixos como variáveis são atribuídos ao produto final e, portanto absorvidos pela produção e pelos estoques.
Demonstração do Resultado do Exercício pelo método de custeio por Absorção:
Receita Bruta de Vendas (preço de venda x quantidade vendida)
(-) Impostos sobre as vendas
= Receita Líquida
(-) Custos Variáveis (valor por unidade x quantidade vendida)
(-) Custos Fixos (valor por unidade x quantidade vendida)
= Lucro Bruto
(-) Despesas variáveis (valor por unidade x quantidade vendida)
(-) Despesas fixas (total do período)
= Resultado
Método de Custeio Variável ou Direto
O Custeio Variável é um tipo de custeamento que consiste em considerar como Custo de Produção do período apenas os Custos Variáveis incorridos. Os custos fixos, pelo fato de existirem mesmo que não haja produção, não são considerados como Custo de Produção, e sim como despesas.
Os custos variáveis são considerados como atribuídos aos Produtos. Os fixos são tratados como despesas do período e não são incluídos nos estoques. Não é considerado como de acordo com os Princípios de Contabilidade Geralmente Aceitos e, portanto deve ser utilizado apenas em Relatórios Internos de Informações Gerenciais.
Demonstração do Resultado do Exercício pelo método de custeio Variável ou Direto:
Receita Bruta de Vendas (preço de venda x quantidade vendida)
(-) Impostos sobre as vendas
= Receita Líquida
(-) Custos Variáveis (valor por unidade x quantidade vendida)
(-) Despesas Variáveis (valor por unidade x quantidade vendida)
= Margem de Contribuição
(-) Custos Fixos (total do período)
(-) Despesas fixas (total do período)
= Resultado
EXERCÍCIOS
1. No segundo trimestre de 2007, determinada indústria concluiu a produção de 600 unidades do item X2, tendo vendido 400 dessas unidades, ao preço unitário de R$ 120,00.
No mesmo período foram coletadas as seguintes informações:
· Custo variável unitário: R$ 20,00
· Total de custos fixos: R$ 18.000,00
· Despesas variáveis de vendas: R$ 2,00 por unidade.
· Inexistência de Estoque inicial de Produtos no período.
Pede-se apurar o resultado pelos métodos de custeio por absorção e variável, bem como o valor do estoque final pelos dois métodos.
2. Determinada empresa industrial apresenta a seguinte estrutura:
· Custos de Produção: Fixos R$ 300.000,00 e Variáveis R$ 9,00 por unidade
· Despesas variáveis de vendas R$ 2,50
· Despesas fixas de vendas, administrativas e financeiras R$ 120.000,00.
· Preço de venda R$ 20,00.
Supondo-se ainda que o nível de produção em determinado período tenha atingido 80.000 unidades e as vendas 60.000 unidades. Inexistindo estoques no início do período, pede-se: Apurar o Lucro e os Estoques Finais pelos métodos de Custeio por Absorção e Variável.
3. A indústria ALFA teve os seguintes gastos de produção em outubro:
	Total dos Gastos
	R$
	Matérias-primas e mão-de-obra direta
	150,00 p/ unidade
	Custos de produção fixos
	150.000,00
No mês de outubro produziu 3.000 unidades, das quais 2.000 foram vendidas durante o mês, ao preço de venda de R$ 400,00 cada. Os impostos sobre as vendas representam 18%, e no mês as despesas operacionais fixas totalizaram R$150.000,00. 
Com base nas informações disponíveis, supondo que não havia estoques em 30 de setembro, apure o resultado do mês de outubro, utilizando os métodos de custeio por Absorção e Variável. Calcule também o valor dos estoques finais. 
4. Apurar o Resultado e o estoque final pelos métodos de custeio por Absorção e Variável, utilizando a seguinte estrutura de custo, porém assumindo que, no mês de dezembro, a empresa Delta produza 50 e venda 30 unidades.
 O preço de venda é de R$ 700,00 e não havia estoques iniciais.
	 Custos e Despesas Variáveis 
	R$
	Matérias-primas por unidade produzida
	80,00
	Mão-de-obra direta por unidade produzida
	20,00
	Despesas Variáveis de Vendas por unidade 
	20,00
	Custos e Despesas Fixas
	 R$
	Custos Fixos de Produção
· Depreciação 
· Mão-de-obra indireta
· Outros custos 
Despesas Gerais Fixas
	500,00
5.500,00
4.000,00
 4.000,00
5. A indústria Mega está produzindo 90.000 unidades de seu único produto, com um custo variável unitário de R$ 84,00 e custo fixo unitário de R$ 28,00, apurado pelo método de custeio por absorção. Para atender a demanda de 125.000 unidades feita pelo mercado consumidor, ela passou a produzir 140.000 unidades de seu produto, mantendo inalterável a sua estrutura atual de custos. Considerando tais informações,o valor do estoque da Mega, ao final do novo período produtivo, será, em reais, de: 
6. Beneficiadora de Resíduos de Pescados Boa Pesca Ltda.
A Boa Pesca Ltda. é uma pequena empresa cearense especializada na industrialização dos resíduos de pescados. Tais resíduos são adquiridos das diversas indústrias que exploram as atividades de pesca na região. 
Um de seus principais produtos é um pó produzido com base na cartilagem de tubarão. Está comprovado cientificamente que esse pó é rico em cálcio e fósforo. 
Cada pote de 100 gramas do produto acabado (pó de cartilagem de tubarão) é vendido por R$ 85,00.
Seguem as informações sobre os gastos do mês de novembro da Boa Pesca Ltda. 
	Beneficiadora de Resíduos de Pescados Boa Pesca Ltda. 
	Gastos do mês de novembro
	R$
	Gastos variáveis
	
	Transporte dos resíduos de cartilagem de tubarão (matérias-primas) 
	10.000,00
	Custo com demais matérias-primas e materiais diretos 
	14.200,00
	Custo total com a mão-de-obra para a industrialização
	11.500,00
	Manutenção das máquinas da fábrica
	1.000,00
	Energia elétrica da fábrica
	500,00
	Comissões dos vendedores 
	3.000,00
	Impostos sobre as vendas
	10.400,00
	
	
	Gastos fixos
	
	Aluguel do prédio do escritório administrativo 
	1.500,00
	Aluguel do prédio da fábrica
	1.600,00
	Energia elétrica do escritório
	300,00
	Seguro e vigilância da fábrica
	700,00
	Salários e encargos do pessoal administrativo
	8.500,00
	Depreciação das máquinas e equipamentos da fábrica
	1.300,00
	Depreciação das máquinas do escritório administrativo 
	250,00
	
