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Assistência ao Idoso - Módulo II

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1 
 
 
 
 
 
2 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
ALIMENTAÇÃO DO IDOSO ............................................................................. 03 
DEMÊNCIA DO IDOSO.................................................................................... 09 
ESQUIZOFRENIA DO IDOSO ......................................................................... 13 
TRANSTORNO BIPOLAR DO IDOSO ............................................................. 14 
DEPRESSÃO NO IDOSO ................................................................................ 15 
TRANSTORNO DE ANSIEDADE EM IDOSOS ............................................... 16 
O USO DE ALCOOL E DROGAS POR IDOSOS ............................................. 18 
INCONTINÊNCIA URINARIA NO IDOSO ........................................................ 24 
DOENÇA DE ALZHEIMER ............................................................................... 26 
DOENÇA DE PARKINSON .............................................................................. 38 
AIDS NA TERCEIRA IDADE ............................................................................ 51 
MEDICAMENTOS PARA IDOSOS .................................................................. 53 
REFERENCIAS ................................................................................................ 57 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
 
 
ALIMENTAÇÃO DO IDOSO 
 
A alimentação para idosos 
é um tema de grande relevância, 
não só pelo aumento dessa 
população no Brasil, mas 
também pela conscientização do 
envelhecimento saudável! 
 A intitulação pessoa idosa 
é usada, no Brasil, para se referir 
às pessoas com mais de 60 
anos. Essa população cresce a 
cada ano em nosso país, por isso 
torna-se fundamental desenvolver ações de saúde. 
De acordo com o manual Alimentação saudável para pessoa idosas feita 
pelo Ministério da Saúde: 
Entre os cuidados diários com a saúde que contribuem para um ritmo 
favorável de envelhecimento está a alimentação saudável. 
Por isso é indispensável ter rotinas saudáveis inclusive em idades 
avançadas. Esses hábitos adotados podem conferir maior conforto, segurança 
e autonomia no dia-a-dia do idoso, gerando impacto positivo na auto estima. 
Para começarmos a entender os elementos essenciais para uma boa 
alimentação na terceira idade, é fundamental compreender a importância das 
vitaminas nessa fase da vida! 
 
As vitaminas indispensáveis na alimentação para idosos 
 
O envelhecimento faz parte do ciclo 
natural da vida, caracterizada por 
modificações funcionais e bioquímicas 
que influenciam na nutrição. O risco 
nutricional na terceira idade contribui, de 
forma significativa, para incapacidade 
física, morbilidade e mais precisamente 
desnutrição. 
Estudaremos sobre os nutrientes 
essenciais para uma vida saudável na 
terceira idade e quais são esses 
nutrientes e em quais alimentos encontrá-
los. 
 
 
4 
 
 
 
 
Vitamina D 
 A vitamina D é um 
complemento necessário na vida 
dos idosos, pois ajuda no 
metabolismo e na absorção de 
cálcio. É um suplemento 
relativamente barato e importante 
sob diversos aspectos. 
Segundo a Sociedade 
Brasileira de Endocrinologia e 
Metabologia, a carência desta 
vitamina em centros urbanos é preocupante. Valores inadequados de vitamina 
D foram encontrados em 85% dos idosos que vivem em São Paulo. Esse valor 
se agrava por todo o país, aumentando gradativamente o número de idosos 
atingidos. 
Essa mesma pesquisa mostra que a suplementação desta vitamina em 
níveis adequados, reduz em 26% a fratura de quadril. 
Outra pesquisa feita pela Universidade de Aarhus, na Dinamarca, 
mostram que níveis de vitamina D e cálcio balanceados, aumentam em 9% a 
expectativa de vida da população idosa. 
Portanto, o consumo de vitamina D é obrigatório para a prevenção de 
doenças e para a fortificação óssea do idoso. Para alimentação dos idosos é 
importante que se tenha os 
seguintes alimentos: 
➢ Óleos de peixe; 
➢ Frutos do mar; 
➢ Gema de ovo; 
➢ Leite; 
➢ Fígado; 
➢ Cevada; 
➢ Salmão; 
➢ Sardinha. 
 São poucos os alimentos que fornecem de fato vitamina D, mas 
absorção nos alimentos não é tão eficaz quanto a exposição a luz solar. 
Recomenda-se que o idoso fique, ao menos 15 minutos, com os braços e 
pernas expostos a luz solar. 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
 
 
Potássio 
Encontrado em quase todos os alimentos de origem vegetal, o potássio 
é outro nutriente rico para a saúde dos idosos. Crucial para a função cardíaca, 
esse mineral tem como função a contração dos músculos esqueléticos. É 
benéfico para uma digestão normal e é de grande importância para o 
funcionamento adequado das células. 
Uma alimentação rica em potássio é deveras boa para a saúde do idoso, 
mas ainda assim é preciso ter moderação. Com o envelhecimento, os rins 
possuem menos eficiência na eliminação deste mineral, podendo contrair 
hipercalemia. Então é necessário manter o equilíbrio entre potássio e sódio, 
balanceando os níveis destes minerais no corpo. 
 
Podemos encontrar o potássio nos seguintes alimentos: 
➢ Bananas; 
➢ Sucos cítricos (Limão e 
Laranja); 
➢ Abacate; 
➢ Melão; 
➢ Tomate; 
➢ Batata; 
➢ Feijão; 
➢ Salmão; 
➢ Bacalhau. 
Seja qual for a idade, consulte um médico antes de ingerir suplementos de 
potássio. 
 
Ferro 
 
O ferro é responsável pelo 
fornecimento de energia e eficaz na 
formação de hemoglobinas. Mais de 
10% da população acima de 65 
anos, possui anemia. 
O quadro de idosos com 
anemia tende a crescer, mas pode 
ser facilmente reversível. Contudo, 
para que isso aconteça é preciso 
que a alimentação para idosos 
mude. A reposição do ferro em si já 
é um tratamento para combater doenças como anemia. 
Existem dois tipos de ferro, eles são: Heme e não heme. Os 
 
6 
 
 
 
categorizados hemes, são aqueles provenientes de alimentos com origem 
animal e os não hemes são alimentos de origem vegetal. 
 Os alimentos ricos em ferro são: 
➢ Carne em geral; 
➢ Gema de ovo; 
➢ Melado; 
➢ Banana; 
➢ Leguminosas; 
➢ Verduras verdes escura (Agrião e Espinafre); 
➢ Cerejas. 
Para melhor absorção do ferro é necessário o consumo de vitamina C, 
enquanto alimentos ricos em cálcio, ao contrário, o reduzem. 
 
Cálcio 
 
Um dos mais importantes 
minerais para o organismo 
humano, presente nos dentes e 
ossos. O cálcio estimula a 
circulação sanguínea e em 
conjunto com a vitamina K, auxilia 
na coagulação do sangue. Esse 
mineral também impacta nos 
níveis do sistema nervoso, 
ajudando no processo de 
contração e relaxamento dos músculos. 
O cálcio pode ser encontrado em vários alimentos. Dentre eles estão: 
➢ Leite e derivados; 
➢ Brócolis; 
➢ Agrião; 
➢ Couve; 
➢ Espinafres; 
➢ Alface; 
➢ Figos; 
➢ Aveia; 
➢ Batata-doce; 
➢ Amêndoas. 
É adequado manter bons 
níveis de cálcio para a prevenção e tratamento da osteoporose. Doença bem 
presente na terceira idade, devido à má absorção deste nutriente. A fortificação 
de cálcio nos ossos é muito importante, já que quedas são bastante comuns 
nesta fase da vida. 
 
7 
 
 
 
 Zinco 
 
 O zinco é mais um mineral 
indispensável na alimentação do 
idosos. Responsável por várias 
reações dentro do corpo como: a 
integridade do sistema 
imunológico, cicatrização, 
crescimento de unhas, dentre 
outros. 
Estudos em países Latino Americanos e nos Estados Unidos mostram 
que independente da idade é recomendado a ingestão de zinco. Pois sua 
deficiência pode provocar inúmeras complicações no organismo. Dentre elas 
anorexia e a perda do paladar, males que são bastantes prejudiciais nesta fase 
da vida. 
Você pode encontrar o zinco nos seguintes alimentos: 
➢ Carnes Vermelhas; 
➢ Fígado; 
➢ Ostras; 
➢ Aves; 
➢ Peixes; 
➢ Leite; 
➢ Ovos; 
➢ Cereais integrais em geral. 
Para todas as vitaminas apresentadas é imprescindível o 
acompanhamento médico,pois uma dieta balanceada varia para cada 
pessoa, o consumo de vitaminas em excesso pode ser prejudicial a saúde. 
 
Orientações para favorecer uma alimentação saudável 
 
A alimentação não está apenas ligada no alimento em si, mas também 
a rotina e cuidados no preparo da refeição. 
É importante levar em conta algumas medidas para tornar o momento 
das refeições mais agradável. Por isso, 
algumas atitudes devem ser refreadas 
na terceira idade. 
 
Cuidado na compra dos alimentos 
 
Durante a fase de compra dos 
alimentos temos que ter cuidado com os 
produtos adquiridos, pois deve-se 
 
8 
 
 
 
escolher aqueles: 
• De procedência segura; 
• Que estejam dentro do prazo de validade; 
• Conhecer o valor nutricional do alimento; 
• Compreender a forma correta de armazenamento do alimento adquirido. 
 Essas observações devem ser feitas na presença do idoso que irá 
consumir o alimento. A inclusão é importante, pois dá autonomia e faz com que 
o idoso adquira bons hábitos ao escolher os alimentos. 
 
Cuidados com armazenamento dos alimentos 
 
Armazenar alimentos nos locais corretos e de fácil acesso são exemplos 
que estão ligadas a saúde do idoso. Um exemplo é: guardar alimentos em 
locais de dificuldade para o idoso, como armários altos, pode resultar em 
quedas e outras complicações.Por isso é importante ter em mente alguns 
hábitos ao armazenar os alimentos. 
Dentre eles: 
• Serem organizados em locais 
de fácil acesso; 
• Limpar a própria embalagens 
que contenham sujidades; 
• Guardar cada alimento em 
local que ajude a manter a 
integridade dos produtos. 
 
Cuidados com a higiene pessoal e durante o manuseio de alimentos 
 
Devem ser adotados 
cuidados rigorosos tanto na higiene 
pessoal quanto ao manusear os 
alimentos. Pois, isso ajuda a 
prevenir a contaminação e evitar 
doenças transmitidas por alimentos 
(DTA). 
Lavar as mãos com 
frequência é primeiramente 
fundamental no manuseio dos alimentos que serão consumidos. Assim como 
higienizar os utensílios que serão usados no preparo dos alimentos. 
 
