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atividade referente a aula enfermagem em saúde do adulto e idoso

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Enfermagem em Saúde do Adulto e Idoso
Professora: Fabiana Nink 
Aluna: Graciêla G. Castro
Assistência de Enfermagem ao paciente com alterações Respiratórias
Conceito de Derrame Pleural
É o acúmulo anormal de líquido na cavidade pleural, que é o espaço virtual entre as pleuras visceral e parietal, as quais deslizam uma sobre a outra, separadas por uma fina película de líquido.
Como acontece
A formação do derrame pleural envolve um ou mais dos mecanismos capazes de aumentar a entrada ou de diminuir a saída de líquido no espaço pleural.
Aumento da entrada de líquido no espaço pleural: os mecanismos que aumentam a entrada de líquido no espaço pleural estão relacionados às forças hidrostáticas que filtram água para fora dos vasos e às forças osmóticas que reabsorvem água de volta aos vasos.
Os fatores que dificultam a saída de líquido do espaço pleural estão basicamente relacionados à redução da função linfática pleural. Os vasos linfáticos são dotados de válvulas unidirecionais e, no tórax, impulsionam a linfa, utilizando sua própria contração rítmica e os movimentos respiratórios da parede torácica. Adicionalmente, o fluxo, através dos linfáticos, é afetado pela permeabilidade dos mesmos, pela disponibilidade de líquido e pelas pressões de enchimento e de esvaziamento dos linfáticos.
Outro mecanismo de formação do derrame pleural é a passagem de líquido da cavidade abdominal
para o espaço pleural através de pertuitos, na superfície do diafragma, ou através da vasta circulação linfática existente entre o abdome e o tórax.
Classificação 
Os derrames pleurais geralmente são classificados como transudatos ou exsudatos, com base nas características laboratoriais do líquido. Independentemente de ser unilateral ou bilateral, o transudato pode ser tratado sem avaliação extensiva, ao passo que a causa do exsudato necessita de investigação. Existem várias causas.
Os derrames transudativos são provocados por alguma combinação de aumento da pressão hidrostática e diminuição da pressão oncótica na circulação pulmonar ou sistêmica. A insuficiência cardíaca é a causa mais comum, seguida pela cirrose com ascite por hipoalbuminemia, geralmente em decorrência da síndrome nefrótica.
Os derrames exsudativos são provocados por processos locais, causando aumento da permeabilidade capilar e resultando em exsudação de líquido, proteína, células e outros constituintes séricos. As causas são diversas, mas as mais comuns são pneumonia, doença maligna, embolia pulmonar, infecções virais e tuberculose.
Sinais e Sintomas 
O derrame pleural evolui com sintomas diretamente relacionados ao envolvimento da pleura
associados àqueles decorrentes da doença de base que o determinou, os quais muitas vezes
predominam no quadro clínico
Os principais sintomas decorrentes diretamente do envolvimento pleural são dor torácica, tosse e dispnéia.
 A dor torácica pleurítica é o sintoma mais comum no derrame pleural. Ela indica acometimento da pleura parietal, visto que a visceral não é inervada, e geralmente ocorre nos exsudatos. Não necessariamente indica a presença de líquido, pelo contrário, tende a ser mais intensa nas fases iniciais da pleurite, melhorando com o aumento do derrame pleural. Seu caráter é geralmente descrito como "em pontada", lancinante, nitidamente piorando com a inspiração profunda e com a tosse, melhorando com o repouso do lado afetado, como durante a pausa na respiração ou durante o decúbito lateral sobre o lado acometido. A dor torácica localiza-se na área
pleural afetada, mas pode ser referida no andar superior do abdome ou na região lombar, quando porções inferiores da pleura são acometidas, ou no ombro, quando a porção central da pleura diafragmática é acometida.
 A tosse é um sintoma respiratório inespecífico, podendo estar associada a doenças dos tratos
respiratórios superior e inferior. A presença de derrame pleural, sobretudo com grandes volumes, isoladamente pode associar-se a tosse seca.
 A dispnéia ( alteração do ritimo da respiração) estará presente nos derrames mais volumosos e nos de rápida formação. Há uma tendência de melhora quando o paciente assume o decúbito lateral do mesmo lado do derrame. A presença de dor pleurítica importante, limitando a incursão respiratória, ou a presença de doença parenquimatosa concomitante também contribuem para o surgimento de dispnéia.
Os principais cuidados de enfermagem para um paciente com derrame pleural são: controlar a dor corretamente; monitorar o dreno de tórax; verificar a quantidade de líquido que drenou e a sua cor; registrar os valores obtidos no dreno de tórax e deixar o paciente em repouso na cama ajustada a 45°, controle rigoroso de sinais vitais,observar, anotar e comunicar sinais de cianose, alteração do estado mental, realizar o controle de diurese, administrar oxigenoterapia e medicamentos conforme prescrição médica. 