	
	Total dos gastos variáveis mais fixos
	64.750,00
Durante o mês de novembro, foram produzidos 1.200 potes de pó de cartilagem de tubarão, com 100 gramas cada. 
Com base nas informações anteriores, apure o resultado do mês de novembro e o saldo dos estoques de produtos acabados em 30 de novembro, com a utilização do:
a)
método do custeio por absorção; 
b)
método do custeio variável. 
Supondo que foram vendidos 900 potes de 100 gramas do produto acabado (pó de cartilagem de tubarão), por R$ 85,00 cada.
7. A fábrica Divina Delícia. 
Após anos comercializando com grande sucesso os doces Compota e Cascão, a Fábrica Divina Delícia Ltda. iniciou uma fase difícil. Novos fabricantes, dotados de máquinas e equipamentos mais novos e eficientes, passaram a conquistar com cada vez mais intensidade o até então mercado cativo da Divina Delícia. O mercado para o produto Cascão tornou-se extremamente competitivo. A empresa que possuía uma capacidade instalada que permitia a produção de 600.000 kg mensais de doces, passou a produzir e comercializar apenas 250.000 kg. A indústria também fora obrigada a cortar o preço em quase 30%.
Em outubro do ano passado, Luiz Meira, diretor de Marketing e Finanças andava preocupado. Segundo suas palavras:
“Do jeito que as coisas andam, eu não sei não. Nossa rentabilidade está diminuindo ano a ano. Precisamos encontrar uma solução imediata. Talvez seja preciso eliminar o produto Cascão. Porém, creio que esta decisão pouco incrementaria as vendas do produto Compota.”
Para ajudar Meira em seu processo de tomada de decisões, foram fornecidos alguns dados contábeis financeiros da empresa do mês passado. 
Tudo o que é produzido é imediatamente comercializado.
Com base nesses números, elabore o DRE por produto da empresa, empregando o Sistema de Custeio por Absorção e os gastos totais com mão de obra direta como critério de rateio dos custos indiretos. Pede-se analisar:
a) A lucratividade contábil do produto Cascão é, de fato, negativa? 
b) A fabricação do produto deveria ser suspensa? 
	DESCRIÇÃO DO GASTO
	VALOR (R$)
	Mão de obra direta alocada ao produto Compota (variável)
	80.000,00
	Preço por Kg do produto Compota
	4,50
	Materiais diretos consumidos (Compota = 70%, Cascão = 30%) 
	300.000,00
	Outros custos indiretos (todos fixos)
	50.000,00
	Depreciação das máquinas e equipamentos fabris
	60.000,00
	Produção e vendas mensais do produto Cascão
	150.000 Kg
	Preço por Kg do produto Cascão
	1,50
	Mão de obra direta alocada ao produto Cascão (variável)
	120.000,00
	Produção e vendas mensais do produto Compota
	100.000 Kg
	Aluguel do galpão da fábrica
	40.000,00
UNIDADE 3 - ANÁLISE DO CUSTO/LUCRO/VOLUME
MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO
A análise da Margem de Contribuição é um instrumento que os gerentes usam para tomar decisões. Do ponto de vista da margem de contribuição, as despesas são classificadas como fixas ou variáveis. Os custos variáveis são deduzidos das vendas para obter a margem de contribuição. Os custos fixos são então subtraídos da margem de contribuição para obter a renda líquida. Essa informação ajuda o gerente a:
1. Decidir sobre o que deve diminuir ou expandir uma linha de produção.
2. Avaliar alternativas provenientes da produção, de propagandas especiais etc...
3. Decidir sobre estratégias de preço, serviços ou produtos.
4. Avaliar o desempenho.
Por exemplo, a análise da margem de contribuição indica como melhorar a utilização da capacidade da empresa, como formular o preço para uma concorrência e se deve aceitar um pedido mesmo que o preço de venda seja menor do que o preço normal.
Daí a necessidade de operar-se ao máximo a capacidade produtiva da empresa, porque quanto maior a produção, menor será o custo fixo por unidade, possibilitando um lucro maior.
EXEMPLO:
Suponhamos um produto X cujo preço de venda unitário seja R$15,00 e os custos variáveis sejam R$3,00 de matéria-prima e R$4,00 de mão de obra direta. Além desses custos variáveis, a empresa, por ocasião da venda, incorre no pagamento de comissões aos vendedores, à base de 5% do preço de venda, e de impostos, a base de 15% do mesmo.
A margem de contribuição unitária é dada pela fórmula:
MCUnitária= PV - CV - DV
onde:
MCU= margem de contribuição unitária
PV= preço de venda
CV= soma dos custos variáveis (por unidade)
DV= soma das despesas variáveis (por unidade)
No exemplo acima, aplicando-se a fórmula, teríamos:
MCU= 15,00 - (3,00 + 4,00) - (2,25 + 0,75)
MCU= 5,00
Podemos entender margem de contribuição como a parcela do preço de venda que ultrapassa os custos e despesas variáveis e que contribuirá (daí o seu nome) para a absorção dos custos fixos e, ainda, para formar o lucro.
Continuando com o exemplo, vimos que a MC unitária é de R$ 5,00 para absorver os custos fixos e gerar lucros. Se a empresa estiver produzindo e vendendo 300 unidades por período, a margem de contribuição total desse produto será igual a R$ 1.500,00 ( 300 x 5,00). Ou seja, o produto contribui com 1.500,00 para a absorção dos custos fixos e para a formação do lucro. 
PONTO DE NIVELAMENTO OU EQUILÍBRIO
Antes que seu negócio possa gerar lucro, deve-se entender o conceito de equilíbrio. Para alcançar o equilíbrio nas linhas de produção e/ou serviço do departamento, deve-se calcular o volume de vendas necessário para cobrir os custos e como usar essa informação. Deve-se também entender como os custos reagem com as mudanças de volume.
A expressão ponto de equilíbrio, tradução de Break Ever Point (ponto de ruptura), refere-se ao nível de venda em que não há lucro nem prejuízo, ou seja, onde os custos totais são iguais as receitas totais. Os recursos gerados servem tão somente para remunerar os fatores de produção e operacionalização
Fórmula para o cálculo do ponto de equilíbrio:
PEcontábil = custos fixos (totais) + despesas fixas (totais) 
 
 MCUnitária 
Onde, MCUnitária = PV – CV – DV 
Ou:
PEcontábil = custos fixos (totais) + despesas fixas (totais) 
 
