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Anatomia das aves

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Centro Universitário do Norte
 ESCOLA DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
Anatomia de Aves
Manaus
2020
 
Josiane Gabriele Vieira
16224248
 
Anatomia de Aves
Trabalho solicitado pelo professor George Augusto,
da disciplina de Corpo Animal II,
com o objetivo de obtenção de nota parcial
para a 1 ARE.
Manaus
2020
Introdução
As aves evoluíram dos répteis e muitas similaridades ainda permanecem, tais como escamas nas pernas, um único côndilo occipital, o sistema porta renal, dentre outros.
Cientificamente aves são classificadas como animais vertebrados endotérmicos cobertos com penas, dotados de membros anteriores transformados em asas e membros posteriores com função de locomoção bipedial. Possuem a temperatura corporal mais alta entre os animais, com sacos aéreos dispostos por todo o corpo e ossos pneumáticos.
 Anatomia das Aves
Aves são animais que possuem pena, bico e põem ovo. São homeotérmicas como os humanos, conseguindo controlar sua temperatura. Precisam ser mais leves, por voar, e seus ossos são pneumáticos (possuem ar no lugar da medula óssea).
Sua cavidade é chamada de celomática porque não separa o tórax do abdômen, é uma cavidade única, onde há sacos aéreos. 
Sua pele é fina, frouxa, pouco vascularizada, possuindo muitas protuberâncias (cristas, barbelas).
O bico das aves substitui os lábios e dentes dos mamíferos, tendo crescimento contínuo e um formato que depende de sua dieta.
Possui uma base óssea (figura1) coberta por uma lâmina de queratina, esta denominada de ranfoteca (figura2). A lâmina de queratina do bico superior é denominada de rinoteca e do bico inferior é chamada de gnatoteca. Todas estas crescendo continuadamente devido ao seu desgaste.
Possui uma inervação rica fazendo com que seja muito sensível (DYCE et al., 2010). Existe uma relação direta entre os hábitos alimentares das aves e seus respectivos bicos.
	 
Figura 1: Observa-se em 1 e 2 as estruturas ósseas das partes do bico das aves.
Figura 2: Observam-se as lâminas de queratina que reveste a parte óssea do bico das aves.
O conjunto destas duas lâminas formam a ranfoteca. 1 - Rinoteca; 2 - Gnatoteca 
	
· Sistema esquelético
 
- Estrutura fi n a e se nsível, frágil , e por i s so as ave s são alv os fácei s de pre d adore s. 
- Pos suem órbi tas mui to proe mi ne nte s, pe rmi ti ndo qu e os ol hos se j am be m móve i s. 
- Al gumas ave s conse guem fo car u ma cois a e m um ol ho e outra em outro ol ho. 
- Não possue m alvéol o de ntário nas mandíbul as e maxi l as por n ão p ossuíre m de nte s. 
- Al gumas ave s possue m bi co ósse o, outras cartil aginoso, tendo a i dad e também i nf luênci a ne s te que si to (av es j ove ns tê m 
bi co cartil aginoso, e mai s id osas tê m bi co ósse o) . 
 