Quais são os exames ou condutas que orientará sobre o diagnóstico
Rx 
Na radiografia de tórax realizada com o paciente em pé ou de perfil, a apresentação do derrame varia com seu volume, tendo a seguinte evolução:
Radiografia de tórax normal: pequenos volumes não são identificados na radiografia de tórax em PA
Elevação e alteração da conformação do diafragma, com retificação de sua porção medial Obliteração do seio costofrênico - surge a partir de volumes que variam de 175 a 500 ml em adultos
Opacificação progressiva das porções inferiores dos campos pleuropulmonares com a forma de uma parábola com a concavidade voltada para cima.
O derrame pleural pode apresentar-se com formas atípicas, tais como: 
· Derrame infra-pulmonar ou subpulmonar: por razões não esclarecidas, grandes volumes de líquido podem se manter sob os pulmões, sem se estender para o seio costofrênico ou para as porções laterais do espaço pleural.
· Derrame loculado: o líquido pleural pode manter-se encapsulado em qualquer ponto dos campos pleuropulmonares, o que ocorre mais comumente no hemotórax e no empiema.
· Loculação entre as cissuras (tumor fantasma): o líquido pleural pode manter-se encapsulado na cissura horizontal ou oblíqua, formando uma imagem compatível com uma massa na projeção em PA, mas, em geral, com conformação elíptica na projeção lateral.
Exames Laboratóriais :
Além das dosagens de proteínas e da desidrogenase lática (DHL), realizadas em todos os pacientes com derrame pleural, para a diferenciação entre transudato e exsudato, a análise da glicose, da amilase e do pH podem auxiliar no diagnóstico etiológico do derrame pleural, embora sempre de forma limitada, sem que haja pontos de corte que confirmem ou afastem uma ou outra doença.
Outros exames para diagnóstico e acompanhamento de derrame pleural são:
Ultrassonografia do Torax: 
· Grande sensibilidade: mesmo em pequenos DP.
· Pode guiar toracocentese.
· Beira-leito, podendo ser utilizado nos pacientes críticos.
· Permite ainda mensuração do volume de derrame.
· Melhora o diagnóstico diferencial entre DP x espessamento pleural com o auxílio do Doppler.
Achados:
· Área anecóica / hipoecóica entre a pleura parietal e visceral que varia conforme a ventilação.
· Balanço de estruturas como uma lingueta (tongue-like).
· Simples x complexas (densidades diferentes – normalmente exsudatos).
· Zona de segurança: Avaliar distância pleural e de órgãos sólidos/ diafragma.
· Mensuração de volume: (Classificação de Tsai et. al)
· Mínimo: acomete apenas o ângulo costo-frênico.
· Pequeno: pequena extensão além do ângulo-costofrênico dentro do campo de um probe.
· Moderado: dentro da campo de um a dois probes.
· Grande: além do campo de dois probes.
· Abordável: > 1 cm de profundidade.
· Septações: Malignidade, infecção pleural.
Tomografia computadorizada:
Achados: Opacidades em porções dependentes da gravidade no tórax posterior.Útil para avaliar condições pulmonares associadas, assim como os efeitos do derrame sobre o parênquima pulmonar além de avaliar espessamento pleural.
Melhor exame para estimar o volume do derrame pleural.
Auxilia na avaliação de malignidade do DP: Nodulações pleurais, acometimentoda pleura mediastinal, espessamento pleural > 1 cm.
Punção para esvaziamento e análise de líquido pleural
· Bacterioscopia, e Cultura de líquido pleural.
· Bioquímica (pH, Proteína, Glicemia e DHL).
Tratamento do Derrame Pleural
 
A maioria dos derrames pleurais é pequeno e se resolve em pouco tempo, com a absorção do excesso de líquido espontaneamente pelo próprio organismo. Mesmo nesses casos, é preciso encontrar a causa e tratá-la.
Quando o derrame causa sintomas, o tratamento é feito por meio da punção e inserção de um fino cateter entre as costelas inferiores com uso de sedação, para aspirar o excesso de líquido. Em alguns casos, é necessário que um tubo (dreno torácico) seja mantido para que a drenagem seja feita continuamente enquanto exames e outros procedimentos são conduzidos.
Tratamento do Pneumotórax
•	Remoção do ar
Um pneumotórax espontâneo primário pequeno geralmente não requer tratamento. Ele normalmente não causa problemas respiratórios graves e o ar é absorvido em alguns dias. As pessoas podem receber oxigênio através de uma máscara nasal ou facial para ajudar a acelerar a absorção de ar. A absorção completa de ar em um pneumotórax de dimensões maiores pode levar de duas a quatro semanas. No entanto, o ar pode ser removido mais rapidamente através da inserção de um cateter ou tubo torácico no pneumotórax.
