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APS Diabetes- Jerry

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UNIVERSIDADE PAULISTA 
CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA – GRADUAÇÃO PLENA 
 
 
 
 
 
 
Nome: Jerry Adriano Oliveira de Barros RA: C67883-0 
 
 
 
 
 
825V – DP/ ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA (APS) 
ATIVIDADE FÍSICA PARA DIABÉTICO TIPO 2 
EXERCÍCIO FÍSICO E DIABETES, CONVIVENDO EM HARMONIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Paulo 
2018 
 
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Nome: Jerry Adriano Oliveira de Barros RA: C67883-0 
 
 
 
 
 
 
 
825V – DP/ ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA (APS) 
ATIVIDADE FÍSICA PARA DIABÉTICO TIPO 2 
EXERCÍCIO FÍSICO E DIABETES, CONVIVENDO EM HARMONIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Relatório Interdisciplinar de Atividade Prática 
Supervisionada (APS) elaborado para 
avaliação no semestre letivo na habilitação 
de Graduação Plena no curso de Educação 
Física apresentado à Universidade Paulista 
– UNIP. 
 
 
 
 
 
 
SÃO PAULO 
2018 
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SUMÁRIO: 
 
1 INTRODUÇÃO. ........................................................................................... 3 
2 DESENVOLVIMENTO: ............................................................................... 4 
2.1 Diabetes Melitus. .................................................................................. 4 
2.2 Tipos diferentes de diabetes. ............................................................... 5 
2.3 Tratamento ........................................................................................... 7 
2.4 Exercícios Aeróbicos. ........................................................................... 9 
2.5 Benefícios do exercício físico aeróbico para o diabético. ................... 10 
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS. ..................................................................... 11 
REFERÊNCIAS .............................................................................................. 13 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1 INTRODUÇÃO. 
 
A rotina apressada da população atual cria oportunidades para o 
sedentarismo e diminui a prática de exercícios físicos devido a grande carga horária 
dos empregos modernos e posições imóveis nos postos de trabalho, colaborando 
para um grande aumento no numero de pessoas doentes futuramente. As pessoas 
não possuem tempo para praticas saudáveis de atividade física e acabam 
banalizando sua importância e com isso sua alimentação embarca na mesma 
proporção para a desimportância. 
 Doenças de todos os gêneros acometem este público e aumenta cada vez 
mais esta estimativa, uma das doenças que chega de maneira rápida quando 
encontra este quadro é o Diabetes. Muitos já devem ter escutado sobre esta doença, 
mas não imaginam como ela se desenvolve, nem o porquê, ou quando, sem 
imaginar que ela esta mais perto do que se pode pensar, ainda mais parando para 
analisar o estilo de vida, e quadro que encontramos a sociedade hoje com seus 
índices de doenças por sedentarismo ou má alimentação. Parando para ter uma 
visão geral do quadro e sabendo que estratégias são criadas para resolucionar a 
maioria dos problemas que surgem em nossas vidas, desenvolvemos meios para 
tratar e aprender a viver com esta patologia desenvolvida por diversos fatores 
podendo citar os exercícios aeróbico e seus benefícios para pessoas com Diabetes 
tipo 2 (DM2), como um desses meios de tratamento. (MENDES, 2013). 
Fazemos tudo por meio de aplicativos e terceirizamos atividades simples do 
dia-a-dia como: compras, comunicação, e educação. Isso não é diferente com a 
saúde, ela é a ultima questão que levamos em consideração na nossa longa lista de 
deveres e agrados. Sem “tempo” deixamos a alimentação de lado e comemos 
qualquer coisa na rua, algo rápido e que acaba não possuindo valores nutricionais 
para o organismo, começa com ritmos pequenos e depois até mesmo os finais de 
semana mantemos esse comportamento indevido. (NEIMAN, 1999). 
E nesse contexto que a Diabetes (DM2) surge, uma doença relativamente 
“silenciosa” que aumenta o nível glicêmico no sangue, sendo resistente a insulina, e 
deixando o “açúcar” produzido pelo carboidrato que consumimos diariamente, livre 
em nossa corrente sanguínea. Os sintomas como fadiga, fome frequente, 
nervosismo, alteração visual, glicose na unira entre outros, aparecem de forma 
gradativa, podendo passar despercebido por anos, sendo assim o exame para 
4 
 
diagnóstico pode demorar a ser realizado e causar complicações ao portador. Porém 
existem tratamentos, e um deles é o exercício aeróbico, que pode variar quanto à 
forma de aplicação podendo beneficiar o portador da patologia na regulação na 
glicemia, peso corporal dentre outras coisas, sempre respeitando o portador e seus 
limites ajudando de forma significativa o controle da doença. (BRUE, 2006). 
 
