Buscar

Diagnóstico por imagem veterinária - Radiologia - tórax, coração, mediastino, pulmões, diafragma, cavidade torácica

Prévia do material em texto

APARELHO RESPIRATÓRIO 
SUPERIOR 
Narinas 
ESTENOSE: em raças braquiocefálicas; 
cirurgia para ampliar a abertura das narinas 
 
Cavidade nasal/ Seios paranasais 
Inflamação por substâncias irritantes, corpo 
estranho e processos alérgicos 
Infecções podem ser agudas ou crônicas, 
causadas por vírus, bactéria ou fungo 
Rinites micóticas iniciam com maior 
frequência na região rostral da cavidade 
nasal 
Neoplasias iniciam na região caudal e média 
da cavidade nasal e muitas vezes são 
acompanhadas de infecção bacteriana 
secundária 
 
Faringe 
Inflamação por doença sistêmica que envolva 
as tonsilas 
Edema por trauma ou dispneia severa 
Hemorragia por corpo estranho 
Prolongamento e espessamento de palato 
mole 
Massas como neoplasias e abcessos 
envolvendo gls salivares, palato mole e 
linfonodos 
Colapso de faringe 
Prolongamento do palato mole: comum em 
raças braquicefálicas, tem causa congênita; o 
palato mole se prolonga e obstrui a face dorsal 
da glote. Pode-se realizar procedimento 
cirúrgico. 
SINAIS CLÍNICOS: Inflamação da laringe / 
edema; Dificuldade de deglutição; Pneumonia 
aspirativa (secundaria); Alterações 
gastrointestinais; Ânsia de vômito ; 
Intolerância ao exercício; Respiração anormal 
durante o sono 
 
Laringe 
Paralisia de laringe (cães da raça Golden e 
labrador): perda da capacidade de abdução 
das cartilagens aritenóides durante a 
inspiração. Pode ser congênita ou adquirida, 
secundária a trauma, neoplasia, polineuropatia 
ou endocrinopatia. 
SINAIS CLÍNICOS: dispnéia inspiratória, 
intolerância ao exercício, sobrepeso, 
inquietação e taquicardia. 
DIAGNÓSTICO: ultrassonografia da região 
cervical ventral e laringoscopia ou 
faringoscopia. Nestes exames foram 
observados movimentos assimétricos das 
cartilagens aritenóides durante a inspiração. 
Eversão dos saculos da laringe (raças 
braquicefálicas): alteração secundária na 
síndrome braquiocefálica. A eversão de 
sáculos laríngeos caracteriza-se pelo prolapso 
da mucosa que reveste as criptas laringianas, 
sendo diagnosticada com menos freqüência 
que o alongamento de palato mole ou estenose 
das narinas. 
Neoplasias 
Lesões por intubação ou mordedura 
Corpo estranho 
Colapso de laringe: Obstrução das vias aéreas 
por perda da rigidez da cartilagem ocorrendo 
um desvio medial das cartilagens da laringe. 
** SÍNDROME BRAQUICEFÁLICA: 
Caracteriza-se por apresentar uma ou mais 
anormalidades anatômicas congênitas das vias 
aéreas superiores. Exemplo: ESTENOSE DAS 
NARINAS; PALATO MOLE ALONGADO; 
COLAPSO LARÍNGEO E TRAQUEAL; 
AUMENTO DAS TONSILAS. 
 