- Esqueleto é forte, porém leve por ter osso pneumático, ter ar dentro.
- Diferenciam na região cervical dos mamíferos, pois possuem cerca de 14 a 17 vértebras cervicais nas galinhas e 25 nos cisnes, e os mamíferos possuem 7.
- As vértebras torácicas e lombares, sacrais e as últimas caudais (coccígeas) são fundidas, formando o sinsacro, que é chamado de cinturão pélvico (formado de osso coxal, sacro, 2 últimas vértebras torácicas, as lombares e a primeira vértebra coccígea).
- A pelve óssea, é formado pela junção do osso coxal e o sinsacro. Ele possui uma concavidade para passar o ovo.
- O esterno é muito proeminente, onde se encaixa o musculo peitoral, principalmente nas aves que voam, o qual quando a ave é jovem é cartilaginoso, e depois vira uma estrutura óssea.
- A ulna é maior do que o rádio nas aves.
- Os ossos do metacarpo, do carpo e dígitos ficam fusionados formando a ponta da asa, estrutura que ajuda a ave a voar, e no caso das que não voam, ajudar no equilíbrio.
- Possuem uma estrutura óssea na ponta do esqueleto chamada de pigostilo, que é uma ponta da cauda, que ajuda no balanço do voo, no movimento.
- Possuem no máximo 4 dígitos.
- A coloração do músculo depende se é corredora ou voadora, sendo o de aves voadores mais avermelhados, mais resistentes, por possuírem mais oxigênio para as células musculares, mais mitocôndrias para ter produção de energia contínua, já que aves migratórias podem voar por horas.
CRÂNIO
- Estrutura fina e sensível, frágil. Possuem orbitas muito proeminentes, permitindo que os olhos sejam bem móveis. Não possuem alvéolo dentário nas mandíbulas e maxilas por não possuírem dentes.
· Sistema respiratório 
Diferentemente do que ocorre com os mamíferos o sistema respiratório nas aves não apresenta diafragma e é utilizado para a vocalização, termorregulação e efetivamente as trocas gasosas. A separação da ventilação e das trocas gasosas permite um fluxo contínuo de ar, explicando então o porquê de as aves serem capazes de extrair até dez vezes mais oxigênio do ar em relação aos mamíferos (O’MALLEY, 2005; DYCE et al., 2010).
 
- A traqueia se divide em 2 brônquios, que se ramificam, no interior dos pulmões, em finíssimos tubos chamados de parabrônquios ou parabronquíolos, tendo a siringe onde forma o som (a fonação específica de cada ave), localizada na região final da bifurcação.
- Nas aves não existem alvéolos pulmonares, mas, sim, capilares aéreos que partem dos parabronquíolos. O gás oxigênio passa desses capilares para os capilares sanguíneos, ocorrendo, assim, trocas gasosas.
- Possui sacos aéreos, que são estruturas localizadas dentro da cavidade celomáticas, em um total de 8 sacos, que permitem que as aves fiquem mais leves, recebendo também o ar juntamente com os pulmões.
· Sistema Digestório
Nas aves o sistema digestivo exibe uma variação entre as espécies menor do que é encontrada nos mamíferos. Os órgãos deste sistema são relativamente leves, o que contribui para a leveza essencial para o voo das aves, e são altamente eficientes em liberar rapidamente a energia proveniente dos alimentos, provendo assim uma alta taxa metabólica nas aves (O’MALLEY, 2005; DYCE et al., 2010).
 
 
 