 
 
 
 
9 
 
 
 
Medidas associadas ao consumo das refeições 
 
Um ambiente mais adequado 
para refeições tem impacto positivo 
na autoestima do idoso, refletindo 
no prazer que se tem a mesa. 
Ajudar o idoso a se sentir mais 
disposto a se alimentar já é um 
grande passo. 
Fazer refeições em locais 
agradáveis com uma companhia, 
estimula o entrosamento social. 
Esses hábitos ajudam em vários 
quesitos a pessoa idosa. Ter 
companhia proporciona prazer ao idoso, favorecendo o apetite, além de fazer 
com que o idoso se preocupe no tipo de alimentação a ser servida. 
É importante que durante o dia os idosos se alimentem de três em três 
horas. Estimule que seja feito as seguintes refeições: desjejum, almoço e jantar 
e dois lanches saudáveis. Isso ajuda no fornecimento necessário dos nutrientes 
e vitaminas, estimulando melhor funcionamento do organismo. 
 
Outras medidas também devem ser associadas nas refeições, como por 
exemplo: 
• Desestimular o uso do sal e açúcar à mesa 
• Orientar a pessoa idosa a comer devagar, mastigando bem os alimentos 
• Cuidar bem da saúde bucal 
• Estimular o consumo de água durante as refeições 
• Alimentar-se com prazer motiva os idosos a consumir mais refeições. 
Torne isso um hábito regular e tenha uma vida melhor 
 
DEMÊNCIA DO IDOSO 
 
O aumento da população 
idosa é um fenômeno global. Hoje a 
terceira idade representa 
aproximadamente 10% da 
população mundial, podendo 
alcançar em 2050, 22%. Com o 
envelhecimento populacional, houve 
um aumento do número de doenças 
degenerativas, como a demência. O 
termo "degenerativo", refere-se à 
 
10 
 
 
 
perda do funcionamento adequado de um determinado órgão, não estando 
relacionada à infecção, inflamação ou tumor. Na demência, o cérebro é o órgão 
que deixa de funcionar. 
O indivíduo com essa 
doença apresenta perda de 
memória; dificuldade para 
executar atividades da vida 
diária, como administrar 
dinheiro, dirigir ou comer, além 
de ter alterações no 
comportamento, como insônia, 
irritabilidade e agressividade. 
A doença de Alzheimer e a demência vascular são as demências 
existentes mais comuns. Esta última ocorre quando há pequenos infartos 
cerebrais, ou seja, devido à falta de sangue em algumas regiões do cérebro. 
Quanto ao Alzheimer, ainda não foi detectada uma causa que comprove a 
doença. 
Hoje o tratamento para a demência não busca a cura da doença, e sim 
retardar a sua progressão. Por exemplo, para um indivíduo que tem dificuldade 
de se vestir sozinho, mas que ainda consegue andar por conta própria, o 
tratamento será no sentido de que ele mantenha a capacidade de caminhar 
sozinho pelo maior tempo possível. 
Veja a seguir como lidar e manter o convívio em casa com uma pessoa 
com demência: 
 
1. Mude a forma de se comunicar 
 
O paciente com demência 
passará a ter dificuldade de 
lembrar nomes de pessoas e de 
objetos, e pouco irá 
compreender o que você está 
falando. Ele irá esquecer ou 
trocar palavras antes usuais, e 
também falar coisas sem 
sentido. 
Logo, a comunicação 
verbal precisa se dar através de frases curtas e simples, por exemplo, ao 
oferecer algo é melhor especificar: "você quer ler?", ao invés de perguntar: 
"você quer fazer alguma coisa?". Dê tempo para que ele entenda o que foi dito. 
Se for necessário repita a frase ou utilize outra expressão com o mesmo 
sentido. Sempre mantenha o tom de voz calmo, e ao conversar, faça com que 
 
11 
 
 
 
o paciente olhe diretamente para você. 
 
2. Estabeleça rotinas 
 
O paciente, com a 
evolução da demência, se torna 
mais inseguro. Mudanças de 
ambiente e nas suas atividades 
diárias podem desencadear 
confusão mental. Portanto, 
estabeleça rotinas, de modo 
que as tarefas - como higiene 
pessoal e alimentação - sejam 
realizadas sempre no mesmo horário. 
As tarefas devem ser simplificadas, por exemplo, na hora de se vestir, 
reduza as opções de roupa no armário. Evite roupas com zíper, fivelas ou 
botões e deixe as peças de roupa separadas sempre na mesma ordem. 
 
3. Estimule a independência: Faça COM ele e não POR ele 
 
O envelhecimento traz 
limitações, porém devemos 
sempre estimular a autonomia do 
idoso. Estimule-o a fazer sozinho 
as atividades que estejam dentro 
da sua rotina, como se vestir, por 
exemplo. Inicialmente deixe-o 
tentar fazer por conta própria, se 
você perceber que ele não fez a 
tarefa completa passe a supervisioná-lo e orientá-lo. Se o paciente não 
conseguir após as suas orientações, auxilie-o na tarefa. E ao final, se ele se 
mostrar incapaz de realizá-la, você pode fazer por ele. 
A mobilidade também tem um papel importante para saúde do paciente, 
pois reduz o risco de infecções e trombose venosa, além de diminuir a 
sobrecarga do cuidador, então procure estimulá-lo a andar e se movimentar 
sempre que possível. 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
 
 
4. Cuide da segurança dele 
Devido à diminuição da 
acuidade visual e auditiva, 
somado a instabilidade da 
marcha presente no idoso, é 
essencial tomar alguns 
cuidados para evitar quedas e 
estimular a independência: 
Retire tapetes e excesso de 
mobiliário da casa, pois eles 
são uma armadilha para causar queda em idosos. 
• Coloque piso antiderrapante e barras de segurança no banheiro 
• Objetos perigosos devem ser removidos ou guardados 
• O paciente não deve ficar em ambiente totalmente escuro, pois isso 
pode deixá-lo mais confuso, mantenha sempre algum tipo de iluminação 
indireta à noite. Nas portas, as fechaduras devem ficar sempre na parte 
mais alta ou na mais baixa. 
• Outra importante medida para evitar acidentes é guardar a chave da 
casa e do carro em locais seguros, pois em crises ele pode ficar agitado 
e tentar deixar a casa. 
 
5. Tenha algumas "regras" para a alimentação 
 
Sempre procure ofereceras refeições em locais tranquilos 
e com horários regulares, 
lembre-se: a rotina deixa o 
paciente menos confuso. Evite 
distrações neste horário, como 
televisão, música alta ou muitas 
pessoas conversando ao mesmo 
tempo. A dificuldade de engolir 
pode estar associada ao quadro 
demencial, dessa maneira, um 
alimento com a consistência mais pastosa irá melhorar na deglutição, isso 
poderá evitar engasgos. A dieta deve ser fracionada, ou seja, o paciente deve 
ter seis refeições diárias, sendo cada uma em pequena quantidade. 
 
 
 
 
 
 
13 
 
 
 
6. Preste atenção aos sinais na pele 
 
O idoso apresenta uma pele mais fina e frágil, logo tem mais facilidade 
de ter lesões em áreas de apoio 
do corpo (região sacral e 
calcanhar). Para o paciente que 
está acamado, não é 
recomendado deixá-lo sempre 
na mesma posição, movimente-
o, no mínimo, a cada duas 
horas. Deve-se fazer o uso de 
creme hidratante na pele e 
oferecer líquidos durante o dia 
para evitar uma possível desidratação. A fralda deve ser trocada, no mínimo, a 
cada três horas. Em caso de feridas na pele, procure uma equipe de saúde que 
irá prescrever o curativo. 
 
 
ESQUIZOFRENIA DO IDOSO 
 
Esquizofrenia é uma doença 
mental que se caracteriza por uma 
desorganização dos processos 
mentais. As pessoas com 
esquizofrenia perdem o sentido da 
realidade, ficam incapazes de 
distinguir a experiência real da 
imaginária, e podem até escutar 
vozes ou acreditar que os outros 
estão lendo e controlando seus 
pensamentos. A pessoa sente 
delírios, alucinações, seus pensamentos ficam desorganizados e o 
comportamento se altera. Os sintomas da esquizofrenia podem não ser os 
mesmos de indivíduo para indivíduo, podendo aparecer de forma insidiosa e 
gradual ou, pelo contrário, manifestar-se de forma explosiva e instantânea. 
Não existe uma causa única para o desencadear deste transtorno. 
Assim como muitas outras doenças mentais, acredita-se esquizofrenia seja 
uma combinação de fatores genéticos e ambientais. Todas as ferramentas da 
ciência moderna estão sendo usadas para descobrir as causas da 
esquizofrenia. Pesquisas estão desenvolvendo medicamentos mais eficientes e 
procurando entender as causas da esquizofrenia para achar suas formas de 
prevenção. 
 
14 
 
 
 
Uma vez que a causa da esquizofrenia ainda é desconhecida, os 
tratamentos atuais focalizam na eliminação dos sintomas da doença; incluem 
medicamentos antipsicóticos e tratamento psicossocial, e podem aliviar muitos 
dos sintomas. 
 
