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Trabalho Julgamento de Nuremberg

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DISCIPLINA: INTITUIÇÕES JUDICIÁRIAS E ÉTICA
TRABALHO SOBRE: O FILME JULGAMENTO DE NUREMBERG
 
 
JULGAMENTO DE NUREMBERG
O julgamento de Nuremberg é no tribunal um marco no campo do Direito, das Relações Internacionais e da História.
Ocorreu uma serie de julgamentos na cidade alemã de Nuremberg no “Tribunal de Nuremberg” era tão espetacular quanto a própria integridade física do Palácio da Justiça de Nuremberg, que mesmo após tantos bombardeios aliados permanecera de pé, os procedimentos duraram 315 dias (de novembro de 1945 a outubro de 1946) a fim de julgar os crimes cometidos pelos nazistas. Pode-se dizer que dois motivos levaram à escolha de Nuremberg, no estado da Bavária, para a realização dos julgamentos. Anualmente, durante o Terceiro Reich, comícios e passeatas de propaganda nazista eram realizados na cidade. Assim, a instalação do Tribunal tinha um caráter simbólico de marcar o fim do nazismo e as consequências das políticas adotadas pelo Partido Nacional-socialista e seus adeptos. Outro elemento considerado foi o fato de que o Palácio de Justiça da cidade havia sido pouco destruído pela guerra e oferecia uma boa estrutura que foi montada no Tribunal Militar Internacional de Nuremberg foi grande, com a participação de dezenas de tradutores, guardas, secretárias, promotores, conselheiros legais, juízes falavam quatro idiomas diferentes - inglês, francês, alemão e russo, jornalistas de diversas partes do mundo, médicos e psicólogos. Milhares de documentos, um novíssimo sistema de tradução simultânea da IBM e um fluxo interminável de telegramas enviados e recebidos. A estrutura que cercou o Tribunal Militar Internacional de Nuremberg era algo monumental, assim como o seu principal objetivo: julgar 24 grandes lideranças do recém-derrotado Terceiro Reich, dos quais Gustav Krupp não foi a julgamento por motivos de saúde e Robert Ley por ter cometido suicídio antes do início dele. 
Entre os acusados estavam oficiais do Partido Nazista e militares de alta patente, bem como empresários, advogados e médicos que colaboraram ativamente com o projeto nazista. É importante lembrar que Adolf Hitler não foi a julgamento porque cometeu suicídio em 30 de abril de 1945, quando o Exército Vermelho (URSS) se aproximava de Berlim e com ele a derrota nazista. Outros dois importantes membros do Partido Nazista, Joseph Goebbels, ministro da propaganda, e Heinrich Himmler, comandante da SS (Schutzstaffel - organização paramilitar), cometeram suicídio em maio de 1945, portanto antes do início do julgamento de Nuremberg.
As leis e procedimentos a serem adotados em Nuremberg foram estabelecidos pelos Aliados na Carta de Londres, lançada em 8 de agosto de 1945. Neste documento ficaram estabelecidos quatro categorias de crimes pelas quais os acusados seriam julgados: 
1)crimes de guerra (como tratamento impróprio a civis e prisioneiros de guerra)  
2) crimes contra a paz (planejamento e engajamento em atividades de guerra que descumprissem acordos internacionais), 
3) crimes contra a humanidade (assassinato, escravização, deportação e perseguição a civis com base em motivos políticos, religiosos ou raciais). 
4) guerra de agressão
Além disso, considerou seis organizações nazistas criminosas: a SS, a SA, a Gestapo, o “Gabinete do Reich” e as Forças Armadas. Ficou ainda decidido que tanto militares quanto civis poderiam ser acusados de tais crimes.
O procurador-geral norte-americano Robert H. Jackson (apelidado de Justice Jackson) coordenou representantes de EUA, Grã-Bretanha, União Soviética e França para formar as leis e as equipes que conduziram o julgamento. O tribunal deveria julgar os réus sob a alegação de que a Alemanha nazista executou uma conspiração global de dominação
O principal argumento utilizado pelos advogados de defesa foi o de que os crimes de que os réus estavam sendo acusados não eram ainda considerados crimes quando aconteceram, o que é chamado de juízo ex post facto. 
Os procedimentos jurídicos foram montados para trazer justiça aos acusados de forma imparcial, diferentemente do que acontecia com rivais capturados pelos nazis.
Em Nuremberg cada réu era observado por um guarda, que permanecia constantemente postado na frente da cela. Medida visava impedir suicídios.
Os juízes e a promotoria tiveram diante de si enormes desafios. Eu gostaria de citar três que me parecem os mais importantes. Em primeiro lugar, Nuremberg foi um tribunal composto pelas forças vitoriosas na guerra. Havia uma grande desconfiança, especialmente entre os alemães, de que o julgamento nada mais séria do que um teatro armado pelos governos dos Estados Unidos, França, Inglaterra e União Soviética. Suspeitava-se que em Nuremberg prevaleceria a vingança e não um julgamento justo. Em segundo lugar, os juízes, promotores e advogados de defesa teriam que lidar com crimes inéditos no Direito Internacional e até mesmo no Direto Penal. Em terceiro lugar, mas não menos importante, havia uma grande preocupação quanto a possibilidade da impunidade, especialmente por parte daqueles que foram vítimas diretas da violência nazista. O mundo ansiava por justiça, mas não se sabia se esta seria feita. Figuras proeminentes como Hitler e Goebbels, entre outras tantas, tinham escapado de Nuremberg. Krupp também tinha ficado de fora do julgamento, o que deixava de fora, automaticamente, as indústrias alemãs que tanto colaboraram para a realização do Holocausto. O temor, assim, era que aqueles que estavam representando a Alemanha nazista no banco dos réus de Nuremberg pudessem escapar também, quer por meio de absolvições ou através de penas brandas demais.
Quanto aos crimes julgados em Nuremberg, a acusação de “crimes de quanto ao risco da impunidade, os vereditos mostram que ela não se concretizou. Dos 22 réus, 3 foram absolvidos; 12 condenados à morte; 3 condenados à prisão perpétua; e 4 condenados a cumprir entre 10 e 20 anos de prisão. As execuções ocorreram em 16 de outubro de 1946, além disso, o Tribunal conseguira um fato inédito: primeira vez se julgou grandes lideranças do Estado por crimes de guerra.
Polêmicos na época, os julgamentos de Nuremberg são hoje compreendidos como um marco no direito internacional e no estabelecimento de uma Corte Internacional permanente. Desde de 1946 existe, no âmbito da Organização das Nações Unidas (ONU), a Corte Internacional de Justiça (também conhecida como Corte de Haia ou Tribunal de Haia), que tem por função julgar Estados. Em 2002, criou-se a Corte Penal Internacional (ou Tribunal Penal Internacional), que, como os julgamentos de Nuremberg, tem como objetivo julgar indivíduos por crimes de guerra, crimes contra a humanidade, genocídio e os crimes de agressão.

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