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Cariologia ap1

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Cariologia ​ap1 
Amanda Costa 
 
Anatomia dental 
 
Osso Alveolar​ corresponde ao tecido ósseo cortical ou compacto que 
delimita a superfície do alvéolo dental 
 
Ligamento Periodontal​ É uma estrutura fibrosa do tecido conjuntivo, com 
componentes nervosos e vasculares, que une o cemento da raiz ao 
osso alveolar 
 
O homem é um ser difiodonte - Duas dentições 
 
Dentição decídua: 
- Início aos 6 meses e término aos 2 anos 
- 20 dentes 
- Não existe PRÉ-MOLAR 
 
 
Incisivos Centrais Inferiores 6 a 9 meses 
Incisivos Centrais Superiores 8 a 10 meses 
Incisivos laterais Inferiores 15 a 21 meses 
Primeiros Molares 15 a 21 meses 
Caninos 16 a 20 meses 
Segundos Molares 20 a 24 meses 
 
Dentição mista: 
- Início aos 6 anos 
- Erupção do 1º Molar permanente 
- Término aos 11 
 
 
Dentição permanente: 
- Início dos 5 aos 7 anos 
- Término aos 18 e 21 anos 
- 32 dentes 
 
Primeiros Molares 6 anos 
Incisivos Centrais 7 anos 
Incisivos Laterais 8 anos 
Primeiros Pré-Molares 9 anos 
Segundos Pré-Molares 10 anos 
Caninos Entre 11 e 12 anos 
Segundos Molares Entre 12 e 13 anos 
 Terceiros Molares Entre 15 a 25 anos 
 
Divisão das faces em terços  
 
 
SENTIDO HORIZONTAL OU VESTÍBULO LINGUAL: Vestibular, media 
no e lingual/palatina 
 
SENTIDO CERVICAL OU CERVICOINCISAL: Cervical, médio, incisal 
 
 
Divisão das faces proximais 
 
 
Formato/Convergência das faces 
Vista vestibular  
- Sentido Vertical 
Faces proximais convergem para CERVICAL 
- Sentido Horizontal 
Face Oclusal/Borda Incisal convergem para DISTAL 
 
 
Vista proximal  
- As faces livres convergem para INCISAL/OCLUSAL adquirindo um 
formato triangular nos dentes anteriores e trapezoidal nos dentes 
posteriores 
 
 
 
Vista oclusal  
-​ As faces Oclusais e palatinas dos dentes anteriores convergem para 
DISTAL e, geralmente, para LINGUAL 
 
 
 
 
 Forma básica dos dentes é Trapezoidal  
Formas das faces proximais 
A face MESIAL dos dentes é MAIOR que a face DISTAL 
A face MES​IAL pode apresentar uma CONCAVIDADE na região 
CERVICAL 
A face DISTAL é CONVEXA 
 
 
 
COROA CLÍNICA:​ Parte visível da coroa 
COROA ANATÔMICA:​ Parte recoberta por gengiva 
 
COLO: ​Segmento imediato entre a coroa e a raiz, limite entre a coroa 
anatômica e a raiz 
LINHA DE COLO: 
- Dentes posteriores: Se aproxima de um plano 
- Dentes anteriores: 
Faces Vestibular e Lingual - Voltada para apical 
Faces Proximais – Voltada para Incisal 
 
RAIZ: 
- Vertical: Cervical, médio e apical 
- Horizontal: Mesial, média e distal 
 
CONTATO INTERPROXIMAL:​ Contato entre os dentes do mesmo arco 
- Esse contato se dá pelas bossas proximais 
● Pontos de contato 
 
AMEIAS: 
Contato Interproximal gera dois espaços 
- AMEIASVESTIBULARES (Menores) 
- AMEIAS LINGUAIS 
 
 
SULCO INTERDENTAL E ESPAÇO INTERPROXIMAL: 
Ponto de contato há dois espaços 
- Sulco Interdental ou interproximal 
- Espaço Interdental ou interproximal 
 
 
BOSSAS: 
Região mais proeminente (convexa de cada uma das faces) 
Maior saliência de esmalte das faces axiais 
 
 
LINHA EQUATORIAL E EQUADOR PROTÉTICO: 
- LE: União de todas as bossas. Linha de maior contorno da coroa 
dental 
- EP: Depende da inclinação do dente no arco 
 