PV – CV – DV 
EXEMPLO:
Supondo-se uma empresa com os seguintes dados:
Preço unitário de vendas
R$ 500,00
Custos + despesas variáveis
R$ 350,00 p/ unid.
Custos + despesas fixas
R$ 600.000,00 p/ mês
1) Quantas unidades são necessárias para se atingir o Ponto de Equilíbrio? 
2) Qual a receita neste ponto?
1)
600.000,00
= 4000 unidades
PE = 
500,00 - 350,00
2) Receita = 4000 x 500,00 = 2.000.000,00
Com este volume devendas teremos:
 Margem de contribuição total (4000 x 150,00)
600.000,00
(-) custos + despesas fixas
600.000,00
Lucro
 zero
A partir da unidade 4001, cada margem de contribuição unitária que até então contribuía para a cobertura dos custos e despesas fixos, passa a contribuir para a formação do lucro.
EXERCÍCIOS
1. Com os dados a seguir calcule o ponto de equilíbrio contábil:
· Preço de vendas unitário R$ 1.000,00
· Margem de contribuição unitária: R$ 400,00
· Custo fixo total: R$ 300.000,00
2. Uma companhia industrial apresentou R$ 66.000,00 de custos fixos e R$ 192.000,00 de custos variáveis, tendo produzido 2400 unidades. Considerando que a margem de contribuição unitária é de R$ 40,00, qual será o preço de venda unitário e o ponto de equilíbrio contábil?
3. Uma empresa industrial apresenta os seguintes custos de produção para 1300 unidades:
· Custos fixos totais R$ 9.000,00
· Custos variáveis unitários R$ 80,00
· Preço unitário de venda R$ 100,00
Qual é a margem de contribuição unitária e o ponto de equilíbrio contábil?
4. Uma empresa industrial apresentou as seguintes informações em um período (para um total de 1000 unidades de produto).
· Receita de vendas R$ 900.000,00
· Custos fixos R$ 240.000,00
· Custos variáveis R$ 330.000,00
Qual é a margem de contribuição unitária?
5. A Empresa Paulista de Trompetes através de um levantamento na sua contabilidade de custos, chegou a seguinte conclusão com respeito aos seus custos e despesas:
Custos e despesas fixos:
Depreciação de equipamentos
R$ 100.000,00/ano
Mão de obra indireta
R$ 400.000,00/ano
Impostos e seguros da fábrica
R$ 38.000,00/ano
Despesa vendas
R$ 150.000,00/ano
Custos e despesas variáveis:
Materiais diretos
R$ 200,00/unid
Mão obra direta
R$ 100,00/unid
Embalagem
R$ 70,00/unid
Comissões vendedores
R$ 20,00/unid
Outros
R$ 10,00/unid
Sabendo-se que o preço de venda é de R$ 2.000,00/unid:
a) Quantos trompetes devem ser produzidos e vendidos por ano para a empresa atingir o ponto de equilíbrio contábil? 
b) Qual o valor da receita neste ponto? 
6. Os custos e despesas da Poraquê Industrial foram os seguintes:
	Custos/despesas
	Fixos (total)
	Variáveis (p/ unidade)
	Mão de obra direta
	-
	5,00
	Materiais
	-
	21,00
	Luz
	3.000,00
	0,20
	Manutenção
	1.000,00
	0,10
	Mão de obra indireta
	2.500,00
	0,40
	Seguro
	10.000,00
	0,10
	Outras despesas
	30.000,00
	0,80
A capacidade normal de operação da fábrica é de 10.000 unidades, e o preço de venda é de R$ 40,00 p/ unidade.
Pede-se:
a) Determinar a margem de contribuição unitária. 
b) Determinar o lucro com base na venda de toda a produção. 
Por força de mercado a empresa reduziu o preço de seu produto em 10%, ao mesmo tempo em que seus custos variáveis aumentaram 20%, assim sendo:
c) Determinar a nova margem de contribuição unitária e o novo lucro, sabendo-se que os volumes de produção e venda continuam os mesmos. É viável manter o produto no mercado? Porquê?
7. Suponha que a Guaíba Posters, um pequeno varejista de posters, tenha custos operacionais fixos de R$ 3.000,00, que seu preço de venda por unidade (pôster) seja de R$ 15,00 e seus custos operacionais variáveis sejam de R$ 5,00 por unidade. Qual é o ponto de equilíbrio contábil em unidades? 
8. Maria Lorenzi é proprietária de uma loja de sorvetes em West Yellowstone, Montana, que funciona durante os meses de verão. A loja atende basicamente aos turistas que passam pela cidade a caminho do Parque Nacional de Yellowstone.
Maria não sabe como fixar o preço dos sorvetes de casquinha, e experimentou dois preços em duas semanas sucessivas de agosto, durante a alta temporada. O número de pessoas que entraram na loja foi aproximadamente o mesmo nas duas semanas. Na primeira semana, Maria vendeu 1500 sorvetes a $1,89; na segunda, vendeu 2340 sorvetes a $1,49. O custo variável de um sorvete é de $0,43 e consiste unicamente nos custos do sorvete e da própria casquinha. As despesas fixas da loja são de $ 675 por semana.
PEDE-SE: a) Maria ganha mais vendendo a $1,89 ou a $1,49? Demonstre numericamente; b) Calcule o ponto de equilíbrio contábil nas duas semanas. 
PONTO DE EQUILÍBRIO FINANCEIRO
É representado pelo volume de vendas necessárias para que a empresa possa cumprir com seus compromissos financeiros. Como a depreciação não representa um desembolso imediato, a mesma é excluída para o cálculo do ponto de equilíbrio financeiro.
PE financeiro = [custos fixos (totais) + despesas fixas (totais)] - DEPRECIAÇÃO 
 PV – CV – DV 
PONTO DE EQUILÍBRIO ECONÔMICO
Leva em consideração também o lucro desejado pelos sócios, ou seja, é a quantidade necessária para cobrir os custos e despesas, e ainda “sobrar” dinheiro.
PE econômico = custos fixos (totais) + despesas fixas (totais) + LUCRO DESEJADO 
 PV – CV – DV 
CONTINUAÇÃO EXERCÍCIOS
9. A empresa Paulista de Trompetes produz um único produto que é vendido, em média, por $200,00 cada unidade; sobre esse preço incidem impostos de 15%. 
Sua estrutura de custos e despesas é a seguinte:
	Matéria Prima
	R$ 20,00 por unidade
	Material de Embalagem
	R$ 10,00 por unidade
	Peças, partes e componentes
	R$ 7,00 por unidade
	Salários da produção
	R$ 40.000,00 por período
	Salários da administração
	R$ 15.000,00 por período
	Depreciação dos equipamentos de fábrica
	R$ 10.000,00 por período
	Seguro dos bens da administração
	R$ 1.500,00 por período
a) O ponto de equilíbrio contábil em unidades físicas e em valor monetário.
b) O ponto de equilíbrio financeiro em unidades físicas e em valor monetário.
10. O Hotel Porta das Maravilhas possui 100 apartamentos, todos da categoria Standard Simples. Sua estrutura de custos, despesas e receita é a seguinte:
	Preço da diária por apartamento líquido de tributos
	R$ 150,00
	Despesas variáveis por apartamento
	10% (preço de locação)
	Custo variável por apartamento por dia
	R$ 90,00
	Custos fixos anuais
	R$ 480.000,00
	Despesas fixas anuais
	R$ 60.000,00
Pede-se calcular:
a) O ponto de equilíbrio contábil em número de diárias.
b) O ponto de equilíbrio contábil em valor. 
c) A capacidade teórica do hotel, em termos de número máximo de diárias por ano.
d) O lucro operacional do hotel, considerando-se uma taxa de ocupação de 80%. 
11. A empresa Toshimp, produtora de televisores, tem patrimônio líquido (PL) de R$12.000.000 e produz um único modelo, de um único tamanho. Esse produto é vendido, em média, por R$ 555,00 cada unidade, e sobre esse preço incidem impostos de 10%.
O custo de matéria-prima, material de embalagem, peças, partes e componentes é de R$ 299,50 por unidade; os custos fixos atingem R$ 1.600.000,00 por período; 20% desse valor correspondem à depreciação de máquinas e equipamentos da fábrica; e as despesas fixas de administração e vendas, R$400.000,00, também por período.
Pede-se calcular:
a) O ponto de equilíbrio contábil em unidades físicas e em valor monetário.
b) O ponto de equilíbrio financeiro em unidades físicas e em valor monetário.
c) O ponto de equilíbrio econômico, em unidades físicas e em valor monetário, considerando que o lucro mínimo desejado pelos acionistas é de 10% do PL.
12. A Empresa Comp-ID presta serviços de consultoria e possui a seguinte estrutura de preço, custos e despesas:
	Preço por hora de consultoria, líquido de tributos
	R$ 250,00
	Despesas variáveis
	25% (dos honorários cobrados)
	Custo variável por hora de consultoria
	R$ 100,00
	Custos fixos mensais
	R$ 300.000,00
	Despesas fixas mensais
	R$ 50.000,00
Pede-se calcular:
a) O ponto de equilíbrio contábil em quantidade de horas.
b) O ponto de equilíbrio contábil em valor.
c) O ponto de equilíbrio contábil, em quantidade de horas, caso a empresa reduza seu preço de consultoria em 20%. 
13. Com base na análise Custo x Volume x Lucro, considerando os gráficos 
abaixo, marque (V) para as afirmativas verdadeiras e (F), para as falsas.
 Receitas TotaisReceitas Totais
$ mil $ milCustos Totais
Custos Totais
240 240Ponto de Equilíbrio
200Ponto de Equilíbrio200
160 160
120 120Custos Fixos
80Custos Fixos80
40 40
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 500 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
Unidades(Milhares) Unidades(Milhares)
EMPRESA A EMPRESA B
a) ( ) Ao analisar-se o ponto de equilíbrio da empresa A, pode-se afirmar que o custo variável unitário é $4,90. 
b) ( ) O preço unitário de venda da empresa A é $8,10. 
c) ( ) A margem de contribuição unitária da empresa A é $4,20.
d) ( ) s custos fixos totais da empresa A são $80.000.
e) ( ) O ponto de equilíbrio monetário da empresa A é 25.000 unidades.
f) ( ) Com relação à empresa B, pode-se afirmar que seus custos fixos totais são $240.000.
g) ( ) O custo variável unitário da empresa B é $4,00.
h) ( ) O preço de venda unitário da empresa B é $8,00. 
i) ( ) A margem de contribuição unitária da empresa B é $4,00. 
j) ( ) O ponto de equilíbrio físico da empresa B é 30.000 unidades.
14. A empresa XYZ produz um só produto e, ao elaborar o seu orçamento corporativo, projetou a seguinte estrutura de preço e custo. 
	PRIVATE
Preço de venda por unidade
	$200,00
	Custos variáveis por unidade
	$140,00
	Custos fixos totais
	$120.000,00
Os acionistas definiram que o lucro antes dos juros e do imposto de renda deverá ser de $ 240.000. Para atender tal premissa, qual deverá ser o volume de vendas em unidades?
15. A Cia. Monte Sião possui uma capacidade instalada para 200.000 unidades de produção do produto X. O preço de venda do produto é de R$ 5,00 a unidade, sendo o custo e as despesas variáveis unitárias de R$ 2,00. Sabendo-se que o custo e as despesas fixos montam a R$300.000,00 o ponto de equilíbrio contábil da empresa será, em reais, de:
a) 750.000,00
b) 600.000,00
c) 550.000,00
d) 500.000,00
e) 450.000,00
16. A empresa Y, produzindo e vendendo 50.000 unidades do produto X, apresentou os custos abaixo:
· Custos fixos totais: R$ 1.100.000,00
· Custos variáveis totais: R$ 5.000.000,00
· Ponto de equilíbrio contábil: 20%
Com base nesses dados, o preço de venda do produto X, em reais é de:
a) 210,00
b) 200,00
c) 180,00
d) 175,00
e) 150,00
17. A Indústria Diamantina apresentou as informações relativas aos três produtos que fabrica, referentes ao mês de dezembro de 2005, com valores em reais:
	Prod.
	MP
	MOD
	Custo indireto Variav.
	Custo fixo indireto
	Soma dos custos
	Preço venda
	Lucro unit.
	Volume vendas
	A
	10,00
	8,00
	2,00
	6,00
	26,00
	39,00
	13,00
	8.000
	B
	15,00
	12,00
	3,00
	8,00
	38,00
	50,00
	12,00
	6.000
	C
	20,00
	15,00
	5,00
	10,00
	50,00
	66,00
	16,00
	5.000
Sabendo-se que a tabela acima corresponde a valores unitários, com base exclusivamente nesses dados, pode-se afirmar que a margem de contribuição unitária dos produtos em reais, é:
	
