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17 de Fevereiro de 2020 Aula 1 Conceito Direito Penal é um conjunto de normas e princípios que regulam as relações sociais, através de seu poder coercitivo, na imposição de penas e medidas de segurança. Direito Penal é um conjunto de normas e princípios. que estabelece um fato como crime e uma pena como consequência. É o ramo do direito penal público que define as infrações penais, estabelecendo as penas e as medidas de segurança aplicáveis aos infratores. É o ramo do direito público que define as infrações penais, estabelecendo as penas e as medidas de segurança. É um setor de ordenamento jurídico que mediante um conjunto de normas estabelece as condutas criminosas que vinculam as consequências jurídicas à fim de que evite a prática de eventos socialmente danosos. Características Tem finalidade preventiva. É valorativo, pois valoriza suas próprias normas. Tem caráter finalista, pois visa a proteção dos bens jurídicos fundamentais. É sancionador, pois protege a norma jurídica. Direito Penal Objetivo e Subjetivo Distingue-se o direito penal objetivo, que é o conjunto de normas penais em vigor no país, do direito penal subjetivo, que é o direito de punir que surge para o estado para a prática de uma infração penal. Direito Penal Objetivo: É o conjunto das normas penais. Direito Penal Subjetivo: É o direito de punir do Estado. Objetivos oficiais do Direito Penal Os objetivos oficiais do Direito Penal são prevenir criando normas penais para se evitar eventos danosos e proteção dos bens jurídicos imprescindíveis à vida comunitária. Objetivo Preventivo: Realizado por intimidação psicológica, ameaça de privação da liberdade e violência legitimada (paradoxo Penal). Objetivo de Proteção dos Bens Jurídicos: Trata-se de valores individuais ou transindividuais de caráter abstrato, que são importantes para a convivência social. Bens Jurídicos: Pessoa, vida, liberdade, honra, patrimônio, costume, meio ambiente, sistema financeiro, etc. O Direito Penal pertence ao Direito Público, porque prepondera os interesses coletivos. Objeto de estudo do Direito Penal Norma Penal Normas Penais são regras de criação, aplicação ou extinção de condutas criminosas a regras proibitivas ou mandamentos. Acordo de Persecução ↪ O acordo de persecução pode ser assinado com réus primários, apenas quando o crime previr pena inferior a quatro anos e desde que não envolva violência ou grave ameaça. O Acordo ↪ Quem assinar o acordo fica sujeito a devolver o produto do crime às vítimas, prestar serviços comunitários, pagar multa ou “cumprir, por prazo determinado, outra condição indicada pelo Ministério Público, desde que proporcional com a infração penal cometida”. Observação ↪ O acordo sempre será homologado pela justiça e não pode beneficiar reincidentes, tão pouco quem já tiver assinado termos parecidos nos últimos cinco anos. O acordo também depende de o réu confessar o crime e não se aplica aos casos de competências dos juizados especiais criminais. O novo acordo de não persecução penal, ficou previsto no art. 28-A de Código do Processo Penal. (Mudanças no art. 28 e art. 30 do CPP) ● Art. 287 – Fazer, publicamente, apologia de fato criminoso ou de autor de crime: Pena – Detenção, de três a seis meses ou multa FatoTípico: Elementos: 1) Conduta: Comportamento humano voluntário, psiquiamento dirigido à um fim. (Teoria finalista.) Dolo e Culpa: Higram da culpabilidade para o fato atípico. ↳ Elementos objetivos + subjetivos e normativos do tipo. Exclui a conduta: ↪ Caso fortuito (que não se pode prever) ou força maior (não era possível evitar ou impedir). ↪ Coação Física Irrestível (CFI). ↪ Atos Reflexos. ↪ Estado de Inconsistências. 