Face lingual dos dentes anteriores 
Cíngulo:​ Saliência do esmalte no terço cervical da face lingual/palatina 
dos dentes anteriores 
 
Fossa Lingual/Forame cego: 
FOSSA LINGUAL 
Escavação ampla e profunda da face lingual de dentes anteriores (IS) 
 
FORAME CEGO 
Depressão profunda entre a fossa lingual e o Cíngulo 
 
Cúspide: 
● Saliências de esmalte das faces oclusais que se estendem e 
formam o terço oclusal das faces V e L 
● A cúspide recebe o nome do lado para qual ela está voltada, 
assim como as vertentes e arestas. 
● Apresentam o formato geométrico de uma pirâmide de base 
quadrangular 
- Arestas, Vertentes, Sulcos secundários. 
- Vertentes:​ Faces de uma mesma cúspide 
- Arestas:​ Segmentos de retas formados pelo encontro de vertentes de 
uma mesma cúspide 
 
Sulcos:​ Depressões lineares de várias profundidades 
- Sulcos ​principais:​ Separam as cúspides umas das outras 
- Sulcos ​secundários:​ Saem do sulco principal 
 
Fóssulas:​ Depressões encontradas na terminação do sulco principal ou 
no cruzamento de dois deles 
 
Cúspide de trabalho ou de balanceio: 
 
 
Crista Marginal:​ Saliência do esmalte observada nas faces proximais 
das faces oclusais dos dentes posteriores e que une a cúspide 
Vestibular e Lingual 
 
 
Incisivos centrais Superiores  
- Flor-de-lis 
- Sulcos de desenvolvimento 
- 1 Raiz 
- 1 canal com formato circular 
- Face vestibular - Formato trapezoidal 
- Pequena inclinação de 3º 
- Bossa vestibular no terço cervical 
Face vestibular 
- Face incisal ligeiramente inclinada para distal 
- Ângulo mesial mais retilíneo 
- Ângulo Distal um pouco arredondado 
- Face distal é menor em volume e mais arredondada 
Face lingual 
- Cíngulo 
- Bossa lingual 
- Fossa lingual 
 
Incisivo lateral superior 
- 1 Raiz 
- 1 canal com formato circular 
- Pequena inclinação de 5º 
Face vestibular 
- Formato trapezoidal 
- Bossa vestibular no terço cervical 
- Ângulo mesioincisal retilíneo 
- Ângulo distoincisal mais arredondado 
- Pode ter formato caniniforme 
- Conóide: dente fino, sem características anatômicas 
- Agenesia: dente não nasce, inclusive a raiz 
Face lingual 
- Cíngulo 
- Possui forame cego 
 
INCISIVO CENTRAL SUP x INCISIVO LATERAL SUP 
Volume 
- ICS > ILS 
Detalhes da face lingual 
- Mais discretos no ICS 
 
Ângulo mesioincisal 
- Próximo de 90º no ICS 
- Arredondado no ILS 
 
Ângulo distoincisal 
- ILS apresenta forte e marcante arredondamento 
- Ponto de contato distal ocorre no terço médio 
 
Superfície vestibular 
Plana no ICS e arredondada no ILS 
 
Raiz 
ICS: Mais calibrosa, ILS: Pequena compressão no sentido MD 
 
 
Incisivo central inferior  
- 1 raiz 
- 1 ou 2 canais 
- Menor e mais simétrico dente humano 
Face vestibular 
Bossa vestibular no terço cervical 
- Incisal retilínea ou um pouco inclinada para mesial 
- Mesial menor ou igual a Distal 
Face lingual 
- Cíngulo quase imperceptível 
- Fossa lingual rasa 
 
 
Incisivo lateral inferior 
- 1 raiz 
- 1 ou 2 canais 
Face vestibular 
- Bossa vestibular no terço cervical 
- Ângulo mesioincisal agudo 
- Ângulo distoincisal mais arredondado 
- Borda incisal retilínea ou inclinada para distal 
Face lingual 
- Bossa no terço cervical 
- Cíngulo inclinado para distal 
 