Traqueia 
Corpo estranho 
Colapso de traqueia: é uma forma de 
“obstrução” traqueal causada por flacidez ou 
achatamento da cartilagem; há redução do 
tamanho do lúmen interferindo no fluxo de ar 
para os pulmões. Pode ser um processo 
dinâmico, uma vez que a traqueia se 
movimenta durante expiração e inspiração. 
Importante radiografar na expiração e 
inspiração. 
Durante a inspiração, a traqueia 
cervical tem maior pressão, tendendo ao 
colapso. Durante a expiração, a traqueia 
torácica tende ao colapso. 
SINAIS CLÍNICOS: Apresenta sinais clínicos 
de 1 ano a meia idade ou idoso; intolerância ao 
exercício; Náusea; Dispneia; Inflamação 
(tosse); Sincope; Vômito em 50% dos casos. 
DIAGNÓSTICO: radiografia do pescoço 
(tangencial – tangente à traqueia, o normal é 
ver uma “bolinha” com interior preto) e do 
tórax (laterolateral – normal é ver a traqueia 
simétrica e de coloração preta por toda a 
extensão). É colapso de traqueia se forem 
observados achatamento da traqueia, seja 
cervical ou torácica ou assimetria no 
paralelismo da traqueia na radiografia. 
Hipoplasia: é caracterizada por um 
significativo estreitamento ao longo de toda a 
extensão traqueal, sendo que nos cães afetados 
os anéis traqueais cartilaginosos tendem a ser 
menores e mais rígidos que o normal. 
Neoplasias: Massa em traqueia - diferenciar se 
intra ou extraluminal. 
A radiopacidade da massa é a de 
tecidos moles (a não ser que haja calcificação). 
Portanto, para diferenciar se está dentro ou 
fora da traqueia é preciso observar: 
- intraluminal: verifica-se um 
“estreitamento” do lúmen traqueal na 
radiografia, pois, a massa apresenta-se como 
uma estrutura mais radiopaca (branca) no 
interior da traqueia que é preta (presença de 
ar) 
- extraluminal: nota-se um 
deslocamento da traqueia sem alteração do 
lumen. Efeito de massa: deslocamento da 
traqueia devido a presença de massa. 
 
APARELHO RESPIRATÓRIO 
INFERIOR 
Projeções: Perpendiculares entre si 
LLD – com o lado direito mais próximo do 
filme. Observa-se: porção cranial do lobo 
pulmonar cranial esquerdo; lobos craniais 
direito e esquerdo sobrepostos; dorsalmente 
aos lobos craniais a traqueia; observar a 
silhueta cardíaca (formato do coração – mais 
arredondado); dorsal próximo as vértebras a 
aorta descendente; FIGADO 
LLE – observa-se: porção cranial do lobo 
pulmonar cranial esquerdo; lobos craniais 
direito e esquerdo sobrepostos; dorsalmente 
aos lobos craniais a traqueia; observar a 
silhueta cardíaca (formato do coração- mais 
afilado); ápice do coração (VE); dorsal 
próximo as vértebras a aorta descendente; 
ESTOMAGO. 
DV – em decúbito ventral (barriga encostada 
no filme). 
-Lado esquerdo quando está olhando a 
imagem: Lobo pulmonar cranial direito e lobo 
caudal direito 
- Meio: mediastino cranial e coração 
(caudal ao mediastino) mais radiopaco; cúpula 
diafragmática menos radiopaca que o coração 
e o mediastino, formato côncavo regular . 
-Lado direito: lobo pulmonar cranial 
esquerdo; ápice do coração voltado para esse 
lado. 
VD – em decúbito dorsal 
 -Lado direito e esquerdo com mesmas 
estruturas, mas invertido. 
 -Meio: cúpula diafragmática menos 
radiopaca que o coração e o mediastino, 
formato irregular . 
Deve- se ter no mínimo duas projeções 
perpendiculares e três projeções no caso 
de pesquisa de metástases. 
 
PROJEÇÕES: 
Laterolateral: Centrar o feixe de raios X entre 
o 4o e 5o EIC (equino não); Articulações 
costocondrais sobrepostas; Inserção das 
costelas sobrepostas; Membros torácicos 
tracionados cranialmente. 
 
Ventrodorsal/ Dorsoventral: Simetria do tórax 
evidenciada pela sobreposição da coluna 
vertebral ao esterno; As articulações 
costocondrais de cada lado devem estar no 
mesmo nível; processos espinhosos não devem 
ultrapassar o corpo vertebral. 
 
 
RESPIRAÇÃO 
 
INSPIRAÇÃO – as costelas estão mais 
separadas e os campos pulmonares mais 
radiolucentes (pretos – presença de ar); 
maiores detalhes vasculares são observados. 
EXPIRAÇÃO – sobreposição do músculo 
diafragma e a borda caudal da silhueta 
cardíaca. (Diafragma e coração ficam mais 
próximos; são estruturas mais radiopacas). 
 
