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DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é caracterizada pela obstrução crônica e recorrente do fluxo de ar nas vias respiratórias intrapulmonares A obstrução ao fluxo de ar usualmente é progressiva e é acompanhada por respostas inflamatórias DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA A DPOC é uma causa importante de morbidade e mortalidade em todo o mundo. Estima-se que aproximadamente 9 milhões de americanos A DPOC é a quarta causa principal de morte tanto nos Estados Unidos quanto no Canadá FATORES DE RISCO PARA A DPOC Incluem fatores tanto do hospedeiro quanto ambientais. A CAUSA MAIS COMUM DA DPOC É O TABAGISMO, conforme evidenciado pelo fato de que 80% a 85% das pessoas com DPOC têm uma história de tabagismo FATORES DE RISCO PARA A DPOC Incluem fatores tanto do hospedeiro quanto ambientais. Um segundo fator do hospedeiro, menos comum, é uma deficiência hereditária na α 1-antitripsina Outros fatores predisponentes são a asma e a hiper-responsividade das vias respiratórias. ETIOLOGIA E PATOGENIA Os mecanismos envolvidos na patogenia da DPOC usualmente são múltiplos e incluem INFLAMAÇÃO E FIBROSE DA PAREDE BRÔNQUICA Hipertrofia das glândulas da submucosa brônquica Hipersecreção de muco Perda das fibras elásticas do estroma pulmonar Perda de parênquima alveolar ETIOLOGIA E PATOGENIA A inflamação e a fibrose da parede brônquica, juntamente com a secreção excessiva de muco, obstruem o fluxo de ar e causam uma má combinação entre ventilação e perfusão. ETIOLOGIA E PATOGENIA O termo doença pulmonar obstrutiva crônica inclui dois tipos de doença obstrutiva das vias respiratórias: Enfisema Aumento de tamanho dos espaços aéreos e destruição de parênquima pulmonar Bronquite obstrutiva crônica Produção aumentada de muco, obstrução das pequenas vias respiratórias e uma tosse crônica produtiva. Pessoas com DPOC frequentemente têm aspectos sobrepostos de ambas as doenças. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Fadiga, intolerância ao exercício, tosse, produção de catarro ou falta de ar. A tosse produtiva normalmente ocorre pela manhã, e a dispneia se torna mais severa à medida que a doença progride. Exacerbações frequentes de infecção e insuficiência respiratória são comuns MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Os mnemônicos "soprador rosado" ("pink puffer") e "inchado cianótico" ("blue bloater") têm sido usados para diferenciar as manifestações clínicas do enfisema e da bronquite obstrutiva crônica. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Pessoas com enfisema predominante são classicamente referidas como "SOPRADORES ROSADOS" ("pink puffers"), uma referência à ausência de cianose, ao uso de músculos acessórios e à respiração com lábios franzidos (como se estivessem "soprando"). MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Pessoas com uma síndrome clínica de bronquite crônica são classicamente rotuladas como "INCHADOS CIANÓTICOS" ("blue bloaters"), uma referência à cianose e à retenção de líquidos associadas à insuficiência cardíaca do lado direito. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Progressiva mudança na função respiratória. Dano respiratório de moderado a severo devido à obstrução ao fluxo de ar MAIOR À EXPIRAÇÃO DO QUE À INSPIRAÇÃO Resultando em trabalho aumentado de respiração mas eficácia diminuída. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Desenvolvimento da dispneia por esforço, frequentemente descrito como um esforço aumentado para respirar, sensação de peso, falta de ar ou ofego. As atividades que envolvem um trabalho significativo dos braços, particularmente acima dos ombros, são particularmente difíceis para pessoas com DPOC. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Pessoas com severa obstrução ao fluxo de ar também podem exibir o uso dos músculos acessórios, sentando na característica posição em "tripé" para facilitar o uso dos músculos esternocleidomastóideo, escaleno e intercostais. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS A respiração com lábios franzidos aumenta o fluxo de ar porque ela aumenta a resistência ao efluxo de ar e ajuda a prevenir o colabamento das vias respiratórias através do aumento da pressão nas vias respiratórias. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS As pessoas com DPOC são incapazes de manter normais os gases sanguíneos através do aumento de seu esforço respiratório. Hipoxemia, hipercapnia e cianose se desenvolvem, refletindo um desequilíbrio entre a ventilação e a perfusão. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Uma severa hipoxemia, na qual os níveis de P02 arterial caem abaixo de 55 mm Hg, causa vasoconstrição reflexa dos vasos pulmonares e prejuízo adicional das trocas gasosas no pulmão. A hipoxemia também estimula a produção de hemácias, causando POLICITEMIA. DIAGNÓSTICO O diagnóstico da DPOC é baseado em: História clínica Exame físico cuidadosos, Estudos da função pulmonar Radiografias de tórax Testes laboratoriais. DIAGNÓSTICO A obstrução das vias respiratórias prolonga a fase expiratória da respiração e proporciona o potencial para um dano às trocas gasosas devido à má combinação entre ventilação e perfusão. CAPACIDADE VITAL FORÇADA A CVF é a quantidade de ar que pode ser exalada de maneira forçada após inspiração máxima. Em um adulto com função respiratória normal, isso deve alcançado em 4 a 6 segundos. CAPACIDADE VITAL FORÇADA Em pacientes com doença pulmonar crônica, o tempo necessário para a CVF está aumentado VEF está diminuída e a relação entre VEF e CVF está diminuída. ESTADIAMENTO DPOC TRATAMENTO O tratamento da DPOC depende do estágio da doença e frequentemente requer uma abordagem interdisciplinar. A cessação do hábito de fumar é a única medida que torna lenta a progressão da doença. A educação das pessoas com DPOC e de suas famílias é fundamental para o tratamento bem-sucedido da doença. TRATAMENTO Pessoas em estágios mais avançados da doença requerem frequentemente medidas para manter e melhorar a atividade física e psicossocial, intervenções farmacológicas e terapia com oxigênio. TRATAMENTO FARMACOLÓGICO Uso de broncodilatadores, incluindo AGENTES ADRENÉRGICOS E ANTICOLINÉRGICOS INALADOS. As drogas anticolinérgicas (p. ex., ipratrópio), que são administradas por inalação, produzem broncodilatação através do bloqueio de receptores colinérgicos parassimpáticos que produzem contração da musculatura lisa brônquica. TRATAMENTO FARMACOLÓGICO A teofilina oral pode ser usada no tratamento de pessoas que não respondem aos broncodilatadores inalados. As preparações de longa duração com teofilina podem ser usadas para reduzir os declínios na função respiratória que acontecem ao longo da noite. Existem também evidências de que a teofilina possa melhorar a função dos músculos respiratórios, aumentar a eliminação mucociliar e melhorar o impulso respiratório central. TRATAMENTO FARMACOLÓGICO Embora os corticosteroides inalados frequentemente sejam usados no tratamento da DPOC, existem controvérsias com relação à sua utilidade. Inflamação na DPOC não seja suprimida por corticosteroides inalados ou orais. Uma explicação para essa falta de efeito pode estar relacionada ao fato de que os corticosteroides prolongam a ação dos neutrófilos, daí não suprimirem a inflamação neutrofílica vista na DPOC. TRATAMENTO TERAPIA COM OXIGÊNIO A terapia com oxigênio é prescrita para pessoas selecionadas com hipoxemia significativa (P02 arterial < 55 mm Hg). O objetivo global da terapia com oxigênio é manter uma saturação de oxigênio de hemoglobina de pelo menos 90%.