INCISIVO CENTRAL SUP x INCISIVO LATERAL INF 
ILI possui todas as dimensões MAIORES que o ICI 
O ângulo distoincisal é mais arredondado no ILI 
A parede mesial da raiz e da coral do ICI forma praticamente uma reta 
enquanto no ILI essas paredes formas um ângulo 
 
Canino superior  
- 1 raiz: Cônica, longa, reta 
- 1 canal 
- Maior raiz da dentição humana 
- Aspecto de força e robustez 
Face Vestibular 
- Forma da coroa é Pentagonal 
- Bossa vestibular 
- 2 Sulcos de desenvolvimento 
- Divide a face em 3 lóbulos 
Face Vestibular 
- Ângulo Distoincisal mais arredondado e mais deslocado para cervical 
- Bordas M e D convergem para o Colo 
Face Lingual 
- Mais estreita que a vestibular 
- Cristas marginais bem desenvolvidas 
- Cíngulo robusto 
- Fossa lingual é rasa 
 
 
 
Canino inferior  
Face vestibular 
- Forma da coroa é Pentagonal 
- Bossa vestibular 
- 2 Sulcos de desenvolvimento 
- Divide a face em 3 lóbulos 
- Ângulo distoincisal mais arredondado 
- Ângulo mesioincisal menos arredondado 
Face Lingual 
- Cíngulo 
- Fossa lingual 
 
CANINO SUP x CANINO INF 
A medida VesibuloLingual e a altura da coroa > CI 
Outras dimensões são maiores no CS 
Detalhes anatômicos menos evidenciados no CI 
 
Primeiro pré-molar superior  
- Uni ou BIRRADICULAR 
- Bicuspidado: Cúspides com volumes diferentes 
Face vestibular 
- Formato Pentagonal 
- Borda convexa 
- Borda incisal em forma de V 
- Ângulo Distoincisal mais arredondado e deslocado para cervical 
Faces proximais 
- Trapezoidal 
 
Segundo pré-molar superior  
- Unirradicular 
- Bicuspidado: Cúspides com volumes semelhantesFace vestibular 
- Borda incisal em formato de V 
- Segmento mesial menor e menos inclinado 
- Segmento distal maior e mais inclinado 
- Bossa vestibular 
Face lingual 
- Bossa lingual 
Faces proximais 
- Formato trapezoidal 
 
1º PRÉ-MOLAR SUP x 2º PRÉ-MOLAR SUP 
Cúspide vestibular > Cúspide lingual 
Crista marginal mesial < Crista marginal distal 
 
Primeiro pré-molar inferior  
- Uni ou Birradicular 
Fusionadas 
Terço apical com inclinação para Distal 
Pode apresentar curvaturas 
- Bicuspidado 
Face vestibular 
- Bossa no terço cervical 
- Formato pentagonal 
- Borda M e D convergentes pra raiz 
- Borda incisal em formato de V 
- Segmento mesial menor e menos inclinado 
- Segmento distal maior e mais inclinado 
Faces proximais 
- Cúspide lingual pouco desenvolvida 
- Ponte de esmalte que interrompe o 
sulco mesiodistal 
Faces proximais 
- Inclinação de 45º do plano oclusal em relação ao plano horizontal 
- Cúspide vestibular é mais volumosa que a lingual 
 
 
Segundo pré-molar inferior  
- Podeser ser bi ou tricuspidado (duas cúspides linguais) 
- Dente que apresenta maior variação de formato da face oclusal 
(Podendo ser quadrado, triangular ou trapezoidal - vista oclusal) 
- Unirradicular 
Face vestibular 
- Formato pentagonal 
- Bossa vestibular 
Face lingual 
- Formato quadrangular 
- Bossa lingual 
Faces proximais 
- Formato quadrangular 
 
1º PRÉ-MOLAR INF x 2º PRÉ-MOLAR INF 
1º PM INF 
- Face oclusal ovóide 
- Sulco principal MD interrompe pela ponte de esmalte 
- Cúspide lingual < Vestibular 
 
 
2º PM INF 
- Face oclusal pentagonal 
- Sulco MD contínuo 
- 1 ou 2 cúspides linguais 
 
 
 
PRÉ-MOLAR INFERIOR 
-Diâmetro VL = DM 
-Sulco mesial pode ser curvo 
-Fossas mesiodistais deslocadas para lingual 
 