	Produto A
	Produto B
	Produto C
	(A)
	7,00
	4,00
	6,00
	(B)
	13,00
	12,00
	16,00
	(C)
	15,00
	15,00
	21,00
	(D)
	18,00
	27,00
	35,00
	(E)
	19,00
	20,00
	26,00
18. Os custos fixos de uma empresa equivalem a R$ 400.000,00 para uma produção mensal de 1.000 unidades, sendo que essa empresa tem capacidade de produção de 1.200 unidades. O custo variável é de R$ 300.000,00, e a Receita de Venda por produto, R$ 500,00. A quantidade de peças e o valor da receita para alcançar o ponto de equilíbrio, respectivamente, são:
a) 1.600 peças e R$ 800.000,00
b) 1.600 peças e R$ 1.000.000,00
c) 1.800 peças e R$ 900.000,00
d) 2.000 peças e R$ 800.000,00
e) 2.000 peças e R$ 1.000.000,00 
19. Quanto à relação custo/volume/lucro, marque (V) para as afirmativas verdadeiras e (F) para as falsas:
( ) Os custos fixos não variam unitariamente com a variação no volume de produção.
( ) Os custos variáveis variam unitariamente com a variação no volume de produção dentro da capacidade instalada e em condições normais de trabalho.
( ) O ponto de equilíbrio é atingido quando o volume da venda multiplicado pela margem de contribuição unitária alcança o custo fixo.
( ) Uma empresa que tenha um preço unitário de venda de determinado produto igual a $ 10,00 e custo variável unitário desse produto a $ 5,00, terá uma margem de contribuição menor que $ 5,00.
( ) A margem de contribuição total de todos os produtos deduzidos de seus custos fixos identificáveis resultará no lucro líquido da empresa no período.
PONTO DE EQUILÍBRIO PARA VÁRIOS PRODUTOS
Nos casos apresentados até aqui, onde foram trabalhados exemplos de empresas que trabalham com um único produto, a aplicação do conceito de Ponto de Equilíbrio foi de grande valia e fácil entendimento. 
Na hipótese mais realista, as empresas trabalham com diversos produtos, o que complica o assunto, já que os preços, custos e despesas variáveis são diferenciados também para cada modelo.
Ilustraremos aqui uma maneira para determinação do ponto de equilíbrio para uma empresa que trabalha com três produtos: Produto 1, Produto 2 e Produto 3.
Sabendo-se que os custos fixos comuns somam $ 488.000, considere os seguintes dados unitários:
Preço de venda
Custo variável
MC
Venda esperada
Produto 1
$ 6,00
$ 4,00
$ 2,00
62.500 un.
Produto 2
$ 7,00
$ 3,00
$ 4,00
75.000 un.
Produto 3
$ 8,00
$ 5,00
$ 3,00
112.500 un.
Primeiro passo: Calcular a participação dos produtos no total da produção, obtendo o mix em percentual.
Segundo passo: Aplicar o percentual obtido nas MCU, chegando à Margem de Contribuição Unitária Média (MCUM).
Vejamos na prática:
1º Passo: Mix de quantidade em percentual
Produto 1
62.500 un.
25%
Produto 2
75.000 un.
30%
Produto 3
112.500 un.
45%
Total
250.000 un.
100%
2º Passo: MCUM
Produto 1
Produto 2
Produto 3
(0,25x2) + (0,3x4) + (0,45x3) =
0,50 + 1,2 + 1,35 = $ 3,05
Ponto de equilíbrio em quantidade
PEC = 488.000 = 160.000 unidades
 3,05
Nota: O Ponto de Equilíbrio global é impreciso, uma vez que são possíveis diferentes combinações.
Nos casos em que os Custos e Despesas fixos forem identificados por produto, pode-se atribuir diretamente sem nenhum rateio, já os custos comuns seriam submetidos a um critério pré-estabelecido. 
Suponhamos um outro exemplo onde fossem fabricados os produtos A, B e C, onde:
os Custos e Despesas Variáveis estivessem o seguinte rastreamento:
Produto A
$ 400, por unidade
Produto B
$ 200, por unidade
Produto C
$ 350, por unidade
os preços de venda fossem:
Produto A
$ 600, por unidade
Produto B
$ 350, por unidade
Produto C
$ 600, por unidade
os Custos e Despesas Fixos de $ 400.000 fossem assim distribuídos:
Identificados com o Produto A: 
$ 110.000
Identificados com o Produto B: 
$ 60.000
Identificados com o Produto C: 
$ 125.000
Comuns a todos os Produtos: 
$ 105.000
Total 
$ 400.000
Teríamos o PEC específico, por produto:
A: 110.000 = 550 unid.
 200
B: 60.000 = 400 unid.
 150
C: 125.000 = 500 unid.
 250
Para amortizar os custos comuns que somam $ 105.000, há algumas possibilidades, desde atribuí-los a apenas um tipo de produto, como de ratear igualmente entre os produtos.
Se dividíssemos simplesmente em três partes iguais, teríamos 105.000/3 = 35.000 para cada produto, onde encontraríamos:
PE de A: 35.000 /200 = 175 unid. que somada às 550 unid. do PE específico, seu PE global seria de 725 unidades.
PE de B: 35.000 /150 = 233,3 unid. que somada às 400 unid. do PE específico, seu PE global seria de 633,3 unidades.
PE de C: 35.000 /250 = 140 unid. que somada às 500 unid. do PE específico, seu PE global seria de 640 unidades.
Lembrando que essa é uma das várias combinações de A, B e C capazes de calcular o PE da empresa.
CONTINUAÇÃO EXERCÍCIOS
1 - A Indústria Bomboleio apresentou as informações relativas aos seus três produtos, referentes ao mês de dezembro de 2013, com valores em reais:
	Prod
	MP
	MOD
	Custo indireto Variav.
	Preço venda
	Lucro unit.
	Volume vendas
	A
	10,00
	8,00
	2,00
	39,0013,00
	8.000
	B
	15,00
	12,00
	3,00
	50,00
	12,00
	6.000
	C
	20,00
	15,00
	5,00
	66,00
	16,00
	5.000
Sabendo-se que os custos fixos da produção somaram $ 146.000, que a tabela acima corresponde a valores unitários e com base exclusivamente nesses dados, pode-se afirmar que:
a) O PEC dos produtos é de:
b) Considerando que os custos e despesas fixos sejam identificáveis, atribuindo 30% ao Produto A, 40% ao Produto B e 12% ao Produto C, cuja parcela restante seja comum e dividida igualmente, calcule o PE por produto.
MARGEM DE SEGURANÇA
A margem de segurança corresponde ao volume de vendas eu extrapolam as vendas no ponto de equilíbrio. Pode-se analisar a margem de segurança das vendas orçadas ou realizadas.
MS = Vendas orçadas ou reais – vendas no PE
%MS ou IMS = MS /vendas totais
CONTINUAÇÃO EXERCÍCIOS
1. Uma fábrica de churrasqueiras comercializa seu produto a R$ 1.200,00 por unidade e apresenta custos variáveis unitários de R$ 700,00 e custo total por unidade produzida de R$ 1.000,00. Foram produzidas e vendidas 100 unidades, o que corresponde à capacidade máxima de produção da fábrica.
A margem de segurança em quantidade, quando a fábrica opera em sua capacidade máxima, é:
a) 10 churrasqueiras.
b) 20 churrasqueiras.
c) 30 churrasqueiras.
d) 40 churrasqueiras.
e) 50 churrasqueiras.
2. Qual é a margem de segurança da empresa Poderosa Ltda., cujo produto em o custo variável de $ 6,90/un., impostos sobre as vendas de 10%, preço de venda de $ 16,00? Considere que os custos fixos mensais são de $ 18.000 e que a produção /vendas mensal é de 4.000 unidades. Responda em valor monetário e aponte o índice que corresponde.
ALAVANCAGEM OPERACIONAL 
O termo alavancagem vem da condição de levantar lucros em proporções maiores do que o normalmente esperado, maximizando o uso dos custos e despesas fixas na estrutura de custos existente.
A Alavancagem Operacional (AO) é dependente da margem de contribuição, pois varia em função da representatividade dos custos e despesas variáveis sobre o preço de vendas. 
O Grau de Alavancagem Operacional (GAO) tem como finalidade avaliar a variação percentual do lucro operacional em relação ao nível de vendas (receitas operacionais) do exercício. Um aumento ou diminuição da receita bruta % gera um aumento ou diminuição do resultado operacional num % sempre maior. 
O cálculo do grau de alavancagem operacional é dado pela seguinte equação:
GAO = margem de contribuição / lucro
Exemplo: Uma confecção de camisetas que tem a capacidade de produzir e comercializar até 22.000 peças por mês ao preço de $ 4,50 apresenta a seguinte estrutura de custos:
	Custo variável unitário
	  1,66
	Despesa variável unitária 
	  0,27
	Custos fixos totais 
	  12.960,63
	Despesas fixas totais
	  10.200,00
	