- Esque leto é fo rte , poré m l eve por te r os so pneumáti co, te r ar de ntro. 
- Difere nciam n a re gi ão ce rvi cal dos mamífe ros, pois possuem cerca de 14 a 1 7 vé rte bras ce rvi cai s nas gal i nhas e 25 nos 
ci sne s , e os mamífe ros possue m 7. 
- As vé rtebras toráci cas e l ombare s, sacrais e as ú l ti mas caudai s ( coccíge as) são fundidas, formando o sinsacro ( em ve rde 
na i mage m), que é chamado de ci nturão pé l vi co, f o rmado de o sso cox al, s acro, 2 úl timas vé rtebras toráci cas, as l ombare s e 
a pri meira vé rtebra coccíge a ( caudal) . 
- O cí ngulo pé l vico, ou pel ve ósse a, é f o rmado pel a junção do osso cox al e o si nsacro . Ele possui uma concavi dade para 
passar o ovo. 
- O e ste rno é mui to p roe mi ne nte , mui to grand e, onde se en cai x a o mús culo pei toral , pri n cip almente nas ave s que v oam, o 
qual quando a ave é jove m é cartil agi
- Os te stícul os fi cam de ntro da cavi dade . 
- O rim fi ca na regi ão lombar, de onde sae m os u re te re s, que se guem para a cl oca. 
- No s machos , os ductos de fe rente s segue m també m para a cl oaca, ele s são criptorquíde os ( não possue m bol sa escrotal ). 
- A re prod ução é f ei ta po r “be ijo cl oacal ”, se n do ape nas um toque, onde disse mina o s espe rmatozoi de s na cloaca da 
f ê me a, os quai s vão se gui r para o ovi duto, para se rem fe cund ados . 
- No macho, as ve ze s te m um pê ni s, um f al o, que sai d a cl oaca. 
- Na fê me a, ao i nvés de te r os ovári os, tubas e ú te ro, vagi na, vu lv a, etc., há os ovári os e a tu ba é o ovi duto, uma e strutura 
be m de se nvolvid a, onde o ov o vai te r a fo rmação, i ndo para o úte ro te rmi nar s ua f o rmação. 
- O magno s ubsti tui a ampol a do s mamífe ros. 
- O oócito f i ca cerca de 15 mi nuto s no i nf und íbul o para se de se nvol ve r, f ormar a ge ma, indopara o magno por 3 horas para 
conti nuar a formação da ge ma e o i nício do env ol tóri o (que ain da n ão é a casca) , e no i stmo as tú ni cas surge m para cobri r a 
ge ma e a cl ara, i n do para o úte ro, f i cando ce rca de 20 horas on de i rá rece be r a casca. 
- O óvul o da gali nha p ode se r l i be rado sem se r fecundado, se ndo cada óv ul o um ovo , l iberand o um
 
- Possuem papo, também chamado de inglúvio, que é uma dilatação do esôfago, serve para armazenar o alimento e para umedecê-lo, tornando-o mais macio.
- Estômago dividido em duas partes, chamadas de proventrículo e ventrículo (moela).
O proventrículo, que é uma região glandular, onde há uma digestão química, a digestão propriamente dita, seguindo ao ventrículo que é a parte que faz a digestão física.
- O intestino delgado assemelha-se muito ao dos mamíferos, sendo que nas aves herbívoras o intestino é muito maior do que nas aves carnívoras. 
- Estomago ele consiste em: duodeno, jejuno, ílio e intestino grosso; a parte terminal do intestino grosso se junta a cloaca. 
 1-Proventriculo, 2- istmo, 3- Ventrículo, 4- Sacos cegos da moela
- Há um divertículo vitelino, que separa o jejuno do ílio.
- No Intestino grosso há 2 cecos.
- Possui uma glândula linfática chamada bolsa cloacal, anteriormente chamada de Bulsa de Fabricius, que produz os linfócitos B e agem substituindo a bexiga, armazenando a urina das aves.
- Não possui reto nem ânus, possui uma cloaca, que é um órgão triplo, dividida em uma porção que faz a micção, chamada urodeu, uma que faz a defecação chamada coprodeu e outra que coloca ovos, sendo a proctodeu.
- Não possuem bexiga, os ureteres fazem relação direto com a porção urodeu da cloaca.
- Algumas estruturas que também são encontradas nas aves são as glândulas salivares, pâncreas e fígado, que liberam suas secreções no duodeno do animal através de ductos.
- A cloaca é saída para os aparelhos excretores e reprodutores, estoca temporariamente resíduos da digestão e onde a água é reabsorvida e devolvida a corrente sanguínea.
- O vento é uma abertura externa da que possui formato circular em psitacídeos, transversal em frangos e em formato de “U” em patos e gansos, por exemplo. Possuindo um esfíncter muscular com músculos estriados circulares internos e externos.
Vista da secção mediana da cloaca de aves. 
1-cólon reto, 2- Coprodeu, 3- Urodeu (3'-Prega uroproctodeal), 
4 Proctodeu; 5 – Vento, 6 - Óstio do ureter, 7- Papila do ducto deferente;
8 Posição do óstio do oviduto (apenas do lado esquerdo); 
9 - Bolsa de Fabricio ou Cloacal;
10- Pele, 11- Pena da cauda (retrizes); 12 Glândula uropigiana, 
13- Músculos que circundam as vértebras caudais.
Fonte: Modificado de DYCE, KM. et al, 2010.
· Sistema Urogenital
Os órgãos do sistema reprodutivo feminino incluem o ovário e o Oviduto, sendo que geralmente apenas os órgãos esquerdos são funcionais, pois o conjunto no antímero direito apesar de ser formado logo após a eclosão regride.
Os órgãos reprodutivos masculinos nas aves englobam um par de testículos, epidídimos, ductos deferentes e um falo, este último apenas presente em algumas espécies, tais como avestruzes, patos e frangos. Não ocorre a presença do funículo espermático, da túnica vaginal e do escroto tendo em vista a permanência dos testículos em seus locais de origem. Assim como não existe as glândulas reprodutivas acessórias (DYCE et al., 2010).
 
