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Trabalho Inteligências Múltiplas

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INTERFACE ENTRE AS INTELIGÊNCIAS 
MÚLTIPLAS 
 
 
Acadêmicos 
Ana Paula Ribeiro dos Santos 
Cristina Pereira Cortes 
Janaine Maciel de Souza 
Liliane Camargo Santos 
Rosimara de Fátima Lopes Dias 
 
 
Professor-Tutor Externo 
Márcia de Paula Vargas 
 
 
Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI 
Curso Pedagogia1653 – Prática do Módulo IV 
03/07/2018 
 
 
 
RESUMO 
 
O presente trabalho busca apresentar um estudo sobre a teoria das Inteligências Múltiplas 
desenvolvida por Howard Gardner (1995). Iniciando com uma pequena explanação do 
conceito de inteligência, passando pelo histórico do desenvolvimento da tese do psicólogo, 
tendo seu foco central no relato sobre cada um dos nove tipos de inteligências, podendo estes 
serem mais ou menos desenvolvidas dependendo dos estímulos recebidos. Finalizando 
apresentamos a importância da visão pluralista da escola e do educador em um ensino que 
vise reconhecer as diversas competências de aprendizagem de cada aluno em sua 
singularidade. Destacamos a responsabilidade de cada professor em diversificar sua prática 
de ensino para lecionar os conteúdos propostos. 
 
 
 Palavras-chave: inteligências múltiplas, desenvolvimento, ensino. 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
O reconhecimento do intelecto humano faz parte de nosso contexto histórico-cultural, 
havendo assim várias definições para o termo, a palavra “inteligência” deriva do latim das 
palavras inter = entre e eligere = escolher. Conforme Antunes (2005) inteligência significa a 
capacidade de conseguirmos compreender as coisas escolhendo o melhor caminho. Assim a 
inteligência é a habilidade mental que possibilita a eficiência do aprendizado adaptando-se 
com facilidade a uma nova situação. 
“A inteligência não aparece, de modo algum, num dado momento do 
desenvolvimento mental, como um mecanismo completamente montado e 
radicalmente diferente dos que o precederam. Apresenta, pelo contrário 
uma continuidade admirável com os processos adquiridos ou mesmo inatos 
respeitantes à associação habitual e ao reflexo, processos sobre os quais ela 
se baseia ao mesmo tempo em que os utiliza”. (PIAGET, 1986, p.23). 
 
Deste modo passamos a entender que a inteligência é como um processo de 
organização biológica através do processo evolutivo, e há pouco tempo atrás que a 
inteligência fosse simplesmente a capacidade do indivíduo de aprender, instituindo-se apenas 
do fator hereditário capaz de ser medido. As formas mais freqüentes para avaliação dos níveis 
de inteligência através dessa concepção eram através de testes padronizados com questões de 
múltipla escolha que buscavam verificar o chamado Quociente de Inteligência (Q.I), 
examinando e identificando as capacidades verbais e não-verbais, dentre elas: memória, 
compreensão e solução de problemas, acreditando que o grau de inteligência de cada criança 
depende unicamente de sua idade mental, assim, se uma criança for mais nova, apresentará 
pouco nível de inteligência. De modo inverso, se for mais velha, será mais inteligente, pois o 
teste sempre estará ligado à sua idade cronológica (GARDNER, 1995). Ao longo dos anos 
diversos testes foram criados, a fim de medir o nível de inteligência baseando se nos mesmos 
fundamentos, porém dentre eles podemos destacar o Teste de Aptidão Escolar-Sat, (1926) seu 
fundamento era baseado em resultados verbais e matemáticos. O que possibilitou o 
desenvolvimento de testes mais abrangentes, tal como os desenvolvidos por Todd Lubart e 
Robert J. Sternberg, que trouxeram uma concepção pluralista do conceito de inteligência. 
 Por meio destes testes o psicólogo cognitivo Howard Gardner (1995) desconsiderou a 
padronização e a “visão uniforme” e limitada do conceito de inteligência, para ele a 
inteligência deveria ser estabelecida como a capacidade que o indivíduo tem de solucionar 
problemas ou elaborar situações que sejam valorizadas nos mais diferentes ambientes. Para 
determinar seu conceito Gardner analisou diversas populações de crianças, procedendo em 
uma análise fatorial estatística, que resultou em um amplo diagnóstico, apontando assim, a 
existência de uma série de inteligências: Inteligência Lógico-Matemática, Inteligência 
Linguística, Inteligência Musical, Inteligência Espacial, Inteligência Corporal-Cinestésica, 
Inteligência Interpessoal, Inteligência Intrapessoal, Inteligência Naturalista e Inteligência 
Existencial. 
Todos os indivíduos normais possuem cada uma dessas capacidades em 
certa medida; os indivíduos diferem no grau de capacidade e na natureza de 
sua combinação (GARDNER, 1995, p.20). 
 