	
O demonstrativo de resultado para um volume de vendas de 22.000 peças:
DRE da Confecção de camisetas para 1 mês
	Receita
	 99.000,00
	(-) custo var. do prod. vendido
	 36.520,00
	= margem cont. bruta
	 62.480,00
	(-) despesas var. de vendas
	 5.940,00
	= margem cont. líquida
	56.540,00
	(-) custos fixos
	12.960,63
	(-) despesas fixas
	10.200,00
	= LAIR
	33.379,37
A alavancagem da Confecção de camisetas de acordo com DRE: 56.540,00 / 33.379,37 = 1,69386
 Isso significa que seu lucro cresce 1,69 vezes mais rápido que suas vendas, se, por exemplo, a confecção aumentar suas vendas em 30%, passando de $ 99.000,00 para $128.700,00, seu lucro aumentará em 50,8% (1,69386 x 30%) passando assim de $33.379,37 para aproximadamente $50.341,37.
A AO vem medir qual será a proporção do risco relacionado com os gastos fixos da empresa. O impacto da AO diminuirá na proporção do crescimento das vendas acima do Ponto de Equilíbrio, resultando assim em um lucro maior.
Se o gestor conhecer o ponto de equilíbrio e a alavancagem operacional terá subsídios para estipular metas de produção e vendas, ciente do impacto no resultado econômico da empresa, o que não ocorreria se as metas fossem determinadas sem critério técnico. De posse dos dados de mercado, pode ainda passar a empresa para uma política mais agressiva, aumentando o GAO, cuja decisão provocará no aumento do risco para a empresa.
EXERCÍCIOS
1. Segue abaixo os saldos das contas relativas à movimentação da Empresa Castellana em determinado período, com 1.870 unidades vendidas:
Custos Variáveis..............750.000
Custos Fixos....................400.000
Despesas Fixas................160.000
Vendas.........................1.870.000
Despesas Variáveis.........240.000
Com base nos dados apresentados calcule:
a) o GAO no período: ______________________________
b) Considere que a empresa aumentou 20% do seu preço de venda e que o mesmo foi absorvido pelo mercado. Qual o novo GAO e LL? ______________ e ______________
UNIDADE 4 - RECEITAS E CUSTOS RELEVANTES E O PROCESSO DECISÓRIO
Cada gerente tem um método chamado modelo de decisão, para decidir entre linhas diferentes de ação.
O modelo de decisão é o método formal de se fazer uma escolha.
O gestor toma decisões sobre eventos econômicos sob sua responsabilidade, sendo que esta deve ser sistematizada por um processo de tomada de decisão e ocorre pela necessidade de se optar por caminhos alternativos, tanto para a necessidade de solucionar determinado problema quanto para a necessidade de aproveitar determinada oportunidade, em decorrência de um futuro estado do ambiente em relação à empresa. 
Para a ocorrência de uma decisão sobre um evento é necessário que existam pelo menos duas alternativas de ação; por exemplo, a possibilidade ou não de tomar ou não tomar uma decisão: qualquer uma das decisões irá provocar determinadas consequências. 
Etapas sequenciais para tomada de decisão:
· Etapa 1 – Obtenção de informações.
· Etapa 2 – Elaboração das previsões.
· Etapa 3 – Escolha de uma alternativa.
· Etapa 4 – Implantação da decisão.
· Etapa 5 – Avaliação do desempenho.
CUSTOS E RECEITAS RELEVANTES
Os conceitos mais importantes na tomada de decisão são os custos e receitas relevantes.
Custos relevantes são os custos futuros esperados que se tornam diferentes em linhas de ação alternativas.
Receitas relevantes são as receitas futuras esperadas que se mostram diferentes em linhas de ação alternativas.
PEDIDO ESPECIAL
A administração algumas vezes se vê diante da decisão de aceitar ou recusar encomendas especiais, quando existe capacidade ociosa e a encomenda não traz consequências em longo prazo.
Exemplo:
A indústria MACIEX produz toalhas de banho com capacidade mensal de 48.000 toalhas e produção atual de 30.000 unidades por mês. As lojas de varejo respondem pela totalidade das vendas. A expectativa de resultados encontra-se abaixo (previsões). Os custos de fabricação unitários R$ 12 consistem em materiais R$ 6 (todos variáveis), mão de obra direta R$ 2 (R$ 0,50 dos quais são variáveis), e custo de fabricação indireto R$ 4 (R$ 1 do qual é variável). As despesas de marketing por unidade são de R$ 7 (R$ 5 dos quais são variáveis). A fábrica não tem custos de P & D ou design. As despesas de marketing incluem distribuição e atendimento ao cliente.
Uma cadeia de hotéis de luxo propõe a compra mensal de 5.000 toalhas, nos próximos 3 meses, a R$ 11 a unidade. Não se espera qualquer venda subseqüente para este cliente. Não serão necessárias despesas de marketing para o pedido especial e não se espera que a aceitação da encomenda especial afete o preço ou a quantidade de toalhas vendidas aos clientes regulares. A fábrica deve aceitar a proposta? Fundamente.
Dados:
	DRE P/ AGOSTO – Custeio por Absorção 
	P/ Unidade
	Vendas (30.000un x 20,00) 
	600.000,00
	20,00
	(-)CPV
	360.000,00
	12,00
	= Lucro Bruto
	240.000,00
	8,00
	(-) Despesas Marketing
	210.000,00
	7,00
	= Lucro Operacional
	30.000,00
	1,00
2. Uma empresa possui estoque de 1.000 peças prontas de uma linha de mísseis desativada. O custo do estoque é de R$ 80.000,00. As peças podem ser (a) reprocessadas, com o custo adicional de R$ 30.000,00 e revendidas por R$ 35.000,00, ou (b) vendidas comosucata, por R$ 2.000,00. O que se deve fazer?
3. Um caminhão de R$ 100.000,00 e não-segurado é danificado no primeiro dia de uso. Ele pode (a) ser vendido, à vista, por R$ 10.000,00 e substituído por um similar, ao custo de R$ 102.000,00, ou recuperado, por R$ 85.000,00, e ficar como novo quanto ao aspecto e as características operacionais. O que se deve fazer?
4. A Woody Company fabrica e vende chinelos a R$ 10 o par. Os custos de fabricação, variáveis e fixos, são, respectivamente, R$ 4,50 e R$ 1,50 o par. Existe capacidade ociosa suficiente para aceitar uma encomenda especial de 20.000 pares de chinelos a R$ 6 o par (preço de venda). A Woody não incorrerá em quaisquer custos de marketing em razão da encomenda especial. Qual seria o efeito sobre o lucro operacional, se essa encomenda especial fosse aceita, sem afetar as vendas normais?
Restrição de capacidade de mix de produção 
Suponha-se que uma empresa fabricante de barracas de camping produza quatro modelos diferentes (A, B, C e D), apresentando as seguintes informações:
	