Alterações radiográficas – técnica 
SUBEXPOSIÇÃO 
SUPEREXPOSIÇÃO 
Diferenças pequenos X equinos 
Impossibilidade de VD em equinos adultos 
Campo pulmonar mais próximo do chassis 
aparece com mais nitidez nos equinos 
Várias projeções em equinos para o exame 
completo 
NO EQUINO as projeções usadas são: 
dorsocaudal, ventrocaudal, dorsocranial e 
ventrocranial. 
TECNICA RADIOGRÁFICA 
Preparo do animal: 
-Dispensável 
-Jejum : medicação sedativa 
Regulagem do equipamento: 
- BAIXA mA 
- BAIXO tempo (menor tempo possível, 
cuidado com o mA) 
- ALTA Kv: menor contraste, para evidenciar 
pequenas alterações pulmonares. 
Todo tórax deve estar incluso na radiografia 
 
AVALIAÇÃO TÓRAX: 
Manter sempre uma rotina 
Costelas, vértebras e esternébras 
Tecido mole da parede torácica 
Espaço pleural 
Mediastino 
Coração 
Traqueia e brônquio principal 
Vasos pulmonares 
Parênquima pulmonar 
Observar 
Radiopacidade aumentada ou diminuída – 
cuidado com a técnica e peso do animal 
Focal ou difusa 
Discreta, moderada ou acentuada (subjetiva)Tipo da lesão (áreas bem/mal definidos, 
formato irregular/arredondado) 
 
Pulmão 
PADRÕES PULMONARES 
PADRÃO ALVEOLAR. 
PADRÃO BRONQUICO. 
PADRÃO INTERSTICIAL. 
PADRÃO VASCULAR. 
PADRÃO MIST O. 
 
PADRÃO ALVEOLAR 
Definição: 
Verifica-se alvéolos preenchidos por 
líquido, debris celulares (exsudato ), 
infiltração neoplásica ou alvéolos 
colapsados. O líquido ou s fragmento s 
deslocam o ar nos alvéolos e sua 
contribuição para o contraste global é 
perdida. 
Aspectos Radiográficos: 
-Enevoado („algodão doce‟) e áreas com 
aumento de densidade que tendem a se unir. 
-Presença de broncogramas aéreos o qual é 
um sinal patognomônico de doença 
pulmonar de padrão alveolar. Normalmente 
o ar nos alvéolos e no brônquio fornecem 
radiopacidade de tecidos moles, portanto não 
são visualizados; somente os vasos são vistos, 
pois são menos radiopacos/ mais radiolucentes 
(fica cinza clarinho). Quando os alvéolos 
foram infiltrados, o líquido preenche a região 
alveolar, ao redor do brônquio , tornando 
o ar presente no lúmen bronquial com a 
mesma radiopacidade dos vasos, sendo visível 
e evidente (radioluscente). 
-Consolidação pulmonar: opacidade intensa 
-Sinal lobar – borda do lobo pulmonar 
evidente 
-Fissuras interlobares. 
-Perda da definição dos vasos sanguíneos: 
vasos pouco visíveis. 
Enfermidades Pulmonares Causadoras do 
Padrão: 
Edema 
Pneumonia- pode ocasionar consolidação 
pulmonar. Radiopacidade de tecidos moles. 
Broncopneumonia 
Hemorragia 
Tumor/metástase 
Atelectasia (diferença de consolidação – 
pulmão reduz de volume em atelectasia) – 
colapso do espaço aéreo alveolar. 
 
PADRÃO BRONQUICO 
Definição: 
 O padrão bronquial pode ser 
visualizado quando há alterações quanto a 
densidade e espessura das paredes dos 
brônquios, bem como alterações do diâmetro 
do lúmen 
Aspectos Radiográficos: 
Árvore brônquica mais evidente 
Anéis visíveis- anéis de paredes radiopacas no 
plano transversal (calcificação ou infiltrado 
bronquiolar) 
Dilatação (bronquiectasia) /Diminuição do 
lúmen 
Calcificações das paredes – pode ocorrer em 
animais idosos 
Doenças de Padrão Brônquico: 
Bronquite – espessamento da parede 
Bronquiectasia (Inflamatória ou Infecciosa) – 
dilatação do lúmen 
Asma (felinos) 
Broncopneumonia - haverá padrão 
broncoalveolar 
 
