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Assistência ao Idoso - Módulo I

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2 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
O PROCESSO DE ENVELHECIMENTO ......................................................... 03 
O IDOSO NO BRASIL E O ESTATUTO DO IDOSO ........................................ 09 
CUIDADOS COM A PELE DO IDOSO ............................................................. 17 
CUIDADOS COM A APARÊNCIA DOS IDOSOS ............................................ 19 
QUALIDADE DO SONO DO IDOSO ................................................................ 20 
SAÚDE BUCAL DO IDOSO ............................................................................. 23 
HIDRATAÇÃO DO IDOSO ............................................................................... 27 
ATIVIDADES FÍSICAS PARA O IDOSO .......................................................... 29 
EXERCÍCIOS PARA TREINAR O EQUILÍBRIO ............................................... 35 
EXERCÍCIOS PARA TREINAR A FORÇA ....................................................... 38 
PREVENÇÃO DE ACIDENTES IDOSOS......................................................... 40 
EQUIPAMENTOS DE AUXILIO A LOCOMOÇÃO ........................................... 46 
MOVIMENTAÇÃO DO IDOSO ......................................................................... 47 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
 
O PROCESSO DE ENVELHECIMENTO 
 
O processo de 
envelhecimento é um ato 
contínuo de mudança ao nível 
anatômico, cardiovascular, 
gastronômico, imunológico e 
metabólico. Saiba como 
funciona o processo de 
envelhecimento e aprenda a 
ter uma vida saudável e 
equilibrada. 
 
Os Efeitos Anatômicos do Envelhecimento 
 
Os ossos 
A constituição dos ossos 
é enganadora porque, embora 
do lado de fora possam parecer 
rígidos e bem conservados, isso 
não quer dizer que sejam fortes. 
O seu bom estado só pode ser 
verificável através da 
observação dos seus 
movimentos. 
Com o passar do tempo, 
uma pessoa perde mais osso do 
que aquele que, efetivamente, 
constrói. Assim, os ossos 
tornam-se mais finos e 
suscetíveis de sofrerem fraturas. 
Este processo é muito frequente 
e mais acelerado nas pessoas 
idosas, o que faz com que sofra 
de problemas de osteoporose, 
uma doença de perda óssea 
progressiva. 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
 
 
 
O problema da osteoporose 
 
A osteoporose enfraquece os ossos ao ponto de surgirem fraturas com 
uma maior facilidade. O ato de 
tossir, puxar a porta de um 
armário e cair, podem causar 
fraturas graves nas pessoas que 
sofrem desta doença. Para estar 
prevenido contra a osteoporose, 
é necessário conhecer os 
aspetos que conduzem ao seu 
desenvolvimento. São eles: 
 
• A genética 
A genética desempenha um 
papel importante no 
desenvolvimento da osteoporose, 
uma vez que as mulheres 
caucasianas e asiáticas são mais 
propensas a desenvolver esta 
doença, que também pode ser do 
foro hereditário. 
 
• A menopausa 
A menopausa é também um dos fatores que mais contribui para a perda óssea 
e ocorre com mais frequência nas mulheres que já a têm há mais de 5 anos. 
 
• Os maus hábitos 
O tabagismo e o consumo 
excessivo de bebidas alcoólicas 
também contribuem para a perda 
óssea, assim como um estilo de 
vida sedentário e a ingestão 
inapropriada de cálcio e vitamina 
D. 
 
 
 
 
 
5 
 
 
 
• Alguns medicamentos 
Certos medicamentos, como a 
cortisona e a colestiramina, também 
aceleram a perda óssea. Como tal, é 
necessário gerir corretamente os 
medicamentos de um idoso para que 
ele possa ter uma vida equilibrada e 
saudável. 
 
• Os músculos 
O envelhecimento provoca uma 
diminuição da força, tamanho e 
resistência muscular, devido à 
diminuição do fluxo sanguíneo para o 
tecido muscular. Estas alterações fazem 
com que uma pessoa se sinta mais 
frágil e enfraquecida, o que conduz ao 
sedentarismo e à falta de exercício 
físico. 
É de realçar que a partir dos 50 e até 
aos 80 anos de idade, as pessoas 
perdem cerca de 2 cm de altura. Esta 
situação acontece devido ao 
enfraquecimento dos músculos, às alterações posturais e à deterioração dos 
discos que separam as vértebras na espinha dorsal, causando uma 
compressão da coluna vertebral. 
 
• As articulações 
Com o passar do tempo, as articulações 
ficam menos resistentes ao desgaste. Isso 
acontece devido às mudanças que ocorrem 
na cartilagem, o tecido que amortece as 
extremidades dos ossos nas suas 
articulações. À medida que o corpo 
envelhece, a cartilagem vai perdendo 
líquido e isso faz com que ela fique mais 
vulnerável e suscetível às lesões causadas 
pelo stress e pelos movimentos repetitivos. 
A artrite reumatóide é provocada pelo 
desgaste das articulações, pois é uma 
doença crônica, caracterizada pela inflamação das articulações e afeta 
principalmente as pessoas mais idosas. 
 
6 
 
 
 
É de salientar que a osteoartrite é a forma mais comum de artrite e esta afeta 
os joelhos, os quadris, a coluna e as mãos. Tenha em mente que o exercício 
físico regular ajuda a reduzir a dor articular e rigidez, aumentando a 
flexibilidade, força muscular e resistência. 
 
• A pele 
A pele é composta por duas 
camadas principais: a 
epiderme (camada exterior) e 
a derme (camada interior). 
Um dos sinais mais 
evidentes do envelhecimento 
está relacionado com o 
aparecimento das rugas na 
epiderme. Elas desenvolvem-
se devido a uma perda natural de colagénio, uma proteína que mantém as 
células unidas e que é essencial para uma pele saudável e bonita. 
A exposição solar nas horas de maior calor é também uma das 
principais causas para o desenvolvimento de rugas. Na verdade, o sol é muito 
perigoso e uma exposição solar excessiva pode provocar o cancro da pele. 
Utilize sempre protetores solares com fator de proteção elevado (≥ 30) e não se 
esqueça de proteger convenientemente a cabeça e os olhos. 
Com o passar do tempo, a pele fica mais fina, frágil e menos elástica, o 
que provoca feridas e lacerações com mais facilidade e demoram mais tempo a 
curar. À medida que a pele fica mais fina, aumenta a sua vulnerabilidade à 
infecção. 
No entanto, muitas pesquisas demonstram que o exercício físico regular, 
como os exercícios aquáticos, os exercícios de fitness e os exercícios de ioga 
ajudam a manter os ossos, os músculos, as articulações e a pele mais fortes, 
mesmo nas pessoas mais idosas. 
 
Os Efeitos Cardiovasculares do Envelhecimento 
 
O envelhecimento traz 
consigo muitos efeitos 
cardiovasculares, como por 
exemplo: uma maior rigidez da 
parede torácica, diminuição da 
fluidez do sangue que provém dos 
pulmões e redução da força do 
batimento cardíaco. Por outro lado, 
o coração é obrigado a bombear 
 
7 
 
 
 
mais sangue por batimento, de forma a compensar uma diminuição da 
frequência cardíaca. 
As pessoas idosas demoram mais tempo a recuperarem do stress, de 
um choque ou de uma surpresa, pois o seu corpo regressa de uma forma mais 
lenta à frequência cardíaca e à pressão arterial normal. 
 
O problema do colesterol 
O colesterol é uma 
gordura essencial para o 
bom funcionamento do 
corpo humano e produz 
hormônios, vitamina D e 
substâncias que ajudam a 
digerir os alimentos. No 
entanto, o organismo 
humano precisa apenas de 
uma pequena quantidade de 
colesterol para satisfazer as suas necessidades. Se os níveis de colesterol 
forem muito elevados, existem muitas possibilidades de ocorrer um Acidente 
Vascular Cerebral (AVC) ou um ataque cardíaco. 
As lipoproteínas de baixa densidade (LDL), conhecidas como “mau” 
colesterol, depositam-se nas paredes das artérias e impedem a correta 
circulação de sangue. Para que isto não aconteça, é necessário seguir 
uma dieta saudável e equilibrada e fazer muito exercício físico. 
Entre 40 a 50% das pessoas com mais de 65 anos de idade têm uma 
pressão arterial elevada e os cientistas não sabem bem o porquê disso 
acontecer. Estima-se que a diminuiçãoda elasticidade dos vasos sanguíneos é 
uma das principais causas, mas o estilo de vida também tem um papel 
decisivo. 
 
Os Efeitos Gastronômicos do Envelhecimento 
 
A sua boca não faz parte 
do sistema gastrointestinal mas, 
na verdade, é um ótimo ponto de 
partida para realizar uma 
alimentação correta. O ato de 
mastigar permite absorver os 
nutrientes principais de uma 
refeição e facilita a tarefa dos 
ácidos estomacais e das enzimas 
intestinais durante o processo da 
 
8 
 
 
 
digestão. 
Com o envelhecimento, as pessoas mastigam mais devagar, 
especialmente se utilizam próteses dentárias ou se os dentes estão mais 
fracos. Assim, as pessoas podem ficar mais vulneráveis aos efeitos da asfixia. 
Para que tal não aconteça, é necessário mastigar bem os alimentos e engolir 
pequenos pedaços de comida de cada vez. 
 
Os Efeitos Imunológicos do Envelhecimento 
 
O sistema 
imunológico é como que um 
enorme exército de 
intervenção que está pronto 
a defender o corpo humano 
ao longo das 24 horas de um 
dia. Eles têm glóbulos 
brancos e anticorpos 
específicos que protegem o 
corpo de uma forma 
exclusiva contra a investida de possíveis invasores, como as bactérias, vírus, 
fungos e parasitas. Porém, o envelhecimento diminui a produção de glóbulos 
brancos e anticorpos, o que significa que o sistema imunológico poderá não 
responder de uma forma tão eficaz contra as eventuais ameaças que possam 
surgir. 
Por outro lado, é de realçar que o envelhecimento traz consigo 
mudanças corporais subtis que podem confundir o sistema imunológico. Essa 
confusão faz com que o corpo produza anticorpos contra si mesmo, pois 
considera que as suas próprias células são uma ameaça ao seu bem-estar. As 
doenças autoimunes, como a artrite reumatóide e o lúpus são disso o exemplo 
máximo. 
 