2 DESENVOLVIMENTO: 
2.1 Diabetes Melitus. 
 
A maioria das pessoas já ouviu essa palavra em algum momento, no ônibus, 
na escola, no posto de saúde, em hospitais ou até mesmo em um almoço em 
família. Mas o que é diabetes? Diabetes é uma doença crônica na qual o corpo não 
produz insulina ou não consegue empregar adequadamente a insulina que produz. 
(MENDES, 2011). 
Portanto diabetes tipo 2 vem sendo empregada como a classe de diabetes 
(DM2), resistente a insulina, hormônio que controla a quantidade de glicose (açúcar) 
no sangue, sem o mesmo (hormônio) o corpo não consegue utilizar a glicose 
corretamente, elevando os níveis glicêmicos. O pâncreas é o responsável pela 
produção de alguns hormônios importantes e é ele quem produz as células ß 
responsáveis pela produção de insulina. (BRUE, 2006). 
Essa doença atinge mais de 12.054.827 de pessoas no Brasil, mais de 6,9% 
da população sofre com a doença, de acordo com pesquisa da Sociedade Brasileira 
de Diabetes, atualizada em 2017 - 2018 esse número continua crescendo dia após 
dia. O Brasil se encontra em quarto lugar no ranking mundial. (OLIVEIRA, 2017). 
 O diabete se expande pelo mundo em um ritmo tão acelerado que em breve 
pode ganhar o funesto status de epidemia segundo estimativa da Organização 
Mundial da Saúde (OMS) em 2040 será mais de 642 milhões. Um em cada onze 
pessoas possui a doença no mundo. (OLIVEIRA, 2017). 
O diabetes tipo 2 esta intimamente associada ao estilo de vida que levamos 
atualmente com alimentação imprópria, o sobre peso e a falta de atividades físicas. 
A doença não é contagiosa, mas em alguns casos (fatores genéticos), pode ser 
passada de pai para filho. (CHIL, 2006). 
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Os níveis glicêmicos do diabético carregam com si duas nomenclaturas, 
sendo elas a Hiperglicemia e a Hipoglicemia. A Hiperglicemia é diagnosticada como 
aumento de glicose no sangue sendo valores acima de 200 mg, em qualquer 
ocasião. Os Indivíduos portadores do diabetes tipo 2, no contexto geral, não 
necessitam de adiar o exercício devido a valores elevados de glicemia, sendo os 
níveis >200 ˃300 mg/dL, contanto que estejam sem nenhum dos sintomas do 
diabetes, sentindo-se bem e devidamente hidratados. No entanto, a prática de 
exercício deverá ser adiada em caso de hiperglicemias com presença de Cetose, 
que nada mais é que um grau elevadíssimo do índice glicêmico. (ROPELLE, 2005). 
A hipoglicemia é diagnosticada como a diminuição da quantidade normal de 
glicose na corrente sanguínea, este evento ocorre quando o nível glicêmico no 
sangue está abaixo da faixa <60mg/dl, algo que acontece com pessoas que têm 
diabetes. Existem níveis da hipoglicemia do tipo leve, moderada e grave podendo 
atingir o coma glicêmico, se não tratada a tempo. (ALMEIDA, 2003). 
2.2 Tipos diferentes de diabetes. 
 