PRÉ-MOLAR SUPERIOR 
-Diâmetro VL > DM 
-Sulco mesial reto e contínuo 
-Fossas mesiodistais alinhadas 
 
 
Primeiro molar superior 
- Trirradicular 
2 Raízes Vestibulares MV e DV 
1 Raiz Lingual – formato cônico 
Pode ocorrer um leve desvio no ápice da raiz 
Aspecto semelhante ao “Chifre de Touro” 
- Faces em terços 
Mésio-Lingual, Mésio-Vestibular, Disto-Vestibular, Disto-Lingual 
 
Face vestibular 
- Formato trapezoidal 
- Bossa vestibular 
- Sulco Vestibular -Divide as cúspides MV e DV 
Face Lingual 
- Formato trapezoidal 
- Bossa lingual 
- Sulco Lingual -Divide as cúspides ML e DL 
- Tubérculo de Carabelli 
 
 
Faces proximais:​ Formato retangular 
 
Segundo molar superior 
- Trirradicular 
- Raízes fusionadas 
- Tetracuspidado ou tricuspidado 
Face vestibular 
- Formato trapezoidal 
- Bossa vestibular 
Face lingual 
- Tetracuspidado 
- Desproporção no tamanho das cúspides: DL < ML 
- Sulco linguo-ocluso-distal é mais curto e raso 
Face lingual 
- Tricuspidado 
- Ausência da cúspide DL 
- Formato pentagonal 
 
 
1º MOLAR SUP x 2º MOLAR SUP 
- Volume da coroa - 1º>2º 
- Número de cúspides: 1º Tetracuspidado, 2º Tetra ou Tri 
- Tamanho da cúspide DV: 1º>2º 
- Convergência: 1º Vestibular, 2º Lingual ou palatina 
- Número de sulcos: 1º 2 sulcos e 1 fossa, 2º 2 ou 3 sulcos, 1 ou 2 
fossas 
 
Primeiro molar inferior  
- Maior dente da dentição permanente 
- Birradicular: 1 mesial, 1 distal 
- Pentacuspidado 
- Robusto 
Face vestibular 
- Formato trapezoidal 
- Bossa vestibular 
- Alargado mesiodistalmente 
Face lingual 
- Formato trapezoidal 
- Bossa lingual 
- Sulco lingual dividindo as cúspides ML e DL 
Face oclusal – formato retangular 
 
 
Segundo molar inferior  
- Birradicular: 1 mesial, 1 distal 
- Tetracuspidado 
Face vestibular 
- Bossa vestibular 
- Alargada mesiodistalmente 
- Formato trapezoidal 
Face lingual 
- Formato trapezoidal 
- Bossa lingual 
- Sulco lingual dividindo as cúspides ML e DL 
 
 
 
1º MOLAR INF x 2º MOLAR INF 
- Número de cúspides: 1º Pentacuspidado, 2º Tetracuspidado 
- Molares superiores - Distância VL e ML > Molares inferiores 
 
 
 
 
Terceiro molar superior e inferior  
- Oitavo e último dente do hemi arco humano 
- Dente do siso, ou do "juízo“ 
- Não é incomum a ausência de um ou de ambos os terceiros molares 
superiores 
- Agenesia 
- Retenção intra óssea ou submucosa 
- Erupção entre os 17 e 30 anos de idade, sem que isso seja 
considerado anormal 
- Morfologia é extremamente variada 
 
 
Introdução a cariologia  
Era da dor… Busca do alívio da dor 
- Exodontia 
- Mutilação de paciente 
- Uso de próteses 
Década de 70 
Redefinição da doença cárie 
– Doença infecciosa, transmissível e sacarose dependente 
Era da promoção a saúde 
Compreensão do indivíduo como um todo 
- Entendimento dos fatores envolvidos na progressão 
- Tratamento preventivo não-invasivo 
 
● O micro ecossistema bacteriano do biofilme dental apresenta uma 
série de características fisiológicas 
 
 ​ A produção de ácido por meio da + Consequente baixa do pH = 
 metabolização de nutrientes pelas 
 bactérias do biofilme 
 
São os fatores responsáveis pela desmineralização do tecido dentário 
que pode resultar na formação da lesão de cárie 
 
A atividade metabólica das bactérias do biofilme decorrente da 
disponibilidade de nutrientes causa constante flutuação do pH, e, como 
consequência, a superfície dentária coberta por biofilme vai 
experimentar perda mineral e ganho mineral 
 
Este processo de DES-REMINERALIZAÇÃO dos tecidos dentários é 
onipresente. Dessa forma, a lesão de cárie se forma somente quando o 
resultado cumulativo de processos de DES-REMINERALIZAÇÃO 
acarreta perda mineral 
 
 
 
 
O que é Cárie dentária?  
 