	Matéria-prima
	MOD
	CD total
	CIF variável
	CT variável
	
	$/unid.
	$/unid.
	$/unid.
	$/unid.
	$/unid.
	Modelo A
	28
	24
	52
	8
	60
	Modelo B
	24
	20
	44
	6
	50
	Modelo C
	80
	28
	108
	8
	116
	Modelo D
	16
	20
	36
	4
	40
Os CIF Fixos são:
MOI.....................$ 64.000/ano
Aluguéis...............$ 16.000/ano
Depreciações........$ 12.000//ano
Outros .................$ 8.000/ano
Total $ 100.000/ano
Para critério de rateio é adotada a MOD, visto que o maior item se refere à supervisão de operários. Sendo conhecedora das vantagens da utilização da Margem de Contribuição no processo de tomada de decisão, ela aloca apenas os custos variáveis, como apresentado.
	
	CT variável
	Preço de venda
	MC
	
	$/unid.
	$/unid.
	$/unid.
	Modelo A
	60
	80
	28
	Modelo B
	50
	72
	22
	Modelo C
	116
	140
	24
	Modelo D
	40
	48
	8
Observando a Margem de Contribuição do modelo, vemos que o modelo C é o que traz maior capacidade de recursos para a empresa. Porém, é preciso atender a todo o mercado, produzindo os demais modelos, mas forçando sempre a venda do C. Isso se a empresa não apresentar limitação de produção.
Caso haja limitação na capacidade produtiva, ou seja, se a empresa não conseguir atender a demanda de mercado, ela deve adaptar a sua produção à forma que lhe seja mais favorável. 
Considerando que a demanda seja:
	
	Horas-máquina necessárias
	Demanda
prevista
	Total
Horas-máquina
	
	h/unid.
	Unid.
	h
	Modelo A
	9,50
	3.300
	31.350
	Modelo B
	9,00
	2.800
	25.200
	Modelo C
	11,00
	3.600
	39.600
	Modelo D
	3,50
	2.000
	7.000
	TOTAL
	
	
	103.150
Uma vez que a sua capacidade máxima de produção alcança 97.000 horas-máquina, será preciso decidir qual modelo deixará de ser atendido ou será atendido parcialmente.
Se o objetivo do período for a maximização do lucro, podendo variar em outros momentos, onde fazer o corte das 6.150 horas que ultrapassaram a sua capacidade produtiva?
Seria fácil decidir pelo corte do modelo D, visto que oferece a menor MC (MC = 8,00), deixando assim de produzir 1.757 unidades.
6.150h = 1.757
3,50 h/un. 
Projetando então, um resultado:
	
	Quantidade
	MCU
	MC total
	
	unid.
	$/unid.
	$
	Modelo A
	3.300
	20
	66.000
	Modelo B
	2.800
	22
	61.600
	Modelo C
	3.600
	24
	86.400
	Modelo D
	243
	8
	1.944
	TOTAL MC
(-)Custos fixos
Resultado
	
	
	215.944
(100.000)
115.944
A preocupação é na maior margem de contribuição total, tendo em vista que os custos fixos estarão mantidos. Como verificar se será esta a melhor decisão? 
É preciso considerar o tempo, ou seja, a quantidade de horas-máquina que cada modelo utiliza na sua produção e calcular a MCU por hora, para saber definitivamente, qual o modelo menos rentável. Vejamos:
	
	MCU
	Tempo de Fabricação
	MC por
Hora-máquina
	
	h/unid.
	Unid.
	h
	Modelo A
	20
	9,50
	2,11
	Modelo B
	22
	9,00
	2,44
	Modelo C
	24
	11,00
	2,18
	Modelo D
	8
	3,50
	2,29
Temos então, que o modelo A é que traz a menor MC por hora-máquina. E o modelo D, que em princípio, seria o primeiro a ser eliminado, será o terceiro, ou seja, o segundo mais interessante.
Considerando, assim, o nosso exemplo, seria sempre mais interessante incentivar a produção do modelo B?
Suponhamos agora, que a empresa adquirisse outras máquinas, aumentando a sua capacidade produtiva para 140.000 hm e, consequentemente, seus custos fixos, sem aumentar o custo variável por unidade. Poderia agora, então, atender a demanda e ainda ficar com uma folga na produção de 37.000 hm.
A partir dessa mudança, mesmo que force um aumento nas vendas de 10% com campanhas publicitárias e outras ações, não atingiria a sua capacidade produtiva. Nessa situação deve formar a venda do Modelo B ou do Modelo C?
Se não houver limitação na capacidade produtiva, interessa o produto que oferece maior MC por unidade, mas, se existir, interessa o que produz maior MC pelo fator limitante da capacidade.
EXERCÍCIOS
1 – Uma indústria de automóveis fabrica dois tipos de veículos:
	Tipo
	Preço de venda
	Custo Variável Total
	Carro 4 portas
	26.000
	5.500
	Carro 2 portas
	25.800
	5.400
As maçanetas empregadas em qualquer tipo são iguais, tanto nas portas dianteiras como nas traseiras. 
No mês de abril, houve sério problema de fornecimento de maçanetas, e a empresa não conseguiu o número suficiente para a sua produção total do período. O fornecedor entregou 8.000 maçanetas.
Com base nestas informações, responda:
a) Qual tipo a empresa deverá empreender forças para vender se não houver problema na limitação da capacidade produtiva? 
b) Qual a MC pelo fator limitante da produção para o carro 2 portas e para o 4 portas? 
c) Com base no fornecimento de maçanetas, qual seria a MC da produção do carro de 2 portas e de 4 portas? 
c) Se a empresa tivesse que optar por um tipo de veículo para produzir no mês de abril, qual seria o escolhido? Por que? 
d) Qual seria a MC total de abril se a estimativa de consumo do mercado para o período fosse de 3.000 un. do carro com 2 portas?
COMPRAR OU FAZER?
O ato de decidir contratar um produto ou serviço de fonte externa é conhecida como decisão de comprar ou fazer.
Esta análise é feita a nível estratégico e operacional. Algumas situações de mercado, como: um produto desenvolvido pela empresa apresentando problemas com os fornecedores das matérias primas, implicando num aumento no custo de fabricação ou a redução na procura, levam à análise dessas hipóteses. 
O crescente aumento de empresas que utilizam o conceito de manufatura enxuta tem causado uma maior procura pela terceirização de atividades, desde a logística até serviços administrativos, configurando-se como uma tendência atual, em algumas atividades.
Burt et al (2003) preveem que uma empresa não deve terceirizar quando o item se encaixar numa das seguintes categorias: 
(1) o item é fundamental para o sucesso do produto, incluindo a percepção do cliente de atributos importantes do produto, 
(2) o item requer especialistas de design e técnicas de fabricação ou equipamentos, bem como o número de fornecedores capazes e confiáveis for extremamente limitado, e
(3) o item se encaixa bem dentro das competências principais da empresa. 
Os itens que se encaixam em uma dessas três categorias são considerados de natureza estratégica e devem ser produzidos internamente, se possível. 
Decisões qualitativas devem ser consideradas, pois incluem a confiabilidade do fornecedor em atender às exigências de qualidade e entrega e a importância estratégica da atividade que está sendo terceirizada.
Exemplo: 
O chefe do setor de limpeza de uma cidade deseja saber se estende a coleta de lixo em um novo bairro com 300 casas ou se subcontrata o serviço com terceiros a um preço anual por casa de R$ 150,00. Se decidir realizar o serviço, incorrerá em custos fixos anuais de R$ 10.000. Os custos variáveis da coleta são estimados em R$ 80/casa/ano. Qual a melhor solução para o chefe da limpeza?
Solução: No caso, a equação do custo total será CT= CF + CV x n, onde n = número de casas.
CTrecursos próprios = 10.000 + 80 x n
CTterceiros = 150 x n
Para n = 300, teremos:
CTrecursos próprios = 10.000 + 80 x 300 = R$ 34.000,00/ano
CTterceiros = 150 x 300 = R$ 45.000/ ano
Concluímos que o chefe da limpeza deverá utilizar recursos próprios.
CUSTOS EVITÁVEIS E CUSTOS NÃO-EVITÁVEIS 
De forma geral, diz-se que os custos evitáveis são eliminados ao se deixar de realizar uma determinada atividade. Assim, os custos não-evitáveis aparecerão em qualquer circunstância. Ou seja: 
CUSTOS EVITÁVEIS São aqueles que deixarão de existir se o produto (ou o departamento) for eliminado.  Exemplo: os custos de matérias-primas empregadas no produto, o valor do ordenado do gerente de produto, o custo de depreciação dos equipamentos específicos.
 CUSTOS NÃO-EVITÁVEIS São os que continuarão ocorrendo, independentemente da existência ou inexistência de qualquer produto.  Exemplo: o aluguel da loja é um custo inevitável, pois continuará existindo para servir aos outros departamentos da loja.
 Os custos evitáveis que são considerados os mais óbvios são os custos indiretos e menos óbvios e mais problemáticos na prática são os custos fixos que podem ser evitados como resultado de um curso de ação.
 EXEMPLO 1: Considere uma loja que tenha os seguintes departamentos: gêneros alimentícios (GA), mercadorias em geral (MG) e Remédios (RM).  
Departamentos                          Total    GA      MG      RM 
Receita de Vendas                     1.900    1.000    800       100  
(-) Custos Variáveis                 (1.420) (800)    (560)    (60)  
= Margem de Contribuição         480       200       240       40
 