- Os testículos ficam dentro da cavidade.
-Nos machos, os ductos deferentes seguem também para a cloaca, eles são criptorquídeos. As vezes tem um pênis, um falo, que sai da cloaca.
 
- Oviduto, uma estrutura bem desenvolvida, onde o ovo vai ter a formação, Indo para o útero terminar sua formação.
- O magno substitui a ampola dos mamíferos.
- A reprodução é feita por "beijo cloacal", sendo apenas um toque, onde dissemina os espermatozoides na cloaca da fêmea, os quais vão seguir para o Oviduto, para serem fecundados.
- O ovócito fica cerca de 15 minutos no infundíbulo para se desenvolver, formar a gema, indo para o magno por 3 horas para continuar a formação da gema e o início do envoltório, e no istmo as túnicas surgem para cobrir a gema e a clara, Indo para o útero, ficando cerca de 20 horas onde irá receber a casca.
- Quando o óvulo e fecundado, forma-se um pinto. Quando não, o ovo serve apenas para alimentação.
- O óvulo da galinha pode ser liberado sem ser fecundado, sendo cada óvulo um ovo, liberando um ovo a cada 24 horas.
 
- O rim fica na região lombar, de onde saem os ureteres, que seguem para a cloaca.
- Cada rim está dividido em três regiões: região cranial, região média e região caudal pela artéria ilíaca externa e artéria isquiática, as quais advêm da aorta abdominal. A divisão entre córtex e medula não é bem demarcado e não existe a pelve renal.
- Os ureteres são cercados por músculo liso e possuem uma coloração esbranquiçada em virtude da urina concentrada em seu interior. Apresentam um epitélio colunar pseudoestratificado que secreta muco para ajudar os uratos da urina passarem.
- Três artérias renais suprem os rins das aves, uma para cada divisão ou região renal. A artéria renal cranial advém da aorta, e as demais artérias renais média e caudal advêm da artéria isquiática.
· Sistema Nervoso
O cérebro das aves é pequeno e com hemisférios cerebrais menos desenvolvidos. Estes são principalmente compostos pelo corpo estriado, indicando que as aves possuem e usam mais comportamentos estereotipados e o instinto do que a memória e o aprendizado. 
Tem-se a presença de doze pares de nervos cranianos, assim como nos mamíferos. A medula espinhal possui três meninges, a dura mater, aracnoide e pia mater.
A medula espinhal torna-se mais alargada nos plexos braquial e lombo sacral. 
Aves voadoras possuem um plexo braquial mais proeminente, enquanto aves corredoras como os avestruzes possuem um largo plexo lombo sacral. Uma característica única das aves é a presença do corpo gelatinoso (glicogenado), o qual possui o formato de uma ervilha e está localizado na superfície dorsal do plexo lombo sacral cuja função ainda é desconhecida (KING, 1986; RITCHIE et al., 1994; O’MALLEY, 2005).
· Sistema Endócrino
O sistema endócrino nas aves possui função similar àquele presente nos mamíferos. Os hormônios produzidos pelas glândulas deste sistema influenciam muitos outros sistemas orgânicos, controlando algumas funções, tais como a resposta ao estresse, o processo de muda das penas, a côrte, a reprodução e o crescimento corpóreo.
 Existem seis glândulas endócrinas principais, sendo estas, a glândula pituitária ou hipófise, as glândulas tireoide e paratireoide, glândula pineal, glândula adrenal e o pâncreas (O’MALLEY, 2005; DYCE et al., 2010).
· Sistema Linfático
 As aves apresentam tanto órgãos linfóides primários quanto secundários. Os primários são a bolsa de Fabrício e o timo. E os órgãos secundários são o baço, a medula óssea e o tecido linfóides intestinal. 
O timo é um órgão linfoepitelial e encontra-se formado por lobos os quais por sua vez compõem-se de lóbulos estando estes compostos por um córtex escuro e uma medula mais clara. Ocorre no pescoço próximo à veia jugular e representa o local aonde os linfócitos T são maturados. O timo nos animais jovens encontra-se mais desenvolvido e regride com o início da maturidade sexual (KING, 1986; O’MALLEY, 2005; DYCE et al., 2010). 
Diversos focos linfoides solitários são encontrados em vários órgãos como fígado, pâncreas, pulmões e rins, estando especialmente proeminentes em condições patológicas, e na orofaringe e intestinos são encontrados como placas de pequenos linfonodos agregados, sendo estes últimos denominados de GALT e BALT.
 
