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O Transistor IGBT aplicado em eletronica de potencia
7 De Setembro Colegio Egs
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um decrescimento abrupto da corrente de coletor até um certo valor, como resultado, tem-se a súbita redução a zero da corrente do canal MOS devido aos elétrons. A magnitude da queda INEP - Instituto de Eletrônica de Potência - EEL - CTC - UFSC Capítulo 1 - Estrutura Física e Princípio de Operação do IGBT 13 _______________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________ abrupta na corrente de coletor - ΔIC - no instante t1 (ver Fig. 1.4.3.1), é grande devido ao baixo ganho de corrente do transistor PNP do circuito equivalente, βPNP, que encontra-se na faixa de 0,4 a 0,5. Isto implica que a corrente de base do transistor PNP, que é a mesma corrente que flui pelo canal MOS (ver Fig 1.3.4) é igual a: ibasePNP = iMOS = iC/(1+βPNP). Após cair abruptamente, a corrente de coletor decresce continuamente de maneira mais lenta devido à alta densidade de portadores minoritários injetados na região N-base (ver Fig. 1.3.2). Tais portadores necessitam de tempo para sua recombinação, o que resulta numa corrente de coletor residual indesejada que somente causa perda de energia durante a comutação de bloqueio do dispositivo. Esta corrente residual é conhecida na literatura como corrente de cauda (tail current) [12]. As formas de onda típicas de tensão e corrente durante o bloqueio do dispositivo são mostradas na Fig. 1.4.3.1. A queda abrupta da corrente de coletor (ΔIc) causa derivadas de corrente de coletor (dic/dt) de elevado valor, que devido à presença de indutâncias parasitas do layout e do proprio dispositivo, gera elevadas tensões sobre o interruptor durante o bloqueio, muitas vezes pode provocar seu destruição. Esta queda abrupta pode ser alterada controlando-se a tensão entre gate-emissor durante o bloqueio. Isto é alcançado com a descarga lenta da capacitância de entrada através de uma resistência adequada ligada entre gate e emissor durante o bloqueio. Na Fig. 1.4.3.2 é mostrada a diminuição (dic/dt) com o incremento do valor do resistor conectado entre gate e emissor durante o bloqueio. É importante indicar que com o incremento do valor do resistor conectado entre gate e emissor (RGE) durante o bloqueio o efeito da redução da corrente de cauda, corrente indesejada, é ínfima [1] como é mostrada na Fig. 1.4.3.2. INEP - Instituto de Eletrônica de Potência - EEL - CTC - UFSC Capítulo 1 - Estrutura Física e Princípio de Operação do IGBT 14 _______________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________ t t VGE iC t1 Δ Ic cauda t iC aumento de RGE vCE aumento de RGE iC vCE Fig. 1.4.3.1 - Características de Bloqueio. Fig.1.4.3.2 - Corrente de Coletor com a Variação de RGE Durante o Bloqueio. 1.5 - FENÔMENO DE LATCH-UP A presença de quatro camadas na estrutura do IGBT (Fig. 1.3.2) provoca a formação de um tiristor parasita dado pelos transistores bipolares PNP e NPN como mostram as Fig. 1.3.3 e 1.3.4. A entrada em condução deste tiristor provoca a perda de controle da corrente de coletor através do gate do dispositivo. Este fenômeno é denominado de latch-up. O tiristor entra em condução quando o transistor bipolar NPN é polarizado. Portanto, a polarização deste transistor deve ser evitada. Se ocorre o fenômeno de latch-up o IGBT é destruído por excesso de calor nas junções semicondutoras. Se acontece este fenômeno é impossível realizar uma proteção ativa através do gate e, somente uma redução da tensão de coletor-emissor ou inversão de sua polaridade antes de sua destruição - ambas de difícil realização prática - podem salvar da destruição o dispositivo. Para evitar este