TRANSTORNO BIPOLAR DO IDOSO 
 
O transtorno de humor pode 
ser unipolar ou bipolar. É uma 
doença mental que sempre cronifica 
e se caracteriza pela alternância 
entre o estado depressivo e a mania 
que é o tipo I. Quando se caracteriza 
como hipomania é do tipo II. Um por 
cento da população ao redor do 
mundo sofre de transtorno 
BIPOLAR. Pode aparecer em 
qualquer idade, mas na idade tardia 
é sempre muito grave e de difícil 
tratamento, sempre com risco presente de suicídio. 
O sexo feminino sempre predomina com esta patologia, pois as 
mulheres têm tendência à depressão e à mania. O diagnóstico na maioria das 
vezes é tardio, pois há uma tendência de tudo começar por um quadro 
depressivo, o que leva a Medicina na maioria das vezes tratar somente da 
depressão, esquecendo que poderá vir acompanhada de mania que 
caracterizaria o fenômeno BIPOLAR. Tratar um destes casos como unipolar é 
risco para o médico e mais ainda para o paciente, pois os antidepressivos tem 
pouca ou nenhuma ação nestes casos, e acontece quase sempre o suicídio. 
O transtorno BIPOLAR 
está associado a um maior grau 
de incapacitação a semelhança 
de muitas doenças crônicas tais 
como: osteoartrite, diabetes, 
asma, infecção por HIV etc. 
Temos que prestar 
atenção aos pródomos da 
bipolaridade: idade precoce que 
agrava na idade tardia, episódios 
de repetição com períodos curtos 
de recuperação, presença de delírios, pensamento acelerado com conteúdo 
melancólico, paciente deprimido, que sempre chora, isolado e que não quer 
conversar. Não cuida da higiene e de um momento para outro entra em quadro 
 
15 
 
 
 
de euforia, sorri sem motivação, gasta o que tem e o que não tem, fala 
palavrão mesmo sendo sempre uma pessoa conservadora, se veste 
escandalosamente, conta anedotas picantes, muda de comportamento e de 
humor com uma rapidez incrível. 
Mediante a observação destes tipos de comportamento, é aconselhável 
levar o paciente ao médico imediatamente, pois é possível que o mesmo esteja 
vivendo uma crise de mania, que é o inverso da depressão. Neste estado o 
paciente poderá ficar agressivo e cometer desatinos. 
Concluindo quero alertar que o diagnóstico precoce continua sendo um 
desafio ao ser confundido com transtorno unipolar. O tratamento 
medicamentoso é complexo e muito caro, pois temos que cuidar 
concomitantemente da mania e da depressão, visando o mínimo de risco de 
desestabilização da doença. Hoje em dia existe uma droga denominada de 
quetiapina que trata tanto a mania como a depressão. 
 
 
DEPRESSÃO NO IDOSO 
 
A população idosa no 
Brasil vem aumentando 
significativamente e é estimado 
que em 2025 a pessoas acima 
de 65 anos chegue a 32 
milhões de pessoas no país. 
Junto deste aumento a atenção 
e cuidados de profissionais da 
saúde para este segmento 
também aumentou, tendo em vista um dos principais transtornos mentais; a 
depressão. 
Primeiramente é importante esclarecer que não podemos pensar de 
maneira automática que com a idade avançada exista decadência da saúde e 
sanidade, ou seja, que envelhecer seja sinônimo de adoecer. O processo de 
envelhecimento depende da herança genética, de seus fatores ambientais, 
sociais, psíquicos e rotina do indivíduo exposto ao longo de sua vida. 
A depressão é caracterizada pelo indivíduo tomado pela falta de 
interesse, desânimo e apatia em executar suas atividades cotidianas 
acompanhada de uma tristeza profunda e duradoura. Ela pode atingir qualquer 
faixa etária e gênero. Porém a depressão no idoso, além dos sintomas 
descritos acima, toma forma em um contexto de lutos contínuos e/ou 
abandono, perda da atividade produtiva (emprego ou lazer), doenças clínicas 
gerais (diabetes, câncer, doenças cardíacas, doenças vasculares) e 
significante perda na qualidade de vida associada ao isolamento social. Estes 
 
16 
 
 
 
são fatores importantes que predispõe o idoso ao desenvolvimento de um 
transtorno depressivo. Cabe enfatizar que nos pacientes idosos deprimidos não 
tratados corretamente o risco de suicídio é duas vezes maior do que nos idosos 
que não apresentam este transtorno. 
Com prevalência elevada nas doenças clínicas gerais na população 
idosa, a depressão não tem sido adequadamente diagnosticada e tratada, pois 
muitas vezes os sintomas depressivos são confundidos com a própria doença 
clínica, efeito colateral do remédio prescrito ou como uma consequência 
“normal” do envelhecimento, dificultando o reconhecimento e tratamento da 
depressão no idoso. 
Preconceitos em relação a 
velhice e as doenças mentais 
dificultam o acesso dos pacientes a 
um tratamento adequado, portanto, 
quando alguém apresenta desânimo 
e tristeza por algumas semanas é 
preciso levá-lo a um psiquiatra, para 
uma avaliação especializada e assim 
determinar o tratamento correto deste 
transtorno para o indivíduo 
acometido. Muitas pessoas ainda 
ficam constrangidas de procurar o médico psiquiatra, diante da ideia de terem 
uma doença mental e serem taxados como loucos, internados em instituições, 
isso é uma prática cada vez mais rara e antiga do tratamento psiquiátrico. Por 
causa desses preconceitos, estima-se que cerca de metade dos pacientes 
idosos deprimidos fiquem sem diagnóstico e tratamento adequados. 
Acarretando a riscos e piora do quadro geral da vida do indivíduo. 
 
TRANSTORNO DE ANSIEDADE EM IDOSOSNa ansiedade há uma 
tendência a não se preocupar 
consigo mesmo, surgindo o 
desleixo, falta de preocupação 
com a aparência, etc. Há em geral 
preocupação fixa com um 
determinado assunto, em 
detrimento de tudo em volta. O 
pensamento fica difícil. Há 
dificuldade de concentração, 
insônia e impaciência. Há queda 
da memória. 
 
17 
 
 
 
O comportamento fica modificado e com características ligadas a 
personalidade de cada um, isto é, podendo ocorrer manifestações agressivas, 
depressão, etc. Algumas vezes pode haver atitudes que se confundem com a 
demência. 
Há tensão muscular, surgindo dores musculares em alguns casos, que 
se situam em geral nas costas ou na nuca. Freqüentemente ocorrem tremores 
nas mãos, palpitações, sudorese. A ansiedade e suas manifestações são muito 
freqüentes e podem se confundir com inúmeras doenças. 
 
Tratamento 
 
O tratamento deve atingir a causa básica na tentativa de eliminá-la ou 
pelos menos suavizá-la. O uso de medicamentos tranqüilizante, em geral 
benzodiazepínicos, é útil nas situações mais críticas e deve ser feito com muito 
critério e sempre por tempo curto. 
O uso prolongado de 
tranqüilizantes leva 
invariavelmente à dependência, o 
que provoca o aumento da 
ansiedade. 
A atividade física regular ou 
a realização de tarefas relaxantes 
(leitura, pintura, etc) conseguem 
os melhores resultados no 
combate à ansiedade. Algumas vezes há necessidade de orientação por parte 
de terapeuta ocupacional. 
 
Estresse 
 
O estresse é o estado de 
tensão emocional que produz um 
estado psicológico desagradável, 
caracterizado por irritabilidade, 
distúrbios do sono e do apetite, 
dificuldade na concentração, e 
preocupação exagerada com 
relação a situações triviais. Em 
geral há queda no rendimento, 
com diminuição da memória e impotência. Pode ser desencadeado por uma 
situação súbita (um assalto, por exemplo) ou por situações conflitantes 
continuas e seguidas. 
Na terceira idade as situações "estressantes" podem levar a alterações 
 
18 
 
 
 
cardiovasculares, hipertensão arterial, com diversas conseqüências, às vezes 
graves, como o infarto do miocárdio, doenças gástricas e intestinais. 
Outras vezes podem ser acompanhadas de distúrbios psicológicos os 
mais variados, como depressão ou agitação. Pode ocorrer o agravamento de 
uma doença que estava equilibrada, como o diabetes, por exemplo, ou ainda 
favorecer à queda da imunidade, diminuindo a resistência às infecções. 
 
Tratamento do estresse 
 
Para o tratamento do estresse, é fundamental identificar-se a causa. O 
seu tratamento se baseia em relaxamento, exercícios físicos, e uso de 
substâncias psicotrópicas. 
Nas últimas duas décadas foi dada grande atenção aos fatores 
geradores de tensão e suas conseqüências em pessoas jovens, como o que 
ocorre nas doenças cardíacas que tem no fator tensional uma de suas 
principais causas, havendo um grande avanço na profilaxia e no tratamento 
das doenças das coronárias. 
A maior arma contra o estresse é a atividade relaxante, que pode ser a 
fisioterapia, massagem, caminhada ("jogging"), a música, a pintura, etc, sempre 
realizada com regularidade. Na grande maioria das vezes são obtidos bons 
resultados sob orientação da terapia ocupacional, que é direcionada ao 
combate da tensão emocional. 
 
O USO DE ALCOOL E DROGAS POR IDOSOS 
 
A dependência química é uma 
doença que acomete o mundo todo, um dos 
maiores problemas de saúde pública. Os 
idosos usam e abusam de álcool e outras 
drogas. Por isso, os profissionais que 
atuam na área do envelhecimento precisam 
estar atentos para a problemática que os 
envolve. 
Estudar o fenômeno da dependência 
química é extremamente relevante, uma 
vez que tal dependência ocasiona 
transformações nas relações dos idosos, 
sejam nas relações estabelecidas no trabalho, na família, com os amigos, 
vizinhos e outras. Essas transformações provocadas pela doença resultam em 
problemas no trabalho, brigas familiares e perda de amigos. Além disso, a 
situação de ser dependente químico gera discriminação, devido ao não 
entendimento por parte das pessoas dos fatores que levam à dependência. É 
 
19 
 
 
 
importante lembrar que o idoso poderá sofrer uma dupla exclusão. 
Primeiro devido ao fato de ser visto por 
muitas pessoas como incapaz de desenvolver 
suas atividades e, também, devido a sua 
condição de drogadição. Por isso, é cada vez 
mais relevante a realização de pesquisas que 
venham a desvendar as formas de exclusão a 
que estão sujeitos os idosos dependentes de 
drogas. Essa realidade desafia cada vez mais 
os profissionais da área da saúde e assistência 
social a investigar as situações que levam as 
pessoas à dependência e a repercussão do 
uso de drogas nas relações estabelecidas 
pelos dependentes, visando assim qualificar 
ainda mais sua ação e proporcionar um atendimento mais adequado. 
 
 
A dependência química na população idosa 
 
A dependência química, além de ter como critério o consumo excessivo de 
substâncias ilícitas ou lícitas, 
existem outros critérios que são: 
❖ A síndrome de abstinência; 
❖ A substância é consumida 
frequentemente em 
maiores quantidades ou 
por um período mais longo 
que o pretendido; 
❖ Há um desejo persistente 
ou esforços mal sucedidos 
no sentido de reduzir ou 
controlar o uso da substância; 
❖ Se gasta muito tempo em atividades necessárias para a obtenção da 
substância ou na recuperação de seus efeitos; 
❖ Atividades ocupacionais ou de lazer importantes são reduzidas e até 
mesmo abandonadas em decorrência do uso da substância. 
Os fatores que podem contribuir para o desenvolvimento da 
dependência de drogas, tanto de homens como de mulheres são múltiplos, e 
podem ser de origem biológica, psicológica, econômica e sociocultural. O fator 
biológico está relacionado à existência de histórico de dependência na família. 
 