	 Localização anatômica do timo na galinha (Gallus gallus).
 	 Bolsa cloacal na galinha (Gallus gallus).
 	 Localização anatômica da bolsa cloacal sobre a cloaca; B - Corte transversal da bolsa cloacal.
A bolsa cloacal ou de Fabrício (Fabricius) assim como o timo também é um órgãolinfoepitelial, apresentando uma parede fina a qual se torna irregular pelos lóbulos que encapsula. Por ser um órgão linfático primário possui a função de diferenciação de linfócitos B, independente de antígeno. Está localizada em um divertículo dorsal ao proctodeu da cloaca. Salienta-se que em ratitas a bolsa cloacal e o proctodeu formam uma única cavidade larga que geralmente é confundida com uma bexiga urinária (O’MALLEY, 2005).
O baço nas aves é pequeno e possui uma estrutura semelhante ao observado nos mamíferos, porém a diferenciação entre polpa vermelha e polpa branca não é tão evidente. Localiza-se entre o proventrículo e o ventrículo e possui como função a fagocitose de eritrócitos velhos e a produção de anticorpos.
Localização anatômica do baço entre o
proventrículo e o ventrículo (moela) da
galinha (Gallus gallus).
· ÓRGÃOS SENSORIAIS
Visão - Os lobos ópticos ocupam a maior parte do mesencéfalo e uma grande parte do crânio das aves encontra-se voltada para acondicionar e proteger os globos oculares. Justamente por ser a visão o sentido mais apurado e altamente desenvolvido nas aves. O formato dos olhos é determinado pelas órbitas e ao contrário do observado em mamíferos, nas aves podem-se observar de diferentes tipos, como olhos arredondados, alongados ou tubulares. 
Normalmente as aves de hábitos diurnos possuem globos oculares redondos ou ligeiramente alongados, ao passo que as aves de hábitos noturnos apresentam olhos tubulares (FIGURA 74), ou seja, são olhos em que o diâmetro da pupila é maior do que a retina, favorecendo uma maior captura de luz. 
 
Representação esquemática das estruturas do
globo ocular das aves (secção transversal).
	