 Posteriormente outras inteligências foram sugeridas tais como espiritual, moral e 
existencial, mas Gardner não as incluiu em sua listagem original. É importante ter em mente 
que todas as inteligências são válidas e as pessoas nascem com o potencial de desenvolver as 
nove inteligências, porém em condições ambientais (amigos, família, localidade), elas 
normalmente recebem estímulos para o desenvolvimento de apenas uma ou duas 
inteligências. 
 
 2 INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS 
 
2.1 LINGUÍSTICA 
 
 Esta diretamente ligada à linguagem, comunicação e interpretação do mundo através 
das palavras, sendo fortemente relacionado ao lado esquerdo do cérebro, considerada uma das 
inteligências mais comuns. A inteligência “da palavra” pode a princípio parecer limitada 
devido ao fato de saber transformar e interpretar concepções em símbolos gráficos tais como: 
escrever e ler. Seus componentes centrais são a sensibilidade para os sons, ritmos e 
significados das palavras, especial percepção das diferentes funções da linguagem e a 
habilidade para usar a linguagem para convencer, agradar, estimular ou transmitir idéias de 
acordo com (GUIMARÃES, 2006). 
 No poeta, então, vê-se em funcionamento com especial clareza as operações centrais 
da linguagem. Uma sensibilidade ao significado das palavras, por meio da qual o indivíduo 
aprecia as sutis nuances de diferença entre derramar tinta “intencionalmente”, 
“deliberadamente” e “de propósito”. Uma sensibilidade à ordem entre as palavras – a 
capacidade de seguir regras gramaticais e, em ocasiões cuidadosamente selecionadas, violá-
las. Num nível um tanto mais sensorial – uma sensibilidade aos sons, ritmos, inflexões e 
metros das palavras – aquela habilidade que pode tornar belo de ouvir até mesmo um poeta 
numa língua estrangeira. (GARDNER, 1994, p.60). 
 Essa inteligência não é apenas privilégio de poetas e escritores, em crianças esta 
habilidade se expressa através da capacidade para contar histórias originais ou para contar, 
com exatidão, experiências vividas, ao longo do desenvolvimento manifestam gosto pela 
leitura e escrita. Destacam-se nessa área: escritores, poetas, redatores, roteiristas, oradores, 
líderes políticos e jornalistas. Para ANTUNES (2001, p.22) as pessoas que possuem essa 
característica tendem também a se interessar por idiomas diferentes, gostam de ouvir 
histórias, realizar palavras cruzadas, são sensíveis a regras, organizados e sistemáticos. Ela 
também diz respeito a discursos internos, a pessoas que conversam com si mesmas. 
 A língua é materna é transversal a todo o currículo. Ela está presente em todas as 
disciplinas e em qualquer contexto da vida, é na família que a criança começa a ter contato 
com ela e a receber os primeiros estímulos tais como: Contação de histórias, estimulação de 
diálogos, interpretação de idéias. Um exercício sempre interessante pode ser ao solicitar ao 
ouvinte a reconstrução de uma frase com o uso de palavras diferentes das utilizadas 
originalmente, ainda que preservandoa exatidão do conteúdo (Antunes, 2006, 70), ou seja, 
alterar a ordem das sentenças das palavras e incentivar a busca da compreensão, o docente em 
sala contribui muito nesse processo de estímulos podendo desenvolver atividades através de 
jogos lingüísticos, teatro, proporcionando oportunidades para os alunos individualmente, 
lerem, escreverem, ouvirem e falarem entre outros. 
 
