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Semiologia do sistema cardiovascular – 3 ª : : ♥Inspeção Abaulamento e retrações Ictus cordis Pulso venoso jugular (aula 1) ♥Palpação Ictus cordis Frêmito cardíaco (sopros) Pulsos arteriais (aula 1) Estimativa da pressão sistólica (aula 1) ♥Ausculta Sons fisiológicos normais e anormais Pressão arterial (aula 1) : Ictus cordis Choque de ponta: traduz o contato da porção anterior do ventrículo esquerdo com a parede torácica durante a fase de contração isovolumétrica do ciclo cardíaco. ♥Localização (biotipo interfere): 5° espaço intercostal com a linha hemiclavicular esquerda – normolíneos Longilíneo: mais para baixo e medial a LHC esq, brevelineos: lateral à LHC esq e mais alto.. ♥Extensão: menor que 2cm (avaliação em polpas digitais), em pacientes sem doença no VE. ♥Mobilidade: desloca-se 1 a 2 cm com as mudanças de posição. ♥Intensidade: choque sentido com a palma da mão ♥Ritmo: regular ou irregular ♥Frequência Normalmente, em pacientes sem nenhuma doença de VE, ele geralmente não é nem visível, nem palpável. → O médico deve colocar-se à direita do paciente, com seu campo visual voltado para a localização onde ele é mais comumente detectado, tendo-se o cuidado de procurar condições adequadas de iluminação. → O ictus pode ser percebido em cerca de 25% dos pacientes. → Ele pode ser observado em paciente com posição supina, em decúbito dorsal ou lareral esquerdo. → O decúbito lateral esquerdo aproxima o coração da parede torácica, tornando as características do ictus cordis mais pronunciadas. ♥Deslocamento Dilatação e/ou hipertrofia do VE → aumenta a intensidade do choque ♥ictus cordis difuso: área corresponde a 3 ou mais polpas digitais → dilatação do ventrículo. Em situações de insuficiência cardíaca mais avançada, em que a câmara esquerda acaba sendo dilatada, a extensão do ictus cordis aumenta. ♥ictus cordis propulsivo: mão que palpa é levantada a cada contração → hipertrofia do VE Em geral, uma boa dica para identificar o ictus cordis é palpar simultaneamente o ictus cordis com o pulso carotídeo esquerdo. Os dois se coincidem ou o ictus vem um pouco antes do pulso carotídeo. Semiologia do sistema cardiovascular – 3 ª : O que é possível auscultar? Bulhas, ritmo, frequência, ritmos tríplices, alteração de bulhas cardíacas, cliques ou estalidos, sopros, ruído da pericardite constritiva, atrito pericárdico, rumor venoso. →Deve-se auscultar todo o precórdio e regiões circunvizinhas (região axilar esquerda, dorso, pescoço). →Focos clássicos: pontos de referência – informações mais pertinentes às respectivas valvas. →Focos não correspondem às localizações anatômicas das valvas. Fazem parte da rotina a ausculta de: Borda esternal esquerda: entre área pulmonar e tricúspide. Borda esternal direita: foco aórtico ao 5° EIC direito, justaesternal Regiões infra e supraclaviculares. Regiões laterais do pescoço. Regiões interescapulovertebrais. Focos clássicos: →Foco mitral: 5º EIC esquerdo, linha hemiclavicular. →Foco pulmonar: 2º EIC esquerdo, justaesternal. →Foco aórtico: 2º EIC direiro, justaesternal. →Foco aórtico acessório: área entre o 3º e 4º EICs esquerdos, próximo ao esterno. →Foco tricúspide: base do apêndice xifoide, ligeiramente à esquerda. Semiologia do sistema cardiovascular – 3 ª Estetoscópio: Pressionar diafragma: funciona como campânula. ♥Posição do paciente: Decúbito dorsal Sentado Decúbito lateral esquerdo (auscultar fenômenos da área mitral) Sentado com tórax inclinado para frente (fenômenos da base do coração) Médico do lado direito Tórax despido ♥Orientar o paciente ♥Aplicação correta do receptor ♥Ambiente silencioso : Resultado das vibrações produzidas durante o ciclo cardíaco. Primeira bulha Fechamento da valva mitral e tricúspide Segunda bulha Fechamento da valva pulmonar e aórtica Terceira bulha (eventualmente) Quarta bulha (raramente) →Primeira bulha: Início da sístole é formada por uma série de vibrações de intensidade