2) Resultado: Naturalístico/Material → Da conduta resulta efetiva alteração no mesmo exterior. Sem essa alteração não há consumação. → Normativo da conduta resulta lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico. Quanto ao Resultado: ● Material: Tipo penal descreve uma conduta + resultado naturalístico indispensável. ● Formal: Crime é consumado no momento da conduta e o resultado naturalístico é dispensável. ● Mera Conduta: Tipo penal descreve à conduta sem descrever um resultado naturalístico. 3) Nexo de Causalidade: ↳ Vínculo entre conduta e resultado. Causa é a condição sem a qual o crime não teria ocorrido. (Teoria dos Antecedentes Causais ou da Conditiosine Qua Non) Causa: 1) Dependente: Decorre logicamente da conduta. É previsível e esperada. Não rompe o nexo da causalidade. II) Inderendente: Imprevisível. ↳ Absolutamente → produz sozinha o resultado, logo, rompem o nexo causal. ↳ Relativamente → Se origina na conduta e inesperadamente produz o resultado e não rompe o nexo causal e preexistente ou concomitante. 4) Tipicidade: ↪ Aspecto Formal: Enquadramento da conduta à norma. perigo de lesão ao bem jurídico. ↪ Aspecto Material: Relevância da lesão. Fato Atípico: Tratando-se de um fato fora do comum, ou seja, um fato atípico não é crime, pois não há previsão na lei, a lei não comina pena ou intervenção do Estado pelo fato determinado. Analogia ↪ Forma de auto integração da norma ↪ É a aplicação da uma hipótese não prevista em lei, de lei reguladora de cabo semelhante. Pode Ser: In Mala Partem: É a que aplica ao caso ohiso lei prejudicial ao réu, reguladora de caso semelhante ↓ Aplicação impossível no Direito Penal Moderno. In Bonam Partem: É a que aplica ao caso ohiso, lei benéfica ao réu, reguladora de caso semelhante. ↓ Aplicação possível no Direito Penal e Processual Penal. Requisitos: ↪ O fato considerado não pode ter sido regulado pelo legislador. ↪ O legislador deve ter regulado situação que oferece relação de identidade com o caso não regulado. ↪ Deve haver o ponto comum às duas situações, constituindo sentido determinante na implantação do princípio referente à situação considerado pelo aplicador. Princípio da Lesividade: 1) Conceito: É um limitador ainda maior do que o princípio da intervenção mínima, dirigido ao legislador, na orientação da seleção das condutas que deverão e poderão ser incriminadas pela lei penal. II) Funções: ↪ Proibir a incriminação de uma atitude interna. ↪ Proibir a incriminação de uma conduta que não exceda o âmbito do próprio autor; ↪ Proibir a incriminação de simples estados ou condições existenciais; ↪ Proibir a incriminação de condutas desviadas que afetem qualquer bem jurídico. NãoCrimes: Atitude puramente interna: Desejos, convicções, projetos criminosos. Conduta que não exceda o âmbito do autor: → Preparação, crime impossível ou autolesão. Simples estados ou condições existenciais: → Punição pelo que fez, não pelo que é. Condutas desviadas que não afetem bens jurídicos; → Contrárias à moral vigente (direito à diferença). → Práticas sexuais, simples mentira. Fontes do Direito Penal Formal – Constituição da República Federativa do Brasil, tratados e convenções de caráter internacional; Código Penal, Leis Especiais e extravagantes. Princípios: I) Humanidade ou Dignidade Humana: ↪ O princípio da humanidade consiste no benefício Constitucional concedido para que a pena não ultrapasse a pessoa do réu (com ressalvas aos efeitos extrapenais da pena), nem que esta atente desnecessariamente contra sua integridade física e mental. Desta forma, torna-se inconstitucional: Pena de morte (salvo em caso de guerra declarada); Pena de trabalhos forçados; Pena de banimento; Pena de caráter perpétuo; penas cruéis; penas que não assegurem o respeito à integridade física e moral do preso. Ainda, há que se atentar aos efeitos decorrentes do princípio da humanidade: Direito das presas