2.2 CORPORAL-CINESTÉSICA 
 
 Essa inteligência está relacionada a habilidades corporais em expressar sentimentos, 
idéias através da manipulação de objetos ou êxito no desempenho de habilidades físicas. 
(ARMSTRONG apud GUIMARÃES, 2006). Cinestesia é o termo usado para explicar o 
conjunto de sensações que sentimos e percebemos nosso corpo, tais como movimentos 
musculares, destaca-se as habilidades de equilíbrio, força, destreza usando seu corpo para 
cumprir determinado propósito. De acordo com Gardner, o “conhecimento” corporal-
cinestésico corresponde muito dos critérios de uma inteligência: 
 Executar uma seqüência mímica ou bater numa bola de tênis não é resolver uma 
equação matemática. E, no entanto, a capacidade de usar o próprio corpo para expressar uma 
emoção (como na dança), jogar um jogo (como num esporte) ou criar um novo produto [...] é 
uma evidência dos aspectos cognitivos do uso do corpo. (1995, p. 24). 
 O controle do movimento corporal está localizado no córtex motor, com cada 
hemisfério dominante ou controlador dos movimentos corporais no lado contralateral. Nos 
destros, a dominância desse movimento normalmente é encontrada no hemisfério esquerdo, o 
desenvolvimento de movimentos individualizados do corpo é uma característica de diferentes 
espécies, nos seres humanos, esta habilidade é estendida através do uso de ferramentas e do 
desenvolvimento cultural. 
 Ela pode ser identificada em dançarinos, inventores, mímicos, atores e atletas, 
conforme afirma Antunes (2001, p.19), ao estimular essa competência também se está 
estimulando outros recursos como tato, atenção, visão, olfato e paladar. Podemos destacar 
também nos indivíduos características como, bons reflexos interesse por esportes físicos, 
respostas treinadas, aprende melhor em movimento, brinca com objetos em quanto realiza 
outras tarefas. Para Smole (1996, p. 12) ainda é comum muitas pessoas que se recusam a 
reconhecer essa inteligência como uma parte importante do desenvolvimento muitas vezes o 
uso do corpo em movimento não é valorizado pela sociedade. 
 Sua estimulação por meio de atividades como a prática de exercícios físicos, usarem a 
dança para aprender, usar o movimento para aprender, representar a aprendizagem, jogos 
como lego, inserção de práticas artesanais e brincadeiras. 
 
2.3 ESPACIAL 
 
 A Inteligência Espacial é importante para orientação em diversas localidades, 
reconhece às representações gráficas em mapas, diagramas ou formas geométricas, esta 
envolvida também na resolução de problemas espaciais sejam reais ou imaginárias. Este tipo 
de inteligência relaciona pessoas que tem capacidade de lidar com aspectos, formas, figuras, 
espaço e a relação que existe entre eles e pessoas criativas e extremamente organizadas como 
engenheiros, arquitetos e até mesmo pintores e escultores. 
 Esta forma de inteligência se destaca em Darwin (que associou sua teoria à árvore da 
vida), ou em Dalton (que associou a imagem do átomo a do sistema solar), Leonardo Da 
Vinci e Pablo Picasso. 
Segundo Piaget “O advento de operações concretas no início da 
escolaridade simboliza importante ponto de mudança no desenvolvimento 
mental da criança”. 
 
 Em sala de aula o estímulo à Inteligência Espacial pode ser trabalhado com a 
alfabetização cartográfica, a leitura do espaço pela criança representa uma descoberta com 
grande significado em sua formação. Á partir dos 5 anos podemos desenvolver exercícios 
físicos ou jogos que explorem a noção de direita e esquerda, encima e embaixo, esportes 
como natação e judô são ótimos para estimular e desenvolver tais habilidades. 
 Além de ser uma atividade prazerosa para criança ela vê como uma brincadeira, uma 
diversão na qual é estimulada brincando. 
 