(-) Custos Fixos  
Evitáveis                                   (265)    (150)    (100)     (15)  
Inevitáveis                                (180)    (60)      (100)    (20)
 
= Resultado (lucro ou prej.)        35      (10)       40        5
A empresa resolveu fazer um estudo de como ficaria o seu resultado se:  
A) Eliminasse o departamento de gêneros alimentícios (GA). 
B) Eliminasse o departamento de gêneros alimentícios (MG).
C) Eliminasse o departamento de remédios (RM).
 
a) ELIMINAÇÃO DO GA
 Elim. GA                                  Total    GA       MG      RM       MG + RM  
Receita de Vendas                     1.900    1.000    800       100        900  
(-) Custos Variáveis                   (1.420)  (800)    (560)    (60)      (620)  
= Margem de Contribuição          480       200       240       40        280 
 
(-) Custos Fixos  
Evitáveis                                   (265)    (150)    (100)    (15)      (115)  
Inevitáveis                                (180)     (60)     (100)     (20)     (180)  
 = Resultado (lucro ou prej.)          35       (10)      40         5        (15)
 
·        QUEDA DE R$ 50
  b) ELIMINAÇÃO DO MG
 Elim  MG                     
 Total    GA       MG      RM        GA + RM  
Receita de Vendas                     1.900    1.000    800      100       1.100 
(-) Custos Variáveis                   (1.420)  (800)    (560)    (60)      (860)  
= Margem de Contribuição            480      200       240     40        240  
 
(-) Custos Fixos  
Evitáveis                                   (265)    (150)     (100)    (15)       (165)  
Inevitáveis                                 (180)    (60)      (100)    (20)      (180) 
 = Resultado (lucro ou prej)         35         (10)       40         5         (105) 
 
·        QUEDA DE R$ 140
 
 c) ELIMINAÇÃO DO RM
 Elim  RM                                  Total    GA       MG      RM       GA + MG 
Receita de Vendas                         1.900    1.000    800       100       1.800  
(-) Custos Variáveis                   (1.420)    (800)   (560)     (60)      (1.360)  
= Margem de Contribuição             480       200       240       40        440  
 
(-) Custos Fixos  
Evitáveis                                   (265)    (150)    (100)    (15)       (250)  
Inevitáveis                                 (180)    (60)     (100)    (20)      (180) 
 = Resultado (lucro ou prej)         35      (10)        40         5            10
 
·        QUEDA DE R$ 25
EXERCÍCIOS
1 - Uma empresa “X” produtora de cabos elétricos acabou de desenvolver um novo produto de alta qualidade. O diretor da empresa quer saber se será melhor fabricar ou terceirizar a produção?
DADOS:
Fabricar
 PROCESSO A
 PROCESSO B
 COMPRAR
QTD (UNIDADE/ANO)
10.000
10.000
10.000
CUSTO FÍXO (R$/ANO)
100.000
300.000
 -
CUSTO VARIÁVEL (R$/UN.)
75
 
 70
 80
A. Qual o custo de cada uma das opções?
Logo, a primeira vista, a decisão seria pela COMPRA, uma vez que temos o menor custo.
B. E se quisermos saber qual a quantidade do ponto de equilíbrio define se devemos COMPRAR ou produzir pelo processo A?
C. Agora, a partir de quantas unidades devemos produzir pelo processo B?
2 - Proview é uma empresa de localizada no Distrito Federal que fabrica bombas para a indústria. Ela acabou de desenvolver um novo modelo de bomba de alta pressão, com melhor desempenho. O gerente de projetos quer decidir se a empresa comprar ou fabricar o sistema de controle da nova bomba. Estão disponíveis os seguintes dados: 
	