PADRÃO INTERSTICIAL 
Definição: 
 O interstício compreende o tecido que 
suporta e envolve os vasos sanguíneos, 
linfáticos, brônquios e alvéolos; o acúmulo de 
fluido ou material celular nesse tecido define o 
padrão intersticial. 
 O interstício pode estar infiltrado por 
tecido fibroso, neoplasia ou líquido. 
Aspectos radiográficos: 
Não-estruturado: linear ou curvilíneo 
 Aumento generalizado da opacidade 
pulmonar 
Visibilização de vasos e silhueta cardíaca 
dificultada 
Radiopacidade menos intensa 
Redução do contraste dificulta a visualização 
de estruturas 
Padrão reticular: favo de mel 
Estruturado: nodular*difusos ou focais 
Miliares 
Nódulos 
Massas 
Doenças de Padrão Intersticial: 
Tumor/metástase (padrão estruturado e não-
estruturado) 
Bolhas 
Abscesso 
Hematoma 
Edema 
Fibrose 
 
PADRÃO MISTO 
Definição: 
 Ocorre quando há associação de mais 
de um tipo de padrão. 
Identificação de mais de um padrão 
pulmonar: 
Intersticial + Alveolar 
Intersticial + Brônquico 
Brônquico + Alveolar 
Inter-relação entre as várias estruturas 
Estágio da doença 
 
Pleura 
Visceral – Recobre os Pulmões 
Parietal – Reveste a Cavidade torácica 
CAVIDADE PLEURAL 
Espaço entre a pleura visceral e 
parietal. Contém pequena quantidade de 
líquido para evitar o atrito - não deve ser 
visualizada na radiografia. 
*Restringem a expansão dos pulmões 
 
Alterações do espaço pleural: 
Fluido Pleural – conteúdo líquido; 
Visibilização na radiografia precisa de grande 
quantidade de líquido. Obs.: Recomendado a 
ultrassonografia. 
Tipos de fluidos pleurais: 
Hidrotórax 
Piotórax 
Hemotórax 
Quilotórax 
Obs.: Não tem diferenciação pelo ex. 
radiográfico 
 
EFUSÃO PLEURAL 
Definição: 
 Presença de líquido pleural no espaço 
pleural. 
Projeções: 
 LL – opacidade homogênea no tórax 
ventral, margens pulmonares separadas, 
fissuras interlobares e lobo caudal com aspecto 
de folha. 
 VD – detecta melhor pequenas 
quantidades de líquido e permite visualizar as 
fissuras interlobares. 
Alterações radiográficas: 
 Há um aumento de radiopacidade 
difuso no tórax devido a quantidade de 
líquido, o grau depende da quantidade de 
líquido presente. Radiopacidade de líquido e 
tecidos moles é a mesma. 
 Há o delineamento das bordas 
pulmonares pela presença de líquido. As 
fissuras interlobares passam a ser visíveis. Os 
pulmões “flutuam” no líquido. 
 A silhueta cardíaca pode não ser 
visualizada, ou é visualizada parcialmente. A 
cúpula diafragmática não é visualizada. 
 O líquido pode ter distribuição 
assimétrica ou unilateral. Exemplos: tumores e 
quilotórax. 
 
PNEUMOTORAX 
Definição: 
 Presença de ar livre na cavidade 
pleural 
Classificação: 
- fechado (ruptura da pleura visceral, esôfago, 
traquéia, pneumomediastino) 
- aberto (trauma penetrante em caixa torácica– 
fratura de costela) 
SINAIS CLÍNICOS: dispneia e intolerância a 
exercícios. 
Projeções: 
 LL – deslocamento dorsal do ápice do 
coração (distanciamento do esterno). 
Radiolucencia pulmonar entre as fissuras 
interlobares e retração dos lobos pulmonares. 
 VD – retração da pleura visceral e 
radiotransparencia pulmonar. 
Os lobos pulmonares são vistos 
distanciados da parede torácica. 
 
 
 
Mediastino 
Anatomia 
Cranial: veia cava cranial, timo (atenção em 
animais jovens), linfonodos, traquéia, esôfago, 
etc. 
Médio: traquéia, esôfago, coração, linfonodos, 
etc. 
Caudal: veia cava caudal, esôfago, etc. 
Obs.: Incompleto em cães e gatos, transudatos 
(baixa viscosidade) tendem a ser bilateral. 
 