20 
 
 
 
O fator psicológico diz respeito aos sentimentos de tristeza, angústia e 
desinteresse pela vida que 
podem surgir com a perda de um 
familiar. Nessa situação, a 
pessoa pode vir a buscar na 
droga o refúgio para esquecer o 
momento difícil. Quando se fala 
do fator econômico este se 
refere às dificuldades 
econômicas vividas pelo sujeito 
que pode levá-lo ao uso de 
álcool e drogas e até mesmo a 
dependência. 
Essas dificuldades econômicas podem ser originárias da perda do 
emprego e neste caso “não tendo mais nenhuma esperança de sair dessa 
situação, essas pessoas têm o sentimento de que são inúteis à sociedade. 
Perderam o sentido de suas vidas. Procuram então, com frequência, na bebida 
e nas drogas, a compensação para seus males. 
Neste sentido, a dependência química aparece como uma forma de 
resistência a esta expressão de desigualdade, pois é a maneira que encontram 
para expressar a revolta com a ruptura desse vínculo social, que é o vínculo 
com o mercado de trabalho. O fator sociocultural também pode ser um 
condicionante, uma vez que, culturas, assim como a existente na Irlanda, 
encorajam e aceitam o uso do 
álcool. Não é preciso ir muito 
longe, aqui mesmo no Brasil o 
consumo de álcool é 
frequentemente associado a 
eventos esportivos e a 
festividades. 
A situação de 
dependência química dentro de 
uma família gera um grande desgaste, portanto, torna-se, também, uma 
doença de todo o grupo familiar. Alcoolizações com consequente distúrbio de 
conduta são capazes de gerar inúmeros sentimentos numa família, tais como 
ansiedade, vergonha, raiva, etc. Neste caso, as alcoolizações frequentes 
podem levar a família ao isolamento social, bem como às brigas e aos 
ressentimentos. 
O isolamento social da família trata-se de uma das fases vivenciadas no 
processo do alcoolismo. A primeira reação consiste na dificuldade de admitir 
que o uso de drogas e ou álcool seja realmente um problema, e depois surgem 
as primeiras tentativas de controlarou prevenir o uso de entorpecentes. Então, 
 
21 
 
 
 
a família começa a isolar-se socialmente recusando os convites para festas, 
passeios e outros. 
Para o profissional o afastamento da família do dependente químico 
durante o processo de tratamento pode ser prejudicial para a recuperação e 
não se discorda disso. 
Então, o que o profissional precisa fazer em sua intervenção é trazer a 
família para a luta diária da recuperação, mostrando que todo o grupo familiar 
necessita de tratamento, porque não adianta tratar somente o dependente 
químico, sem envolver os familiares que viveram num contexto de desgaste, de 
isolamento social e de violência. 
Por isso, em sua intervenção 
com o grupo familiar é importante 
promover reflexões sobre a 
dinâmica dos vínculos familiares, 
sobre a violência que se 
reproduz dentro da família e 
sobre a violência social. 
Além disso, o profissional 
precisa buscar constantemente o 
aprimoramento intelectual, com 
vistas a intervir na situação vivida pelas famílias. E, também, democratizar a 
informação quanto aos serviços e aos direitos que são assegurados pela 
assistência social, saúde e previdência social tanto às famílias, quanto aos 
dependentes químicos, visando com isto promover o pleno exercício da 
cidadania. 
No caso de uma família que possui um idoso dependente, em alguns 
casos os familiares podem abrir mão do trabalho para se dedicar ao cuidado do 
idoso. Ao comentar sobre a questão da tomada de decisões referente à saúde 
do idoso no contexto familiar acentua que, quando o idoso possui debilidades, 
impossibilidades para procura 
de recursos de saúde, a família 
assume esse papel e 
normalmente a pessoa-chave 
da família que se torna a 
responsável, principalmente na 
tomada de decisões, é a filha 
ou a nora do idoso. 
Mas, o suporte familiar 
não se restringe somente ao 
cuidado e atenção aos idosos, 
pois, esse suporte pode ser oferecido através da forma econômica, ou seja, do 
apoio financeiro de um ou vários filhos ou ainda, através da moradia periódica 
 
22 
 
 
 
ou permanente no domicílio do filho. Esse apoio pode ocorrer também, por 
meio do afeto em tantos momentos de dificuldade. 
Esse suporte em alguns casos não é fácil, visto que demanda uma 
estrutura da família que muitas vezes não se tem, tendo em vista que na 
atualidade a forma de organização das famílias baseia-se na busca constante 
pela sobrevivência através do trabalho diário. O que acaba reduzindo os 
encontros familiares. 
 
Qualidade de vida afetada 
 
Um idoso dependente de 
álcool e outras drogas tem sua 
qualidade de vida afetada, pois o 
dependente químico sofre a 
repercussão da dependência em 
suas relações sociais (de 
trabalho, de amizade, de 
vizinhança, de família entre 
outras). Mas além das relações, a 
sua saúde também é afetada, assim como a alimentação, pois muitas vezes 
esta é substituída pelas drogas. Muitas dessas situações, que afetam a 
qualidade de vida dos idosos, podem ser consideradas também como 
dificuldades vividas no cotidiano do dependente químico, e mais 
especificamente dos idosos dependentes do álcool e outras drogas. 
É na vida cotidiana que se desenvolve a história de cada um, com seus 
aspectos positivos e negativos. Esta história não é construída somente de fatos 
da vida individual de cada homem, mas, também, de fatos de relações 
estabelecidas com outros homens. Estabelecendo uma relação com o cotidiano 
de pessoas dependentes de álcool e drogas, é na vida cotidiana que os idosos 
irão viver as suas experiências, suas vivências, suas atitudes, suas rotinas, 
seus hábitos enquanto dependentes e também irão participar na vida cotidiana 
com todos os aspectos de sua individualidade, de sua personalidade. 
 
Programas 
 
No que se refere aos programas existentes para o atendimento aos 
dependentes do álcool e de outras drogas, o Ministério da Saúde instituiu 
através do Sistema Único de Saúde, o Programa Nacional de Atenção 
Comunitária Integral a Usuários de Álcool e outras Drogas que está em 
consonância com a Lei 10.216 de 09 de abril de 2001, que constitui o marco 
legal da Reforma Psiquiátrica. 
 
23 
 
 
 
A Reforma Psiquiátrica, por sua vez, fundamenta-se nos princípios do 
SUS, buscando a implantação da rede de serviços de atendimento psicossocial 
com o objetivo de 
desinstitucionalização 
psiquiátrica. É, por isso, que de 
acordo com as diretrizes do 
Programa Nacional de Atenção 
Comunitária Integral a 
Usuários de Álcool e outras 
Drogas, a assistência a 
usuários de álcool deve 
privilegiar os cuidados em 
dispositivos extra-hospitalares, sendo realizado por Centros de Atenção 
Psicossocial – CAPs, que existem em todo território nacional. 
De acordo com o Ministério da Saúde, o objetivo de um Centro de 
Atenção Psicossocial – CAPs é prestar atendimento à população através de 
atividades terapêuticas e preventivas, de modo a: 
1) Oferecer cuidados aos familiares dos usuários dos serviços; 
2) Fornecer atendimento aos usuários dos serviços dentro da lógica de 
redução de danos; e 
3) Promover através de diversas ações a reinserção social dos usuários 
dos serviços. 
Essas ações voltam-se para o trabalho, cultura, lazer, esclarecimento e 
educação à população, e para promovê-las, contam-se com setores da 
educação, esporte, cultura e lazer. A rede de suporte social tem um importante 
papel no processo de redução de danos. 
Pois, acredita que a rede de profissionais, de familiares, de organizações 
governamentais e não-governamentais em constante interação tem a 
possibilidade de prevenir, tratar e criar alternativas de controle ao uso da 
substância psicoativa, sem interromper o seu uso. Isto porque, a proposta da 
abordagem que tem como objetivo a redução de danos, é traçar estratégias 
que não se voltem para a abstinência, mas para a defesa da vida e 
minimização do dano. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
 
 
INCONTINÊNCIA URINARIA NO IDOSO 
 
A Sociedade Internacional de Incontinência define incontinência urinária 
como a condição na qual a perda 
involuntária de urina é um problema 
social ou higiênico e é objetivamente 
constatada. Muitas vezes, a 
incontinência urinária é considerada, 
equivocadamente, pela família e 
pelos amigos, como parte natural do 
envelhecimento. Com o aumento da 
expectativa de vida do brasileiro, que, 
hoje, já vive em média 71,7 anos, não devemos mais pensar desta maneira. 
Cada vez mais, os médicos e os demais serviços de saúde devem estar aptos 
a tratar as doenças dos idosos, melhorando sua qualidade de vida. Devemos 
assegurar que o idoso, além de viver muito, viva bem, com saúde e autonomia. 
A incontinência urinária é um problema que provoca alterações capazes 
de comprometer o convívio social do idoso, pois traz junto de si a vergonha, a 
depressão e o isolamento. A incontinência urinária é um estado anormal de 
saúde, e que com o devido acompanhamento médico, na maioria das vezes, os 
casos podem ser resolvidos ou minorados. Especialmente no idoso, as 
alterações da motivação, de destreza manual, de mobilidade, de 
lucidez e a existência de doenças associadas - diabetes mellitus, alterações 
neurológicas, dentre muitas outras - estão entre os fatores que podem ser 
responsáveis pela incontinência urinária, sem que haja comprometimento 
significativo do trato urinário inferior. 
O trato urinário inferior apresenta, sim, alterações relacionadas ao 
envelhecimento, que ocorrem mesmo na ausência de doenças. Com a 
passagem do tempo, a força de contração da musculatura detrusora, a 
capacidade vesical e a habilidade de adiar a micção aparentemente diminuem, 
no homem e na mulher. Contrações involuntárias da musculatura vesical e o 
volume residual pós-miccional também aumentam com a idade, em ambos os 
sexos. Entretanto, a pressão máxima de fechamento uretral, o comprimento 
uretral e as células da musculaturaestriada do esfíncter alteram-se 
predominantemente nas mulheres, que sofrem mais com a incontinência 
urinária. Estimativas da Sociedade Brasileira de Urologia apontam que cerca 
de 40% das mulheres desenvolvem a doença, após a 
menopausa. 
 