Os Efeitos Metabólicos do Envelhecimento 
 
Saber como e porque é que 
o corpo muda com a idade, vai 
ajudá-lo a cuidar melhor das suas 
células, tecidos e órgãos vitais. 
Este autoconhecimento é também 
muito benéfico para controlar o seu 
peso e para impedir o 
desenvolvimento de doenças como 
a diabetes, problemas de visão e de 
 
9 
 
 
 
audição que surgem com o avançar da idade. 
Tenha em atenção que depois dos 60 anos de idade, o corpo precisa de 
uma dieta saudável para manter o seu peso e uma boa saúde. Se estiver 
acima do peso ideal, é fundamental que perca peso para ter uma vida com 
mais qualidade. Também é de realçar que o aparecimento da menopausa nas 
mulheres significa ganhar mais peso e isso deve ser corretamente controlado 
para impedir o armazenamento de gordura extra na zona do abdômen. O 
excesso de peso aumenta as hipóteses de desenvolver determinados tipos de 
cancro e também agrava a artrite nos seus joelhos e quadris. 
É de realçar que as pessoas idosas com um estilo de vida ativo e que 
praticam muito exercício físico apresentam um metabolismo mais dinâmico e 
isso permite-lhes ter uma vida mais relaxada e saudável. 
 
O IDOSO NO BRASIL E O ESTATUTO DO IDOSO 
 
A esperança de vida, 
uma forma de medir a 
longevidade e qualidade de 
vida no país, tem aumentado 
significativamente no Brasil. A 
média de vida do cidadão 
brasileiro alcançou os 75 anos 
– no caso das mulheres, 79 
anos. Cálculos preveem um 
futuro em que um a cada três 
brasileiros será idoso, a partir 
de 2050. O desafio de lidar com essa previsão está em pensar, a partir de hoje, 
os problemas e as oportunidades do envelhecimento da população. 
 
O perfil do idoso no brasil 
 
Envelhecer, hoje, é 
um direito social. Se 
fôssemos tirar uma fotografia 
dos idosos no Brasil, não 
exatamente veríamos o 
estereótipo de uma avó 
fazendo bolo, vendo televisão 
ou sentada na varanda a 
olhar a rua. Não que isso seja 
um problema! Pesquisas 
mostram, no entanto, que os 
 
10 
 
 
 
cidadãos acima dos 60 anos estão cada vez mais ativos e presentes no 
mercado de trabalho. 
O aumento da longevidade resultou em uma vida produtiva mais longa, o 
que permitiu mais experiências no currículo e cargos mais altos. 
O salário médio dos idosos, por exemplo, é de R$ 1.981,61, cerca de 33% 
maior do que a média salarial no país. Entre os idosos até 64 anos, 52,3% têm 
uma ocupação (isto é, um emprego nos três meses anteriores à pesquisa). 
Por outro lado, uma informação interessante sobre os idosos que 
trabalham, segundo a “Síntese de Indicadores Sociais (SIS): uma análise das 
condições de vida da população brasileira 2016”, é a baixa escolaridade. A 
grande maioria começou a trabalhar antes dos 14 anos (67,7%) e tem como 
nível médio de escolaridade o ensino fundamental (65,5%). 
Enquanto as estatísticas 
registram uma queda na taxa de 
mortalidade infantil e o consequente 
aumento na expectativa de vida, o país 
começa a encarar um futuro com cerca 
de 19 milhões de brasileiros acima dos 
80 anos, a partir de 2060. Vários fatores 
prevêem essa nova realidade devido à 
melhoria no saneamento básico, nos 
serviços de saúde e educação, na 
alimentação e combate à fome, nos 
índices de violência e outros quesitos 
que influenciam a qualidade de vida. 
Apesar dos números positivos, 
encontramos no caminho os desafios de 
uma previdência social em déficit, uma 
crise que não oferece empregos formais nem para os mais jovens e um 
Estatuto do Idoso ainda recente, aprovado apenas em 2003. 
 
Lei do estatuto do idoso: os direitos do cidadão aos 60 anos 
 
A demanda por maior 
consolidação dos direitos da 
população idosa chegou 
ao Congresso em 1997, após 
mobilização da Confederação 
Brasileira dos Aposentados e 
Pensionistas (Cobap) e de 
um deputado na elaboração 
do PL 3.561/1997. Outra 
 
11 
 
 
 
proposta foi apresentada na Câmara dos Deputados em 1999, mas apenas 
anos depois uma comissão reuniu deputados de diferentes partidos 
políticos com o movimento dos idosos para aprovar ou não o que viria a ser 
o Estatuto do Idoso. Ao final de um seminário com 500 pessoas e muitos 
debates, escolheu-se o primeiro projeto, sancionado pelo presidente em 2003. 
Em 1994, entrou em vigor a Política Nacional do Idoso, que já buscava 
estabelecer maneiras de integração e participação social pelos idosos. A 
novidade do Estatuto, portanto, está nas punições mais severas para quem 
cometer crimes contra a terceira idade, como o abandono e o desrespeito à 
dignidade. 
Logo, conhecida como 
“Estatuto do Idoso”, a Lei 
10.741/2003 tem como 
objetivo regular os direitos do 
cidadão com 60 anos ou mais. 
No governo de Michel Temer, 
foi incorporada à lei a 
preferência de atendimento 
nos postos de saúde aos maiores de 80 anos, em casos de emergência. 
 
Direitos do idoso 
 
❖ Aos maiores de 65 anos 
que não terem como se 
sustentar, é garantido 1 
salário mínimo por mês, 
conforme a Lei Orgânica 
da Assistência Social; 
❖ Aos enfermos, é 
assegurado o 
atendimento domiciliar 
pelos conveniados ao SUS; 
❖ Aos concurseiros, a idade mais elevada é critério de desempate; 
❖ Direito ao respeito: inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral 
do idoso; 
❖ Direito à moradia digna: com sua família ou em instituição pública ou 
privada; 
❖ Direito à gratuidade de medicamentos, próteses e quaisquer recursos 
relativos a tratamento, habilitação ou reabilitação do idoso, em esferas 
públicas. 
❖ Prioridade de aquisição de imóvel em programas habitacionais com 
dinheiro público. 
 
12 
 
 
 
 
Deveres da sociedade civil e do estado 
❖ Deve-se assegurar, com prioridade, o direito à vida, à saúde, à 
educação, à 
cultura, ao 
trabalho, à 
cidadania, entre 
outros previstos a 
todos; 
❖ Assegurar a 
convivência 
familiar e 
comunitária; 
❖ Garantir dignidade e evitar tratamento desumano, violento ou 
constrangedor; 
❖ Capacitar profissionais para atendimento às necessidades dos idosos; 
❖ Orientar cuidadores e grupos de autoajuda nas instituiçõesde saúde; 
❖ Criar oportunidades de acesso à educação, adequando metodologia, 
material didático e conteúdo que contemple tecnologias, visando a 
integração digital; 
❖ Abordar no ensino o processo de envelhecimento e o respeito aos 
idosos, a fim de combater preconceito e produzir conhecimentos; 
❖ Reservar 10% dos assentos do transporte coletivo e 5% das vagas nos 
estacionamentos públicos e privados; 
❖ Atender à gratuidade dos maiores de 65, em transportes coletivos 
urbanos e semi-urbanos; 
❖ Está proibida a discriminação e um limite de idade, em emprego e 
concurso; 
❖ Está proibida a cobrança de valores diferenciados em razão da idade 
nos planos de saúde. 
Além de expressar direitos e deveres, o Estatuto do Idoso expõe as 
circunstâncias de violência contra o idoso ao definir punições para casos de 
morte, sofrimento físico ou 
psicológico. 
 
A violência contra o idoso 
 
A violência contra o 
idoso é uma questão de saúde 
pública, não só de respeito à 
dignidade e integridade do ser 
humano. De acordo com um 
 
13 
 
 
 
relatório de 2017 da Organização Mundial da Saúde (OMS), um a cada seis 
idosos sofre alguma violência. No Brasil, os números de denúncia são tão altos 
que chegam a representar um idoso agredido a cada dez minutos. 
O Disque 100, um telefone que atende denúncias contra direitos 
humanos, informa que até agora em 2017 foram 32.632 denúncias de violência 
contra o idoso, que se dividem em: 
• 77% das denúncias são por negligência; 
• 51% por violência psicológica; 
• 38% por abuso financeiro e econômico ou violência patrimonial; 
• 26% por violência física e 
maus tratos. 
Segundo a experiência de 
especialistas em direitos humanos, 
esses números estão abaixo do 
que realmente acontece nos lares 
brasileiros. Um dos motivos para 
isso é a relação entre vítima e 
agressor, que pode ser um familiar 
ou mesmo o cuidador contratado. 
Há também os sentimentos de 
medo, vergonha e culpa vividos pelos idosos, o que dificulta uma denúncia 
pública. 
Para combater e prevenir esses casos, são necessárias ações de 
conscientização dos direitos e das situações de violência, 
informando ferramentas para autonomia do idoso. 
Além disso, as instituições públicas ou privadas que oferecem serviços 
específicos aos idosos, segundo o Estatuto, devem ser fiscalizadas 
pelos Conselhos do Idoso, Ministério 
Público, Vigilância Sanitária e outras 
entidades previstas em lei. 
 
As Políticas Públicas do Brasil 
para os Idosos 
 
Ao longo dos anos, vamos 
envelhecendo e ganhando mais 
conhecimentos,o mesmo acontece 
no Brasil, que ainda está 
aprendendo a implementar ações de 
garantia dos direitos dos idosos. Antes mesmo de a Constituição de 
1988 estabelecer no país a cidadania e a dignidade da pessoa humana como 
algo básico a todos, destinando alguns artigos à pessoa idosa, 
 
14 
 
 
 
existiam leis e decretos que atendiam a uma ou outra demanda dos idosos. 
Alguns artigos do Código 
Civil (1916), Código Penal 
(1940) e Código Eleitoral 
(1965) cumpriam essa função, 
sendo que o atendimento ao 
idoso era fornecido 
basicamente por lugares 
privados, filantrópicos ou 
religiosos. Foi devido às críticas 
ao Plano Nacional do Idoso 
(1994) que surgiu a 
mobilização pelo Estatuto, por exemplo, também inspirado na experiência 
obtida com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Como pais que nos 
orientam, duas assembleias da ONU (1982 e 2002) elaboraram planos de ação 
sobre o envelhecimento global, determinando medidas para as nações darem 
os primeiros passos. 
Os conselhos nacional, estaduais e municipais, que respondem 
à Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República e, 
indiretamente, ao Ministério da Previdência Social. 
 