fenômeno, os fabricantes de IGBTs reduzem a resistência Rst do substrato P-base (ver Fig. 1.3.2), pois, quando a queda de tensão sobre a mesma (causada pela corrente de coletor, derivadas de tensão, etc.) supera 0,6V, o transistor NPN é polarizado, provocando o o fenômeno de latch-up. O fenômeno de latch-up no IGBT ocorre durante o estado de condução por elevado valor de corrente de coletor, ou durante os estados INEP - Instituto de Eletrônica de Potência - EEL - CTC - UFSC Capítulo 1 - Estrutura Física e Princípio de Operação do IGBT 15 _______________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________ de comutação do IGBT por derivadas de tensão entre coletor e emissor. Na literatura, o latch-up no estado de condução é conhecido como fenômeno de latch-up estático e, o latch-up nos estados de comutação é conhecido como fenômeno de latch-up dinâmico [1]. Em ambos os tipos de fenômenos de latch-up, o perigo aumenta quando é incrementado a temperatura de junção [17]. 1.6 - CONCLUSÃO Neste capítulo foram indicadas as vantagens e desvantagens dos transistores bipolar e MOSFET, ambos operando como interruptor de potência. Também foram mencionados as vantagens do transistor IGBT em relação aos transistores bopolar e MOSFET. A única desvantagen do IGBT é o problema da corrente de cauda que ocorren durante o bloqueio devido à recombinação de portadores minoritarios injetados na região N- base e que aumenta o efeito com o incremento de temperatura. Este problema é difícíl evitar externamente através de circuitos. Sua melhora é possível somente através de técnicas de fabricação. INEP - Instituto de Eletrônica de Potência - EEL - CTC - UFSC Capítulo 2 - Definição de Parâmetros do IGBT 1 _______________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________ CAPÍTULO 2 DEFINIÇÃO DE PARÂMETROS DO IGBT 2.1 - INTRODUÇÃO No instante de projetar um IGBT para seu aplicação num conversor é importante análisar todas suas características, que as mesmas são indicadas no catálogo do dispositivo. Para que o dispositivo apresente um bom desempenho em seu operação como interruptor, as grandezas de tensão, corrente, temperatura e freqüências devem encontrar-se por debaixo dos valores máximos recomendados pelos fabricantes. No caso de permitir a operação do IGBT com valores das grandezas acima dos valores nominais existirá o perigo de seu destruição por excesso de temperatura de seus junções. 2.2 - CARACTERÍSTICAS DE SAÍDA A característica de saída do IGBT é dada pela corrente de coletor (IC) em função da tensão coletor-emissor (VCE), tomando como parâmetro a tensão gate-emissor VGE. A característica de saída normalmente é apresentada por meio de curvas nos catálogos, como é mostrado no exemplo da Fig. 2.2.1. Estas curvas são bastante úteis, pois fornecem ao projetista a informação do comportamento da corrente de coletor e tensão coletor-emissor durante a operação. Como interruptor de potência, o IGBT deve operar na região de saturação para apresentar uma baixa queda de tensão em estado de condução VCEsat. Esta escolha é devido às perdas de condução, que são proporcionais à tensão coletor-emissor VCE. Para operar nesta região, a tensão gate-emissor VGE deve ser maior que 10V. INEP - Instituto de Eletrônica de Potência - EEL - CTC - UFSC Capítulo 2 - Definição de Parâmetros do IGBT 2 _______________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________ 5 10 15 200 0 25 50 75 100Ic [A] VCE [V] 7V 8V 9V 10V 11V20V 18V 15V 13V 12V VGE Ptot = 400W REGIÃO LINEARREGIÃO DESATURAÇÃO Fig. 2.2.1 - Característica de Saída do IGBT SKM50GB100D (Semikron). 2.3 - CARACTERÍSTICA DE TRANSFERÊNCIA A característica de transferência do IGBT é dada pela corrente de coletor em função da tensão gate-emissor