variada que se iniciam na fase de contração isovolumétrica e se estendem até o início da ejeção ventricular. Formata pelo fechamento da valva mitral (1ª) e tricúspide. Deve coincidir com ictus cordis e pulso carotídeo. Possui timbre mais grave e mais duradouro do que a segunda bulha Semiologia do sistema cardiovascular – 3 ª Seu local de maior intensidade é o foco mitral. TUM Pode haver desdobramento: mitral-tricúspide em pessoas saudáveis: TLUM Intensidade: pode ser considerada normofonética, hipofonética e hiperfonética. →Segunda bulha: Fim da sístole É formada pelo fechamento da valva aórtica (1º) e pulmonar. Componente aórtico da B2 é escutado em toda região precordial, mas o pulmonar na borda esternal esquerda e foco pulmonar. Aparece após um pequeno silêncio. (Esse intervalo é maior quanto menor for a frequência cardíaca do paciente). Tem timbre agudo e soa mais seco TÁ Pode haver desdobramentos (identificar dois componentes) Intensidade: normofonética, hipofonética ou hiperfonética. →Terceira bulha: ruído protodiastólico (terço inicial da diástole), de baixa frequência, originado das vibrações da parede ventricular durante a fase de enchimento ventricular rápido. Mais audível com a campânula Melhor audível na área mitral, em decúbito lateral esquerdo TU Fisiológica ou patológica → patológica: taquicardia: ritmo de galope, alta frequência (PA TA TA) → Corações dilatados, maior complacência: insuficiência mitral shunt esquerda-direita (CIA, CIV, PCA). →Quarta bulha: ruído telediastólico ou pré-diastólico (terço final da diástole), de baixa frequência. Ocorre brusca desaceleração do fluxo sanguíneo mobilizado pela contração atrial de encontro à massa sanguínea do interior do ventrículo Menos comum em condições fisiológicas. Patológica → galope atrial (se taquicardia) → Condições com diminuição da complacência ventricular, coração hipertrofiado: lesões estenóticas das valvas aórticas e pulmonar, miocardiopatias hipertróficas. → Com a redução da complacência, é necessário aumento da força de contração atrial para produzir o enchimento pré-sistólico. Semiologia do sistema cardiovascular – 3 ª ♥Desdobramento de B1: 50% dos indivíduos saudáveis. Discreto assincronismo no fechamento das valvas → Patológico: bloqueio do ramo direito → retarda contração ventricular direita, tricúspide atrasa seu fechamento. (Não é sempre documentado nessa condição). TLUM-TA ♥Desdobramento de B2: TUM-TLA Desdobramento de B2 fisiológico → expiração: valvas com fechamentos sincrônicos. → inspiração: sístole do ventrículo direito se prolonga pelo maior afluxo sanguíneo (diminuição da pressão intratorácica), componente pulmonar sofre retardo. ♥Desdobramento constante Bloqueio do ramo direito do feixe de His: atraso na despolarização do VD – estimulo chega atrasado do lado direito – acentua-se na inspiração. Estenose da valva pulmonar: dificuldade do esvaziamento do VD. ♥Desdobramento paradoxal ou invertido: ocorre na expiração Bloqueio do ramo esquerdo do feixe de His: atraso de despolarização no ventriculo esquerdo – estenose da valva aórtica. Aparece na expiração Condições normais: componente aórtico precede o pulmonar (centésimos de segundos) Bloqueio: contração ventricular direita ocorre antes Insipiração: retardo fisiológico da sístole ventricular direita. Desdobramento desaparece. Expiração forçada: retorno venoso diminui. Desdobramento é detectado. Semiologia do sistema cardiovascular – 3 ª : : ♥Ritmo 2 bulhas: ritmo de 2 tempos; binário (deve-se mencionar “pela presença de B4”) 3 bulhas: de 3 tempos; tríplice (deve-se mencionar “pela presença de B3”) Regular ou irregular ♥Número de batimentos por minuto = FC (frequência cardíaca) Conta-se por 1 minuto: adultos 60 a 100 bpm; Alterações: taquicardia/bradicardiaEx ausculta cardíaca sem alterações: ritmo cardíaco regular, em 2 tempos, com bulhas normofonéticas, sem bolhas, sopros ou alterações, de FC de 70bpm.
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