 Pré- Diabetes 
O nome é utilizado quando os níveis de glicose não estão normais, porém não 
o suficiente para um diagnostico de diabetes tipo 2. Cerca de 50% das pessoas 
nesse estagio irão desenvolver a doença. Seus principais alvos são: obesos, 
hipertensos e pessoas com alguma alteração nos lipídios. 
 Diabetes tipo 1 
Nesse tipo o pâncreas perde a capacidade de produzir a insulina por conta de 
um defeitono sistema imunológico e os anticorpos atacam as células que produzem 
o hormônio. Esse tipo atinge de 5% a 10% dos pacientes com diabetes. Aparece 
geralmente da adolescência ou na infância. 
 Diabetes tipo 2 
Ocorre quando o organismo não consegue utilizar adequadamente a 
quantidade de insulina que produz ou não produz insulina suficiente para combater 
a taxa de glicemia. Esse tipo atinge cerca de 90% dos pacientes com diabetes. 
Manifesta-se em adultos, mas algumas crianças podem apresentar. 
 Diabetes Gestacional 
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O pâncreas aumenta a produção da glicose pelo corpo, pois durante a 
gravidez a mulher necessita de mudanças no equilíbrio dos hormônios. Contudo 
algumas mulheres não conseguem efetuar esse processo e desenvolvem diabetes 
gestacional. Esse tipo pode ocorrer em qualquer mulher gestante e infelizmente os 
sintomas geralmente são identificáveis. (BRUE, 2006). 
O diabetes tipo 2 tem suas manifestações clinicas, sendo uma das causas 
principais, a diminuição da produção de insulina pelo pâncreas causando alterações 
metabólicas e modificações nas proteínas, gorduras, e principalmente no nível de 
glicose sanguínea. Sabemos que a glicose é uma das principais substancias de 
energia para o organismo, contudo temos a insulina um hormônio proteico sob a 
forma de pró-insulina pelas células ß, que é liberada no liquido intersticial, onde 
atinge a circulação, tendo como função principal à manutenção da glicemia 
mantendo ela em seu limite normal, que é regulada em resposta a qualidade e 
quantidade de alimentos que ingerimos, quando existe um desequilíbrio entre eles 
suas vias de ação e quantidade. (CHIL, 2006). 
Nessa forma o pâncreas ainda produz insulina que, no entanto, não age 
corretamente sobre o tecido. Constata-se, portanto carência de relativa insulina e 
que é associada à resistência da ação desse hormônio. (NEIMAN, 1999). 
Dois fatores explicam por que a quantidade de insulina produzida não é 
suficiente para fazer a glicose entrar nos tecidos: o excesso de peso e um distúrbio 
do pâncreas. (NEIMAN, 1999). 
Conforme Mendes (2011), Esse tipo de diabetes (DM2) permanece latente 
por muito tempo, silencioso desconhecido por parte do paciente, porque a 
hiperglicemia se desenvolve lentamente e apresenta poucos sintomas clínicos. O 
excesso de peso é o fator de risco, sobretudo se a gordura se localiza no abdomem 
ou nas vísceras. De forma gradual o organismo é afetado com o diabetes, as partes 
afetadas são: 
 Olhos: Afetado de varias maneiras dos mais leves aos mais sérios 
como lesão da camada sensível de luz, na parte posterior do olho. 
 Rins: Lesões nos filtros pelo acumulo de glicose nos pequenos vasos 
que forma os filtros, a mesma permite que as substâncias que eram retidas passem 
para a urina. 
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 Nervos: Podem ser afetados de duas maneiras; diretamente ou por 
meios dos vasos sanguíneos, qualquer que seja a lesão é conhecida como 
neuropatia. Os três nervos afetados são os motores, sensoriais e os autônomos. 
 Pé Diabético: É uma consequência da neuropatia periférica e da 
doença vascular periférica. A diminuição da sensibilidade nas extremidades leva a 
um aumento do risco de lesões e infecções. 
 