Função dos conselhos do idoso 
Criados a partir do Plano 
Nacional do Idoso, os conselhos 
são compostos por colegiados 
paritários: isto é, metade dos 
membros vem da sociedade civil e 
a outra metade vem do governo. 
Como se fossem grupos 
mediadores entre o nível federal e 
as demandas de estados, 
municípios e distrito federal, os 
conselhos são responsáveis por 
espaços deliberativos referentes a: 
• Promoção e assistência social; 
• Saúde; 
• Educação; 
• Trabalho e previdência social; 
• Habitação e urbanismo; 
• Justiça; 
• Cultura; 
• Esporte e lazer. 
 
15 
 
 
 
 
No entanto, o Conselho Nacional dos Direitos do Idoso (CNDI) saiu do 
papel somente em 2002, muitos anos depois da sua criação na lei do Plano 
Nacional do Idoso. Hoje em dia, é por meio dele que se formula diretrizes para 
as políticas nacionais. Justamente devido às críticas de falta de implementação 
dos programas estatais, o Estatuto nasceu já buscando definir um sistema de 
garantias de direitos da pessoa idosa, unindo as seguintes esferas: 
• Conselhos do Idoso; 
• Sistema Único de Saúde (SUS); 
• Sistema Único de Assistência Social (Suas); 
• Vigilância em Saúde; 
• Poder Judiciário; 
• Defensoria Pública; 
• Ministério Público; 
• Polícia Civil. 
 
Exemplos práticos de políticas públicas brasileiras 
 
Algumas ações defendidas, na 
legislação brasileira, são: 
• Atendimento prioritário 
em estabelecimentos; 
• Descontos para eventos 
culturais e esportivos; 
• Projetos de extensão 
e universidades da 
terceira idade; 
• Profissionalizações 
especializadas para os 
idosos; 
• Adaptação curricular às especificidades da população idosa; 
• Estímulo às empresas privadas para admissão de idosos ao trabalho; 
• Acesso a centros de convivência, asilos e centros-dia, locais de terapia; 
 
Previdência Social, que já atende mais de 19 milhões de pessoas com 
ou mais de 60 anos. De acordo com dados do Sistema Único de Assistência 
Social (Suas), há 1.669 instituições de acolhimento de idosos, cujas regras e 
ações são cofinanciadas pelo governo federal. No meio do caminho, o país tem 
enfrentado desafios como o déficit da previdência, a falta de qualificação 
profissional de quem atende idosos e o atraso curricular nas instituições de 
ensino. Na área da educação, estabeleceu-se a meta de erradicação do 
 
16 
 
 
 
analfabetismo entre adultos, que será acompanhada pelo número de 
matrículas de maiores de 60 anos na EJA. 
Além dessas ações em educação, saúde e moradia, a Secretaria de 
Direitos Humanos atua no combate à violência contra o idoso ao fazer a ponte 
entre sociedade e órgãos públicos por meio do Disque 100. Este número é 
atendido pela Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos, que articula ações a 
partir dos dados das denúncias anônimas recebidas. 
Na busca por proteger esse cidadão, a secretaria lançou em 2013 
o Compromisso Nacional para o Envelhecimento Ativo, cujas ações têm como 
focos: 
1) emancipação e protagonismo do idoso; 
2) promoção e defesa de direitos; e 
3) informação e formação. Assim, procura consolidar soluções para os desafios 
que ainda enfrentamos no Brasil. 
 
O Futuro dos Idosos no País 
 
Em 2050, o IBGE prevê 
uma população de idosos 
triplicada. Ao sair na rua, você 
encontrará um idoso em cada 
três pessoas. A cada duas 
pessoas adolescentes 
(menores de 15 anos), existe 
um adulto acima de 60 anos. 
Afinal, nas últimas oito 
décadas, o Brasil 
acompanhou a expectativa de vida sair dos 45 para os 75 anos. O 
envelhecimento trará novos desafios – e oportunidades – para o governo. 
Os políticos – e todos nós – devem acompanhar as consequências 
econômicas e sociais de uma população mais envelhecida, principalmente 
quanto a medidas para educação ao longo da vida, mercado de trabalho, 
sistema de saúde, previdência social e na mobilidade urbana. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
 
 
CUIDADOS COM A PELE DO IDOSO 
 
Estudos e pesquisas apontam 
um grande crescimento da 
população idosa no Brasil. Garantir 
uma velhice saudável depende de 
alguns fatores, entre eles o cuidado 
com a pele. 
A pele é formada por três 
camadasque são a epiderme 
(camada externa), derme (camada 
intermediária) e a hipoderme 
(camada interna). Todas são 
importantes para o corpo e cada uma 
tem características e funções diferentes. 
Considerada o maior órgão do corpo humano e indispensável à vida, é 
responsável pela proteção, manutenção do equilíbrio da água e dos sais, 
regulação da temperatura, síntese e metabolização da vitamina D, 
sensibilidade e percepção. 
O envelhecimento é um 
processo natural e inevitável 
para todos e nesse processo a 
pele sofre algumas alterações 
como a perda progressiva das 
características estruturais e 
funcionais, apresentando 
sinais clássicos do 
envelhecimento da pele como: 
afinamento, fragilidade, 
aparecimento de linhas de 
expressão, rugas, queratose (lesão vermelha e escamosa) e xerose 
(desidratação). Estas mudanças levam à pessoa a ter uma pele frágil, podendo 
ser acometida com mais facilidade por lesões, doenças dermatológicas e 
infecções oportunistas. 
Outros fatores que podem alterar as características da pele são: idade, 
hidratação, exposição aos raios solares, tensoativos (sabão), nutrição, 
tabagismo e medicamentos. 
Como a pele do idoso apresenta menor hidratação, sendo mais 
vulnerável ao aparecimento das lesões, devido à diminuição na defesa. 
Exemplo do risco da pele seca para o acometimento de lesões é a prevalência 
aumentada de lesões por fricção, ainda mais com associação de doenças 
como o diabetes. 
 
18 
 
 
 
Um dos fatores mais importante é a manutenção da hidratação da pele. 
Os cremes e loções hidratantes vêm para ajudar a hidratar e manter a pele 
sadia, contribuindo também para uma sensação de bem-estar, pois a pele seca 
pode coçar ou descamar. 
Para determinar qual o melhor tipo de hidratante e o produto mais 
indicado para cada caso, recomendo a avaliação de um especialista. 
Na pele idosa é proibido o 
uso de qualquer produto que 
contenha álcool. O álcool diminui a 
umidade da pele, propiciando 
rachaduras e outros problemas. 
Também é proibido o uso de talco, 
pós ou amido de milho, sendo que 
o talco absorve a pouca 
oleosidade natural da pele idosa e 
o amido de milho por sua vez, 
forma um “meio de cultura”, facilitando a ocorrência de infecções. 
 
Dicas: 
Banho: devem ser rápidos, temperatura morna ou fria e com sabonete neutro 
ou infantil; 
 
Sabonete: optar por sabonetes neutro ou infantil, sem desengordurantes 
(exceto se a pele for oleosa), e não exagerar no uso do produto; 
 
Esponja de banho: além de contribuírem para a remoção da barreira natural da 
pele, as esponjas podem machucar peles mais velhas, que são mais finas e 
delicadas, então a orientação é evitá-las; 
 
Hidratante: o melhor momento para 
passá-lo é logo após o banho, 
quando os poros ainda estão 
dilatados e o produto é melhor 
absorvido. A aplicação de cremes, 
emolientes e loções ajudam a reter 
a água na pele que, por sua vez, 
aumenta a umidade da camada 
mais superficial da pele e, 
consequentemente, aumenta a sua 
proteção, podendo passar duas 
vezes ao dia em pessoas com a 
pele mais delicada. 
 
19 
 
 
 
A indicação correta do hidratante e a ingestão de líquidos são essenciais 
para o bom funcionamento e para uma aparência saudável da pele. De modo 
geral, os hidratantes são classificados de acordo com o mecanismo de ação de 
seus componentes. 
Enfim, o equilíbrio 
hídrico (água) é essencial para 
o bom funcionamento e para 
uma aparência saudável da 
pele. A perda da água por 
evaporação diminui quando a 
umidade relativa do ar é baixa, 
e a aplicação de emolientes na 
pele substitui a função de 
barreira decorrente da perda 
de sebo, sendo então um 
recurso importante para o restabelecimento da hidratação cutânea . 
 
CUIDADOS COM A APARÊNCIA DOS IDOSOS 
 
Cada vez mais os 
idosos dedicam tempo 
com cuidados de beleza 
para manter uma imagem 
mais preservada de si. 
Estudos da Sociedade 
Americana de Cirurgia 
Plástica Estética (ISAPS) 
revelam que a procura por 
cirurgia plástica aumenta 
na terceira idade. Dados 
mostram que 10% das pessoas que realizaram cirurgia plástica nos Estados 
Unidos tinham mais de 65 anos. Entre os brasileiros não é diferente, o país 
ocupa o segundo lugar no 
ranking de procedimentos 
estéticos, e muitos idosos 
pensam na cirurgia como 
método para rejuvenescer. 
Manter os cuidados 
com a aparência, estética e 
higiene podem ser um 
recurso terapêutico para 
aceitar as transformações 
 
20 
 
 
 
corporais nessa fase da vida. E a sensação de bem-estar pode ser obtida de 
diversas maneiras com o cuidado com a pele, cabelo, unhas, entre outros. A 
vaidade é fundamental para a saúde dos idosos por estar associada ao 
psicológico e ligada diretamente à autoestima da pessoa. Se o idoso não se 
preocupa com a aparência, pode ser um alerta para quadros de depressão. 
A preocupação com a beleza potencializa a autoimagem. Além de todo o 
cuidado com as roupas e acessórios, elas adoram se maquiar, fazer as unhas, 
os cabelos e o salão está sempre lotado. A vaidade não é só feminina, os 
homens também estão preocupados com a aparência, com a barba sempre 
bem-feita e perfumados. 
 
Pele 
• Use protetor solar todos os dias para evitar manchas e câncer de pele; 
• Mantenha a pele hidratada; 
• Atenção na alimentação consumindo frutas, legumes e verduras que 
oferecem nutrientes e oxidantes; 
• Manter-se hidratado com consumo de muita água para ajudar no 
metabolismo. 
 
Cabelos 
• Com a redução do volume do cabelo, o melhor é ter corte curto; 
• Invista na hidratação do cabelo; 
• Para cabelos grisalhos ou brancos há xampus que tiram o amarelado. 
 