2.4 ECOLÓGICA 
 
 A Inteligência Ecológica esta presente em pessoas que observam os aspectos da flora 
e da fauna, esta ligada diretamente com o meio ambiente, com a vida ou com a vivência 
animal e vegetal. 
Segundo Gardner (1994), é a facilidade que algumas pessoas possuem em 
conhecer o mundo vivo, saber distinguir e classificar diferentes espécies de 
animais, insetos, plantas, flores, e etc. 
 Esta inteligência destaca-se em biólogos, botânicos, jardineiros e veterinários, mas não basta 
ter o conhecimento, e sim a sensibilidade para entender o mundo natural compreendendo sua 
integração e harmonia, esta forma de inteligência se destaca em Charles Darwin e Carolus 
Linnaeus (Lineu). 
 Para trabalhar com as crianças esta inteligência podemos começar fazendo uma horta 
na escola ensinando desde a plantar a semente e como cultivá-la no período anual, explicar sobre a 
importância de separar o lixo e como alguns produtos podem ser reaproveitados com a reciclagem, 
isto trás um leque de novos materiais e brinquedos que podem ser construídos, passeio ao ar livre seja 
com um piquenique no parque ou um passeio ao zoológico estimulam a percepção da criança sobre a 
importância da natureza e que devemos preservá-la 
 
2.5 INTERPESSOAL 
 
 Essa inteligência desenvolve o potencial da pessoa se colocar no lugar do outro, 
percebendo a necessidade do indivíduo e conseguindo distinguir sentimentos e emoções. 
Possui fácil percepção e se adéqua a todos os tipos de grupos, conseguindo interagir com 
todos, possuindo excelentes qualidades para liderar, e percebendo tudo o que é indispensável 
para um grupo de indivíduos. Busca e cultiva relações com as outras pessoas e contribui para 
o melhor convívio, sendo sempre muito cortês, e tendo sempre facilidade para se comunicar. 
"Inteligência Interpessoal: a capacidade de perceber e fazer distinções no 
humor, intenções, motivações e sentimentos de outras pessoas". (Armstrong, 
2001, p. 14-15). 
 
 Para diagnosticar esse tipo de inteligência, sabemos que a escola, por exemplo, é uma 
grande aliada para identificá-la e desenvolvê-la, proporcionando práticas educativas, e entre 
essas práticas está à tarefa em equipe. As profissões que podem ser exercidas relacionada a 
essa inteligência podem ser todo tipo de liderança, inclusive religiosa e política, posições que 
tem contato direto ao outro (vendedores), ao público (atores), enfim. 
 Diante disso podemos entender que quanto mais cedo se descobrir essa inteligência, 
melhor será o seu relacionamento com o próximo, e mais fácil de determinar seu lugar na 
sociedade. 
 
2.6 INTRAPESSOAL 
 
 A Inteligência Intrapessoal desenvolve a capacidade de a pessoa conhecer a si mesma, 
se respeitando e se aceitando, conseguindo controlar suas emoções e sabendo o seu próprio 
limite. Essa inteligência faz com que o indivíduo saiba até onde podem ir, quais são seus 
http://biologo.com.br/bio/lineu/
temores e como reagir diante das situações. Sempre confiante, possui opinião própria, 
determina seus objetivos e sabe se expressar. 
 Entre as profissões que estão ligadas a essa inteligência temos o terapeuta, o psicólogo 
e o filósofo, e uma das formas de estimular no ambiente escolar, é fazer atividades que os 
faça refletir sobre algum tema e depois discuti-las. 
"É de máxima importância reconhecer e estimular todas as variadas 
inteligências humanas e todas as combinações de inteligências. Nós somos 
todos tão diferentes, em grande parte, porque possuímos diferentes 
combinações de inteligências. Se reconhecemos isso, penso que teremos 
pelo menos uma chance melhor de lidar adequadamente com os muitos 
problemas que enfrentamos neste mundo". Howard Gardner (1987). 
 
 
 Diante dessa afirmação, podemos entender que mesmo se tratando de uma capacidadeinterna as inteligências devem ser estimuladas, inclusive a intrapessoal, justamente por 
sermos tão diferentes um do outro. Quando soubermos entender e compreender isso, 
poderemos contribuir para um mundo melhor. 
 