2.3 Tratamento 
 
Como qualquer doença a diabetes necessita de tratamento e como não há 
cura, o controle deve ser realizado constantemente composto por 4 intervenções, 
como métodos de tratamento. (ALMEIDA, 2003): 
 Medicação 
Para a DM2 os comprimidos são os mais indicados para controlar o aumento 
da glicose, sob o nome genérico de agentes orais hiperglicêmicos quaisquer deles 
podem ser tomados isoladamente ou em combinação. A maioria das pessoas com 
esse tipo de diabetes considera que esses medicamentos, aliados com a 
alimentação saudável podem manter a diabetes sob controle. (CHIL, 2006). 
Constantemente associamos a insulina a diabetes, mas a mesma é 
recomendada para o diabetes tipo 1. (CHIL, 2006). 
 Alimentação 
 O tratamento com dieta significa mais seguir um plano de alimentação sadia 
do que fazer dieta restritiva ou complicada. É necessário comer mais os alimentos 
que fazem bem, e cortar aqueles que não fazem. (CHIL, 2006). 
As refeições devem ser feitas em intervalos regulares, desse modo será mais 
fácil controlar a glicose sanguínea. Basicamente deve se fazer uma refeição ou um 
lanche a cada três ou quatro horas e basear a medicação em torno deste horário, o 
índice de glicemia varia de pessoa a pessoa, com isso o portador pode descobrir 
como o alimento afeta a mesma (pessoa) fazendo uso das medicações depois de 
sua ingestão. (MENDES, 2013). 
Alguns alimentos devem ser inseridos na dieta, como: leite desnatado, cereais 
fibrosos, integrais, frutas, suco natural, vegetais, saladas, carnes magras, feijão 
cozido, dentre outros. (NEIMAN, 1999). 
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Os carboidratos são fonte de energia para o organismo, não são proibidos, 
mas devem ser ingeridos com cautela para que não se tornem fonte de 
desequilíbrio. Existem dois tipos: os complexos (amido) e os simples (açúcar de 
mesa ou sacarose). (NEIMAN, 1999). 
A alimentação também interfere no controle do peso, pessoas com a doença 
diagnosticada tipo dois, são aconselhadas a perder o peso (quando acima do 
normal) assim ligando de maneira direta a alimentação ao exercício. (BRUE, 2006). 
 Exercício físico 
O exercício físico é uma atividade programada de movimentos corporais, que 
tem como objetivo o gasto calórico, e melhora do condicionamento físico. Muitos 
diabéticos acreditam que não devem praticar, pois pode ocorrer uma hipoglicemia 
durante a atividade, mas com orientação de um profissional de educação física e um 
trabalho multidisciplinar, a prática constante pode beneficiar os diabéticos, pois 
exercícios regulares ajudam a baixar os níveis de glicemia de maneira adequada e 
gradativa, lembrando que a quantidade de exercício na semana é variada e as 
condições físicas devem ser bem observadas e trabalhadas. Alguns dos benéficos 
são: Estimulação da produção de insulina, aumento da sensibilidade celular à 
insulina, diminuição dos níveis de glicose no sangue, da gordura corporal e 
prevenção de complicações. (MENDES, 2011). 
Na prática de exercício físico, os sistemas do nosso corpo respondem de 
forma a tentar manter a homeostase celular, pois dependendo das vias energéticas 
suas necessidades metabólicas e utilização, fontes de energia são solicitadas e 
tendem a variar, podendo suprir a solicitação energética do organismo por uma 
única via, ou trabalhar conjunta com outra. (ALMEIDA, 2003). 
Não apenas o sistema cardiovascular é beneficiado com essa prática, devido 
a frequência de estímulos e adaptações, mas observamos melhoras no corpo inteiro 
podem ocorrer depois de algum tempo que um indivíduo inicia a pratica de alguma 
atividade física. Podemos entender que isso ocorre porque todos os sistemas do 
corpo são também estimulados, e como consequência, o metabolismo é acelerado 
otimizando a distribuição de oxigênio nos tecidos que estão em atividade. Portanto, 
a prática de exercícios físicos tende a trazer melhorias no organismo, e proporcionar 
uma maior qualidade de vida. (ALMEIDA, 2003). 
O exercício físico vem se mostrando benéfico para qualquer individuo, com ou 
sem diabetes tipo 2 (DM2). No público infantil como crianças e adolescentes, a 
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pratica é fundamental para o desenvolvimento do individuo num todo, por meio da 
evolução física e mental, contudo em adultos, tem grande importância para o 
aspecto cardiovascular, e nos idosos, alem dos benefícios já relatados, a atividade 
física e importante para a manutenção e preservação da massa magra, ajudando a 
prevenir a sarcopenia. (MENDES, 2013). 
Grande parte das pessoas com diabetes não praticam exercícios físicos com 
frequência. Nos Estados Unidos da America (EUA), avalia-se que 39% dos adultos 
com diabetes sejam fisicamente ativos. O diabetes tipo 1 (DM1) quanto o diabetes 
tipo2 (DM2), requerer cuidados especiais no exercício físico, mas o indivíduos com 
diabetes, tipo 1 ou 2 de todas as idades, não esta restrito a praticar exercícios físicos 
regularmente, de maneira progressiva e segura. (CHIL, 2006). 
2.4 Exercícios Aeróbicos. 
 