 
 
O processo de desmineralização fica restrito ao nível subclínico e não 
causa uma lesão visível clinicamente: 
● O indivíduo não pode ser classificado como portador da doença 
cárie 
● Não necessita qualquer tratamento deste processo (a doença está 
sob controle) 
 
Fatores determinantes do processo de doença cárie: 
● Fatores que atuam no nível da superfície dentária 
● Fatores que atuam no nível do indivíduo/população 
 
 
 
Biofilme e cárie dentária 
É o fator biológico indispensável para a formação da lesão de cárie, só 
correm em áreas nas quais o biofilme encontra-se ​ESTAGNADO. 
Embora a presença de biofilme seja considerada um fator causal necessário para o 
desenvolvimento da lesão de cárie NÃO É UM FATOR CAUSAL SUFICIENTE para 
que esse tipo de lesão ocorra 
Localização preferencial: 
- Margem gengival 
- Superfícies proximais logo abaixo do ponto de contato 
- Sistema de fóssulas e fissuras das superfícies oclusais 
Dificilmente formam-se lesões de cárie em áreas submetidas constantemente à 
autolimpeza decorrente da mastigação e dos movimentos das bochechas e da 
língua 
 
É um ecossistema microbiano aderido às superfícies dentárias, que é 
formado por bactérias que mantêm uma estabilidade dinâmica com a 
superfície do dente (estágio de estabilidade dinâmica) 
Na presença frequente de carboidratos fermentáveis e consequente 
produção de ácidos, observa-se uma adaptação microbiana que leva à 
seleção de microrganismos acidogênicos. Ocorre o rompimento da 
homeostase microbiana do biofilme, e a proliferação de microrganismos 
cariogênicos. Número de microrganismos acidogênicos aumenta, 
promovendo o desenvolvimento da lesão (estágio acidúrico). 
 
Lesão de cárie não cavitada, ativa: 
 ​Primeiro estágio visível da cárie 
Inicialmente, a superfície do esmalte mostra-se ​rugosa e opaca​, e 
clinicamente é visível como uma mancha branca 
 
Lesão de cárie com cavidade (Lesão cavitada ativa) 
Se o processo de desmineralização persistir, a lesão de cárie progride, 
ocasionando a quebra da camada superficial da lesão com formação de 
uma cavidade. Podendo atingindo a ​dentina​, que se mostra ​amolecida​, 
com aspecto ​úmido​ e geralmente de coloração ​amarelada​ (lesão 
cavitada em dentina) 
● O mesmo processo de desequilíbrio entre os eventos de DES-RE 
que ocorrem na interface entre o biofilme e o esmalte/dentina 
coronária pode também ocorrer na raiz do dente, na interface 
entre o biofilme e o cemento/dentina radicular, formando uma 
lesão de cárie radicularPara que este tipo de lesão se desenvolva, é necessário que a raiz 
dentária esteja ​exposta ao ambiente bucal​ (recessão gengival) 
 
Lesões de cárie primária 
- Lesões que se estabelecem no esmalte/cemento/dentina hígidos 
Lesões de cárie secundária 
- Lesões que se desenvolvem adjacentes às margens de restaurações 
- Mesma etiologia da lesão de cárie primária 
Cárie residual 
- É tecido desmineralizado deixado embaixo da restauração 
 
 
Cárie Inativa: 
Lesões paralisadas localizadas no esmalte 
- Apresentam superfície ​lisa e brilhante 
- Coloração ​escura ou branca 
Lesões paralisadas localizadas em dentina e raiz 
- Apresentam aspecto ​endurecido 
- Coloração​ escura 
 
Interações químicas entre os dentes e os fluídos orais 
As transformações que os dentes sofrem quando expostos na cavidade 
bucal estão intrinsecamente relacionadas com a composição química 
dos tecidos mineralizados que compõem a estrutura dental. 
 