QUALIDADE DO SONO DO IDOSO 
 
Aquele sono pesado e 
duradouro que mantinha você por 
12 horas na cama ficou para trás. 
Conforme a idade avança, o sono 
muda. Isso não significa que o 
idoso tenha de aceitar a condição 
de insone. Segundo a National 
Sleep Foundation, entidade norte-
americana dedicada a pesquisas 
sobre o sono, o ideal acima dos 
65 anos é dormir de 7 a 8 horas. 
Ou seja, a quantidade de horas 
de sono não deve ser muito diferente dos adultos em geral (dos 26 aos 64 
anos, a recomendação é de 7 a 9 horas). O que muda, portanto, é o padrão do 
sono. 
Outras questões também podem levar ao maior número de despertares 
 
21 
 
 
 
à noite, como vontade de urinar e problemas respiratórios. Seja qual for o 
motivo, é fácil notar se o sono está normal mesmo com a mudança de padrão: 
acordar descansado e bem-disposto. Mesmo diferente, o sono do idoso tem 
que ser restaurador. Dormindo menos ou acordando mais, o normal é 
despertar descansado no dia seguinte. Se isso não está acontecendo, é sinal 
de que há um problema. 
Nesse caso, o problema 
pode ser do sono – como 
apneia, um distúrbio no qual a 
respiração é interrompida 
durante a noite – ou alguma 
doença física, como diabetes ou 
problemas cardíacos. Um 
estudo realizado com idosos em 
um serviço ambulatorial em 
Pernambuco mostrou que a 
maioria deles relatava sempre acordar à noite e voltar a dormir (45%), ter o 
sono mais agitado do que antes (17%) e dificuldade para adormecer durante a 
noite (13%). Apesar disso, 57% dos idosos disseram que a qualidade do seu 
sono é boa, enquanto apenas 20% a classificaram como ruim. 
Dificuldade para dormir 
uma queixa comum dos idosos 
é não conseguir pegar no sono. 
Embora essa reclamação seja 
frequente, ela não tem a ver 
com avanço da idade. É preciso 
avaliar a rotina desse idoso. 
Normalmente, são pessoas que 
fazem menos atividades físicas, 
o que faz com que o corpo 
canse menos. Assim, o sono 
não vem. Nesse caso, é muito 
comum que comecem a tomar 
medicamento para dormir. Muitos médicos fazem a prescrição sem antes 
analisar a condição de vida do paciente ou orientar sobre higiene do sono. Ou 
seja, medicamentos devem ser indicados apenas em último caso.Por higiene do sono entenda-se os hábitos e práticas adotados para 
melhorar a qualidade do sono e, consequentemente, aumentar a disposição 
para atividades durante o dia. 
Confira algumas dicas para uma boa higiene do sono, segundo a 
National Sleep Foundation: 
➢ Limite a soneca diária a, no máximo, 30 minutos. A soneca não deve ser 
 
22 
 
 
 
para compensar uma noite mal dormida, mas dormir até 30 minutos à 
tarde pode melhorar o humor, deixar a pessoa mais alerta e melhorar a 
performance para atividades. 
➢ Evite estimulantes como 
cafeína e nicotina perto 
da hora de dormir. A 
cafeína dispensa 
explicações e a nicotina, 
além de estimulante, 
pode, quando usada em 
qualquer horário do dia, 
causar problemas 
respiratórios, 
prejudicando o sono. 
Álcool só com 
moderação. É verdade que beber dá sono, mas em demasia, e à noite, 
pode causar despertares quando o corpo começa a processar o álcool. 
➢ Exercício físico é essencial. Apenas 10 minutos de exercício aeróbico 
por dia já ajudam – pode ser até mesmo caminhada ou bicicleta, por 
exemplo. Claro que cada um tem uma quantidade e intensidade de 
exercícios ideais para melhorar a qualidade do sono. Mas atenção: 
exercício físico pesado pouco antes de dormir provoca efeito contrário. 
➢ Comida pesada, apimentada ou muito gordurosa pode dar problemas de 
indigestão e prejudicar o sono, evite. 
➢ Exponha-se ao sol com frequência. Isso ajuda a regular o ciclo dia-noite. 
➢ Estabeleça um horário fixo para dormir todas as noites e para acordar, 
mesmo aos finais de semana. Isso ajuda a regular o relógio biológico e 
fará você dormir e acordar com mais facilidade. 
➢ Desenvolva um ritual relaxante ao se aproximar a hora de dormir. Pode 
ser um banho quente, um momento de leitura, ouvir uma música 
tranquila ou ir diminuindo as luzes da casa. 
➢ O importante é evitar o uso de equipamentos eletrônicos ou outras 
atividades que possam causar agitação. 
➢ Deixe seu quarto confortável. 
➢ A temperatura é importante, bem como a ausência de luz. 
➢ Não abra mão de travesseiro e colchão adequados e confortáveis. 
Exercitar-se para dormir bem. 
 
 
 
 
 
 
23 
 
 
 
SAÚDE BUCAL DO IDOSO 
 
Muito se fala sobre a 
importância de se cuidar da 
saúde do idoso e isso inclui 
cuidar também da saúde 
bucal. Uma boca saudável 
geralmente reflete um corpo 
saudável. Uma boca mal 
cuidada pode trazer 
inúmeras consequências 
para a saúde do indivíduo. A 
ausência de dentes, por 
exemplo, pode levar a 
insuficiência mastigatória, disfagia moderada, desordens de articulação e fala, 
entre outros. Já a gengivite pode evoluir para uma periodontite, que em casos 
graves pode aumentar as chances de infarto, AVC e doenças pulmonares. 
Segundo um estudo de 2005, até a década de 1960 a boa saúde bucal 
se baseava muitas vezes na extração dos dentes do indivíduo. Depois disso, a 
odontologia evoluiu para tratamentos curativos e, finalmente, para medidas 
preventivas. Hoje o conceito de saúde bucal não se refere apenas a dentes 
preservados mas, principalmente a qualidade de vida. 
A questão psicológica também é afetada pela saúde bucal, já que a 
ausência de dentes tem um forte impacto na autoestima e, consequentemente, 
na qualidade de vida do indivíduo. 
Por causa disso, é imprescindível estar atento à saúde bucal do idoso. 
Pequenos ajustes podem ter um grande impacto. Para casos mais extremos, 
recursos como próteses podem não apenas melhorar a nutrição e a fala, mas 
também na melhora da autoimagem e socialização. 
 
As recomendações para a higiene 
bucal do idoso 
A higiene bucal do idoso não 
difere dos outros grupos etários em 
sua essência, porém, alguns 
instrumentos mais específicos 
podem ser recomendados. Quando 
se trata desse contingente 
populacional, é importante lembrar 
que parte deles pode apresentar 
alguma limitação física, necessitando de uma maior motivação para realizá-la, 
para que possa haver um resultado mais satisfatório. 
 
24 
 
 
 
A higiene bucal deverá começar pela limpeza dos dentes, e deve ser 
feita sempre após as refeições, utilizando uma técnica correta orientada pelo 
cirurgião-dentista. Utiliza-se escova dental (na foto a letra a) com cabeça 
pequena para alcançar todas as áreas da boca, com cerdas macias para não 
causar retração da gengiva. Para locais onde o espaço entre os dentes 
(interdentário) é maior, associa-se a escova interdental (na foto a letra b). Para 
aqueles idosos que apresentam maior dificuldade para fazer a escovação, a 
escova elétrica (na foto a letra c é bem indicada. Já os dentifrícios são 
auxiliadores na escovação e possuem substâncias levemente abrasivas e 
detergentes. Preferencialmente devem conter flúor. As pastas medicamentosas 
só devem ser utilizadas com indicação do cirurgião-dentista, pois possuem 
ação terapêutica. 
O fio dental, por sua vez, é 
indicado para remover restos de 
alimentos e também o biofilme 
dos lugares onde a escova não 
alcança: os espaços interdentais. 
Esses espaços variam de um 
paciente para outro, por isso, 
existem três tipos básicos de fio: 
extrafino, para dentes muito 
próximos; convencional, para 
espaços normais; e fita dental, para dentes mais distantes. Para idosos que 
apresentam algum comprometimento cognitivo, o segurador de fio dental (foto, 
junto com o fio dental) é de grande valia. 
A limpeza da língua também 
faz parte da higiene bucal, pois ela 
pode conter restos de alimentos ou 
saburra lingual (composta por 
bactérias, restos de alimentos e 
células epiteliais descamadas), cujo 
aspecto é uma camada 
esbranquiçada ou levemente 
amarelada no dorso da língua. 
Pode-se utilizar a escova dental ou 
limpador lingual (foto). 
É certo que a escovação e o uso do fio dental têm sido os melhores 
métodos para prevenir e controlar o biofilme, porém, os antissépticos bucais 
poderão ser usados como meios auxiliadores na higiene bucal. Alguns têm 
flúor em sua fórmula ou mesmo estar associado a um anti-inflamatório. 
Preferencialmente deverão ser utilizados com indicação do cirurgião-dentista. 
 
 
25 
 
 
 
O uso de aparelhos protéticos em idosos 
Os aparelhos protéticos são indicados sempre que houver necessidade 
de reposição dentária e a eleição do aparelho dependerá da necessidade de 
cada paciente. Eles serão contraindicados em casos em que o idoso não 
consiga utilizá-lo, como em alguns tipos de câncer bucal, no estágio avançado 
da doença de Alzheimer, ou simplesmente pelo fato do paciente não se adaptar 
com eles. 
 