É a atividade que durante a execução os grupos musculares necessitam de 
mais oxigênio, com isso o coração acelera os batimentos com finalidade de suprir a 
demanda, tendo seu tempo de pratica maior que 30’min. Nadar, correr, caminhar, 
pedalar e dançar são algumas das atividades consideradas aeróbicas e as mais 
comuns também. (MENDES, 2013). 
Esse tipo de exercício é o mais recomendado para os portadores da DM2, 
uma vez que tendem baixar a glicose na corrente sanguínea de forma mais 
gradativa, contudo alguns cuidados devem ser tomados como: executar os 
exercícios conforme seu nível de aptidão, para não baixar demais a glicemia 
exagerando nos exercícios. Leve sempre com você um alimento para estar 
preparado caso viva um evento de hipoglicemia. (NEIMAN, 1999). 
 Nosso organismo dispõe de alguns sistemas ou fontes de produção de 
energia para garantir a atividade muscular e manter um equilíbrio hormonal 
conforme sua intensidade. No exercício aeróbico a fonte de energia ou sistema 
utiliza vem sendo: glicose (glicogênio), gordura (ácidos graxos livres) e em menor 
proporção a proteína. Nessa prática é fundamental a presença e a utilização do 
oxigênio para a produção de energia, de uma forma mais lenta. Com esse sistema 
de produção de energia nos conseguimos executar tarefas com grandes grupos 
musculares por um tempo considerável, sem chegarmos ao ponto fadiga de forma 
rápida. (CHIL, 2006). 
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2.5 Benefícios do exercício físico aeróbico para o diabético. 
 
A prática de exercícios físicos como os exercícios aeróbios, estimulam a 
produção da GLUT-4, uma proteína que tem como função recolher a glicose 
excedente na circulação, para assim joga-la dentro da célula, proporcionando a 
menor necessidade de insulina para este processo. As atividades físicas como 
correr, nadar, pedalar e dançar, consideradas práticas aeróbicas tendem a baixar a 
glicose na corrente sanguínea de forma mais imediata, isso porque fazem uso desta 
via energética conjunta a outras, utilizando assim as vias glicolítica/oxidativa. Estas 
atividades trabalham também com uma ênfase maior o sistema cardiovascular. 
Atividades de longa duração como as atividades aeróbicas não são restritas a 
diabéticos, muito pelo contrário, traz um benefício imensurável, tanto em sua 
patologia quantos em outras áreas afetadas pelo sedentarismo e estilo de vida 
como: (ROPELLE, 2005). 
 Diminuição da pressão arterial; 
 Emagrecimento e/ou controle do peso; 
 Redução do HDL, e aumento do LDL; 
 Equilíbrio do nível glicêmico. 
O exercício físico quando praticado para tratamento do diabetes tipo 2, 
vinculado à alimentação e medicamentos (se necessário), deve manter uma 
constância para adquirir resultados, como praticar por no mínimo 4 horas semanais. 
Quando a atividade física é suspensa por um tempo superior a uma semana, os 
ganhos das atividades anteriores praticadas são perdidos, pois o organismo para de 
ter os estímulos e fica em inércia, trazendo à tona todos os desequilíbrios 
provocados pela patologia. (NEIMAN, 1999). 
O exercício físico para o diabético colabora com aumento da sensibilidade à 
insulina, e tem sido demonstrado que ocorre de 12 a 48 horas após a sessão de 
exercício, contudo volta aos níveis pré-atividade em três a cinco dias após a última 
sessão de exercício físico, o que ressalta a necessidade de praticar atividade física 
regularmente. Com apenas uma sessão de exercício físico melhora-se a 
sensibilidade à insulina, e os efeitos proporcionados pelo treinamento regride em 
poucos dias de inatividade, nos fazendo reforçar que a regularidade é de suma 
importância para permanecer num processo evolutivo. (MENDES, 2011). 
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Durante a atividade física quando estamos com grande disponibilidade de 
lipídios (gordura), a musculatura esquelética utiliza os ácidos graxos como substrato 
para a síntese de ATP (Adenosina Trifosfato) sendo assim, quando temos muita 
disponibilidade de carboidratos, a glicose passa a ser utilizada. Os carboidratos são 
uma grande fonte de energia. (ALMEIDA, 2003). 
Os exercícios de intensidade variada, entre leve a moderada estimulam a 
secreção do glucagon (Hormônio), que favorece a glicogenólise e a gliconeogênese. 
Esse processo de glicogenólise é importante para manter em estabilidade a 
glicose durante a pratica de exercício físico aeróbico, que consequentemente 
aumentando a sensibilidade à insulina e o gasto energético. A hipoglicemia na 
pratica do exercício físico, para o diabéticos tipo 2 não é corriqueiro em virtude da 
ação dos hormônios contrarreguladores (Glucagon). (MENDES, 2013). 
Após o exercício físico ainda na musculatura, o estimulo a captação de 
glicose continua. O alimento (carboidrato) ingerido depois da pratica do exercício 
será direcionado para a reposição do glicogênio muscular. O impacto que o 
exercício físico tem na glicemia em pessoas com diabetes tipo 2 (DM2), exercício 
leve ou moderado gera, queda da glicose durante o exercício. (NEIMAN, 1999). 
 