Audição - A estrutura do ouvido das aves é mais simples, porém com excepcional habilidade acústica quando comparada a dos mamíferos. A orelha localiza-se lateralmente à cabeça, atrás e discretamente abaixo dos olhos. Consiste em três partes: a externa, média e interna. 
O ouvido externo é uma abertura que canaliza o som para o tímpano, estando normalmente delimitada por penas auriculares que a protegem durante os voos. Esta parte encontra-se separada do ouvido médio através da membrana timpânica. O ouvido médio possui apenas um osso, chamado de columela, que conecta à parte interna e funciona como um funil transmitindo o som do tímpano para a janela vestibular do ouvido interno. A parte média ainda possui conexão com a orofaringe através dos tubos faringotimpânicos.
E o ouvido interno consiste em um labirinto ósseo e labirinto membranoso. O labirinto ósseo é composto de um pequeno vestíbulo central (janela vestibular), canais semicirculares e a cóclea. E o labirinto membranoso está contido dento do labirinto ósseo e o segue de perto, exceto que no vestíbulo central ele é dividido em utrículo e sáculo.
A cóclea é o órgão da audição e converte as ondas sonoras em impulsos nervosos sendo enviados ao cérebro e o labirinto membranoso é o órgão do balanço que possui a função de manter o balanço e o equilibro da cóclea (O’MALLEY, 2005; ARENT, 2010).
Representação esquemática do ouvido
 e suas estruturas internas.
Tato - Na pele das aves existem dois tipos de terminações nervosas sensitivas que respondem aos estímulos de dor, calor, frio e toque. 
O primeiro tipo é o corpúsculo de Gandry, localizado na língua e no palato de diversas espécies que ciscam para encontrar alimentos. O segundo tipo é o corpúsculo Herbst localizado na cloaca, pernas, asas, glândula uropigiana, na base de diversas penas e na cavidade oral e nas dobras do bico de animais jovens (O’MALLEY, 2005; ARENT, 2010). 
Paladar - As papilas gustativas estão confinadas a um epitélio glandular não cornificado e estas papilas ocorrem em pequenas quantidades dispersas na base da língua e no teto e assoalho da orofaringe. 
O número total de papilas gustativas é muito menor do que os mamíferos, por exemplo, a galinha possui 24 papilas e papagaios 350 contrastando com as 9.000 papilas nos humanos e 17.000 nos coelhos.
Olfato - O olfato consiste nas narinas e nas conchas caudais que possuem um epitélio olfatório e estão conectadas aos bulbos olfatórios no cérebro. 
Não existe órgão vomeronasal nas aves. Acredita-se que o olfato de passeriformes e de rapinantes seja pobremente desenvolvido ao contrário do que se observa em espécies como urubus, albatrozes e aves aquáticas, por exemplo, em que este sentido parece ser desenvolvido para o auxílio da localização de alimento (ARENT, 2010). 
Conclusão
 
A anatomia das aves , ou a estrutura fisiológica do corpo das aves , mostra muitas adaptações únicas, principalmente auxiliando o voo. 
 As aves têm um sistema esquelético leve e uma musculatura leve mas poderosa que juntamente com os sistemas circulatório e respiratório capazes de taxas metabólicas e suprimento de oxigênio muito altos , permitem que a ave voe. 
O desenvolvimento de um bico levou à evolução de um sistema digestivo especialmente adaptado.
Referências Bibliográficas
-https://www.passeidireto.com/arquivo/37235818/anatomia-das-aves?utm-medium=link. Acessado em 25.03.2020 
- ARENT, L.R. Anatomia e Fisiologia das Aves. In: COLVILLE, T.; BASSERT, J.M. Anatomia e Fisiologia Clínica para Medicina Veterinária. 2 ed. Ed. Elsevier Saunders, Rio de Janeiro, 2010, p.414-454.
- DYCE, K.M.; SACK, W.O.; WENSING, C.J.G. Tratado de Anatomia Veterinária. 4 ed. Ed. Elsevier Saunders, Rio de Janeiro, 2010, 834p
- PACHALY, J. R. Medicina de Animais Selvagens. Apostila, Umuarama 2002, 290p
- ANATOMIA DAS AVES DOMÉSTICAS E SELVAGENS, Apostila, 
1

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