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Inflamação crônica

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Pamela Barbieri – T23 
AGRESSÃO E REPARAÇÃO INFLAMAÇÃO CRÔNICA 
A inflamação crônica é a inflamação de duração prolongada (semanas a meses ou anos) na qual 
inflamação ativa, destruição tecidual e reparação por fibrose ocorrem simultaneamente. 
Caracterizada por: 
Infiltração de células mononucleares: incluindo macrófagos, linfócitos e plasmócitos. 
Destruição tecidual: francamente induzida pelos produtos das células inflamatórias. 
Reparo: envolvendo proliferação de novos vasos (angiogênese) e fibrose. 
 
A inflamação aguda pode progredir para inflamação crônica. Essa transição ocorre quando a resposta 
aguda não pode ser resolvida ou devido à persistência do agente lesivo ou por causa da interferência com 
o processo normal de cura. 
A inflamação crônica origina-se nos seguintes contextos: 
▪Infecções persistentes por microrganismos difíceis de erradicar 
▪Doenças inflamatórias imunomediadas (distúrbios de hipersensibilidade). As doenças que são 
causadas por ativação excessiva e inapropriada do sistema imune são reconhecidas como importantes 
problemas de saúde (doenças auto-imunes e alérgicas). 
▪Exposição prolongada a agentes potencialmente tóxicos 
 
Formas leves de inflamação crônica podem ser importantes na 
patogenia de muitas doenças que não são convencionalmente classificadas como distúrbios inflamatórios 
(ex: Alzheimer, aterosclerose). 
 
Células e Mediadores da Inflamação Crônica: 
 
Macrófagos 
→ Células dominantes da inflamação crônica 
→ Sistema de fagócitos mononucleares 
→ Atuam como filtros para materiais particulados, 
micróbios e células senescentes, bem como células 
efetoras que eliminam micróbios nas respostas imune 
humoral e celular 
Quando os monócitos alcançam o tecido extravascular, 
sofrem transformação em macrófagos maiores, de meia-
vida mais longa e capacidade maior para fagocitose do 
que os monócitos sanguíneos. 
Os macrófagos são ativados pela via clássica e 
alternativa. 
→ Os macrófagos, como outro tipo de fagócito, os 
neutrófilos,ingerem e eliminam micróbios e tecidos 
mortos. 
→ Os macrófagos iniciam o processo de reparo 
tecidual e estão envolvidos na formação de cicatriz e 
na fibrose. 
→ Os macrófagos secretam mediadores da inflamação. 
→ Os macrófagos expõem antígenos aos linfócitos T e 
respondem aos sinais das células. 
 
Depois que o estímulo inicial é eliminado e a reação 
inflamatória cessa, os macrófagos morrem ou tomam o 
caminho dos linfáticos. Entretanto, em áreas de 
inflamação crônica, persiste o acúmulo de macrófagos 
devido ao recrutamento contínuo a partir da circulação 
sanguínea e proliferação local. 
 
 
Linfócitos 
São mobilizados sob a manifestação de qualquer estímulo imune específico (p. ex., infecções), bem como 
na inflamação não mediada imunologicamente (p. ex., devido a necrose isquêmica ou trauma) e são os 
principais orientadores da inflamação em muitas doenças autoimunes e inflamatórias crônicas. 
 
Pamela Barbieri – T23 
AGRESSÃO E REPARAÇÃO INFLAMAÇÃO CRÔNICA 
Em algumas reações inflamatórias crônicas severas, o acúmulo de linfócitos, de APC e plasmócitos pode 
assumir as características morfológicas de órgãos linfoides com aparência de linfonodos, contendo centros 
germinativos bem formados. (Artrite reumatoide (sinóvia) e tireoide (tireoidite autoimune)). 
 
Outras células: eosinófilos - infecções parasitárias ou como parte de reações imunes mediadas por IgE 
(alergias). 
mastócitos - células sentinelas amplamente distribuídas nos tecidos conjuntivos por todo o corpo, que 
podem participar das respostas inflamatórias agudas e crônicas. 
 
Embora a presença de neutrófilos seja a marca clássica da inflamação aguda, muitas formas de 
inflamação crônica podem continuar a mostrar extensos infiltrados neutrofílicos, como resultado da 
persistência das bactérias e células necróticas ou dos mediadores produzidos pelos macrófagos. Tais 
lesões inflamatórias, algumas vezes, são chamadas de “aguda em crônica” — por exemplo, em 
inflamações de ossos (osteomielite). 
 
Inflamação Granulomatosa 
A inflamação granulomatosa é um padrão distintivo de inflamação crônica, caracterizada por agregados de 
macrófagos ativados com linfócitos esparsos. 
 
Os granulomas podem se formar de três modos: 
→Nas respostas persistentes de células T a certos microrganismos (como Mycobacterium tuberculosis, T. 
pallidum ou fungos), nos quais as citocinas derivadas de célula T são responsáveis pela ativação crônica 
do macrófago. A tuberculose é o protótipo de doença granulomatosa causada por infecção e deveria 
sempre ser excluída como causa quando os granulomas são identificados. 
→Os granulomas podem também se desenvolver em algumas doenças inflamatórias imunomediadas, 
principalmente na doença de Crohn, que é um tipo de doença inflamatória intestinal. 
→Os granulomas também são vistos em uma doença de etiologia 
desconhecida chamada sarcoidose, e podem se desenvolver em resposta a corpos estranhos 
relativamente inertes (p. ex., sutura ou farpa), formando os conhecidos granulomas de corpos estranhos. 
 
A formação de um granuloma “encerra” o agente ofensor e, portanto, é um mecanismo útil de defesa. 
Entretanto, a formação do granuloma nem sempre leva à eliminação do agente causal, o qual 
frequentemente é resistente a destruição ou degradação e, em algumas doenças, como a tuberculose, a 
inflamação granulomatosa, com fibrose subsequente, pode ser a principal causa da disfunção do órgão. 
 
 
Nos granulomas associados com certos 
microrganismos infecciosos (mais 
classicamente o bacilo da tuberculose), a 
combinação de hipóxia e lesão por radical 
livre leva a uma zona central de necrose. 
Macroscopicamente, essa zona possui 
aparência granular caseosa e é por isso 
chamada de necrose caseosa. 
Os granulomas associados com doença 
 de Crohn, sarcoidose e reações a corpos 
estranhos tendem a não exibir centros 
necróticos e são chamados de “não caseosos”. 
A cura dos granulomas é acompanhada de 
fibrose. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pamela Barbieri – T23 
AGRESSÃO E REPARAÇÃO INFLAMAÇÃO CRÔNICA 
 
 
EFEITOS SISTÊMICOS DA INFLAMAÇÃO:

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