O majoritário componente​ inorgânico​ desses tecidos, e principal, 
HIDROXIAPATITA, garante a possibilidade de trocas iônicas com os 
fluidos bucais. 
 
 
Primeiro tecido a interagir com a cavidade bucal após a erupção dos 
dentes, pois é ele que recobre a coroa dental 
 
Sua composição de cerca de 95% de minerais o leva a se comportar 
como um material biológico que responde prontamente às alterações 
dos fluidos bucais que aumentam ou diminuem a solubilidade dos 
minerais apatíticos, como as oscilações de pH. 
 
O mineral do esmalte não possa ser considerado uma hidroxiapatita 
pura - SEMELHANTE. 
Com inclusões de contaminantes oriundos do período de mineralização, 
como íons substituintes do cálcio (magnésio, potássio, sódio) e do 
fosfato ou hidroxila (carbonato, flúor, cloro) 
 
Dentina e cemento: 
Cristais de HA estão entremeados por uma rede de ​fibras de colágeno 
tipo I 
- Modificam significativamente as propriedades desses tecidos e como 
eles resistem aos desafios para dissolução mineral que acontecem na 
cavidade bucal 
A estrutura histológica da dentina contém túbulos dentinários que a 
atravessam, contendo os prolongamentos citoplasmáticos dos 
odontoblastos localizados na polpa 
 
 
 
A exposição da dentina representa a interação de um tecido mais solúvel com os 
fluidos bucais 
 
Cristais de Hidroxiapatita 
Ca10 (PO4)6 (OH)2 
 
 
Minerais da estrutura dental: 
 
 
Cálcio, Fosfato e Hidroxila, que se estrutura na forma de cristais 
hexagonais 
- A estrutura cristalina da HA é complexa, envolvendo a organização 
dos íons cálcio em duas posições possíveis 
- A hidroxila se localiza no centro dos íons componentes 
- O cristal de hidroxiapatita é formado por milhares de unidade da 
fórmula química Ca10(PO4)6(OH)2 
 
 
Similar à Hidroxiapatita 
- Íons hidroxila são substituídos por íons flúor 
Menor solubilidade que a HA 
- Raramente é encontrado na natureza 
Termo usado para descrever que está havendo a precipitação do 
mineral fluorapatita, Ca10(PO4)6F2, porém não como um cristal, mas 
sim como resultado da interação entre os íons cálcio, fosfato e flúor, em 
um cristal já existente, normalmente de hidroxiapatita biológica 
 
 
Mineral presente na estrutura dental 
- BIOLÓGICO – Não é puro 
- Formado em condições teciduais 
- Recebe alguns constituintes químicos que alteram significativamente 
suas propriedades: CARBONATO E FLUORETO 
 
O carbonato (CO32-) ​pode ocupar o lugar do fosfato ou da hidroxila na 
estrutura química da HA 
- Nesses locais sua presença desestabiliza o mineral, tornando o local 
contendo o carbonato mais ​instável e mais solúvel 
 
Os cristais de HA biológica do esmalte de ​dentes decíduos​ apresentam maior 
concentração de carbonato em relação aos dos dentes permanentes, ou seja, maior 
velocidade da progressão da cárie em dentes decíduos. 
 
Mineral da ​dentina radicular​ possui uma alta concentração de CO32, o que 
modifica as propriedades desse mineral de resistir à dissolução durante quedas de 
pH 
 
O fluoreto​ também pode se incorporar naturalmente no mineral dental, 
devido a sua presença frequente na natureza 
O contato com concentrações micromolares de fluoreto nos fluidos 
corporais induz à incorporação deste nos dentes em formação, porém 
não na forma de cristais puros 
 
Solubilidade do esmalte:​ Hidroxiapatita biológica > Hidroxiapatita pura 
Íons contaminantes criam imperfeições nos cristais de hidroxiapatita, 
alterando sua capacidade de se manter íntegro em condições de maior 
solubilidade 
 
Solubilidade da dentina: 
Ocorre situações de exposição radicular (quando o cemento acaba se 
desgastado pelo atrito da escovação, p. ex., dentina radicular) 
A exposição da dentina representa a interação de um tecido mais 
solúvel com os fluidos bucais 
 
