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Levantamento Literário - Mayombe

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Levantamento Literário - Mayombe
PARTE 1
· Narrador: Um narrador onisciente e onipresente se intercala com as personagens. Com isso, Pepetela demonstra que nem mesmo a revolução se organiza como um conjunto, sendo enxergada de forma diferente e conflitante pelos seus próprios membros. Cada um desses observadores-participantes, com origem, ideologia, visão e propostas próprias, possuem também ideais distintos que os impedem de lutar pela mesma unidade libertadora.
· Foco narrativo: Em 1a pessoa, por meio dos personagens que fazem relatos de suas experiências pessoais e em 3a pessoa, em que o próprio autor, através de suas experiências, expõe as mazelas e os desafios de pertencer a um grupo guerrilheiro.
· Personagens: 
· Protagonistas: Comandante Sem medo : Ele tenta apaziguar os ânimos dos guerrilheiros, fã de ação, não gosta de rótulos. 
Teoria : é um Mulato mestiço, que é um dos professores, sofre preconceito por ser mestiço.
Comissário: alto e magro, dez anos mais novo que o comandante,um dos líderes políticos do mpla, apaixonado pela ondina. 
Lutamos : é o único componente do grupo originário de Cabinda. Ele tem sempre que provar a todos, menos ao Sem-Medo, que não é um traidor. 
Milagre: pregnado do tribalismo, confunde alienação com traição do povo. 
Mundo Novo: Ele não consegue compreender a opinião do seu Comandante, por isso, jamais seu Mundo será novo. 
André: responsável da retaguarda guerrilheira no Congo será deposto do cargo por ter relações sexuais com a noiva do Comissário e não devido a seus enormes desvios de conduta que prejudicava a ação guerrilheira. 
Ondina: Noiva do comissário, faz vários guerrilheiros repensarem sobre quem são, se envolve com alguns guerrilheiros, professora.
Secundários: Chefe de Operações: um dos líderes do MPLA. 
Ekuikui: guerrilheiro do MPLA. 
Pangu-A-Kitina: guerrilheiro do MPLA. 
Ingratidão do Tuga: guerrilheiro do MPLA. 
Vewê: guerrilheiro do MPLA. 
Muatiânvua : guerrilheiro do MPLA. 
Pangu-A-Kitina: enfermeiro
· Espaço: Físico. Mayombe é uma floresta tropical situada na região norte da Província de Cabinda, com fronteira com o Congo Brazzaville e a República Democrática do Congo. Apresenta uma densa vegetação com árvores frondosas e de grande valor econômico. No livro serve de pano de fundo para os guerrilheiros que lá encontram seus sustentos quando a comida demora a chegar em seus abrigos. Entre os guerrilheiros e a floresta existe uma interação simbiótica. Mayombe constitui uma espécie de extensão da luta representada pela libertação de Angola em oposição a outros espaços ocupados pelos portugueses (os tugas).
· Tempo: Cronológico. Analisa profundamente a organização dos combatentes do MPLA, lançando luz às dúvidas, que também eram as do autor, sobre as contradições, medos e convicções que impulsionavam os guerrilheiros em busca de liberdade no interior da densa floresta tropical, Tudo isso de forma progressiva. Eles confrontam-se não só com as tropas colonizadoras portuguesas, mas também com as diferenças culturais e sociais que procuram superar em direção a uma Angola unificada e livre.
· Enredo (plural/singular/temporal/atemporal): Por mais que possua alguns momentos em 1ª pessoa, o enredo é singular pois trata-se apenas de uma história, a do movimento de libertação da Angola e, também por mais que a obra se baseie em um momento fixo da história, trata-se também de aspectos humanos como racismo, preconceito, sexismo, dentre outros, por isso seu enredo é atemporal