25 
 
 
 
 
Além das alterações decorrentes da senilidade dos tecidos, doenças 
próprias do idoso também contribuem para o desenvolvimento de incontinência 
urinária. A hiperplasia prostática benigna, por exemplo, está presente em 
aproximadamente 50% dos homens aos 50 anos de idade, em metade dos 
quais causa obstrução ao fluxo urinário e acarreta alterações significativas do 
trato urinário inferior. 
 
Tratando o problema 
 
O tratamento da incontinência urinária depende da análise minuciosa do 
histórico de cada paciente e varia de acordo com a forma como a doença se 
manifesta, afirma o médico. Em alguns casos, o tratamento exige a instituição 
de medidas que visam uma mudança de comportamento por parte do idoso. 
Muitos indivíduos podem recuperar o controle vesical, modificando alguns 
comportamentos, como por exemplo: 
• Urinar em intervalos regulares, a cada 2 ou 3 horas, para manter a 
bexiga relativamente vazia; 
• Evitar bebidas irritantes para a bexiga, como por exemplo, as que 
contêm cafeína; 
• Urinar com o auxilio de compressão manual do abdome inferior e 
inspiração forçada. Os episódios de incontinência de urgência 
freqüentemente podem ser evitados através da micção em intervalos 
regulares, antes do surgimento da urgência miccional. 
 
As técnicas de treinamento vesical, que englobam os exercícios da 
musculatura pélvica, são muito úteis. Fisioterapeutas podem auxiliar no ensino 
desses exercícios, que implicam na contração repetida da musculatura, várias 
vezes ao dia, para desenvolver a resistência e o aprendizado da utilização 
adequada da musculatura, nas situações que provocam incontinência urinária. 
A aplicação de uma leve pressão através da compressão da região 
abdominal inferior com as mãos, logo acima da bexiga, também pode ser útil, 
especialmente para os indivíduos que conseguem esvaziar a bexiga, mas 
apresentam dificuldade para esvaziá-la completamente. 
 
26 
 
 
 
O tratamento medicamentoso deve ser controlado e ajustado segundo 
as necessidades individuais de cada paciente. Quando a causa é a contração 
fraca da musculatura da bexiga, os medicamentos que aumentam a contração 
vesical podem ser úteis. O 
idoso que apresenta 
incontinência e depressão 
pode ser beneficiado com o 
uso de medicamentos 
antidepressivos. 
Em casos mais 
delicados, onde a paciente 
idosa não responde bem aos 
tratamentos não-cirúrgicos, há 
a possibilidade da correção cirúrgica para fazer o levantamento da bexiga e do 
fortalecimento do fluxo urinário de saída. Para a incontinência por 
transbordamento nos homens, causada pelo aumento da próstata ou por outra 
obstrução, a cirurgia normalmente é necessária. Estão disponíveis vários 
procedimentos de remoção parcial ou total da próstata. 
E por fim, nos casos em que é impossível controlar a incontinência 
urinária com tratamentos específicos, absorventes e roupas íntimas 
especialmente projetadas para incontinência urinária podem proteger a pele, 
permitindo que os indivíduos permaneçam secos, confortáveis e socialmente 
ativos. 
 
DOENÇA DE ALZHEIMER 
 
A doença de Alzheimer é a 
perda progressiva da função 
mental, caracterizada pela 
degeneração do tecido do cérebro, 
incluindo a perda de células 
nervosas, a acumulação de uma 
proteína anormal chamada beta-
amiloide e o desenvolvimento de tranças neurofibrilares. 
O esquecimento de acontecimentos recentes é um sinal precoce, 
seguido pelo aumento da confusão, prejuízo de outras funções mentais e 
problemas ao utilizar a linguagem e a compreensão e realização de tarefas 
diárias. 
Os sintomas progridem de tal forma que as pessoas não podem realizar 
suas tarefas sozinhas, tornando-as totalmente dependentes dos outros. 
 
27 
 
 
 
Os médicos baseiam o 
diagnóstico nos sintomas e 
resultados de um exame físico, 
mental e de estado e utilizam 
exames de sangue, de urina e 
por imagem para identificar a 
causa. 
O tratamento envolve 
estratégias para prolongar o 
funcionamento pelo maior tempo 
possível e pode incluir 
medicamentos que podem retardar a progressão da doença. 
Não é possível prever por quanto tempo as pessoas viverão, mas a 
morte ocorre, em média, cerca de 7 anos após a constatação do diagnóstico. 
A doença de Alzheimer é um tipo de demência, que é uma diminuição, 
lenta e progressiva da função mental, que afeta a memória, o pensamento, o 
juízo e a capacidade para aprender. 
Em 60 a 80% dos idosos, a causa da demência é a doença de 
Alzheimer. É rara sua existência em pessoas com menos de 65 anos de idade. 
Torna-se mais comum 
com o aumento da idade. 
Cerca de 11% das pessoas 
com 65 anos ou mais e cerca 
de 32% das pessoas com 
mais de 85 anos têm a doença 
de Alzheimer. Ela afeta mais 
as mulheres do que os 
homens, em parte porque as 
mulheres vivem mais. Em 
2015, nos Estados Unidos, cerca de 5,3 milhões de pessoas tiveram a doença 
Alzheimer. Há uma previsão de aumento significativo no número de pessoas 
com a doença de Alzheimer conforme aumenta a proporção de pessoas 
idosas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
 
 
Considerações gerais sobre a doença de Alzheimer 
 
Causas 
É desconhecido 
o que causa a doença 
de Alzheimer, mas uma 
parte disso provém de 
fatores genéticos: 
Cerca de 5 a 15% dos 
casos afetam pessoas 
com antecedentes 
familiares. Podem estar 
envolvidas várias anormalidades genéticas específicas. Algumas dessas 
anormalidades podem ser herdadas apenas quando um dos pais tem o gene 
anormal. Ou seja, o gene anormal é dominante. Um pai ou mãe afetado tem 
50% de chance de transmitir o gene anormal para cada filho. Cerca de metade 
desses filhos desenvolvem a doença de Alzheimer antes dos 65 anos. 
Uma anormalidade genética afeta a apolipoproteína E (apo E) – a parte 
da proteína de algumas lipoproteínas que transportam o colesterol através da 
corrente sanguínea. Existem três tipos de apo E: 
 
Epsilon-4: As pessoas com o tipo epsilon-4 desenvolvem a doença de 
Alzheimer mais comumente e mais cedo do que as outras. 
Epsilon-2: Em contraste, as pessoas com o tipo epsilon-2 parecem estar 
protegidas contra a doença de Alzheimer. 
Epsilon-3: As pessoas com o tipo epsilon-3 não estão protegidas nem são mais 
propensas a desenvolver a doença. 
(A associação tem sido estudada primariamente em pessoas de pele 
branca e pode não se aplicar a outras 
raças.) No entanto, os testes genéticos 
para apo tipo E não podem determinar 
se uma pessoa específica desenvolverá 
a doença de Alzheimer. Portanto, esse 
teste não é recomendado rotineiramente. 
 
Alterações no cérebro 
 
Na doença de Alzheimer, as 
partes do cérebro degeneradas 
destroem as células nervosas e reduzem 
a capacidade de resposta das restantes 
a muitos dos mensageiros químicos que 
 
29 
 
 
 
transmitem os sinais entre as células nervosas no cérebro 
(neurotransmissores). O nível de acetilcolina, um neurotransmissor que ajuda a 
memória, o aprendizado e a concentração, é baixo. 
A doença de Alzheimer causa as seguintes anomalias no 
desenvolvimento do tecido cerebral: 
• Depósitos de beta-amiloide: Acumulação de beta-amiloide (uma proteína 
anormal e insolúvel) que se acumula, pois as células não podem 
processar e removê-la; 
• Placas senis ou neuríticas: Aglomerados de células nervosas mortas em 
torno de um núcleo de beta-amiloide; 
• Tranças neurofibrilares: Fios trançados de proteínas insolúveis na célula 
nervosa; 
• Aumento dos níveis de tau: Uma proteína anormal componente das 
tranças neurofibrilares e do beta-amiloide; 
Tais anomalias se 
desenvolvem em algum grau 
em todas as pessoas à medida 
que envelhecem, mas são 
muito maisnumerosas em 
pessoas com a doença de 
Alzheimer. Os médicos não 
têm certeza se as 
anormalidades no tecido 
cerebral causam a doença de Alzheimer ou resultam de algum outro problema 
que faz com que ocorra tanto a demência quanto as anormalidades no tecido 
cerebral. 
Os pesquisadores também descobriram que as proteínas anormais na 
doença de Alzheimer (beta-amiloide e tau) se assemelham às proteínas 
anormais nas doenças causadas por príons. Ou seja, são mal dobradas e 
fazem com que outras proteínas fiquem mal dobradas, levando à progressão 
da doença. 
 
Sintomas 
A doença de Alzheimer provoca diversos dos mesmos sintomas como 
em outras demências, como o seguinte: 
➢ Perda de memória 
➢ Problemas em usar a linguagem 
➢ Mudanças na personalidade 
➢ Desorientação 
➢ Problemas ao fazer tarefas diárias habituais 
➢ Comportamento perturbador ou inapropriado 
 
 
30 
 
 
 
No entanto, a doença de Alzheimer também difere de outras demências. 
Por exemplo, a memória recente é normalmente afetada muito mais do que 
outras funções mentais. 
Embora exista uma variação de quando os sintomas ocorrem, 
categorizá-los como sintomas precoces, intermediários ou tardios ajuda as 
pessoas afetadas, os familiares e outros cuidadores a terem uma ideia do que 
esperar. As mudanças de personalidade e o comportamento disruptivo 
(transtornos de comportamento) podem se desenvolver no início ou 
posteriormente na doença de Alzheimer. 
 