Os cuidados necessários com as próteses 
Quando o idoso tiver uma 
prótese fixa (unitária ou não), os 
cuidados de higiene são os mesmos 
necessários dos pacientes que tem 
dentes naturais, descritos acima. 
Os aparelhos protéticos – 
sendo a prótese total conhecida 
como dentadura e prótese parcial 
removível conhecida como ponte - 
também devem ser higienizados, 
porém fora da boca e em local livre 
de queda. Poderão ser escovados com escova dental comum ou então com 
uma específica para prótese (Foto), utilizando dentifrício de baixa abrasividade. 
É interessante que fiquem imersos em líquidos bactericidas por um 
determinado tempo, de acordo 
com a orientação do cirurgião-
dentista. No caso específico da 
dentadura, é conveniente que seja 
retirada da boca durante a noite 
para haver descanso das 
glândulas salivares do palato e, 
colocada em um copo d’água para 
não desidratar o acrílico. A 
avaliação anual das próteses pelo 
profissional é necessária para acompanhamento da adaptação das mesmas. 
Um dos principais problemas bucais do idoso é a diminuição da saliva. 
A diminuição da quantidade de saliva no idoso pode trazer 
consequências em sua saúde bucal, em maior ou menor grau, dependendo da 
intensidade dessa redução. A saliva tem propriedades de extrema importância, 
como remineralização dos dentes, lubrificação e proteção dos tecidos bucais,presença de enzimas, efeito tampão – aumento do pH (potencial Hidrogênico) 
– neutralizando a saliva, além de contar com anticorpos que controlam a 
proliferação de fungos e bactérias. Com sua diminuição, todos esses benefícios 
 
26 
 
 
 
ficam prejudicados. Por consequência, a digestão e a deglutição dos alimentos 
estarão dificultadas, bem como a proteção dos dentes, tornando-os mais 
suscetíveis a cáries e doenças periodontais, como gengivite e periodontite. 
Os usuários de prótese 
total também não estão livres 
das perdas, pois a dentadura 
necessita da saliva para sua 
fixação. Uma alternativa para 
aliviar esses incômodos é o uso 
de salivas artificiais – elas não 
devolvem todas as propriedades 
da saliva, mas proporcionam um 
conforto importante ao idoso, 
bem como uma melhora na 
retenção das próteses. 
 
Consequencias com quem não tem o tipo de cuidado adequado com a 
saúde bucal 
O cuidado inadequado com a saúde bucal pode trazer problemas locais 
tais como: cáries, doenças periodontais, mau hálito, perdas dentárias, 
inflamações, infecções, dores e problemas decorrentes de próteses velhas e 
desadaptadas, como úlceras e hiperplasias. Até mesmo o câncer bucal pode 
estar associado a má higiene bucal e dentes em estado precário de 
conservação, quando acompanhado do tabagismo e/ou etilismo. 
Também podem ocorrer problemas sistêmicos, como um quadro de 
endocardite bacteriana, em casos mais graves. Não podemos esquecer que a 
boca é parte integrante e inseparável do restante do organismo. É pertinente 
lembrar que a consulta periódica ao cirurgião-dentista é de extrema importância 
para a promoção e manutenção da saúde bucal, em qualquer faixa etária, mas 
principalmente na idade avançada, onde tantas transformações acontecem. 
 
 
 
27 
 
 
 
 
 
HIDRATAÇÃO DO IDOSO 
 
A água é vital ao 
organismo humano, entre 
suas principais funções 
estão a: 
• Homeostasia fazendo 
o equilíbrio hídrico 
térmico do corpo; 
• Composição das 
articulações, pois 
lubrifica e protege as 
juntas; 
• Composição de plasma sanguíneo; 
• Participação do transporte de nutrientes para as células através do 
sangue; 
• Limpeza e desintoxicação do organismo, além das funções vitais dos 
principais órgãos como: cérebro responsável pela comunicação neural; 
pulmões na respiração umidificando o ar; intestino facilitando o trânsito 
intestinal e formação das fezes; estômago no processo digestivo; rins 
através da capacidade de concentrar e diluir urina, entre outros. 
A água também é responsável pelo transporte das vitaminas 
hidrossolúveis: Complexo B e Vitamina C, regulação da pressão arterial através 
do equilíbrio dos sais minerais principalmente sódio e potássio, além de manter 
a pele mais lisa e uniforme. 
Ao nascermos, a 
hidratação corporal está em 
torno de 90% e o corpo 
apresenta vários sensores que 
medem o nível de hidratação. À 
medida que desidratamos estes 
sensores são acionados e 
sentimos sede, podendo 
imediatamente repor os níveis 
de água. 
Os níveis de hidratação 
diminuem para 70% na adolescência, permanecendo entre 70 e 60% na vida 
adulta e os osmorreceptores (sensores de hidratação) funcionam bem, em um 
mecanismo de equilíbrio interno. Porém ao chegarmos à terceira idade a 
hidratação corporal está diminuída em torno de 50%, e os sensores de 
 
28 
 
 
 
hidratação já não funcionam tão bem como antes, além da capacidade renal de 
concentrar e diluir a urina, estar diminuída devido a idade avançada. 
A ingestão hídrica ideal para o idoso é de 2,0 a 2,5 litros ao dia, 
quantidade esta difícil de ser alcançada, visto que com o envelhecimento a 
sensação de sede é diminuída pela falha nos sensores de hidratação, a esse 
processo chamamos hipodipsia, muitas vezes acompanhada de esquecimentos 
e falhas na memória, naturais 
da idade e de algumas 
patologias; além de muitas 
vezes o idoso apresentar 
dificuldades de locomoção, 
não indo em busca de água. 
Neste caso a 
estratégia é ofertar água ao 
idoso, antes mesmo que este 
sinta sede; evitar copos 
grandes e cheios, fazer a 
oferta de água em copos pequenos e com pouca quantidade, porém várias 
vezes ao dia. Além de água, outras bebidas e alimentos favorecem a 
hidratação do idoso, entre estes estão: água de coco, sucos, leite, chás de 
ervas claras, gelatina e frutas aquosas como melancia, melão, laranja, acerola, 
pokan, tangerina, lima, limão, abacaxi, maçã e pera com casca, entre outras. 
Estas bebidas e frutas não substituem a água, devem sim ser ofertadas, além 
dos 2,0 a 2,5 litros de água ao dia. 
O fato de idosos estarem sempre agasalhados para prevenir gripes e 
resfriados, fechando janelas mesmo em períodos de intenso calor, favorece o 
aumento de temperatura corporal, fazendo que o organismo libere água para 
resfriar a quentura, acontecendo 
assim grande perda de água, que se 
não for constantemente reposta, 
implicará em desidratação. 
Há de se redobrar os cuidados 
em estações climáticas muito quentes 
e regiões com baixa umidade do ar, 
visto que propiciam desidratação 
rápida, fazendo com que o idoso 
apresente um ou mais dos seguintes 
sintomas: Confusão mental, fraqueza 
muscular, constipação, diarreia, olhos 
profundos, tontura, cãibras, dores de 
cabeça, febre, irritação sem motivo, 
desorientação, esquecimento, batimentos cardíacos acelerados (taquicardia), 
 
29 
 
 
 
dor no peito (angina), quedas por tonturas, pressão baixa (hipotensão), pressão 
alta (hipertensão), perda de peso rápida, pele seca e com menor elasticidade, 
infecção urinária, urina muito quente, escura, turva e em pouca quantidade. 
Um adulto com perca da água corporal em 20% vai a óbito, já o idoso 
pode vir a falecer com a perca de 10% da água corporal, por seu organismo ser 
mais debilitado e seus níveis de hidratação serem diminuídos comparados com 
o adulto; por esse e outros motivos classificamos a população idosa, como 
população de alto risco, ou seja, maiores chances de adoecer. 
Além das consequências já citadas na desidratação do idoso, destaca-
se a úlcera de pressão, conhecida também por escara, um tipo de ferida de 
difícil cicatrização. As úlceras de pressão causam muito sofrimento e 
desconforto ao idoso e são decorrentes de altas temperaturas em peles finas e 
desidratadas; seu tratamento demanda cuidados especiais e custo financeiro 
elevado. 
Portanto, confirma-se a necessidade de ingerir água em boa quantidade 
durante toda vida, especialmente na terceira idade, para garantir boa qualidade 
de vida ao envelhecer. 
Idosos devem ser consultados periodicamente por médicos geriatras e 
nutricionistas, pois somente um profissional capacitado poderá orientar 
adequadamente o idoso, seus familiares e cuidadores. 
 
ATIVIDADES FÍSICAS PARA O IDOSO 
 
Na atualidade vivemos 
uma realidade que há muito 
tempo atrás não se dava 
conta, o crescimento da 
população idosa em nosso 
país. Em meados dos anos 
80 a população acima dos 60 
anos era de 6,1%, mas com o 
avanço da expectativa de vida 
do brasileiro, é previsto que 
no ano de 2025 a população 
idosa chegará a 12,2%. 
O processo de envelhecimento, caracterizado por várias transformações 
progressivas e irreversíveis em função do tempo. Assim como profissionais de 
Educação Física, atuantes na área da saúde, não devemos medir esforços na 
busca de um envelhecimento bem-sucedido, que pode ser caracterizado por 
um equilíbrio entre o envelhecimento biológico e psicológico. 
O envelhecimento para muitos é visto como o fim da vida, onde a 
pessoa idosa não tem mais condições de realizar com firmeza as tarefas que 
 
30 
 
 
 
sempre executou, mas há também aqueles que tem uma vontade imensa de 
viver como o caso do jovem idoso francês, de 105 anos, Robert Marchand, que 
bateu o recorde ao percorrer 22,547 quilômetros em uma hora. 
A falta de oportunidade de praticar atividade física na terceiraidade 
fazem com que os idosos desanimem ainda que tenham muita vontade de 
viver, e para essas pessoas a atividade física é um modo de mostrar que ainda 
sã capazes de fazer coisas extraordinárias. 
Por isso, deve-se 
trabalhar no objetivo de 
obter um melhor estilo e 
qualidade de vida aos 
idosos, e em posse do 
conhecimento acerca das 
atividades físicas, inserir 
uma rotina de exercícios 
para essa população. 
Ao longo da vida, 
passamos por um processo 
fisiológico irreversível, ou 
seja, após se iniciar o declínio dos sistemas fisiológicos no corpo não há como 
obter uma reversão dos mesmos, mas com a atividade física pode-se amenizar 
a velocidade com que se processam as modificações nos sistemas. 
E com todas essas alterações, as pessoas de mais idade sofrem 
bastante, ocorrendo ainda restrições quanto a sua capacidade de locomoção, o 
que pode implicar em quedas e dificuldades na realização de atividades da vida 
diária, levando a total incapacidade funcional. 
 