Cristais de HA biologicamente menores e com estrutura cristalina 
menos perfeita do que os cristais do esmalte 
- Os cristais são formados em meio a uma ​matriz colágena 
 
Além do menor tamanho e da menor cristalinidade em comparação aos 
cristais de esmalte, ​o mineral da dentina possui maior conteúdo de 
carbonato​, o que explica sua maior solubilidade em relação ao esmalte. 
Essa maior solubilidade é de importância clínica 
 
Ph crítico:  
pH abaixo do qual os fluidos bucais (saliva ou fluido do biofilme) se 
tornam subsaturados em relação à solubilidade dos minerais dentais, 
ocorrendo como consequência a dissolução do esmalte-dentina. 
Dentina​ - Menor queda de pH (faixa de 6,2-6,3) 
Esmalte​ - 5,5 ou 4,5 
 
Essa diferença de pH crítico de dissolução do esmalte e dentina resulta, 
em acréscimo, em um ​tempo muito maior de desmineralização da 
dentina, a cada queda de pH, em relação ao esmalte 
 
 
 
Uma vez que o mineral da dentina tenha se dissolvido, ele deixa 
exposto a rede de fibras colágenas, que será degradada por 
colagenases​ presentes no biofilme bacteriano e ​enzimas latentes​ na 
dentina, que são ativadas em condições de baixo Ph 
(metaloproteinases). 
 
Durante a formação de uma lesão de cárie em dentina, ambos os 
processos de dissolução mineral e degradação proteica estão 
acontecendo concomitantemente 
 
Os fluídos bucais: Saliva e fluido do biofilme 
A saliva sempre possui uma composição compatível com a 
integridade do mineral dos dentes. 
- Sua concentração de íons minerais, cálcio e fosfato, e seu pH, 
que espelham os mesmos no plasma sanguíneo, tornam a saliva 
SUPERSATURADA em relação aos minerais dentais 
 
A capacidade de manter um estado de supersaturação em relação à 
hidroxiapatita e fluorapatita (neste caso, quando há fluoreto presente na 
boca) sem que ocorra a precipitação espontânea desses minerais na 
saliva está relacionada à presença de prtns ligadoras de cálcio e fosfato, 
que mantêm esses íons estabilizados e, portanto, diminuem seu 
potencial de precipitação 
 
A saliva total tem sempre função protetora dos tecidos minerais, e 
NUNCA é produzida com pH capaz de causar sua dissolução, embora 
haja diferença de pH na saliva secretada pelas diferentes glândulas 
salivares 
 
Além da saliva, a estrutura dental mantém íntimo contato com outro 
líquido que interfere muito na sua solubilidade, ​a porção fluida do 
biofilme dental​ (fluido do biofilme) 
Ele representa a porção líquida que permeia as células e a matriz do 
biofilme dental e é a solução responsável pelas trocas iônicas com o 
mineral dental 
A composição do fluido do biofilme é diferente da composição da 
saliva 
Mesmo em condições de jejum ou repouso (horas após o consumo de 
alimentos), o ​fluido do biofilme terá concentração de íons minerais mais 
elevada do que a saliva​, já que está em íntimo contato com a superfície 
dental 
 
Exposição do biofilme a açúcares fermentáveis: 
- os microrganismos produzem ácidos pela sua fermentação, que 
baixam o pH do fluido do biofilme 
- minerais dentais se dissolvem e ocorre um aumento da concentração 
de íons minerais no fluido 
Assim, toda troca iônica (dissolução ou precipitação de minerais) 
que ocorre entre o dente e o biofilme está, de fato, ocorrendo entre 
o dente e o compartimento líquido do biofilme.A principal alteração que ocorre na cavidade bucal e perturba o equilíbrio entre o 
mineral e os fluidos bucais é a redução do pH 
 
 
 
Por possuir íons constituintes que podem captar H+ (próton), ou seja, 
que reagem com H+, a solubilidade da hidroxiapatita é muito 
influenciada por oscilações de pH 
 
Uma simples alteração do pH (mesmo que a concentração de cálcio e 
fósforo não tenha se alterado) causa um imenso aumento na 
solubilidade da hidroxiapatita 
 
 
 
 
Formação do biofilme cariogênico e desenvolvimento de lesões 
cariosas

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