Início da doença de Alzheimer 
 
Os sintomas se desenvolvem 
gradualmente, de modo que por algum 
tempo muitas pessoas continuam 
desfrutando muito do que costumavam 
desfrutar antes de desenvolver a doença 
de Alzheimer. 
Os sintomas geralmente começam 
de forma sutil. As pessoas cuja doença 
se desenvolve enquanto ainda estão 
empregadas podem não desenvolver 
seus trabalhos tão bem como antes. Em 
pessoas aposentadas e não muito ativas, 
as alterações podem não ser tão 
perceptíveis. 
O primeiro e mais perceptível sintoma pode ser: 
➢ Esquecimento de eventos recentes porque a formação de novas 
memórias é difícil 
➢ Algumas vezes na personalidade (as pessoas podem ficar 
emocionalmente insensíveis, deprimidas, com muito medo ou 
ansiedade). 
No início da doença as pessoas têm uma capacidade reduzida de usar o 
bom senso e pensar de forma abstrata. Os padrões da fala podem mudar um 
pouco. As pessoas podem utilizar palavras mais simples, uma palavra geral ou 
muitas palavras, em vez de uma palavra específica ou utilizar palavras de 
forma incorreta. Podem não ser capazes de encontrar a palavra certa. 
As pessoas com a doença de Alzheimer têm dificuldade de interpretar 
sinais visuais e de áudio. Assim, podem ficar desorientadas e confusas. Essa 
desorientação pode fazer com que seja difícil a condução de um carro. Podem 
se perder no seu caminho para a loja. As pessoas podem ser capazes de 
interagir socialmente, mas podem se comportar de forma estranha. Por 
 
31 
 
 
 
exemplo, podem esquecer o nome de um visitante recente e suas emoções 
podem se alterar de forma imprevisível e rápida. 
Frequentemente muitas pessoas com a doença de Alzheimer têm 
insônia. Podem ter problemas para adormecer ou manter o sono. Algumas 
pessoas ficam confusas sobre o dia e a noite. 
Em algum momento, em muitas pessoas com doença de Alzheimer, 
ocorre o desenvolvimento de psicose (alucinações, delírios ou paranoia). 
 
Posteriormente na doença de Alzheimer 
 
Conforme a doença de 
Alzheimer progride, as pessoas 
têm dificuldade de lembrar de 
acontecimentos passados. 
Começam a esquecer os nomes 
de amigos e parentes. Podem 
precisar de ajuda com a 
alimentação, para se vestir, tomar 
banho e ir ao banheiro. Todos os 
sentidos de tempo e lugar são perdidos: As pessoas com a doença de 
Alzheimer podem até se perder em seu caminho para o banheiro em casa. Sua 
confusão crescente as coloca em risco de um ato errante e queda. 
É comum o comportamento perturbador ou inapropriado, como ato 
errante, agitação, irritabilidade, hostilidade e agressão física. 
Por fim, as pessoas com a doença de Alzheimer não podem andar ou 
cuidar de suas necessidades pessoais. Podem ficar incontinentes e incapazes 
de engolir, comer ou falar. Essas mudanças as colocam em risco de 
desnutrição, pneumonia e lesão por pressão (úlceras de decúbito). A memória 
é completamente perdida. 
Em última análise, resulta em coma e morte, muitas vezes devido a 
infecções. 
 
Distúrbios comportamentais na doença de Alzheimer 
 
Devido ao fato de as pessoas serem menos capazes de controlar o seu 
comportamento, por vezes agem de forma inadequada ou disruptiva (por 
exemplo, gritando, se jogando, se debatendo ou errantes). Essas ações são 
chamadas de transtornos comportamentais. 
Diversos efeitos na Doença de Alzheimer contribuem para este 
comportamento: 
Devido ao fato de esqueceram as regras comportamentais adequadas, 
podem agir de forma socialmente inadequada. Quando estiver calor, podem se 
 
32 
 
 
 
despir em público. Quando têm impulsos sexuais, podem se masturbar em 
público, usar linguagem vulgar ou obscena ou fazer exigências sexuais. 
Conforme as pessoas com doença de Alzheimer têm dificuldade em 
compreender o que ouvem e o que veem, podem interpretar uma oferta de 
ajuda como uma ameaça, 
podendo ser violentas. Por 
exemplo, quando alguém tenta 
ajudá-las a se despir, podem 
interpretar essa ajuda como 
um ataque e tentar se proteger, 
por vezes, batendo na pessoa. 
Levando-se em conta 
que a sua memória a curto 
prazo é deficiente, não se 
lembram do que lhes foi dito, 
nem do que fizeram. Repetem as perguntas e as conversas, solicitam atenção 
constante ou pedem coisas (como comida) que já receberam. Podem ficar 
agitadas e chateadas quando não recebem o que pedem. 
Por não conseguirem expressar as suas necessidades com clareza ou 
de maneira alguma, podem gritar de dor ou perambular, quando se sentem 
sozinhas ou assustadas. 
Se um determinado comportamento é considerado perturbador depende 
de muitos fatores, incluindo quanto o prestador de cuidados é tolerante e qual o 
tipo de situação que a pessoa com doença de Alzheimer está passando. 
Quando as pessoas com doença de Alzheimer não conseguem dormir, 
podem vagar, gritar ou bradar. 
 
Progressão da doença de Alzheimer 
 
A progressão é 
imprevisível. As pessoas vivem, 
em média, cerca de 7 anos após o 
diagnóstico. A maioria das 
pessoas com a doença de 
Alzheimer que já não podem 
andar, não vivem mais que 6 
meses. No entanto é muito variável o quanto as pessoas vivem. 
 
Diagnóstico 
• Avaliação de um médico 
• Teste do estado mental 
• Geralmente os exames de sangue e exames por imagem descartam 
 
33 
 
 
 
outras causas 
• O diagnóstico da doença de Alzheimer é semelhante ao de outras 
formas de demência. 
• Os médicos devem determinar se a pessoa apresenta demência e, se 
for o caso, se a demência é a doença de Alzheimer. 
Os médicos geralmente podem diagnosticar a doença de Alzheimer com 
base no seguinte: 
Sintomas, que são identificados ao perguntar à pessoa e seus familiares 
ou outros cuidadores. 
❖ Resultados de um exame físico 
❖ Resultados do teste de estado mental 
❖ Resultados de testes adicionais, como exames de sangue, tomografia 
computadorizada (TC) ou imagem por ressonância magnética (IRM) 
 
Diagnóstico de demência 
 
Testes de status mentais, 
consistindo de simples questões e 
tarefas ( Teste do estado mental), 
ajudam os médicos a determinar 
se as pessoas apresentam 
demência. 
Algumas vezes, mais 
detalhes para os testes (chamados 
testes neuropsicológicos) são 
necessários. Esses exames 
cobrem todas as funções mentais principais, incluindo o estado de ânimo, e a 
sua realização dura de 1 a 3 horas. Esse teste ajuda os médicos a distinguir a 
demência de outras condições que podem causar sintomas semelhantes, tais 
como desgaste damemória associado à idade, do transtorno cognitivo leve e 
da depressão. 
Informações das fontes acima podem geralmente ajudar os médicos a 
descartarem delirium como a causa dos sintomas ( Comparação entre delirium 
e demência). Fazer isso é essencial, pois o delirium, diferente da demência, 
pode frequentemente ser revertido se for tratado rapidamente. A diferença 
entre os dois inclui o seguinte: 
• A demência afeta principalmente a memória e o delirium afeta 
principalmente a atenção. 
• A demência normalmente apresenta início gradual e não um início 
definitivo. O delirium inicia-se repentinamente e frequentemente 
apresenta um início definitivo. 
 
 
34 
 
 
 
Prevenção 
Algumas pesquisas sugerem timidamente algumas medidas que podem 
ajudar a prevenir a doença de Alzheimer: 
 
Controlar os níveis de colesterol 
Algumas evidências sugerem que possuir níveis elevados de colesterol 
pode estar relacionado com o desenvolvimento da doença de Alzheimer. 
Assim, as pessoas podem se beneficiar de uma dieta baixa em gorduras 
saturadas e, se necessário, medicamentos (como as estatinas) para diminuir o 
colesterol e outras gorduras (lipídios). 
 
Controlar a pressão sanguínea alta 
 A pressão sanguínea alta pode 
danificar os vasos sanguíneos que 
transportam o sangue para o cérebro e, 
assim, reduzir o suprimento de oxigênio 
do cérebro, possivelmente interrompendo 
as conexões entre as células nervosas. 
 
Praticar exercícios 
 O exercício ajuda a melhorar a 
função do coração e, por razões pouco 
claras, pode ajudar no melhor 
funcionamento do cérebro. 
 
Manter-se mentalmente ativo 
 As pessoas são 
incentivadas a continuar fazendo 
atividades que desafiam a mente, 
como o aprendizado de novas 
habilidades, fazer palavras 
cruzadas e leitura do jornal. 
Essas atividades podem 
promover o crescimento de novas 
conexões (sinapses) entre as 
células nervosas e, portanto, 
ajudar a retardar a demência. 
 
Beber álcool em pequenas quantidades 
Em pequenas quantidades (não mais que 3 doses por dia), o álcool pode 
ajudar a diminuir o colesterol e manter o fluxo sanguíneo. O álcool pode ajudar 
até mesmo com o pensamento e a memória, estimulando a liberação de 
 
35 
 
 
 
acetilcolina e fazendo com que ocorra outras alterações nas células nervosas 
no cérebro. No entanto, não há evidências convincentes de que as pessoas 
que não bebem álcool devam começar a beber para prevenir a doença de 
Alzheimer. Uma vez desenvolvida a demência, geralmente é melhor abster-se 
do álcool, pois pode fazer com que os sintomas da demência piorem. 
 
Tratamento 
 
O tratamento da doença 
de Alzheimer envolve medidas 
gerais para fornecer segurança e 
apoio, para todas as demências 
( Demência : Tratamento de 
demência). Além disso, 
determinados medicamentos 
podem ajudar por um tempo. A 
pessoa com doença de 
Alzheimer, os familiares, outros 
cuidadores e os profissionais da área da saúde envolvidos devem discutir e 
decidir sobre a melhor estratégia a ser seguida. 
São tratadas a dor e outras doenças ou problemas de saúde (por 
exemplo uma infecção do trato urinário ou uma constipação). Esse tratamento 
pode ajudar a manter a função em pessoas com demência. 
 
Medidas de segurança e apoio 
 
Criar um ambiente seguro e de apoio pode ser muito útil. Geralmente, o 
ambiente deve ser iluminado, alegre, seguro, e estável e projetado de tal forma 
que ajude com a orientação. Alguns estímulos, como rádio ou televisão, são 
úteis, mas estímulos excessivos devem ser evitados. 
A estrutura e a rotina ajudam as pessoas com doença de Alzheimer a 
ficarem orientadas e obter uma sensação de segurança e estabilidade. 
Qualquer alteração no ambiente, rotinas ou cuidadores deve ser explicada para 
as pessoas de forma clara e simples. 
Seguir uma rotina diária de tarefas como tomar banho, comer e dormir 
ajuda as pessoas com doença de Alzheimer a lembrarem das coisas. Seguir 
uma rotina regular na hora de dormir pode ajudá-las a dormir melhor. 
Atividades programadas regularmente podem ajudar as pessoas a se 
sentirem independentes e necessárias, concentrando sua atenção em tarefas 
prazerosas ou úteis. Tais atividades devem incluir atividades físicas e mentais. 
As atividades devem ser divididas em pequenas partes ou simplificadas 
conforme ocorre a piora da demência. 
 