Benefícios da Atividade Física na Terceira Idade e Envelhecimento 
Biológico 
 
Dessa forma, é de suma 
importância praticar atividade 
física, para que haja uma 
manutenção efetiva dos 
sistemas garantindo assim o 
bem-estar e a qualidade de vida 
do idoso, vindo contribuir para 
um envelhecimento bem-
sucedido e amenizando os 
efeitos mais severos dessa fase da vida. 
Dentre os benefícios da atividade física na terceira idade temos a 
melhoria do bem-estar geral, a melhora da condição da saúde física e mais 
 
31 
 
 
 
importante, a preservação da independência, lembrando que a atividade física 
é uma das intervenções mais eficientes quanto à melhora da qualidade de vida 
dos idosos, pois auxilia no controle das mudanças ocorridas pelo processo de 
envelhecimento, promovendo a independência e autonomia nas atividades do 
cotidiano. 
Assim é importante conscientizar que a atividade física na terceira idade 
é muito importante para a rotina dos idosos, pois colabora com sua saúde, 
agindo sobre o envelhecimento, e evitando muitas vezes a sua limitação 
funcional. 
Torna-se importante 
realizar a atividade física, 
que sem dúvida age 
diretamente na esfera 
biológica do 
envelhecimento, trazendo 
benefícios aos sistemas que 
se comprometem na terceira 
idade, dentre esses se pode 
citar o controle da pressão 
arterial, a melhora da 
capacidade cardiovascular, respiratória, amplitude da mobilidade, menor risco 
de doenças, e a prevenção de alguns tipos de câncer. 
A atividade física é uma das intervenções mais eficientes quanto à 
melhora da qualidade de vida dos idosos, pois auxilia no controle das 
mudanças ocorridas pelo processo de envelhecimento promovendo a 
independência e autonomia nas atividades do cotidiano, o que para o idoso é 
de suma importância, trazendo para sua vida benefícios além da saúde, 
voltadas para o seu aspecto 
social e psicológico. 
O principal benefício 
que a atividade física promove 
no envelhecimento biológico é 
a manutenção da capacidade 
funcional, promovendo maior 
manutenção dos sistemas 
fisiológicos por um tempo 
maior, e evitando seu rápido 
declínio. 
Dessa forma, aplicar a atividade física aos idosos é sem dúvida de 
grande valia, pois ao conceder às pessoas idosas a oportunidade de 
independência mantendo suas capacidades de realizar atividades cotidianas 
sem o auxílio de outras pessoas por um tempo maior, mantendo-os em 
 
32 
 
 
 
evidência na sociedade, tornando-os mais proveitosos aos olhos de todos, é 
também um presente a nós profissionais. 
Assim, construir uma rotina de prática de atividade física na terceira 
idade faz com que promova benefícios na de sua qualidade de vida, trazendo 
vigor, energia e demonstrando que o exercício físico é um remédio, 
literalmente, haja vista que diminui o risco de doenças ou condições crônico-
degenerativas associadas aos baixos níveis de atividade física. 
Dessa maneira observa-se quão importante se faz a atividade física na 
terceira idade, pois se tem os meios de tornar mais lento o processo de 
envelhecimento, trazendo consigo boas e novas perspectivas aos idosos, 
criando um clima descontraído em suas vidas e proporcionando-lhes uma 
maior disposição para o dia-a-dia. 
 
Fator Psicológico 
 
Ainda na busca de um entendimento 
acerca do envelhecimento, devemos buscar 
mais explicações para este processo, assim 
além do fator biológico que compõe o 
envelhecimento tem-se o fator psicológico. 
Pode-se muitas vezes pensar em como a 
Educação Física se preocupa com os 
aspectos psicológicos do envelhecimento? 
Isso se responde facilmente, pois em nossa 
área temos uma gama de meios para se 
alcançar a melhoria do bem-estar do ser 
humano, e quanto ao envelhecimento 
psicológico podemos utilizar as atividades recreativas. 
Antes, o envelhecimento era considerado e visto apenas como processo 
biológico, pois era analisado somente o declínio do corpo, no início do século 
XX passou a ser visto também sob um aspecto psicológico, com isso ficou 
claro que com as transformações ocorridas pelo processo do envelhecimento 
as pessoas apresentavam mudanças de comportamento, papéis, valores e 
crenças. 
Ao analisar abordagens do envelhecimento psicológico, tem-se que o 
fator primordial para o trabalho com o idoso prega que o ambiente tem um 
papel importante, assim, deve-se promover um ambiente agradável para que o 
idoso não sinta descrença, hostilidade e insegurança, gerando impotência ou 
mesmo revolta, agressividade, desespero e destruição, o que afeta mais ainda 
o envelhecimento psicológico. 
Com base nisso, a inserção de atividades recreativas compreende todas 
as atividades espontâneas, prazerosas e criadoras que o indivíduo busca para 
 
33 
 
 
 
melhor ocupar seu tempo livre, pois muitos idosos tem a maior parte do seu 
tempo ocioso, então a recreação é grande aliada na composição de atitudes 
mais felizes junto aos idosos, e melhor, auxiliam no combate ao 
envelhecimento psicológico. 
É importante incentivar o uso da recreação para os idosos, porque a 
recreação permite um combate ao aborrecimento, estabelece novos contatos, 
incentiva o gosto pela ação e compensa a falta de atividade profissional, sendo 
uma forma de evitar um pouco da irritação que muitas vezes toma os idosos 
ociosos. 
A recreação colabora por ser uma alternativa de adaptação às 
mudanças e perdas da velhice, e com danças, jogos e brincadeiras, esta 
alternativa pode fazer com que os idosos criem novos hábitos, tornem-se mais 
motivados às atividades diárias e modifiquem seu modo de pensar acerca da 
sociedade como um todo. 
Assim, auxiliar o idoso nesta fase é muito importante, e inserir 
regularmente na vida dos idosos programas de exercícios ajuda a retardar a 
deterioração física que ocorre com o passar dos anos e a inatividade, e quanto 
às atividades de recreação, estas têm demonstrado ser de muita ajuda para as 
pessoas de idade avançada ao experimentar sentido de união com outros, 
melhor autoestima, comunicação e ajuda ao bem-estar físico em geral. 
Portanto, a recreação é chave para ressocializar e para motivar o idoso, 
para que este possa viver em um potencial máximo quanto as suas 
capacidades, tornando-o independente psicologicamente, preservando sua 
memória e lembrando sempre de seu belo papel na sociedade. 
 
Qualidade de vida 
 
Com base no que 
já foi dito, a ênfase 
se dá na questão 
da importância que 
tem a prática de 
atividades tanto 
físicas como recreativas na Terceira Idade, em busca de um envelhecimento 
menos carregado de doenças, dores, quedas e tristeza, com isso chegamos a 
questão da qualidade de vida para os idosos, o que sem dúvida alguma é de 
responsabilidade de todos profissionais da Educação Física, não só de outras 
áreas como muitos pensam, mas nosso papel muitas vezes torna-se tão 
importante quanto outros profissionais da área da saúde. 
Atualmente,tem-se comentado muito a respeito do termo “qualidade de 
vida”, mas suas definições podem ser interpretadas de diversas formas, mas o 
que vemos em comum é que qualidade de vida é estar bem tanto no aspecto 
 
34 
 
 
 
psicológico quanto no físico, somando assim uma interação que faz com que 
nosso cotidiano seja melhor, porém para os idosos muitos fatores atrapalham 
para que este esteja bem com ambos os aspectos, ou seja, pode ter uma boa 
memória, porém seu corpo é debilitado e vice-versa. 
Na terceira idade, a qualidade de vida se evidencia na capacidade de 
viver sem doenças, de superar as dificuldades dos estados ou condições de 
morbidade, com isso realizando nosso trabalho, podemos aliviar a dor, o mal-
estar e as doenças, intervindo então sobre os problemas que podem gerar 
dependências e desconfortos. 
Para que a qualidade de vida na terceira idade seja plena e para que o 
idoso seja feliz, deve-se levar em conta fatores como ter boa capacidade 
funcional, uma ocupação, afeição e comunicação, assim quando promovemos 
um grupo de atividades para a terceira idade, esses fatores são saciados, 
gerando contentamento ao idoso e colaborando para sua vida. 
Assim, percebe-se que a prática de atividades físicas é de fundamental 
importância para qualidade de vida do idoso, e é de extrema importância que o 
idoso incorpore, em seu modo de vida hábitos saudáveis através de 
informações e conteúdo que sejam capazes de modificar e acrescentar atitudes 
favoráveis para a manutenção e prevenção de sua saúde tanto física como 
mental, emocional, social e espiritual. 
Portanto, nós educadores físicos devemos nos empenhar de forma 
eficaz e efetiva para mobilização de recursos, construção e viabilização de 
projetos, que atinjam a meta de uma população idosa cada vez mais ativa e 
consequentemente com maior qualidade de vida, representando ainda o maior 
presente para uma pessoa na terceira idade, a Independência. 
 
A Independência 
 
O termo independência é 
muito forte, refere-se a não ter 
dependência de algo ou alguém, 
sendo isso claro para todos nós. 
Mas quando usamos esse 
termo para se referir a terceira idade 
torna-se mais significativo, pois, 
entrando nessa fase da vida as 
pessoas tendem a se deparar com problemas que antes não existia em sua 
saúde, sentem-se menos dispostas a realizar atividades cotidianas e isso leva 
a um grande problema que é a dependência de terceiros para realizar as 
tarefas que os idosos antes executavam normalmente; leva também a um 
problema maior que é a limitação funcional, tendo como principal responsável 
as quedas que comumente ocorre nessa fase da vida, levando o idoso a uma 
 
35 
 
 
 
quadro de debilitação, afastando mais ainda o idoso de sua independência. 
Assim, a Atividade Física na terceira idade vem sendo um grande meio 
para estabelecer padrões positivos na qualidade de vida, e melhor, promover a 
independência nessa fase que muitas vezes se torna tão árdua. 
Com a atividade física o idoso poderá amenizar diversos problemas que 
são trazidos com a idade, poderá ter uma velhice mais tranquila realizando 
apenas práticas físicas adequadas à sua condição levando a diversos 
benefícios dentre eles o fortalecimento da sua musculatura, que irá combater o 
maior problema que são as quedas, pois com uma musculatura fortalecida o 
idoso irá obter um melhor padrão de movimento e terá maior sustentação e 
força, levando assim 
a maior 
independência. 
Deve-se 
lembrar de que a 
atividade física não 
trará benefícios 
somente a locomoção, mas também a melhora do organismo em geral, o que 
leva a uma completa interação entre os aspectos positivos que levam a 
promoção da independência, tanto aspectos ligados a parte física, como os da 
parte psicológica, pois quando em estado de dependência o idoso sente-se um 
peso para as pessoas, tomando um padrão de comportamento rude em relação 
às pessoas que o cercam. 
Por isso, a prática física se torna tão importante nessa fase da vida, traz 
benefícios inúmeros para o idoso e o recoloca independente para realizar suas 
atividades cotidianas, o deixa mais feliz e sociável, e combate um dos grandes 
maus da idade que são as quedas. 
 