2.7 EXISTENCIAL 
 
 Como o próprio nome já fala: Existencial, também conhecida como Espiritual, é a 
inteligência que desenvolve a capacidade de aprofundar estudos sobre nossa existência, qual 
a razão pelo que estamos neste mundo, qual nossa posição no universo, qual será o nosso fim, 
enfim. Foi uma das últimas inteligências descobertas e ainda não é bem vista dentro das 
faculdades, por ter uma ligação com o mundo "espiritual", entre as pessoas que possuem essa 
inteligência está o filósofo. 
Segundo Letícia Strehl apud Gardner 1994, p.7 
“(...) existem evidências persuasivas para a existência de diversas 
competências intelectuais humana relativamente autônoma abreviadas 
daqui em diante como ”inteligências humanas“. Estas são as "estruturas da 
mente " do meu título. A exata natureza e extensão de cada "estrutura" 
individual não é até o momento satisfatoriamente determinada, nem o 
número preciso de inteligências foi estabelecido. Parece-me, porém, estar 
cada vez mais difícil negar a convicção de que há pelo menos algumas 
inteligências, que estas são relativamente independentes uma das outras e 
que podem ser modeladas e combinadas numa multiplicidade de maneira 
adaptativas por indivíduos e culturas." 
 Entendemos que mesmo sendo de suma importância desenvolver o conhecimento 
dentro dessa área, muito ainda assim se torna resistente a este saber, e à medida que o tempo 
passa novas descobertas surgem conforme os estudos vão sendo aprofundados, resultando na 
possibilidade de novas inteligências surgirem. 
 
2.8 LÓGICO-MATEMÁTICA 
 
 A inteligência lógico-matemática está associada a capacidade de lidar com números e 
também de resolver problemas. 
“A INTELIGÊNCIA LÓGICO-MATEMÁTICA é a competência para 
raciocinar de maneira lógico-dedutiva e solucionar problemas envolvendo 
números e elementos matemáticos. Esta presente em cientistas, advogados, 
físicos, matemáticos etc.” (LAKOMY, Ana Maria ,Pag. 56). 
 
 As pessoas com inteligência lógico-matemática têm muita facilidade para calcular, e 
quando precisam resolver algo relacionado a números fazem como se fosse um robe e até 
mesmo quando estão em momentos de descanso. 
“Essa forma de inteligência, portanto, manifesta-se na facilidade para o 
cálculo, na capacidade de perceber a geometria nos espaços, no prazer 
especifico que algumas pessoas sentem ao descansar resolvendo um 
quebra-cabeça” que requer pensamento lógico ou ao “inventar” problemas 
lógicos enquanto estão no trânsito congestionado ou aguardando em uma 
longa fila” ( Antunes,2015,p.32). 
 
 É uma competência mais diretamente associada ao pensamento científico. Pode se 
notar que todas as pessoas possuem a inteligência-matemática porém em algumas fica mais 
evidente. Pessoas com essa inteligência avançada, ganham a admiração da sociedade. 
“A inteligência-logico matemática, como as demais, esta presente em todas 
as pessoas, mas em algumas mostra-se mais acentuada e permite o 
aparecimento de figuras como Euclides, Pitágoras, Newton, Bertrand 
Russel e , sobretudo, Einstein, e de numerosos engenheiros e arquitetos 
brilhantes. Entre todas as inteligências, indiscutivelmente, a logica-
matemática e a verbal são as de maior prestígio.” ( Antunes, 2015, p. 32). 
 
 Uma das principais características dessa inteligência e a rápida resolução de um 
problema, além de projetar algo na memória e transferir pro papel da mesma forma que 
imaginou. 
“Esta forma de inteligência foi imensamente investigada por psicólogos 
tradicionais, e é o arquétipo de “inteligência pura” ou da faculdade de 
resolver problemas que encurta significativamente o caminho entre os 
domínios.” (GARDNER, 1995, p.25). 
 
 2.9 INTELIGÊNCIA MUSICAL 
 
 É a eficiência de se aprofundar em termos musicais, identificar assuntos 
melódicos elaborar canções. 
“A Inteligência Musical é a competência de pensar em termos musicais, 
reconhecer tons e sons musicais, observar como podem ser transformados e 
produzir criativamente músicas. Muitos músicos conhecidos não tiveram 
aprendizagem formal” (LAKOMY, Ana Maria PAG 57). 
 
