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Cidadania O que é ser cidadão? Cidadania Segundo Figueiredo et. al. ( 2009, p. 284) “A palavra „cidadania‟ provém do latim, civitas , e significa cidade, estando associada ao desenvolvimento das pólis gregas, entre os séculos VIII e VII a.C. Nessa época considerava-se cidadão o indivíduo nascido em terras gregas, para o qual eram garantidos todos os direitos políticos. Aos estrangeiros era vetada a participação política, bem como às mulheres e escravos, o que demonstrava a desigualdade social existente. Na Grécia Antiga, os cidadãos participavam das assembleias, tendo plena liberdade de expressão e direito ao voto. Em Roma, a palavra também indicava a situação política dos indivíduos, bem como a preservação de seus direitos e deveres. Cabe ressaltar que na sociedade romana fazia-se distinção entre as pessoas e classes sociais, sendo assegurado o direito de cidadania apenas aos integrantes das classes nobres. Nesse sentido, cidadania era sinônimo de status. “Atualmente, o conceito de cidadania, como direito a ter direitos, tem se prestado a diversas interpretações, verificando-se a existência de quatro gerações de direitos, denominados: 1. Direitos civis e políticos; 2. Direitos sociais; 3. Direitos coletivos; 4. Direitos relacionados à Bioética.” Figueiredo et. al. ( 2009, p. 284) Direitos coletivos Direitos civis e políticos Direitos sociais Direitos relacionado s a Bioética Direitos Civis e políticos • Direitos civis, correspondem aos direitos individuais de liberdade de ir e vir, propriedade, direito à vida, segurança, dentre outros. • Direitos políticos, por sua vez, dizem respeito à liberdade de associação e reunião, de organização política e sindical e à participação política e eleitoral. Direitos sociais • Direitos sociais, envolvem os direitos econômicos ou de créditos e reportam-se aos direitos do trabalho, saúde, educação, aposentadoria e seguro-desemprego. Podem ser representados pela garantia ao acesso aos meios necessários à vida e ao bem-estar social, por meio do Estado. Direitos coletivos • Os direitos que correspondem aos direitos coletivos, são aqueles que apresentam como titular os grupos humanos, ou seja, o povo, a nação, coletividades étnicas ou a própria humanidade. Refere-se ao direito à paz, ao meio ambiente, à autodeterminação dos povos, dentre outros. Direito a Bioética • O direito a Bioética, trata-se do direito de impedir a destruição da vida e regular a criação de novas formas de vida em laboratório. Cidadania não é uma definição estanque, mas um conceito histórico, o que significa que seu sentido varia no tempo e no espaço. É muito diferente ser cidadão na Alemanha, nos Estados Unidos ou no Brasil (para não falar dos países em que a palavra é tabu), não apena pelas regras que define quem é ou não titular da cidadania (por direito territorial ou de sangue), mas também pelos direitos e deveres distintos que caracterizam o cidadão em cada um dos Estados-nacionais contemporâneos. Mesmo dentro de cada Estado-nacional o conceito e a prática da cidadania vêm se alterando ao longo dos últimos duzentos ou trezentos anos. Isso ocorre tanto em relação a uma abertura maior ou menor do estatuto de cidadão para sua população ( por exemplo, pela maior ou menor incorporação dos imigrantes à cidadania), ao grau de participação política de diferentes grupos ( o voto da mulher, do analfabeto), quanto aos direitos sociais, à proteção social oferecida pelos Estados aos que dela necessitam. A aceleração do tempo histórico nos últimos séculos e a consequente rapidez das mudanças faz com que aquilo que num momento podia ser considerado subversão perigosa da ordem, no seguinte seja algo corriqueiro, “natural” (de fato, não é natural, é perfeitamente social). Não há democracia ocidental em que a mulher não tenha, hoje, direito ao voto, mas isso já foi considerado absurdo, até muito tempo atrás, mesmo em países tão desenvolvidos da Europa como a Suíça. O direito ao voto feminino é um exercício de cidadania, e foi conquistado no Brasil no ano de 1932. A cidadania, hoje, perpassa a condição de igualdade civil e política, chegando à questão dos direitos humanos, associado à justiça social. No entanto, a consciência dos direitos iguais está intrinsecamente relacionada ao sentir-se igual as outros. Significa tomar decisões, opinar sobre sua vida e reivindicar seus direitos. Significa fazer-se sujeito, ser protagonista da própria existência dentro de uma sociedade e, sobretudo, significa manejar o conhecimento, apropriar-se dele e reconstruí-lo. Segundo Dallari (1998, s.p cit. por Figueiredo, 2009, p.285), “quem não exerce sua cidadania está à margem de sua vida social, adquirindo uma posição de inferioridade dentro da sociedade.” REFERÊNCIAS: Jaime Pinsky e Carla B. Pinsky (Orgs). História da Cidadania. São Paulo, Ed. Contexto, 2003. FIGUEIREDO, Paula Pereira et al. A Saúde sob a Perspectiva da Cidadania: Revista. Min. Enferm. p. 283-287, 2009. GIUSEPPE, Tosi. Direitos Humanos: história, teoria e prática. Ed. Universitária. João Pessoa, 2005. Declaração Universal dos Direitos Humanos. Disponível em https://www.unicef.org/brazil/pt/resources_10133.html. Acesso 21/01/2019.
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