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A Luta Pelo Direito 
 Prof. Dra Cristiane Leamari Castro
Aluno(a): Ravila Lopes Rodrigues
 
 Responda as seguintes provocações literárias:
 1º Após a leitura da obra, você concluiu que luta pelo seu direito? Em caso positivo, aponte uma passagem na leitura do texto com a qual se identificou.
 
 “Aquele que for atacado em seu direito deve resistir; — é um dever para consigo mesmo.” 
 “Temos, pois, o dever de defender nosso direito, porque nossa existência moral está direta e essencialmente ligada à sua conservação;”
 Ressalta-se que, para Ihering, é muito mais valoroso o sentimento de justiça que propriamente o valor, financeiramente falando, pois o que está em jogo é o caráter e a conduta do indivíduo, e o processo nessa situação extrapola os interesses financeiros, e está mais ligado a uma questão de honra, de caráter, segundo o autor.
2º Na obra qual é a relação estabelecida entre Ihering e Savigny?
 
 Para Ihering o Direito ele é produzido através de lutas através de batalhas, diferente de Savigny ele afirma que o Direito é uma produção histórica, ele afirma que as alterações do Direito ocorre espontaneamente, o que eu particularmente discordo, Ihering afirma que o povo que deve lutar por seus direitos, e que o Direito virá tão somente através dessas lutas e dessas dores, tanto é que Ihering compara tais lutas às dores do parto. Ihering afirma que quando o povo luta por seu direito, a ligação será muito mais forte, real, verdadeira, incondicional, bem como a ligação de uma mãe para com seu filho. Como por exemplo os direitos das mulheres, só foi conquistados pelas lutas das mulheres.
3º Por que para Ihering o homem que não luta pelo seu direito pode ser comparado a um verme?
 
 Ihering afirma que o individuo que não luta pelos seus direitos individuais, dificilmente ele irá lutar pelos direitos coletivos, quando um homem se torna um verme, ele não pode reclamar ao ser pisoteado, ou seja, quando esses homens lançam seu direito aos pés de outros, devem aceitar calados, pois, para Ihering, nem dignos de reclamarem são, já que permitiram que seu direito fosse violado.
 O individuo que age de modo conformador que não luta pelos seus interesses ele não pode reclamar pela sua situação, Ilering afirma que essas pessoas que são conformadas só tem a vida que tem porque existem pessoas que não são conformadas, se hoje estamos aqui fazendo esse questionário ou tendo liberdade de expressão foi porque um dia pessoas lutaram por esses direitos, pessoas se posicionaram para que pudéssemos estar aqui.
 
 “O indivíduo que age como uma minhoca não deve reclamar de ser pisoteado.”
 4º A sociedade brasileira considerando a era da judicialização, pactua das premissas de Ihering? 
 
 Os direitos conquistados em cada Constituição brasileira não resultaram de uma luta pelo direito nos moldes de Ihering. Tampouco foram resultado de lenta conscientização a respeito deles. Na verdade, sempre foram impostos de forma vertical, o que até não seria um problema desde que fossem reais e não apenas abstratos. As revoluções brasileiras na verdade não passaram de reformas necessárias para a manutenção de interesses particulares. 
 Para Ihering, a lei é uma batalha, e todas elas foram surgindo através de batalhas, de lutas. Infelizmente, a maioria dos homens veem as leis como um instrumento de paz e de ordem, e a partir disso, Ihering faz uma outra crítica, afirmando que as leis estão mais atarefadas com a balança do que propriamente com a espada da justiça, ou seja, estamos inseridos dentro de um ordenamento jurídico que mesmo sabendo de sua existência, acabando negligenciando, ou não nos apropriando dessas.
5º A paz e a guerra andam juntas para o autor?
 Nesse livro é demonstrado como a lei passa por momentos de guerra e paz, ele diz que é a conquista do direito é através da guerra. Expliquemos: certos momentos da vida uma geração passa por muita guerra e luta para que conquiste a paz de outras gerações, que vivem momentos de paz. Uma sofre uma constante luta para que a próxima viva a paz. Sofrer a guerra é lutar contra qualquer tipo ou ideologia de opressão. Para Ihering a meta da lei é a paz e a forma de obter isso é a guerra, ou seja, para obtermos nossos direitos e para termos paz é preciso que haja luta. Sendo assim, acredito que a paz e a guerra andam “juntas”
“O direito não é uma ideia lógica, porém ideia de força; é a razão porque a justiça, que sustenta em uma das mãos a balança em que pesa o direito, empunha na outra a espada que serve para fazê-lo valer. A espada sem a balança é a força bruta, a balança sem a espada é o direito impotente; completam-se mutuamente: e, na realidade, o direito só reina quando a força despendida pela justiça para empunhar a espada corresponde à habilidade que emprega em manejar a balança”. 
 6º na concepção de Ihering o direito é uma ideia prática.
 
 Não, o Direito de uma sociedade é a expressão dos conflitos sociais desta sociedade, e ele resulta de uma luta de pessoas e grupos pelos seus próprios direitos subjetivos. Por isso, o Direito é uma força viva e não uma ideia. Você luta para fazer valer seu direito, não importando o motivo, o direito objetivo dá a cada um a liberdade de fazer seu direito ou de abandoná-lo e o Estado deve respeitar o indivíduo. Sendo que para uma nação tornar-se respeitada por outra, seu Estado deve entender que o direito privado faz surgir o público, sendo que ambos andam sempre juntos.
7º Podemos afirmar que Ihering era dogmático, tinha uma visão do direito cristalizada.
 
 Sim, se fizermos uma análise comparando as ideias do autor com a realidade, constaremos a lógica de seus pensamentos narrados em sua obra. Veremos que a história do direito é repleta de lutas e conflitos, as renovações das ideias do direito são sempre um movimento difícil, pois temos de um lado o direito histórico. É sempre um processo árduo impor novas ideias perante o tradicional. Outro ponto que merece destaque é o fato de o autor considerar a moral como uma das principais forças que movem o interesse pelo direito. Assim, pode-se considerar a obra aplicável em nossos dias, pois a “todo instante” vemos essa luta no nosso dia-a-dia.
“o direito é um labor contínuo, não apenas dos governantes, mas de todo o povo”
 8º A defesa do direito é um dever que temos com a sociedade na concepção do autor?
 “A defesa do direito é dever do homem para com a sociedade”
 A importância da resistência a um direito, no sentido de que independentemente do valor do objeto roubado, é seu dever para com a sociedade defender o seu direito. O indivíduo não pode abrir mão de um direito, porque se o fizer, fortalece o inimigo e enfraquece o direito. Ou seja, as consequências da atitude de um cidadão que parece ser isolada e sem importância extrapola ilimitadamente esta esfera individual e toda a ordem pública fica sacrificada por essa inércia, a conclusão de Ihering é que ao defender seu direito, o indivíduo também defende a lei, por isso além de um dever consigo mesmo é um dever com a sociedade. Nas palavras do autor: 
 “A partir do momento em que o empregador não mais exigir do empregado o cumprimento do contrato de trabalho, o credor não penhorar os bens do devedor, o público comprador não aferir a exatidão dos pesos, medidas e preço, nesse instante estará em perigo não só a autoridade da lei, mas toda a ordem pública sacrificada por essa inércia.”
  Rudolf Von Ihering, A Luta Pelo Direito; 1872, 
 “Aqui digo: que se teme por amor; mas 
 que, por amor, também, é que a coragem se faz.“João Guimarães Rosa, Grande Sertão: 
 Veredas

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