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS. 
 
Existem inúmeros benefícios na prática de exercício ou atividade física para o 
diabético tipo 2. A prática de exercício proporciona uma melhora e evolução em 
diversas áreas ao portador desta patologia, onde consequentemente o ajuda em 
vários ambitos na vida. O exercício aeróbico conforme o estudo apresenta melhora a 
sensibilidade à insulina, melhorando o seu índice glicêmico e o afastando das 
complicações clínicas que a patologia trás, proporcionando equilíbrio hormonal e 
metabólico. A prática do exercício é extremamente benéfico, contudo alguns pontos 
foram levados em consideração. Devemos respeitar a individualidade de cada 
portador, e trabalhar o exercício aeróbico de forma gradativa, vinculada a uma 
alimentação balanceada e uso de terapia medicamentosa. 
O exercício físico, em especial o aeróbico não é restrito ao portador de 
diabetes, muito pelo contrario, mas o acompanhamento do profissional de educação 
física na pratica das atividades deve ser intenso e cauteloso. 
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O portador do diabetes tipo 2 vive o desequilíbrio entre a produção de glicose 
e absorção da mesma, conjunto a uma resistência a insulina maior que os demais, 
porem o exercício periódico pode promover uma melhora nesses níveis, em vista 
que o estudo aponta que a pratica regular dos exercícios, sendo elas realizadas no 
mínimo quatro vezes por semana, estimula e eleva os níveis da GLUT-4, uma 
proteína que auxilia na absorção de glicose para dentro da célula minimizando os 
níveis altíssimos de glicose na corrente sanguínea e aumentando a sensibilidade a 
insulina. 
Portanto conseguimos concluir que a prática de exercícios aeróbicos beneficia 
o portador da diabetes tipo 2, aumentando a sua sensibilidade a insulina, prevenindo 
de complicações do quadro clinico que a doença proporciona, e consequentemente 
melhorando a qualidade de vida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS 
 
ALMEIDA, M.B, ARAUJO, C.G.S. Efeitos do treinamento aeróbico sobre a 
freqüência cardíaca. Rev Bras Med Esporte, São Paulo, v. 9, n. 2, p. 104-112, Mar. 
2003. 
 
BRUE, T. Diabetes. 1. ed. São Paulo: Larousse do Brasil, 2006. 
CHIL, P.C.A. Diabetes: Manual de exercícios antes, durante e após o programa 
de tratamento. 2. ed. São Paulo: Phorte, 2006. 
 
MENDES, R. et. al. Programa de exercício da diabete tipo 2. Revista Portuguesa 
de Diabetes, Portugal, v. 6 n. 2, p. 62-70, Jun. 2011. 
 
MENDES, R. Prática de exercício físico e níveis de atividade física habitual em 
doentes com diabetes tipo 2. Revista Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e 
Metabolismo, Portugal, v. 8, n. 1, p. 9-15. 2013.NEIMAN, D.C. Exercício e saúde: como prevenir de doenças usando o exercício 
como seu medicamento. 1. ed. São Paulo: Manole, 1999. 
 
OLIVEIRA, P; Junior, R.M.M; VENCIO, S. Diretrizes da Sociedade Brasileira de 
Diabetes. São Paulo: Editora Clannad, 2017. 
 
ROPELLE, E.R; PAULI, R.J; CARVALHEIRA, J.B.C. Efeitos moleculares do 
exercício físico sobre as vias de sinalização insulínica. Revista de Educação Física 
motriz. São Paulo, v. 11, n. 1, p. 49-55, Fev. 2005.

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