36 
 
 
 
 
Criação de um Ambiente Benéfico para as Pessoas com Demência 
As pessoas com demência podem se beneficiar de um ambiente que seja: 
 
Seguro: 
Normalmente são necessárias medidas adicionais de segurança. Podem ser 
colocados, por exemplo, grandes sinalizações como lembretes de segurança (como 
“lembre-se de desligar o fogão”) ou podem ser instalados temporizadores nos 
fornos ou nos equipamentos elétricos. Esconder as chaves do carro pode ajudar a 
prevenir acidentes e colocar detectores nas portas pode ajudar a prevenir o ato 
errante. Se o ato errante for um problema, é útil colocar uma pulseira ou um colar 
de identificação. 
 
Familiar: 
As pessoas com demência 
geralmente se desenvolvem 
melhor num ambiente familiar. A 
mudança para uma nova casa 
ou cidade, a reorganização dos 
móveis ou até mesmo uma 
repintura podem ser 
perturbadores. 
 
Estável: 
Estabelecer uma rotina regular para tomar banho, comer, dormir e outras atividades 
pode proporcionar uma sensação de estabilidade às pessoas com demência. O 
contato regular com as mesmas pessoas também pode ajudar. 
 
Planejado para ajudar com orientação: 
Um calendário e um relógio com números grandes, um rádio, salas bem iluminadas 
e uma luz noturna podem ajudar na orientação. Além disso, os membros da família 
ou os cuidadores devem fazer comentários frequentes que lembrem as pessoas 
com demência de onde elas estão e o que acontece. 
 
 
Medicamentos 
 
Os inibidores da colinesterase donepezila, galantamina e rivastigmina 
aumentam o nível do neurotransmissor acetilcolina no cérebro. Esse nível pode 
ser baixo em pessoas com doença de Alzheimer. Esses medicamentos podem 
melhorar temporariamente a função mental, incluindo a memória, mas não 
retardam a progressão da doença. Apenas algumas das pessoas que têm a 
 
37 
 
 
 
doença de Alzheimer se beneficiam desses medicamentos. Para essas 
pessoas, os medicamentos podem regredir efetivamente a doença em 6 a 9 
meses. Esses medicamentos são mais eficazes em pessoas com doença leve 
a moderada. Os efeitos colaterais mais comuns incluem náuseas, vômitos, 
perda de peso e dor abdominal ou cãibras. 
A memantina parece retardar a progressão da doença de Alzheimer. A 
memantina pode ser utilizada com um inibidor de colinesterase. 
Os pesquisadores continuam 
estudando os medicamentos que 
podem prevenir ou retardar a 
progressão da doença de Alzheimer, 
por exemplo, substâncias que 
podem reduzir a quantidade 
depositada de amiloide. Existe um 
estudo da terapia com estrogênio 
para as mulheres, medicamentos 
anti-inflamatórios não esteroides 
(AINEs, como o ibuprofeno ou o 
naproxeno), e o ginkgobiloba. Mas nenhum desses se mostrou eficaz de forma 
consistente. Além disso, o estrogênio parece fazer mais mal do que bem. 
A vitamina E é um antioxidante que, teoricamente, pode ajudar a 
proteger as células nervosas de danos ou ajudá-las a trabalhar melhor. Ainda 
não está claro se a vitamina E é útil. Antes de as pessoas tomarem qualquer 
suplemento alimentar, elas devem discutir os riscos e os benefícios com seu 
médico. 
 
Cuidado dos cuidadores 
Cuidar de pessoas com doença de Alzheimer é estressante e exigente, e 
os cuidadores podem ficar deprimidos e exaustos, muitas vezes negligenciando 
a própria saúde física e mental. As seguintes medidas podem ajudar os 
cuidadores: 
Aprender como atender com eficácia as necessidades das pessoas com 
doença de Alzheimer e o que esperar delas: Os cuidadores podem obter esta 
informação de enfermeiros, assistentessociais, organizações e materiais 
publicados e on-line. 
Procurar ajuda quando for necessário: Os cuidadores podem falar com 
os assistentes sociais (incluindo aqueles do hospital da comunidade local) 
sobre fontes apropriadas de ajuda, como programas de auxílio, visitas de 
enfermeiros em casa, assistência de manutenção da casa em tempo integral 
ou parcial e a assistência residente. Aconselhamento e grupos de apoio 
também podem ajudar. 
Cuidar de si mesmo: Os cuidadores precisam lembrar que devem cuidar 
 
38 
 
 
 
de si mesmos. Não devem desistir de manter contato com seus amigos, de 
realizar seus hobbies e atividades. 
 
Tratamento em longo prazo 
 
O planejamento para o 
futuro é essencial uma vez 
que a doença de Alzheimer é 
progressiva. Muito antes de 
uma pessoa com doença de 
Alzheimer ser transferida para 
um ambiente mais favorável e 
estruturado, os familiares 
devem planejar essa 
transferência e avaliar as 
opções para cuidados em longo prazo. Esse planejamento envolve geralmente 
os esforços de um médico, um assistente social, enfermeiros e um advogado, 
mas a maior parte da responsabilidade recai sobre os familiares. 
As decisões sobre a transferência de uma pessoa com doença de 
Alzheimer para um ambiente mais favorável envolvem equilibrar pelo maior 
tempo possível o desejo de manter a pessoa segura, com o desejo de manter a 
sensação de independência dessa pessoa. 
Alguns estabelecimentos de cuidados de longo prazo especializam-se em 
cuidar de pessoas com doença de Alzheimer. Os funcionários são treinados 
para entender conforme as pessoas com doença de Alzheimer pensam e agem 
e como responder a elas. Essas instalações têm rotinas que fazem com que os 
moradores se sintam seguros e realizam atividades apropriadas que 
proporciona a eles uma sensação de produtividade e envolvimento com a vida. 
A maioria das instalações têm características adequadas de segurança. 
Encontrar uma instalação que apresente características adequadas de 
segurança é importante. 
 
 
DOENÇA DE PARKINSON 
 
A doença de Parkinson é uma 
doença degenerativa e lentamente 
progressiva de áreas específicas do 
sistema nervoso central (cérebro e 
medula espinhal). É caracterizada pelo 
tremor quando os músculos estão em 
repouso (tremor de repouso), aumento no 
 
39 
 
 
 
tônus muscular (rigidez), lentidão dos movimentos voluntários e dificuldade de 
manter o equilíbrio (instabilidade postural). Em muitas pessoas, o pensamento 
torna-se comprometido ou desenvolve-se demência. 
A doença de Parkinson surge da degeneração na parte do cérebro que 
auxilia a coordenação de movimentos. Frequentemente, o sintoma mais óbvio 
é o tremor, que ocorre quando os músculos estão relaxados. 
Os músculos ficam rígidos, os movimentos se tornam lentos e 
descoordenados e perde-se facilmente o equilíbrio. 
Os médicos baseiam o diagnóstico nos sintomas. Medidas gerais (como 
simplificar tarefas diárias), medicamentos (como levodopa mais carbidopa) e, 
às vezes, cirurgia podem ajudar, mas a doença é progressiva, por fim 
causando incapacidade grave e imobilização. 
A doença de Parkinson é a segunda doença degenerativa mais comum 
do sistema nervoso central após a doença de Alzheimer. Ela afeta: 
➢ Cerca de 1 em 250 pessoas com 40 anos de idade ou mais 
➢ Cerca de 1 em 100 pessoas com 65 anos de idade ou mais 
➢ Cerca de 1 em 10 pessoas com 80 anos de idade ou mais 
Normalmente começa entre os 50 e 79 anos. Raramente, a doença de 
Parkinson ocorre em crianças ou adolescentes. Parkinsonismo causa os 
mesmos sintomas que a doença de Parkinson mas é causado por vários outros 
quadros clínicos, como atrofia multissistêmica, paralisia supranuclear 
progressiva, acidente vascular cerebral, lesão na cabeça ou certos 
medicamentos. 
 
Mudanças internas no cérebro 
 
Na doença de Parkinson, 
células nervosas em parte dos 
gânglios basais (chamada substância 
negra) degeneram-se. 
Os gânglios basais são 
conjuntos de células nervosas 
localizados profundamente no cérebro. 
Podem ajudar a suavizar os 
movimentos musculares e coordenam 
as mudanças de postura. Quando o 
cérebro origina um impulso para mover 
o músculo (por exemplo, para levantar um braço), o impulso passa pelos 
gânglios basais. Tal como em todas as células nervosas, as dos gânglios 
basais libertam mensageiros químicos (neurotransmissores) que estimulam a 
célula nervosa seguinte da via nervosa para enviar um impulso. A dopamina é 
o principal neurotransmissor nos gânglios basais. O seu efeito geral é 
 
40 
 
 
 
intensificar os impulsos nervosos para 
os músculos. 
Quando as células nervosas 
nos gânglios basais degeneram-se, 
elas produzem menos dopamina e o 
número de conexões entre as células 
nervosas nos gânglios basais diminui. 
Como resultado, os gânglios basais 
não podem suavizar os movimentos 
como fazem normalmente, o que provoca o tremor, a perda de coordenação, 
movimento lento (bradicinesia), a tendência a se mover menos (hipocinesia) e 
problemas com postura e ao caminhar. 
 
Localizando os gânglios basais 
Os gânglios basais são conjuntos de células nervosas localizados profundamente no 
cérebro. Elas incluem o seguinte: 
➢ Núcleo caudado (uma estrutura em forma de C que se afunila em uma cauda fina) 
Putâmen 
➢ Globo pálido (localizado dentro do 
putâmen) 
➢ Núcleo subtalâmico 
➢ Substância negra 
➢ Os gânglios basais ajudam a 
suavizar os movimentos musculares e 
coordenam as mudanças de postura. 
 