 Quando conseguir ler, escrever e interpretar através da música se tem inteligência 
musical, isso será notado nas pessoas quando elas cantam muito bem, tocam instrumentos, 
consegue observar ritmos, melodia, timbre, tons, tem habilidades diferenciadas. 
“... que sua competência se manifesta, desde muito cedo, pela facilidade em 
identificar sons diferentes, perceber as nuanças de sua intensidade, captar 
sua direcionalidade. Especificamente na música, a inteligência percebe com 
clareza o tom ou a melodia, o ritmo ou a frequência e o agrupamento dos 
sons e suas características intrínsecas, geralmente denominada de 
timbres.” (Antunes, 2015, p.58). 
 
 A inteligência musical representa competências para tocar instrumentos musicais sem 
precisar de estímulos específicos. 
“Existe um vínculo biológico a uma determinada inteligência” Gardner 
(1995, p.22). 
 
 A LDB traz a música como uma disciplina obrigatória na grade curricular escolar no 
ensino fundamental e médio dentro do componente de artes, entendendo a necessidade de se 
relacionar com a música, pois ela também é fonte de cultura e de inteligências. 
“O objetivo não é formar músicos, mas oferecer uma formação integral 
para as crianças e a juventude. O ideal é articular a música com as outras 
dimensões da formação artística e estética.” Conforme explica Helena de 
Freitas, coordenadora-geral de Programas de Apoio à Formação e 
Capacitação Docente de Educação Básica no Ministério da Educação. 
 
 O MEC recomenda que os alunos aprendam cantos, ritmos, danças e sons de 
instrumentos regionais e folclóricos para, assim, conhecer a diversidade cultural do Brasil. 
 
3 AS IMPLICAÇÕES NA ESCOLA COM A TEORIA DAS INTELIGÊNCIAS 
MÚLTIPLAS 
 
 A teoria das inteligências múltiplas em sala de aula tem muitas razões para serem 
levadas a sério, pois interferem no desenvolvimento natural dos seres humanos. 
Segundo Gardner (1995, p.35) [...] há razoes importantes para considerar a 
teoria das inteligências múltiplas e suas implicações para a educação. 
 
Será necessário que a escola proporcione o incentivo e o apoio para a descoberta e 
domínio das múltiplas inteligências e não foque somente nas capacidades linguísticas e 
lógicas, pois isso pode prejudicar e muito os alunos com outras inteligências, e que só 
necessitam se descobrir e estimular para desenvolvê-las. 
“... É evidente que o professor não pode confiar cegamente em sua intuição, 
é mais do que essencial que estude e que aprenda, que pratique e que 
divulgue seus experimentos, que tenha um espírito analítico para 
acompanhá-los e para anotar a progressão de seus resultados e que 
principalmente, saiba que as modificações no estimulo das inteligências 
múltiplas só é viável com a inclusão de um programa para estimulação, que 
não dará resultado com experimentos isolados e meramente 
circunstanciais.” ( Antunes, 2015, p 100). 
 
É necessário que o professor entenda que cada aluno aprende de forma diferente e 
estimule o para assim descobrir qual inteligência se manifesta em cada um com mais 
intensidade. 
“Particularmente, sentimos que, quando o professor acredita nas múltiplas 
inteligências e em sua habilidade em motiva-las, ele se descobre um 
extraordinário estimulador de habilidades em seus alunos.” (Antunes, 2015, 
p 100) 
 
 
 
 
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Todos os seres humanos possuem potenciais diferenciados, que muitas vezes não são 
explorados de forma a favorecer seu desenvolvimento, com a teoria das Inteligências 
múltiplas podemos entender cada potencialidade, seus estímulos e suas dificuldades deaprendizado. Sabe-se que há muitas pessoas que apresentam e têm muitas dificuldades em 
determinadas matérias exatas, outras com as humanas. Já outras pessoas têm facilidade na 
dança, outras mesmo que treinem bastante já não apresentam tanta habilidade, cabe a escola e 
a seu corpo docente criar práticas de ensino que busquem por meio da interdisciplinaridade e 
da individualidade de cada educando maximizar e explorar seu potencial nato, para que todos 
os perfis de inteligências sejam beneficiados e estimulados também em seus déficit para que 
não se tornem uma barreira para o aprendizado, saindo do ensino tradicionalista que 
beneficia quase que exclusivamente, as inteligências linguística e lógico-matemática. 
 Não é possível tratar a inteligência apenas como uma capacidade única, e sim como uma 
área múltipla e composta por um conjunto de fatores que levam a compreensão e ao 
aprendizado. O cérebro humano também não abriga uma memória geral e sim formas de 
memorização e competências diversas de concentração subordinadas a cada uma das 
inteligências, ainda que cientistas afirmem que o número de nove é relativamente subjetivo 
levando em consideração cada indivíduo e suas habilidades cognitivas. 
 