EXERCÍCIOS PARA TREINAR O EQUILÍBRIO 
 
As quedas, muitas 
vezes causadas pela falta de 
equilíbrio na terceira idade, 
são um dos principais 
problemas dos idosos. 
Segundo dados do Ministério 
da Saúde, um a cada três 
idosos acima dos 65 anos 
sofre com quedas, sendo que 
grande parte delas acontece 
dentro de casa. 
Com o passar dos anos, nosso organismo sofre um declínio em quase 
 
36 
 
 
 
todas as funções, entre elas as motoras. Apesar desse quadro, alguns 
exercícios físicos podem ajudar a manter o equilíbrio na terceira idade, assim 
como ajudar a manter a força, a resistência e a flexibilidade muscular. 
O equilíbrio está relacionado com a capacidade de se manter estável em 
diversas condições: parado, andando, de joelhos ou mesmo agachado. Alguns 
dos sistemas sensoriais do nosso organismo trabalham em conjunto para 
manter o equilíbrio do corpo: visão, receptores das articulações e aparelho 
auditivo enviam informações para que o sistema neuromuscular mantenha o 
corpo em equilíbrio. 
Por isso, para manter 
equilíbrio na terceira idade, é 
preciso investir em exercícios 
físicos que fortaleçam o corpo e 
mantenham a harmonia desse 
delicado funcionamento. Além 
de prevenir quedas, uma rotina 
de exercícios traz vários 
benefícios para pessoas na 
terceira idade como: 
❖ Diminuir o risco de complicações, como doenças coronarianas, 
hipertensão, derrames e diabetes; 
❖ Fortalecer músculos e ossos; 
❖ Melhorar as funções cognitivas; 
❖ Melhorar a resistência cardiovascular. 
 
Como manter o equilíbrio na terceira idade 
 
Existem exercícios físicos específicos que podem ajudar bastante a 
manter o equilíbrio na terceira idade. Antes de começar a praticá-los, no 
entanto, é importante procurar orientação de um médico ou especialista. Ele 
saberá orientar sobre o melhor exercício para o paciente, além de avaliar sua 
condição física. 
 
Mudar a base de suporte – nesse 
exercício, o idoso caminha lentamente 
colocando um pé de cada vez na frente 
do outro. Isso faz com que a força em 
cada perna se alterne. É possível fazer 
isso durante atividades cotidianas, como 
nas caminhadas matinais. As crianças 
normalmente adoram acompanhar e se 
envolver com esse exercício ao lado de 
 
37 
 
 
 
parentes da terceira idade. 
 
Mudar a superfície – ficar em pé em um travesseiro ou no colchão pode ser 
uma maneira de testar o 
equilíbrio, assim como ficar 
em pé em aparelhos da 
academia específicos para 
isso e com a ajuda de 
alguém. Andar em terrenos 
diferentes, como na areia da 
praia, é outra boa dica para 
desenvolver a coordenação 
motora. 
 
Olhos fechados – fechar os olhos e manter os pés juntos pode ser uma boa 
maneira de exercitar o equilíbrio na terceira idade, sempre acompanhado de 
alguém, por segurança. 
 
 
Escadas – subir e descer 
escadas também melhora a 
força muscular, assim como 
colocar e retirar objetos de 
uma prateleira e carregar 
sacolas, desde que elas não 
estejam muito pesadas. 
Estes exercícios são ótimos 
aliados para manter o 
equilíbrio na terceira idade. 
 
Tai chi chuan – considerada 
uma das mais importantes 
séries de exercícios de 
relaxamento e meditação 
chinesas, a prática do tai chi 
chuan incorpora movimentos 
lentos e relaxantes, que 
promovem uma maior 
percepção da respiração. 
 
 
 
 
38 
 
 
 
 
EXERCÍCIOS PARA TREINAR A FORÇA 
 
1. Natação 
 
A natação é um exercício 
excelente, não só porque 
desenvolve a musculatura, como 
também traz grandes benefícios 
para o sistema respiratório. Uma 
rotina de uma hora, três vezes 
por semana é uma boa forma de 
começar a se exercitar. 
 
2. Contrações musculares 
 
Algunsexercícios diários são importantes para dores ou lesões 
localizadas, para que o músculo se desenvolva e fique resistente, evitando 
novas lesões. 
Para lesões na mão ou 
no pulso por exemplo, aperte 
uma bolinha com o máximo de 
força por 5 segundos, e depois 
solte, abrindo a mão o máximo 
possível por mais 5 segundos. 
Repita por 10 vezes seguidas. 
 
3. Alongamento 
 
Exercícios de alongamento são muito importantes para evitar a atrofia 
dos músculos e devem ser 
feitos diariamente. 
Em pé, abra um pouco 
as pernas e toque o mais 
próximo do pé esquerdo com 
a mão direita. Faça a mesma 
coisa com o pé esquerdo, 
tocando-o com a mão direita. 
Essa é uma forma de alongar 
os músculos das pernas e da 
região do quadril. 
 
 
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4. Caminhadas 
 
Caminhar é uma 
excelente forma de começar 
bem o dia, exercitar os 
músculos e melhorar a 
circulação sanguínea. Uma 
hora de caminhada por dia é 
ideal para melhorar a 
disposição. 
 
 
 
5. Musculação 
 
Quem acha que academia é 
lugar de gente jovem está 
muito enganado. O ganho de 
massa muscular para 
idosos não é proibido, e com 
o acompanhamento certo, 
uma rotina de musculação é 
bem-vinda. Basta ter cuidado, 
pois a quantidade de peso não é relevante, e sim a qualidade do exercício. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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PREVENÇÃO DE ACIDENTES IDOSOS 
 
Hábitos saudáveis de vida na 
infância e na juventude são 
fundamentais para garantir uma boa 
saúde depois dos 60 anos. Praticar 
exercícios físicos, dormir bem, adotar 
uma dieta balanceada e manter o 
peso ideal são os principais fatores 
que contribuem para uma melhor 
qualidade de vida na maturidade. 
Uma alimentação rica em 
cálcio, por exemplo, irá garantir ossos 
fortes e menor risco de desenvolver a 
osteoporose, que segundo a 
Sociedade Brasileira de 
Reumatologia, atinge 1 a cada 3 
mulheres e 1 a cada 5 homens, 
sendo a principal responsável pelas 
fraturas em pessoas com mais de 65 
anos. Tomar sol também é 
fundamental para a produção da 
vitamina D, que junto com o cálcio 
fortalece os ossos. 
Mas, infelizmente, não são 
todas as pessoas que têm essa 
consciência. A maioria chega à 
terceira idade com diversos 
problemas de saúde. O processo natural do envelhecimento afeta a visão, a 
audição, o apetite, o sono, o equilíbrio, enfraquece a musculatura e os ossos. 
Isso aumenta muito o risco de quedas e acidentes domésticos, considerados 
hoje um verdadeiro problema de saúde pública, principalmente com o aumento 
da expectativa de vida da população brasileira, que hoje é de 73 anos, em 
média, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 
 
Porque os idosos caem 
 
O envelhecimento causa uma série de modificações no corpo, 
principalmente no sistema musculoesquelético. A coluna vertebral começa a se 
curvar, o que afeta o equilíbrio, também prejudicado quando há perda da 
audição ou da visão. A musculatura das pernas perde a firmeza e a 
flexibilidade, dificultando a mobilidade. 
 
41 
 
 
 
De acordo com a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, 1 
a cada 4 idosos sofre quedas dentro de 
casa, pelo menos uma vez por ano. Em 
34% dos casos, há algum tipo de fratura. 
E o pior é que a recuperação depois dos 
60 anos é mais lenta, requer mais 
cuidados e, em muitos casos, piora a 
saúde do idoso. Um exemplo são os 
quadros de pneumonia, que ocorrem 
quando o idoso precisa permanecer na 
cama, imobilizado, deitado de costas, 
durante muito tempo para se recuperar 
de uma fratura no fêmur. 
Conheça as 5 principais causas 
de acidentes de pessoas da terceira 
idade são: 
1 - Queda da pressão arterial ao levantar da cama – 22% 
2 - Esbarrões ou escorregões em objetos que não são visualizados – 19% 
3 - Enfraquecimento de ossos e músculos – 18% 
4 - Uso de calçados inapropriados - 14% 
5 - Obstrução dos caminhos dentro de casa como móveis, escadas, tapetes – 
11% 
Uma vez que os acidentes com idosos acontecem, na maioria dos 
casos, dentro de casa, confira as ações que podem ser tomadas para tornar o 
lar um local seguro para pessoas com mais de 65 anos. 
 
 
Casa Segura para Idosos 
 
Dormitório 
 
Cama: 
O colchão deve ser adequado 
para o peso e para a altura do 
idoso, podendo ser de molas 
ou de espuma. O importante é 
que tenha uma altura entre 55 
e 65 centímetros, que facilite 
sentar-se e levantar-se com 
segurança. 
 
 
 
42 
 
 
 
Armário: 
O local deve ser bem iluminado para ajudar na localização dos objetos. Além 
disso, as portas devem ser fáceis de abrir e o móvel deve ser acessível, ou 
seja, não deve ter que obrigar o idoso a subir em escadas ou cadeiras para 
alcançar roupas e outros utensílios. 
 
Mesa de cabeceira: 
É um móvel importante, que deve ter um abajur e um telefone com os números 
de emergência. Se o idoso precisa ingerir água durante a noite, o ideal é 
colocar uma garrafa e um copo de plástico, para evitar acidentes. 
 
Outro item importante no quarto é uma cadeira ou uma poltrona, para calçar os 
sapatos, fazer uma leitura, etc. Não coloque nenhum tipo de tapete, exceto 
aqueles que são antiderrapantes. 
Também não deixe fios soltos ou 
qualquer outro objeto que possa 
obstruir o caminho ou causar 
acidentes. 
 
Banheiro 
O banheiro é um dos 
cômodos mais perigosos quando o 
assunto é queda de idosos dentro 
de casa. O ideal é colocar um piso 
antiderrapante, tanto no boxe 
quanto na área externa. Outro ponto fundamental é a instalação de corrimões 
ou barras de apoio no chuveiro e no vaso sanitário, para facilitar os 
movimentos de sentar, levantar e sair do banho. Se optar pela colocação de 
tapetes, sempre devem ser os do tipo antiderrapante. 
Em alguns casos, é recomendável colocar uma cadeira de plástico com 
pés de borracha antiderrapante dentro do chuveiro para que o idoso tome 
banho sentado. O vaso sanitário deve estar bem preso ao chão, com um 
assento confortável. Lembre-se: o box de vidro pode representar um perigo em 
uma queda durante o banho. O ideal é colocar um de plástico ou de outro 
material que evite cortes ou outros traumas em caso de acidente. 
 