PNEUMOMEDIASTINO 
Definição: 
 Secundário à rupturas de esôfago, 
traqueia intratorácica, brônquios, bronquíolos 
ou feridas perfurantes da região cervical 
(mordedura). 
Aspectos radiográficos: 
Radiotransparência em correspondência à 
região mediastinal 
Individualização das estruturas mediastinais 
(traquéia, veia cava cranial) 
Diagnóstico diferencial: 
Pneumotórax 
Enfisema de subcutâneo 
 
MASSAS MEDIASTINAIS: 
- Mediastino cranial: neoplasias (timo 
e linfonodos), alterações esofágicas, 
linfonodomegalia 
- Mediastino Médio: linfonodomegalia, 
neoplasias, alterações esofágicas, aumento de 
vasos pulmonares ou do coração 
- Mediastino Caudal: alterações 
esofágicas, intussuscepção gastroesofágica. 
Aspectos radiográficos: 
Mediastino aumentado 
Deslocamento do trajeto da traqueia 
Deslocamento da área pulmonar 
DV / VD: deslocamento à direita ou à 
esquerda das estruturas do mediastino 
Obs.: massas e líquido são de difícil distinção 
 
Diafragma 
Músculo separa a cavidade torácica da 
abdominal, o centro tendíneo forma os pilares 
Aspectos variam de acordo com o 
posicionamento, fase do ciclo respiratório, 
conformação do animal 
LLD – pilares paralelos, direito cranial 
LLE – pilares se cruzam, esquerdo cranial 
 
Posição/deslocamento: 
Caudal: inspiração, hiperinsuflação, enfisema, 
asma, pneumotórax 
Cranial: expiração, hepatomegalia, neoplasia 
abdominal, ascite, prenhez 
ALTERAÇÕES: 
HÉRNIA 
Definição: 
 É uma protusão de qualquer conteúdo 
abdominal para o tórax através de uma 
abertura no diafragma. 
Congênitas: hérnias diafragmáticas podem 
ocorrer de forma congênita, porém é pouco 
comum. Cerca de 15%. 
Adquiridas: Hérnias diafragmáticas 
traumáticas são as mais comuns, causam a 
ruptura do diafragma devido trauma. Não 
apresentam saco herniário, sendo descritas 
como rupturas e a protusão se dá por aberturaanormal do diafragma. 
 
Ruptura diafragmática (hérnia traumática) 
Aspectos radiográficos: 
- perda de definição da cúpula 
diafragmática 
- deslocamento cranial de vísceras 
abdominais 
- presença de estruturas tubulares com 
conteúdo gasoso em cavidade torácica 
- alteração na topografia dos órgãos 
abdominais 
 
Hérnia Peritoniopericárdica 
Definição: 
Órgãos abdominais deslocam para o 
interior do pericárdio através de um hiato 
formado entre a porção tendinosa e o 
pericárdio 
Sinais Radiográficos: 
Perda da definição da cúpula diafragmática 
Aumento da silhueta cardíaca 
Pode ou não ter estruturas preenchidas por 
coleção gasosa 
 
Hérnia de Hiato 
Definição: 
Porção do estômago entra no tórax 
através do hiato esofágico. Pode ocorrer de 
forma dinâmica ou estática. Podem causar 
obstrução de esôfago 
Sinais radiográficos 
- massa de tecido mole adjacente ao 
pilar esquerdo 
- Deslocamento cranial do cárdia 
- Dilatação do esôfago 
 
Intussuscepção gastroesofágica 
Definição: 
Estômago invagina através do hiato 
esofágico para dentro do esôfago. 
Ocorre em cães com dilatação do 
esôfago. 
Sinais Radiográficos: 
- Massa adjacente ao diafragma 
- Deslocamento cranial do estômago 
- Dilatação esofágica 
 
Parede Torácica 
 Costelas 
 Esterno 
 Cartilagens costais e articulações 
costocondrais 
 Segmento torácico da coluna vertebral 
 Alterações: 
MÁ-FORMAÇÕES 
FRATURAS 
Projeções LL / VD – avaliar a fratura 
Enfisema de subcutâneo 
Pneumotórax 
Contusão Pulmonar 
 
NEOPLASIAS DE PAREDE TORÁCICA 
Aspectos radiográficos: 
Lise óssea 
Proliferação periosteal expansiva 
Próximo à articulação costocondral 
Aumento de tecidos moles adjacentes 
Efusão Pleural Obs.: diferenciar de massas 
pulmonares 
 
CORAÇÃO 
 O exame radiográfico simples permite 
avaliar a SOMBRA cardíaca 
Os limites externos e internos das 
câmaras cardíacas não são diretamente 
visibilizados 
Os aumentos cardíacos são avaliados 
pelas alterações de tamanho, forma, densidade, 
posição do coração ou pelo deslocamento de 
estruturas adjacentes. 
 