•	Pneumotórax recorrente
Um pneumotórax recorrente pode causar deficiência considerável. Pode ser feita uma cirurgia para prevenir a recorrência de pneumotórax. Geralmente, a cirurgia envolve reparar áreas do pulmão com vazamento e ligar a camada interior à camada exterior da pleura firmemente. Em geral, essa cirurgia é feita através de um toracoscópio assistido por vídeo (tubo que permite ao médico visualizar o espaço pleural). 
Tratamento Síndrome Respiratória Aguda
O Oseltamivir deve ser utilizado em pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), cujo início dos sintomas tenha ocorrido no período de 48 horas.
Todos os indivíduos que apresentarem Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e fator de risco para agravamento, de acordo com avaliação médica.
O Ministério da Saúde reitera que todos os indivíduos que compõem o grupo de risco ou que apresentem fatores de risco para complicações por influenza requerem – obrigatoriamente – avaliação e monitoramento clínico constantes de médico assistente, para indicação ou não de tratamento com Oseltamivir; além da adoção de todas as demais medidas terapêuticas. De forma complementar, uma atenção especial deve ser dada às grávidas, independentemente do período de gestação.
Medicamentos usados para o tratamento das alterações respiratórias:
Ceftriaxona: No tratamento das infecções respiratórias agudas ou crônicas agudizadas, sua eficácia é observada em crianças, adultos e idosos, na pneumonia comunitária e hospitalar, de gravidade variável, e em casos graves.
Clindamicina: A clindamicina é um antibiótico indicado no tratamento de diversas infecções causadas por bactérias, do trato respiratório superior e inferior. A clindamicina pode ser utilizado em diversas infecções, causadas por bactérias, no seguintes locais:
•	Trato respiratório superior, como traqueia, seios da face, amígdalas, laringe e ouvido;
•	Trato respiratório inferior, como brônquios e pulmões;
•	Pneumonia e abscessos pulmonares;
A amoxicilina + clavulanato, bactericida que atua contra ampla gama de microrganismos, é efetivo nas seguintes condições: 
•	Infecções do trato respiratório superior (inclusive ouvido, nariz e garganta), como amigdalite, sinusite e otite média; 
•	Infecções do trato respiratório inferior, como bronquite aguda e crônica, pneumonia lobar e broncopneumonia;
Vancomicina: Sua efetividade tem sido demonstrada no tratamento do trato respiratório inferior e infecções na pele e estruturas da pele. Quando as infecções estafilocócicas são localizadas e purulentas, os antibióticos são usados como auxiliares às medidas cirúrgicas apropriadas.
Azitromicina é indicada no tratamento de infecções causadas por bactérias sensíveis à azitromicina; em infecções do trato respiratório inferior (brônquios e pulmões) e superior nariz. É indicado para o tratamento de pneumonia adquirida na comunidade causada por organismos susceptíveis, incluindo Legionella pneumophila, em pacientes que requerem tratamento intravenoso inicial.
Levofloxacino é indicado para o tratamento de pacientes com função renal normal acometidos pelas afecções abaixo, quando causadas por cepas susceptíveis dos seguintes patógenos:
Sinusite aguda bacteriana (SAB):
Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenza, e Moraxella catarrhalis.
Pneumonia adquirida na comunidade (PAC):
Streptococcus pneumoniae (excluindo as cepas multi-droga resistentes), Haemophilus influenzae, Haemophilus parainfluenza, Mycoplasma pneumonia, e Chlamydophila pneumoniae.
Hidrocortisona em doenças respiratórias, é utilizada no tratamento de tuberculose pulmonar fulminante ou disseminada, pneumonite por aspiração, sarcoidose sintomática, beriliose e síndrome de Loeffler.
Ampicilina está indicada no tratamento de diversas infecções causadas por microorganismos sensíveis a este medicamento. São elas:
− Infecções do trato respiratório (pneumonia).
Fenoterol Tratamento e profilaxia do broncoespasmo reversível nos distúrbios obstrutivos crônicos das vias respiratórias, tais como asma brônquica e, sobretudo, bronquite crônica, com ou sem enfisema.
Ipratrópio tratamento de manutenção do broncoespasmo associado com: bronquite crônica; doença pulmonar obstrutiva crônica; enfisema pulmonar. Tratamento adjunto (com ouros broncodilatadores) na asma (na exacerbação aguda).
A Aminofilina está indicada para o alívio sintomático da asma brônquica aguda e para o tratamento do broncoespasmo reversível associado com bronquite crônica e enfisema.
A Oxigenoterapia é um tratamento respiratório voltado para melhorar os sintomas das Doenças Pulmonares Obstrutivas Crônicas, as DPOC.
Referencias 
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO IDOSO COM DERRAME PLEURAL
PARAPNEUMÔNICO
http://sbggce.com.br/anais/storage/app/media/publicacoes/1502145372.84.pdf 
SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO LACTENTE COM PNEUMONIA E DERRAME PLEURAL 
http://publicacoes.unigranrio.edu.br/index.php/rcs/article/view/2824 
Utilização de medicamentos para tratamento de infecções respiratórias na comunidade 
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102004000300004

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