 
Cozinha 
Considerada também um dos lugares mais perigosos, deve ser 
especialmente projetada para garantir a segurança do idoso. A regra do tapete 
é a mesma, se colocar, opte pelos antiderrapantes. 
 
43 
 
 
 
 A bancada da pia e o fogão devem ter uma altura aproximada de 80 a 
90 centímetros, para proporcionar mais conforto ao idoso. Já em relação ao 
gás de cozinha, é importante colocar um adesivo na parede ou um aviso para 
desligar o gás na válvula sempre 
que não estiver utilizando. 
Os armários devem ser 
baixos para evitar o uso de 
cadeiras ou escadas pelos idosos, 
o que representa um verdadeiro 
perigo e provoca muitos 
acidentes. 
 
Sala 
A regra básica dos tapetes: 
retire-os ou coloque aqueles 
antiderrapantes. Outra dica é: quanto 
menos móveis e objetos, melhor. 
Os sofás devem ser 
confortáveis, com uma altura de 55 a 
65 centímetros. Estantes devem 
estar muito bem presas às paredes, 
para não correr o risco de caírem 
sobre os idosos. 
O controle remoto evita o ato 
de levantar e sentar e com isso diminui a chance de queda. Fios nunca devem 
ficar soltos. Na sala de jantar, a mesa deve ter o tamanho de acordo com a 
altura do idoso e pontas arredondadas. Evite mesas que tenham a tampa solta 
ou de vidro. Prefira as cadeiras sem braço, que facilitam a acessibilidade. 
 
Escadas 
Se a casa possuir 
escadas, é importante instalar 
corrimão dos dois lados da 
parede, prover uma boa 
iluminação, além de colocar fita 
adesiva colorida e antiderrapante 
nos degraus ou, principalmente, 
no primeiro e no último degraus. 
 
Corredor 
É vital deixar os corredores sempre bem iluminados, livre de objetos, 
tapetes, fios, etc. 
 
44Segurança dos Idosos na rua 
 
Não é só dentro de casa 
que os idosos correm perigos. 
As ruas tornam-se mais 
inseguras quando a idade 
chega. Tanto para as pessoas 
com mais de 60 anos que 
dirigem, quanto para aquelas 
que andam de transporte 
público, a atenção deve ser 
redobrada. Além disso, os idosos estão mais sujeitos a assaltos, roubos e 
golpes. Veja como se proteger: 
• Os pedestres devem sempre andar na calçada, distantes da guia, para 
evitar que uma tontura ou um tropeço os façam cair em meio aos carros; 
• Para os idosos com dificuldades para andar, o ideal é usar um andador 
ou uma bengala para dar mais firmeza ao passo; 
• Para atravessar a rua, 
espere sempre o sinal de 
pedestre ficar verde ou nos 
locais sem semáforo peça 
ajuda para outra pessoa; 
• Evite carregar muito peso, 
peça ajuda de familiares ou 
de cuidadores; 
• Use sapatos adequados e 
cuidado com buracos, 
troncos de árvores ou locais acidentados, que podem causar uma 
queda; 
• Se estiver dirigindo, evite distrações e faça os exames de vista e 
audição regularmente; 
• Ao sair de um veículo, escolha o lado da calçada para desembarcar. 
 
Segurança Geral 
• Em casa, certifique-se de deixar portões e portas trancados. Se a janela 
é muito perto da porta, nunca deixe a chave na fechadura, isso facilita 
que uma pessoa consiga alcançá-la e entre na casa; 
• Nunca abra a porta para pessoas que você não conheça ou para 
prestadores de serviço que você não tenha chamado. Se for o caso, 
chame a polícia; 
 
45 
 
 
 
• Evite guardar grandes quantias de dinheiro em casa. Prefira deixar no 
banco ou encontre um lugar seguro. Entretanto, mantenha segredo 
disso para não chamar a atenção de pessoas mal-intencionadas; 
• Tente manter contato regular com vizinhos em quem confia se você 
precisar de ajuda; 
• Fique atento na hora de sair ou entrar em casa, note se há pessoas 
estranhas por perto; 
• Ao sair de casa, não use joias ou objetos de valor, isso chama a atenção 
dos criminosos, que veem os idosos como um alvo mais fácil; 
• No caso do homem, nunca coloque a carteira no bolso de trás da calça; 
• Reduza o número de documentos quando for sair, ou seja, não leve 
talões de cheque, cartões de crédito, título de eleitor, etc. Carregue 
apenas o necessário; 
• Procure estar acompanhado de um familiar ou de um cuidador quando 
for ao banco retirar a aposentadoria ou fazer alguma compra de valor; 
• Nunca aceite ajuda de estranhos na rua para carregar seus pertences 
ou para ajuda-lo a fazer operações bancárias; 
• Fique atento aos golpes frequentes aplicados nos idosos como falso 
sequestro de filhos ou 
parentes, bilhete de loteria 
premiado, golpes envolvendo 
a aposentadoria, como 
empréstimos ou prêmios; 
• Por fim, grave no celular os 
números de emergência como 
a polícia, 190, o SAMU, 192 e 
os bombeiros, 193, além dos 
telefones dos parentes mais 
próximos. Se possível, anote em um papel também para reforçar a 
memória. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
46 
 
 
 
EQUIPAMENTOS DE AUXILIO A LOCOMOÇÃO 
 
Andador 
 
Para casos mais graves, em 
que o usuário necessite de um 
apoio maior que muleta ou 
bengala, o andador se mostra 
como a alternativa mais adequada. 
Esse dispositivo permite que todo 
o peso seja retirado dos membros 
inferiores, ou ao menos uma 
parcela dele. O ideal é que a parte 
superior do andador esteja posicionada na altura do quadril do usuário e que 
este não tenha pressa ao caminhar, já que a locomoção vai melhorar conforme 
a força e a resistência voltarem. Vale ressaltar que não é nada recomendável 
subir e descer escadas com o andador, uma vez que é maior que os outros 
auxiliares e pode causar quedas graves. 
 
Muleta 
 
Para que as muletas sejam seguras aos 
novos usuários, é preciso seguir algumas dicas 
importantes, especialmente no que diz respeito 
ao ajuste de altura e no momento de se 
locomover. 
Para adaptar a altura da muleta, o correto 
é posicioná-la cerca de 4cm a 6cm abaixo da 
axila, mantendo a manopla ao mesmo nível do 
quadril e deixando que o cotovelo fique 
levemente flexionado. 
No momento de caminhar com o 
equipamento, o cuidado deve existir para evitar 
escorregões e quedas, especialmente ao subir e descer escadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://alugamed.com.br/blog/wp-content/uploads/2017/01/shutterstock_147837347.jpg
 
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Bengala 
 
O uso de bengala é muito 
mais indicado para os casos de 
fraqueza nas pernas, dores, lesões 
ou problemas no equilíbrio. Para o 
ajuste da altura correta, com você o 
usuário em pé, a parte superior da 
bengala deve estar alinhada ao 
nível do quadril, e o cotovelo deve 
permanecer levemente dobrado. 
Ao caminhar, o mais 
indicado é o dispositivo e a perna machucada apoiarem o chão 
simultaneamente. No momento de subir escadas, o ideal é subir primeiro com a 
perna saudável e a bengala, para, em seguida, subir a perna lesada. Ao 
descer, é importante posicionar o auxiliar de marcha e a perna ferida no degrau 
de baixo e, então, descer a perna boa, para que o peso do corpo seja 
suportado sem problemas. 
 
MOVIMENTAÇÃO DO IDOSO 
 
Considerando-se que 
determinados aspectos ergonômicos 
do posto de trabalho podem prejudicar 
atividades ocupacionais, tais como os 
procedimentos relacionados com 
movimentação e transporte 5,8,16,19 
abordam-se, nessa parte, os principais 
cuidados que necessitam ser 
observados: 
• Verificar se o espaço físico é adequado para não restringir os 
movimentos; 
• Examinar o local e remover os obstáculo; 
• Observar a disposição do mobiliário; 
• Obter condições seguras com relação ao piso; 
• Colocar o suporte de soro ao lado da cama, quando necessário; 
• Elevar ou abaixar a altura da cama, para ficar no mesmo nível da maca; 
• Travar as rodas da cama, maca e cadeira de rodas ou solicitar auxílio 
adicional; 
• Adaptar a altura da cama ao trabalhador e ao tipo de procedimento que 
será realizado; 
Devem-se, também, utilizar equipamentos auxiliares e adaptar as condições do 
https://alugamed.com.br/blog/wp-content/uploads/2017/01/shutterstock_190600340.jpg
 
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ambiente a cada paciente em particular. Neste caso, pode ser necessário: 
• Colocar barras de apoio em banheiros 
• Elevar a altura do vaso sanitário ( compensadores de altura para vasos 
convencionais ) 
• Utilizar cadeira de rodas própria para banho ou higiene 
Existem algumas orientações, especificamente relacionadas com os princípios 
básicos de mecânica corporal, que devem ser utilizadas pelo pessoal de 
enfermagem durante a manipulação de pacientes 6,10,11,12,16: 
• Deixar os pés afastados e totalmente apoiados no chão; 
• Trabalhar com segurança e com calma; 
• Manter as costas eretas; 
• Usar o peso corporal como um contrapeso ao do paciente; 
• Flexionar os joelhos em vez de curvar a coluna; 
• Abaixar a cabeceira da cama ao 
mover um paciente para cima; 
• Utilizar movimentos sincrônicos; 
• Trabalhar o mais próximo 
possível do corpo do cliente, 
que deverá ser erguido ou 
movido; 
• Usar uniforme que permita 
liberdade de movimentos e 
sapatos apropriados; 
• Realizar a manipulação de 
pacientes com a ajuda de, pelo menos, duas pessoas; 
 
Movimentação de clientes no leito 
 
Lembrar que o paciente deve ser 
estimulado a movimentar-se de uma forma 
independente, sempre que não existir contra-
indicações nesse sentido. Outro ponto que não 
pode ser esquecido é procurar ter à disposição 
camas e colchões apropriados, dependendo 
das condições e necessidades do cliente. O 
ideal são camas com altura regulável, que 
possam ser ajustadas, dependendo do 
procedimento que será realizado7,16. 
Durante a movimentação, deve-se, 
sempre que possível, utilizar elementos auxiliares, tais como: barra tipo 
trapézio no leito, plástico antiderrapante para os pés, plástico facilitador de 
 
49 
 
 
 
movimentos,

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