 
Analogia com o relógio (VD) 
 
 
1–2: Tronco das artérias pulmonares 
2–3: Átrio esquerdo (Aurícula) 
2-5: Ventrículo esquerdo 
5-9: Ventrículo direito 
9-11: Átrio direito 
11-1: Arco Aórtico 
“Vertebral Heart Size” 
O tamanho cardíaco global é 
mensurado e comparado a vértebras torácicas 
(iniciando em T4 e seguindo caudalmente). O 
“Vertebral Heart Size” (VHS) é então 
expressado como o total de unidades do 
comprimento vertebral. 
Cão: 
Variações consideráveis nas diferentes raças 
VHS (vertebral heart size) 8,5 a 10,6 
Gato: 
Menor que o do cão, com VHS 7,5 
Posicionamento mais oblíquo; Mais afilado. 
 
Aumento do átrio esquerdo 
Frequente, principalmente devido a 
alteração da valva mitral; comum em cães e 
gatos; mais fácil de ser identificado 
comparado ao aumento da ventrículo esquerdo 
Alterações radiográficas: 
 - LL: verifica-se perda da silhueta 
cardíaca cranial; forma quase ângulo reto com 
o esterno; elevação traqueal (perda da 
curvatura ventral normal). 
 - VD: aumento da aurícula esquerda 
(saliência). 
 
Aumento do ventrículo esquerdo 
Hipertrofia: estenose aórtica, insuficiência da 
mitral, persistência do ducto arterioso 
Dilatação: resposta crônica ao aumento da pré-
carga, insuficiência cardíaca. 
 
Aumento do átrio direito 
Raro. Casos de displasia da tricúspide 
 
Aumento do ventrículo direito 
Hipertrofia: aumento da pós-carga como na 
estenose pulmonar ou hipertensão pulmonar 
(Dirofilariose) 
 
Cardiomegalia generalizada 
Coração globoso; Cardiomiopatia dilatada é a 
causa comum 
Alterações radiográficas: 
- LL: verifica-se o coração com 
contorno arredondado, com perda da sintura 
cranial e caudal, coração grande com relação 
ao tórax; diâmetro crânio-caudal aumentado. 
- DV: diâmetro do coração está 
aumentado, área menor de campos 
pulmonares; ápice do coraão deslocado 
caudalmente. Pode haver irregularidades na 
silhueta cardíaca; diafragma pode estar 
comprimido ou sobreposto. 
Obs.: cuidado com a efusão pericárdica 
Dirofilariose 
 A causa mais comum de aumento da 
artéria pulmonar em cães é a dirofilariose; 
ocasionado pela hipertensão pulmonar, por 
causa das lesões nas paredes dos vasos. 
 Em gatos um padrão intersticial 
(Aumento generalizado da opacidade 
pulmonar; Visibilização de vasos e silhueta 
cardíaca dificultada), pode ser observado em 
cerca de 50% dos casos. 
 A dirofilariose pode causar 
tromboembolismo pulmonar; há aumento da 
radiopacidade pulmonar, inicialmente com 
padrão misto (alveolar e instersticial não 
estruturado), em fases tardias a opacificação é 
de padrão alveolar. 
Achados radiográficos: 
 Aparência de D invertido da silhueta 
cardíaca; aumento das artérias do parênquima 
pulmonar (aspecto torduoso); Amento das 
árterias do lobo cranial e caudal. 
** Doenças cardíacas podem causar 
alterações na vascularização pulmonar, no 
parênquima pulmonar, efusão pleural, 
efusão pericárdica, ascite e hepatomegalia. 
Obs.: Sinais extracardíacos da falência 
cardíaca.

Outros materiais

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Materiais recentes

Perguntas Recentes