	Fabricar
	Comprar
	
	Processo A
	Processo B
	
	Volume (unidade/ano)
	15.000
	15.000
	15.000
	Custo fixo (R$/ano)
	100.000
	300.000
	-
	Custo variável (R$/ano)
	75
	70
	80
De acordo com os cálculos do exercício, responda as questões: 3, 4, 5 e 6. 
3 – Em relação ao CT (custo total) a Proview deve: 
A. Usar o processo A 
B. Usar o processo B 
C. Comprar 
D. Tanto faz o processo A ou o processo B 
E. N.D.A 
4) – A que volume de produção anual deve a Proview deixar de comprar e passar a fabricar utilizando o processo A: 
 A. 10.000 unidades 
B. 15.000 unidades 
C. 16.000 unidades 
D. 19.000 unidades 
E. N.D.A 
5 – A que volume de produção anual deve a Proview mudar do processo A para o processo B? 
A. 20.000 unidades 
B. 25.000 unidades 
C. 36.000 unidades 
D. 40.000 unidades 
E. N.D.A 
6 – Para um volume de produção de 75.000 un/ano a menor fonte de custos é: 
A. Usar o processo A 
B. Usar o processo B 
C. Comprar 
D. Tanto faz o processo A ou o processo B 
E. N.D.A 
UNIDADE 5 - PRECIFICAÇÃO
Formação de preços com base em custos 
Sob este aspecto, o pressuposto básico é que o mercado estaria disposto a pagar pelo valor determinado, cujo ponto de partida é o custo do bem ou serviço apurado segundo um dos critérios: Absorção, Variável, ABC, RKW, etc. – Preço de dentro para fora.
A técnica mais utilizada é a que adota o custeio por Absorção, por ser o método mais simples de se usar. Pelo custeio variável, deve-se optar pelo produto que oferecer a maior margem de contribuição total, considerando que é desejável conhecer o volume de vendas, e se esta permite a cobertura dos custos e despesas fixos, envolvidos na produção. O RKW (abreviação de Reichskuratorium für Wirtschaftlichtkeit), rateia todos os custos e despesas (inclusive financeiras), por departamentos, levando-os aos produtos, bastando adicionar o lucro desejável para formar o preço final. Já o custeio ABC (Activity Based Costing), que adota o mesmo critério do RKW, porém é mais evoluído, pois atribui todos os gastos por atividade até o produto. 
Contudo, tanto o RKW como o ABC, serão muito úteis numa economia centralizada (preços controlados), monopólio ou oligopólio.
O conceito de Mark-up (multiplicador de custos), é amplamente utilizado por empresas de todos os portes e pressupõe que a base para a diferenciação de preços de vendas dos produtos é o custo de cada um, que ao receber um multiplicador tem adicionado os demais elementos para a formação do preço de venda. 
Os elementos do Mark up são:
a) Despesas administrativas, comerciais e outras despesas operacionais;
b) Custo financeiro de produção e vendas;
c) ICMS,PIS, COFINS e outros incidentes sobre as vendas (excluindo-se o IPI – vide legislação);
d) Margem de lucro desejada.
Esse método apresenta deficiências como: não considerar as condições de mercado, arbitramento do percentual das despesas fixas, etc.
Fórmula para fixação do preço de venda pelo Mark-up:
 VALORES $ p/ UNIDADE (valores monetários)
 PV = 
 MARK-UP (índices percentuais)
 MARK-UP = Remuneração do risco
 Taxa de marcação
O MARK-UP é um índice aplicado sobre o custo de um bem ou serviço para a formação do preço de venda.
EXEMPLO: Janeiro/200x
Produção e vendas 1.000 unidades ICMS 17,0 %
Custos Totais R$ 6.000,00 Pis/Cofins 3,65 %
Despesas Totais R$ 3.000,00 Desp. Distrib. 3,0 %
 Lucro 10,0 %
 RESOLUÇÃO:
1º PASSO: cálculo dos valores unitários
 Custos 6.000,00 : 1.000 = R$ 6,00 p/ un.
 Despesas 3.000,00 : 1.000 = R$ 3,00 p/ un 
 Total Unitário R$ 9,00
2º PASSO: cálculo do MARK-UP
MARK-UP 17,0% ICMS
 3,65% Pis/Cofins
 3,0% Despesas Distribuição
 10,0% Margem de Lucro
 33,65%
MARK-UP DECIMAL 100% - 33,65% = 66,35% : 100 = 0,6635
MARK UP = 0,6635
3º PASSO: fixação do preço de venda 
 valor R$ 9,00
 PV = = = R$ 13,5644
 Índice % 0,6635
4º PASSO: fazer a consistência
	Preço de Venda
	
	13,5644
	
	
	
	RBV
	1000
	13.564,40
	(-) DAI
	20,65%
	2.801,05
	
	
	
	RL
	
	10.763,35
	(-) CPV
	6,00
	6.000,00
	
	
	
	LB
	
	4.763,35
	(-) DO - fixa
	3,00
	3.000,00
	 - variável
	3%
	406,93
	
	
	
	LO
	
	1.356,42
E O PREÇO DO CONCORRENTE?:
CONCORRENTE vendendo o mesmo produto a R$ 11,50 – fazer consistência para ver a viabilidade de praticar o preço do concorrente.
NOVA CONSISTÊNCIA:
	Preço de Venda
	
	11,50
	
	
	
	RBV
	1000
	11.500,00
	(-) DAI
	20,65%
	2.374,75
	
	
	
	RL
	
	9.125,25
	(-) CPV
	6,00
	6.000,00
	
	
	
	LB
	
	3.125,25
	(-) DO - fixa
	3,00
	3.000,00
	 - variável
	3%
	345,00
	LO
	
	(219,75)
Formação de preços com base no mercado
Segundo a economia, quem determina o preço de venda dos produtos e serviços é o mercado, através da oferta e da procura – Preço de fora para dentro.
O Custeio Meta ou Alvo (Target Cost) é um processo de planejamento de lucros, preços e custos eu parte do preço de venda para chegar ao custo, representando a situação inversa do que foi visto até agora.
Pode ser expresso pela fórmula:
Preço de Venda
100
(-) Margem de Lucro desejada /necessária (10)
Custo Meta
 90 
O Custo Meta ou Alvo nasce da limitação de preço do mercado e deve estar baseado num método de custeio que englobe todos os gastos, como o RKW ou ABC, visando identificar o custo máximo suportável para que a empresa atinja o retorno desejável. 
A maioria dos custos é determinada na fase de projeto, mas é na fase de planejamento que a empresa consegue alterar os custos, como por exemplo, retirando características de um produto. Porém, deve-se considerar que a mudança poderá mudar o preço que o mercado estaria disposto a pagar, bem como a quantidade a ser absorvida.
O Custo Meta ou Alvo vai além, pois envolve o gerenciamento, requerendo uma reengenharia da estratégia empresarial, que integre todos os setores da empresa, desde a engenharia, marketing, contabilidade, P&D, compras, etc. Atingindo ainda os clientes e fornecedores. Afinal, nada melhor do que conhecer os custos de todas as atividades para se ter condição de verificar àquelas que não adicionam valor e merecem ter seus gastos reduzidos, cortados ou replanejados. 
O custeio ABC atua exatamente neste propósito.
EXERCÍCIOS
1. Determinada empresa montou a seguinte estrutura de valores para produzir e comercializar 2000 unidades de um produto X:
Custos Totais - R$5.000,00
Despesas Totais - R$ 2.400,00
Sobre suas vendas incidem: ICMS - 17%; PIS/COFINS - 3,65%; FRETE - 2%.
Com base nas informações acima, auxilie o analista de custos a determinar o preço de venda do produto X com um nível de lucratividade de 20% sobre as vendas brutas. Montar a consistência para o preço obtido. 
2. Considerados os dados do exercício anterior, a empresa observou que estava com dificuldades de concluir as vendas, uma vez que um determinado concorrente vem colocando um produto similar por R$5,00 a unidade. Montar nova consistência objetivando viabilizar a venda ao preço do concorrente. 
3. A Empresa Delta montou a seguinte estrutura de valores, para produzir e comercializar o produto A:
	
	Produto A
	Produção
	4500 unidades
	Matéria Prima
	R$ 45,00 p/ unidade
	Mão Obra Direta
	R$ 27,00 p/ unidade
	CIF
	R$ 351.000,00 Total
	Despesas Operacionais
	R$ 270.000,00 Total 
Sobre suas vendas incidem: ICMS - 17%; Comissões - 6%; Propaganda - 2%; PIS/COFINS - 3,65%; Frete - 5%.
Com base nas informações acima determine o preço de venda do produto A, sabendo que a empresa deseja um lucro de 10%. 
4. A Empresa Alfa montou a seguinte estrutura de valores, para produzir e comercializar 10.000 unidades por mês de um único produto.
	Matéria Prima
	R$ 65,00 p/ unidade
	Mão Obra Direta
	R$ 35,00 p/ unidade
	Custos Indiretos Fabricação
	R$ 530.000,00 p/ mês
	Despesas Operacionais
	R$ 470.000,00 p/ mês
Sobre suas vendas incidem: Impostos - 20,65%; Comissões - 5%; Frete - 3%.
Com base nas informações acima, determinar o preço de venda para os seguintes níveis de lucratividade:
a) Lucro de R$ 50.000,00 
b) Lucro de R$ 20,00 p/ unidade. 
5. A Empresa Gama tem como política para fixar preço de venda, adicionar 100% sobre o valor que paga pela aquisição de suas mercadorias.
Suas despesas somam R$ 1.000.000,00 p/ mês.
Abaixo outras informações:
	Mercadoria
	Preço Aquisição
	Volume vendas/mês
	A
	R$ 2.000,00 p/ unidade
	900 unidades
	B
	R$ 2.800,00 p/ unidade
	1100 unidades
As despesas são distribuídas com base na proporção do volume de vendas de cada mercadoria.
A empresa paga comissão de 20% aos vendedores e 20,65% de impostos.
Com base nesses dados, qual é o resultado atual que a empresa vem obtendo? 
 A percepção do desconhecido é a mais fascinante das experiências. O homem que não tem os olhos abertos para o misterioso, passará pela vida sem ver nada.
(ALBERT EINSTEIN)
SUCESSO A TODOS!!!!!!

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