· Desfecho: Aberto. - Sem Medo dizia que seria mais um a morrer, e o Comissário pedia que não. Sem Medo o orientou que voltasse a Ondina, pois ela amava ele. Uma Amoreira gigante soltava flores brancas sobre o corpo de Sem Medo, que admirava a grandeza de seu tronco, olhando suas folhas que se misturavam as outras árvores. O Comissário faz questão de cavarem um túmulo para Sem Medo e Lutamos antes de partirem. O Comissário reflete sobre a transformação que sofreu com a morte do comandante, cujo é visto por ele como um herói. Ele é enviado a Bié, a mil km de Mayombe, no lugar de Sem Medo.
· Anticlímax: Preparação da batalha contra o povo tuga. 
 “O Comissário quis assumir sozinho a responsabilidade, pensou Sem Medo. Era o que tinha a fazer. Despediu o velho e mandou o jipe de urgência buscar o Chefe do Depósito. Enquanto esperava, foi resolvendo os pequenos assuntos dos militantes de Dolisie. Mas o seu pensamento estava longe. Os tugas no Pau Caído era uma má notícia. Em breve descobririam a Base. Além disso dali podiam cortar o caminho do reabastecimento, a entrada em Angola não era bastante camuflada, prestava-se bem a ataques. E aquele tipo do João que fora sozinho e furioso! Eles lá saberão o que hão-de fazer, não tenho que me preocupar.”
· Climax : Morte do Comandante Sem Medo e Lutamos no fim da batalha. 
· “O Comissário atirou-se de joelhos no chão, ao lado de Sem Medo e o seu punhal mordeu com raiva a terra. Escavava freneticamente, ao ritmo dos soluços. Um a um, os guerrilheiros ajoelharam-se ao lado dele e imitaram-no. Os obuses caíam agora mais longe, em ritmo decrescente. Os homens cavaram rápido, eletrizados pelo Comissário, o qual se esvaía no buraco que alargava. Puseram os corpos do Comandante e de Lutamos no buraco e taparam-nos.
2– Responda e justifique com base na leitura as questões abaixo:
I - A Missão. A-) Tomar o controle de uma serralheria que estava sob domínio português, podendo assim libertar os trabalhadores locais, que eram da tribo de Lutamos..
b-) Teoria, por conta do esfolamento no joelho, sentia-se um estorvo na missão e pensava que poderia prejudicar os objetivos do grupo por provavelmente não poder continuar a acompanhá-lo, mas para não transparecer isso para o comandante, deu um sorriso sem ânimo e escondeu o seu sofrimento.
II –​ 
O romance retrata a vida dos guerrilheiros, a diferença de visões durante a guerra relata também a questão da mestiçagem e a complexidade do significado de tal conceito. Analisa também as diferenças das etnias e os conflitos regionais das mesmas, na guerra construída no processo de libertação de Angola como País. Portanto, a obra expõe diversos conflitos internos das tribos antagônicas. Por outro lado, o romance é uma conversa com autores pós- coloniais, com a finalidade de entender as relações de poder e as desigualdades que caracterizam as sociedades coloniais. A palavra Mayombe, significa etimologia africana angolana, mestiçagem misturas de etnias e povos, ou seja, hibridismo biológico.
III -​ 
No contexto da obra, Mayombe, representa a pluralidade étnica. Lar de múltiplas tribos angolanas, que, mesmo diferentes, lutam contra o imperialismo português. Através de trechos da narração também é possível identificar a personificação do local. 
 “​O ​Mayombe ​tinha criado o fruto, mas não se dignou mostrá-lo aos homens: encarregou os gorilas de o fazer, que deixaram os caroços partidos perto da Base, misturados com as suas pegadas. E os guerrilheiros perceberam então que o deus-​Mayombe​ lhes indicava assim que ali estava o seu tributo à coragem dos que o desafiavam…” 
 
 IV -​ 
d) Cada personagem desempenha uma fala individual e concisa mostrando que a harmonia, entre as distintas tribos, permite maior ênfase ao objetivo de libertar Angola de Portugal. Justifique:​ O que ganha maior ênfase na obra são as disputas entre tribos, não a luta para libertar Angola de Portugal.

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