 
“Somos todos geniais. Mas se você julgar um peixe por sua capacidade em subir em 
árvores, ele passará sua vida inteira acreditando ser estúpido”. Albert Einstein 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
Araújo, Renata Miranda. A teoria das Inteligências Múltiplas - Descomplica professor-#55 
03/08/17. Acessado em 05/04/18. 
Barros, Jussara de Inteligências Múltiplas-Novo conceito em educação. Equipe Brasil Escola. 
Acessado em 05/04/18. 
Gardner, Howard. A Teoria das Inteligências Múltiplas. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 
1994. 
Strehl, Letícia. Teoria das Múltiplas Inteligências de Howard Gardner: Breve Resenha e 
Reflexões Críticas. Seminário sobre Ensino e Comunicação e Informação. 2000/2. 
Sadek, José Roberto Neffa. Múltiplas Inteligências na prática escolar. Caderno tv escola. 
Ministério da Educação a distância. 1999 
Smole, Kátia Cristina Stocco. Múltiplas Inteligências na Prática Escolar. Brasília. Ministério 
da Educação. Secretaria da Educação a distância. 1999 
Ventura, Ronaldo. Projeto potência/inteligência-existencial. 25/11/2015. Acessado em 
06/04/2018 22:17 
Despertarcoletivo.com/os-tipos-de-inteligências. Acessado 06/04/18 22:2 
https://gauchazh.clicrbs.com.br/comportamento/noticia/2010/08/teoria-das-inteligencias-
multiplas-ajuda-a-entender-dificuldades-de-aprendizado-2996927.html 
GUIMARÃES, Alexandre de O. As Inteligências Múltiplas no cotidiano escolar das séries 
iniciais do ensino fundamental e sua repercussão na aquisição do conhecimento. 55 f. 
Monografia (Graduação em Pedagogia), Centro Universitário de Brasília. Brasília, 2006. 
GARDNER, H. Estruturas da mente. Porto Alegre, 1994: ARTMED. GARDNER, Howard. 
Inteligências Múltiplas: a teoria na prática. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 1995. 
ANTUNES, Celso. Trabalhando Habilidades: construindo ideias. São Paulo: Scipione, 2001. 
ANTUNES, Celso. A afetividade na escola: educando com firmeza. Londrina: Maxiprint, 
2006.194p. 
SMOLE, Kátia Cristina Stocco. A matemática na educação infantil: a Teoria das Inteligências 
Múltiplas na prática escolar. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996 
http://eventos.seifai.edu.br/eventosfai_dados/artigos/semic2016/449.pdf ANTUNES, Celso. 
Como desenvolver as competências em sala de aula. Petrópolis, RJ; Vozes, 2001. 
GARDNER, Howard. Inteligências múltiplas: a teoria na prática. Tradução de Maria Adriana 
Veríssimo Veronese. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995. HOFFMANN, Jussara. Avaliação 
mediadora: uma prática em construção da pré- escola á universidade. Porto Alegre.: Editora 
Mediação, 1993. MICHAELIS. Dicionário prático da língua portuguesa. São Paulo: 
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Brasil. http://portal.mec.gov.br/ultimas-noticias/222-537011943/11100-sp-433581153 
www.ebiografia.com/charles_darwin 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Carolus_Linnaeus 
As inteligências Múltiplas e seus estímulos (Celso Antunes) 
https://gauchazh.clicrbs.com.br/comportamento/noticia/2010/08/teoria-das-inteligencias-multiplas-ajuda-a-entender-dificuldades-de-aprendizado-2996927.html
https://gauchazh.clicrbs.com.br/comportamento/noticia/2010/08/teoria-das-inteligencias-multiplas-ajuda-a-entender-dificuldades-de-aprendizado-2996927.html
http://portal.mec.gov.br/ultimas-noticias/222-537011943/11100-sp-433581153
http://www.ebiografia.com/charles_darwin
https://pt.wikipedia.org/wiki/Carolus_Linnaeus

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