 
Causas 
A causa da doença de Parkinson é incerta. De acordo com uma teoria, a 
doença de Parkinson pode originar de acúmulos anormais de sinucleína (uma 
proteína no cérebro que auxilia a comunicação das células nervosas). Esses 
depósitos, chamados de corpos de Lewy, podem se acumular em várias 
regiões do cérebro, principalmente na substância negra (na profundidade do 
telencéfalo) e interferir na função cerebral. 
Os corpos de Lewy geralmente se acumulam em outras partes do 
cérebro e do sistema nervoso, sugerindo que podem estar envolvidos em 
outras doenças. Na demência por corpo de Lewy, eles se formam na camada 
externa do cérebro (córtex cerebral). Os corpos de Lewy também podem estar 
envolvidos na doença de Alzheimer, possivelmente explicando porque cerca de 
um terço das pessoas com doença de Parkinson apresentam sintomas da 
doença de Alzheimer e porque algumas pessoas com doença de Alzheimer 
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-cerebrais,-da-medula-espinal-e-dos-nervos/doen%C3%A7as-do-movimento/doen%C3%A7a-de-parkinson-dp
 
41 
 
 
 
desenvolvem sintomas parkinsonianos. 
Aproximadamente 15 a 20% das pessoas com doença de Parkinson tem 
parentes que apresentam ou apresentaram a doença. Sendo assim, a genética 
pode ter um papel importante. 
 
Sintomas 
Geralmente, a doença de 
Parkinson começa de modo 
assintomático e avança de forma 
gradual. 
O primeiro sintoma é: 
• Tremores em cerca de dois 
terços das pessoas; 
• Problemas com movimentos 
ou uma sensação reduzida 
de odores na maioria das 
outras; 
Tremores normalmente apresentam 
as seguintes características: 
• São largos e cadenciados; 
• Geralmente ocorre em uma 
mão, enquanto está em repouso (tremor de repouso); 
• Frequentemente envolvem o movimento das mãos como se estivesse 
enrolando pequenos objetos (chamado “pill-rolling”); 
• Diminui quando a mão está se movendo intencionalmente e desaparece 
por completo durante o sono; 
• Pode ser piorado por estresse emocional ou fadiga; 
• Pode se intensificar e, com o tempo, avançar para a outra mão, braços e 
pernas; 
• Pode também afetar as mandíbulas, a língua, a testa e as pálpebras, 
mas não a voz; 
• Em algumas pessoas, o tremor nunca se desenvolve. 
 
Normalmente, a doença de Parkinson causa também os seguintes sintomas: 
 
Rigidez: 
Os músculos ficam rígidos, tornando o movimento difícil. Quando o médico 
tentaflexionar o antebraço da pessoa ou esticá-lo, o braço resiste ao ser 
movido e, quando isso ocorre, começa e para de se mover, como se fosse uma 
roda dentada (chamada rigidez da roda dentada). 
 
 
42 
 
 
 
 
Lentificação dos movimentos: 
Os movimentos se tornam lentos e 
difíceis de serem iniciados e as pessoas 
tendem a se mover menos. Quando elas 
se movem menos, mover-se torna-se 
mais difícil porque as articulações 
tornam-se rígidas e os músculos 
enfraquecidos. 
 
Dificuldade em manter o equilíbrio e a 
postura: 
 A postura torna-se curvada, e é difícil 
manter o equilíbrio. Portanto, as pessoas 
tendem a tombar para a frente ou para 
trás. Visto que os movimentos são lentos, os indivíduos não poderão mexer as 
mãos com rapidez suficiente para amortecer uma queda. 
Fica difícil caminhar, principalmente, para dar o primeiro passo. Depois 
de iniciado, as pessoas geralmente arrastam os pés, dão passos curtos, 
mantêm os braços dobrados na cintura e balançam pouco ou não balançam os 
braços. Ao andar, têm dificuldade de parar ou virar. Quando a doença está 
avançada, algumas pessoas param de andar de repente, porque sentem como 
se os pés estivessem colados no chão (chamado congelamento). Outras 
pessoas aceleram os passos de modo involuntário e gradual, e iniciam 
repentinamente uma corrida aos tropeções para evitar a queda. Este sintoma é 
chamado festinação. 
A rigidez e a diminuição da mobilidade podem contribuir para dores 
musculares e fadiga. Ter músculos rígidos interfere com muitos movimentos: 
virar-se na cama, entrar ou sair de um carro e levantar-se de uma poltrona. As 
atividades diárias normais (como vestir-se, arrumar o cabelo, alimentar-se e 
escovar os dentes) levam mais tempo. 
Como as pessoas 
frequentemente apresentam 
dificuldades em controlar os 
músculos pequenos das mãos, 
as atividades diárias, como 
abotoar os botões da camisa ou 
apertar os laços dos sapatos, 
tornam-se cada vez mais difíceis. 
A maioria das pessoas com a 
doença de Parkinson tem uma 
escrita tremida e diminuta 
 
43 
 
 
 
(micrografia), por ser difícil começar e manter o traço da caneta. As pessoas 
podem pensar erroneamente que esses sintomas são fraquezas. No entanto, 
força e sensibilidade geralmente são normais. 
A face fica menos expressiva (semelhante à máscara), porque os 
músculos faciais que controlam as expressões não se mexem tanto quanto 
normalmente o fariam. Essa falta de expressão pode ser confundida com uma 
depressão ou, pode fazer com que a depressão passe despercebida. 
(Depressão é comum entre pessoas com doença de Parkinson.) Por fim, o 
semblante pode apresentar um olhar perdido com a boca aberta e os olhos 
podem não piscar com frequência. Por vezes, os indivíduos babam ou se 
engasgam, porque os músculos na face e na garganta estão rígidos, tornando 
difícil a deglutição. Os pacientes costumam falar lentamente, com uma voz 
monótona, e por vezes gaguejam, devido à dificuldade que têm em articular as 
palavras. 
 
A doença de Parkinson também causa outros sintomas: 
 
Problemas de sono, 
incluindo insônia, são comuns, 
frequentemente porque a pessoa 
precisa urinar com frequência ou 
porque os sintomas pioram 
durante a noite, dificultando a 
pessoa virar na cama. É comum 
o desenvolvimento da disfunção 
do sono associado ao movimento 
rápido dos olhos (REM). Nesta 
doença, os membros, que normalmente não se movem no sono REM, podem 
se mover de modo violento e súbito porque as pessoas estão agindo conforme 
em seus sonhos, às vezes, até machucando o(a) companheiro(a). A falta de 
sono pode contribuir para a depressão e sonolência durante o dia. 
Problemas para urinar podem ocorrer. Pode ser difícil começar a urinar e 
continuar (chamada hesitação urinária). As pessoas podem apresentar uma 
necessidade compulsória para urinar (urgência). Incontinência é comum. 
A constipação pode se desenvolver, pois o intestino pode mover seu 
conteúdo mais lentamente. A inatividade e a levodopa, o principal medicamento 
usado no tratamento da doença de Parkinson, podem piorar a constipação. 
Pode ocorrer uma redução súbita e excessiva na pressão 
sanguínea quando uma pessoa fica de pé (hipotensão ortostática). 
As escamas (dermatite seborreica) se desenvolvem geralmente no couro 
cabeludo e no rosto e, às vezes, em outras áreas. 
Perda de olfato (anosmia) é comum, mas as pessoas podem não 
 
44 
 
 
 
perceber. 
Em aproximadamente um terço das pessoas com a doença de 
Parkinson, ocorre a demência. Em muitas outras, o pensamento é 
comprometido, mas as pessoas podem não reconhecer isso. 
Depressão pode se desenvolver, algumas vezes anos antes de as 
pessoas apresentarem problemas com movimentos. A depressão tende a 
piorar conforme a doença de Parkinson se torna mais grave. A depressão 
também pode fazer com que os problemas de movimentos piorem. 
Alucinações, delírios e paranoia podem ocorrer, particularmente se a 
demência se desenvolve. As pessoas podem ver ou ouvir coisas que não 
existem (alucinações) ou firmemente manter determinadas crenças ao invés de 
claras evidências que as contradigam (delírios). Elas podem se tornar 
desconfiadas e pensar que outras pessoas apresentam a intenção de 
machucá-las (paranoia). Esses sintomas são considerados sintomas psicóticos, 
uma vez que representam a perda de contato com a realidade. Sintomas 
psicóticos são os motivos mais comuns para as pessoas com doença de 
Parkinson serem admitidas em uma instituição. Apresentar esses sintomas 
aumenta o risco de falecimento. 
Sintomas mentais, incluindo sintomas psicóticos podem ser provocados 
pela doença de Parkinson ou por um medicamento utilizado para tratá-la. 
Os medicamentos utilizados para tratar a doença de Parkinson 
( Medicamentos utilizados para tratar a doença de Parkinson) podem também 
provocar problemas como comportamentos obsessivo-compulsivos ou 
dificuldade de controlar vontades, resultando, por exemplo, em apostas ou 
coleções compulsivas. 
 
Diagnóstico 
❖ Avaliação de um 
médico; 
❖ Às vezes, tomografia 
computadorizada ou 
imagem por 
ressonância 
magnética; 
❖ Às vezes, o uso de levodopa para verificar se ajuda; 
 
A doença de Parkinson é mais provável se as pessoas apresentam o seguinte: 
➢ Movimentos lentos, restritos; 
➢ O tremor característico; 
➢ Rigidez muscular; 
➢ Melhora nítida e de longa duração (sustentada) em resposta à levodopa. 
 
 
45 
 
 
 
Pode ser difícil para o 
médico diagnosticar a doença 
leve na sua etapa inicial, 
porque tende a começar de 
modo sutil. O diagnóstico é 
particularmente difícil nos 
idosos, pois o envelhecimento 
pode causar alguns 
problemas semelhantes aos 
da doença de Parkinson, 
como a perda de equilíbrio, 
movimentos lentos, rigidez muscular e postura curvada. Algumas vezes, tremor 
essencial é mal diagnosticado como doença de Parkinson. 
Para excluir outras causas dos sintomas, o médico pergunta sobre 
doenças anteriores, exposição a toxinas e uso de medicamentos que poderiam 
causar parkinsonismo. 
 
Exame físico 
 
Durante o exame físico, 
os médicos solicitam as 
pessoas que realizem 
determinados movimentos que 
podem ajudar a estabelecer o 
diagnóstico. Por exemplo, em 
pessoas com doença de 
Parkinson, o tremor desaparece 
ou diminui quando os médicos solicitam a eles que toquem seu nariz com seus 
dedos. Além disso, as pessoas com a doença apresentam dificuldade em 
realizar rapidamente movimentos alternativos, como posicionar suas mãos em 
seus quadris e, logo, rapidamente 
virar as mãos para cima e para baixo 
diversas vezes. 
 
Exames 
 
Não existem testes ou 
procedimentos imagiológicos que 
possam confirmar o diagnóstico de 
forma direta. Entretanto, a tomografia 
computadorizada(TC) e a imagem por 
ressonância magnética (IRM) podem 
 
46 
 
 
 
ser realizadas para detectar se uma perturbação estrutural é a causa dos

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